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Técnico de

Enfermagem
Módulo IV
Central de Material e
Esterilização (CME)

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Central de Material e Esterilização (CME)

Sumário

Introdução.................................................................................................................................5
Estrutura física..........................................................................................................................4
Localização...............................................................................................................................4
Equipamentos básicos de uma central de material..................................................................7
Recursos humanos...................................................................................................................7
Competência do enfermeiro da CME........................................................................................8
Competências do técnico ou auxiliar de enfermagem da CME................................................9
Área de armazenamento e distribuição....................................................................................9
Controle de artigos ................................................................................................................10
Dinâmica da central de material esterilizado .........................................................................11
Preparo do instrumental.........................................................................................................12
Preparo e Acondicionamento dos materiais...........................................................................16
Caixa de instrumentais básicos .............................................................................................17
Preparo de roupas................................................................................................................. 24
Preparo de outros materiais ..................................................................................................26
Unidade de eletro cirurgia (Bisturi Elétrico) ...........................................................................26
Área de esterilização ............................................................................................................ 27
Métodos de limpeza de desinfecção e de esterilização........................................................ 28
Esterilização por calor úmido.................................................................................................28
Esterilização por calor seco...................................................................................................30
Esterilização por radiação..................................................................................................... 30
Esterilização por oxido de etileno...........................................................................................31
Produtos químicos................................................................................................................. 32
Fios de Suturas (Cirúrgicos)...................................................................................................36
Instrumentais Cirúrgicos ........................................................................................................37
Diérese...................................................................................................................................37
Instrumental para Hemostasia...............................................................................................37
Instrumental para separação.................................................................................................38
Instrumental para Síntese......................................................................................................38
Mesa Cirúrgica.......................................................................................................................40
Referências bibliográficas......................................................................................................41

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Central de Material e Esterilização (CME)

Introdução

A Central de Material Esterilizado (CME) é o conjunto de elementos destinados a recepção e expurgo,


preparo e esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades do estabelecimento de saúde.
Considerando, então, as finalidades a que esta Unidade se destina, pode-se avaliar a sua importância: à
equipe de saúde oferece infra-estrutura material indispensável ao seu desempenho técnico-científico;
ao paciente proporciona segurança e eficácia no atendimento e a Instituição contribui para a qualidade
da assistência prestada.

O planejamento desta Unidade é de suma importância, considerando-se as diferentes etapas do


processamento dos materiais, até a sua distribuição às Unidades do hospital. Por isso, tal planejamento
deve ser executado por uma equipe multiprofissional, cuja atenção deve estar voltada para a dinâmica
de funcionamento do setor.

Quanto a esta dinâmica classifica-se três tipos de Central de Material, quais sejam:

Descentralizada - Cada Unidade ou conjunto de unidades do hospital é responsável por preparar e


esterilizar os materiais que utiliza;

Semi-centralizada - Cada Unidade prepara os seus materiais, mas os encaminha a Central de Material
para serem esterilizados;

Centralizada - Os materiais de uso em todas as Unidades do hospital são totalmente processados na


Central de Material.

Do ponto de vista administrativo, o sistema de centralização visa: padronizar as técnicas de limpeza,


preparo e empacotamento, a fim de assegurar economia de pessoal, material e tempo; manter a reserva
de material, a fim de atender prontamente às necessidades das Unidades do hospital; facilitar o
controle do consumo, da qualidade do material e das técnicas de esterilização, aumentando a segurança
no uso; concentrar o material esterilizado ou não-esterilizado, como é o caso de alguns aparelhos,
tornando mais fácil o controle, a conservação e a manutenção dos mesmos; desenvolver as atividades
específicas com pessoal treinado para tal, permitindo obter maior produtividade; favorecer o ensino e o
desenvolvimento de pesquisas.

Estrutura física

São elementos essenciais à dinâmica de funcionamento da Unidade:

- Área para recepção, desinfecção e separação de materiais - É o local destinado a receber,


desinfetar e separar os materiais provenientes dos diferentes setores do hospital.

- Área para lavagem de materiais - É a área onde são lavados os materiais manualmente ou por meio
de máquinas lavadoras especiais.

- Sala para lavagem e preparo de luvas (entalcamento) – É a sala destinada a lavagem, secagem,
teste, entalcamento, preparo e empacotamento das luvas cirúrgicas. Esta área deve ser constituída num
ambiente separado dos demais e provido de máquinas próprias para o reprocessamento das luvas.

- Área para recepção de roupas limpas – É o local destinado a receber as roupas limpas provenientes
da lavanderia, para posterior empacotamento e esterilização.
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- Área de preparo de materiais e roupas - Esta área se destina a preparar e empacotar ou


acondicionar os diferentes tipos de materiais e roupas para serem esterilizados.

- Área para esterilização - É a área destinada a esterilização dos materiais e roupas, pelos diferentes
métodos:

Área para esterilização física (esterilização pelos métodos físicos: calor úmido, calor seco e ionização);
Área para esterilização química liquida;
Área para esterilização química gasosa

Esta área deve ser provida de antecâmara, sala de esterilização, depósito de armazenamento de
cilindros e sala de aeração, a fim de permitir a aeração dos materiais esterilizados pelo óxido de etileno.
O uso deste produto e regulamentado pela Portaria nº 4, de 31/07/91.

- Sala para armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizadas - É a área que se


destina a armazenar os materiais e roupas esterilizadas para distribuí-los às Unidades do hospital. Para
isso, podem ser usados armários, prateleiras e, mais modernamente, cestos de aço inoxidável, do tipo
"gaiola".

- Área para armazenagem e distribuição de materiais descartáveis - Esta área destina-se a


armazenar e distribuir os materiais descartáveis.

Destaca-se que as atividades de recepção, desinfecção e separação de materiais são consideradas


"sujas", devendo, portanto, ser realizadas em local exclusivo, apropriado e exigindo que o funcionário
utilize paramentação adequada.
Além destes, são necessários ambientes de apoio, como:

- Sala administrativa - É a área que se destina ao controle administrativo da Central de Material.

- Sanitários com vestiário para funcionários.


- Deposito de material de limpeza.
- Almoxarifado - É o estoque de materiais para uso na Central de Material e demais setores do hospital.

Ainda no planejamento desta Unidade, algumas considerações devem ser feitas em relação a:

A. Forma

Modernamente, não se questiona a forma da planta física da Central de Material Esterilizado.


Independente da forma, e importante que permita a observação de alguns princípios básicos na
dinâmica de funcionamento, visando: permitir o fluxo progressivo do material, em linha reta, desde a
área de recepção até a de distribuição, no sentido de evitar cruzamento do material limpo com o
contaminado; os materiais tem de, obrigatoriamente, percorrer determinado fluxo e, portanto, o
ambiente desta tem de se adequar a este fluxo"; permitir maior produção com menor gasto de energia,
tempo e movimento; facilitar ao enfermeiro a visão da Unidade e a supervisão do pessoal.

B. Tamanho ou dimensão

A determinação do tamanho ou da área mínima, em m2 da Central de Material Esterilizado é calculada


com base no número de leitos do hospital. Recomenda-se que a área destinada a esta Unidade
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corresponda a 0,80 m2 por leito nos hospitais de 25 a 150 leitos, e de 0,70 m2 naqueles com número
de leitos superior a 150. Da área total, 7,0% destinam-se ao preparo de luvas; 15,0%, à área de
esterilização; 10,0%, à de armazenamento de material estéril; 15,0%, ao arsenal e os 53,0% restantes,
às áreas de preparo de materiais, chefia de enfermagem, recepção e distribuição de materiais, e
circulação de pessoal.

A área total construída para a Central de Material Esterilizado em hospital de: até 99 leitos deve ser de
1,00 m2 por leito; até 149 leitos, de 0,90 m2/leito; até 199 leitos, de 0,85 m2/leito; até 249 leitos, de
0,80 m2/leito; até 299 leitos, de 0,75 m2/leito; e acima de 300 leitos, de 0,70 m2/leito.

C. Paredes e Piso

Estes devem ser de cor clara e de fácil limpeza.

D. Janelas

Devem ser amplas e fechadas, se a ventilação for feita pelo sistema de ar condicionado.

E. Iluminação

Deve ser suficiente para facilitar o trabalho. Assim, além da luz natural, a artificial deve proporcionar
luminosidade mais próxima da natural, sendo indicado, portanto, o uso de lâmpadas fluorescentes.

É recomendado que a Central de Material Esterilizado seja provida de um sistema de música ambiente,
para tornar as atividades aí desenvolvidas mais agradáveis.

Localização

Qualquer que seja a localização da Central de Material Esterilizado na Instituição de saúde, é


fundamental que haja transporte e comunicação fácil com as Unidades de Centro Cirúrgico, Centro
Obstétrico, Pronto-Socorro, Terapia Intensiva e outras. Se localizada em andar superior ou inferior ao
Centro Cirúrgico, o transporte de materiais pode ser feito por monta-cargas.

Equipamentos básicos

A Central de Material Esterilizado deve possuir, em cada área, os equipamentos necessários à


dinâmica de funcionamento. São estes:

Máquina lavadora e esterilizadora de instrumental;


Máquina seladora de embalagens;
Autoclaves;
Estufa elétrica (Forno de Pasteur);
Destilador de água;
Carros para carregamento de autoclave;
Carros para transportar materiais;
Suporte e cestos para a guarda de materiais;
Mesas e balcões de trabalho;
Cadeiras anatômicas;
Baldes;
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Bacias e respectivos suportes;


Recipientes para lixo e/ou suportes para sacos de lixo.

A aquisição de equipamentos deve ser feita por equipe multidisciplinar, na qual o enfermeiro deve ter
presença marcante. É fundamental o planejamento da quantidade exigida, bem como a observação da
qualidade dos equipamentos previstos ao bom funcionamento desta Unidade a serem adquiridos. A
quantidade está na dependência do número de leitos e do tipo de hospital, e a quantidade, como se trata
de equipamentos de alto custo, a equipe de enfermagem deve receber treinamento especial para o
manuseio e conservação dos mesmos. Tanto as máquinas quanto os aparelhos devem estar sob
manutenção constante de técnicos especializados e todos os equipamentos mantidos em perfeito estado
de conservação, a fim de que não haja interrupção de continuidade na dinâmica de trabalho da Unidade.

A equipe de Enfermagem deve se preocupar com a manutenção periódica dos mesmos, a fim de evitar
danos temporários ou irreparáveis. Alguns desses equipamentos estão se tornando dispensáveis, em
virtude do uso, cada vez maior, de materiais descartáveis.

- Previsão de materiais – Compete ao enfermeiro da Central de Material Esterilizado, juntamente


com o supervisor, prever a quantidade de materiais em movimento no período de 24 horas, a partir de
dados estatísticos encaminhados pelos enfermeiros responsáveis das Unidades do hospital. Esta
previsão e imprescindível, considerando que a sua não realização pode ser responsável pela falta de
materiais disponíveis para uso imediato, ocasionando prejuízos na assistência prestada ao paciente.

O método para calcular a quantidade de material em movimento na Central de Material Esterilizado


baseia-se na quantidade máxima de material, que é consumido em 24 horas, em determinada Unidade
do hospital, e multiplicando-a por quatro.
Para exemplificar, a previsão de aventais cirúrgicos tem como base o número de componentes da
equipe cirúrgica que farão uso de avental e de cirurgias programadas para o período. Partindo da
premissa de que são utilizados quatro aventais em cada cirurgia e de que são realizadas em média 10
cirurgias no período de 24 horas, serão utilizados 40 aventais por dia. Assim sendo, o movimento de
aventais cirúrgicos, na Central de Material, em 24 horas, deve ser de 160 unidades. Destas, uma porção
está sendo usada, uma sendo lavada, outra preparada e a outra esterilizada, pronta para uso. A esse
total, recomenda-se manter uma determinada quantia em reserva, para substituir aqueles que foram
danificados ou atender ás necessidades emergenciais decorrentes de problemas relacionados aos
sistemas de lavagem e esterilização. É importante ressaltar que nos hospitais-escola, o cálculo de
aventais cirúrgicos deve considerar a média de frequência de alunos na sala cirúrgica, nas 24 horas.
Consideram que o total de roupa cirúrgica, previsto para uso nas 24 horas, deve ser multiplicado por
cinco.

Recursos humanos

Do ponto de vista da organização, a equipe de enfermagem desta Unidade deve ser composta por
enfermeiro, técnico e auxiliares de enfermagem. É da competência do enfermeiro a responsabilidade
pela chefia.

Competência do enfermeiro da CME

Supervisionar e controlar as atividades desenvolvidas em cada uma das áreas da Central de Material
Esterilizado, para assegurar o bom funcionamento da Unidade, o que reverterá em segurança na
assistência ao paciente;

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Prover a Unidade de recursos humanos e materiais, levando em conta a quantidade e a qualidade, de


modo a atender à demanda de atividades realizadas;
Planejar e executar programas de treinamento e educação continuada;
Realizar reuniões periódicas com a equipe de enfermagem para passar informes gerais e específicos da
Unidade, estimulando maior interação entre os seus componentes;
Emitir parecer técnico na compra de equipamentos e outros materiais;
Estabelecer um sistema de controle dos equipamentos e materiais de que dispõe a Unidade;
Fazer levantamento mensal dos materiais solicitados pelos diferentes setores do hospital, a fim de
planejar o suprimento da Unidade para atendê-los;
Manter-se atualizado em relação aos novos tipos de materiais e equipamentos disponíveis no mercado;
Manter relacionamento efetivo com a Diretoria de Enfermagem e outros serviços, como: lavanderia,
almoxarifado, setor de compras, engenharia e demais Unidades da Instituição;
Elaborar o regimento interno e o manual operacional da Unidade, mantendo-os sempre atualizados;
Fazer parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CClH), Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA) e outras afins ao funcionamento da Unidade;
Efetuar regularmente testes bacteriológicos nos aparelhos de esterilização, avaliar e divulgar os
resultados obtidos;
Prevenir a incidência de riscos ocupacionais, notificar à CIPA a ocorrência de acidentes (se houver) e
avaliar a dinâmica de funcionamento da Unidade para intensificar as medidas de prevenção;
Fazer a estatística mensal da produção e o relatório anual das atividades desenvolvidas na Unidade,
encaminhando-os a Diretoria de Enfermagem.

Competências do técnico ou auxiliar de enfermagem da CME

Participar das passagens de plantão.


Executar as etapas de processamento do artigo (recebimento, preparo, esterilização e distribuição) no
Centro de Material e Esterilização.
Comunicar ao enfermeiro qualquer anormalidade com os artigos e equipamentos.
Participar de reuniões no setor conforme a programação.
Auxiliar na elaboração de rotina e novas técnicas.
Auxiliar no acompanhamento de estágios.
Participar e auxiliar no treinamento de funcionários novos.
Participar de treinamento e desenvolvimento.
Participar da implantação de novas técnicas.
Realizar atividades de acordo com as rotinas técnicas sob a supervisão de um enfermeiro.
Realizar o preparo do artigo de acordo com a rotina específica.
Identificar os pacotes conforme padronizado.

Algumas recomendações para operacionalizar melhor a dinâmica das atividades neste setor:

A concentração de pessoal deve ser maior no período que tenha mais atividades a serem desenvolvidas;
o rodízio do pessoal auxiliar nas diferentes áreas é uma medida importante e necessária a ser tomada,
com o objetivo de permitir que todos adquiram conhecimentos e habilidades referentes às diversas
atividades executadas na Central de Material Esterilizado. Isto também torna favorável a dinâmica do
funcionamento, quando houver necessidade de substituir a ausência de pessoal, em qualquer uma das
áreas, sem causar insatisfações e menor rendimento de trabalho; o treinamento e educação continuada,
além de visar o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades nas atividades das diferentes áreas,
objetiva a diminuição de gastos de tempo e movimentos desnecessários, o que contribui para

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simplificar e dinamizar o trabalho, dispendendo o mínimo de energia possível. Desta maneira, uma
série de vantagens pode advir, como:

a) promover maior satisfação no trabalho;


b) aumentar a produção quantitativa e qualitativa do material;
c) contribuir para a qualidade da assistência ao paciente;
d) reverter em economia para o hospital.

Área de armazenamento e distribuição de artigos médico-hospitalares

Essa área tem por finalidade centralizar todos os artigos processados e esterilizados para serem
distribuídos às unidades consumidoras. A preservação da esterilidade dos artigos e o objetivo principal
dessa área. Eles devem ser armazenados em armários fechados e identificados de modo que o
funcionário possa suprir as requisições de forma imediata e qualificada.
Manusear os pacotes somente quando estiverem completamente frios antes de serem estocados ou
removidos do carro do esterilizador.
A área deve ser projetada de tal forma que não permita, no momento da distribuição, o cruzamento de
artigo estéril com artigo não-estéril.

Acesso à área

O acesso a área deve ser privativo às pessoas escaladas para o serviço; a circulação deve ser restrita
aos artigos estéreis e permitir o atendimento dos funcionários das unidades consumidoras, que vêm
buscar os artigos. A comunicação com o exterior pode ser por guichês, monta-carga, elevadores
exclusivos que, além de dificultar a entrada de pessoas estranhas, impedem o cruzamento do material
estéril com o material sujo.

É imprescindível que exista uma pia próxima a porta de entrada dessa área para que o funcionário lave
as mãos antes de entrar no recinto.

A utilização de uniforme ou avental privativo é fundamental para evitar que ocorra o contato do pacote
estéril com a roupa do funcionário, que ao final de cada plantão deve ser encaminhada à lavanderia.

Condições ambientais da área de armazenamento e distribuição

Essa área deve ser fechada e possuir sistema de renovação de ar. A temperatura ambiente deve ser
mantida entre 18 e 22°C e a umidade relativa entre 35 a 70%.

Equipamentos da área de armazenamento e distribuição

Além de armários fechados para a guarda de artigos, deve haver nessa área escada e cestos aramados
para auxiliar na disposição dos artigos provenientes da esterilização, facilitando a supervisão, controle
e limpeza.

Possuir também mesas e estantes de superfícies não-metálicas, para evitar que o vapor residual se
condense nos pontos de contato, pela diferença de temperatura, fenômeno denominado de "choque
térmico", tornando o artigo úmido e possibilitando a contaminação.

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Controle de artigos

O controle de artigos exige muita atenção e responsabilidade do funcionário, devendo manter


organizado o estoque de cada unidade e propiciar a previsão e provisão adequadas dos artigos.
Algumas instituições hospitalares contam com sistema informatizado para melhor controle dos artigos
requisitados, bem como das entradas e saídas, de acordo com o estoque determinado a cada unidade.

O prazo de validade do artigo esterilizado é determinado de acordo com as características da


instituição, o método de esterilização, tipo e configuração dos artigos, o tipo de embalagem empregado,
método de selagem, local onde o artigo será guardado em cada unidade e quantidade de vezes que o
pacote é manuseado antes do uso.

Recomenda-se realizar inspeção periódica dos artigos estocados para verificação de qualquer
degradação visível e se os artigos ainda continuam sob garantia dos seus prazos de validade.
Considerar como contaminados pacotes caídos no chão, comprimidos, torcidos ou úmidos.

A codificação do material tornará possível a implantação de programa de informatização, o que


contribuirá significativamente para a organização da área, possibilitando agilizar o controle e
distribuição do artigo.

O volume de artigo descartável estéril, utilizado pelas instituições de saúde, vem crescendo
significativamente. Portanto, se a distribuição do artigo for realizada pelo CME, é necessário reservar
um local para acondicionamento e posterior distribuição; entretanto, não se deve misturar artigos
esterilizados no CME com artigos provenientes do almoxarifado.

Monitorização dos processos de esterilização

Consiste no registro de dados relacionados ao funcionamento dos aparelhos e validação dos processos
de esterilização para comprovar o controle de qualidade do material esterilizado que compreende:

A. Controle dos aparelhos

O funcionamento adequado dos aparelhos e essencial para a eficiência do processo de esterilização.


Por isso, e necessário observar o gráfico de tempo e temperatura, bem como o manômetro,
manovacuômetro, lâmpada piloto, válvula de segurança e outros. Deve ser feita a revisão preventiva
semanal e a corretiva, sempre que necessária, por técnicos especializados.

B. Validação dos processos de esterilização

Testes biológicos - Estes teste devem ser realizados, no mínimo, uma vez por semana, de preferência
na primeira carga do dia e após as manutenções preventivas e corretivas. A validação do processo é
feita com o uso de "Bacillus Stearothermophylus”, para a autoclave a vapor, e com "Bacillus Subtillis",
para a estufa ou Forno de Pasteur e autoclave a óxido de etileno.

Os indicadores biológicos são colocados em pacotes, em diferentes locais da câmara interna dos
aparelhos; a fim de que se possa checar estes pontos após a leitura dos resultados;

Reagentes químicos – São substâncias que sofrem alteração na cor, quando submetidas ao processo de
esterilização. A fita adesiva termo sensível, utilizada para identificação visual do pacote, comprova
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que o pacote passou pelo calor; por isso, deve ser colocada em todos os tipos de pacote. Este indicador
não comprova a eficiência do processo de esterilização.

A validade da solução ativada de glutaraldeído em uso, deve ser feita, também, por meio de fitas-testes,
"kit" líquido ou similares, utilizando-se um teste específico para cada formulação. Sendo impossível a
aplicação destes, observa-se a solução quanto a alteração da coloração e presença de depósitos. Na
presença destas alterações, mesmo dentro do prazo de validade estipulado pelo fabricante, a solução
deve ser desprezada. Para o formaldeído, não existe no mercado teste biológico ou químico.

Quanto ao tempo de validade de esterilização dos pacotes, existem controvérsias, mas o tipo de
invólucro utilizado, o local de guarda do material e as condições ambientais da sala de armazenagem
são fatores a serem considerados. Assim, os materiais embalados em papel grau cirúrgico e selados
mecanicamente mantêm validade de esterilização por duas ou três semanas, se os invólucros
permanecerem íntegros, o mesmo sendo válido para aqueles embalados em campos de algodão.

Dinâmica da central de material esterilizado

Compreende todas as fases do processamento dos diversos tipos de materiais nas diferentes áreas da
Central de Material Esterilizado.

Fluxograma dos materiais

A Central de Material deve ser funcionalmente dividida em áreas, as quais devem garantir a qualidade
do trabalho no processamento dos diferentes materiais.

Área de Expurgo

Estas áreas são destinadas a receber, fazer a descontaminação prévia e executar a limpeza do material
utilizado no hospital, sendo assim, necessitam ser promovidas de equipamentos básicos e aparelhos
para favorecer a realização dessas atividades.

Os métodos utilizados na descontaminação são o físico, que consiste na exposição do artigo à água
fervente por 30 minutos, e o químico, na imersão em produto químico apropriado por 30 minutos.

A descontaminação prévia dos artigos pode ser feita por métodos:

Mecânicos (fricção com o uso de escovas ou esponjas, embebidas em solução desinfetante); químicos
(imersão completa do artigo em solução desinfetante);

Físicos (uso de máquinas lavadoras por 15 minutos ou autoclavagem do material contaminado, sem o
ciclo de secagem ou imersão do material na água em ebulição por 30 minutos).

A limpeza do material pode ser feita por dois processos: manual e mecânico.

O processo manual consiste em lavar o material com água e sabão, após o processo de
descontaminação, com o uso de escovas ou outro dispositivo que possibilite a remoção de sujidades,
enxaguando-o, a seguir, em água corrente.

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O processo mecânico consiste em lavar o material por meio de máquinas de limpeza com jatos de
água e/ou detergentes ou ultrassom. Os materiais devem ser enxugados (secagem) com tecido limpo e
macio, ou máquina secadora, ou ar comprimido.

Preparo do instrumental

Durante a desmontagem da sala de operação, os instrumentais são separados antes de serem


encaminhados ao expurgo. Os materiais cortantes, tesouras e bisturis, devem ser colocados cm cuba à
parte; as agulhas de sutura também são separadas numa cuba-rim; as pinças, com exceção da de
Backhaus, devem ser abertas e colocadas numa bacia ou na própria caixa. O processo manual de
limpeza dos instrumentais pode ser assim realizado:

a) Imergir todas as pinças cm solução com um substância desencrostante, que remove os detritos
orgânicos do material cirúrgico, mesmo aqueles existentes nas ranhuras e encaixes, quando
deixadas imersas de 1 a 15 minutos. Na composição dessas substâncias entram detergentes, não
iônicos alcalinos, com propriedades emulsificante e dispersantes;
b) Lavá-las, a seguir, com água corrente e escova;
c) Colocá-las, após lavadas, sobre o balcão ou mesa e secá-las, uma por uma, com compressa.
d) Separá-las por espécie e encaminhá-las ao arsenal.

Se o Instrumental proceder de uma cirurgia contaminada, imergir por 02 horas cm solução desinfetante
e só após, iniciar o processo de limpeza.
A limpeza mecânica do instrumental e efetuada através da máquina lavadora e esterilizadora, a qual e
de operação simples e dispensa todo o processo manual.

As pinças são colocadas abertas no recipiente próprio da máquina lavadora, onde há penetração e
circulação de água através dos orifícios. O movimento de agitação da água e a adição de substâncias
detergentes permitem a remoção de todos os resíduos orgânicos. Essa máquina atinge a temperatura de
132ºC e os instrumentais são retirados completamente secos. A seguir, devem ser separados por
espécie e encaminhados ao arsenal
O Instrumental cirúrgico é delicado e caro. Sua vida útil poderá ser prolongada com a utilização
correta e tratamento adequado.

Limpeza do material de borracha

A limpeza das sondas, drenos, cânulas tubos de borracha é feita mais comumente pelo processo
manual e consiste em colocá-los numa bacia com água e substância desencrostante ou desinfetante por
tempo determinado e, a seguir, fazer passar um jato da solução no interior de cada um, com o auxílio
de uma seringa. Deve-se ter o cuidado de fechar o balão da cânula endotraqueal, antes de colocá-la em
imersão; lavá-los, depois, cm água corrente, externa e internamente, adaptando-os ao dispositivo
próprio da torneira; nas cânulas endotraqueais deve ser passada, ainda, uma gaze com o auxílio de um
condutor, no sentido de certificar-se da eliminação de todos os resíduos da luz das mesmas; colocá-los
sobre uma mesa e secá-los, aproveitando para inspecionar a limpeza da superfície externa e, caso haja
resíduos de esparadrapo, removê-lo com éter ou benzina; encaminhá-los à área de preparo.

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Limpeza de luvas

As luvas são lavadas pelo processo mecânico. A limpeza é simples e consiste cm: colocá-las num
balde com água fria e substância detergente ou desinfetante; passá-las, a seguir, para a máquina
lavadora de luvas; encaminhá-las, após lavadas, para a área de preparo.

Limpeza de material de vidro

O processo manual de limpeza das seringas de vidro consiste cm: colocá-las numa bacia com água e
substância desencrostante, pelo tempo determinado pelo fabricante do produto, tendo o cuidado de
retirar o êmbolo do corpo, e a seguir uni-los com o auxílio de um elástico de punho de luva; lavá-las
com água corrente e escova, colocando-as sobre o balcão ou carro forrado com um campo, a fim de
que a água escorra; encaminhas a área de preparo.

Outros materiais de vidro, como, por exemplo, tubo de ensaio com ou sem estrangulamento,
intermediário tubular em Y e frascos de drenagem são submetidos ao mesmo processo de limpeza. As
seringas podem ser lavadas, também pelo processo mecânico na máquina de ultrassom.

Limpeza das agulhas metálicas

A limpeza das agulhas metálicas ou de injeção é demorada e consiste em:


a) Colocá-las numa bacia com água e substância desencrostante e, a seguir, lavar com água corrente,
várias vezes, até que a última água fique limpa;
b) Lavá-las, depois, uma a uma, utilizando seringa e água, separando as agulhas obstruídas, às quais
serão dispensados outros cuidados;
c) Limpar o canhão com o auxílio de um cotonete.
As agulhas para punção raquidiana são submetidas ao mesmo processo de limpeza.

Limpeza do material inoxidável:

Consideram-se, como material inoxidável as bacias, as cubas-rins, as cúpulas, as bandejas e os


irrigadores.
A limpeza desses materiais consiste em: colocá-los cm solução desencrostante e lavá-los, a seguir, com
água corrente; secá-los e encaminhá-los à área de preparo.

O tempo de exposição dos materiais nas soluções desinfetantes ou desencrostantes, cm uso no hospital
está na dependência da orientação do fabricante do produto e cm estudos realizados pela enfermeira da
Unidade.

Área de preparo

As atividades realizadas nesta área têm como finalidade revisar, selecionar, preparar e acondicionar o
material para ser esterilizado e, para isso, ela deve ser provida de mesas ou balcões e cadeiras ou
bancos, cm número suficiente, com encosto, assento anatômico e apoio para os pés, a fim de
possibilitar posição confortável e funcional durante o trabalho.

Deve, ainda, dispor de carrinhos e/ou cestas para transportar ou armazenar o material, sendo que nestas
o material já é disposto de modo correto para ser colocado na autoclave.

O preparo e acondicionamento do material exige uma série de cuidados:


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Estar o material rigorosamente limpo; ser preparado de modo a facilitar e manter a esterilização;
utilizar técnica padronizada e funcional para os pacotes, a fim de facilitar o uso e favorecer a técnica
asséptica; possibilitar a conservação, prevenindo quebra ou desgaste; escolher o envoltório adequado
ao método de esterilização, ao tipo e volume do material a ser esterilizado.

No intuito de atender ao último item, os envoltórios mais comumente utilizados para acondicionar o
material a ser esterilizado são o campo de algodão, o papel, o náilon poliamida, as caixas metálicas, os
vidros e os tambores.

Características dos envoltórios

Cada envoltório é provido de características peculiares que podem ser assim sumarizadas:

Campo de algodão

O algodão cru é o tecido mais usado na confecção do campo de algodão, pois possui como
características principais:

Ser permeável ao Vapor,


Ser de fácil conservação; ser resistente e durável;
Econômico, pela aquisição a baixo custo;
Ser de fácil manuseio.

O tamanho do campo varia de acordo com o volume do material a ser acondicionado, sendo que pode
ser padronizado por números, correspondentes às medidas lineares de ser lados.

Exemplificando:

Campo nº 2, ou seja, 20 x 20 cm;


Campo nº 3, ou seja, 30 x 30 cm;
Campo nº 5, ou seja, 50 x 50 cm;
Campo nº 7, ou seja, 70 x 70 cm;
Campo nº 9, ou seja, 90 x 90 cm;
Campo nº 15, ou seja, 1,50 x 1,60 cm;
Campo nº 17, ou seja, 1,70 x 1,50 cm

O campo de algodão deve ser usado duplo, costurado, a fim de aumentar a proteção ao material
esterilizado. Porém é recomendado utilizar dois campos simples superpostos, a fim de que não haja
deposição de poeira ou resíduos entre as falhas do campo duplo, que não podem ser removidas, mesmo
com a lavagem.

Papel

O papel de uso para envoltório apresenta a vantagem de ser descartável, não exigindo conservação. Os
papeis mais usados são os do tipo toalha e manilha, pois tem como características serem permeáveis
ao vapor, serem resistentes.

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Poliamida

O poliamida apresenta como características:

a) Ser transparente, possibilitando a visualização do material;


b) Ser provido de microporos que se dilatam e se fecham de acordo com ás fases do processo de
esterilização;
c) Ter a embalagem fechada, manual ou mecanicamente.

Caixas metálicas

As caixas metálicas são encontradas cm diversos tamanhos e apresentam como características: serem
resistentes à alta temperatura, daí o seu uso para acondicionar material a ser esterilizado cm calor seco;
exigirem cuidado no manuseio, a fim de manter o formato e prevenir ruídos.

Vidro

Os tubos de vidro com ou sem estrangulamento, as formas retangulares ou redondas e os recipientes de


vidro refratário são os invólucros de vidro mais utilizados para acondicionar materiais para
esterilização.
Apresentam como características:

Serem transparentes, permitindo visualizar o material;


Necessitaram de tampa de material permeável ao vapor, quando tubular, ao serem esterilizados;
Serem utilizados para acondicionar material para esterilização cm agente químico;
Exigirem cuidado especial no manuseio por serem frágeis.

Tambor

Apresenta como característica: ser provido de orifícios nas paredes laterais, que devem permanecer
abertos durante o tempo de esterilização, a fim de que haja saída do ar, penetração e circulação do
vapor. Ao retirá-lo da autoclave, os orifícios devem ser fechados.

Os tambores estão caindo cm desuso, por ocuparem muito espaço e serem pouco práticos. Em algumas
entidades, ainda permanecem em uso os de menor tamanho, que, geralmente, são usados para
acondicionar gaze ocular, gaze "pipoca", algodão especial, etc.

Características dos pacotes

Ao acondicionar os materiais cm pacotes, alguns cuidados devem ser observados que exista uma
técnica padronizada, a fim de favorecer a esterilização e uso, que seja feito de tal forma que não fique
compacto nem frouxo, que seja de tamanho inferior a 50 x 30 x 30 cm e de peso inferior a 5quilos, que
tenha identificação referente ao nome e número de material que contem, assinatura do funcionário
responsável pela execução, e seja carimbado com a data de esterilização; ser o fechamento realizado
com fita adesiva comum ou especial, na qual aparecem listras pretas, cm sentido diagonal, após sofrer
ação do calor, sem contudo assegurar a esterilização.

E considerado contaminado o pacote mal confeccionado ou cujo envoltório não esteja integro, e aquele
com o período de validade de esterilização vencido.

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As caixas metálicas e os envoltórios de vidro refratário são os mais empregados para acondicionar
materiais a serem esterilizados na estufa; na autoclave, os envoltórios de algodão, papel e poliamida
são os de maior uso. O poliamida é bastante usado, ainda, no acondicionamento de materiais a serem
esterilizados na autoclave a gás de etileno.

Preparo e acondicionamento dos materiais

Nesta área, todo material, antes de ser preparado e acondicionado para a esterilização, deve ser
minuciosamente revisado e selecionado. "Rever significa tornar a ver; ver corri atenção,
cuidadosamente", portanto, a revisão consiste cm verificar a limpeza, as condições de conservação e
funcionalidade do material. "Selecionar significa escolher fundamentalmente".

A seleção consiste, pois, cm preparar os materiais que estão cm perfeitas condições de conservação,
portanto de uso, a fim de executar o preparo e o acondicionamento para a esterilização. Aqueles
danificados devem ser encaminhados ao setor de reparos ou desprezados e substituídos por novos. A
seguir, serão descritos os cuidados com o preparo e o acondicionamento dos instrumentais, materiais
de borracha e luvas, materiais de vidro e agulhas metálicas, material inoxidável e roupas, nos
diferentes setores da área.

Arsenal

O arsenal e o local destinado a armazenar o instrumental e onde são preparadas as caixas e pacotes dos
diversos instrumentais cirúrgicos.
Este local precisa ser provido de armário com prateleiras, para receber os instrumentais, sendo que a
destinada ao material cortante e delicado deve ser forrada com tecido macio, precisa ser provido,
também de uma mesa ou balcão com gavetas. É necessário que haja proximidade entre ambos para
favorecer a dinâmica do trabalho.
As gavetas são utilizadas para guardar as lâminas de bisturi, agulhas de sutura, gaze e papel laminado,
mas, caso sejam inexistentes, estes materiais podem ser guardados a parte, cm caixas de madeira,
plástico ou mesmo papelão. As pinças também podem ser guardadas no armário, cm sentido vertical e,
para isso, existem suportes horizontais na parede de fundo do mesmo. As prateleiras existentes serão
utilizadas para instrumentais, como afastadores, espátulas, válvulas, etc.
Em ambos os casos, o instrumental deve ser grupado por espécie, a fim de tomar mais fácil o preparo
das caixas ou dos pacotes.

O arsenal precisa possuir, ainda, pastas contendo rotinas de preparo de caixas e pacotes de
instrumentais utilizados nas diversas cirurgias, e um catálogo de identificação das pinças.

A revisão e a seleção dos instrumentais cirúrgicos implicam uma série de observações, que podem
assim ser descritas:

A articulação nos encaixes deve ser perfeita, possibilitando pega nas serrilhas e regularidades entre os
cabos e pontas;
As cremalheiras precisam estar prendendo firmemente, sem oferecer resistência ao ato de abrir ou
fechar;
As ranhuras das pinças têm de estar isentas de resíduos;
Estado de conservação do instrumental precisa ser perfeito;
Material cortante deve ter uso adequado e estar afiado.

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O Instrumental necessário ao preparo da caixa é disposto sobre a mesa ou balcão e grupado cm


alfinetes próprios, o que possibilita a visualização do todo. A seguir, é necessário montar as lâminas de
bisturis nos cabos e protegê-las com papel laminado ou gaze; proceder da mesma maneira com as
tesouras. Esse material pode constituir uma caixa à parte ou ser colocado juntamente com os demais,
ocupando o fundo da caixa.

As agulhas são selecionadas segundo o tipo e a curvatura, ordenadas numa gaze e acondicionadas cm
estojo, à parte, ou colocadas sobre o instrumental na caixa metálica.
A caixa metálica, na qual é acondicionado o instrumental para a esterilização, deve estar cm perfeitas
condições de uso e bem limpa, não só por dentro como por fora.

O instrumental é acondicionado na seguinte ordem:

Embaixo ou no fundo da caixa: as pinças anatômicas, os afastadores, os porta-agulhas, as válvulas, as


espátulas e o material cortante;
No meio: os grupos de pinças presas aos 'alfinetes', tendo-se o cuidado de deixar para a parte superior
as mais delicadas; por cima, as agulhas.

Uma vez acondicionado o material a caixa é identificada com o nome da intervenção cirúrgica e a
assinalara do funcionário que a preparou.
A esterilização do instrumental e realizada no calor seco ou estufa, a 160ºC, durante urna hora.
Portanto, a caixa não deve ser forrada com tecido, pois este seria queimado cm consequência da alta
temperatura.
Pode ser feita ainda, em autoclave ou calor úmido, a 121ºC, durante 15 minutos. E imprescindível que
a caixa fique semiaberta, tendo-se o cuidado de fechá-la logo que a porta da autoclave seja aberta.

Com o objetivo de facilitar o uso, certas entidades organizam caixas de instrumentais considerados
básicos e bandejas com os especiais para fazer a complementarão, dependendo do tipo de cirurgia, e,
ainda, outros avulsos acondicionados cm pacotes.

Exemplos de caixas de instrumentais básicos usados cm algumas cirurgias:

A. Flebotomia

01 jogo de agulhas cilíndricas semicurvas, delicadas;


02 bisturis com lâminas 11 e 15;
01 tesoura de Metzenbaum curva de 16 cm;
01 tesoura de Mayo reta;
01 tesoura de Iris reta de 11,5 cm;
01 porta-agulhas de Hegar de 14 cm;
01 pinça dente-de-rato de 15 cm;
01 pinça anatômica de 11 cm;
01 pinça de Adson de 12 cm;
04 pinças Halstead curvas;
02 pinças Halstead retas;
02 pinças Providence curvas;
04 pinças de Backhaus;
01 afastador de Farabeuf infantil;
01 tentacânula de 14 cm;
02 estilete Bi-Ofivar de 14 cm.
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B. Safenectomia:

03 jogos de agulhas cilíndricas e triangulares;


03 bisturi com lâminas 15, 22 e 23;
02 tesouras de 18 ou 16 cm - Metzenbaum;
01 tesoura de Mayo curva de 17 cm;
02 tesouras de Mayo retas de 17 cm;
03 porta-agulhas de Hegar;
03 pinças anatômica com 18 cm;
03 pinças dente-de-rato de 18 cm;
01 pinça de Adson com dente;
01 pinça de Adson scm dente;
06 pinças Kelly curvas;
06 pinças Kelly retas;
09 pinças Halstead (mosquito) curvas;
06 pinças Halstead reta;
04 pinças Kocher curva de 14 cm;
02 pinças Cheron;
02 pinças Kocher retas de 14 cm;
02 afastadores de Farabeuf de adulto de 13 mm x 15 cm;
02 afastadores de Wolkmann com 2 dentes;
08 pinças Backhaus;
04 pinças de Allis de 15 cm;
02 afastadores de Volkmann com 4 dentes rombos.

C. Simpatectomia lombar:

03 jogos de agulhas cilíndricas e triangulares;


02 bisturis com lâminas 20 e 23;
02 tesouras de Metzenbaum retas de 18 cm;
01 tesoura de Mayo curva;
01 tesouras de Mavo retas;
03 pinças dente-de-rato;
02 pinças anatômica de 16 e 18 cm;
01 porta-agulhas de Hegar de 17 cm;
01 porta-agulhas de Hegar de 20 cm;
06 pinças Kelly curvas;
06 pinças Kelly retas;
04 pinças Rochester Pean retas de 16 cm;
06 pinças Rochester Pean curvas de 16 cm;
04 pinças Kocher retas de 16 cm;
04 pinças Koche,- curvas de 16 cm;
02 pinças Mixter pontas finas;
02 pinças Collin;
02 pinças Backhaus de 13 cm;
02 afastadores de Farabeuf (adulto);
02 afastadores de Langcmbeck largos;
02 afastadores de Langcmbech estreitos;
02 afastadores de Wolkmann com dentes.
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Nota: Para a simpatectomia lombar o instrumental deve ser longo e, para a cervical, deve ser delicado.

D. Herniorrafia:

03 jogos de agulhas dos 3 tipos;


03 bisturi com lâminas 24, 21 e 15;
01 tesoura de Metzenbaum curva de 16 cm;
01 tesoura de Metzenbaum reta de 18 cm;
01 tesoura de Mayo curva de 17 cm;
01 tesoura de Mayo reta de 17 cm;
03 porta-agulhas de Hegar;
02 pinças anatômicas de 18 cm;
02 pinças dente-de-rato de 16 cm;
06 pinças Kelly curvas de 14 cm;
06 pinças Kelly retas de 16 cm;
02 pinças Kocher curvas de 14 cm
02 pinças Kocher retas;
06 pinças Allis;
02 pinças Collin coração;
08 pinças Backhaus;
02 afastadores de Farabeuf;
02 afastadores de Wolkmann com 4 dentes rombos;
01 tentacânula de 14 cm;
01 estilete Bi-Olivar de 14 cm.

E. Hemorroidectomia:

01 jogo de agulhas dos 3 tipos, cortantes e cilíndricas;


03 bisturi com lâminas 15 e 24;
01 tesoura de Metzenbaum de 16 cm;
01 tesoura de Mayo curva;
01 tesoura de Mayo reta;
03 porta-agulhas de Hegar de 16 cm;
02 pinças anatômicas;
02 pinças dente-de-rato de 16 cm;
08 pinças Kelly curvas e retas de 14 cm;
04 pinças Kocher curvas;
04 pinças Kocher retas;
04 pinças Allis;
06 pinças Backhaus;
01 especulo ou válvula Pitanga Santos;
afastadores de Wolkmann com 4 dentes rombos;
01 anuscópio retal;
01 tentecânula;
02 curetas Volkmann nº1;
01 estilete Bi-Olivar de 14 cm;
01 par de afastador Langenbek.

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F. Laparotomia ou gastrectomia:

Jogos de agulhas dos 3 tipos;


03 bisturi com lâminas 15,23 e 24;
02 tesoura de Metzenbaum de 18 cm;
01 tesoura de Metzenbaum de 16 cm;
02 tesouras de Mayo curvas de 18 e 23 cm;
02 tesouras de Mayo retas de 18 e 26 cm;
03 porta-agulhas de Hegar de 18 cm;
01 porta-agulhas de Hegar de 30 cm;
04 pinças anatômicas de 20 cm;
04 pinças dente-de-rato de 20 cm;
01 pinça dente-de-rato de 25 cm;
01 pinças dente-de-rato de 30 cm;
08 pinças Kelly curvas;
08 pinças Kelly retas ;
04 Kocher curvas;
04 pinças Kocher retas;
06 pinças Halstead curvas;
06 pinças Halstead retas;
08 pinças Rochester curvas;
04 pinças Rochester retas;
04 pinças Allis;
02 pinças Collin coração;
02 pinças Lahey;
01 afastador Gosset grande;
03 válvula de Doyen com 45 x 60, 45 x 90 e 45 x 120;
02 pinças Mixter pontas finas, mais 2 de pontas grossas;
02 pinças Clamp retas, mais 02 pinças Clamp curvas;
12 pinças Backhaus;
03 espátulas de Tuffier de 25 cm;
02 afastadores de Farabeuf;
01 pinça de Adson de 18 cm;
02 pinças Mixter delicadas;
01 pinça Abadie.

Material complementar - Colecistectomia

02 pinças de Duval;
04 pinças de Desjardins;
01 pinça Blake curva;
02 pinças de Guyon de 24 cm;
04 curetas Desjardins para conduto biliar;
sondas Desjardins para conduto comum;
03 sondas Aschsner espiral.

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G. Pequena cirurgia ou Postectomia:

03 jogos de agulhas dos 3 tipos;


02 bisturi com lâminas 21 e 15;
01 tesoura de Metzenbaum de 15 cm;
01 tesouras de Mayo curvas de 14 cm;
02 tesouras de Mayo retas de 14 cm;
02 porta-agulhas de Hegar de 14 cm;
01 pinça de Adson com dente;
01 pinça dente-de-rato de 15 cm;
01 pinças anatômicas de 15 cm;
03 pinças Halstead retas;
03 pinças Halstead curvas;
02 pinças Kelly retas ;
02 pinças Kocher retas de 14 cm;
02 pinças Backhaus;
02 afastadores de Farabeuf adulto e infantil);
02 pinças Allis;

H. Cirurgia plástica:

03 jogos de agulhas cilindrícas e triangulares pequenas;


04 bisturis com lâminas 11,15,21 e 22;
01 tesoura de Metzenbaum curva de 15 cm;
01 tesouras de Mayo retas de 15 cm;
01 tesoura de iris curva e delicada;
01 tesoura de iris reta e delicada;
02 porta-agulhas de Hegar de 12 cm;
02 pinças anatômicas de 15 cm;
02 pinças dente-de-rato de 15 cm;
06 pinças Halster(mosquito)curvas;
04 pinças Halster retas;
01 pinça de Adson com dente;
01 pinça de Adson sem dente;
04 pinças Allis;
06 pinças Backhaus;
02 afastadores de Blair(gancho);
02 afastadores de Farabeuf infantis;
06 pinças Kelly curvas;
06 pinças Kelly retas;

I. Histerectomia abdominal:

03 jogos de agulhas cilindrícas e triangulares;


03 bisturi com lâminas 15,23 e 24;
01 tesoura de Metzenbaum de 23 cm;
01 tesoura de Metzenbaum de 18 cm;
01 tesoura de Mayo curvas de 17 cm;
02 tesouras de Mayo retas de 17 cm;
03 pinças anatômicas de 16 e 20 cm;
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03 pinças dente-de-rato de 17 e 20 cm;


01 porta-agulhas de Hegar de 30 cm;
03 porta-agulhas de Hegar de 16 e 18 cm;
12 pinças Kelly curvas;
08 pinças Kelly retas;
02 pinças coração;
06 pinças Kocher curvas e longas;
12 pinças Allis;
12 pinças Kocher retas e curvas;
10 pinças Backhaus;
06 pinças Rochester curvas;
04 pinças Faure uterinas retas e curvas de 22 cm;
02 pinças Cheron;
02 pinças Pozzi;
02 pinças Museaux;
04 pinças de Lee longas curvas e retas;
03 espátulas de Tuffier;
01 saca-fibroma de Doyen;
02 afastadores de Farabeuf;
01 tentacânula de 14 cm;
02 pinças de Hartmann instestinal retas de 25 cm;
02 pinças de Hartmann instestinal curvas de 22 cm;
02 estiletes e porta-algodão uterino de 27 cm.

A parte afastador de gosset, afastador de Doyen e Dartigues(histerolabo) e válvula Auvard com peso.

J. Curetagem:

01 pinça dente-de-rato de 20 cm;


01 pinça antômica de 18 cm;
01 pinça de Winter curva;
01 pinça de Winter reta;
01 pinça Cheron;
01 pinça Collin;
02 pinças Pozzi;
04 pinças Backhaus;
03 curetas Collin de 03 tamanhos;
01 histerômetro de Collin;
01 sonda metálica;
01 espéculo vaginal e 1 jogo de velas de Hegar nºs 1 a 15;
01 válvula de Auvard com peso.

L. Colpoperineoplastia:

01 jogo de agulhas curvas e cortantes;


03 bisturis com lâminas 15,20e 22;
01 tesoura de Metzenbaum de 20 cm;
01 tesoura de Metzenbaum de 18 cm;
01 tesoura de Mayo Noble reta de 17 cm;
01 tesouras de Mayo reta;
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03 porta-agulhas Hegar de17, 18 e 20 cm;


02 pinças anatômicas de 20 cm;
02 pinças anatômicas de 16 cm;
02 pinças dente-de-rato de 20 cm;
02 pinças dente-de-rato de 16 cm;
06 Rochester curvas;
02 pinças Kelly curvas;
06 pinças Kelly retas;
06 pinças Kocher curvas ;
06 pinças Kocher retas;
10 pinças Allis;
02 pinças Collin coração de 17 cm;
02 pinças Museaux;
01 pinças Pozzi;
01 pinça Cheron;
02 pinças de Lee longas curvas e retas;
01 válvula de Auvard com peso.
03 válvulas de Doyen de 45x60, 45x90 e 45x120;
03 curetas fenestradas de 2 tamanhos;
03 curetas rombas de 3 tamanhos;
01 afastador vaginal;
01 tentacânula de 14 cm;
01 histerômetro de Collin;

M. Tireoidectomia:

03 jogos de agulhas cilíndricas e triangulares


01 bisturi com lâminas 23;
02 bisturis com lâminas 11 e 15;
01 tesoura de Metzenbaum de 18 cm;
01 tesoura de Metzenbaum de 15 cm;
02 tesouras de Mayo retas de 17 cm;
01 tesouras de Mayo curva de 17 cm;
03 porta-agulhas Hegar de17 cm;
04 pinças anatômicas de 14 e 16 cm;
04 pinças dente-de-rato de 14 e 16 cm;
01 pinça Adson com dente;
01 pinça Adson sem dente;
10 pinças Kelly curvas de 14 cm;
06 pinças Kelly retas de 14 cm;
06 pinças Allis de 15 cm;
12 pinças Halstead curvas;
10 pinças Halstead retas;
06 pinças Mixter de 20 cm;
06 pinças Rochester curvas e delicadas;
04 pinças Kocher curvas de 14 cm;
04 pinças Kocher retas de 14 cm;
02 pinças garra de Lahey de 16 cm para bócio;
12 pinças Backhaus;
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01 pinça Collin coração;


04 afastadores de Farabeuf(2 infantis e 2 grandes);
04 afastadores de Langembeck nº 2;
02 afastadores de Vollanann com 2 dentes;
04 pinças Mixter de 20cm;

N. Bandeja de Amputação:

02 goivas de Sttile de 10 e 12 mm;


01 cizalha de Sttile Liston de 23 cm;
01 martelo de metal;
02 facas de Collin para amputação de 19 e 23 cm;
03 curetas grande, média e pequena;
03 osteôtomos retos grande,médio e pequeno;
01 afastador de Percy para amputação;
01 martelo de Hagck de 27 cm;
01 serra de Charriere com 2 lâminas,
01 serra de Gigli com os ganchos

O. Exame ginecológico:

01 afastador vaginal;
01 pinça Cheron;
01 pinça Muscaux.

O pacote de curativo é composto de 4 pinças, sendo que 2 são hemostáticas e 2, anatômicas. Ao


prepará-lo, as pinças devem ser colocadas com as pontas voltadas para o mesmo sentido, a fim de
facilitar o manuseio e prevenir a contaminação. Para o acondicionamento, o campo de algodão n.º 5
(50 x 50 cm) é o mais utilizado.

Preparo de roupas

As roupas são lavadas na lavanderia e enviadas à área de preparo, à qual compete revisar e selecionar
uma por uma, a fim de separar as manchadas e danificadas, para serem submetidas a novo processo de
lavagem ou encaminhadas ao setor de costura.
As cores cinza verde ou azul nas tonalidades claras, são as mais utilizadas para as roupas cirúrgicas. O
verde e o azul escuro também são usados, mas como fundo para fotografias e filmagens cientificas.
Na área de preparo, os aventais, campos, compressas e opas são dobrados e preparados, seguindo uma
técnica padronizada, a fim de facilitar seu manuseio no momento de uso.
O acondicionamento das roupas deve ser feito em campo de algodão, de tamanho adequado, no intuito
de oferecer maior proteção.
As roupas são esterilizadas em calor úmido. Devem-se observar o tamanho e o peso dos pacotes, a fim
de que não ultrapassem o máximo estabelecido, para que seja processada a esterilização.

Avental cirúrgico

Abrir o avental, segurando-o pelas pontas superiores, tendo o lado direito para fora; dobrá-lo ao meio,
no sentida longitudinal de modo que a abertura fique voltada para o lado esquerdo; introduzir, a mão,
esquerda na cava, fazendo a superposição dos ombros, e dobrar, pela segunda vez, em sentido
longitudinal; a seguir, fazer correr a mão direita pelo avental e segurá-lo pelas duas extremidades;
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estendê-lo sobre a mesa tendo o decote voltado para o lado esquerdo e a abertura para o operador;
dobrar, mais uma vez em sentido longitudinal; colocar a manga e os amarrilhos ao longo do avental;
dobrá-lo na metade, da direita para a esquerda e, a seguir, fazer uma segunda dobra, da esquerda para a
direita, mantendo as aberturas sempre para o lado do executante; fazer girar o avental de modo que as
aberturas fiquem para o lado direito e dobrar, em diagonal, as extremidades superiores cuidando para
que o amarrilho do decote fique sob a dobra; colocar uma compressa dobrada em quatro, com a
abertura para a direita, sobre o avental.

Os aventais cirúrgicos podem ser acondicionados juntamente com os campos, formando o pacote de
Lap, e isoladamente, em pacotes com um, dois ou três aventais.

Campo cirúrgico duplo

Segurar o campo aberto com o lado direito para fora e dobrá-lo, ao meio, pela aproximação das mãos,
segurando as duas pontas com a mão esquerda; Segurar a extremidade da dobra com a mão direita e
dobrá-lo mais uma vez, de modo que a abertura fique voltada para o lado esquerdo; Dobrar mais uma
vez, como anteriormente. Colocar na mesa o campo, com as aberturas voltadas para o executante;
Dobrá-lo, agora. ao meio, da direita para esquerda; Fazer girar o campo, colocando, então, as aberturas
para a direita e dobrar a ponta dupla, em sentido diagonal; Redobrar o campo, agora da direita para a
esquerda, e dobrar a segunda ponta dupla, também em sentido diagonal.

Campo cirúrgico simples

Abrir o campo, segurando-o pelas extremidades, com o direito voltado para o executante, dobrar ao
meio pela aproximação das mãos, segurando as duas pontas com a mão esquerda, repetir a dobradura,
por mais duas vezes, e colocá-lo sobre a mesa com as aberturas voltadas para o executante. Dobrá-lo
ao meio, da direita para a esquerda; gira-lo de modo que as aberturas fiquem voltadas para a direita;
dobrar, em sentido diagonal, a primeira ponta e redobrar o campo da direita para a esquerda, e dobrar,
no mesmo sentido, a outra ponta.

Os campos simples e duplos podem ser acondicionados cm unidades isoladas ou juntamente com os
aventais, formando o pacote de Lap.

Campo fenestrado:

Abrir o campo fenestrado sobre a mesa, tendo o lado direito para cima; dobrá-lo, duas vezes, ao meio,
de modo que as aberturas fiquem voltadas para o lado oposto ao do executante; dobrá-lo, a seguir, ao
meio, da esquerda para a direita e, depois, da direita para a esquerda; fazer uma dobra, em sentido
diagonal na ponta superior, acondicioná-lo ou empacotá-lo por unidade, mantendo a dobra voltada
para cima.

O empacotamento ou acondicionamento dos campos em pacotes é feito com as aberturas voltadas para
o lado oposto ao do executante, e as dobras para cima.
Os campos comumente usados são encontrados em tamanhos diferentes, que apresentam pequenas
variações em suas medidas, de um para outro hospital. Essas variações podem ser observadas, também,
em relação ao conteúdo dos pacotes.

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Preparo de outros materiais

As escovas utilizadas para escovação das mãos podem ser de fibra vegetal ou sintética. No expurgo,
devem ser lavadas com água corrente, para remover todo e qualquer vestígio de sabão.

Seu preparo consiste em:

Fazer a verificação das cerdas, observando que não estejam endurecidas nem amassadas;
Deixar escorrer o excesso de água;
Acondicioná-las cm envoltório de algodão, colocando uma ou mais unidades na embalagem, tendo o
cuidado de não comprimir as cerdas;
Lavar a esterilizar em calor úmido.

Material elétrico

Os materiais elétricos de uso mais comum no Centro Cirúrgico são laringoscópio, bisturi elétrico e
serra elétrica. O laringoscópio e lâminas devem ser lavados com água e solução desinfetante, e enxutos
com uma compressa. Do bisturi elétrico apenas a ponta, o cabo e o fio elétrico são esterilizados, e a
essas partes devem se dispensar cuidados especiais.

Desencaixar o eletrodo metálico ou ponta do cabo do bisturi elétrico; lavá-lo com solução detergente;
limpar o cabo e o fio elétrico com uma compressa umedecida em solução detergente.

No aparelho de bisturi elétrico há necessidade de limpeza diária, com um tecido umedecido em


solução desinfetante.Com a serra elétrica, precisa-se ter o cuidado de:

Retirar a lâmina da serra elétrica e colocá-la em solução detergente por tempo determinado; lavar em
água corrente e enxugar com compressa; limpar o motor e o fio com uma compressa úmida; readaptar
a lâmina e testar o funcionamento.

A esterilização desse material pode ser feita em autoclave de óxido de etileno ou, na falta desta, em
pastilha de formalina. No primeiro caso, o material é acondicionado separadamente, em embalagem
poliamida, e, no segundo, em caixa metálica forçada.

Unidade de eletro-cirurgia ou bisturi elétrico

O bisturi elétrico é um aparelho eletrônico que tem a propriedade de transformar a corrente elétrica
alternada comum em corrente elétrica de alta frequência, mas que apesar da intensidade, não ocasiona
alterações orgânicas nem excitação nervosa.
"O efeito físico da eletrocirurgia se baseia fundamentalmente na Lei de Joule, ou seja, na energia
térmica produzida no organismo, pela passagem da corrente elétrica. A corrente elétrica, de alta
frequência, aquece a ponta metálica do eletrodo positivo, “ponta do bisturi", passa através do corpo do
paciente e é examinada através da placa dispersiva, “placa do paciente”, que está direta ou
indiretamente ligada ao “fio-terra” (como embutida no mesmo fio da placa ou conectada ao aparelho
da U.E.G.), que a levará para o exterior (nível elétrico básico-zero)". Este aparelho é utilizado com a
finalidade de promover a eletrocoagulação e a eletrodissecção.

A eletrocoagulação consiste na oclusão dos vasos sanguíneos e linfáticos, através da solidificação das
substâncias proteicas ou retração dos tecidos. A eletrodissecção consiste na secção dos tecidos e isto é

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feito através da dissolução da estrutura molecular celular dos tecidos, havendo desidratação e fusão
dessas células próximas ao eletrodo positivo.

É de responsabilidade da circulante de sala a colocação da placa dispersiva no paciente, e, para tal,


alguns cuidados devem ser observados:

a) Contato regular e homogêneo da placa dispersiva com o corpo do paciente, a fim de permitir a
distribuição da corrente elétrica. Os locais mais utilizados para este fim são a panturrilha a face
posterior da coxa e a região glútea.
b) Deve-se evitar colocar a placa dispersiva sobre saliências ósseas, áreas muito perigosas ou de
tecido escarificado, porque assim diminuem o contato da mesma com o corpo do paciente;
c) Deve-se observar, ainda, que não fia, já deslocamento da placa dispersiva da região de contato,
quando se fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.

A queimadura é uma complicação do uso inadequado do bisturi elétrico e que pode se dar nos
seguintes casos:

Quando há contato insatisfatório entre a placa dispersiva e o paciente;


Quando há conexão inadequada entre o aparelho e a placa dispersiva e/ou a unidade de eletrocirurgia e
o, fio-terra da sala de cirurgia;
Quando há contato do paciente com partes metálicas da mesa cirúrgica.

Compete a enfermeira da unidade de Centro Cirúrgico:

Treinar e supervisionar o pessoal de enfermagem quanto ao uso, funcionamento e conservação do


bisturi elétrico,
Revisar periodicamente o aparelho, a instalação elétrica e o fio-terra da sala ou a tomada trifásica do
aparelho;
Orientar a circulante quanto aos cuidados na limpeza dos fios, caneta, ponta do bisturi e placa
dispersiva. Limpá-los com uma compressa umedecida em água oxigenada, se sujos com sangue, ou em
álcool etílico.

Esse material, com exceção da placa dispersiva, é esterilizado em vapor de formalina ou em óxido de
etileno.

Área de esterilização

Nessa área estão localizadas as autoclaves e estufas, aparelhos destinados à esterilização do material.
Esses aparelhos devem ser sob a manutenção de técnicos especializados da indústria de fabricação, a
qual é responsável pela revisão técnica periódica do funcionamento dos mesmos E imprescindível que
o funcionário treinado para essa área tenha conhecimentos básicos sobre o funcionamento dos
aparelhos, noções de microbiologia e princípios de esterilização dos materiais, a fim de que, através de
um trabalho consciente e responsável, ofereça segurança na utilização do material esterilizado.

Conceitos

Antes de descrever as atividades reatadas nessa área, relativas aos cuidados com a esterilização do
material, torna-se necessário destacar os seguintes conceitos:
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Esterilização: Processo pelo qual destrói todo e qualquer forma de vida microbiana, incluindo os
esporos bacterianos por meios de métodos químicos ou físicos.

Anti-séptico: é toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias, seja inativando-as
(bacteriostática), seja destruindo-as (bactericida).

Anti-sepsia: é o meio usado para impedir a proliferação dos microrganismos. Termo usado para
descrever a técnica em superfície animada (viva).

Assepsia: é o conjunto de práticas ou técnicas por meio das quais se evita a penetração de
microrganismos num local ou objeto isentos dos mesmos.

O emprego do termo antissepsia restringe-se ao tecido vivo, como, por exemplo: Antissepsia da pele,
ao contrário do termo desinfecção, que melhor se aplica às matérias inanimadas, como, por exemplo,
desinfecção de piso.

Métodos de esterilização:

Calor Calor úmido –


Vapor d’água sob
Físicos pressão
(Autoclave)
Métodos de Radiação Calor seco ar
Quente (estufa)

esterilização Gases Raio gama cobalto


60
Químicos Parafórmico ou
aldeido fórmico
Oxido de etileno

Líquido: Produtos químicos

Os métodos acima citados são os empregados na esterilização do material hospitalar.

Esterilização pelo calor úmido

A esterilização pelo calor úmido ou pelo vapor- d’água sob pressão é processada na autoclave,
aparelho cura fabricação apresenta forma e tamanha diferentes.
A construção do aparelho é baseada no princípio da marmita de Papin, ou seja, que a água aquecida em
recipiente fechado, onde o vapor fica retido sob pressão, pode atingir temperaturas muito elevadas sem
ferver, Bier (9). Na autoclave, a pressão faz aumentar a temperatura para mais de 100º C e esta,
juntamente com o vapor em estado de saturação, constituem os elementos indispensáveis à destruição
dos microrganismos, que são o calor e a umidade.

O calor úmido é um agente esterilizante eficaz pelo seu alto poder de penetração. Sua ação destruidora
se dá pela termo coagulação das proteínas bacterianas.
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Ao conhecimento da eficácia do calor úmido deve-se acrescer a observação do princípio de que cada
tipo de material exige um tempo de exposição diferente à máxima temperatura para ser esterilizado,
sendo assim os materiais são divididos em material de superfície e de densidade.

Material de superfície - E constituído de material pouco denso, em cuja superfície circula o vapor
d’água sob pressão, sem que haja penetração do mesmo. Esse material necessita de um tempo de
exposição de 15 minutos a uma temperatura de 121ºC. São exemplos as seringas, as agulhas, as
sondas, as cúpulas, as cubas-rim etc.

Material de densidade - E constituído de um material espesso, formado de fibras, e que exige a


penetração do vapor d'água sob pressão em todas as camadas de sua espessura. Esse material e exposto
por 30 minutos a uma temperatura de 121ºC e são. Exemplos: as gazes, as compressas, os campos e os
aventais,
Qualquer material, desde que não seja danificado pelos efeitos do calor e da umidade, pode ser
submetido à esterilização pela autoclave.

O aparelho precisa ser manuseado por pessoal treinado, pois devem ser observados cuidados antes, ou
seja, com o carregamento, durante e após a esterilização, com o descarregamento Os cuidados com o
carregamento incluem:

Carregar o aparelho com material que requer o mesmo tempo de exposição, utilizar apenas 80% da
capacidade do mesmo, com o objetivo de facilitar a circulação do vapor no interior, da câmara; dispor
o material na autoclave, de modo a facilitar a penetração e circulação do vapor, e a eliminação do ar.

Por exemplo:

Colocar as caixas metálicas semiabertas nas proximidades da porta, a fim de que possam ser fechadas
logo que a autoclave seja aberta;
Dispor os pacotes maiores na parte inferior e os menores na superior do carro móvel do aparelho;
Evitar que o material encoste nas paredes da autoclave, principalmente o de borracha.

Durante a esterilização deve-se:

Seguir, rigorosamente, as instruções de funcionamento no manuseio da autoclave;


Observar o tempo de exposição necessário à esterilização do material, a partir do momento em que
aparelho atingir a temperatura ideal;
Verificar se a pressão e a temperatura estão se mantendo em níveis adequados;
Invalidar a esterilização do material e providenciar a revisão do aparelho a qualquer sinal de defeito.

Ao executar o descarregamento da autoclave, o funcionário deve fazer uso de máscara e luvas


próprias.

Os cuidados com o descarregamento incluem:

Retirar o material, tendo o cuidado de tampar as caixas metálicas e lacrá-las com fita adesiva; .
Não colocar os pacotes, ainda quentes, sobre superfície fria, o que causaria uma condensação do vapor,
umedecendo o material contaminando-o por capilaridade.
Datar as caixas e pacotes, e guardá-los em local apropriado.

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Depois da última esterilização do dia, promover a limpeza da autoclave, que consiste em limpar a
câmara interna com um pano umedecido em água e enxugar em seguida. Fazer o mesmo com a
superfície externa verificando as condições do aparelho.
Não e permitido o uso de substâncias corrosivas ou abrasivas na realização da limpeza do aparelho

Esterilização pelo calor seco

E na estufa, nome comercial do forno de Pasteur, que se processa a esterilização do material pelo calor
seco. A destruição bacteriana se dá pela oxidação celular e, para que isto ocorra, toma-se necessário
que o material a ser esterilizado seja submetido a um tempo de exposição maior e à temperatura mais
elevada.

O aquecimento da câmara da estufa se faz por convecção, que é a transferência do calor pela
circulação do ar, consequente ao aumento da temperatura. O aquecimento do material se dá por
condução, que é a transferência direta do calor da parte mais aquecida para a menos aquecida de um
corpo ou de um para outro corpo.

O material para ser esterilizado no calor seco é acondicionado em caixas metálicas e recipientes de
vidro refratário. Um vez ligado o aparelho, deve-se controlar a temperatura e marcar o tempo de
exposição, a partir do momento em que o termômetro atingir a temperatura adequada ao tipo de
material a ser esterilizado.
É importante observar que "as substâncias pulverizadas exigem longos períodos de exposição, devido à
lenta transferência do calor através das caixas que as contêm.

Para que se efetue a esterilização se faz necessário um período de 2 horas de exposição a 160ºC,
lembrando-se que, para a atingir o aquecimento, essas substâncias exigem um período de 2 horas,
perfazendo um total de 4 horas. As substâncias oleosas exigem 2 horas e 45 minutos para atingir o
aquecimento de 160ºC, acrescentam-se mais 2 horas de exposição, perfazendo-se um total de 4 horas e
45 minutos, para que ocorra a esterilização.

A esterilização pelo calor seco é indicada para os pós, graxas e óleos, levando-se em conta a relação
tempo/temperatura e observando-se as características de aquecimento de cada substância.

A esterilização pelo calor seco apresenta desvantagens em comparação com o calor úmido, pois, alem
de exigir temperatura e tempo de exposição maiores, e imprópria para alguns tipos de materiais, como
roupas e borrachas.

Esterilização por radiação

A esterilização por radiação e obtida através dos raios gama cobalto 60. A esterilização pelos raios
gama cobalto 60 em método eficaz e oferece, como vantagem ser altamente penetrante, atravessando o
invólucro dos materiais, embalados em caixas de papel ou plásticos, e não danificar o material
submetido ao processo, por ser a frio.

Sua ação destruidora se processa através da alteração da composição molecular das células, as quais
sofrem perda ou adição de cargas elétricas (ionização), ficando carregadas negativa ou positivamente.

A radiação gama produzida nas bombas de cobalto 60 é o elemento radioativo empregado para a
esterilização do material e consiste num dos 3 tipos emitidos pelo átomo radioativo (a = alfa. B.= beta.

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y = gama). O raio gama cobalto destina-se, especialmente, à esterilização de materiais descartáveis,


produzidos em larga escala, sendo assim utilizado pelas indústrias.

Ao lado das vantagens, esse método de esterilização apresenta desvantagens, que são as seguintes:

Os equipamentos e as cargas radioativas são importados, elevando o seu custo e limitando a sua
aquisição;
O pessoal, para atuar nessa área, necessita de preparo especializado,
O controle médico do pessoal deve ser permanente, a fim de assegurar a saúde;
Os conhecimentos a respeito do método são poucos e não muito divulgados em nossa literatura.

Esterilização pelo óxido de etileno

O óxido de etileno foi descoberto como agente esterilizante, após a II Guerra Mundial, pelos cientistas
da Army Chemical Corps.
E um gás tóxico, incolor, inflamável e obtido pela reação de cloridrina de glicol com potassa cáustica
concentrada. Sendo inflamável quando puro, é usado com a associação de dióxido de carbono (90"/o)
ou freon (80%), O esterilizador a óxido de etileno e formado por um conjunto de 3 unidades: uma
autoclave combinada a gás e vapor; um painel de controle onde está conectado o cilindro de mistura de
gases; um aparelho aerador, pelo qual o material obrigatoriamente tem de passar, após a esterilização.

Ao esterilizar o material em óxido de etileno, deve-se observar quatro condições, que precisam guardar
relação entre si, e que são as seguintes:

O tempo de exposição do material ao agente esterilizante é de 2 horas;


Temperatura nas câmaras maiores é de 50 a 60ºC;
Umidade relativa é de 20 a 40%; concentração do gás é de 450 mg/1.

O óxido de etileno, como agente esterilizante, apresenta como vantagens:

Ser bactericida, viricida e esporicida; esterilizar em temperatura relativamente baixa; promover a


esterilização de materiais elétricos, termo lábeis, etc., sem danificá-los.

Ao lado das vantagem, a esterilização pelo óxido de etileno apresenta:

Ser um método de esterilização dispendioso; ter o gás efeito tóxico e ter um processo demorado.

O material, para ser esterilizado no óxido de etileno, deve estar limpo e seco, e acondicionado em
invólucro permeável à penetração do gás e da umidade.
No carregamento da autoclave, não pode haver sobrecarga e, entre os pacotes, deve ser mantido um
espaço, afim de que o gás entre em contato com toda a superfície do material. Para se remover o
material da autoclave, o funcionário precisa estar usando, além do avental e gorro, mascaras e luvas
para a sua proteção.

Após a esterilização, o material é obrigatoriamente submetido ao processo de aeração, que consiste na


circulação de ar filtrado que passa por todo o material, promovendo a remoção dos resíduos de gás
retidos no mesmo. A troca de ar no interior da câmara é realizada a cada minuto pelo sistema de
aeração, numa temperatura mantida entre 45,5ºC e 54,4ºC.
O tempo que a material permanece no aerador é alistado através de um dispositivo para 1 a 16 horas,
sendo que o comum é regulá-lo para 12 horas, à temperatura de 50º C.
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Os aparelhos esterilizadores são testados a cada 15 dias e após a revisão realizada por defeito dos
mesmos. O teste biológico ou de cultura bacteriológica é o mais comumente utilizado, pois emprega
esporos de bacilos não patogênicos, como Bacillus subtillis ou termophilus, que é o mais resistente.

Produtos químicos

A utilização de produtos químicos para a desinfecção e/ou esterilização de materiais e indicada


somente para aqueles que não podem sofrer a ação do calor, e quando não se dispõe de autoclave a gás
de óxido de etileno.
Esses produtos são também utilizados para desinfetar objetos contaminados antes de serem preparados
para a esterilização e, ainda, para limpar pisos, móveis e o ambiente de modo geral. É importante, ao
se fazer a escolha de um determinado produto químico, que ele tenha as seguintes propriedades:

Não ser irritante e tóxico para os tecidos humanos;


Ter o poder de destruir os microrganismos patogênicos em todas as suas formas;
Ser estável, quando em solução, por tempo prolongado;
Não ser corrosivo para os metais e não alterar materiais de borracha e plástico.

Além das propriedades acima mencionadas, algumas condições concorrem para a eficácia dos
produtos químicos, tais como:

Concentração: para destruir os microrganismos, um produto químico precisa ser usado na


concentração ideal e tê-la mantida, sendo que, para isso, o material nele submerso deve ser
previamente seco, e o recipiente permanecer fechado. Um mesmo produto químico, considerando a
concentração em que é usado, pode ter propriedade esterilizante ou desinfetante;

Temperatura: partindo do princípio de que as reações químicas são aceleradas pela ação do calor, a
temperatura elevada é considerada como fator que aumenta o poder de desinfecção e/ou esterilização;

pH do produto químico: o pH é a concentração do íon hidrogênio numa solução química e indica se


esta é ácida ou alcalina. Uma solução com pH de 1 até 7 é ácida; com pH 7 é neutra e com pH de 7 até
14 é básica ou alcalina;

Tensão superficial e umectação: para que um produto químico atue sobre os microrganismos, torna-
se necessário que entre em contato direto com a superfície do material. Portanto, a umectação está na
dependência da tensão superficial. Sendo assim o poder de umectação de um liquido será tanto maior
quanto menor a tensão superficial desse líquido;

Limpeza do material: o material deve ser rigorosamente limpo e seco. A presença de material
orgânico altera a ação do produto químico, e a água, a concentração da solução.

Submersão: o material precisa ser totalmente coberto pelo produto químico e, para que isto ocorra,
deve-se ter o cuidado de escolher um recipiente proporcional à quantidade de material a ser colocada
em solução Observa-se, ainda, se o produto químico preenche o espaço luminar do material tubular, e
as praças e tesouras têm de estar abertas, a fim de facilitar o contato com toda a superfície do material.

O tempo de exposição do material depende da concentração do produto químico e da natureza do


microrganismo.
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É importante anotar a data e o horário em que o material foi colocado em solução, e o tempo em que
permanecerá na mesma.
A retirada do material para uso necessita ser feita com técnica asséptica, após o que será lavado com
soro fisiológico ou água esterilizada. A esterilização pelos produtos químicos é um assunto bastante
controvertido, sendo que, na maioria das vezes, prefere- se dizer "desinfecção por produtos, químicos”.
Como foi visto, são vários os fatores a ser considerados no usa de um produto, de modo que fica a
critério de cada serviço a escolha daquele que melhor lhe convier, após estudos e pesquisa a respeito
ou consulta às autoridades competentes.

Fio de sutura ou cirúrgico

Os fios de sutura são utilizados para duas finalidades primordiais:

- Ligadura de vasos sanguíneos - é o processo empregado para impedir o sangramento resultante de


uma incisão no organismo;
- Sutura de tecidos orgânicos - é o processo empregado com o objetivo de aproximar os bordos de uma
incisão cirúrgica ou traumática, a de facilitar a cicatrização.

Os fios cirúrgicos são classificados em:

De origem animal-gute
Absorvíveis: simples e cromado sintéticos
- ácido poliglicólico.

De origem animal - seda;


De origem vegetal - algodão, linho;
Não Absorvíveis: Metálicos - aço monofilamento e
multifilamento
Sintéticos - poliéster,
náilon e polipropileno

Fios absorvíveis

São aqueles que, após colocados no organismo, sofrem a ação dos líquidos orgânicos e são absorvidos
depois de algum tempo.
O categute é fabricado com fitas de tecido colágeno extraídas da serosa do intestino delgado do boi
tratadas por um processo físico-químico de purificação, deixando-as livres de impurezas. Em
conformidade com o diâmetro que se deseja obter, grupa-se um determinado número de fitas,
procedendo-se à torção das mesmas, com máquinas próprias.

O categute pode ser classificado quanto:

Ao tipo - em relação ao tipo, o categute pode ser simples e cromado. Categute simples é o que não
sofre nenhum tratamento que altere seu período de absorção, cuja perda de resistência se dá por volta
do 5º ou 6º dia, e a absorção total de 15 a 18 dias. Categute cromado é o tipo simples que foi
impregnado com sal de cromo, cuja perda de resistência se dá por voltado10º dia, e absorção total,
entre 20 e 25dias;

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A apresentação - com relação à apresentação, tanto o categute simples como o cromado podem ser
traumático ou atraumático.

Traumático: Quando o fio vem separado da agulha, sendo montado no momento de uso.
Atraumático: Quando o fio e a agulha já vêm montados ou encastoados pelo fabricante;

Quanto ao diâmetro, tanto no simples como no cromado a numeração vai de O a 7-0, que são os mais
finos, e de 1 a 2, que são os mais grossas.

Os fios absorvíveis sintéticos, originados dos poliglicóis, são respectivamente fabricados do ácido
poliglicólico e poliglactina . Sua perda de resistência se dá por volta do 14º dia, e a absorção total,
entre 60 e 90 dias.

Fios tão absorvíveis ou inabsorvíveis

Os fios não absorvíveis são aqueles que mesmo sofrendo a ação de enzimas orgânicas, não são
absorvidos e permanecem envolvidos por tecido fibroso no Interior do organismo.

Serão enfocadas a seguir, algumas características dos fios não absorvíveis.

Seda

O fio de seda e derivado dos filamentos de seda fabricados pelo bicho-da-seda, seja, ser
impermeabilizado, tem como característica a isenção de capilaridade, ou impermeabilizado, de modo a
não permitir a infiltração de líquidos através de suas malhas.

O fio de seda pode ser classificado quanto:

Coloração - pode ser branco ou preto;


Apresentação: atraumático ou agulhado; traumático ou não agulhado;
Diâmetro - a numeração vai de 1 a 2 e de 0 a 5-0, existindo, ainda, os microfios, cuja numeração vai de
6-0 a 10-0.

Algodão

O fio de algodão é extraído dos filamentos ou fibras do algodão. Oferece a vantagem de ser de fácil
aquisição, ter boa resistência e possuir baixa reação tissular.

O fio de algodão classifica-se quanto:

Coloração - em relação à cor, pode ser branco ou preto;


Apresentação - pode ser: atraumático ou agulhado; traumático ou não agulhado;
Diâmetro - em relação ao diâmetro, a numeração pode variar de 0 a 5-0. Existe, ainda, a fita de
algodão branco trançado, para uso em cirurgia cardíaca e em laqueadura de cordão umbilical.

Linho

O linho é extraído das fibras do caule do linho e possui características semelhantes ao algodão, embora
seja menos utilizado.

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O fio de linho pode ser classificado quanto:

Diâmetro - em relação ao diâmetro, a numeração vai de 0 a 4-0 e de 1 a 2.

Fio metálico

Existem vários tipos de fios metálicos: fio de prata, fio de bronze, clipes de Michel e fio de aço
inoxidável. O fio de aço inoxidável como o próprio nome indica, é fabricado em aço inoxidável e
constitui material de sutura mais inerte, por não ter interação química com os tecidos e,
consequentemente, produzir baixa reação tissular.

O fio de aço inoxidável pode classificar-se quanto:

Diâmetro - a numeração do fio de aço inoxidável monofilamento vai de 0 a 10-0, incluindo os


utilizados na microcirurgia, e de 1 a 5; a do multifilamento vai de 0 a 6-0.

Fios sintéticos
Os fios sintéticos se originam dos seguintes grupos químicos: poliamidas, que e o náilon poliésteres,
que é o poliéster, e poliolefinas, que são o polietileno e o polipropileno.

Náilon

O náilon e o fio sintético do grupo das poliamidas e tem como propriedade ser bastante resistente e
flexível. Possui isenção de capilaridade natural.

Este fio pode ser classificado quanto:

Tipo: monofilamento, isto é, composto por uma só fibra, e multifilamento, ou seja, formado pela união
de várias fibras, que podem ser torcidas, trançadas e encapadas.

a) Apresentação - este fio pode ser: atraumático ou agulhado, traumático ou não agulhado;
B) Diâmetro - o diâmetro no fio de náilon monofilamento vai de 0 a 12-0, incluindo os utilizados nas
microcirurgias e de 1 a 2; no multifilamento, vai de 0 a 5-0 e de 1 a 2.

Poliéster trançado

O poliéster consiste num material sintético obtido através do ácido teroftálico e etilenoglicol. E
altamente resistente, mantendo a tensão inalterada por vários dias, e produz reação tissular mínima.

São suas características

a) Quanto ao diâmetro - a sua numeração vai de 1 a 2 e de 0 a 9-0, incluindo os utilizados nas


microcirurgias.
b) Quanto à apresentação - este fio pode ser: traumático ou não agulhado; atraumático ou agulhado
com uma ou duas agulhas.

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Polipropileno

O fio de polipropileno é, também, do grupo das poliamidas e semelhante ao náilon. Sua resistência é
inferior à do náilon e superior à da seda. Possui isenção de capilaridade natural podendo ser usado na
presença de infecção. Sua característica principal:

Diâmetro - o fio de polipropileno monofilamento vai de 0 a 7-0 e 1.


Teve-se o cuidado, na descrição das características dos fios de sutura, de não se mencionar o nome
comercial do produto, mas apenas a matéria-prima da qual é fabricado.
Toma-se necessário que a enfermeira da unidade de Centro Cirúrgico se mantenha atualizada quanto à
fabricação de novos tipos de fios, a fim de que possa orientar os membros de sua equipe sobre o
produto.

Tempo cirúrgico

A história dos instrumentais cirúrgicos data de 2500 anos a.C. Os primeiros instrumentos eram de
pedra, pontiagudos e pequenos dentes de animais. Os instrumentos dos antigos gregos, egípcios e
hindus são impressionantes quanto à sua semelhança com os instrumentos contemporâneos.

À medida que a técnica cirúrgica foi se desenvolvendo, em consequência da descoberta dos


procedimentos anestésicos, da hemostasia e da assepsia cirúrgica, o acesso aos órgãos não era mais
possível ser realizado apenas com as mãos.

Com o desenvolvimento da moderna cirurgia, a partir do ano de 1846, na sala de operação do Hospital
de Massachutts, em Boston, um número enorme de instrumental foi idealizado, muitos deles às vezes
dispensáveis ou substituíveis por outros mais comuns. Existem diversos instrumentos que facilitam
enormemente os procedimentos cirúrgicos e por isso se tornam insubstituíveis nas cirurgias para as
quais foram criados. Na montagem das mesas de instrumental devem figurar, em número e variedade,
aqueles instrumentos indispensáveis ou comprovadamente úteis à realização da intervenção cirúrgica e
não se devem sobrecarregar as mesas com instrumentos em excesso. A utilização do instrumental
cirúrgico é planejada em função dos tipos e tempos cirúrgicos.

Define-se como operação cirúrgica o conjunto de gestos manuais ou instrumentais que o cirurgião
executa para a integral realização de ato cruento com finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. As
operações fundamentais são: diérese, hemostasia e síntese. A diérese é todo ato destinado a criar
descontinuidade dos tecidos; hemostasia é toda a manobra para evitar ou estancar a hemorragia e
síntese é a aproximação dos tecidos com o intuito de favorecer a cicatrização. Para que possam ser
realizadas, existe uma série de instrumentos que se encontram, os mais frequentes, apresentados a
seguir.

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Instrumentos cirúrgicos

Diérese

É o rompimento da continuidade ou contigüidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma
região ou órgão. O bisturi é com certeza o instrumento para diérese que mais representa o cirurgião. É
constituído por um cabo de tamanho e formato variados, onde se encaixam diferentes tipos de
lâminas, estas na grande maioria das vezes descartáveis. As tesouras mais utilizadas: reta para o corte
de fios, de secção ou curva (Mayo) e a de dissecção, mais delicada (Metzembaum) tesouras reta e
curva.

Instrumental para hemostasia


A hemostasia pode ser temporária ou definitiva, preventiva ou corretiva. O método de hemostasia por
pinçamento é cruento e temporário, podendo transformar-se em definitivo por ligadura, cauterização ou
angiotripsia. Em cirurgia vascular, utilizam-se pinças hemostáticas atraumáticas para que não se
produzam danos na parede dos vasos quando aplicados, não favorecendo a trombose. As pinças
atraumáticas, como Potts, Debakey, Bulldogs, Satinsky, Derra, são usadas para hemostasia temporária, e
as mais utilizadas são as de Buldogue e Satinsky.

As pinças hemostáticas traumáticas quando aplicadas são substituídas por ligadura ou eletrocoagulação,
sendo as mais utilizadas: Rochester, Kelly e a longa de Mixter. As pinças hemostáticas, com Mixter,
Moynihan, Crafoord, são usadas em situações que exigem instrumentos mais longos.

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Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao pinçamento de vasos sangrantes.
Representado por pinças nas formas retas e curvas, como Kelly, Halstead, Rochester, preferidas pelo
cirurgião devido a proporcionarem um manuseio mais fácil.

Instrumental para separação


O instrumental para separação, formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor
visualização da cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos: auto-estáticos e
dinâmicos.
Os afastadores auto-estáticos são usados para a abertura da cavidade abdominal e torácica.
Os afastadores dinâmicos são usados para separação e abertura do campo operatório em diversas áreas
do corpo.

Instrumental e material para síntese


O instrumental para síntese é representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas (Hegar,
Mathieu, etc.) e principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele.

Agulhas - São utilizadas para transfixar os tecidos como guia aos fios de sutura, podendo ser
classificadas como retas ou curvas, podendo ser cilindricas ou cortantes; as que já vem montada com o
fio são denominadas agulhas atraumáticas, proporcionando orifícios de entrada e saída menos
traumáticos. As agulhas curvas possuem raio de curvatura variável, adaptando-se a cada tipo de
síntese.

Pinças - As utilizadas para a síntese são as pinças de dissecção: anatômica que não possui dentes na
extremidade e portanto são menos traumatizantes ao apreenderem as bordas, e a pinça dente de rato
que possui dentes na sua extremidade e portanto favorecem melhor apreensão.

Porta-agulhas - São utilizados para a condução de agulhas curvas, sendo os mais utilizados: MAYO,
HEGAR e MATHIEU.

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Outros instrumentos

Preensão - Pinça de preensão intestinal ou de Allis; pinça de preensão aponeurótica ou de Kocher,


pinças de Foerstes e Ballenger e as chamadas pinças de campo ou Backaus, respectivamente

Afastadores - São subdivididos em dinâmicos, sendo os mais conhecidos o de Farabeuf, as válvulas


manuais de Doyen e a válvula supra-púbica. Os estáticos mais conhecidos são o Gosset e o Balfour

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Mesa cirúrgica - É rotina a montagem da mesa cirúrgica, observando-se regras para a distribuição
dos instrumentais cirúrgicos: o material de diérese permanece no canto inferior esquerdo; o de síntese
no canto superior esquerdo; o material de hemostasia e preensão no meio da mesa, inferiormente,
sendo os afastadores no canto superior, conforme ilustra a figura abaixo.

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