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Sisflu 09
Sisflu 09
Figura 12. Ventilador radial tipo Sirocco (pás curvadas para frente)
Figura 13. Ventilador radial tipo Sirocco (pás curvadas para frente)
útil V 22 V12 2
W 1
e 21 vdp
mg 2g g
1
útil V 22 V12 1 2
W
vdp
mg 2g g
1
p vk p1 v1k p2 vk2
2 2
p2
p2
pv k= C
Pressão
Pressão
1 1
p1
p1
v2 v1
Volume específico, v v1 = v2 Volume específico, v
útil V 22 V12 1 1 / k 2 1
W p1 v1 1 / k dp
mg 2g g
1p
ou, se o gás é perfeito (pv = RT),
k 1
útil
W V 22 V12 1 k p k
R T1 2 1
mg 2g g k 1 p1
W útil V 22 V12 1 k k 1
2
T1 1
R
m g 2g g k 1 1
O que desejamos obter desta equação? A variação de densidade do escoamento!
Melhor ainda: a “máxima variação possível” de densidade que pode ocorrer em um
escoamento de gás perfeito que foi comprimido adiabaticamente. E em que condições
operacionais esta variação de densidade é a máxima possível, para uma dada quantidade
de energia transferida? A magnitude da variação da energia cinética do escoamento entre
a entrada e a saída do ventilador, o primeiro termo à direita do sinal de igualdade, é o
nosso contra-peso: a variação de densidade será máxima quando houver uma
desaceleração do escoamento através do ventilador (V2 < V1, uma ocorrência que não é
usual nos ventiladores disponíveis), ou o ventilador não transferir energia cinética ao
escoamento (V2 = V1, uma condição frequente, assim como V 2 > V1 ). Assim, se o
primeiro caso não é o usual, podemos escrever:
k 1
W útil 1 k
R T1 2 1
m g g k 1 1
máx
Note então que, para uma dada quantidade de energia específica e um certo gás
entrando no ventilador em condições conhecidas, a variação máxima possível de
densidade, será calculada da equação acima. Entretanto, antes de montarmos uma tabela
para quantificar esta variação de densidade, vamos considerar agora a variação de pressão
que ocorre em um sistema de ventilação, excluindo a ação do ventilador, isto é, sem a
transferência de energia mecânica ao escoamento.
Se a energia mecânica transferida é nula, a Equação da Energia será reduzida a
um balanço entre as energias cinética, de pressão e a perda de carga, Z:
2
V 22 V12 1
vdp +Z
2g g
1
V12 1 k k 1
R T1 2 1
2g g k 1 1
máx
1
V2= 0
V1, p1 p2
A Pressão Total
1 1 1
p total p2 ar V 22
H 2O g H 2O g 2
Ar frio p/
Ar externo ambiente
(saída)
70 %
P to ta l (m m H 2 O )
900 RPM
1 0 .0 0 1 0 .0 0
1 .0 0 1 0 .0 0
V a z ã o (m 3 /s )
alta pressão:
Até 250 ~ 750 mmH2O, soprador
r2/r1 = 1,6 ~ 2,8.
.
>1 p até 10 kgf/cm2 compressor ou
(100mH2O), até 12 rotores turbocompressor
em série, r2/r1 até 4.
Axial vent. axial 1 hélice simples p/ vent. helicoidal
movimentação de ar
ambiente, ventilador de
teto, vent. de coluna.
O ventilador centrífugo de pás ou aletas curvadas para trás é, como se poderia esperar,
o mais eficiente entre os centrífugos. Como a velocidade do escoamento é a menor, e o
canal formado pelas aletas tem a forma apropriada para o escoamento do gás através do
rotor, é o que produz ruído menos intenso. Entretanto, tem custo mais elevado que o de
rotor radial. Não é indicado também para movimentar gases com particulado sólido, os
quais podem erodir as aletas com rapidez (a força centrífuga desloca as partículas sólidas
para a face de sucção das aletas). São ventiladores muito utilizados em sistemas de
condicionamento de ar. Os modelos mais sofisticados, de maior potência e
responsabilidade, têm aletas com perfil aerodinâmico (um pouco mais eficientes,
produzindo ruído menos intenso). A fotografia abaixo é um rotor com aletas curvadas
para trás (da VMB Enterprises, fabricante canadense). O esquema construtivo e a curva
característica típica estão mostrados a seguir. Um elemento de destaque neste ventilador é
a sua curva de potência: o valor máximo ocorre em um ponto operacional equivalente a
70% ~ 80% da vazão máxima. Resulta, então, que este ventilador nunca terá problemas
de sobrecarga por projeto incorreto ou operação inadequada do sistema de ventilação. Por
este motivo, o ventilador de aletas curvadas para trás é denominado de ‘sem sobrecarga’
(‘non-overloading’, em inglês).
Figura 22. Rotor de ventilador com aletas curvadas para trás
Eficiência (%)
Ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para trás, esquema construtivo
e curva característica
Assim como o centrífugo de aletas curvadas para trás, o ventilador centrífugo de aletas
curvadas para a frente é utilizado com gases isentos de particulado sólido. Uma das
particularidades de sua curva característica é uma extensa faixa de pressão quase constante, o que
o torna particularmente adequado para aplicaçao em sistemas onde se deseja minimizar a
influência de alterações de dispositivos, como os ‘dampers’ de controle de vazão; outra
particularidade é o ramo instável da curva característica, na faixa das baixas vazões. A potência
cresce constantemente com o aumento da vazão, o que requer um grande cuidado na
determinação do ponto de operação do sistema e na seleção do motor de acionamento, que pode
‘queimar’ se a vazão resultante for muito superior àquela projetada. Um tipo muito comum de
ventilador centrífugo radial é o Sirocco, que tem rotor largo e muitas aletas curtas. Para uma dada
vazão e uma certa pressão total, o Sirocco é o menor entre os ventiladores centrífugos, operando
em uma rotação mais baixa (o que é importante para minimizar a geração de ruído). Sua
eficiência, entretanto, é menor que a do centrífugo de aletas curvadas para trás. A figura abaixo é
uma fotografia de tal ventilador, visto do lado da boca de sucçao.
Figura 24. Fotografia de ventilador com rotor de aletas curvadas para frente – Siroco.
Eficiência (%)
Ventilador centrífugo de rotor com aletas curvadas para frente, esquema construtivo
e curva característica
O ventilador tubo-axial é constituído de um rotor axial e uma carcaça tubular que o envolve.
O motor pode ser diretamente conectado ao rotor, estando exposto ao escoamento do gás, ou
colocado sobre a carcaça, acionando o rotor através de polias e correia. O gás insuflado deixa a
carcaça tubular com alta vorticidade, o que impede, algumas vezes, sua aplicação em sistema
onde a distribuição do gás é crítica ou exige a aplicação de retificadores de escoamento. Como
qualquer máquina de fluxo axial, é aplicado em sistemas com grande vazão e baixa pressão. Sua
curva característica também apresenta uma região de instabilidade, e a potência é máxima quando
a vazão é nula (a potência máxima é dissipada em recirculação através do rotor). Abaixo estão
uma fotografia frontal (fabricação Sheva, de Israel), o esquema construtivo e a curva
característica de um ventilador tubo-axial.
Figura 26. Rotor axial de ventilador
M
Pressão total [mcH2O, in H2O, etc]
Eficiência (%)
R
R M
2 3
QI
nI , HI n I , N I I n I
Q II n II H II n II N II II n II
Assim, os índices I e II referem-se a condições operacionais distintas de uma mesma
máquina,isto é, operando com a rotação nI e com o gás de peso específico I, o ventilador
decarrega a vazão QI com uma altura de elevação HI, requerendo a potência NI. Entretanto, como
já vimos, a altura de elevação não é o conceito usual para representar a energia transferida por
ventiladores. Há que se reescrever as relações de similaridade em termos da pressão total. Vamos
então formular as ‘Leis dos Ventiladores’:
Q II Q I n II
nI
E a nova relação para a pressão total resultará da similaridade para a altura de elevação. Da
similaridade sabemos que:
2
n
H II H I II
nI
Logo, usando a definição de altura de elevação e lembrando que I = II = ,
V 2 V 2 V 2 V 2
p 2 p1 II 2 1 p p
II 2 1 I 2
1
I n II
2
2g 2g n I
ou ainda,
V 2 V 2 2 V 2
p 2 p1 II 2 p
II 2 1 I p 2
I n II
2 V1
II 1 I n II
2
2g 2g n I 2g 2g
n I
Assim, recorrendo-se à definição de pressão total e à relação de similaridade para a vazão,
chegaremos a:
2
ptotal II ptotal I n II n
I
Para a potência, teremos:
3
n II
N II N I
nI
A representação gráfica da 1a Lei dos Ventiladores está mostrada na curva característica da
figura abaixo. Considere o ponto de operação de referência, sobre a curva característica para a
rotação nI e a curva de eficiência 2. Se a rotação aumenta para n II (nII>nI), o deslocamento
ocorrerá com uma eficiência constante 2 para o ponto II. A vazão QII, a pressão total ptotalII e a
potência NII serão calculadas pelas relações acima apresentadas. Da mesma forma ocorrerá se a
rotação diminuir de nI para nIII.
= 1,2 kgf/m3
II
Log. Pressão total [mH2O, inH2O, etc]
1
III
nII
nI
nIII
Q II
n II n I Q
I
Da mesma forma, se a rotação é constante, também o é a altura de elevação:
H II H I
Logo, usando a definição de altura de elevação,
V 2 V 2
p 2 p1 II 2 II p
p
2 I
2 1I
II 2g I 2g
II V 2 2 I V 2 2
p p II p p I II
2 1 II [ccH2O] 2 1 I [ccH2O]
H 2O H 2O 2g H 2O H 2O 2g I
Para a potência teremos:
II
N II N I
I
A representação gráfica da 2a Lei dos Ventiladores está mostrada na curva característica da
figura abaixo. A determinação dos novos pontos de operação (II>I) ou III<I) ocorre como se a
curva característica se deslocasse sobre o eixo vertical (vazãoconstante). A eficiência,
consequentemente, não se mantém (2 1) ou (2 3).
II II
III
III nI
nI
nI
V 2 V 2
p p
2 1I
I 2 p
I 2 1 IIp II 2 II
H 2O H 2O 2g H 2O H 2O 2g
Assim,
V12 I
V12 II
H I 2g I H II 2g II
H I C1Q2I I H II C1Q2II II
ou,
H C1Q
I
2
H C1Q
I II
2
II II I
Q 2I C 2 C1
II
Q 2II C 2 C1 I
e, finalmente,
I
Q II Q I
II
Notar que, se a vazão varia com a raiz quadrada do inverso do peso específico, também da
mesma forma variará a rotação:
I
n II n I
II
Finalmente a potência:
3 3
II n II II I 2 ,
N II N I NI
I n I I II
I
N II N I
II
A representação gráfica da 3a Lei dos Ventiladores está mostrada na curva característica da
figura abaixo. A determinação dos novos pontos de operação (II>I) ou III<I) ocorre como se a
curva característica se deslocasse sobre o eixo horizontal (pressão constante). A eficiência,
consequentemente, não se mantém (2 1) ou (2 3), assim como mudam também a
rotação e a potência.
nII
nIII
nI