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MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Medicina Legal


Professor: Paulo Vasques
Aulas: 17 e 18 Data: 26/06/17

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

SEXOLOGIA (FINAL) E TANATOLOGIA

GUIA DE ESTUDOS

SEXOLOGIA (FINAL)

7. Investigação de paternidade

a) Provas periciais não genéticas

Objetivam a exclusão da paternidade e são baseadas no tempo de gestão, data do parto e período de
relacionamento sexual do casal.

B) Provas genéticas

Podem ser divididas em:

Pré mendelianas ou não cientificas  não tem um estudo científico determinado.


Baseiam-se exclusivamente no aspecto de semelhança, por exemplo, o tamanho do nariz.
A semelhança entre a criança e o suposto pai.

Mendelianas ou científicas  determinados caracteres são genéticos e já tem um estudo científico determinado.
Baseiam-se em características transmitidas pela hereditariedade e tem sua origem nos estudos de Mendel sobre
reprodução de ervilhas entre 1857 e 1864.

São divididas em provas não consanguíneas e provas sanguíneas.

Sanguíneas  determinadas características que se encontram no sangue.


Não sanguíneas  são outros elementos físicos que não tem a ver com sangue, por exemplo, a cor dos olhos.

Provas genéticas mendelianas não sanguíneas


Seleciona a análise de algumas características físicas e funcionais, podem servir para exclusão.

Exame de pavilhão auricular:


Observa-se as características do lóbulo da orelha.

Cor dos olhos:


A cor castanha predomina e a cor azul é recessiva.
Pais de olhos azuis podem ter filhos de olhos castanhos?
Não.

Damásio Educacional
Anomalia dos dedos:
Sindactilia, a braquidactilia e a polidactilia.

Cabelos:
O rodamoinho ou coroinha dos cabelos.

Cor da pele:
Determinada por herança poligênica.

Provas genéticas mendelianas sanguíneas:

Grupo sanguíneo (sistema ABO)

Grupo O: formado pelo par de fatores OO


Grupo A: formado por AA ou AO

Fator RH

Dentre outros.

TANATOLOGIA

 Estuda os fenômenos da morte e suas consequências jurídicas.

Fenômenos abióticos: negação da vida, são coisas que acontecem com o corpo humano que indicam o fim da
vida.

Fenômenos transformativos: é a transformação do corpo humano, por exemplo, a putrefação (transformativo


que destrói), múmia (transformativo que conserva).

Fenômenos abióticos

Imediatos: São os que acontecem quando a pessoa acaba de morrer, ou seja, tempo depois. Não nos ajudam a
determinar o tempo da morte.

 Insinuam a morte;

 Perda de consciência;

 Cessação da respiração;

 Ausência de batimentos cardíacos e pulso;

 Hipotonia muscular (relaxa a musculatura para depois vir a rigidez);

 Perda da sensibilidade.

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Consecutivos: Só aparece um tempo depois da morte, por exemplo, a rigidez cadavérica. Nos ajudam a
determinação no tempo de morte.

A necropsia deve ser feita 6h depois da morte, para dar tempo para aparecer os fenômenos abióticos
consecutivos.

Resfriamento do corpo: ½ grau nas 3 primeiras horas e 1 grau/h após;

Rigidez cadavérica; após a 2ª hora;

Espasmo cadavérico  acontece depois da 1h, o cadáver ou parte dele não relaxa como no primeiro momento,
ele morre em uma determinada posição e enrijece naquela posição. É chamado de sinal de Kossu.

 Livores de hipóstases;

 Opacificação da córnea;

 Mancha esclerótica de Sommer-Larcher;

 Diminuição da tensão do globo ocular;

Tela viscosa do globo ocular (sinal de Stenon- Louis).

De 8h a 10h os livores não mudam mais, fixam-se.

Fenômenos transformativos

Destrutivos:

Autólise (é a morte celular)


Acidificação dos tecidos.

Maceração

Em submersos em meio líquido contaminado (maceração séptica).


Há muito líquido e dificulta o processo de putrefação da bactéria.
Pode ser meio líquido comum, por exemplo, mar, água, etc.

Feto morto retido

(Maceração asséptica)

Dentro do líquido da mãe.

Putrefação:

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1ª fase: Coloração  Surge em torno de 24h a 36h horas, começa com o aparecimento de uma mancha verde
perto do apêndice, é chamado de mancha verde abdominal. Os afogados, a macha verde começa no tórax (lado
direito) e pescoço.

2ª fase: Gasosa  começa a surgir gases e a formação de flictenas putrefativos, o corpo cresce de volume, ar por
baixo da pele, distensão da bolsa escrotal, os vasos sanguíneos são jogados ao encontro da pele (circulação
póstuma de Brouardel), parto de putrefação, o gás empurra o neném e ele sai. Dura em trono de 14 dias.

3ª fase: Coliquativa  a carne apodrece a vai soltando os ossos.

4ª fase: esqueletização.

Cabe observar que os fatores ambientais influenciam modificando os elementos biológicos, pode ser chamado da
tafonomia (fatores ambientais influenciando os elementos biológicos).

Conservadores

 Mumificação: dessecação natural ou artificial do cadáver.

 Natural: em clima quente, seco e arejado.

 Saponificação: em solo argiloso e úmido, que permite a embebição e dificulta a aeração do cadáver.

 Calcificação: fetos retidos na cavidade abdominal por gestação tubária rota ocorrendo incrustação de sais
de cálcio.

 Corificação: em corpos encerrados em caixão hermeticamente fechado (principalmente em caixões de


zinco), adotando a pele um aspecto de couro curtido.

 Diagnóstico diferencial de lesões “in vitam e pós mortem”:

 Inflamação: sinais de reação inflamatório, calor.

 Equimose: não ocorre alteração da cor da equimose após a morte.

 Hemorragia: não se observa a coagulação.

 Retração dos tecidos: não ocorre no cadáver pela perda da capacidade de contração dos músculos.

 Queimaduras: não se forma eritema.

Prova de Verdereau: é um exame complementar que se baseia na análise histológica do local da lesão em
comparação com a análise de outro local integro.

CRONOTANATAGNOSE

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Estudo da cronologia dos sinais da morte:

Resfriamento;

Rigidez cadavérica: 1-2h = nuca e mandíbula; 2-4h = toracoabdominal; 4-6h = membros superiores; 6-8h –
membros inferiores.

Livores:

2-3h pós morte e fixam-se após 8 – 12h.

Surgem nas áreas de declive pela ação da gravidade.

Podem aparecer antes da morte nos vivos.

Pode tirar do cadáver sangue e levar a microscópio para saber o tempo da morte, se aparecer formas de cristais,
significa que esse cadáver tem pelo menos 3 dias de morto.

Podem permanecer no sangue até 35 dias.

Conteúdo gástrico:

Estomago cheio = 1 a 2h após a última refeição.

Alimentos em fase final de digestão: 4 a 7h após a última alimentação.

Vacuidade gástrica = 7h.

Fauna cadavérica
Em cadáver exposto ao relento.

Cogumelo de espuma é uma reação vital.

Não é cadáver:
Múmia, esqueleto, feto, parte do corpo humano.

Morte agônica x Morte súbita

Docimásias:

Hepática: é realizada no fígado.

O fígado armazena glicose (aquele alimento que a gente não gosta), se você ficar um tempo sem comer o fígado
joga essa glicose no sangue. Em situações de estresse (no caso da morte agônica), o organismo te prepara para
uma reação de luta ou de fuga. Várias coisas acontecem no seu organismo, o fígado sabendo disso pega todo o
glicogênio dele e joga para o sangue. Para saber se morreu rápido ou agonizou, deve encaminhar o fígado para
laboratório, se constar que este encontra-se vazio, é porque agonizou.

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Supra-renal: Em situações de estresse joga adrenalina no sangue. É a mesma coisa, vai para o laboratório para
constatar a quantidade de adrenalina.

Retirada de órgãos para transplante

Só pode ser realizado após a morte encefálica de acordo com os critérios definidos pelo Conselho Federal de
Medicina na resolução CFM n°1.480/97.

Em caso de morte violenta, onde a necropsia é obrigatória, a retirada dos órgãos ou partes do corpo poderá ser
retirada antes do exame necroscópico, desde que estes órgãos ou partes não tenham relação direta com a causa
da morte.

Não poderão ser retirados os órgãos em caso de morte suspeita de crime ou causa ignorada, como também de
pessoa não identificada.

Exemplo: homicídio, suicídio.

O corpo não identificado pode ser doado para faculdade de medicina, após de 30 dias e não reclamado e com
todo o processo de digitais e fotos.

TOXICOLOGIA FORENSE

Conceitos:

Droga: todas as substâncias químicas que uma vez no interior do organismo vivo, altera uma de suas funções.

Psicotrópico:
Substancia química que atua nas funções mentais.

Dependência: estado de necessidade compulsiva de uso de uma droga.

 Pode ser:

Física: é aquela situação onde o sistema nervoso modifica com a presença da droga, considerando sua presença
frequente, ela passa a fazer parte do funcionamento do sistema nervoso. De maneira de que quando o indivíduo
tira, o organismo não funciona direito e gera sintomas desagradáveis (normalmente, são sintomas contrários aos
que a droga produz). A síndrome de abstinência são os sintomas que o indivíduo tem quando para de usar a
droga.

- Quanto tempo para perder essa dependência física?


R. Em torno de 2 meses.

Psíquica: é a memória das sensações agradáveis que aquela substancia dava ou a memórias desagradáveis que
eram causadas em razão da droga. Toda situação que o indivíduo estiver em uma situação de tensão, ele lembra
daquela sensação que a aquela substancia te trazia.

Se recai mais pela psíquica.

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Para a dependência psíquica deve se ter uma estrutura de apoio.

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