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Estradas

Pavimentação
Introdução
Conforme definição do DNIT, pavimento é uma
estrutura construída após a terraplenagem, destinada a
resistir e distribuir ao sub-leito os esforços verticais
oriundos dos veículos, a melhorar as condições de
rolamento quanto ao conforto e segurança e a resistir
aos esforços horizontais tornando mais durável a
superfície de rolamento.
Introdução
Deve apresentar, basicamente, três requisitos básicos:

 Conforto ao usuário – possuir superfície que propicie


uma rolagem suave, sem vibrações, ausência de
solavancos e também de forma a causar o menor
ruído possível para o motorista e para as propiedades
lindeiras à via.
Introdução
 Segurança ao usuário – o pavimento deve ser
concebido com uma traçado condizente com a
velocidade diretriz e ter uma rugosidade superficial e
inclinação transversal de forma a permitir
rapidamente o escoamento da água da chuva
propiciando uma melhor aderência
pneu/pavimento.
Introdução
 Econômico – apresentar uma solução técnica
de projeto e execução que conduza ao menor
custo para a implantação da obra.
Classificação
Os pavimentos podem ser classificados em três grupos
distintos: pavimento flexível, pavimento rígido e
pavimento semi-rígido.

 Pavimento flexível: segundo o DNIT, trata-se do


pavimento que consiste em uma camada de
rolamento asfáltica e de base, constituída de uma ou
mais camadas, que se apóia sobre o leito da estrada
sendo que a camada de rolamento pode-se adaptar-
se à deformação da base quando solicitada.”
Classificação
 Pavimento rígido: trata-se do pavimento cujo
revestimento é constituído de concreto de cimento
Portland.

 Pavimento semi-rígido: trata-se do pavimento que tem


uma deformabilidade maior que o rígido e menor que
o flexível constituído de uma base semi-flexível (solo-cal,
solo-cimento, solo alcaltroado, etc.) e de camada
superficial flexível (concreto asfáltico, tratamento
superficial betuminoso).”
Classificação
Classificação
Componentes Seção Típica
Projeto de Pavimentação

O projeto de pavimentação compreende,


basicamente, as seguintes etapas:
• Estudos Geotécnicos - que por sua vez, compreende
duas fases: a fase de reconhecimento do sub-leito e
a fase de estudo das ocorrências de materiais para
pavimentação;
• Dimensionamento do pavimento.
Reconhecimento do Sub-leito
Para o dimensionamento de um pavimento rodoviário é
indispensável o conhecimento do solo que servirá para a
futura estrutura a ser construída. Este solo de fundação,
chamado sub-leito, requer atenção especial, através de
estudos geotécnicos, que possibilitam o seu
reconhecimento, identificação e quantificação das suas
características físicas e mecânicas assim como a obtenção
dos parâmetros geotécnicos necessários ao
dimensionamento da estrutura.
Reconhecimento do Sub-leito
A espessura final do pavimento, assim como os
tipos de materiais a serem empregados são
função das condições do subleito. Quanto pior
forem as condições do subleito, maior será a
espessura do pavimento, podendo muitas vezes,
ser requerida a substituição parcial do mesmo,
com troca por outro de melhores condições.
Estudo das Ocorrências de Materiais
para Pavimentação

Nesta fase são feitos estudos específicos nas


jazidas da região, próximas à construção da
rodovia que serão analisadas para possível
emprego na construção das camadas do
pavimento (regularização do sub-leito, reforço,
subbase, base e revestimento ).
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Seguindo o método proposto pelo DNER (DNIT), o
dimensionamento de pavimentos flexíveis leva em
consideração, basicamente:

 A classificação dos veículos;

 A carga de tais veículos;

 O número de eixos;

 O volume de tráfego;

 O crescimento do tráfego.
Exercício de Aplicação
Calcular o número “N” a ser utilizado no dimensionamento
do pavimento de uma rodovia que terá um volume médio
diário de 2500 veículos para um período de projeto de 10
anos. Uma amostragem representativa do tráfego para esta
rodovia contou com 300 veículos comerciais, distribuídos da
seguinte forma: 200 veículos com 2 eixos; 80 veículos com 3
eixos e 20 veículos com 4 eixos.
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
O pavimento rodoviário é dimensionado em função de
um número N, que é equivalente ao número de
operações de um eixo 8,2 toneladas, que atuará sobre
pavimento durante, ou ao logo do período de projeto do
pavimento (P).

A tabela 1 a seguir ilustra os valores típicos de N, com


base na função predominante da via, e conforme o
volume médio diário de veículos definido para veículos
leves e pesados.
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Como visto anteriormente, o pavimento é
composto de diversas camadas, de diferentes
espessuras e materiais.

A tabela 2 a seguir apresenta as espessuras


mínimas recomendadas pelo DNER, da camada
de revestimento (betuminoso ou asfáltico), em
função do coeficiente N:
Espessuras Mínimas de Camadas de
Revestimento Asfáltico, em função de N
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Para o dimensionamento das camadas subjacentes ao
revestimento, este pode ser realizado com auxílio de
gráficos, e equacionados, em função dos coeficientes de
equivalência estrutural do pavimento (K), coeficientes
estes que variam conforme o material especificado para
o projeto.

A seguir, são apresentados a tabela 3, que contêm os


lores do coeficiente K para diferentes materiais, como o
gráfico utilizado, em função de N e do CBR.
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Dimensionamento de Pavimentos
Flexíveis
Esquema para Dimensionamento das
camadas de Pavimentos Flexíveis
Exercício de Aplicação
Para o exemplo anterior, pede-se calcular as espessuras das
camadas da BASE, SUB-BASE e REFORÇO DO SUB-LEITO,
considerando os seguintes parâmetros:

 CBR Sub-leito: 2%

 CBR Reforço Sub-leito: 6% (mistura de solo-cimento)

 CBR Sub-base: 30% (concreto compactado com rolo)

 CBR Base: 80% (brita graduada simples)


Exercício de Aplicação

H20

Hn

Hm

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