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PETROBRAS N-2555 JUN / 95

INSPEÇÃO EM SERVIÇO
DE TUBULAÇÕES

Procedimento

CONTEC
Comissão de Normas
Técnicas

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação


do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma.

Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma)
SC - 23 deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada
Inspeção de Sistemas e pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos
Equipamentos em Operação verbos: dever, ser, exigir, determinar e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada


nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a
possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à
aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada
pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos
verbos: recomendar, poder, sugerir e aconselhar (verbos de caráter não-
impositivo). É indicada no texto pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam
contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a
CONTEC - Subcomissão Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -


Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-
econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração
desta Norma.

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser reaprovada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para informações
completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 13 páginas


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PETROBRAS N-2555 JUN / 95

PÁGINA EM BRANCO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e práticas recomendadas para a inspeção em
serviço de tubulações de processo e utilidades.

1.2 Esta Norma se aplica aos seguintes materiais: ASTM A 53, ASTM A 106, ASTM A 333
GR. 6, ASTM A 335 Graus P1, P12,P11, P5, P9, P22, ASTM A 312 e A 376 Tipos 304, 310,
316, 317, 321 e 347, API 5L.

1.3 Esta Norma não se aplica a oleodutos, gasodutos e tubulações de material não-metálico.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tintas;


PETROBRAS N-115 - Fabricação e Montagem de Tubulações Industriais;
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partícula Magnética;
PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;
PETROBRAS N-2371 - Medição de Espessura a Quente;
ASME B 31G - Manual for Determining the Remaining Strenght of
Corroded Pipelines;
ANSI B 31.3 - Chemical Plant and Petroleum Refinery Piping;
API RP 570 - Piping Inspection Code;
API RP 574 - Inspection of Piping, Tubing, Valves and Fittings.

3 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições a seguir:

3.1 Lista de Linhas

É um documento que contém uma listagem das linhas com no mínimo os seguintes dados:
identificação, diâmetro da linha, origem e destino da linha, fluido, pressão de operação e
projeto, temperatura de operação e projeto, pressão de teste hidrostático, tipo de isolamento e
espessura.

3.2 Nomenclatura de Linhas (Tag Number)

Consiste em um código alfa-numérico composto, em grupos distintos, que identificam a linha.

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3.3 Fluxograma de Inspeção

É um desenho esquemático, sem escala, que mostra a rede de tubulações de um determinado


sistema, e os diversos equipamentos aos quais a rede está ligada.

3.4 Isométrico de Inspeção

É um desenho normalmente sem escala, onde as tubulações são representadas por um traço
único, em geral na posição da linha de centro, em perspectiva isométrica, da origem ao seu
destino, contendo no mínimo as seguintes informações: orientação geográfica, sentido de
fluxo, identificação da linha, acessórios e equipamentos, pontos de controle de espessura e
pontos de instalação de cupons.

3.5 Taxa de Corrosão

Perda de espessura por unidade de tempo verificada em um ponto ou conjunto de pontos de


controle.

3.6 Vida Útil Residual (VUR)

O período de tempo que, considerando a última da Taxa de Corrosão medida, o ponto ou o


conjunto de pontos da tubulação vai levar para atingir a espessura mínima admissível após a
última medição.

3.7 Inspeção de Tubulação

O controle das condições físicas da tubulação durante sua vida operacional.

3.8 Inspeção Externa

A inspeção de tubulação que pode ser efetuada com a tubulação em operação.

3.9 Inspeção Geral

Inspeções externa e interna que são efetuadas com a tubulação fora de operação. Os materiais,
equipamentos e ferramentas a serem utilizadas são relacionados como sugestão no
ANEXO A.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Programação de Inspeção Externa

4.1.1 A programação de inspeção externa deve estabelecer um plano para inspeção das
tubulações e acessórios que podem ser verificados em operação.

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4.1.2 A inspeção externa deve constar dos itens mencionados em 5.1 e ser efetuada com a
periodicidade citada em 4.3.1.

4.2 Programação de Inspeção Geral

Elaborar a programação de inspeção geral levando em consideração os seguintes itens:

- Relatórios de inspeção anteriores;


- Periodicidade de inspeção;
- Recomendações efetuadas durante a operação e que só podem ser executadas na
parada das tubulações;
- Modificações de projeto;
- Mudança de parâmetros operacionais.

4.3 Periodicidade de Inspeção

4.3.1 Inspeção Externa (em operação)

Recomenda-se que a inspeção externa seja efetuada num período conforme definido no
ANEXO B.

4.3.2 Inspeção Geral

A periodicidade de inspeção geral pode ser determinada através do histórico da tubulação,


considerando a taxa de corrosão, estado de preservação e criticidade do sistema. A
periodicidade deve ser conforme descrito no ANEXO B.

Nota: A periodicidade de inspeção pode ser alterada em função do histórico da tubulação, e de


problemas verificados durante a campanha ou inspeção externa.

4.4 Requisitos de Segurança

Verificar se foi emitida a permissão de trabalho conforme a PETROBRAS N-2162,


observando se as condições existentes permitem a execução dos serviços de inspeção. Em
caso de não conformidades, comunicar ao órgão de Segurança Industrial.

4.5 Registro de Inspeção

As condições físicas observadas, os reparos e testes efetuados, bem como os valores de


medição de espessura, devem ser registrados em relatório de inspeção.

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5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Roteiro de Inspeção Externa (em operação)

Verificar as ocorrências operacionais da tubulação.

5.1.1 Inspeção Visual

Através da inspeção visual externa da tubulação observar as condições dos seguintes itens:

5.1.1.1 Pintura da Tubulação

Verificar a ocorrência de empolamento, empoamento, descascamento, arranhões,


fendilhamento e impregnação de impurezas conforme a norma PETROBRAS N-13.

Nota: Em caso de tubulações isoladas, remover o isolamento nos pontos prováveis de


ocorrência de corrosão, infiltrações, atrito.

5.1.1.2 Dispositivo de Aterramento (quando aplicável)

Verificar os dispositivos de aterramento, quanto as suas condições físicas.

5.1.1.3 Verificar a ocorrência de vibrações na tubulação e seus acessórios, observando se


colocam em risco sua operacionalidade.

5.1.1.4 Verificar as condições físicas dos conjuntos de suportação (suportes rígidos e de


mola, guias).

Nota: No caso de suportes de mola observar se estão devidamente ajustados, conforme suas
especificações de projeto.

5.1.1.5 Juntas de Expansão (quando aplicável)

Verificar quanto à ocorrência de deformações, trincas no fole, ajuste dos tirantes e


vazamentos.

5.1.1.6 Tubos

Verificar as condições físicas, observando a ocorrência de amassamentos, empenamentos,


trincas, corrosão, vazamentos, desgaste e/ou corrosão na região de contato com os suportes,
corrosão sob isolamento em áreas suspeitas conforme indicação do API RP 570, itens 3.2.3.1
e 3.2.3.2.

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Notas: 1) Deve ser tomado cuidado especial quanto à inspeção dos cordões de solda.
2) Para tubulações de aço liga, efetuar o teste por pontos ou outro método de
identificação rápida quando for possível, sempre que houver suspeita quanto ao tipo
de material empregado, especialmente em linhas de pequeno diâmetro.

5.1.1.7 Conexões de Pequeno Diâmetro (≤


≤ ∅ 2")

Verificar a ocorrência de corrosão localizada, trincas, desalinhamento e empenamentos.

5.1.1.8 Uniões Flangeadas e/ou Rosqueadas

Verificar a ocorrência de vazamentos, desalinhamentos, trincas, aperto inadequado, corrosão


localizada.

5.1.2 Medição de Espessura

Realizar medição de espessura conforme a norma PETROBRAS N-1594, nos pontos


escolhidos para controle. Caso seja constatada baixa espessura e/ou alta taxa de corrosão, a
quantidade de medições deve ser aumentada e os pontos de medição devem ser registrados
para acompanhamento.Após a verificação das espessuras, os pontos de medição devem ser
protegidos contra a corrosão.

Nota: Nas medições efetuadas em tubulações operando em temperaturas elevadas, deve ser
utilizada a norma PETROBRAS N-2371.

5.1.3 Radiografia

É recomendável o ensaio radiográfico nas conexões de pequeno diâmetro das tubulações


consideradas críticas com a finalidade de identificar baixa espessura e/ou corrosão localizada.
numa amostragem estabelecida através o histórico e a taxa de corrosão da tubulação principal.
O ensaio radiográfico deve ser executado conforme a norma PETROBRAS N-1595. Para
conexões finas e tomadas para instrumento o percentual mínimo recomendado de conexões a
serem radiografadas é calculado pela fórmula:

( Taxa de Corrosão ) x ( Campanha Pr evista )


% Conexões a radiografar =
Espessura Nominal − Espessura Mínima

Onde:
Taxa de Corrosão = mm/ano;
Campanha Prevista = anos;
Espessura Nominal = mm;
Espessura Mínima = mm.

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Nota: Entende-se por conexões finas aquelas de diâmetro ≤ 2".

5.2 Roteiro de Inspeção Geral (fora de operação)

5.2.1 Inspeção Externa

Efetuar inspeção preliminar externa conforme prescrições contidas no item 5.1.

5.2.2 Inspeção Interna

5.2.2.1 Inspecionar visualmente os locais acessíveis da tubulação quanto a: corrosão, erosão,


depósitos e incrustações, objetos estranhos, integridade dos cordões de solda e trincas.

5.2.2.2 Revestimento Interno (quando aplicável)

Verificar a integridade física do revestimento interno.

5.2.2.3 Verificar sempre que possível, os trechos de tubulação logo após placas de orifício,
válvulas borboleta, pontos de injeção de produtos químicos, locais de estagnação de produtos,
zonas mortas, locais sujeitos à formação de nível de líquidos, ou outros acidentes de tubulação
que provoquem perturbações no fluxo.

5.2.2.4 Caso necessário a inspeção interna pode ser complementada através de ensaios não-
destrutivos ou outras técnicas de inspeção.

6 REPAROS

6.1 Todos os reparos devem ser realizados conforme recomendações de inspeção específicas.

6.2 Os reparos devem seguir as exigências da Norma de Projeto da Tubulação.

Nota: Na ausência de norma específica de Projeto, deve ser consultada a norma PETROBRAS
N-115.

7 TESTES

7.1 Ensaios Não-Destrutivos

Devem ser efetuados no tipo e extensão no mínimo conforme estipulado nas normas
PETROBRAS N-1594, N-1595, N-1596 e N-1597.

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7.2 Teste Hidrostático

Devem ser seguidas as prescrições da norma PETROBRAS N-115 para detalhamento da


execução de Teste Hidrostático em tubulações.

7.3 Teste de Martelo

Recomenda-se efetuar teste de martelo em tubulações e conexões de pequeno diâmetro,


quando fora de operação.

8 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

8.1 Espessura Mínima

A espessura mínima da tubulação deve seguir os valores constantes na API RP 574.

Nota: No caso de presença de corrosão externa, seguir os critérios do ASME B 31-G.

8.2 Vida Útil Residual

É determinada pela expressão seguinte:

Ea − Emin
VUR =
Taxa de Corrosão

Onde:
VUR = Vida útil residual (em anos);
Ea = Espessura atual em mm;
Emin = Espessura mínima em mm:
Taxa de Corrosão em mm/ano.

8.3 Ensaios Não-Destrutivos

Conforme prescrito nas normas ANSI B 31.3 e PETROBRAS N-1594, N-1595, N-1596,
N-1597 e N-1598.

8.4 Pintura

Devem ser verificadas a aderência e a espessura de película, conforme os critérios da norma


PETROBRAS N-13.

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8.5 Teste Hidrostático

O teste hidrostático é considerado aceitável quando decorrido o período mínimo de 30


minutos, ou o tempo necessário para percorrer toda linha, o que for maior, não se observar
indício de vazamentos e queda de pressão no manômetro de teste.

9 REGISTRO DE RESULTADOS

Todos os itens inspecionados, defeitos encontrados e reparos, devem ter sua localização e
identificação registradas de forma precisa em um Relatório de Inspeção.

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/ANEXO A

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ANEXO A - RELAÇÃO DE MATERIAIS,

EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

- Equipamentos de Ultra-Som:

a) Medidor de Espessura;
b) Detector de Descontinuidades.

- Lanterna e Lâmpadas Portáteis;


- Raspadeira, Espátula e Estiletes;
- Martelo de Aço ou Bronze de 300 g Tipo Bola;
- Calibres de Pontas;
- Paquímetros e Micrômetros;
- Compassos;
- Réguas, Trenas, Níveis e Transferidores;
- Lentes e Lupas;
- Boroscópio/Fibroscópio;
- Espelhos;
- Medidor de Dureza Portátil;
- Equipamento para Inspeção com Partículas Magnéticas;
- Equipamento para Inspeção com Líquido Penetrante;
- Lápis de Fusão, Pirômetros e Termômetros de Contato;
- Equipamento para Teste por Pontos;
- Equipamento para Réplica e Macrografia;
- Equipamento para Inspeção Termográfica;
- Máquina Fotográfica;
- Detector de Falhas em Películas Não-Magnéticas:

a) Medidor de Película de Tinta;


b) Holliday Detector.

- Detector de Vazamentos;
- Ímã;
- Marcador Industrial.

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/ANEXO B

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ANEXO B - PERIODICID ADE DE INSPEÇÃO

A periodicidade de Inspeção deve ser determinada pelos Órgãos de Inspeção de Equipamentos


com base nos seguintes itens:

a) Histórico da Tubulação;
b) Criticidade do Sistema;
c) Relatórios de Inspeções Anteriores;
d) Alterações de Projeto da Tubulação;
e) Facilidade de Intervenção na Tubulação;
f) Mudanças Operacionais;
g) Qualquer outro fator considerado relevante.

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