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Peça Profissional

João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso de nível
superior. Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao
Ministério da Agricultura, postularam a sua inscrição no número que deveria ser
reservado, por força de disposição em lei federal, aos deficientes físicos com o grau de
deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio Ministro de
Estado, aduzindo que a citada lei, apesar de vigente há 2 (dois) anos e com plena
eficácia, não se aplicaria àquele concurso, pois não houve previsão no seu edital.
Irresignados, os candidatos apresentaram Mandado de Segurança originariamente no
âmbito do Superior Tribunal de Justiça, tendo a seção competente, por maioria de
votos, denegado a segurança, dando razão ao Ministro de Estado. Houve embargos
de declaração, improvidos. Ainda inconformados, apresentaram o recurso cabível
contra a decisão do colendo Superior Tribunal de Justiça.

Redigir o recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. (Valor: 5,0)

Questões

a) Competência do juizo julgador e indicação da peça processual adequada.


b) Legitimidade ativa, justificando a resposta
c) Fundamentos de mérito constitucional
d) Descrição, se for o caso, do pedido cautelar, justificando sua existência
e) Indicação dos pedidos

RESPOSTA:

a) A peça processual adequada é um Recurso Ordinário Constitucional. A


competência originária do Superior Tribunal de Justiça para julgamento dos Mandados
de Segurança impetrados contra atos de Ministro de Estado segundo o artigo 150, I,
“b” da CF. Como ouve a negação por unanimidade ou por maioria dando a razão ao
Ministro do Estado, cabe a apresentação de recurso ordinário ao Supremo Tribunal
Federal, consoante o Art. 102, II, a), da CF. ] Sendo assim, o recurso será dirigido
ao Presidente do STJ para encaminhamento para o STF para o julgamento.

b) A legitimidade ativa será João e José são no caso os portadores de


necessidades especiais e o recorrido o Ministro de Estado. Deve haver
pedido de re forma da decisão atacada

c) os fundamentos do recurso devem ser:

- Reserva de vagas para os portadores de deficiência Art. 37, VIII, da CRFB


(VIII a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão);
ou Art. 2º, III, c, da Lei 7.853/1989 ou Art. 5º, §2º da Lei 8.112/1990 ou
Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência, Art.
27, 1, g.
- preservação do principio da legalidade, CRFB, Art. 5º, II: “ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”;
- principio da isonomia previsto no Art. 5º , caput, da CF.( segundo o qual todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.)
d)
e) Nos pedido o Recorrente requer seja conhecido o presente recurso e, quando de
seu julgamento, lhe seja dado integral provimento para que os recorrentes
possam ter sua inscrição finalmente efetivada no certame para preenchimento
de vagas de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura diante da
constatação do Direito Líquido e Certo dos mesmos como deve ser requerida a
intervenção do Ministério Público e a remessa do autos ao STF.
Peça Profissional

A Assembleia Legislativa do Estado Y edita, em 1º de março de 2015, a Lei nº


8888, que estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de
energia elétrica no território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus
para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando
transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos.

Ressalta-se que não há qualquer Lei Complementar que autorize


excepcionalmente ao Estado Y dispor sobre a questão, sendo certo que, ao contrário,
no âmbito federal existe norma expedida pela agência reguladora que autoriza a
remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários
interessados. Há notícia também de que o Governador do Estado Y vetou
integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da
Assembleia Legislativa do Estado, que, ao final, promulgou a referida Lei.

Diante da relevância e da urgência da questão, o partido político “Para Frente


Brasil” – PFB, representado unicamente por um Deputado Federal, procura os seus
serviços para objetar contra a Lei Estadual, por entender que a norma estadual viola
diretamente a Constituição Federal.

Considerando os dados acima, formule a peça adequada, fazendo introito


sobre a legitimidade ativa e observando que o partido entende ser urgente La
questão. (Valor: 5,00)

Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados


e a fundamentação legal pertinente ao caso.

Questões

a) Competência do juizo julgador e indicação da peça processual adequada.


b) Objeto
c) Legitimidade ativa, justificando a resposta
d) Legitimidade Passiva:
e) Fundamentos de mérito constitucional
f) Descrição, se for o caso, do pedido cautelar, justificando sua existência
g) Indicação dos pedidos

RESPOSTA:

a) A peça adequada é a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI a ser


proposta perante o Supremo Tribunal Federal conforme o (Art. 102, I, “a”, da
Constituição Federal).
A petição deve ser endereçada ao Ministro Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
b) O objeto da referida ADI será a Lei Estadual atacada e terá como parâmetro
diversos dispositivos constitucionais.
c) A legitimidade Passiva será o Partido Político possui legitimidade para propor
a ADI conforme o (Art. 103, VIII, da Constituição Federal). Assim o autor da
ação, pois é representado por Deputado Federal no Congresso Nacional,
sendo um legitimado universal para propror essa ação.
d) A Assembleia Legislativa do Estado deve ser indicada no polo passivo da ação e o
Governador do Estado intimado a prestar informações sobre o processo legislativo.
e) Fundamentos Legais :
-Desencontro entre o dispositivo da legislação estadual e o Art. 21, XII, “b”, da
Constituição Federal. A imposição, por meio de ato normativo estadual, da obrigação
de remover, sem custo para o usuário, postes de sustentação da rede elétrica que
estejam causando transtornos ou impedimentos a particulares configuraria intervenção
indevida do poder estadual em domínio da União para explorar, diretamente ou
mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia
elétrica. Trata-se de campo de distribuição constitucional de competência. É a
denominada competência administrativa da União.
-Vulneração ao Art. 22, IV, da Constituição Federal, pela lei estadual, pois a Carta da
República reserva à União a competência privativa para dispor legislativamente sobre
energia o que demarca primazia federal sobre o tema a e não abre espaço para a
atuação dos Estados e dos Municípios.
- Afronta ao Art. 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal pela lei
estadual. A lei estadual ao dispor que a remoção dos postes fica a cargo da
concessionária do serviço público, se imiscui na tarefa da União para definir, por meio
de lei, a política tarifária a ser observada na exploração deste serviço no que tange
aos elementos definidores do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de
concessão, isto é, na ingerência na política tarifária do serviço público.
f) Pedido de concessão de medida cautelar, com amparo no Art. 10, da Lei nº
9.868/99, a fim de suspender a vigência da lei estadual que entende ser
inconstitucional. Os pressupostos da medida cautelar devem ser apontados, ou seja, o
fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro demonstrado a partir da violação
das normas constitucionais e o segundo porque a lei estadual criou, para as
concessionárias de serviço público, uma obrigação de alto custo a ser prestada em
hipóteses extremamente vagas para o proveito de interesses individuais. Trata-se, de
norma estadual que instituiu verdadeiro direito potestativo, a ser exercido ao alvedrio
pessoal de titulares de direito real sobre terrenos, impondo-lhes encargos
extraordinários, não previstos nos contratos de concessão celebrados com o poder
concedente, e, com isso, alterou a matriz de custos da prestação do serviço e rompeu
com os parâmetros estipulados pela agência federal do setor elétrico para a remoção
de postes de energia.
No mérito, o examinando deve demonstrar que a Lei estadual fere dispositivos
constitucionais, a repartição de competências, ao princípio da
razoabilidade/proporcionalidade.
g)
Peça Profissional

O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na Câmara dos
Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para que,
na qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione sobre a
possibilidade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Estadual "Y", de
janeiro de 2015, que contém 3 (três) artigos. De acordo com a exposição de motivos
do projeto que culminou na Lei Estadual “Y”, o seu objetivo é criar, no âmbito estadual,
ambiente propício às discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse
objetivo, estabelece, em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo
estabelecidas, em seu artigo 1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos;
em seu artigo 2º fica retirada a autorização para que partidos políticos com menos de
cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na
circunscrição do Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência
imediata da referida legislação. Elabore a peça adequada, considerando a narrativa
acima.

Questões

a) Competência do juizo julgador e indicação da peça processual adequada.


b) Legitimidade ativa, justificando a resposta
c) Fundamentos de mérito constitucional
d) Descrição, se for o caso, do pedido cautelar, justificando sua existência
e) Indicação dos pedidos

Peça Profissional

O Tribunal de Justiça do Estado J julgou improcedente ação direta de


inconstitucionalidade proposta pelo Prefeito do município W, tendo o acórdão
declarado constitucional norma da lei orgânica municipal que dispôs que o Prefeito e o
Vice-Prefeito não poderiam ausentar-se do país, por qualquer período sem
autorização da Câmara Municipal. No prazo recursal foram ofertados embargos
declaratórios, improvidos.

Contratado como advogado pelo Prefeito do Município, após a decisão


proferida nos embargos declaratórios, apresente a peça cabível.

Questões

a) Competência do juizo julgador e indicação da peça processual adequada.


b) Legitimidade ativa, justificando a resposta
c) Fundamentos de mérito constitucional
d) Descrição, se for o caso, do pedido cautelar, justificando sua existência
e) Indicação dos pedidos
Peça Profissional

Após mais de 40 (quarenta) dias de intensa movimentação popular, em


protestos que chegaram a reunir mais de um milhão de pessoas nas ruas de diversas
cidades do Estado, e que culminaram em atos de violência, vandalismo e depredação
de patrimônio público e particular, o Governador do Estado X edita o Decreto nº 1968.

A pretexto de disciplinar a participação da população em protestos de caráter


público, e de garantir a finalidade pacífica dos movimentos, o Decreto dispõe que,
além da prévia comunicação às autoridades, o aviso deve conter a identificação
completa de todos os participantes do evento, sob pena de desfazimento da
manifestação. Além disso, prevê a revista pessoal de todos, como forma de preservar
a segurança dos participantes e do restante da população.

Na qualidade de advogado do Partido Político “Frente Brasileira Unida”, de


oposição ao Governador, você ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade,
perante o Tribunal de Justiça do Estado X, alegando a violação a normas da
Constituição do Estado referentes a direitos e garantias individuais e coletivos (que
reproduzem disposições constantes da Constituição da República).

O Plenário do Tribunal de Justiça local, entretanto, por maioria, julgou


improcedente o pedido formulado, de declaração de inconstitucionalidade dos
dispositivos do Decreto estadual, por entender compatíveis as previsões constantes
daquele ato com a Constituição do Estado, na interpretação que restou prevalecente
na corte. Alguns dos Desembargadores registraram em seus votos, ainda, a
impossibilidade de propositura de ação direta tendo por objeto um decreto estadual.

Entendendo que a decisão da corte estadual, apesar de não conter


obscuridade, omissão ou contradição, foi equivocada, e que não apenas as
disposições do Decreto são inconstitucionais como também a própria interpretação
dada pelo Tribunal de Justiça é incompatível com o ordenamento jurídico nacional, os
dirigentes do Partido pedem que você proponha a medida judicial cabível a impugnar
aquela decisão.

Elabore a peça judicial adequada.

Questões

h) Competência do juizo julgador e indicação da peça processual adequada.


i) Legitimidade ativa, justificando a resposta
j) Fundamentos de mérito constitucional
k) Descrição, se for o caso, do pedido cautelar, justificando sua existência
l) Indicação dos pedidos

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