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A Constituição de 1988
É fácil concluir, pois, que a Carta de 88 promoveu desequilíbrios graves no campo fiscal,
que, obviamente, têm repercutido nos recursos para programas sociais.ao induzir a
União a buscar receitas não partilháveis com os Estados e Municípios, contribuiu para
o agravamento da ineficiência e da iniqüilidade do sistema tributário e do predomínio de
impostos indiretos e contribuições. O crescente recurso ao imposto sobre operações
financeiras (IOF), e as contribuições de fins sociais (FINSOCIAL) e sobre o lucro.
BRASIL
FEDERAL 50 49 46 35
ESTADUAL 36 35 36 42
MUNICIPAL 14 16 18 23
A Decadência do Estado
O Brasil entrou nos anos 80 despreparado para o desafio da década. Após dois choques
do petróleo, elevação dos juros internacionais e contração do comércio, o Governo optou
por mudar o rumo de sua política econômica: continuou a absover recursos externos
para financiar gastos internos, a balança de pagamentos e dívidas externas e internas. A
politica "desenvolvimentista" de 1979 a 1985, apoiava-se em controles rígidos sobre
preços e câmbio. O objetivo era deter a inflação a qualquer custo, cobrir o deficit público
sem cortar consumo e investimento. Em decorrência, o deficit fiscal ampliou-se com a
defasagem de preços e tarifas públicas. O endividamento interno elevou-se devido aos
maiores encargos financeiros daí decorrentes. A inflação continuou a crescer, sem que o
PIB real aumentasse. Em 1983, o governo aplicou rigoroso choque fiscal. aumentou
imposots, desvalorizou o câmbio, comprimiu salários. Seguiu-se, então,uma breve
recessão, apenas a exportação desempenhou-se bem. A intervenção estatal na economia
aprofundou-se.
Os planos de estabilização fracassaram em 1986, 1987, 1989, 1990 e 1991 porque foram
incapazes de diagnosticar e atacar as causas dos desequilíbrios da economia. O Plano
Real, iniciado em julho de 1994, ainda não se consolidou, estando apoiado em política
monetária de juros elevados - pelos déficits públicos persistentes - e utilização das
reservas cambiais que, em Jul/94, se situavam em US$ 40,1 bilhões, ora em torno de
US$ 31 bilhões. A retração do consumo tem sido perseguida a fim de impedir o
crescimento da inflação. O Governo Federal vem enfatizando a necessidade da reforma
constitucional para consolidar o Plano, principalmente no tocante à ordem econômica e
tributária. O problema do déficit público é muito antigo e foi agravado pela Constituição
de 1988 com suas inovações, e com o conceito de que o Governo Federal tem capacidade
de financiamento ilimitada, isento de conseqüencias inflacionárias.
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
I - natos:
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de: