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Daniel Cavalcanti Brasil Silva

Felipe Correa Pinheiro


Hugo Okahara da Silva
Luiz Augusto Dias do Nascimento
Luiz Veanholi Neto

Sistema de Bombeamento

Dourados
2018
Daniel Cavalcanti Brasil Silva
Felipe Correa Pinheiro
Hugo Okahara da Silva
Luiz Augusto Dias do Nascimento
Luiz Veanholi Neto

Sistema de Bombeamento

Relatório sobre uma aula prática envolvendo um


sistema de bombeamento como meio de avalia-
ção para aprovação na matéria de Máquina de
Fluidos, no curso de Engenharia Mecânica.

Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD

Faculdade de Engenharia – FAEN


Graduação em Engenharia Mecânica

Orientador: Reginaldo Sousa

Dourados
2018
OBJETIVO

O seguinte relatório tem como objetivo analisar e comparar curvas características de


bombas, através de cálculos e considerações vistos ao longo das aulas teóricas. A comparação
foi feita com a bomba do LAMAQFLU com modelos de outros fabricantes, levando em conta
vazão e as devidas alturas do esquema de tubos e conexões utilizados na aula prática.
RESUMO

O assunto tratado ao decorrer deste relatório será sobre a elaboração de


curvas características de bombas, onde a partir de um esquema de tubos e
conexões tradicionalmente visto nas disciplinas mecânica e máquinas de fluidos, foi
usada a bomba presente neste esquema para se fazer uma curva característica.
Valores de alturas de sucção e recalque foram aferidos durante a aula prática,
assim como as perdas de cargas entre os tubos e conexões, usados nos cálculos de
obtenção da curva desejada na atividade.
Com a obtenção das curvas experimentais da bomba presente na atividade, a
mesma foi comparada com as curvas fornecidas pelos catálogos do fabricante. Os
resultados e conclusões estão ao longo do relatório junto ao memorial de cálculo
que justifica o formato das curvas experimentais resultantes.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................. 5

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 Cálculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1Valores obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2Comparação gráficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2.1 Comparação da altura manométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.2 Comparação do NPSH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2.3 Comparação da potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2.4 Comparação do rendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
A PROGRAMAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1 INTRODUÇÃO

Curvas características de bombas servem para demonstrar os valores de


vazão que determinadas bombas podem atingir em relação a diferentes
características. Tais as curvas podem ser feitas em relações de rendimento x vazão,
NPSH x vazão, potência x vazão e altura manométrica x vazão por exemplo.
Para montar as curvas características é necessário conhecer aonde a bomba
irá atuar. Analisar sucintamente as variáveis em que a bomba estará submetida ao
funcionar dentro do esquema. Diâmetro da tubulação e altura manométrica são
exemplos de variáveis que influenciam diretamente no rendimento da bomba.
O relatório a seguir demonstra como aferir, considerar e calcular cada variável
compo-nente do esquema, tendo como resultado final as curvas características da
bomba utilizada no experimento na aula prática.
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Seguindo o roteiro da aula prática, foi feita leitura dos mostradores do tipo vacuômetro e
manômetro conectados as tubulações com 6 valores diferentes de vazão, onde os valores de
pressão de entrada e saída, potência efetiva, temperatura e rotação da bomba variaram
proporcionalmente ao valor da vazão. Também foram aferidas as dimensões das tubulações
usadas, além definir os tipos de conexões para considerar as respectivas perdas de carga.
Os valores aferidos foram:

Figura 1 – Tabela de dados aferidos durante a aula prática

As leituras nos manômetros ficaram instáveis cada vez que mudava a vazão, com isso
foi considerado um valor intermediário entre os valores mostrados no visor em cada leitura.

Algumas fotos foram tiradas da estrutura das tubulações e das especificações


da bomba com a finalidade de encontrar o catalogo do fabricante da mesma.
Figura 2 – Esquema de tubulações presente no LAMAQFLU.
Figura 3 – Esquema de tubulações presente no LAMAQFLU.
Figura 4 – Especificações da bomba acoplada no esquema.

2.1 CÁLCULOS
Antes de calcular as variáveis necessárias para montagem dos gráficos
experimentais, foi feito um desenho do esquema de tubulação para melhorar a
visualização de cotas e considerações.
Figura 5 – Desenho do esquema.

Os cálculos realizados serão detalhados e apresentados a seguir, começando


pela velocidade, que pode ser encontrada tendo o conhecimento da vazão obtida
experimentalmente, com a área do tubo calculada pelo catálogo, temos:

c= Q (2.1)
A
Com a velocidade obtida, considerando a viscosidade dinâmica, conseguimos calcular
Reynolds através da fórmula:

Re = c · D (2.2)
v
6
Considerando a rugosidade do tubo como 30 · 10 , Conseguimos achar o fator de atrito
através de:

f = 0, 25 log D + 5 0,9 (2.3)


· 30·10
−6
, 74 −2

3, 7 Re

Somando as partes retas com o Joelho e a curva do sistema, temos o


comprimento equivalente como:

L = 3, 9 + 1, 5 + 1, 89 + 0, 745 (2.4a)
L = 8, 035 (2.4b)

Note que aqui foi pesquisado e colocado os valores de equivalência para o cotovelo
e joelho. (1,5 e 3,9 respectivamente.)
Através da fórmula de perda de carga, conseguimos achar a perda de carga de sucção:

H = f · L · c2 (2.5)
pcs
2·D·g
Encontramos a altura total de sucção, considerando a = 0,140. Consideramos
também a leitura lido no manômetro igual a do ponto 2.
2
Hs = P + c2 + z2 + a (2.6)
m2

γ

g
Achamos a altura estática de sucção com a fórmula mostrada a seguir, e ela
será tera o mesmo valor para a altura z1.

H =H +H (2.7)
geos s pcs

Achamos a altura total de recalque com a fórmula 2.8 sendo que tínhamos P
m3, podemos considerar a velocidade em 3 igual a velocidade em 2 pois
consideramos o tubo de recalque e de sucção tendo os mesmos diâmetros, também
tendo o valor de Z3, podemos então calcular:
2
Hr = P + c3 + z3 (2.8)
m3

γ 2·
g
A perda de carga de recalque for obtida utilizando a velocidade no ponto 4, e calculado
por 2.9

2 (2.9)
Hpcr = Hr − V4

2 · g + Z4
E então podemos utilizar 2.10 para calcular a altura de queda hidráulica disponível:

H = E4 − E1 + Hpcs + Hpcr (2.10)

A pressão hidráulica pode ser calculada pela fórmula:

Phid = Y · Q · H (2.11)

A eficiência foi obtida através da fórmula:

P
N= hid (2.12)
P
ef
E o NPSH:

N P SH = Hs − 0, 433 (2.13)
3 RESULTADOS

3.1 VALORES OBTIDOS


3 1 2 3 4 5 6
Vazão (m /h)
Hgeos (m) 2.1933 2.2814 2.2699 2.3154 2.3387 2.3395
Hs (m) 1.7504 1.9761 2.0761 2.2073 2.2911 2.3277
Hr (m) 23.2699 28.0557 31.8822 34.7494 37.6380 39.6672
H (m) 21.5194 26.0795 29.8060 32.54212 36.3468 37.2395
Hpcs (m) 0.4428 0.3052 0.1938 0.1081 0.0476 0.0117
Hpcr (m) 20.5917 25.3861 29.2196 32.0923 34.9848 36.9165

3.2 COMPARAÇÃO GRÁFICAS


Os gráficos experimentais foram gerados com o auxílio do software SciLab e
serão comparados com os gráficos presentes no catalogo do fabricante da bomba.
3.2.1 Comparação da altura manométrica

Figura 6 – Altura manométrica experimental

Figura 7 – Altura manométrica do catalogo


3.2.2 Comparação do NPSH

Figura 8 – NPSH experimental

Figura 9 – NPSH do catalogo


3.2.3 Comparação da potência

Figura 10 – Potência experimental

Figura 11 – Potência do catalogo


3.2.4 Comparação do rendimento

Figura 12 – Rendimento experimental

Figura 13 – Rendimento do catalogo


4 CONCLUSÃO

Tendo que a bomba da aula pratica é o modelo Dancor CAM-W6 com potência de 2cv (Figura
4), a linha que representa ela nos gráficos do catalogo é a 4. Logo, comparando as curvas
experimentais com as do catálogo do fabricante, chega-se à conclusão que os dimensionamentos e
considerações foram efetuados corretamente, visto que as linhas experimentais estão bem próximas
das presentes no catálogo, com exceção do NPSH que devido a erros não identificados nos cálculos,
a curva experimental ficou em queda ao invés de ficar em crescente como no catalogo da bomba.
Com isso, pode-se dizer que o objetivo da atividade de aferir as dimensões e calcular as alturas e
perdas de cargas presentes no esquema experimentado para gerar as curvas características da
bomba foi atingido, mesmo com a falha no gráfico do NPSH.
REFERÊNCIAS

1 ORIENTAçõES para instalações de Água Fria. Disponível em: <https://www.tigre.com.br/


themes/tigre2016/downloads/catalogos-tecnicos/ct-agua-fria.pdf>.
2 SéRIE CAM, Centrífuga de Aplicação Múltipla. Disponível em: <http://www.dancor.com.br/
dancor-site-novo/public/uploads/produtos/centrifugas/catálogos/cam-w6c-pbe_cat.pdf>.
3 GERMER, P. E. Máquinas de Fluxo. [S.l.: s.n.].
A PROGRAMAÇÃO

//Dados Iniciais
Q = [6 5 4 3 2 1];
Pm2 = [12258.312 15690.64 17651.97 19711.366 21084.30 21770.76];
Pm3 = [2.3 2.8 3.2 3.5 3.8 4]*98066.5; Pef = [510 450 380 310 240 200];

RPM = [3500 3506 3503 3524 3534 3540];


g = 9.81 //Gravidade
Y = 1E4; //Peso Específico Água
v = 0.801E-6 //Viscosidade cinemática Z3
= 0.33 //Altura Z3
Hgeor = 2.65 //Altura estática de recalque = Z4 Q =
Q/3600; //Vazão
D = (32-2*2.1)/1000 //Diametro tubo sucção A2
= 3.14*(D^2)/4 //Area tubo sucção
V2 = Q/A2 //Velocidade ponto 2 = Velocidade ponto 3
D4 = (60-2*3.3)/1000; //Diametro tubo de recalque
A4 = 3.14*(D4^2)/4; //Area tubo de recalque
V4 = Q/A4;
Re = V2*D/v;
f = 0.25*(log((30E-6/D)/3.7+5.74/Re.^0.9))^(-2)
L = 3.9+1.5+1.89+0.745 // 3.9 = Joelho, 1.5 = Curva em 90

Hpcs = f’.*L.*V2.^2./(2.*D.*g) // Perda de carga de sucção Hs =


Pm2./Y+0.140+V2^2./(2*g) //Altura total de sucção Hgeos =
Hs+Hpcs; //Altura estática de sucção = Z1
Hr = Pm3./Y+V2^2/(2*g)+Z3 //Altura total de recalque Hpcr =
Hr-V4^2/(2*g)-Hgeor //Perda de carga de recalque

Z1 = Hgeos
Z4 = Hgeor
E1 = Z1
E4 = V4.^2/(2*g)+Z4

H = E4-E1+Hpcs+Hpcr
Phid = Y.*Q.*H
N = Phid./Pef
NPSH = Hs-0.433
Q = [6 5 4 3 2 1];
Pef = [510 450 380 310 240 200].*0.00135962;
scf(1)
plot(Q,H)
xlabel(’Vazão (m3/h)’)
ylabel(’Altura manométrica (m)’)
xgrid

scf(2)
plot(Q,Pef)
ylabel(’Potência da bomba (Cv)’)
xlabel(’Vazão (m3/h)’)
xgrid

scf(3)
plot(Q,N)
xlabel(’Vazão (m3/h)’)
ylabel(’Rendimento %’)
xgrid

scf(4)
plot(Q,NPSH)
xlabel(’Vazão (m3/h)’)
ylabel(’NPSH’)
xgrid

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