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Júlio Nascif
Luiz Carlos Dorigo
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INDICE
1 Gestão
1.1 Gestão Empresarial
1.2 Gerenciamento pelas Diretrizes
1.3 Gestão à Vista (Painel de Bordo)
1.4 Benchmarking
2 GESTÃO DA MANUTENÇÃO / ATIVOS
2.1 Missão da Manutenção
2.2 Melhores práticas na Manutenção
2.3 Gestão de Ativos
3 Planejamento, Programação, Controle E Coordenação Da Manutenção
3.1 Processos
3.2 Atividades fundamentais do PCM
3.3 Avaliação do desempenho do PCM
3.4 Tipos / Técnicas de Manutenção
3.4.1 Manutenção Corretiva
3.4.2 Manutenção Preventiva
3.4.3 Manutenção Preditiva
3.4.4 Inspeção
3.4.4.1 Tecnologias disponíveis para Inspeção / Manutenção Preditiva
3.4.4.2 Reanálise e melhoria das atividades de Inspeção
3.4.5 Manutenção Detectiva
3.4.6 Custos e Resultados
3.5 Ferramentas de Planejamento e Programação
3.5.1 Pert/CPM
3.5.2 Sistema computadorizado de gerenciamento da Manutenção CMMS / EAM
4 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS DE MANUTENÇÃO
5 ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
6 INTERFACES
6.1 Conceituação
6.2 Interface Manutenção - Suprimentos
6.3 Interface Manutenção - Engenharia
6.4 Interface Manutenção - Operação
6.5 Interfaces diversas
8 BIBLIOGRAFIA
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1 – GESTÃO
Comunidade
GESTÃO EMPRESARIAL
GERENCIAMENTO IMPLANTAÇÃO
DA ROTINA + DE MELHORIAS
Suprimentos
Operação Manutenção
Treinamento EMPRESA RH
Financeiro Engenharia
MANUTENÇÃO
SUPRIMENTOS
PRODUÇÃO
? COMERCIAL
ENGENHARIA
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Verificação de:
• Cumprimento dos planos de ação
• Atingimento das metas estabelecidas
• Pertinência dos planos estabelecidos e indicadores
C
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PETROBRÁS Visão 2015
A Petrobrás será uma empresa integrada de energia com forte presença internacional
e líder na América Latina atuando com foco na rentabilidade e na responsabilidade
social e ambiental.
PETROBRAS Missão
Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental, nas
atividades da indústria de óleo, gás e energia, nos mercados nacional e internacional,
fornecendo produtos e serviços adequados às necessidades de seus clientes e
contribuindo para o desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua.
META é um alvo a ser atingido. Falconi define que uma Meta é composta por 3 partes:
• Objetivo – Aumentar o Tempo Médio entre falhas
• Valor - 1800 dias
• Prazo - até dezembro deste ano
DIRETRIZ é formada por uma META e as MEDIDAS necessárias para o atingimento desta
META.
Exemplo:
META :
• Reduzir em 10% o custo da tonelada produzida até julho do próximo ano.
MEDIDAS:
• Aumentar a disponibilidade dos equipamentos
• Executar melhorias no processo
• Treinar operadores
• Introduzir novos procedimentos de análise do produto “on line”.
PLANO DE AÇÃO constitui o planejamento escrito de como serão desenvolvidos os
trabalhos para cumprir o que estabelecem as diretrizes. Cada departamento, cada setor,
cada pessoa deverá ter o seu próprio plano de ação.
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O Gerenciamento pelas Diretrizes é um processo que permite que todos os departamentos e
pessoas da empresa trabalhem segundo uma mesma direção.
VISÃO MISSÃO
METAS
MANUTENÇÃO
MATERIAL
ENGENHARIA
PRODUÇÃO
COMERCIAL
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A figura 5 mostra uma empresa onde todos estão alinhados segundo as mesmas Diretrizes.
O alinhamento mostrado só é possível pois o Gerenciamento pelas Diretrizes estabelece que
as Diretrizes devem ser desdobradas, isto é, as diretrizes devem ser divididas em várias
outras.
Desse modo uma diretriz da alta administração terá que ser desdobrada através da estrutura
organizacional e todas as partes estarão contribuindo para sua execução. Obviamente para
que a diretriz maior ou diretriz original seja executada, todas as partes de sua subdivisão ou
desdobramento deverão ter sido executadas.
O desdobramento das diretrizes é uma etapa do Planejamento (P – PLAN).
A figura 6 ilustra como se dá o desdobramento das Diretrizes que pode ser comparado a um
facho de luz que permeia toda a estrutura da empresa.
Desdobramento das diretrizes
Direção da Empresa
Alta Gerência
Média Gerência
Supervisão
Execução
Os níveis hierárquicos mais altos, como a direção da empresa, estabelecem as diretrizes que
vão sendo desdobradas nos níveis seguintes até o nível de execução. Empresas que fazem
contratações permanentes ou terceirizam, devem incluir as empresas contratadas no sistema
de desdobramento das diretrizes pois o resultado final depende do esforço de todos.
No entanto, o que parece óbvio nem sempre é praticado por muitas empresas. É comum nos
depararmos com situações onde as diretrizes geram planos de ação até o nível de gerente
de área ou setor sem atingir as demais camadas hierárquicas da organização. Em muitas
empresas esse desdobramento vai até o nível de supervisão. Em grande parte das empresas
nacionais o desdobramento das diretrizes não atinge o pessoal das empresas contratadas
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pelo fato de não haver uma relação de parceria entre a contratante e a contratada além dos
contratos não serem bem feitos.
No processo de Desdobramento das Metas, estas são desdobradas para todos os níveis
hierárquicos sendo estabelecidas Medidas para cada um deles.
Após o desdobramento das diretrizes devem ser estabelecidos os itens de controle.
O item de controle é o item de gerenciamento de cada meta. Desta forma um item de
controle incorpora:
• O valor ou indicação numérica da meta
• O objetivo do gerenciamento da meta – que resultado é esperado
• Limites ou faixa de controle – quais os desvios permitidos
• Freqüência de verificação dos resultados
• Responsável pelo item de controle
• Documentação que será gerada – gráficos, tabelas, relatórios, etc
Os itens de verificação são estabelecidos sobre as Medidas de uma Meta. Assim, para
cada item de controle podemos ter vários itens de verificação.
Melhorar a capacitação
dos técnicos cumprindo Aumentar a
100% do plano de disponibilidade em 10%
treinamento
Reduzir o custo
operacional em
8%
RESULTADO
Fazer análise crítica das ITEM DE CONTROLE
intervenções por Fazer saneamento no
preventiva reduzindo estoque
15% nas intervenções
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1.3 – GESTÃO À VISTA (PAINEL DE BORDO)
Denomina-se Gestão à Vista a exposição que se faz, em diversos locais da empresa, do
processo de Gerenciamento pelas Diretrizes. Os quadros ou locais onde são afixadas as
Metas, Resultados e Problemas, são também conhecidos como Painéis de Controle ou
Painéis de Bordo.
A existência de painéis de bordo permite que todos conheçam os resultados, os problemas e
participem mais efetivamente do processo.
O painel de bordo é análogo a um painel de avião ou automóvel que nos permite conhecer e
acompanhar uma série de variáveis durante a viagem.
Os gráficos que compõem o painel de bordo ou Gestão à Vista devem conter (figura 9):
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melhor
1800
1620
1600 META 1450
1350
1400 1250
1200
1200
1000
DIAS
800
600
400
200
m
f
j
d
o
a
a
04
05
06
s
ar
20
20
20
hm
nc
be
PERIODO
1.4 – BENCHMARKING
Considera-se que o início do "benchmarking" ocorreu na Xerox, em 1979, com um
processo denominado "benchmarking competitivo". O processo objetivava examinar os
custos unitários das operações industriais da empresa.
"Benchmarking" é a expressão que identifica uma técnica essencial para se obter
melhoria contínua.
“Benchmarking”, segundo a APQC – “American Produtivity and Quality Center”, pode ser
definido do seguinte modo:
Sem indicadores a empresa não sabe nem o impacto nem a direção da mudança.
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2 – GESTÃO DA MANUTENÇÃO / ATIVOS
Como mostrado anteriormente, a Gestão da Manutenção está alinhada com as
Diretrizes emanadas pela Alta Administração conforme particularizado pela figura 19.
A Manutenção é considerada como uma Função Estratégica tendo em vista a sua
importância em relação aos resultados da empresa. As empresas que geram bens de
consumo ou commodities consideram que PRODUÇÃO = OPERAÇÃO + MANUTENÇÃO.
No caso específico da FCA, os resultados também são função da OPERAÇÃO e da
MANUTENÇÃO (Material Rodante e Via Permanente).
• GERENCIAMENTO DA ROTINA
• IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS
No entanto, para que se faça uma boa Gestão da Manutenção, é fundamental que se tenha:
• Estrutura organizacional adequada e as necessidades de pessoal atendidas,
• Pessoal treinado e qualificado, com atribuições bem definidas,
• Projetos e Planos de Ação com responsáveis, prazos, itens de controle e itens de
verificação, alinhados com as Diretrizes que suportam a Visão e Missão da empresa.
Essas 3 condições formam a base para que a Gestão da Manutenção seja exercida de
maneira eficaz e produza os resultados necessários.
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Estrutura
Organizacional Atribuições bem definidas
adequada
Pessoal Projetos e
Treinado e Planos de Ação
Qualificado
A P
C D
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TMEF
Disponibilidade = ---------------------------
TMEF + TMPR
Onde:
TMEF = Tempo médio entre falhas
TMPR = Tempo médio para reparos
Segurança e Preservação do Meio Ambiente são dois critérios básicos que devem ser
atendidos em qualquer atividade tanto dentro como fora das empresas. A importância desses
2 itens pode ser verificada nas primeiras perguntas feitas para se definir a Criticidade de
Equipamentos ou Instalações.
Custo Adequado difere do Custo Mínimo ou Menor Custo por permitirem que sejam
alcançados o(s) melhore(s) resultado(s) o que, na maioria das vezes não acontece quando o
corte nos custos se torna o objetivo principal.
NÃO É É
FAZER MANUTENÇÃO GARANTIR A DISPONIBILIDADE
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2.2 – MELHORES PRÁTICAS E INDICADORES NA MANUTENÇÃO
Melhores Práticas (“Best Practices”) são aquelas práticas que tem se mostrado superiores
em resultados; selecionadas por um processo sistemático e julgadas como exemplares, boas
ou de sucesso demonstrado. Melhor prática é então adaptada para se ajustar a uma
organização desde que cada organização é particularmente diferente.
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Situação
Melhores Futura
Práticas
Planos de
Ação
Situação Auditoria
Atual
Ativo pode ser definido como uma entidade com valor monetário. No contexto de
Manutenção, um ativo pode ser considerado qualquer equipamento ou sistema de uma
planta ou instalação.
Outras fontes definem Ativo Fixo como um conjunto de bens duráveis (tangíveis e
intangíveis) que a organização explora como meio para atingir seu objetivo. A partir dessa
definição pode-se afirmar que uma planta de mineração, uma refinaria de petróleo ou uma
fábrica de automóveis são ativos fixos.
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GESTÃO ESTRATÉGICA DE ATIVOS(2) é um novo modelo para obter valor dos
ativos de produção. Representa uma ação gerencial de cima para baixo para se obter a
máxima lucratividade através dos equipamentos e das pessoas.
“Se pudermos utilizar nossos recursos totais melhor que nossos concorrentes,
poderemos produzir mais, a custos menores, com maiores margens, tendo preços flexíveis
para vender toda nossa produção em um mercado saturado e sobreviver em tempos
difíceis.”
A Gestão Estratégica dos Ativos (Strategic Asset Management), envolve a gestão do capital
investindo (nos ativos), através de um programa de longo prazo para aumentar o ROA
(Return on Net Assets).
Return On Net Asset (RONA) ou Return On Assets (ROA) é a relação entre o lucro
operacional (depois de taxado) e o valor líquido dos ativos da empresa. Os ativos líquidos
(net assets) compreendem o terreno, construções e equipamentos de propriedade da
empresa.
A Gestão Estratégica dos Ativos é uma função exercida de cima para baixo (top-down)
definindo uma especificação de performance para cada unidade operacional, identificando
seus componentes críticos em relação à performance e melhorando, sistematicamente, as
variáveis chaves controláveis da operação.
Envolve todas as áreas da empresa:
Manutenção e Operação produzir / utilizar a capacidade dos ativos
Compras confiabilidade operacional e custos (em segundo lugar)
Engenharia baseada no LCC (Custo do Ciclo de Vida), incluindo características do
produto, manutenibilidade, operacionalidade e custo por unidade produzida.
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Estágio Objetivo Atributo
ESTÁGIO 5
Excelência Operacional
GESTÃO
DE
ATIVOS
Simplif / Padron
RCM
Equipamentos ESTÁGIO 4
Analise Engenharia da Confiabilidade
Foco na LC Analise
Confiabilidade Concorrentes RAM
Manutenção Processos de
CMMS
ESTÁGIO 1
Preventiva Gerenciamento do Trabalho Manutenção Diária
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3 - PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO, CONTROLE E COORDENAÇÃO
DA MANUTENÇÃO
3.1 – PROCESSOS
Em todas os campos profissionais os trabalhadores lidam com os PROCESSOS desses
campos de atuação. Todos esses processos têm suas Causas e Efeitos. Consideremos um
processo de manufatura qualquer. Esse processo tem como Causas os seguintes fatores:
Por mais que haja consenso que a razão de ser da Manutenção seja garantir a
Confiabilidade e Disponibilidade com custos otimizados, quando se trata de um núcleo de
PCM, sua razão de ser (para contribuir para o objetivo da Manutenção) é OTIMIZAR A
UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS da Manutenção. Se considerarmos que mais de 50% dos
custos de Manutenção são devidos a Mão-de-Obra e Materiais, fica fácil entender porque
foram criados esses núcleos de PCM.
E, como em qualquer processo, o núcleo de PCM deve exercer o controle sobre as suas
Causas e Efeitos. Para fazê-lo, suas atividades fundamentais devem ser bem conhecidas.
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• PLANEJAR
• PROGRAMAR
• CONTROLAR
• COORDENAR.
• Manutenção Corretiva
• Manutenção Preventiva
• Manutenção Preditiva
• Inspeção.
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MATRIZ DE CRITICIDADE
Eis alguns parâmetros que devem nortear sua execução:
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Máxima
Afeta SMA ?
Média ou Pequena
Máxima
Afeta Produção?
Média ou Pequena
Máxima
Afeta Qualidade?
Média ou Pequena
Máxima
Afeta Custos?
Média ou Pequena
Gerente
Pequena
Aplicada a Matriz de Criticidade para todos os ativos faz-se a classificação dos equipamentos
definindo-os em três níveis: A, B, C.
Serão de Criticidade A todos aqueles equipamentos que se enquadrarem na classificação
Máxima em qualquer um dos quatro requisitos, quais sejam Segurança e Meio-Ambiente,
Produção, Qualidade do Produto e Custos de Manutenção.
De Criticidade C serão aqueles que se situarem na classificação Pequena em todos os
requisitos. Quanto a classificação Média, depende muito de decisão gerencial na utilização
da Matriz de Criticidade.
A Matriz de Criticidade assim elaborada define uma situação estática. Durante a operação
outros fatores podem influenciar a prioridade dos serviços. Por exemplo: quando há excesso
de Manutenção Corretiva, a prioridade fica impactada pelo grau de degradação gerando
urgência ou emergência. Isso reforça as desvantagens do alto percentual de manutenção
corretiva pois ela provoca perturbações no Planejamento de Serviços.
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Consolidada a Matriz de Criticidade deveremos passar ao Mapa de Classificação de
Equipamentos, conforme figura abaixo.
Criticidade
Qualidade
Produção
Equipamento (descrição) TAG
Custo
SMA
Compressor de Gás C-4378 M m m m A
Bomba de irrigação B-1129 p p p p C
Prensa Schindler P-0098 m m p p B
Prensa Stompmayer P-0189 m M M M A
Permutador Óleo/Água E-2234 p p m p B
Como exemplo:
Ativos de Criticidade B – Deve ser adotada pelo menos uma entre as técnicas de
Manutenção Preventiva, Preditiva ou Inspeção.
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Estabelecida a Matriz de Criticidade e o Mapa de Classificação dos Ativos passamos a
elaboração do Plano de Manutenção com horizonte definido. Normalmente costuma-se
detalhá-lo com o horizonte anual (Plano de 52 semanas), distribuindo-se as intervenções
(Manutenção Preventiva, Manutenção Preventiva, Inspeção) ao longo do tempo,
considerando-se, no mínimo :
• Recomendações do fabricante
• Experiência pessoal dos especialistas
• Histórico dos equipamentos
• Sazonalidade do negócio
• Oportunidades de Programação da Produção
• Nivelamento de recursos
Estabelecida uma primeira versão do Plano de 52 semanas, compete aos planejadores, fazer
um detalhamento aprofundado dos serviços, criando-se as ORDENS DE SERVIÇO.
Essas ORDENS DE SERVIÇO obrigatoriamente devem conter (ou remeter/ recomendar a
utilização de padrões):
• O TAG do Equipamento
• Prioridade ( a partir da Matriz de Criticidade)
• Campo para grupamento de equipamento por especialidade
• A descrição do serviço
• Tipo de serviço (Inspeção, Manutenção Preditiva, Preventiva ou Corretiva )
• O detalhamento em tarefas e dependência entre elas
• A definição da mão-de-obra especialista
• As indicações dos Procedimentos de Trabalho aplicáveis
• As ferramentas e máquinas de apoio necessárias
• A Análise de Risco das Atividades
• Os EPI especiais necessários
• O Centro de Custo
• Campo para identificar motivos de bloqueio de serviços: Material, Liberação, Mão-de-
obra.
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Este detalhamento nos permite definir com relativa precisão a expectativa de duração das
ORDENS DE SERVIÇO.
Informações complementares:
• EPI complementares – nenhum
• Procedimentos aplicáveis – Mec-016/06, Elt-023/06, Ope-045/05, Seg-011/06
• Ferramentas especiais
o Chave de batida 2.3/4”
o Cabo de aço (eslinga) d ½”
• Máquina de elevação de carga – Guindaste PH 003 capacidade 10 toneladas
• Peso da bomba – 150 kg
• Peso do motor elétrico – 250 kg
• Planejador de contato – Helio – ramal 456
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Em uma situação ideal, terminado o detalhamento de todas as Ordens de Serviço,
deveremos ter:
• Plano definitivo de 52 Semanas
• Back-log
• A definição do tamanho da lotação
• A previsão de consumo de materiais
• A expectativa da contratação de Serviços de Terceiros
• Uma distribuição percentual de aplicação de técnicas com o predomínio (desejável)
de:
a) Inspeção e Manutenção Preditiva
b) Manutenção Preventiva
c) Manutenção Corretiva.
Assim é a distribuição das cargas de trabalho futuro (back-log) das empresas
classificadas como de “Classe Mundial”.
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Devemos ter muito cuidado com o entendimento correto do termo CONTROLAR. Não se trata
apenas de medir e colocar em um quadro os resultados dessa medição. Controlar é muito
mais do que isso, ou seja, trata-se de fazer o giro completo do PDCA de todos os processos
medidos. Os especialistas usam uma expressão síntese sobre a escolha dos indicadores de
qualquer processo: “VITAL-FEW” , isto é , escolha poucos e vitais, que sejam realmente
representativos do processo controlado. Tem sido muito comum, encontrar-se nas empresas
Painéis de Bordo com 3 dezenas de indicadores nos quais, a única ação aplicada é a ação
de fazer medições mensais. E, em alguns casos, a medição está sistematicamente atrasada.
Eng. Manutenção
Planejamento
Programação
Coordenação
Execução
Controle
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3.3 – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PCM
Sendo o PCM uma atividade como qualquer outra da Gestão da Manutenção, está sujeito ao
ciclo do PDCA e desse modo deve:
• Possuir procedimentos e padrões de trabalho para suas atividades – Planejar,
Programar, Coordenar e Controlar
• Estar em consonância com a Visão, Missão, Diretrizes da organização, estabelecer
planos de ação com metas, indicadores e responsáveis.
• Realizar auditorias internas e receber auditorias externas.
Quantidade de OS executadas
CPOS (%) = ----------------------------------------------------- x 100
Quantidade de OS programadas
Total de hh apropriados
IEP (%) = -------------------------------------- x 100
Total de hh programados
Devemos ter poucos indicadores mas representativos (vital few), visto que o processo de
acompanhamento e controle requer aplicação de recursos.
Os indicadores :
• Devem ser expressivos (medir realmente o parâmetro que agrega valor ao
processo),
• as metas devem ser desafiadoras,
• os resultados devem alcançar ou superar as metas estabelecidas,
• a tendência deve ser constantemente acompanhada e ações devem ser tomadas
para corrigir desvios em relação à evolução.
Em relação à auditoria no PCM, deve ser elaborada uma lista de verificação dos processos –
Planejar, Programar, Coordenar e Controlar, associada às metas e resultados alcançados.
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3.4 – TIPOS DE MANUTENÇÃO
Embora a Manutenção venha desde a era da Pedra Lascada sua estruturação formal se dá
após a Revolução Industrial de 1750, caracterizada por ser totalmente Manutenção Corretiva,
e assim se manteve até o final da Primeira Guerra Mundial. Com a expansão da indústria
automobilística começaram a aparecer os grupos especialistas em Manutenção, embora
ainda com predominância quase total de manutenção corretiva.
A partir da Segunda Guerra Mundial as empresas tomaram consciência de que, além de
consertar as quebras, deveriam começar a evitar falhas de modo a manter a produção mais
previsível e estável. Começaram a aparecer então as técnicas de Planejamento, Controle e
Análise de Falhas. Essas práticas evidenciaram a necessidade de detectar sintomas de
falhas, visto que ficara evidente que dificilmente as falhas ocorriam por um colapso, sem
aviso prévio.
Surgiram então as práticas de Inspeção (visual) e Manutenção Preventiva. A Manutenção
Preventiva era executada com a substituição regular de componentes, a partir de uma
duração de vida calculada ou estabelecida empiricamente. É necessário fazer uma
observação sobre a Manutenção Preventiva (caracterizada pela troca regular dos
componentes críticos, com base na duração calculada ou estabelecida empiricamente). Essa
observação diz respeito à confiabilidade dessa “duração calculada ou estabelecida
empiricamente”. Há casos conhecidos na indústria e nos transportes nos quais a intervenção
de Manutenção Preventiva trouxe mais problemas do que solução:
Por isso, embora tenha sido considerada uma verdadeira panacéia nos anos 70, sobre ela
hoje só há uma certeza: só deve ser aplicada quando não existir técnicas de Manutenção
Preditiva disponível.
Sua mais defensável aplicação é a troca de pneus nas corridas de Fórmula 1.
No final dos anos 60, com o desenvolvimento de instrumentos e de técnicas de medição
cada vez mais sofisticados, foi possível a detecção de sintomas confiáveis. Nasceram aí, as
práticas de Manutenção Preditiva.
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Por isso, é importante uma caracterização mais objetiva dos diversos tipos de manutenção,
desde que independentemente das denominações, todos se encaixam em um dos seis tipos
descritos a seguir.
Algumas práticas básicas definem os tipos principais de manutenção que são:
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Manutenção Corretiva Não Planejada é a correção da FALHA de maneira ALEATÓRIA.
Caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato já ocorrido, seja este uma falha ou
desempenho menor que o esperado. Não há tempo para planejamento e preparação do
serviço. Infelizmente ainda é mais praticado do que deveria.
Normalmente a manutenção corretiva não planejada implica em altos custos, pois a quebra
inesperada pode acarretar perdas de produção, perda da qualidade do produto e elevados
custos indiretos de manutenção.
Além disso, quebras aleatórias podem ter conseqüências bastante graves para o
equipamento, isto é, a extensão dos danos pode ser bem maior. Em plantas industriais de
processo contínuo (petróleo, petroquímico,cimento, etc) estão envolvidos no seu
processamento elevadas pressões, temperaturas, vazões, ou seja, a quantidade de energia
desenvolvida no processo é considerável. Interromper processamentos desta natureza de
forma abrupta para reparar um determinado equipamento, compromete a qualidade de
outros que vinham operando adequadamente, levando-os a colapsos após a partida ou uma
redução da campanha da planta. Exemplo típico é o surgimento de vibração em grandes
máquinas que apresentavam funcionamento suave antes da ocorrência.
Quando uma empresa tem a maior parte de sua manutenção corretiva na classe não
planejada, seu departamento de manutenção é comandado pelos equipamentos e o
desempenho empresarial da Organização, certamente, não está adequado às
necessidades de competitividade atuais.
Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que um trabalho
não planejado. É será sempre de melhor qualidade.
A característica principal da manutenção corretiva planejada é a qualidade da informação
fornecida pelo acompanhamento do equipamento.
Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o equipamento funcionar até a quebra, essa é
uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha ocorrer. Por
exemplo, substituir o equipamento por outro idêntico, ter um “kit” para reparo rápido, preparar
o posto de trabalho com dispositivos e facilidades etc.
A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode advir de vários fatores:
• Possibilidade de compatibilizar a necessidade da intervenção com os interesses da
produção;
• Aspectos relacionados com a segurança - a falha não provoca nenhuma situação de
risco para o pessoal ou para a instalação;
• Melhor planejamento dos serviços;
• Garantia da existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental;
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• Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a execução dos
serviços e em quantidade suficiente, que podem, inclusive, serem buscados
externamente à organização.
Para exemplificar: quanto menores forem as implicações da falha na segurança pessoal e
operacional, nos custos intrínsecos dela, nos compromissos de entrega da produção,
maiores serão as condições de adoção da política de manutenção corretiva.
A análise conjunta, levando em conta os outros fatores, definirá a melhor política.
A figura 32 mostra a representação da manutenção corretiva de um determinado
equipamento ou sistema, onde observa-se que o tempo até a falha é aleatório e to-t1 é
diferente de t2-t3..
desempenho
performance esperada
to - t1 - tempo de funcionamento 1
t1 - t2 - tempo de manutenção
t2 - t3 - tempo de funcionamento 2
to t1 t2 t3 tempo
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3.4.2 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA
performance esperada
p1 p2 p3
to t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7... tempo
manutenção corretiva
manutenções preventivas
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Analogamente ao que foi estabelecido para manutenção corretiva, os seguintes fatores
devem ser levados em consideração para adoção de uma política de manutenção preventiva:
A manutenção preventiva será tanto mais conveniente quanto maior for a simplicidade na
reposição; quanto mais altos forem os custos de falhas; quanto mais as falhas prejudicarem
a produção e quanto maiores forem as implicações das falhas na segurança pessoal e
operacional.
De fato, estudos revelaram que revisões periódicas sistemáticas têm pouco efeito na
confiabilidade global de um equipamento complexo, a menos que este apresente um modo
de falha predominante. Como conseqüência, planos de manutenção preventiva clássica,
baseados na crença de que há uma relação entre a probabilidade de falha (confiabilidade) e
o tempo em operação, traz resultados inferiores aos esperados e tornam onerosa a
manutenção. Não se deve aqui confundir revisões periódicas, onde são executados volumes
significativos de serviços de manutenção, com inspeções de rotina, onde são executados os
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serviços de limpeza, lubrificação, regulagem, ajustagem e outros, que trazem grande
benefício ao desempenho do componente, equipamento ou sistema.
Gallegos (1993) afirma que pesquisas realizadas na época provam que uma manutenção
desnecessária pode gerar mais problemas do que uma sub-manutenção. Tal afirmação está
de acordo com Riessberger (1995) que constatou que a realização em excesso de
serviços de correção geométrica da superestrutura da via permanente ferroviária
provoca a degradação prematura do lastro. Por este motivo torna-se importante
determinar o adequado momento de intervir em um equipamento ou sistema, de modo que a
manutenção programada seja executada no fim da vida útil do componente ou equipamento,
porém antes deste entrar em falha.
A utilização de técnicas preditivas e de inspeção, além de possuírem ferramentas avançadas
de hardware e de software, permitem que sejam determinadas as condições reais de
funcionamento de um componente, equipamento, ou sistema, minimizando trabalhos
desnecessários e reduzindo despesas.” (12)
Os custos envolvidos na Manutenção Preditiva devem ser analisados por dois ângulos:
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A figura 46 mostra o gráfico da Manutenção Preditiva.
performance esperada
o o o o
o o
o oo
o nível de alarme
oo oo
nível admissível procurado
o - acompanhamento
preditivo
to t1 t2 t3 tempo
Análise de Temperaturas
Está associada ao principio de que qualquer componente ou equipamento de um sistema
elétrico, pneumático, mecânico ou hidráulico libera ou consome energia.
A alteração do valor dessa energia pode significar comportamento anormal.
Por exemplo: o aumento de temperatura dissipada pode significar perda de isolamento
elétrico, mau contato, atrito exagerado, combustão inadequada, mau funcionamento de
válvulas.
Análise de vibrações
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Mesmo quando novo, os equipamentos mecânicos produzem vibrações normais. Esses
valores são conhecidos como a “assinatura” da vibração do equipamento. Com o tempo,
havendo desgastes, desalinhamentos, folgas, esses valores se alteram, fornecendo a
informação necessária sobre a falha potencial do equipamento.
Como técnica de se evitar o desalinhamento, a utlização do alinhamento a laser é uma
ferramenta preciosa.
3.4.4 – INSPEÇÃO
O esquema mostrado a seguir, indica como a Inspeção deve ser praticada dentro da
Manutenção em qualquer tipo de organização ou instalação.
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A atividade de Inspeção tem no seu escopo:
• Formar um histórico representativo
• Formar um bom banco de dados
• Fornecer informações para a atividade de Planejamento, orientando as ações da
Manutenção
• visual
•equipamentos (preditiva)
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dos planos de manutenção, favorecer o treinamento no trabalho, dentre outras. No entanto, é
muito comum nos depararmos com as seguintes situações:
o Não existe um histórico de manutenção
o O histórico existente não é confiável
o Os dados do histórico se perderam quando foi implantado ou trocado o CMMS
A inspeção deve gerar e manter um banco de dados que também será utilizado para apoiar a
definição dos aspectos técnicos de especificação de materiais e componentes, influenciar o
projeto de novas instalações e modificar / melhorar as instalações existentes. Esse banco de
dados é uma coletânea de informações técnicas que vai formar o “know-how” da empresa.
Está diretamente relacionado com a implantação de melhorias. Quanto mais completo
melhor será a sua utilidade para :
o Auxiliar na Análise e Diagnóstico
o Definir a aquisição de materiais e sobressalentes
o Selecionar fornecedores
o Influir nos novos projetos através de dados concretos, análise do Ciclo do Custo de
Vida
o Proporcionar aumento de vida útil das instalações
o Garantir a segurança dos serviços prestados pela empresa.
Em função das atribuições que lhe são pertinentes, o perfil do profissional que exercerá as
funções de inspetor devem privilegiar:
o Formação técnica ou engenharia
o Treinamento específico anterior ao início das atividades (curso de formação)
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o Treinamento em técnicas preditivas (atualização constante)
o Trabalho em conjunto com profissionais de grande experiência para assimilar
conhecimentos e conhecer um pouco da história da empresa.
A seguir estão mostradas apenas três dos muitos instrumentos e/ou técnicas que permitem
uma melhor qualidade de inspeção, análise e diagnóstico.
A evolução dos aparelhos de medição de vibração permite que nos coletores, além da
medição de vibração, coleta de dados conforme rota pré-estabelecida e transferência
posterior para microcomputadores estejam disponíveis:
• Espectro de vibração x freqüências (assinatura)
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• Espectro de corrente ( para análise de motores elétricos)
• Medição de temperatura e pressão (aceita diversos sensores)
• Verificação de equipamentos monitorados continuamente (check)
• Balanceamento no campo
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Desse modo, tarefas executadas para verificar se um sistema de proteção ainda está
funcionando, representam a Manutenção Detectiva. Um exemplo simples e objetivo é o botão
de teste de lâmpadas de sinalização e alarme em painéis.
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A identificação de falhas ocultas é primordial para garantir a confiabilidade. Em sistemas
complexos essas ações só devem ser levadas a efeito por pessoal da área de manutenção
com treinamento e habilitação para tal, assessorados pelo pessoal de operação.
É cada vez maior a utilização de computadores digitais em instrumentação e controle de
processo nos mais diversos tipos de plantas industriais.
“São sistemas de aquisição de dados, controladores lógicos programáveis, Sistemas Digitais
de Controle Distribuído - SDCD, “multi-loops” com computador supervisório e outra infinidade
de arquiteturas de controle somente possíveis com o advento de computadores de processo.
Sistemas de “shut-down” ou sistemas de “trip”, garantem a segurança de um processo
quando esse saí de sua faixa de operação segura. Esses sistemas de segurança são
independentes dos sistemas de controle utilizados para otimização da produção.
Equipamentos eletrônicos programáveis, estão sendo utilizados para essas aplicações.”(16)
Enquanto a escolha deste ou daquele sistema ou de determinados tipos de componentes é
discutida pelos especialistas com um enfoque centrado basicamente na confiabilidade, é
importante que estejam bastante claras as seguintes particularidades:
• Não atuação
• Atuação Indevida
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PREÇO = CUSTO + LUCRO
A alternativa de reduzir custos deve ser entendida como uma oportunidade e não como um
risco para a própria empresa. As decisões de cortar por cortar custos não se revelam
eficazes no médio e longo prazo e muitas empresas têm sido vítimas dessas decisões.
A redução de custos pode ser obtida através de:
- Fazer o básico bem feito, seja na operação, na manutenção, em suprimentos, na
administração, etc
- Trabalhar segundo as melhores práticas em todos os segmentos.
FATURAMENTO
PRODUTIVIDADE = ---------------------------------
CUSTOS
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Tanto mais produtiva será a empresa quanto menor forem os seus custos para um mesmo
faturamento.
Vamos repetir uma frase que indica muito bem qual o caminho que devemos seguir na
Manutenção:
Representação do sistema:
SISTEMA AMERICANO
A B
1 2 3
ta tb
A, B = Tarefas
ta, tb = Tempo necessário para a execução da tarefa.
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Por sua flexibilidade e por não exigir conhecimentos especializados, a não ser relativo às
atividades em que se pretende aplicá-lo, o PERT/CPM pode ser utilizado em qualquer
campo, dos projetos simples aos complexos.
Eis alguns projetos que utilizam ou utilizaram esta técnica:
Viagem à lua; Linhas de produção da indústria automobilística; Construção de edifícios,
pontes, túneis, usinas elétricas; Festivais etc.
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3.5.1.3 - Quadro de dependências
Este quadro deve determinar quais as atividades que dependem da
realização de outras.
Tarefa
Fantasma
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b) Em nenhum diagrama pode haver um circuito fechado.
B C
A
E D
A
C
D
B
A C
B D
d) Toda tarefa deve obrigatoriamente iniciar e terminar em nós. No caso em que se tem uma
tarefa A de modo que a partir da execução de uma parte da mesma, se possa iniciar outra, B
deve-se subdividir A em A1 e A2.
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A
A1 A2
B
B
ERRADO
CERTO
Quando só se pode iniciar uma tarefa C a partir de uma certa data, estabelece-se esta
sujeição por tarefas fantasmas.
A C
F2
F1 C
B D L
2 3 10 11
A K M
E C F G I J
1 4 5 6 8 9 12
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É necessário primeiramente determinar a duração de cada tarefa, a qual, pode ser expressa
em qualquer unidade de tempo. O importante é que a unidade escolhida seja a mesma em
todo o projeto.
Na lista de atividades do projeto de pintura da porta vamos incluir mais uma coluna
representando em horas a duração de cada atividade.
B D L
2 3 10 11
1 8 2
M 2
A 1 K 8
E C F G I J
1 4 5 6 8 9 12
8 4 3 1 3 1
H
8
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3.5.1.6 - Data mais cedo
É o menor tempo no qual é possível a ocorrência do evento, ou seja, o menor tempo em que
se pode concluir todas as atividades que concorrem para um evento.Quando várias tarefas
chegam a um nó, a data mais cedo é aquela de maior valor. A data mais cedo do último
evento de um projeto representa o menor tempo no qual ele poderá verificar-se:
1 2 34 36
B D L
2 3 10 11
1 8 2
M 2
A 1 K 8
0 8 12 15 23 26 38
E C F G I J
1 4 5 6 8 9 12
8 4 3 1 3 1
H
8
23
7
É o último momento em que ocorrer um evento sem que ocorra atraso no projeto. O cálculo
data mais tarde é feito do evento fim para o evento início.Se o projeto tem uma data de
conclusão pré-fixada, a data mais tarde do evento fim é a data pré-fixada. Caso não haja
data pré-fixada a data mais tarde do evento fim é coincidente com a sua data mais
cedo.Quando mais de uma atividade sai de um evento, a data mais tarde é a de menor valor.
As folgas das atividades serão as diferenças entre suas possíveis datas de início e fim,
menos sua própria duração.
Isto dá quatro combinações possíveis e a cada uma dessas folgas foi atribuído um nome:
Folga Livre
Folga
Folga Total
Folga
Escala de Tempo
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
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3.5.1.10 - Caminho crítico
Caminho crítico é aquele de maior duração.Se não houver data pré-fixada de término
do projeto, o caminho crítico é aquele no qual as atividades não têm folga, ou seja, qualquer
atraso em uma das suas atividades, provocará atraso do projeto.É o caminho formado por
eventos com folga nula e a diferença de suas datas coincide com a duração da tarefa que os
une.Caso haja data pré-fixada para o término do projeto (desde que seja maior que a data
mais cedo), todos os eventos do caminho crítico terão folgas iguais (as quais serão as
menores do projeto).
No nosso exemplo, o caminho crítico será formado pelas atividades: E, C, F, H, I, K, L, M.
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3.5.1.13 - TÉCNICAS DE NIVELAMENTO
Portanto o máximo de cuidado deve ser levado em conta, quando dos deslocamentos das
tarefas, como o observado nas notas anteriores, pois as perdas de folga total de uma tarefa,
aumentam não só o seu grau de criticidade, mas de todas as outras que sucedem na cadeia
do diagrama de flechas. Portanto o atraso de tarefas, de uma rede PERT, com a finalidade
de se conseguir uma melhor distribuição de recursos, quando não bem analisado, poderá
exigir, um volume de recursos, mão-de-obra e equipamentos, para o final da obra, bem maior
do que o disponível.
O fato de uma tarefa poder ser deslocada dentro da sua faixa disponível de programação
permite que o planejador dos trabalhos faça uma distribuição de recursos, ao longo do tempo
disponível para execução da obra, de tal ordem eliminando, conseqüentemente, os "picos" e
"vales" de uma distribuição não nivelada.
Exemplo de Nivelamento
B
2 3
A 4 dias
1 Me
C
2 dias
3 dias 2 Me
2 Me
D E F G
1 2 dias 4 4 dias 7 1 dia 8 4 dias 9
2 Me 1 Me 2 Me 3 Me
I H
1 dia
2 El
8 dias
4 Me
K
5 dias
J 1 Me
5 4 dias 6
2 El
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1º PASSO: Calcula-se a data mais cedo de início e a data mais tarde de fim para cada
evento.
3/5 7/9
B
2 3
A 4 dias
1 Me
C
2 dias
3 dias 2 Me
0/0 2 Me 2/2 6/10 9/11 15/15
D E F G
1 2 dias 4 4 dias 7 1 dia 8 4 dias 9
2 Me 1 Me 2 Me 3 Me
I H
1 dia 8 dias
K
2 Me 1/6 4 Me 10/10 5 dias
J 1 Me
5 4 dias 6
2 Me
O cronograma de barras (GANTT), considerando a execução das atividades pela data mais
cedo de início, fica assim:
Legenda
caminho crítico
atividades pela data mais cedo
folga total
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2º PASSO: Faz-se o diagrama de utilização dos diversos tipos de mão-de-obra (no nosso
caso, somente Mecânico), considerando que cada atividade inicie o mais cedo possível.
Mecanicos
9
8
G
7 F
E
6
5
4 H
3 D
2
1 A C
B K
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
TOTAL 4 4 7 6 6 6 7 6 6 7 4 4 4 1 1
OBSERVAÇÕES: a) As atividades cujos contornos do diagrama estão assinalados fazem parte do caminho
crítico.
3º PASSO: Altera-se o diagrama de utilização de caldeireiros até que a quantidade de
recursos necessários seja o mais uniforme possível (otimização), do início ao fim do projeto.
Isto pressupõe a não ampliação do prazo total do projeto (15 dias).
Mecanicos
9
8
7
6
E
5 A C F
B
4
3 G
2 H
1 D
K
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
TOTAL 4 4 6 6 6 6 6 6 6 6 4 4 4 4 1
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4º PASSO: Monta-se o cronograma de barras (GANTT), já levando em consideração a
otimização de recursos feita para este projeto.
Em uma obra, dificilmente teremos recursos suficientes para executá-la , no tempo mais
cedo, pois os recursos, via de regra são restritos. É portanto muito importante saber-se como
distribuir tais recursos, a fim de se concluir a obra de modo mais eficiente.
No exemplo do item anterior, chegamos a uma solução, para o problema e o mesmo pode
ser resolvido facilmente "a mão".
Técnicas de Nivelamento
Ao se idealizar uma operação de nivelamento de recursos alguns cuidados devem ser
observados e auxiliarão na obtenção do resultado esperado:
1 - Calcule sempre, preliminarmente, a solução na data mais cedo de início das tarefas de
seu diagrama.
2 - Observe a distribuição de recursos da cadeia crítica do diagrama. Ela indica o nível
mínimo de recursos que será necessário, bem como a menor duração possível para o
projeto.
3 - Observe a distribuição geral de recursos. Ela indica em função do perfil mais ou menos
nivelado e da maior concentração de recursos no início, meio ou fim do projeto, a
flexibilidade existente para o nivelamento.
4 - Elabore uma primeira tentativa de nivelamento para valores de recursos na média entre o
necessário para atender os recursos da cadeia crítica e o geral. Esta primeira avaliação, bem
ou mal sucedido, indicará os recursos limitantes (críticos) para o projeto de nivelamento.
5 - Verifique se a solução encontrada é satisfatória. Ao otimizarmos utilização de recursos,
podemos ser levados a um freqüente deslocamento de frente de trabalho dentro da obra, o
que pode ser problemático de coordenar.
Igualmente a forma de contratação (por serviço e de diferentes empresas), pode exigir que
se faça nivelamento por grupo de equipamentos. Evidentemente, a medida que se restringe
o alcance dos serviços e recursos a serem nivelados, pior é o resultado do nivelamento em
termos do total de recursos a serem aplicados. De qualquer modo, estes aspectos devem ser
observados.
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3.5.1.14 – EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 1
EXER1
Abaixo estão as atividades componentes de um projeto de manutenção, suas descrições
bem como inter-relações. Pede-se elaborar o cronograma e a rede do caminho crítico
correspondente.
EXERCÍCIO 2
Uma certa obra de construção consta de 7 atividades chamadas, para fins de simplificação
apenas por letras: A,B,C,D,E,F e G. São fornecidas as dependências imediatamente
anteriores, na tabela abaixo:
ATIVIDADE DEPENDE DA
A F-C
B -
C D
D -
E B–C
F B
G A–E
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EXERCÍCIO 3
Dada a lista de atividades abaixo e respectivas dependências:
a) Construa o diagrama de flecha.
C A 3
D B-G 1
E C-D 2
F D 2
G A 3
H E 2
b) Calcule o caminho crítico, a folga total, a folga livre e a folga independente de cada tarefa.
EXERCÍCIO 4
A - 2
B - 6
C A 3
D A 5
E B-C 2
F B -C 3
G D-E 4
H F 2
a) Faça com mínimo possível de restrições, o diagrama para este problema, calculando os
mais cedo e mais tarde para cada evento.
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3.5.2 – Sistema Computadorizado de Gerenciamento da Manutenção CMMS/EAM
Por tudo aqui citado, e sendo o softfware de Gestão de Manutenção, apenas uma ferramenta
e não um elixir mágico, fica fácil perceber a razão desse desempenho deficiente.
Concluindo: Para atender a missão da Manutenção de garantir a Confiabilidade e
Continuidade Operacional, o Software de Gestão CMMS é a mais preciosa ferramenta de
otimização de seus recursos (principalmente recursos de Mão-de-Obra e de Materiais)
responsáveis por mais de 70% dos recursos gerenciados pela Manutenção.
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4 – ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS DA MANUTENÇÃO
Embora possa parecer que devêssemos tratar primeiramente de estrutura do que das
atividades do PCM, preferimos mudar essa ordem, por ter-se mostrado, ao longo do tempo,
menos polêmica. Raramente há alguma discussão quando falamos das atividades inerentes
ao PCM. No entanto, quando se trata de estrutura, talvez pelo conflito de influências,
vaidades de mando, etc. existe a geração de muita discussão. É bom que fique bem claro:
NÃO EXISTE ESTRUTURA QUE NÃO TENHA PONTOS FORTES E PONTOS DE RISCO. A grande
virtude dos gerentes reside em conhecer essas vantagens e desvantagens e saber lidar com
elas. Vamos analisar algumas dessas alternativas.
GERENTE
Eng. de
Administrativo Manutenção
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ESTRUTURA DESCENTRALIZADA - Nessa formatação, os oficiais especializados
executantes, supervisores e núcleo do PCM ficam ligados diretamente a Produção,
mantendo-se a Engenharia de Manutenção Centralizada. Como vantagem aproxima os
executantes da Produção, levando-os a um domínio do processo industrial. Como risco,
existe a tendência de se concentrar muito no dia-a-dia das Unidades, perdendo a
possibilidade de incorporar novas tecnologias, deixando em segundo plano as atividades de
Inspeção, Preditiva, assim como os programas de treinamento e desenvolvimento de
pessoal. Nesse caso o pessoal de Manutenção tende a se sentir menos valorizado diante do
pessoal da Operação.
Como não é objetivo desse programa discutir estrutura, fica aqui essa breve e superficial
análise. De tudo isso o que mais interessa é alertar os gerentes para o fato de que toda
estrutura tem vantagens e desvantagens. A grande sabedoria é saber tirar proveito das
vantagens e controlar as desvantagens.
Gerente da Unidade
Processo
Manutenção
Material
Projeto
5 - ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
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Alguém que esteja praticando Manutenção Corretiva não planejada terá um longo caminho a
percorrer para chegar a praticar Engenharia de Manutenção. E o maior obstáculo a ser
vencido estará na “cultura” que está sedimentada nas pessoas.
O gráfico da figura 44 , mostra uma evolução ou melhoria nos resultados à medida que
melhores técnicas vão sendo introduzidas. Convém notar que entre a Corretiva e a
Preventiva ocorre uma melhora contínua, mas discreta. Em outras palavras, a inclinação da
reta não varia.
resultados
1-corretiva
2-preventiva
3-preditiva e detectiva
4-engenharia de manutenção
1 2 3 4
tipos de manutenção
Entretanto quando se muda de Preventiva para Preditiva, ocorre um salto positivo nos
resultados, função da 1a.quebra de paradigma. Salto mais significativo ocorre quando se
adota a Engenharia de Manutenção. A Engenharia de Manutenção utiliza dados adquiridos
pela Manutenção, para melhorar sempre.
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6 - INTERFACES
6.1 – CONCEITUAÇÃO
ÁREA 1 ÁREA 2
FRONTEIRA, LIMITE
ou INTERFACE
O que estipula o limite ou a fronteira entre 2 ou mais áreas de uma organização são as
atribuições.
Logicamente estamos falando de atribuições escritas, ligadas ao organograma que define a
estrutura organizacional.
O documento que define as atribuições e faz o tratamento das interfaces é o Padrão de
Sistema que está em nível estratégico na organização. Ou seja, não deve ser um documento
de cumprimento opcional, mas obrigatório.
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Tanto mais clara será essa definição de limites, quanto mais bem elaboradas forem as
atribuições de cada área. Evidentemente que o funcionamento das empresas que têm essas
atribuições definidas e freqüentemente revisadas se desenvolve sem atritos e com eficácia.
Isso impacta os resultados diretamente.
No entanto algumas distorções no modelo que serial o ideal, são comumente observadas:
INTERFACE
ÁREA 1 ÁREA 2
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MANUTENÇÃO
SUPRIMENTOS OPERAÇÃO
ENGENHARIA
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Manutenção Suprimentos
Emite: Emite:
- Recomendação de - Solicitação de cotação
estoque (ou) aos fornecedores
A - Pedido de compra de - Mapa analítico das
material (ou) cotações
- Pedido de recuperação
de material
Sim
Parecer
Emite Parecer Técnico Técnico?
B Recebe material 1
Sim
Faz verificação do material
Parecer
recebido
Técnico?
Não
Material
OK?
Sim
Devolve o material ao
fornecedor
1
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O fluxograma mostrado acima, apesar de conter o relacionamento diário básico entre essas
duas áreas, foi simplificado para servir de exemplo.
Vamos analisar 4 pontos dessa interface, representadas pelos hexágonos pretos com letras
brancas:
Repare que se uma das duas áreas não atuar com disciplina cumprindo suas atribuições
básicas ocorrerão desgastes na relação, perda de tempo e prejuízos para a empresa.
B C
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D
Planejamento
da Manutenção
Requisição
Aprovisionamento
Suprimentos
Diligenciamento
Autorização de
Previsão Fornecimento
NF
Manutenção Mater
Instalação X
Fornecedor
* armazenamento
Mater * utilização
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Obviamente tudo que foi dito para a situação mostrada anteriormente é valido neste caso.
Contudo deve-se ter alguns cuidados adicionais:
• a existência da atividade de Aprovisionamento/Diligenciamento significa mais uma
interface entre o usuário e o suprimento
• O Aprovisionamento, como órgão do Planejamento, deve estar atento aos aspectos
de otimização dos recursos (materiais) e à uniformização das especificações
técnicas.
Nas instalações industriais a interface Manutenção – Engenharia ocorre na maioria das fases
do empreendimento ou obra.
As principais atividades de Engenharia nos novos projetos de complexos industriais ou
instalações são:
Todas as fases do projeto são atribuições da Engenharia, ou seja, desde a concepção até a
entrada em operação. Isso pode ser feito com equipe própria ou contratando parte desses
serviços, notadamente a montagem.
Além disso, as interfaces da Engenharia não se limitam à Manutenção. Em qualquer projeto,
nova obra ou renew (revamp ou restauração) estarão presentes interfaces com as seguintes
áreas:
• Operação
• Suprimentos
• Segurança
• Meio ambiente
• Recursos Humanos
• Financeiro
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Desse modo, mesmo que as atribuições sejam da Engenharia, os projetos/obras serão tanto
melhores quanto maior e mais ordenada for a participação das áreas que fazem interface
com a Engenharia.
Para que isso aconteça é fundamental que as gerências demonstrem para todo o pessoal:
• A importância para a empresa
• A disciplina.
Por isso a atuação gerencial no sentido de criar uma cultura de trabalho em conjunto é tão
importante.
Algumas iniciativas são fundamentais para essa mudança de cultura em busca da melhoria
dos resultados:
• Incentivar o conhecimento (mais aprofundado) do dia a dia da Operação pelos
mantenedores e da Manutenção pelos operadores. Esse programa deve privilegiar
alguns funcionários, principalmente os formadores ou influenciadores de opinião,
alguns supervisores e gerentes.
• Formar times de análise de falhas com a participação de pessoal da operação e da
manutenção. As experiências levadas a efeito em diversas empresas apresentaram
resultados excelentes. Além de ocorrer um desenvolvimento de todo o grupo pela
divulgação e incorporação de novos conhecimentos (de ambos os lados) cria-se um
ambiente favorável para novas discussões e resolução de problemas. Além disso o
relacionamento pessoal é afetado favoravelmente.
• Todo Planejamento de Manutenção (Planos de 52 semanas) deve ser discutido com a
Operação de modo que ela seja cúmplice de sua execução.
• Em algumas empresas há a figura do Operador de Manutenção que faz a ligação
entre a Planta ou Unidade de uma Planta com o Planejamento da Manutenção. Em
outras empresas, como na FCA – VP, existe a figura do Help Desk que é um elemento
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da Manutenção atuando junto ao CCO (Centro de Controle Operacional). A existência
dos dois se justifica pela necessidade de que essa interação seja constante de modo
a permitir que se obtenha o melhor resultado da instalação (ou dos ativos).
Além das interfaces descritas anteriormente, é possível nos depararmos com alguns
problemas que geram interfaces ou fazem com que as existentes não funcionem bem (e que
de modo algum deveriam existir):
• Vaidades pessoais agindo como filtros nas atribuições. “Para tal área vamos fazer
esse serviço, mas para aquela não”.
• Discussão sobre quem deveria fazer esse ou aquele serviço. “Se motor elétrico é da
elétrica logo rolamento do motor elétrico também é”.
• Fantasma da perda do poder gera insegurança e descumprimento das normas.
“Aqueles caras do planejamento central tão por fora; vamos fazer como sempre nós
fizemos e pronto”.
Uma análise instantânea desses 3 casos revela que, mais do que problemas de interfaces
estamos na presença de descumprimento das atribuições (supondo que elas existam e
estejam contidas em um Procedimento de Sistemas). Infelizmente coisas desse tipo
acontecem e são verdadeiras “perdas de carga” no fluxo do trabalho.
A disciplina é um valor fundamental nas organizações. Qualquer que seja; time de futebol,
associação cristã de jovens, exército, polícia, empresas, orquestras, etc, têm na disciplina a
razão do seu sucesso ou bom resultado.
Uma empresa multinacional da área de petróleo, extremamente organizada, com sede fora
do Brasil, tem como ponto de honra o SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde). A
utilização dos EPI está definida nos procedimentos; é amplamente divulgada através de
palestras, reuniões e filmes; é cobrada pelos supervisores, gerentes e colegas de serviço. A
utilização dos EPI pelo funcionário, É CONDIÇÃO DE EMPREGO.
Que reflexão você faz quando relaciona todo texto dessa página olhando a sua empresa?
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8 - BIBLIOGRAFIA
(1) Manutenção Função Estratégica , Alan Kardec e Júlio Nascif, Editora Qualitymark, 2ª
edição, 3ª reimpressão, 2006.
(2) The Hidden Plant: A Collection of Asset Management Articles published by S. Bradley
Peterson , Strategic Asset Management Inc.
(3) Gerenciamento pelas Diretrizes (Hoshin Kanri), Vicente Falconi, Editora IDG.
(4) TQC Controle da Qualidade Total (no estilo japonês) Vicente Falconi, Fundação
Christiano Otoni, UFMG. 3ª edição.
(5) Make Common Practice, Make Sense, Ron Moore
(6) Dicionário de Termos Técnicos de Manutenção, Confiabilidade e Qualidade – Gil
Branco Filho, edição 1996
(7) Relatórios Anuais de Auditorias de Gestão de Manutenção TECÉM –Anos 2001 a
2005.
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