Sabe-se que Anne Frank (1929-1945) foi uma jovem judia vítima do nazismo. Morreu
no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha, deixando escrito um diário
com declarações profundas, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de
concentração de Auschwitz (Polônia), intitulado “O Diário de Anne Frank”.
Anne Frank relatou em seu diário os conflitos de uma adolescente e a tensão de viver
escondida sobrevivendo apenas com a comida armazenada, a ajuda recebida de amigos,
o sofrimento da guerra, os bombardeios que aterrorizavam a família, e a possibilidade
de o “anexo secreto” ser descoberto e serem mortos a tiros. Uma obra que entrou para
história como um clássico.
Um incrível romance da escritora britânica Jane Austen. Publicado pela primeira vez em
1813
As emoções e sentimentos devem ser decifrados por quem decidir mergulhar na obra de
Jane Austen, uma vez que encobertos nas entrelinhas do texto. A escritora inglesa
apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz
Nesse livro o narrador principal das centenas de fragmentos que compõem este livro é o
‘semi-heterônimo’ Bernardo Soares. Ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa, ele
escreve sua ‘autobiografia sem factos’, sem encadeamento narrativo claro e sem uma
noção de tempo definida. Ainda assim, foi nesta obra que Fernando Pessoa mais se
aproximou do gênero romance. Os temas, adequados a um diário íntimo, são permeados
pelo tom de uma intimidade que nunca encontrará ponto de repouso. Na prosa metódica
do ‘Livro do desassossego’, Pessoa criou um mundo; e nele faz fluir todas as suas
perspectivas poéticas.
Não tem choro, Dom Casmurro é leitura obrigatória; não existe na história, outro livro
que possa ser comparado a ele. O romance de Bento e Capitu, e a possível interferência
do amigo Escobar, contados sob a mente não tão lúcida de Bentinho, nos levam a
diversas interpretações. Podem-se fazer inúmeros debates e estudos, mas nunca
conseguirá ser provado se Capitu traiu ou não Bentinho, o que faz deste um dos
melhores romances de todos os tempos.
Esse livro narra um “hipotético” futuro onde as pessoas nascem todas de proveta e são
submetidas a um condicionamento biológico desde o início. O objetivo é criar uma
sociedade harmônica, com leis e regras sociais e organizada por castas. Não havia a
ética religiosa nem valores morais, além de elevar Henry Ford ao nível de Deus pela
criação da linha de montagem. Consumo, superficialidade, falta de relações afetivas,
ausência do conceito de família e velhice, aliados aos efeitos da droga “soma” criam
uma sociedade típica e, para os olhos mais atentos, com algumas semelhanças com os
tempos atuais.
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Para quem tem senso de humor com certeza vai amar esse livro! O livro traz a história
de um ingênuo senhor rural cujo passatempo favorito era a leitura de livros de cavalaria.
Na sua obsessão, acreditava literalmente nas aventuras escritas e decide tornar-se um
cavaleiro andante. Suas viagens sucedem-se sob a alucinação de que estava vivendo na
era da cavalaria; pessoas que encontrava nas estradas pareciam-lhe como cavaleiros em
armas, damas em apuros, gigantes e monstros; até moinhos de vento na sua imaginação
eram seres vivos. Combatendo as injustiças, o personagem enfrenta situações penosas e
ridículas, mantendo, porém, uma figura nobre e patética.
“Quem mente para si mesmo e dá ouvidos à própria mentira chega a um ponto em que
não distingue nenhuma verdade nem em si, nem nos outros e, portanto , passa a
desrespeitar a si mesmo e aos demais.”
Os Irmãos Karamázov é o último romance de Dostoiévski, considerado o maior escritor
de todos os tempos. No fundo, ele resume toda a criatividade do escritor, trazendo à
baila as “malditas” questões existenciais que o afligiram a vida inteira, com especial
relevo para a flagrante degradação moral da humanidade afastada dos ideais cristãos.
Cheia de peripécias, a narrativa põe em foco três protagonistas irmãos, representantes
dos mais diversos aspectos da realidade russa – o libertino Dmítri, o niilista Ivan e o
sublime Aliocha -, afim de alumiar as profundezas insondáveis do coração entregue ao
pecado, corrompido por dúvidas ou transbordante de amor.
Talvez você pergunte: os livros de Nietzsche não estão nas indicações de leitura?
Colocamos em nossa lista para você baixar e ler antes de morrer essa obra muito
importante para podermos ter uma noção dos principais eventos da vida pessoal do
“nosso bigodudo”. Em Quando Nietzsche Chorou, o notável psicoterapeuta Irvin Yalom
faz a conexão de figuras históricas importantíssimas em um relacionamento fictício que
se passa em um contexto histórico real na Viena no século 19.
O Ensaio sobre a cegueira é um livro incrível de Saramago que nos faz lembrar “a
responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. José Saramago nos dá,
aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo
milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz
Kafka e Elias Canetti.Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única.
Em uma linha ténue onde se cruzam literatura e sabedoria, Saramago nos obriga a parar,
fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do
escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: “uma coisa
que não tem nome, essa coisa é o que somos”.