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REVISÃO AV2– DIREITO PROCESSUAL PENAL I

ALUNO: DAVID LOPES

01- FIANÇA - PARÂMETROS PREVISTOS NO CPP PARA CONCESSÃO DE FIANÇA

1. (OAB unificado 2008/2) Os parâmetros previstos no CPP para que a autoridade


determine o valor da fiança, não incluem:
a) a natureza da infração
b) a vida pregressa do acusado
c) o valor provável das custas do processo
d) o grau de instrução do acusado

02 - CARACTERÍSTICAS DA QUEIXA CRIME E DA DENÚNCIA

Denúncia – Peça inaugural da ação penal pública (condicionada ou incondicionada)

Queixa - Peça inaugural da ação penal privada

03 - SUSPEIÇÃO - CONTRA QUEM PODE SER ARGUIDA E SE FOR JULGADO


PROCEDENTE, QUEM PAGA ÀS CUSTAS?

Destina-se a rejeitar o juiz, do qual a parte arguente alegue falta de imparcialidade ou


quando existam outros motivos relevantes que ensejam suspeita de sua “isenção” em
razão de interesses ou sentimentos pessoais (negócios, amor, ódio, cobiça etc.).
(Capez, Fernando. Curso de Direito Penal, 20ª Ed., cit. pág. 492)

Julgada procedente além de afastar o magistrado da presidência do processo, ficarão


“nulos” os atos do processo principal, pagando o juiz as custas, no caso de erro
inescusável, se rejeitada e evidenciada a malícia da alegação da exceção pelo
excipiente, a este será imposta a multa.
04 - EXAME DE SANIDADE MENTAL - QUEM PODE PEDIR? SE ESTIVER PRESO E A
DURAÇÃO DO EXAME.

QUEM PODE PEDIR?


Art. 149 - Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, O JUIZ
ORDENARÁ, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do
curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este
submetido a exame médico-legal.

§ 1º - O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, MEDIANTE


REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL AO JUIZ COMPETENTE.

SE ESTIVER PRESO E A DURAÇÃO DO EXAME.


Art. 150 - Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em
manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em
estabelecimento adequado que o juiz designar.

§ 1o - O exame não durará mais de quarenta e cinco dias, salvo se os peritos


demonstrarem a necessidade de maior prazo.

05 - AÇÃO PENAL PRIVADA - PEDIDOS DE CONDENAÇÃO NA ALEGAÇÃO FINAL (


MEMORIAIS )

1. Se o querelante, nos crimes de ação penal privada, deixar de formular o pedido


de condenação nas alegações finais, o juiz deverá:
a) Extinguir desde logo o processo, em face da renúncia tácita.
b) Extinguir desde logo o processo, em face do perdão tácito.
c) Absolver desde logo o querelado.
d) Julgar extinta a punibilidade pela decadência.
e) Julgar extinta a punibilidade pela perempção.

2. XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO Em determinada ação penal privada, na qual


se apura a prática dos delitos de calúnia e difamação, a parte não apresenta,
em alegações finais, pedido de condenação em relação ao delito de calúnia,
fazendo-o tão somente em relação ao delito de difamação. Com relação ao
caso apresentado, assinale a afirmativa correta

a) Ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia.


b) Não ocorreu perempção em relação a nenhum delito.
c) Não ocorreu perempção, mas, sim, renúncia em relação ao delito de calúnia.
d) Ocorreu o perdão tácito em relação ao delito de calúnia

06 - COMPETÊNCIA - PRA JULGAR PREFEITO E AGENTE FEDERAL

1. Determinado Prefeito do Município do Estado X, está sendo acusado da prática


de corrupção ativa em face de um policial rodoviário federal. Com base na
situação acima, o órgão competente para o julgamento do Prefeito é
a) a Justiça Estadual de 1ª Instância.
b) o Tribunal Regional Federal.
c) o Tribunal de Justiça.
d) a Justiça Federal de 1ª Instância.

07 - DENÚNCIA ANÔNIMA NA DELEGACIA

1. Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz ter ocorrido


um crime de homicídio e que o autor do crime é Paraibinha, conhecido no
local. A simples delatio deu ensejo à instauração de inquérito policial.
Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia
anônima? Responda, orientando-se na doutrina e jurisprudência.

Resposta: Sim, é possível instaurar o inquérito policial, com base em


informações anônimas, conforme artigo 5o, § 3o, CPP ( Qualquer pessoa do
povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito.), iniciando-se pela verificação preliminar da informação (VPI)

08 - COMPETÊNCIA -

A) CRIMES COMETIDOS POR JUIZ DE DIREITO


B) COMPETÊNCIA NOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA

Aristodemo, juiz de direito, em comunhão de desígnios com seu secretário, no


dia 20/05/2008, no município de Campinas/SP, pratica o delito descrito no art.
312 do CP, tendo restado consumado o delito. Diante do caso concreto, indaga-
se:

a) Qual o Juízo com competência para julgar o fato?

Resposta: Como estão em concurso de agentes e o Juiz tem foro por


prerrogativa de função, por estarem em continência por cumulação
subjetiva Art.77, do CPP, ambos deverão ser julgados no mesmo juízo,
havendo reunião de processos e julgamentos, tal reunião dar-se-á no
TJ/SP por ser o órgão de maior hierarquia, consoante regra do Art.78, III
do CPP.

b) Caso fosse crime doloso contra a vida, como ficaria a competência para o
julgamento?

Resposta: o Juiz será julgado no próprio TJ/SP e o secretário, será julgado


no Tribunal do Júri.

09 - SÚMULA 524 DO STF E ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO DO INQUÉRITO POLICIAL

1. João e José são indiciados em IP pela prática do crime de peculato. Concluído o


IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando
quanto a José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi proposta.
Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula
524 do STF? ..........................................................................................

A) TRATA-SE A HIPÓTESE DE ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO?

Resposta: Sim, trata-se de arquivamento implícito, pois o Ministério Público


ofereceu denúncia em face de um dos agentes e permaneceu calado com
relação ao outro agente. Neste caso tanto o MP quanto o juiz foram inertes
em relação a José, além disto, o juiz infringiu o princípio da obrigatoriedade e
indisponibilidade. Vale salientar que esta forma de arquivamento não tem
previsão legal, sendo indesejado em nosso ordenamento jurídico.

B) APLICA-SE A SÚMULA 524 DO STF?

Resposta: Não, Segundo o STF, o ordenamento jurídico brasileiro não obriga


o instituto do arquivamento implícito, sendo inaplicável a súmula 524 neste
caso, podendo o MP aditar a denúncia ou mesmo oferecer nova ação penal
em face de José, ainda que não surja prova nova.

10 - REPRESENTAÇÕES NA AÇÃO PENAL PÚBLICA - QUAL A AÇÃO PENAL NOS CASOS


DE LESÃO CORPORAL LEVE (MARIA DA PENHA)

1. João, operário da construção civil, agride sua mulher, Maria, causando-lhe


lesão grave. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias,
contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério
Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não
denuncie João, pois o casal já se reconciliou a lesão já desapareceu e,
principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que
este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus oito filhos
menores em situação dificílima, sem ter como prover sua subsistência.
Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?

Resposta: Não; o MP não pode deixar de oferecer denúncia em razão do


principio da obrigatoriedade que norteia as ações penais públicas, que no
caso é incondicionada.

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