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Geografia do Paraná 1

Geografia do Paraná

Paraná
Ficha técnica

Relevo baixada no litoral, planaltos a leste e oeste, depressão no centro.

Ponto mais pico Paraná, na serra do Mar (1.877 m).


elevado

Rios principais Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé, Piquiri.

Vegetação mangue no litoral, mata Atlântica, floresta tropical a oeste e mata das araucárias no centro.

Municípios mais Curitiba (1.788.559), Londrina (495.696), Maringá (324.397), Foz do Iguaçu (309.113), Ponta Grossa (304.973), Cascavel
populosos (284.083), São José dos Pinhais (261.125), Colombo (183.329), Guarapuava (169.007), Paranaguá (147.934).

A geografia do Paraná é um domínio de estudos e conhecimentos sobre os aspectos geográficos do território do


estado do Paraná, no Brasil.
O Paraná apresenta uma estreita planície no litoral, e a serra do Mar é a borda dos Planaltos e Serras de
Leste-Sudeste. Após a Depressão Periférica, no centro-leste do estado, surgem os Planaltos e Chapadas da Bacia do
Paraná.Originalmente, cerca de metade do território paranaense era recoberto pela Mata de Araucárias. Nas partes
mais elevadas dos planaltos, manchas de campos são comuns.
Os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná drenam a quase totalidade do estado. Os principais cursos d’água são,
além do próprio rio Paraná, o Paranapanema, o Iguaçu e o Ivaí. O clima paranaense é predominantemente subtropical
úmido. A temperatura varia entre 14°C e 22°C, e o clima é mais frio na porção sul planáltica. Os índices
pluviométricos oscilam de 1.500 mm a 2.500 mm anuais.

Localização geográfica
O Estado do Paraná (PR) faz parte da região Sul do Brasil.
Cortado ao norte pelo Trópico de Capricórnio na latitude da cidade de Londrina, tem três quartos de suas terras na
zona Temperada do Sul(mais especificamente zona subtropical), e o restante na zona Tropical.
A superfície paranaense, segundo o IBGE, é 199.709 km², situando-se o Estado em 15º lugar entre as unidades
federativas brasileiras, com 2,34% do território nacional. A superfície territorial do Paraná é pouco superior a do
Uruguai, duas vezes a de Portugal e seis vezes a dos Países Baixos.
A delimitação do território paranaense faz-se, em sua maior parte, por fronteiras naturais, predominando os rios e, a
seguir, os divisores de águas. Há também fronteiras artificiais como pontes, avenidas e linhas geodésicas.
Algumas divisas são pitorescas. As cidades gêmeas de União da Vitória (Paraná) e Porto União (Santa Catarina) são
separadas por uma ferrovia; Rio Negro (Paraná) e Mafra (Santa Catarina) são separados por um rio; uma avenida
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separa Barracão (Paraná) de Dionísio Cerqueira (Santa Catarina), confrontando-se ambas com a cidade argentina de
Barracón (Bernardo Irigoyen), formando a chamada "Fronteira da Amizade; a ponte internacional sobre o rio Paraná
(Ponte da Amizade) liga Foz do Iguaçu (Brasil) a Ciudad del Este (Paraguai).
Três estados brasileiros, o oceano Atlântico e duas repúblicas sul-americanas delimitam o espaço do Estado do
Paraná. O perímetro das linhas divisórias paranaenses é de 2458 km, distribuídos da seguinte maneira:
• Oceano Atlântico: 98 km (Divisa Leste)
• República do Paraguai: 208 km (Divisa Oeste)
• Est. de Mato Grosso do Sul: 219 km (Divisa Noroeste)
• República Argentina: 239 km (Divisa Sudoeste)
• Estado de Santa Catarina : 754 km (Divisa Sul)
• Estado de São Paulo: 940 km (Divisa Norte)

Altitude e pontos extremos


O ponto mais elevado do Estado do Paraná é o Pico Paraná, com 1922 m de altitude. O ponto mais baixo é o Oceano
Atlântico, com altitude de 0 metro.
Ao norte, o limite é a cachoeira do Saran Grande, no município de Jardim Olinda, microrregião do Norte Novíssimo
de Paranavaí, fronteira com Estado de São Paulo.
Ao sul, o limite extremo são as nascentes do rio Jangada, no município de General Carneiro, microrregião do Médio
Iguaçu, na fronteira com o Estado de Santa Catarina.
No leste, o ponto mais extremo é a foz do rio Ararapira, no município de Guaraqueçaba, microrregião do Litoral
Paranaense, na fronteira com o Estado de São Paulo.
O ponto mais extremo do oeste é o Porto Palacim, no município de Foz do Iguaçu, fronteira com a República do
Paraguai.

Geologia
40% do território, no norte paranaense, mais uma considerável parte da região oeste, estão cobertos pela terra roxa,
solo com boas propriedades agrícolas. Ela foi a responsável pela expansão da cultura do café, no Estado, a partir de
1920.
Tanto os solos das florestas como os dos campos são pobres. Nestes últimos anos, entretanto, estão sendo usadas
técnicas modernas para seu melhor aproveitamento.

Era Pré-Cambriana
Nessa era formaram as rochas mais antigas da Terra, agrupadas nos chamados "escudos cristalinos". Do desgaste
sofrido por estes, depositaram-se nos mares.
São dessa era os granitos e os gnaisses, rochas formadoras do Complexo Cristalino Brasileiro, muito encontradas
no litoral, na Serra do Mar e no Planalto de Curitiba. Na parte norte do mesmo planalto formaram-se as rochas do
importante grupo Açungui (calcário, mármore, dolomito, filito, etc).
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Era Paleozóica
Acontecimentos geológicos e rochas paleozóicas encontram-se em todo o segundo planalto paranaense (Norte Velho
e Campos Gerais).
Nos primeiros tempos dessa era não houve nenhuma deposição geológica de importância, mas intensa erosão foi
responsável pela formação de uma peneplanície devoniana na região.
Os acontecimentos geológicos de maior destaque ocorreram nos períodos Devoniano, Carbonífero e Permiano.

Período Devoniano
Houve no período devoniano a transgressão de um mar interior na direção de leste para oeste. O mar, ao regredir na
metade do mesmo período, deixou no Paraná seus depósitos característicos: o arenito Furnas e os folhelhos Ponta
Grossa.
Durante o restante dos tempos devonianos, e parte do período geológico seguinte (Carbonífero), formou-se uma
peneplanície conhecida como Gondwânica.

Período Carbonífero
No período carbonífero, todo o Sul do Brasil cobriu-se com a espessa calota de gelo. Do atrito exercido pelas
geleiras sobre rochas depositam sedimentos em ambientes flúvio-lacustres, dando origem ao arenito de Vila Velha.
No mesmo período tiveram origem as primeiras jazidas de carvão mineral, encontradas em um faixa de direção
norte-sul, do segundo planalto do estado.

Período Permiano
No período permiano, processou-se intensa sedimentação. Ela ocorreu em ambientes próximos a uma linha de
crosta, lagunares, dos estuários e das planícies de inundação.
O Permiano formou o folhelho piro-betuminoso (xisto), onde se registra a presença de seu fóssil característico,
Mesosaurus brasiliensis, que viveu naquela época.
Acontecimento geológico importante para o Paraná nos tempos permianos foi o desaparecimento do mar interior,
originando suas "terras emersas".

Era Mesozóica
Acontecimentos geológicos da Era Mesozóica marcaram profundamente as terras do terceiro planalto (norte e oeste
do estado), entre os quais merecem destaque:
• o clima que a princípio era árido, formou um extenso deserto no Sul do Brasil, cujo vestígio é o arenito
Botucatu;
• o imenso derrame de lavas (basaltos), que se espalhou por uma vasta área, através de fendas abertas na
superfície. A decomposição dessas lavas deu origem aos férteis solos conhecidos como "terra roxa";
• a deposição no atual noroeste do estado do arenito eólico conhecido como arenito Caiuá;
• o fim dos grandes períodos de sedimentação que caracterizam a evolução geológica do Paraná daqueles tempos.
Também são dessa era grandes acontecimentos geológicos ligados a todo continente sul-americano, como por
exemplo:
• o rompimento do primitivo continente de Gondwana;
• separação da América do Sul da África;
• a formação do oceano Atlântico.
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Era Cenozóica
A era Cenozóica começou com intensa erosão, que chega aos nossos dias, e dá origem às formas atuais do relevo.
Costuma-se dividir a era Cenozóica em duas partes: Terciária e Quaternária.

Período Terciário
O grande acontecimento geológico do período terciário foi o falhamento marginal da parte oriental do continente
sul-americano. Em conseqüência submergiram largos blocos da atual faixa litorânea, dando origem à escarpa da
Serra do Mar. A princípio o mar avançou até as faldas da serra para, em seguida, com a ascensão da costa, retirar-se,
deixando para trás de si intensa sedimentação comprovada pela presença de praias antigas, cordões litorâneos,
restingas, etc.

Período Quaternário
Os tempos recentes do período quaternário (Holoceno), formaram os sedimentos das várzeas, das planícies de
inundação dos rios e também os sedimentos litorâneos, como areias e argilas, encontrados nas praias e nos
manguezais.
Também na era Cenozóica depositaram-se os sedimentos flúvio-lacustres da bacia de Curitiba, considerados como
quaternários.

Relevo
O Estado do Paraná, em sua maior parte, forma-se de um vasto planalto suavemente inclinado em direção noroeste,
oeste e sudoeste. Compreende os terrenos arenítico-basálticos do Planalto Meridional Brasileiro e os terrenos
cristalinos paralelos ao oceano Atlântico.
As altitudes do relevo paranaense apresentam-se distribuídas dentro das seguintes cotas hipsométricas:
• Até 100 metros de altitude: 2.255 km².
• De 101 a 200 metros: 2.933 km².
• De 201 a 300 metros: 15.373 km².
• De 301 a 600 metros: 74.871 km².
• De 601 a 900 metros: 81.268 km².
• De 901 a 1500 metros: 24.158 km².
• Mais de 1.500 metros: 430 km².
Segundo Reinhard Maack, as terras paranaenses podem ser agrupadas em cinco regiões distintas:
• Litoral;
• Serra do Mar;
• Primeiro Planalto ou de Curitiba;
• Segundo Planalto ou de Ponta Grossa;
• Terceiro Planalto ou de Guarapuava.

Litoral
Apresenta-se como uma região rebaixada por falhamento marginal de um antigo nível do planalto paranaense. Este
fenômeno geológico ocorreu provavelmente na era Cenozóica ou no final da era Mesozóica.
Em tempos geológicos mais recentes (Pleistoceno) começou a elevação da costa submersa, comprovada pela
existência de antigas praias, em plena plataforma continental, aparecem alguns blocos de rochas mais resistentes,
como as ilhas dos Currais, Itacolomi, Saí, Palmas, Galheta e a parte de rochas cristalinas da Ilha do Mel.
Duas regiões distintas caracterizam o litoral: a montanhosa e a baixada costeira.
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Montanhosa
Abrange morros isolados, algumas cadeias de morros e as encostas da Serra do Mar. Esta zona é constituída de
rochas cristalinas onde predominam os granitos e gnaisses.

Baixada Costeira
Forma uma pequena planície, onde predominam areias e argilas. Sua largura varia entre 10 e 20 km, tornando-se um
pouco mais larga nas proximidades da baía de Paranaguá. As altitudes situam-se entre 0 e 10 metros e, nos pontos
mais distantes do mar, chegam a ter 20 metros.
As baías de Paranaguá e Guaratuba dividem a costa paranaense em três setores:
• Praia Deserta: localizada ao norte de Paranaguá, desde Inácio Dias até a foz do rio Ararapira, nos limites com o
Estado de São Paulo;
• Praia de Leste: compreende a faixa de praias que se estende de Pontal do Paraná até Caiobá;
• Praia do Sul: abrange a faixa de praias localizadas ao sul da baía de Guaratuba até a Ilha do Saí, nos limites com
o Estado de Santa Catarina.
A baía de Paranaguá, uma das mais vastas do Brasil (677 km²), penetra 50 km pelo interior do continente e possui
uma largura máxima de 10 km. Subdivide-se em outras baías menores: de Antonina, das Laranjeiras, dos Pinheiros e
de Guaraqueçaba. Há em seu interior várias ilhas, tais como Mel, Poças, Cotinga, Rasa da Cotinga, Cobras, Pedras,
Gererê, Lamim, Guamiranga, Guararema, Guará, Gamelas e outras.
A baía de Guaratuba encontra-se mais ao sul, estendendo 15 km terra a dentro e com uma largura máxima de 5 km.
Suas principais ilhas são: Pescaria, Capinzal, Mato, Chapéu, dos Ratos e outras.
Aparecem ainda, como acidentes importantes do litoral paranaense: a ilha do Superagüi separada pela baía de
Pinheiros e pelo canal do Varadouro; a restinga de Ararapira situada na parte norte da Praia Deserta.

Serra do Mar
Faz parte da vasta barreira que acompanha o litoral oriental e meridional do Brasil. Pertence ao "Complexo
Cristalino Brasileiro" sendo constituída em sua maioria por granitos e gnaisses.
As formas atuais da Serra do Mar derivam de vários fatores: diferença de resistência das rochas, falhamento do
relevo e sucessivas trocas climáticas.
Em alguns trechos, a Serra do Mar se apresenta como escarpa (Graciosa e Farinha Seca), em outros é formada por
serras marginais que se elevam de 500 a 1.000 metros sobre o planalto. São blocos que recebem diversas
denominações: Capivari Grande, Virgem Maria, Graciosa (Ibitiraquire), Marumbi entre outras formas de relevo.
Na Serra da Graciosa se encontram as maiores altitudes do Estado do Paraná, destacando-se os seguintes picos:
Paraná (1.922 metros), Caratuba (1.898 metros), Ferraria (1.835 metros), Taipabuçu (1.817 metros) e Ciririca (1.781
metros).
Dirigindo-se mais para o sul, aparecem outras serras marginais, tais como Castelhanos, Araraquara, Araçatuba e
Iquiririm (esta última na divisa do do Paraná com Santa Catarina).
Também são marginais, os ramais que se dirigem para o litoral, como as serras da Igreja, Canavieiras e da Prata. Esta
última, após contornar as praias, mergulha no Atlântico.
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Primeiro Planalto
Começa junto à Serra do Mar, estendendo-se para o oeste até
a Escarpa Devoniana (Serrinha, Serra São Luíz, Purunã, etc.).
O primeiro planalto paranaense resultou da erosão que o
rebaixou de um antigo nível, e seus terrenos muito antigos,
pertencem à era Pré-Cambriana.
O Primeiro Planalto, conhecido como Planalto de Curitiba
pode ser dividido em duas partes: zona norte e zona sul.

Zona norte

Apresenta relevo mais acidentado devido à ação erosiva do rio


Ribeira e seus afluentes. As rochas predominantes são Lago no Rio da Várzea, próximo à divisa com São Paulo

representadas pelos filitos, calcários, dolomitos, mármores e


quartizitos.
Esta zona, por seu aspecto montanhoso, é chamada de "região serrana de Açungui", onde se encontram elevações
como:
• Serra Ouro Fino: 1.025 a 1.050 metros.
• Serra da Bocaina: 1.200 a 1.300 metros.
• Serra do Canha ou Paranapiacaba: 1.200 a 1.300 metros.
• Serra do Piraí: 1.080 a 1.150 metros.

Zona sul
Corresponde ao denominado Planalto de Curitiba. Suas formas topográficas são mais suaves e uniformes, oscliando
entre 850 a 950 metros de altitude, e com largura entre 70 a 80 km.
A base do relevo é de origem cristalina (granitos e gnaisses), e na superfície, se encontram argilas e areias
depositadas ao longo do rio Iguaçu, seus afluentes e ao redor da cidade de Curitiba.

Segundo Planalto
O segundo planalto paranaense, denominado Planalto de Ponta Grossa, compreende a região ocupada pelos Campos
Gerais. Seus limites naturais são dados: a leste pela Escarpa Devoniana; a oeste pela escarpa da Esperança (Serra
Geral).
As maiores altitudes do segundo planalto (1.100 a 1.200 metros), estão na Escarpa Devoniana, declinado para
sudoeste, oeste e noroeste. Os pontos mais baixos (350 a 560 metros), estão situados na parte norte, no encontro do
segundo (Planalto de Ponta Grossa) com o terceiro planalto (Planalto de Guarapuava).
Em sua formação geológica, predominam os terrenos sedimentares antigos da era Paleozóica, reunidos nos grupos:
Paraná ou Campos Gerais (devoniano); Itararé (Carbonífero) e Passa Dois (Permiano).
Quanto às rochas mais comuns temos: arenitos (Vila Velha e Furnas), folhelhos (Ponta Grossa e os betuminosos),
carvão mineral, varvitos, siltitos e tilitos. Em pequenas regiões, aparecem rochas ígneas intrusivas.
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Terceiro Planalto
As terras situadas a oeste da escarpa da Esperança, formam o terceiro planalto paranaense, denominado Planalto de
Guarapuava, que ocupa 2/3 de superfície do Estado do Paraná.
Geologicamente corresponde ao vasto derrame de rochas eruptivas (basaltos, diabásios e meláfiros) e aos depósitos
de arenitos (Botucatu e Caiuá) da era Mesozóica, onde aconteceu o maior derrame de lavas vulcânicas do mundo,
conhecido como derrame de Trapp, que mais tarde originou a famosa terra roxa, que se faz presente no norte e oeste
do estado.
Tornando-se por base os rios Tibagi, Ivaí, Piquiri e Iguaçu, o terceiro planalto pode ser dividido nos seguintes
blocos: planalto de Cambará e São Jerônimo, planalto de Apucarana, planalto de Campo Mourão, planalto de
Guarapuava e planalto de Palmas.

Planalto de Cambará e São Jerônimo da Serra


Ocupa a parte nordeste do Estado do Paraná, entre os rios Tibagi, Paranapanema e Itararé. Suas altitudes variam
entre 1.150 metros, na escarpa da Esperança, e 300 metros, no rio Paranapanema.

Planalto de Apucarana
Situa-se entre os rios Tibagi, Paranapanema, Ivaí e Paraná. Atinge altitudes de 1.125 metros na escarpa (serras do
Cadeado e Bufadeira), declinando pra 290 metros ao atingir o rio Paranapanema. O mesmo acontece na direção
oeste, quando atinge altitudes de 235 metros no rio Paraná.

Planalto de Campo Mourão


Compreende as terras localizadas entre os rios Ivaí, Piquiri e Paraná. Atinge altitudes de 1150 metros na escarpa da
Esperança, declinando para 225 metros no rio Paraná.

Planalto de Guarapuava
Abrange as terras situadas entre os rios Piquiri, Iguaçu e Paraná, constituídas de uma zona de mesetas. Suas altitudes
são de 1250 metros na escarpa, declinando em direção oeste para 550 metros (serras de Boi Preto e de São
Francisco) 197 metros no Paraná.

Planalto de Palmas
Este planalto compreende as terras que ficam na parte norte do divisor de águas entre o rios Iguaçu e Uruguai. Suas
altitudes chegam a 1150 metros, diminuindo até 300 metros à medida que se aproximam do vale do rio Iguaçu.
Em vários locais do terceiro planalto paranaense, aparecem denominações de serras: Dourados, Palmital, Cantagalo,
Chagu, Pitanga, Lagarto, Apucarana, Fartura e muitas outras. Na realidade estas serras não passam de espigões,
mesetas, ou de pequenos morros. Outras são degraus (estruturais) que ocupam bordas de lençois de lavas, como as
escarpas São Francisco e Boi Preto, localizadas no oeste do Estado do Paraná.
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Cuestas
As cuestas são formas de relevo resultantes da erosão regressiva e que apresentam um lado escarpado e o outro em
declive suave. Os planaltos paranaenses dividem-se por dois conjuntos de cuestas: a Escarpa Devoniana e a escarpa
da Esperança.

Escarpa devoniana
Aparece nos mapas com diversas denominações de serras, tais como: Serrinha, São Luíz, Purunã, Santa Ana, Almas,
Itaiacoca, São Joaquim, Taquara, Furnas e outras.

Escarpa da Esperança
Aparece, igualmente, com vários nomes de serras, entre as quais podemos citar: Cadeado, Macacos, Leão, Bufadeira,
Fria e outras.
As duas escarpas vêm do Estado de São Paulo, pelo norte e nordeste do Paraná e após descreverem um arco, seguem
a direção sul.

Clima
A maior parte da área territorial do Estado do Paraná localiza-se na região subtropical, onde dominam temperaturas
amenas, e uma pequena parte encontra-se na região de clima tropical.
Apesar de as isotermas se enquadrarem entre as mais baixas do Brasil, muitas vezes as temperaturas absolutas
apresentam grandes contrastes. As máximas diárias podem chegar a 40°C (Norte, Oeste, vale do rio Ribeira), ou até
passar de 40°C (Litoral) e as mínimas, nas terras planálticas e nas áreas serranas, freqüentemente registram
temperaturas abaixo de zero (Palmas -11,5°C em 1975).
As isoietas registram para o Paraná índices pluviométricos médios entre 1200 mm a 1900 mm anuais de chuvas, com
exceção do Litoral onde são superiores, particularmente em alguns trechos da Serra do Mar (Véu de Noiva) com
4.000 mm por ano. O máximo de chuvas, cai no verão (dezembro a fevereiro) e o mínimo nos meses de inverno.
As curvas isobáricas indicam que a umidade relativa do ar normalmente apresenta-se elevada no Estado do Paraná.
Na faixa litorânea, devido à influência oceânica, os índices médios superam 85%. Nos planaltos do interior as
médias situam-se entre 80 e 85%, declinando estes valores à medida que se avança para o norte e oeste, em exceção
do vale do rio Paraná, abaixo de Guaíra, que apresenta valores superiores a 80%.
De acordo com a classificação de Köppen, no Paraná domina o clima do tipo C (mesotérmico).
• Cfb - Clima subtropical úmido (mesotérmico), com média do mês mais quente superior a 22°C e do mês mais
frio inferior a 18°C, sem estação seca, verão brando e geadas severas desmasiadamente freqüentes. Distribui pelas
terras mais altas dos planaltos e das superfícies serranas (Planalto de Curitiba, Planalto dos Campos Gerais,
Planalto de Guarapuava, Planalto de Palmas, etc.)
• Cfa - Clima subtropical úmido (mesotérmico), com média do mês superior a 22°C e do mês mais frio inferior a
18°C, sem estação seca definida, verão quente e geadas menos freqüentes. Distribui-se por todo o norte, oeste e
sudoeste do Estado, pelo vale do rio Ribeira, pela vertente oriental da Serra do Mar e pelo litoral (apesar da
isenção de geadas neste).
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Vegetação
O Paraná sempre foi conhecido na história pela exuberância e pela riqueza de suas florestas, particularmente pelo
pinheiro, seu tradicional símbolo. Porém, a devastação desenfreada, ora devida ao extrativismo vegetal, ora devida às
atividades agrícolas, trouxe prejuízos irrecuperáveis ao Paraná, como mostra o quadro exposto em 1965, pelo
geógrafo Reinhard Maack.

Matas em 1965: segundo Reinhard Maack


Tipo de mata Área primitiva Área Área em 1965
devastada

Mata pluvial, tropical e subtropical 94.044 km² 61.840 km² 32.204 km²

Mata de araucária 73.780 km² 57.848 km² 15.932 km²

Total 167.824 km² 119.698 km² 48.136 km²

Com base na vegetação original, as matas paranaenses podem ser agrupadas em: Mata de Araucária, Mata Atlântica,
Mata Tropical e a Mata Pluvial Subtropical.

Mata de Araucária
Compreende a mata subtropical de coníferas, também conhecida
como mata dos pinhais, onde o pinheiro-do-paraná (Araucaria
angustifolia) aparece como principal vegetal, associado
freqüentemente à imbuia e à erva-mate.
O domínio geográfico da Mata de Araucária coincide com as
regiões de altitudes superiores a 500 metros e de temperaturas
médias anuais abaixo de 20°C.
Segundo o geógrafo Orlando Valverde, distinguem-se dois tipos
de matas de araucária. No primeiro predomina nitidamente o
pinheiro, formando um andar de 25 a 30 metros de altura, ao As florestas de araucárias são típicas do Paraná.
mesmo tempo em que se forma um andar inferior de árvores e
arbustos latifoliados com 12 a 15 metros de altura. No segundo forma-se uma floresta mista de pinheiros e árvores
latifoliadas, num nível só, por volta de 25 a 30 metros de altura.

Os últimos vestígios importantes da Mata de Araucária se encontram no sudoeste paranaense.

Mata Atlântica
Também conhecida como mata tropical de encosta, pois localiza-se junto à Serra do Mar e no litoral. Pertence ao
tipo de mata higrófila latifoliada, que se estende ao longo da fachada leste do Planalto Oriental Brasileiro, onde a alta
precipitação pluviométrica a torna mais úmida.
A Mata Atlântica possui muitas espécies de madeira como cedro, ipê, figueira, peroba, além de outros vegetais como
palmito, embaúba, aleluia, epífitas, lianas e musgos. Ao penetrar no primeiro planalto paranaense, a mata
confunde-se com a vegetação subtropical, formando uma verdadeira zona de transição.
A criação do Parque Estadual do Marumbi na região da Serra do Mar foi de grande importância para a preservação
da fauna e flora da região, que vinha sofrendo com a degradação levada a cabo pela exploração da madeira, em
especial. Atualmente é a maior reserva de Mata Atlântica existente em território contínuo no Brasil
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Mata Tropical
O quadro original foi substituído em sua maior parte pela agricultura e pelos pastos. Poucos vestígios de sua
existência podem ser assinalados em áreas de preservação, como o Parque Estadual do Ingá e o Horto Florestal,
ambos na cidade de Maringá, ou então a Reserva do Iguaçu, no sudoeste do estado.
Primtivamente esta mata apresentava dois aspectos distintos. O primeiro mais rico em espécies vegetais (peroba, pau
d'alho, figueira branca e palmito), ocupava a região de "terra roxa", situada entre os rios Itararé, Paranapanema,
Pirapó e Ivaí. O segundo, mais pobre em espécies vegetais, ocupava a região arenosa do arenito Cauiá, entre os rios
Pirapó, Paranapanema, baixo Ivaí e foz do Piquiri.

Mata Pluvial Subtropical


Diferencia-se da Mata de Araucária por ocupar terras inferiores e 500 metros de altitudes e pela ausência do
pinheiro. Primitivamente era encontrada ao longo do rio Paraná desde a foz do rio Piquiri até a foz do rio Iguaçu,
pelas quais penetravam em seus vales.
O Parque Nacional do Iguaçu é a principal área preservada como tipo de mata, onde se encontram vegetais e animais
da fauna local.
Das formações herbáceas e arbustivas que se encontram no Paraná destacamos: campos limpos e campos cerrados.

Campos limpos
Nos campos limpos predominam as gramíneas que geralmente refletem solos mais pobres. Apresentam-se
entremeados com matas ciliares e capões isolados.
Aparecem em vários pontos do Paraná, como nos Campos Gerais, Campos de Guarapuava, Campos de Palmas,
Campos de Curitiba, Campos de Castro e outras áreas menores. Os campos limpos ocorrem no sul do Brasil,
principalmente no Rio Grande do Sul, estendendo-se pelo Uruguai até o nordeste da Argentina. Apresentam
vegetação herbácea, composta principalmente de gramíneas, muito utilizadas como pastagens para a criação de gado.
O clima é subtropical, com temperaturas amenas e chuvas constantes com pouca alteração durante todo o ano. O solo
em geral é bom, sua utilização na agricultura é grande, mas o forte da região é a pecuária, tanto a leiteira quanto a de
corte. É nesta região que se encontram os melhores rebanhos de corte do Brasil; a maioria das carnes para exportação
saem dos pastos sulinos. As vezes estes rebanhos fazem uso até de pastos nativos. Os campos do Rio Grande do Sul,
denominados Pampa na Região da Campanha, e os Campos-de-cima-da-Serra, no Planalto sul-rio-grandense e
catarinense, estendem sua beleza por 210.000km2 de tapete verde (incluindo a extensão fora do Estado). É nos
Pampas que se criam o gado e as ovelhas do Rio Grande do Sul. O pastoreio é contínuo, de modo que nas épocas
favoráveis ao crescimento das pastagens, a pressão do pasteio é baixa. Além da pecuária, os campos são utilizados,
também, para a produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação com o gado. Como em todas as
comunidades naturais, seu tapete de gramíneas e leguminosas nativas, ralo e pobre em espécies – mas que se torna
denso e rico nas encostas – é o ponto de partida de uma complexa teia de vida, dos fungos e bactérias aos animais
superiores, que vai acabar no homem. São compostos de vegetação rasteira (herbácea) que atingem até 60 cm de
altura, com ocorrência rara de arbustos e ausência de árvores. Sua origem pode estar associada a solos rasos e ou
temperaturas baixas em regiões de altitudes elevadas, áreas sujeitas a inundação periódica ou ainda solos arenosos.
Ocorrem em áreas de clima temperado e chuvas bem distribuídas durante o ano. Nas regiões mais elevadas dos
planaltos podem ocorrer em manchas. A área campestre contínua mais típica do Brasil ocorre no Rio Grande do Sul:
São os pampas (“Campanha Gaúcha”). Ocorrem também na Região Centro-Oeste (Campos de Vacaria- MS) e na
Região Norte (Campos de Roraima e os da Ilha de Marajó que são, periodicamente, inundados). Campos naturais ou
campos limpos constituem um ecossistema bastante complexo, em função das suas variadas condições
edafo-climáticas, as quais podem definir comunidades vegetais totalmente diversas em composição botânica e em
potencial produtivo, nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul (RS). Este ecossistema ocupa no RS, em torno de
40% do território e apresenta um enorme potencial de produção, desde que melhor manejado. Este manejo pode
Geografia do Paraná 11

incluir a utilização de corretivos da acidez e fertilidade, pois os solos das áreas de campos do RS são deficientes
neste aspecto.
Na região fisiográfica denominada Depressão Central do RS, os campos limpos são de qualidade baixa a mediana,
em conseqüência da alta participação de espécies cespitosas e de baixo valor forrageiro em sua composição, embora
possam ser encontrados os que apresentam boa qualidade nas áreas planas. O capim caninha (Andropogon lateralis)
tem uma alta contribuição na produção de forragem nesta região. Além de na Depressão Central, ocorre nas Missões,
Campos de Cima da Serra e parte da Campanha Gaúcha. Sendo uma espécie perene de ciclo estival e porte cespitoso,
sua produção máxima de forragem ocorre na primavera e verão e seu florescimento se estende da primavera até o
outono. As pastagens naturais ficam seriamente comprometidas no período de inverno, tanto em termos quantitativos
quanto qualitativos, devido a ocorrência de baixas temperaturas e geadas. Os campos possuem características como:
a resistência às geadas, rusticidade e rápida dispersão. Normalmente, os campos são aproveitados para a pecuária
extensiva (bovinos no Centro Sul) e, na Ilha de Marajó, uma importante área de criação de búfalos. Foi dado o
primeiro passo para a criação de novas unidades de conservação ambiental dos campos limpos. Foi criado
oficialmente pelo Ministério do Meio Ambiente o Grupo de Trabalho (GT) dos Pampas, que já nasce com a missão
de ampliar as áreas de preservação, que atualmente representam apenas 0,4% dos remanescentes. A intenção é
resguardar um bioma que só existe no território gaúcho. O caminho é semelhante ao que foi adotado para a Mata
Atlântica e culminou com a criação de três unidades de conservação no Paraná. Além da invasão por exóticas, outras
ameaças aos campos limpos são a expansão descontrola da plantação de soja e de arroz, o desmatamento, a caça, o
empobrecimento dos solos pelo uso excessivo de maquinário e de agrotóxicos em solos muitas vezes frágeis,
Exemplos de animais que habitam os campos limpos são: o Gato-dos-Pampas, Raposa-dos-Pampas, gambá-d'água, o
rato-do-mato, rato-de-taquara, tuco-tuco e ratão-do-banhado, cachorro-do-mato-pintado, jaguapintanga.

Campos cerrados
São os campos limpos entremeados de arbustos, que ocupam locais de primtivas matas. Aparecem em pequenas
regiões do Paraná, merecendo destaque os seguintes lugares: alto rio das Cinzas, Jaguariaíva, Castro, Sengés, São
Jerônimo da Serra, Sabáudia e Campo Mourão.

Vegetação litorânea
Ocupa uma área aproximada de 729 km² da costa Paranaense, sendo representada pelos vegetais dos mangues, pela
vegetação das praias e pela vegetação das restingas.
A vegetação característica dos mangues sofre influência das marés, podendo ser encontrada nas baías de Paranaguá e
Guaratuba.
A vegetação de praias é muito pobre, sendo característica das áreas arenosas.
A vegetação das restingas ocupa os solos consolidados de antigas praias. Apresenta agrupamentos densos de
vegetais, muitas vezes com árvores de 6 a 8 metros de altura.
Geografia do Paraná 12

Vegetação pantanosa
Encontra-se junto às regiões pantanosas das restingas, nos campos de inundação do rio Paraná e nas várzeas dos rios
de planalto.

Hidrografia
A declividade do relevo do Paraná na direção ocidental e norte-ocidental faz com que 92% de águas internas se
dirijam à bacia do rio Paraná, e as demais à bacia Atlântica.

Bacia do rio Paraná


O rio Paraná, que nasce da união dos rios
Paranaíba ao norte e Grande ao sul, em
pleno Triângulo Mineiro, percorre no Estado
do Paraná, cerca de 400 km de distância,
desde a foz do rio Paranapanema até a foz
do rio Iguaçu. Além de formar a principal
bacia fluvial do Estado do Paraná,
destaca-se pelo seu grande potencial
hidrelétrico, um dos maiores do Brasil.

No rio Paraná, surgem numerosas ilhas na


fronteira com Mato Grosso do Sul,
sobressaindo a ilha Grande ou Sete Quedas,
com 80 km de comprimento e a ilha Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo

Bandeirantes
Seus principais afluentes de grande importância são os rios Paranapanema, Ivaí, Piquiri e Iguaçu.

Rio Paranapanema
O rio Paranapanema, nasce no Estado de São Paulo, percorrendo 392 km dos limites com o Estado do Paraná. Este
rio tem importância para aproveitamento hidrelétrico. Alguns de seus afluentes, localizados em território paranaense,
podem ser citados: Itararé, Cinzas, Tibagi e Pirapó.
• Rio Itararé, faz divisa entre os Estados do Paraná e São Paulo e tem grande parte de seu curso represado e
aproveitado pela usina hidrelétrica paulista de Xavantes.
• Rio das Cinzas, nasce na serra de Furnas na porção ocidental da escarpa devoniana. Recebe dois importantes
afluentes: o Jacarezinho pela margem direita e o Laranjinha pela margem esquerda.
• Rio Tibagi, tem suas nascentes localizadas na região dos Campos Gerais e um percurso de 550 km de
comprimento, constituindo assim no maior afluente do rio Paranapanema, que é o principal afluente do rio
Paraná. O curso inferior do rio Tibagi. Recebe pela margem direita o rio Pitangui, que era muito conhecido pela
população de Ponta Grossa ao longo da história paranaense, e o rio Iapó muito conhecido pelos habitantes de
Castro. Às margens do rio Tibagi encontram-se as sedes dos municípios de Tibagi, Telêmaco Borba e Jataizinho.
• Rio Pirapó, localiza-se no Norte Novo e tem suas nascentes próximas da cidade de Apucarana. Recebe pela
margem direita o rio Bandeirantes do Norte.
Geografia do Paraná 13

Outros rios
O rio Ivaí possui um percurso de 685 km, sendo por isto o mais extenso rio tipicamente paranaense. Se principal
formador, o rio dos Patos, nasce no município de Prudentópolis nas proximidades de cidade de Inácio Martins.
O rio dos Patos ao encontrar-se com rio São João passa a ser denominado rio Ivaí, o qual segue direção de suas
águas para noroeste até desaguar no rio Paraná. Seus principais afluentes são Corumbataí e Mourão pela margem
esquerda e Alonzo na margem direita.
O rio Piquiri nasce na escarpa da Esperança (Serra Geral). Possui uma extensão aproximada de 485 km e seus
principais afluentes são: Cantu, Goio-Bang e Goio-Erê pela margem direita e o rio do Cobre pela margem esquerda.

Rio Iguaçu
O rio Iguaçu (palavra indígena que significa "muita água") é o mais conhecido rio do Estado do Paraná. Nasce no
Planalto de Curitiba, nas proximidades da Serra do Mar, e segue em direção para oeste até desaguar no rio Paraná
1.200 km de trechos navegáveis, servindo em alguns trechos limítrofes entre os Estados do Paraná e Santa Catarina e
com a República Argentina.
Este rio principal recebe águas de uma vasta área, representando para a Região Sul do Brasil grande fonte de
potencial hidrelétrico, (11.000.000 kW), concentrado em seus saltos, dos quais se destacam: Santiago, Osório,
Segredo, Caxias, Sampaio, Capanema, Faraday e as Cataratas do Iguaçu.
As Cataratas do Iguaçu, historicamente conhecidas como Saltos de Santa Maria, estão situadas no limite
internacional com a Argentina. Elas foram descobertas no século XVI, mais precisamente em 1541, pela expedição
do explorador espanhol Dom Álvaro Nuñez Cabeza de Vaca, quando se dirigia para Assunção para assumir a
governadoria das colônias espanholas do rio da Prata.
O fascinante espectáculo que a natureza aí criou constitui um dos pontos turísticos mais importantes do Brasil e suas
quedas consideradas como as mais belas do mundo em volume de água. Quando a primeira-dama dos Estados
Unidos da América, Eleanor Roosevelt visitou as Cataratas do Iguaçu, apelidou estas gigantescas quedas de água
com o nome de "Pobre Niágara".
As cataratas estão a uma distância de 27 km da cidade de Foz do Iguaçu e apresentam quedas de água com mais de
70 metros de altura, dispostas numa frente de 2.700 metros de largura, que propicia uma belíssima visão panorâmica.
Como principais afluentes do rio Iguaçu são, pela margem direita, os rios Potinga, Claro, Areia, Jordão, Carvernoso,
Guarani, Adelaide, Andrada, Gonçalves Dias e Floriano; pela margem esquerda, os rios Negro, Jangada, Iratim,
Chopim, Capanema e Santo Antônio.
Às margens do rio Iguaçu encontram-se as cidades de Porto Amazonas, São Mateus do Sul, União da Vitória, Porto
Vitória e Foz do Iguaçu, esta última na confluência com o rio Paraná.
Como afluentes de pouca importância que correm diretamente para o rio Paraná merecem destaque: Arroio Guaçu,
São Francisco, São Francisco Falso e Ocoí, todos desaguando diretamente na barragem de Itaipu.

Bacia Atlântica
Os rios da Bacia Atlântica pertencem à bacia hidrográfica do Sudeste brasileiro, que no Estado do Paraná
compreende as terras drenadas pelo rio Ribeira e pelos rios do litoral paranaense.
O rio Ribeira nasce da união entre os rios Ribeirinha e Açungui, cujas nascentes se encontram na zona norte do
Planalto de Curitiba. Seu curso dirige-se para leste até penetrar em terras paulistas, onde é conhecido em seu trecho
inferior com o nome de Ribeira do Iguape.
Seus principais afluentes são: Santa Ana, Ponta Grossa e o Pardo com seu braço, Capivari, todos pela margem
direita; Turvo e Itapirapuã pela margem esquerda.
Geografia do Paraná 14

Ver também
• Geografia do Brasil
• Geografia da Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil
• Geografia da Região Sul do Brasil

Ligações externas
• Página oficial do Estado do Paraná [1]
• Página oficial da Secretaria de Estado da Educação [2]
• Página oficial da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos [3]
• Página oficial da Secretaria de Estado do Turismo [4]
• Página oficial da Universidade Federal do Paraná [5]
• Página oficial do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná [6]

Referências
[1] http:/ / www. pr. gov. br
[2] http:/ / www. seed. pr. gov. br
[3] http:/ / www. pr. gov. br/ meioambiente/
[4] http:/ / www. pr. gov. br/ turismo/
[5] http:/ / www. ufpr. br
[6] http:/ / www. geog. ufpr. br/
Fontes e editores do artigo 15

Fontes e editores do artigo


Geografia do Paraná  Source: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=17212754  Contributors: 555, Adamlorenz, Bonás, Bragiul, Camara Municipal, CommonsDelinker, Daimore, Dantadd,
Deyvid Setti, Felipe Menegaz, Gunnex, Leonardo.stabile, LeonardoG, Luan, Moretti, Nice poa, OS2Warp, Reynaldo, Scheridon, Tosão, Tumnus, Whooligan, 68 edições anónimas

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Morio

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