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Determinada empresa prestadora de serviços de limpeza e manutenção de piscinas,

sediada no município de Guarapari/ES, pretende discutir judicialmente a incidência do


ISS que lhe está sendo cobrado pelo município de Vila Velha/ES. Esta empresa recebeu
notificação de Vila Velha para efetuar o pagamento do ISS dos serviços realizados
naquele município. Inconformada, a empresa impetra mandado de segurança com
pedido de liminar em face do Secretário das Finanças de Vila Velha, que a notificou sob
a alegação de que a cobrança que está sendo feita ofende o seu direito líquido e certo de
efetuar o pagamento do ISS para Guarapari, onde a empresa está sediada. Distribuído o
feito, o magistrado despacha no sentido de que apreciará a liminar após a vinda das
informações, para o que manda oficiar à autoridade coatora impetrada. Neste intervalo,
a empresa recebe a visita de um agente da Administração Tributária Municipal, que a
autua pelo descumprimento de certas obrigações tributárias acessórias. Indaga-se:

a) O fato de a empresa ter impetrado mandado de segurança suspende a exigibilidade do


crédito tributário? Não, somente se a liminar for concedida art.151 do CTN.

O simples fato de a empresa impetrar o mandado de segurança com pedido de liminar


não suspende a exigibilidade do CT. O art. 151 IV, trata da concessão e não do pedido
de liminar em sede de MS.

b) Caso o magistrado tivesse concedido a liminar do mandado de segurança, o agente


fiscal estaria impedido de realizar o auto de infração, pelo descumprimento da empresa
das obrigações tributárias acessórias? (ao final você encontrará a resposta).

Não, uma vez que o parágrafo único do art. 151 do CTN dispõe que não pode
dispensado o cumprimento das obrigações acessórias.
Uma vez que o lançamento é um ato obrigatório. Demais disso, a suspensão opera
efeitos na exigência do crédito e não na sua constituição

Caso houvesse uma causa de suspensão, esta trataria da exigibilidade do CT, fruto da
obrigação tributária principal. Com relação às obrigações acessórias, deve o fisco fazer
o LT, sob pena de ocorrer a decadência.

Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO


BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a
exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$
20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o
mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então , interpõe Apelação,
acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar.
A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu
crédito, que a esta altura já alcança R$ 24 .000,00, por estar acrescido de juros de mora
e devidamente corrigi do monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a
mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não
transitado em julgado. Pergunta-se:

a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de
mérito? Não. A execução fiscal não deve ser extinta sem resolução do mérito
porque apelação em mandado de segurança não é recebida e m duplo efeito, sendo
assim, o crédito passa a ser exigível, podendo, portanto, ser executado. De acordo com a
súmula 405, STJ a apelação não tem efeito suspensivo

b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?


1º - Poderá ocorrer a exigibilidade do crédito;
2º - O acréscimo dos juros e mora uma vez que a denegação da segurança tem efeitos
ex-tunc.
Exigibilidade do crédito e acréscimo d e juros e mor a , tendo e m vista
que a denegação da segurança tem efeitos ex -tunc .

c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária?


Sim. Porque os efeitos da denegatória são ex -tunc, sendo o crédito exigível desde
a data do lança mento do crédito. A forma de impedir os juros seria o depósito do
montante integral.

Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros alimentícios, foi
autuada em novembro/2008 pela fiscalização do ICM S , por recolhimentos
insuficientes do imposto durante os anos de 2005 e 2 006, tendo o auto d e
infração totalizado créditos tributários (principal, multas, juros e atualização
monetária) no valor de R$ 5 milhões. Impugnado tempestivamente, o lançamento
veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa
decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de Contribuintes,
deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem
assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação
de regência, para “garantia de instância”.
O processo administrativo fiscal é encaminhado ao P residente do Conselho de
Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se
vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a
decisão vestibular de admissibilidade. Como deve o P residente do Conselho de
contribuintes prodecer? Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo?
Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal.

Ele deve admitir e encaminhar para uma das câmaras para julgamento
por é inconstitucional a exigência do depósito prévio Súmula vinculante
21 , STF , por ser garantia da ampla defesa e do contraditório .
* O depósito do montante integral ,previsto no art.151, II do Código Tributário Nacional
é:

a)causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário de desde


que,concomitantemente seja deferida liminar.
b)nenhuma das respostas anteriores está correta.
c)Condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de
Lançamento;
d)concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais;
e)direito subjetivo da parte concedido por lei;

*Sobre a relação entre obrigação e crédito tributário, assinale a opção incorreta.

a)A relação tributária é uma relação obrigacional cujo conteúdo é uma prestação
pecuniária, em que num dos pólos está o devedor, e no outro o credor. Obrigação e
crédito pressupõem um e outro.
b)A obrigação, quando surge, já se estabelece em favor do sujeito ativo (a ela
corresponde o crédito e vice- versa). Quando o CTN diz do surgimento da obrigação
com o crédito tributário, e da constituição do crédito com o lançamento, quis na verdade
referir-se ao crédito formalizado, certo, líquido e oponível ao sujeito passivo.
c)Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma
relação, o direito tributário houve por bem distinguí-los: a obrigação como um primeiro
momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda não determinados e
formalmente identificados; o crédito como um segundo momento na mesma relação,
que surge com o lançamento.
d)De acordo com o CTN, o lançamento possui natureza constitutiva da obrigação
tributária, e declaratória do respectivo crédito tributário.
e)À obrigação tributária corresponde o direito de proceder- se ao lançamento.

*A alíquota do ITR, em 1995 , era de 1,5 %; em 1 996, de 2 %; e em 1 997,


de 1%. Durante o ano de 1997, o F isco Federal, verificando que Joaquim de
Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e
promoveu a notificação. Joaquim entende qu e a alíquota aplicável é de 1%. Na
verdade:

( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em


que ocorreram o lançamento e a notificação;
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior;
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por conseqüência do princípio in dubio pro reo;
(x) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%;
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face
do princípio da razoabilidade
*Em relação à constituição do crédito tributário, assinale a alternativa correta:

a) O lançamento por declaração não pode ser fundamentado em informações


apresentadas por terceiros.
b) No lançamento por homologação o pagamento ocorre após a respectiva conferência e
concordância da Fazenda Pública.
c) Caso o contribuinte não preste as informações necessárias ao lançamento por
declaração, a autoridade fiscal deverá constituir o crédito tributário através do
lançamento de ofício.
d)O lançamento de ofício depende da participação do sujeito passivo

*ENADE 2012 CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA


CONTROVÉRSIA (ART. 543-C DO CPC). LEI INTERPRETATIVA. PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA
A REPETIÇÃO DE INDÉBITO NOS TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. ART. 3.º, DA LC 118/2005. POSICIONAMENTO DO STF. ALTERAÇÃO DA
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SUPERADO ENTENDIMENTO FIRMADO ANTERIORMENTE
TAMBÉM EM SEDE DE RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. O acórdão
proveniente da Corte Especial na AI no Eresp n.º 644.736/PE, Relator o Ministro Teori Albino Zavascki,
DJ de 27/08/2007, e o recurso representativo da controvérsia REsp. n.º 1.002.932/SP, Primeira Seção,
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/11/2009, firmaram o entendimento no sentido de que o art. 3.º da LC
118/2005 somente pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre situações que venham a ocorrer a
partir da sua vigência. Sendo assim, a jurisprudência deste STJ pa ssou a considerar que, relativamente
aos pagamentos efetuados a partir de 09/06/05, o prazo para a repetição do indébito é de cinco anos a
contar da data do pagamento; e, relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime
previsto no sistema anterior. 2. No entanto, o mesmo tema recebeu julgamento do STF no RE n.º
566.621/RS, Plenário, Rel. Min. Ellen Gracie, julgado em 04/08/2011, quando foi fixado marco para a
aplicação do regime novo de prazo prescricional levando -se em consideração a data do ajuizamento da
ação (e não mais a data do pagamento) em confronto com a data da vigência da lei nova (09/06/2005). 3.
Tendo a jurisprudência deste STJ sido construída em interpretação de princípios constitucionais, urge
inclinar-se esta Casa ao decidido pela Corte Suprema competente, para dar a palavra final em temas de tal
jaez, notadamente em havendo julgamento de mérito em repercussão geral (arts. 543-A e 543-B do CPC).
Desse modo, para as ações ajuizadas a partir de 9/6/2005, aplica-se o art. 3.º da Lei Complementar n.º
118/2005, contando-se o prazo prescricional dos tributos sujeitos a lançamento por homologação em
cinco anos a partir do pagamento antecipado de que trata o art. 150, §1.º, do CTN. 4. Superado o recurso
representativo da controvérsia, REsp. n.º 1.002.932/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
25/11/2009. 5. Recurso especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008. RECURSO ESPECIAL N.º 1.269.570 - MG (2011/0125644-3). Disponível em: .
Acesso em: 17 jul. 2012 (adaptado). Considerando a ementa acima, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas. I. Aplica-se a ações ajuizadas a partir de 09/06/2005 o novo regime do prazo
prescricional para o ajuizamento de ação de repetição do indébito tributário de tributos sujeitos a
lançamento por homologação.PORQUE II. O STJ, revendo seu posicionamento anterior, consolidou
entendimento, na esteira do decidido pelo STF, de que se deve considerar como marco para a aplicação do
novo regime de prazo prescricional a data do ajuizamento da ação (e não mais a data do pagamento do
tributo), em confronto com a data da vigência da lei nova (09/06/2005).
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

( )A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.


( x )As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
( )As asserções I e II são proposições falsas.
( )A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
( )As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
*Sobre a contagem do prazo de decadência em matéria tributária, NÃO é correto
afirmar que:

Nos tributos lançados por homologação, encerra-se a contagem do prazo decadencial, se


o contribuinte apresenta declaração ao fisco e não realiza o pagamento.
Haverá a interrupção do prazo decadencial, sempre que houver anulação de
lançamento anteriormente efetuado
No caso dos tributos lançados por homologação, o prazo começa a contar, em regra, da
data do fato gerador
Sendo o tributo sujeito a lançamento de ofício, o prazo começa a contar, em regra, do
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
realizado

*Visando a proteger a indústria de tecnologia da informação, o governo federal baixou


medida, mediante decreto, em que majora de 15% para 20% a alíquota do Imposto sobre
a Importação de Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo procedentes do exterior,
limites esses que foram previstos em lei. A respeito da modificação de alíquota do
Imposto de Importação, assinale a afirmativa correta.

Deve observar o princípio da irretroatividade


Deve observar a reserva de lei complementar
Deve ser promovida por lei ordinária.
Deve observar o princípio da anterioridade.

No mês de janeiro de 2013, a alíquota do IOF de uma liquidação de operação de câmbio


para remessa de juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor
estrangeiro era de 4%. No dia 15 de julho do mesmo ano, o Poder Executivo editou um
decreto, elevando-a para 6%. No ano seguinte, houve novo aumento da alíquota, que
passou para 8%, e a partir de janeiro de 2015, a alíquota foi reduzida para zero. Em
maio de 2015, um auditor fiscal da Receita Federal autuou uma instituição financeira
pelo não recolhimento do IOF incidente sobre uma liquidação de operação de câmbio,
ocorrida em novembro de 2013. Além da multa e juros de mora, o fiscal deverá lançar o
imposto aplicando a alíquota de:

A)0%;
B)4%;
C)6%;
D)8%;
E)9%

*Leia ementa daSúmulaVinculante21do STF "É inconstitucional a exigência de


depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo". Ao decidir a questão o Pleno do Supremo Tribunal Federal
fundamentou seu entendimento em dois princípios constitucionais ,quais:

Juízo Natural e Direito de Petição


Direito de Petição e Contraditório
Inafastabilidade do Poder Judiciário e Contraditório
N.R.A
Dignidade da Pessoa Humana e Propriedade

Diante de ato de
autoridade pública s
upostamente eivado
de ilegalidade,
CREMILD O

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