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ISSN 2526-8686
revista
ASSOCIATIVISMO
A UNIÃO FAZ A FORÇA
ART MED
MÉDICOS SOLTAM A VOZ
ITS
UM POLO DE TECNOLOGIA
A SERVIÇO DA SAÚDE
Hipnose
uma ferramenta a
favor da medicina
editorial
Temos um especial sobre o Instituto de Tecnologias de Saúde (ITS) e DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONVÊNIOS: Jedson Nascimento
DIRETOR DO CLUBE DOS MÉDICOS DA BAHIA: Robson Guimarães Rêgo
relembramos, com alegria, a 5° edição da Lavagem do Peritônio.
DIRETOR DAS DELEGACIAS REGIONAIS: Dejean Sampaio Amorim Filho
Na sessão “Vida Melhor” você vai conhecer o grupo vocal Art Med e DIRETOR DO SINAM: Alex Guedes
em “Diário de Bordo”, mães e pais médicos contam suas aventuras DIRETOR DE ASSUNTOS DE SAÚDE PÚBLICA: Jorge Jambeiro
em viagens com os filhos. Para agradar o paladar, “Puro Deleite” DIRETOR ACADÊMICO: Guilhardo Fontes Ribeiro C
revela a releitura que o chef Fabrício Lemos, do Restaurante Origem, COMISSÃO CIENTÍFICA
M
faz sobre a culinária baiana de raiz. Clarissa Maria de Cerqueira Mathias • Antonio Carlos Matteoni de
Atahyde • Eduardo Dias de Moraes Y
COMISSÃO CULTURAL MY
Pedimos desculpas aos envolvidos, salientamos que a Lux Comunicação preza pelo PARA ANUNCIAR
Tel. (71) 3014.4999
cuidado com suas publicações e se compromete a manter a qualidade da revista, E-mail: atendiemento@luxcomunicacao.com
sem incorrer no mesmo erro futuramente.
Atenciosamente, Equipe ABM.
10 08 Defesa profissional
Associativismo garante mais sucesso
na luta pela profissão
10 Grandes Temas
A hipnose como ferramenta terapêutica
contra enfermidades
16 Especial
Exame de Proficiência em Medicina é
aprovado pela ABM
18 Vida Melhor
Membros e funcionários de entidades
C
CM
34
MY
Especial - ITS CY
18
Instituto do Senai-Cimatec trabalha em CMY
38 38 Diário de Bordo
Diversão e conhecimento marcam
viagens com os filhos
42 Primeiros Passos
A ABM ao lado dos estudantes de
Medicina
44 Especial
Iness em franca expansão
54 54 Puro Deleite
Restaurante faz uma releitura da
culinária baiana
defesa profissional
Evolução conjunta
Associatividade é ferramenta de qualificação e defesa profissional
“
Associar-se faz parte do que nos diferencia como es- Esse pensamento é compartilhado por Dr. Robson Mou-
pécie. O ser humano, ‘pari passu’ com a habilidade ra, presidente da Associação Bahiana de Medicina (ABM),
de articular sons e liberar a pata anterior da ativida- que ocupa também a 2ª vice-presidência da entidade
de de deslocamento, sempre se associou para ca- nacional. “Nós lidamos com o bem maior, que é a vida.
çar, se proteger, construir conjuntamente. Isso fez toda Por isso nossa luta em favor da qualificação profissional.
a diferença na evolução humana se nos comparamos a E para o médico manter-se atualizado, prestando uma
outros grandes primatas”. É com essas palavras que o assistência adequada ao paciente, além de uma justa
presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. remuneração, ele precisa ter seus direitos profissionais
Lincoln Ferreira, defende o associativismo na sociedade. respeitados. As entidades estão aí para isso, ainda que
muitos não reconheçam as conquistas já obtidas nas inú-
Para ele, entre os médicos, especifica-
meras batalhas travadas com os gover-
mente, esse movimento vai ao encontro
de dois grandes pilares da AMB e suas “para o médico manter-se nos, seja no âmbito federal, estadual ou
federadas: educação continuada e valo- atualizado, prestando uma municipal”, dispara.
rização profissional. Por ser a medicina assistência adequada ao Dentre os questionamentos levantados
atividade bastante complexa, não pode paciente, além de uma justa por muitos profissionais, figura a grande
prescindir de informações de qualidade, remuneração, ele precisa quantidade de entidades associativas
fundamentadas, críticas. “É isso que a ter seus direitos profissio- médicas. Ocorre que a legislação brasi-
associação oferece aos profissionais. Ao nais respeitados. As entida- leira prevê um arcabouço jurídico para
mesmo tempo, promove a defesa e valo- des estão aí para isso” a atividade sindical - ligada às questões
rização profissional e o combate a ‘inva- do trabalho, casos de greve etc. – assim
sões’”, acredita. Dr. Robson Moura como para a atividade conselhal, que ou-
torga, fiscaliza e caça o direito de exer- Provas disso não faltam. Durante o para negociar representando três
cer a medicina. Só mais recentemen- governo de Dilma Roussef, um de- pessoas é uma coisa. Se são dez, é
te a legislação ‘abraçou’, por meio de creto presidencial definia que os Mi- outra. Se forem mil, é muito melhor!”,
decreto presidencial, a questão das nistérios da Saúde e da Educação garante o presidente da ABM.
sociedades de especialidades. teriam poderes para definir o que é
Para que a representativa seja efeti-
especialidade médica e para titular
Antes previstas somente por porta- va, as entidades precisam de finan-
os profissionais de acordo com os in-
ria do Conselho Federal de Medicina ciamento, que depende do aporte
teresses ‘da coletividade’. “Uma ati-
(CFM), a concessão de Títulos de Es- de recursos dos médicos. “A gente
tude típica de governos totalitários.
pecialista aos médicos, por meio da tem um carro, que precisa ser abas-
Um cidadão não teria o seu direito in-
Comissão mista de Especialidades tecido para funcionar. Se eu quero
dividual garantido, não poderia optar
e, é hoje, por força de lei, exclusivi- ter um transporte, que me sirva no
por esta ou aquela especialidade. O
dade da AMB e suas federadas após momento que eu precisar, de ma-
projeto não passou por pressão das
rigorosas avaliações teóricas e prá- neira confortável, preciso ‘investir’
entidades médicas junto ao Congres-
ticas. Nada mais apropriado para nele. Infelizmente, temos colegas
so Nacional”, exemplifica Dr. Robson.
quem tem a qualificação profissional que não têm essa visão, não con-
como diretriz básica de atuação. “A O resultado dessa pressão não seria o tribuem com nada e depois dizem
sociedade brasileira é muito comple- mesmo se apenas meia dúzia de mé- que a associação não faz nada por
xa, a medicina se aprofunda cada dicos atuasse. Vale, então, a máxima ele. É preciso mudar isso”, finaliza o
vez mais, assim como o arcabouço “a união faz a força”. “Se sentamos presidente da AMB.
jurídico. Se o profissional não se as-
socia, não tem alguém trabalhando “A sociedade brasileira é muito complexa, a medicina se
por ele, a chance de errar, de estar aprofunda cada vez mais, assim como o arcabouço jurídico.
exposto a processos, de ter insuces- Se o profissional não se associa, não tem alguém traba-
sos, se torna cada vez maior”, argu- lhando por ele, a chance de errar, de estar exposto a pro-
menta Dr. Lincoln. cessos, de ter insucessos, se torna cada vez maior”
Hipnose N
ão é de hoje que a hipnose figura ponde ao resultado esperado, o efeito desejado, seja
entre o arsenal de recursos ofereci- da analgesia em pequenos procedimentos ou mesmo
dos por instituições sérias em todo o quando o paciente está em estado de pânico, quando
mundo. Do Memorial Sloan-Kettering todas as alterações autonômicas típicas desse estado
Cancer Center, em Nova York, nos Es- psíquico são debeladas”, explica o neurologista Marcos
e medicina
tados Unidos, até o Hospital de Liège, Leal, fundador do Instituto Mente e Cérebro, em Bata-
na Bélgica, a prática tem vasta aplicação. No Brasil não é tais, interior de São Paulo.
diferente. É opção para diminuir efeitos colaterais da qui-
Em Salvador, Dra. Neide Scaldafferi, especialista em
mioterapia, como dor e fadiga, contra doenças crônicas,
acupuntura e clínica da dor, do Instituto Vita, conhece
psicossomáticas ou autoimunes e analgesia, entre outras.
bem o significado que a dor pode ter na vida do indiví-
Além de patologias ditas físicas, alguns transtornos de or-
Método é ferramenta coadjuvante, mas valiosa, no tratamento dem psíquica, como fobias e pânico,
duo. “Na minha experiência pude constatar durante as
de doenças. É preciso desmistificá-la! também entram na lista de enfermida-
muitas anamneses que a dor estava
des com indicação do tratamento. na alma, na psique. Muitos meca-
“Tudo é feito nismos inconscientes funcionavam
Estamos, na verdade, falando de dentro de uma como fatores geradores dos proces-
hipniatria - ou hipnose terapêutica sos de adoecimento”, avalia. Para
visão acadêmica,
-, ferramenta bem distante daquela ela, que trabalhou durante 16 anos
usada como entretenimento, seja no racional, médica, e
com diagnósticos de câncer, qual-
palco ou nas ruas de grandes centros por um profissional
quer patologia pode ser tratada com
urbanos. “Tudo é feito dentro de uma que estudou, se hipnose. “Considero o fato de não po-
visão acadêmica, racional, médica, e especializou, buscou der separar a mente do corpo. Tudo o
por um profissional que estudou, se esse conhecimento que acontece na vida, desde a intrau-
especializou, buscou esse conheci-
específico e se terina, deixa marcas no inconsciente.
mento específico e se aprofundou na
prática em cursos de, pelo menos,
aprofundou na Todas as memórias, positivas e nega-
prática em cursos tivas, são armazenadas e vão intera-
400 horas”, ressalta Dr. Osmar Colás,
gir com a mente consciente. Esta, por
coordenador do Grupo de Estudos de de, pelo menos, 400
sua vez, ativa a atividade neuronal,
Hipnose da Universidade Federal de horas” que gera um estímulo para o órgão
São Paulo (Unifesp) e presidente da
Associação Brasileira de Hipnose. Dr. Osmar Colás atacado ou para o sistema imunológi-
co, por exemplo”, explica.
O médico se refere à grande gama
Nesses casos, é preciso fazer com que
de estudos que comprovam a eficácia nas mais diver-
sas moléstias. Por meio da ressonância magnética fun- o paciente saia do foco do sofrimento. Por meio da hipno-
cional chegou-se à conclusão de que a hipnose provoca se, ele é levado a se concentrar em sensações prazerosas,
mudanças profundas no funcionamento cerebral. De de profundo relaxamento, ‘esquecendo’, o máximo possí-
acordo com Dr. Colás, o conceito médico de hipnose é vel, da sensação dolorosa. A criatividade e o conhecimen-
bastante claro: trata-se de um estado diferenciado de to médico do hipnólogo ajudam muito nessa hora. “Após
consciência, pelo qual ocorre um aumento da capacida- a indução ao transe, por meio de símbolos e metáforas,
de de focar a atenção e um aumento da sugestionabili- buscamos ressignificar a dor”, revela Dra. Neide.
dade, que decorrem da diminuição do raciocínio critico Na prática, Dr. Leal usa o que ele chama de “luva anes-
e de uma série de fenômenos chamados neurosenso- tésica”. “Fazemos com que o paciente se imagine co-
riais. “A pessoa desvia a atenção dos estímulos exter- locando uma luva que é capaz de aliviar a dor no local
nos e a crítica diminui. Ela passa a entender e aceitar onde ela está agindo”. Um alerta importante: profissio-
melhor as sugestões dadas pelo hipnólogo”, explica. nais sérios jamais tratam dores cujas causas não te-
Mensurar os resultados do método, no entanto, é algo nham sido identificadas e enxergam sempre a hipnose
bem singular. “Cada um sofre de uma maneira a dor, como tratamento coadjuvante, sem indicar a suspen-
o sofrimento físico ou psíquico. É algo muito subjetivo. são do acompanhamento médico ou do uso de medi-
O que observamos é o alcance da proposta, se corres- camentos.
A
nais”, explica o presidente da AMB. co de diabetes
proposta de realização de um atendimento de qualidade à popula- em torno do tema. Quase todas en-
Exame Nacional de Proficiência ção”, alertou Dr. Lincoln Ferreira, pre- tidades médicas são a favor de exa- A proposta da AMB estende a ne- • 75% não identificaram tra-
em Medicina foi aprovada por sidente da AMB, durante o encontro. me semelhante ao proposto pela cessidade do exame a brasileiros ou tamento para hemorragia
unanimidade pelo Conselho Delibera-
“A preservação da saúde AMB. Há quem discorde do formato, digestiva alta
estrangeiros formados em medicina
do cidadão, afastando-o Dr. Robson Moura, presidente da
tivo da Associação Brasileira de Medi- mas é quase unânime a concordân- fora do país, que só teriam o registro
do risco de ser mal ABM e 2º vice-presidente da autar- .“Precisamos de um exame
cina (AMB), durante reunião ocorrida cia de que deve haver um “exame da profissional depois de aprovados no
atendido depende, quia, ressalta ainda que tal medida nacional, construído de for-
em 15 de março, na cidade de Natal ordem” para os egressos dos cursos teste. Vale destacar que, nesses ca-
vem ao encontro de um posiciona- ma que se possa avaliar re-
(RN). Para a entidade, os estudantes essencialmente, de uma de medicina. “Diante deste quadro, é sos, a prova só poderá ser feita após
mento há muito defendido pela en- almente e de forma asserti-
de medicina ou mesmo os médicos boa formação médica. tidade. “A preservação da saúde do
praticamente inconcebível não avan- o médico ter passado pelo Revalida,
va o nível do ensino médico
recém-formados, diplomados pelas Essa qualificação só çarmos para resolver a situação. Se processo do Ministério da Educação
cidadão, afastando-o do risco de ser que está sendo dado aos
universidades, só podem ter licença pode ser averiguada todos querem e as divergências são que avalia a adequação do curso fei-
mal atendido depende, essencial- alunos e a qualidade dos
para atuar com registro profissional por quem de direito, pontuais, não há razões para que to no exterior aos parâmetros brasi-
mente, de uma boa formação mé- profissionais que estão sen-
no CFM após aprovados por prova isso não seja implementado. Esta leiros.
ou seja, pela AMB, suas dica. Essa qualificação só pode ser do formados”, afirma Dr.
semelhante à organizada pela Ordem será uma das principais bandeiras da
federadas e sociedades averiguada por quem de direito, ou Projeto de Lei – Para viabilizar es- Lincoln.
dos Advogados do Brasil (OAB). AMB em 2018”, garantiu Dr. Lincoln.
de especialidades” seja, pela AMB, suas federadas e sas mudanças, principalmente com
“Precisamos de um filtro minimamen- sociedades de especialidades”, es- Modelo – Para a AMB, é funda- a segurança jurídica necessária, a
te razoável e seguro para evitar que Dr. Robson Moura clarece. Segundo ele, em breve será mental que o exame seja nacional e Associação Médica Brasileira levará,
profissionais malformados entrem no finalizada a “Carta de Natal”, docu- obrigatório. Além disso, o aluno não em breve, ao Governo Federal e ao
sistema de saúde. Isso é condição mento que detalha o posicionamen- pode ser avaliado somente depois de Congresso uma proposta de Projeto
fundamental para garantirmos um to das entidades médicas. concluído o curso. São necessárias de Lei.
18 | Revista abm • abril 2018 abril 2018 • Revista abm | 19
Vida melhor
Médicos
Para a pediatra Simone Sampaio,
participar do grupo tem sido muito
gratificante. Ela conta que sempre
“Não somos
soltam a voz
gostou de atividades culturais para
se distanciar um pouco da rotina profissionais
cansativa do trabalho. Foi no Fim de de música,
Tarde do Sindimed que ela conheceu não queremos
Doutores e funcionários de entidades médicas
cantam e encantam com o grupo vocal Art Med
o grupo e enxergou uma boa oportu- ganhar
nidade. “São momentos de confra- dinheiro com
ternização com os colegas, quando a isso, mas
“Quem canta, seus males espanta”. A máxima é an- gente pode exercitar outras áreas do
levamos a
tiga, mas verdadeira. Especialmente para os integrantes do conhecimento. No dia a dia, a gente
sério porque
grupo vocal Art Med, que experimentam os benefícios propor- trabalha o lado esquerdo do cérebro;
cionados pela música no dia a dia. Formado por médicos e lá a gente consegue trabalhar melhor queremos
funcionários da Associação Bahiana de Medicina (ABM), do o lado direito. É um momento em que fazer o melhor
Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) e do eu consigo me dedicar a uma ativi- dentro das
Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), dade prazerosa e me concentrar em limitações de
o coral tem pouco mais de um ano de existência, muitas apre- algo que me faz sentir bem, que me cada um”
sentações e histórias para contar. deixa feliz”, revela.
Simone Sampaio
A criação do grupo foi ideia do Sindimed, que convidou o pneu- Ela ressalta que, apesar do ambiente
mologista aposentado Ildo Simões, um entusiasta da arte para animado e descontraído, o Art Med é
assumir o desafio de atrair todos aqueles com vontade de soltar levado a sério, todos têm compromis-
a voz. “O objetivo era unir a classe médica, que se sente atraí- so com os ensaios e dificilmente se
da por eventos que envolvem música. No primeiro ensaio eram ausentam. “Não somos profissionais
quatro ou cinco pessoas, e hoje somos 20”, conta Simões. de música, não queremos ganhar di-
nheiro com isso, mas a levamos a sé-
Todas as segundas os integrantes do grupo se reúnem, entre rio porque queremos fazer o melhor
18h30 e 20h30, em ensaios descontraídos, realizados no au- dentro das limitações de cada um”, esse papel de trabalhar o estresse. poder que a música tem de mudar o
ditório do Sindimed. A regência é do maestro Gilberto Bahia, pontua. Às vezes, estou cansada, mas penso: nosso humor, mudar algo que pen-
que faz arranjos especiais para o grupo de músicas de todos ‘não posso perder o ensaio porque samos. Confesso que estou amando
os ritmos. De acordo com Dr. Ildo, o grupo tem feito sucesso e Quem também só tem elogios ao sei que volto de lá renovada’”, diz. participar desse grupo”, revela.
conquistado a admiração e os aplausos da plateia. grupo é a médica de família e comu-
nidade Rita de Cássia de Carvalho. A funcionária do Sindimed, Fátima Além dos ensaios e das apresenta-
“Já fizemos algumas apresentações. Posso destacar aquelas Para ela, fazer parte do grupo vocal é Carvalho, está no grupo desde o iní- ções, os integrantes do coral também
que aconteceram no Abrigo Salvador, onde fomos bastante a realização de um desejo. “Eu gosto cio e carrega consigo a experiência realizam encontros para comemorar
aplaudidos; na Câmara de Vereadores de Salvador e no pro- muito de cantar. Quando eu traba- vivida num coral de igreja quando aniversários e outras datas festivas.
grama Fim de Tarde, do Sindimed, um encontro de profissio- lhava no Hospital Martagão Gesteira morava no interior. “Mas nunca tive
nais médicos realizado nas últimas sextas-feiras de cada mês. uma experiência ‘profissional’ com a Quem quiser participar pode ficar
tentamos implantar um coral, mas à vontade: sempre há espaço para
A receptividade é boa”, afirma o pneumologista. Além de apre- não deu muito certo. Conheci o Art música”, pontua, indicando a serie-
sentações, o grupo gravou uma canção especial de Natal que dade com que encara a atividade. Ela mais um no grupo. E não é preciso
Med, e a experiência tem sido ótima. ser um talento da música. Todos os
foi disponibilizada a todos via internet. Nosso maestro, Gilberto Bahia, é uma conta que a participação no Art Med
tem ajudado a superar a timidez. “Sa- candidatos fazem um teste público,
O repertório é diversificado. Inclui música popular, canções pessoa paciente, compreensiva e faz para que sua voz seja avaliada e clas-
arranjos maravilhosos para nosso gru- bia que através do grupo poderia me
folclóricas e outros sucessos nacionais. Mas o grupo já pla- sificada de acordo com o tom. Mas
po. Tem sido muito bom porque temos soltar. E, realmente, o resultado foi
neja expandir suas fronteiras e ensaiar algumas canções em ninguém é reprovado porque, afinal,
a possibilidade de nos apresentar, ter surpreendente. No início, minha voz
espanhol. cantar é para todos!
contato com colegas, além dos exer- quase não saía; hoje, o maestro pede
cícios vocais e respiratórios”, destaca. para baixar o tom”, comemora. Os interessados devem procu-
rar mais informações nas se-
Além disso, Rita conta que participar Para Fátima, o grupo representa uma cretarias da ABM, do Sindimed
do grupo ajuda a aliviar a tensão do verdadeira terapia. “Música eleva a ou do Cremeb.
dia a dia. “A arte, de modo geral, tem alma, traz tranquilidade. É incrível o
Convênios em alta
Números mostram o sucesso do departamento da ABM
Água, luz
Entre os meses de setembro e dezembro de 2017, o Departamento de
Convênios (DC) da ABM realizou visitas a três faculdades e três clínicas
para apresentar o trabalho do órgão.
e plano de saúde
A iniciativa resultou em sucesso absoluto. Somente no ultimo mês do
ano, o DC apresentou quase 100% de novas adesões em relação ao úl-
timo trimestre. Vale lembrar que o aplicativo para móbiles, desenvolvido
com o intuito de facilitar o acesso às informações, vem sendo ampliado
de qualidade:
a cada mês e conta com a aprovação dos associados. Já estão previstas
novas visitas até abril de 2018, contabilizando mais de dez faculdades
em Salvador e no interior do estado.
O crescimento
do Sinam Iness é coisa nossa!
não dá para ficar sem.
Serviço contou com sete mil Instituto agora faz parte exclusivamente da ABM
novas adesões em 2017 O Instituto de Ensino e Simulação em Saúde (Iness), desde janeiro, passou Você sabe, ter plano de saúde nos dias de hoje é item
O Sistema Informativo de Atendimen- a ser administrado exclusivamente pela Associação Bahiana de Medicina
to Médico e Odontológico (Sinam) se (ABM), após acordo feito com a Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na de primeira necessidade: não dá para ficar sem.
consolida a cada ano como importan- Área da Saúde (Fabamed).
te produto da ABM em parceria com a Por isso, a Qualicorp e a ABM oferecem excelentes
Já em fevereiro, o Instituto transformou-se em marca registrada e pertencen-
Associação Brasileira de Odontologia
- seção Bahia. Oferecido às classe mé-
te exclusivamente à ABM. Segundo o presidente da associação, Dr. Robson opções em condições imperdíveis para você, médico.
Moura, essa solicitação do registro ocorreu durante a gestão do Dr. Antônio
dica e odontológica e à população em
Carlos Vieira Lopes, ex-presidente da entidade, mas foi apenas em 2018, na
geral, o sistema é mais uma opção de
gestão atual, que a solicitação foi deferida e registrada.
acesso à saúde de qualidade.
No ano de 2017, sob a gestão de Dr.
Robson Rêgo e, desde outubro, de Dr. Planos a partir de
280
Alex Guedes, o Sinam ganhou ainda 1
mais credibilidade, pois garantiu a
adesão de novos prestadores de ser- R$
viço, permitindo a ampliação e a di-
versificação da rede de atendimento à
clientela. O resultado pode ser sentido
na alta procura do serviço, que ga-
nhou novos 7 mil clientes. Não fique sem plano de saúde. Ligue agora.
A despeito do momento econômico
complicado, o Sinam segue agregan-
do positivamente ao cenário de saúde
0800 799 3003
baiano e convida os colegas médicos www.qualicorp.com.br/anuncio
a fazerem parte da rede de filiados.
Associados da ABM têm inscrição gra-
tuita. Mais informações pelo telefone
(71) 2107-9680.
1
R$ 279,60 - Exato Adesão Trad. 16 F AHO QC COP (registro na ANS nº 476.942/16-2), da SulAmérica Saúde, faixa etária até 18
anos, com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2017 - BA). Planos de saúde coletivos por adesão, conforme Siga a Qualicorp:
as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas
22 | Revista abm • abril 2018 operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde,
respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Março/2018.
Novas unidades
para seus pacientes.
Vilas do
Stella Maris
Atlântico
(71) 3338-8555
artigo
A incidência do câncer vem aumentando ao longo dos mados ‘inibidores de verificação imunológicos’, que
anos. Dados da Organização Mundial de Saúde indi- nada mais são que moléculas que atuam de forma a
cam que, a cada ano, 8,8 milhões de pessoas morrem frear o sistema imunológico, evitando dessa forma que
com câncer. A cada seis mortes que ocorrem no mun- haja uma autodestruição. Os inibidores de verificação
do, uma delas é causada pela doença e mais de 14 irão, em ultima análise, levar à diminuição da inibição
milhões de pessoas desenvolvem câncer anualmente, do sistema imunológico e, assim, o ativar para defender
com expectativa de crescimento. No Brasil, o Instituto o organismo contra o tumor, levando à destruição de
Nacional do Câncer (Inca) estima 600 mil novos casos células tumorais.
para este ano.
Inicialmente, a imunoterapia apresentou bons resul-
Um dos principais problemas que encontramos é que, tados para tumores do tipo melanoma e câncer de
em grande parte das vezes, a neoplasia pulmão, porém foi evidenciado que há
é diagnosticada em estágios avançados. eficácia em outros tumores, já tendo sua
Ao longo dos anos houve muito progresso a imunoterapia área de atuação ampliada para outras
em oncologia, tanto na evolução de mé- apresentou bons indicações, como câncer de rim, tumores
todos diagnósticos que permitem o reco- resultados para gastrointestinais, câncer de ovário, meso-
nhecimento de doenças em fases mais tumores do tipo telioma e neoplasias hematológicas.
e câncer
A busca por estratégias terapêuticas para tumores, já tendo para outras doenças. Em grande número,
atuar contra o câncer é uma constante, e o sua área de atuação eles envolvem doenças avançadas. Recen-
foco sempre foi o desenvolvimento de dro- ampliada para outras temente, no entanto, as análises vêm sen-
gas com ação direta nas células neoplá- indicações do feitas em estágios mais precoces.
sicas. Durante muito tempo, estudou-se
Tivemos grandes vitórias no tratamento do
Por Eldsamira Mascarenhas* como ativar o sistema imunológico para
câncer e a imunoterapia, sem sombra de dúvidas, foi
que ele pudesse reconhecer o tumor e atuar contra ele.
uma delas. Ainda assim, há grandes desafios a serem
De forma simplificada, a imunoterapia é um tratamento
vencidos. Um deles é identificar quais são as pesso-
que utiliza um grupo de drogas que atua no aumento
da resposta imunológica e, desta forma, ativa o sistema as que realmente se beneficiam com a realização da
imune de forma a destruir células neoplásicas. imunoterapia. O ideal seria que tivéssemos um biomar-
cador que pudéssemos selecionar os pacientes com
A chegada da imunoterapia nos últimos anos trouxe maior benefício. Nesse sentido existe um bom número
consigo uma mudança de paradigma no tratamento de estudos tentando decifrar biologicamente as dife-
dos pacientes oncológicos. Primeiro, por identificar uma renças nos tumores. Outro desafio importante é como
subpopulação de pacientes que mantêm uma resposta iremos ampliar o acesso da população a essas tecnolo-
sustentada e, segundo, pela modificação no perfil de gias, pois existe uma limitação que acaba sendo impos-
toxicidade, que difere da quimioterapia. ta pelo custo, que precisa ser equacionado de alguma
Existem diversas drogas imunoterápicas que agem de forma para que possamos oferecer aos paciente que
maneiras diferentes. A principal delas envolve os cha- efetivamente têm indicação do uso da imunoterapia.
N
a manhã do dia 1º de fevereiro, Dr. Robson Mou-
ra, presidente da ABM, visitou o Hospital da Mu-
lher, no Largo de Roma, o segundo em referência
na saúde da mulher no Brasil. Fundada em janeiro de
2017, a unidade é local de acolhimento e cuidado à
saúde, de forma a garantir atendimento humanizado e
personalizado ao público feminino. Dr. Robson foi rece-
bido por Dr. José Carlos Monteiro, coordenador da Gi-
necologia do hospital, e pelo diretor médico, Dr. Paulo
Sergio Andrade.
“Volto um ano e 15 dias depois e estou muito feliz por-
que hoje o Hospital está cheio de vida e fazendo saú-
de”, destacou referindo-se à primeira visita feita dez
dias antes do hospital ser inaugurado. “Agora estamos
vendo na prática o que foi proposto. A atenção integral
à mulher se tornou realidade”, completou.
É o caso da dona de casa Maria da Conceição Nasci-
mento, de 49 anos, moradora de Itagi. “Fui atendida
por uma médica muito simpática, atenciosa, que me
tratou muito bem. O processo está sendo rápido com a
marcação dos exames. Já fiz o de sangue e agora estou
esperando para fazer o raio-X e a mamografia”, revelou.
Outra paciente que veio de longe para ser atendida na
unidade foi a agente de saúde Rosimeire Junqueira, 43
anos, que vive em Araci. Ela foi encaminhada ao hospi-
tal após o resultado de sua mamografia. “O hospital é
muito bom, tudo muito organizado. Aqui já fiz ultrasso-
nografia, passei pela ginecologista, fiz preventivo, ma-
Você sabia?
mografia, punção e agora tenho consulta com o masto- Após um ano de funcionamento, o Hospital da
logista. Está sendo maravilhoso, pois na minha cidade Mulher já realizou mais de 73 mil atendimentos,
não conto com essa estrutura e atendimento”, relatou. sendo mais de 15 mil em mastologia e 31 mil
em ginecologia. Foram realizados precisamente
Segundo Dr. Robson, é gratificante ver que o propósito 190.246 exames laboratoriais e procedimentos
pelo qual o Hospital da Mulher foi criado está sendo de bioimagem, além de 5 mil mamografias. O
cumprido. “Tenho certeza de que as novas interven- hospital é referência e é o maior do norte-nor-
ções e os novos projetos também serão solidificados. deste e já atendeu 401 municípios baianos, aco-
Não são apenas números de atendimento, é qualidade lhendo 152 mulheres no Atendimento Integral à
de atendimento. Vemos que as pessoas saem daqui Mulher Vítima de Violência Sexual (AME).
satisfeitas e com os problemas resolvidos, porque esse
é o propósito hospitalar. A fila única agilizou o atendi-
mento”, afirmou, antes de destacar os equipamentos
de ponta utilizados no hospital, a qualidade da gestão,
a limpeza do local e o fato de os intensivistas serem
todos titulados.
N
asceu Joaquim Martagão Gesteira em Conceição 1910, tomou posse, como Livre Docente, da cadeira de Clí- como local de realização dos cursos de aperfeiçoamento Rio de Janeiro em 30 de abril de 1954, embora alguns bió-
do Almeida, no recôncavo baiano, em 17 de maio nica Pediátrica Médica, onde permaneceu até 1912. Neste profissional. grafos registrem a data de 20 de junho de 1954.
de 1884, filho de Maria Amélia Martagão Gesteira mesmo ano, no dia 6 de novembro, assumiu o cargo de Pro-
e José Leandro Gesteira. Concluiu o ensino primário em fessor Extraordinário Efetivo de Clínica Médica e Higiene Foi um dos fundadores, em 1923, da Liga Bahiana contra Sobre esse mestre da Pediatria, Pedro Calmon disse:
sua terra natal antes de mudar-se para Salvador, onde fez Infantil, após defender a tese “Reação de Schmidt Triboulet a Mortalidade Infantil – hoje denominada de “Liga Álvaro
o curso secundário no ginásio São Salvador. Mestiço, se – valor diagnóstico nas afecções do lactente”. Dessa forma, Bahia contra a Mortalidade Infantil” -, que “tantos e rele- “Raros homens terão sido mais úteis aos seus
manteve dedicado aos estudos, buscando nunca se abalar foi o primeiro médico na Bahia a oferecer um curso livre na vantes serviços tem prestado” (Antônio Loureiro de Sou- semelhantes, mais benfazejos à sociedade, mais
com as atitudes preconceituosas que enfrentava. área de Clínica Médica Pediátrica e Higiene Infantil, tendo za. Baianos ilustres, 1973, p. 280). Álvaro Pontes Bahia foi dignos de sua carinhosa estima do que esse gran-
que lutar para obter espaço e firmar a escola de Pediatria em outro fundador da Liga, formado pela Fameb em 1913 e de médico que passou a vida a salvar crianças”
Em 1902 entrou para a Faculdade de Medicina da Bahia nosso estado. também professor da escola mater da medicina brasileira. (apud SOUZA, 1973, p.279).
(Fameb). Foi Interno da Clínica Propedêutica a partir de
19 de dezembro de 1907 até o fim do curso, em 14 de de- Tornou-se Professor Catedrático de Clínica Pediátrica Em 1929, Prof. Martagão Gesteira representou o país nas Um dos seus alunos, Ruy Santos (1978), formado em 1928,
zembro de 1908. Diplomou-se em 1908, na 92ª turma, a do Médica em 1914 ao defender a tese “O exame médico da “Jornadas Médicas de Paris”. em suas memórias de acadêmico de Medicina, disse sobre
1º Centenário da instituição (1808-1908). Defendeu a tese criança. Semiótica do apparelho respiratório intra-thora- o seu “mais iluminado” professor:
inaugural “Etiologia e diagnóstico da septicemia de Bruce” xico”. Foi nomeado em 5 de maio, tomou posse no dia 31 Em 1937, se afastou para servir ao governo do Rio de Ja-
(GESTEIRA, 1908). do mesmo mês, e ali ficou até 1937, portanto, mais de vinte neiro. Neste mesmo ano, já famoso e conhecido em todo o “Éramos atenciosos às suas aulas, pelo imã do
anos. Nessa função dedicou-se a coletar dados de óbitos de país, aceitou o convite do presidente Getúlio Vargas para seu talento, duma cultura especializada e de uma
Exerceu a clínica pediátrica e logo buscou também exercer o crianças até um ano de vida, para compreender a causa do trabalhar na capital federal e deixou a Fameb, transferindo- didática impressionante. Suas palestras eram,
magistério, pois em 1909, com um ano de formado, tomou alto índice de mortalidade infantil na Bahia. Identificou, -se para a Faculdade Nacional de Medicina da Universida- indiscutivelmente, as de maior assistência; a
posse, em 5 de junho, como Assistente Efetivo da cadeira de sobretudo, problemas higiênicos nas habitações e erros die- de do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janei- apresentação do doente, então, permitia-nos ver
Clínica Pediátrica Cirúrgica e Ortopédica. Em 1º de abril de téticos, inclusive a substituição do aleitamento materno por ro - UFRJ). Naquele estado, teve a tarefa de organizar o muito mais que o existente em todos os tratados
Leituras
recomendadas
SOUZA Antônio Loureiro de. Martagão Ges-
teira. In: SOUZA Antônio Loureiro de. Baia-
nos ilustres (1564-1925). 2.ed. Bahia: Secretaria
da Educação e Cultura-Governo do Estado da
Bahia, p. 279-280, 1973.
Depoimento do também ex-aluno José Silveira destaca o Prof. SILVEIRA, José. Vela acesa. Memórias. Rio
Joaquim Martagão Gesteira, ‘mestiço claro’, de ‘voz metálica’ de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília, INL,
e ‘perseguido pela surdez’, não só como um grande médico, 1980. 321p.
mas também como excelente e excepcional didata: “Foi ele
[Martagão Gesteira] um dos nossos maiores mestres”. E cha-
ma a atenção para o compromisso social de Martagão em sua
área, a Pediatria.
A todo vapor
Clube dos Médicos se prepara para um ano fértil
Pionerismo Com tecnologia ver muito daquilo que atualmente é tica para isso e priorizou, entre as
feito no mundo e tem de ser impor- ações do Sesi durante sua gestão,
tado para o país na área de saúde”, o Cimatec, ao qual o ITS está inte-
de ponta, ITS
baiano
explica Dr. Badaró. grado. Além dele, o diretor de Tecno-
logia e Inovação do Senai Cimatec,
transforma sonho Para que isso aconteça, o instituto
aposta no conceito de transversa- Leone Andrade, foi fundamental
para que todos aqui dentro pudes-
lidade. A ideia, segundo o pesqui-
em realidade na sador, é utilizar o conhecimento já sem enxergar o Instituto como cola-
borador do Cimatec”, destaca.
produzido pelas 33 áreas de com-
saúde petência da instituição, alinhado às
demandas da indústria, e transferi-
Sendo o Cimatec responsável por
manter a interface da educação
-lo para a saúde. Em linhas gerais, com a indústria, existe a perspec-
o ITS tem um objetivo pré-definido tiva de implementação de cursos
que é apoiar o complexo industrial técnicos e de extensão na área de
da saúde no desenvolvimento de saúde. “Está no nosso radar até a
fármacos, medicamentos, equipa- montagem de um curso de gradu-
mentos e materiais de uso em saú- ação de engenharia biomédica”,
de que sejam estratégicos para o comemora o pesquisador.
SUS. “Vamos produzir muita coisa a
custo de um décimo do que se gas- Resultados
ta hoje”, garante o médico. Os frutos desses investimentos
O médico esclarece, no entanto, que devem chegar mais rápido do que
o ITS Cimatec não é uma fábrica e se espera. Três anos, segundo Dr.
sim um centro de transferência tec- Badaró, serão suficientes. De acor-
nológica e de desenvolvimento de do com o médico, trata-se de um
tecnologia. Isso não impede a cria- plano bem objetivo, baseado em
ção de uma startup em suas insta- projetos e não em ciência pura. “A
lações que, posteriormente, pode se minha regra aqui se baseia no livro
constituir numa área privada ou den- ‘O Quadrante de Pasteur’. Nele, o
tro do Cimatec Industrial. “Ou ainda autor Donald E. Stokes demonstra
realizar a transferência direta para que, entre os quatro maiores cien-
uma farma pública”, exemplifica. tistas do mundo, Pasteur foi o mais
bem sucedido porque foi contratado
Recursos
Q
por uma empresa não para fazer
uem passa pela Avenida ra foi criada a partir do encontro feliz A Fieb sozinha não teria condições pesquisa, mas para resolver um
Orlando Gomes e avista “Aqui encontrei o entre o médico, que buscava um lo- de arcar com os investimentos ne- problema no processo de fermenta-
ção. Nesse caminho, ele descobriu
as instalações do Cam- cal para desenvolver uma armadilha cessários para um projeto como o
pus Integrado de Ma- ambiente ideal, com para o mosquito Aedes aegypti, e um ITS, apesar dos aportes atuais da micróbio, ele fez vacina. Ele estava
focado nisso. Então, no processo da
nufatura e Tecnologias
– Senai Cimatec não
tecnologia de ponta, dos mais avançados centros de edu-
cação, tecnologia e inovação do país.
ordem de aproximadamente R$ 1,2
transferência tecnológica, vão surgir
milhão. A boa notícia é que o Minis-
tem sequer uma vaga ideia do sig- para desenvolver muito “Cheguei aqui e fiquei bobo. Na mi- tério da Saúde confirmou, em 2017, muitas coisas por aqui”, assegura.
nificado que o complexo criado pela
daquilo que atualmente nha experiência como subsecretário a liberação de R$ 30 milhões para “Vamos produzir muita E contra fatos não há argumentos!
Federação das Indústrias do Estado implantação do Instituto.
da Bahia (Fieb) tem para a saúde da é feito no mundo e tem
de saúde do estado, identifiquei situ- coisa a custo de um Em menos de um ano de funcio-
namento já existem projetos em
ações críticas para a sustentabilida- Mas Dr. Badaró ressalta o empe-
Bahia, do Brasil e até do mundo. É ali
que o infectologista Roberto Badaró de ser importado para o de do Sistema Único de Saúde (SUS). nho de dois agentes para o projeto décimo do que se gasta andamento nas áreas de software,
O SUS não acompanhou a evolução circulação corpórea, supercom-
assume o posto de pesquisador che-
país na área de saúde” da medicina, hoje no estágio 4.0.
dar certo. “A realização do ITS, sem hoje [no SUS]” putação e combate ao vetor da
fe do Instituto de Tecnologia da Saú- dúvida, dependeu do apoio do pre-
Aqui encontrei o ambiente ideal, com sidente da Fieb, Ricardo Alban, que Roberto Badaró dengue, zika e chicungunya. “Já
de (ITS) do Senai Cimatec. A estrutu- Roberto Badaró
tecnologia de ponta, para desenvol- sempre demonstrou vontade polí- desenvolvemos uma máquina de
A
Cursos em destaque: Lançamentos:
transferência tecnológica e de desenvolvimento
de tecnologia não se restringem aos ambientes . Medicina do Trabalho . Dermatologia
internos. Diversas parcerias foram firmadas para Mais de 5.000 médicos atuando no
que o conhecimento nacional e internacional seja . Medicina Intensiva . Reumatologia mercado nordestino. Unidades em :
reproduzido e propagado pelo Instituto. Trata-se de . Cardiologia . Medicina em Urgência
um processo de mão dupla com instituições como
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA), Associação Brasileira da
. Psiquiatria e Emergência Salvador . Recife . Petrolina.
Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, . Endocrinologia . Ginecologia Obstetrícia Natal . João Pessoa.
Hospitalares e de Laboratório (Abimo – SP), Massachussets . Geriatria . Neurologia
Institute of Technology (MIT, Cambrige, Massachussets, USA), In- Fortaleza . Feira de Santana.
fections Diseases Research Institute (Idri, Seattle, USA), Elucida . Perícias Médicas Itabuna . Caruaru .
Research (Havard Medical School, Boston, USA), Brigham and
Women’s Hospital (BWH, Boston, USA), e University of California
. Saúde Mental ATÉ 15% DE DESCONTO
(UCSD , San Diego, Califórnia, USA). PARA ASSOCIADOS ABM*
Informações adicionais:
Além disso, foram assinados protocolos de intenções para de-
senvolvimento de projetos assinados com instituições locais . Calendário definitivo;
como Hospital São Rafael, Hospital Português e Hospital Roberto . Aulas um final de semana por mês;
Santos. . Prática ambulatórial supervisionada e seminário ao final do curso;
. Manequins e simuladores de última geração.
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38 | Revista abm • abril 2018 * Consulte nossos contatos e saiba sobre a política de descontos.
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da Educação - Conselho Nacional de Educação / Câmera de Educação Superior número 1/2007. www.portalf.com.br
diário de bordo
GRANDES VIAGENS
Disney na maior cidade da China; e o junto com seus filhos. A gente se di- se divertiram ao lado da mãe e do
Okinawa Churaumi Aquarium, no Ja- verte, brinca e faz palhaçada o tempo padrasto com os shows de fogos e
pão, que é o terceiro maior do mundo inteiro. Foi um presente para todos o simulador da Nasa. No Hollywood
e conta com 77 tanques com 10 mil nós”, revela a oftalmologista. Studios, puderam conferir como são
metros quadrados de água salgada. produzidos os filmes, e entraram
Para o roteiro que incluiu Gramado e
nos bastidores de uma produção. No
Jedson enfatiza que na viagem com Canela, os garotos ainda tinham oito
Universal Studios, que é o principal
filhos é preciso adaptar-se à criança. e cinco anos. Eles foram conhecer o
Viajar com os filhos pode ser uma experiência para não sair da memória, “Os programas noturnos são me- Natal Luz, que encanta a criançada e
parque do complexo Disney, ficaram
e uma oportunidade para estreitar os laços, compartilhar vivências e encantados com a área dedicada a
nos intensos, ao contrário do que também os adultos. “É muito bonito.
Harry Potter. “Parecia de estávamos
aproveitar os momentos de alegria ao lado de quem a gente ama acontece de dia. O objetivo maior é O espetáculo Nativitaten acontece
em um filme”, diz entusiasmada.
estarmos juntos”, acredita. A última em um lago, com show de luzes, can-
viagem dos três foi em um cruzeiro tores líricos e tambores. As pessoas Foram dias de muita diversão em
M
uitos pais fazem questão de inserir os pequenos E olha que nos últimos três anos elas foram frequentes! pelo Mar Mediterrâneo, que começou levam velas e participam do cenário. família. “Íamos para o hotel apenas
desde cedo nos seus planos de viagem, tanto Em 2015, eles conheceram a Escandinávia, além da em Barcelona, na Espanha, e seguiu As crianças adoram”, indica Claudia, para descansar. Não parávamos, era
para lugares turísticos que proporcionam pura- Rússia e Lituânia. Um ano depois seguiram para a Ásia, por Palermo e Gênova, na Itália; Mar- que acrescentou ainda o Mini Mundo, muita curtição. Saíamos de uma atra-
mente diversão quanto para regiões ricas em aspectos passando por países como Japão, China, Singapura e, de seille, na França; e Ilhas Maltesas. que apresenta réplicas de oito países ção e entrávamos em outra. Só pará-
históricos e culturais. “A presença da criança diverte. É quebra, uma paradinha no Oriente Médio, mais especifi- “Foram viagens muito legais, que pro- como atração imperdível. vamos para fazer um lanche, jantar e
uma experiência e tanto, que nos proporciona a sensação camente nos Emirados Árabes. “Foram muitos os locais porcionaram diversão, mas também dormir. Foi uma viagem muito espe-
Também no sul do país, outra viagem
de que estamos completos”, afirma o médico anestesio- que visitamos e diversas experiências legais para todos”, transmitiram muita cultura e conhe- cial”, recorda a oftalmologista.
marcante para a família foi para o
logista Jedson Nascimento, que, junto com a esposa, tem garante o pai de Clara. Entre os lugares mais marcantes, cimento”, destaca o anestesiologista. Desde os oito meses de idade, Luiz
Beto Carrero World, em Santa Catari-
sempre a companhia da filha Clara Nascimento, hoje com além da suntuosa Dubai, eles destacam o Universal Stu- Também foram muitos os momentos na. “Foi um final de semana de muita Fernando Melo Filho viaja com os
sete anos, nas viagens pelo mundo. dios Singapore, um parque temático localizado no Resorts de alegria nas viagens em que Maria chuva, mas mesmo assim aproveita- pais - o médico dermatologista Luiz
Claudia Galvão
Para saber mais sobre como contribuir com uma
Fernando Melo e Augusta Borges. Fo- que cita outras viagens com momen- da o pai. Outro momento marcante
maior segurança para o paciente em Atenção
ram dezenas de viagens pelo país e tos especiais, em países como Emira- foi a visita ao Memorial das Vítimas Domiciliar, entre em contato com
ao redor do mundo. “A primeira delas dos Árabes, Alemanha, França, Itália, do 11 de Setembro, em Nova York. o “Núcleo de Segurança do Paciente”
foi há 20 anos, para o sul da Bahia, Turquia e Panamá.
Na viagem com filho, segundo o ca- da Assiste Vida através do e-mail:
em Comandatuba”, conta. A partir
“Na viagem para a França, ele se im- sal, muda muita coisa. “Temos a tran-
daí, foram milhares de quilômetros
pressionou muito com o Museu do quilidade de estar com ele ao lado,
contato@assistevida.com.br
percorridos pelos mais diversos con-
Louvre. Na escola onde estudava, o que é muito prazeroso. E isto é re-
tinentes.
sempre incentivavam o gosto pelas cíproco. Acaba sendo mais divertido,
“É uma satisfação viajarmos juntos. artes, e ele gostava muito das obras sobretudo em função das expectati-
Ter a família reunida”, afirma o pai. de Henri Matisse e ficou encantado vas e das descobertas dele. É uma
Quando o Luiz Filho tinha um ano e pela possibilidade de ver de perto as experiência sempre muito gratifican-
meio, eles fizeram a primeira das seis pinturas desse artista francês”, recor- te”, diz o pai orgulhoso.
visitas à Disney. “A mais marcante, no
entanto, foi quando ele tinha cinco
anos. Ele ficou encantado com tudo
que via nos parques”, lembra a mãe,
“Temos a
tranquilidade de 10 ANOS
estar com ele ao
lado, o que é muito
prazeroso. E isto é
www.assistevida.com.br
recíproco.”
Luiz Fernando Melo
(*)Atendimento de segunda
à sexta em horário comercial.
primeiros passos
APOIO
PERMANENTE
“Queremos mostrar
aos estudantes faculdades, chegando, inclusive, a minha formação, estive na ABM, par-
que estamos perto contar ponto na rede curricular das ticipei de campeonatos no Clube dos
deles, em defesa escolas”, diz. Médicos, conheci profissionais mais
da classe médica e, Nesses eventos, além de facilitar o
experientes, além de tomar parte de
consequentemente, confraternizações, eventos científi-
acesso a informações científicas, a
cos e até de organizar alguns. Como
defendendo os ABM transmite outros valores e co-
não venho de família médica, sempre
direitos deles nhecimentos importantes para o pro-
procurei conhecer profissionais e o
O caminho para se tornar médico é longo e exige dedicação e paciência. fissional de medicina. “Ensinamos a
desde já” importância do humanismo, a rela-
ambiente da ABM me proporcionou
O suporte de uma associação pode tornar essa jornada mais fácil isso”, revela.
Robson Moura ção médico-paciente e, principalmen-
te, que exames de laboratório não Para ele, a classe médica ainda sofre
S
substituem uma história detalhada com a desunião, que começa ainda
ão muitas horas de estudo, do paciente e um bom exame clínico. nas salas de aula, e a participação
aulas práticas e teóricas e Tentamos, dentro do possível, resga- na vida associativa pode impactar
um mundo de conhecimento observando a qualidade dos cursos tar uma medicina que parece ter sido positivamente nessa questão. “Des-
que deve ser absorvido pelo futuro de medicina. “Infelizmente, há facul- esquecida em algum lugar do passa- de a faculdade, vai se construindo
profissional. Para tornar essa jornada dades de péssima qualidade sendo do”, explica Ribeiro. um distanciamento entre os estu-
mais fácil, os estudantes de medicina abertas e os estudantes precisam co- dantes e acho que isso se reflete na
Segundo o diretor, uma das metas
contam com o apoio da Associação nhecer para não comprar gato por le- carreira médica. É uma categoria que
da ABM é estreitar cada vez mais os
Bahiana de Medicina (ABM) desde bre. São instituições sem professores ainda tem muito a evoluir em termos
laços com faculdades e hospitais uni-
o primeiro semestre do curso. “Todo qualificados, sem um hospital para de estar unida, de agir em conjunto”,
versitários, fechando novas parcerias
acadêmico de medicina é automati- os alunos treinarem, então, também pondera.
e reforçando as já existentes. “Afinal,
camente um associado da ABM. Ele é nossa preocupação garantir qua-
temos objetivos semelhantes, respei- Cursando o último semestre da gra-
é o futuro da Associação. E ele tem lidade na formação do médico e na
tando as devidas proporções, de edu- duação, Rodrigo pontua que é impor-
uma grande vantagem: por ser estu- assistência médica”, observa Moura.
cação continuada e colaboração na tante que a ABM invista na procura
dante, não precisa pagar anuidade,
O diretor acadêmico da ABM, Gui- formação médica”, afirma. pelos estudantes para que cada vez
mas tem todos os direitos dos asso-
lhardo Fontes Ribeiro, conta que a mais acadêmicos possam partici-
ciados, como plano de saúde e des- O estudante Rodrigo Santiago é um
entidade busca a aproximação com par das atividades. “O estudante só
contos em compras, exceto votar e dos que têm participação ativa nas
os estudantes de modo bastante di- tem a ganhar. Ele precisa entender
ser votado”, explica o presidente da atividades da Associação. “Incluir os
versificado e criativo. Entre as ativida- que dá para ampliar seu networking,
ABM, Robson Moura. estudantes na vida associativa antes
des acadêmicas, ele cita simpósios, seu know-how, desfrutar de serviços
da formação é fundamental. Durante
O médico também destaca que a en- palestras, eventos em praça pública, e contribuir para a associação. Às
tidade está atenta a todas as ques- gincanas e a colaboração com ensi- vezes, o estudante acha que a ABM
tões que envolvem a atuação do no e pesquisa. “Existe grande aceita- está tendo um retorno lucrativo, en-
profissional de medicina, das quais ção por parte dos acadêmicos, o que tão, é preciso mudar essa imagem
muitas irão se refletir a longo prazo pode ser facilmente confirmado pelas “Ensinamos a para que se tenha mais adesão dos
e impactar diretamente na carreira centenas de estudantes que, anual- importância do acadêmicos”, analisa.
de quem hoje é estudante. “São seis mente, participam dos nossos even- humanismo, a relação Para o presidente da ABM, é normal
anos de graduação e mais quatro ou tos”, ressalta. médico-paciente que o estudante foque apenas na for-
seis anos de residência. A formação
Ribeiro pontua, ainda, que as ativi- e, principalmente, mação e se esqueça de construir rela-
do médico nunca é inferior a dez
anos. E queremos mostrar aos estu-
dades contam com o conhecimento que exames de ções em outros âmbitos. “A gente não
e, muitas vezes, com a participação laboratório não vive numa redoma. Existe um mun-
dantes que estamos perto deles, em
de representantes das faculdades de do aí fora e nossa relação com esse
defesa da classe médica e, conse-
medicina de Salvador. Uma das ativi- substituem uma mundo é grande. Nós procuramos as
quentemente, defendendo os direitos história detalhada do
dades de grande sucesso desenvol- faculdades e pedimos espaço. A gente
deles desde já”, afirma o presidente.
vida em parceria com as instituições paciente e um bom quer divulgar para os estudantes que
Outra função da ABM é colaborar de ensino foi a Gincana Médica. “Foi exame clínico.” a Associação Bahiana de Medicina é
com a formação dos estudantes, seja criada por um dos departamentos de deles e eles devem estar presentes
organizando eventos científicos ou ensino da ABM, em parceria com as Guilhardo Ribeiro nela”, conclui Dr. Robson.
44 | Revista abm • abril 2018 abril 2018 • Revista abm | 45
especial
Celeiro de saúde
Balanço de atividades mostra que Iness está em franca expansão
O
Instituto de Ensino e Simulação em Saúde (Iness)
desenvolveu intensa atividade científica, educacio-
nal e social no ano de 2017, entre cursos, campa-
nhas e parcerias. Além disso, expandiu sua área de atu-
ação levando conhecimento para o interior baiano, bem
como para fora do estado.
No total, foram 89 turmas formadas em 2017, que en-
volveram 1.691 alunos em 14 cursos distintos. Dentre
os tradicionais - certificados por entidades internacionais
- figuram o ACLS, PALS, BLS e Salva Coração, do Ameri-
can Hearth Association (AHA); ATLS e ATCN, do American
College of Surgeon (ACS); ALSO, do American Academy
of Family Physicion; de PHTL, do National Association of
Emergency Medical Technicians.
Também foram realizados cursos especialmente desen-
volvidos por nossos instrutores, com garantia de qualida-
de da Associação Bahiana de Medicicna (ABM) e certifica-
ção do Iness, tais como o já conhecido Via Aérea Avançada
lizadas atividades educacionais com pacientes e familia-
e Ventilação Mecânica por Simulação, do Dr. Emidio Lima;
res da cardiologia do Hospital Aliança, com envolvimento
e os novos Fórceps Obstétrico por Simulação (ForSim), de
de mais de 250 participantes.
Dr. Antônio Carlos Vieira Lopes; Atendimento a Múltiplas
Vítimas (AMV), dos Drs. Oswaldo Bastos Neto, Ivan Paiva Por solicitação de hospitais parceiros foi realizado um
Filho e Izio Kowes; e o de Propedêutica Aplicada e Sinais encontro com engenheiros e técnicos em bioengenharia
de Alerta para Enfermagem (PASE), desenvolvido pelos hospitalar para discutir a segurança e a manutenção de
Drs. Roberto Valente Filho e Izio Kowes. equipamentos, com a participação de 62 profissionais.
Fora de Salvador, um curso ALSO em Juazeiro teve grande De forma pioneira foi prestada a assessoria do curso pre-
repercussão local, assim como os quatro cursos PHTL re- paratório intensivo para o exame de residência médica
alizados em Cuiabá, no estado do Mato Grosso. para a empresa PontoMed, iniciativa que irá se repetir
em 2018, com um módulo prático a ser realizado inte-
As parcerias com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e com
gralmente no Iness. Por fim, apesar da grave crise que
a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) foram man-
o país atravessa, foi mantida a proposta de representar
tidas, o que permitiu a realização de cinco sessões de
uma importante casa de educação e aperfeiçoamento
educação continuada de Cirurgia, e seis encontros com
dos profissionais de saúde.
alunos do Professor Nivaldo Filgueiras, da Faculdade de
Medicina da Uneb, envolvendo mais de 200 graduandos Para 2018, novos projetos estão em andamento: os cur-
e residentes. sos de Ultrasom a Beira do Leito (BLS), de Cirurgia do
Colégio Americano de Cirurgiões e do Trauma Evaluation
A campanha Maio Amarelo - um alerta a todos sobre o in-
Management (TEAM) do ACS, além do já mencionado
justificável e inaceitável número de vítimas do trafego no
módulo prático de preparação para o exame de residên-
Brasil – também contou com ativa participação do Iness.
cia médica.
Da mesma forma, o mês de outubro se mostrou bastante
profícuo, com a participação do Instituto em atividades O Iness espera, em 2018, continuar contando com a
pela Semana do Coração, quando foi promovido o trei- confiança que a classe médica e todos os profissionais
namento do Esquadrão de Saúde de Salvador da Força de saúde depositaram no instituto e agradece a todos os
Aérea Brasileira em Suporte Fundamental de Vida, e rea- colaboradores e instrutores por mais um ano de trabalho.
Uber da medicina
O Conselho Federal de Medicina (CFM) regula-
mentou o uso do chamado “uber da medicina”,
serviço em que o paciente pode chamar um
médico por meio de um aplicativo. A Resolução
nº 2.178 regulamenta a atuação dos aplicativos
Salvador sedia entre os dias 26 e 28 de julho (APPs) que conectam pacientes a serviços de
o VII Congresso Baiano de Patologia Cervical atendimentos domiciliares. Entre as exigên-
Uterina e Colposcopia. O encontro, que acontecerá cias que deverão ser cumpridas estão a de
no Sheraton Hotel da Bahia, vai discutir temas que todos os especialistas anunciados sejam
como câncer do colo uterino, vagina e vulva; efetivamente preparados para atuação na área
lesões precursoras: epidemiologia, diagnóstico específica, o engajamento de um diretor-técnico
e tratamento; lesões intra-epiteliais penianas e médico, a promoção do arquivamento dos pron-
anais, HPV- vacinas, imunologia, biomarcadores tuários de atendimento e a inscrição no Conse-
e testes; rastreamento do câncer de colo uterino; lho Regional de Medicina (CRM) onde pretende
citopatologia; infecções do trato genital inferior; atuar. Para o CFM, é ético o uso desse tipo
estética feminina. Também haverá um curso de de serviço, comumente chamado de “uber da
atualização em citopatologia ginecológica pré- medicina”. Contudo, a autarquia entende que as
congresso, com coordenação da professora Drª. regras éticas devem ser cumpridas pelos profis-
Conceição Queiroz. Mais informações e inscrições sionais inscritos e pelas empresas do setor.
no endereço www.abmeventos.org.br.
Radar abm Pílulas do Saber
O estacionamento da Associação
Bahiana de Medicina (ABM) virou um
grande salão no dia 27 de janeiro,
quando os participantes puderam
aproveitar o clima de carnaval das
antigas. Estudantes de medicina, re-
cém-formados, médicos, familiares e
até crianças se divertiram ao som da
Nódulos tireoidianos:
Banda Paroano Sai Milhó, além de
DJ, e desfrutaram do serviço all in-
clusive de alimentos e bebidas.
atualização do sistema de Bethesda modifica prática clínica
A Lavagem contou com as tradicio-
nais baianas distribuindo fitinhas do
Senhor do Bonfim e preparando os O sistema de Bethesda para o laudo da citopatologia Fim da indicação cirúrgica pela lâmina da biópsia
deliciosos abarás e acarajés. tireoidiana (TBSRTC, do inglês The Bethesda System for
O sistema de Bethesda original foi amplamente adotado
Reporting Thyroid Cytopathology), que tenta padronizar os
“As lembranças são inevitáveis e até nos Estados Unidos e em outros países, e também foi
laudos e os critérios citológicos da biópsia de aspiração
saudáveis, falo das boas recorda- endossado pela American Thyroid Association.Todavia,
por agulha fina dos nódulos tireoidianos, introduzido em
ções sem saudosismo”, disse o dire- em 2016 a necessidade de uma atualização ficou patente.
2009, foi atualizado.
tor acadêmico da ABM, Dr. Guilhardo Em um simpósio realizado durante o International
Fontes. “Teve momentos que lembra- Embora grande parte do TBSRTC original permaneça igual,
Congress of Cytology em 2016 foi discutida grande parte
vam mesmo o carnaval das antigas, vários “aprimoramentos” foram introduzidos na versão de
das bases da revisão atual. O Dr. Harrell observou que
como quando tinha muita gente no 2017, com base em novos dados e no desenvolvimento
um importante “princípio norteador da conduta moderna
salão”, completou. desta área.
nos casos de nódulos tireoidianos que é explicitamente
“É muito legal que os jovens estejam “Todos os refinamentos do sistema de Bethesda feitos citado” neste novo trabalho é o fato de o diagnóstico do
participando, é uma maneira de unir em 2017, as diretrizes de 2015 da American Thyroid nódulo tireoidiano não existir em um vácuo citológico.
várias gerações de médicos e estu- Association , e os tão esperados algoritmo e diretrizes
“O que temos percebido é que a citopatologia da tireoide
dantes em um ambiente descontraí- dos nódulos da tireoide da American Association of
precisa ser interpretada no contexto mais amplo da
do”, afirmou a estudante de medici- Clinical Endocrinologists são tentativas de reduzir as
anamnese, do exame físico e dos achados cervicais pela
na Juliana Rios. cirurgias desnecessárias da tireoide”, diz o Dr. Richard
ultrassonografia, para poder ter o máximo valor para o
Mack Harrell, médico e presidente do American College
Veterana na Lavagem do Peritônio, paciente”, disse o comentarista.
of Endocrinology, convidado pelo Medscape a tecer um
Dra. Ana Luiza Fontes garante que comentário independente. “O resultado prático desta nova forma de pensar depende
o evento é como o vinho. “Cada ano do entendimento de que o patologista não pode mais
que passa fica ainda melhor”, brin- “E quando a cirurgia é necessária, as alterações são
trabalhar em um contexto desconectado do paciente, do
cou. “Esta última edição foi fantásti- para se certificar de que o procedimento realizado seja
endocrinologista, e do cirurgião endócrino, e que a estreita
ca graças ao Paroano, que deu um o mais conservador possível, e alcance os objetivos
colaboração clínica é agora essencial em praticamente
show”, finalizou. diagnósticos e terapêuticos da intervenção sem
todos os níveis”, acrescentou Dr. Harrell.
tornar o paciente dependente de hormônio tireoidiano
desnecessariamente”, acrescentou. “Os dias da indicação cirúrgica determinada
exclusivamente pelo patologista examinando lâminas em
A revisão de 2017 do sistema de Bethesda foi publicada
uma sala escura a quilômetros de distância do local do
simultaneamente nos periódicos Thyroid (2017;27:1341-
atendimento do paciente entraram para a História”.
1346) e Journal of the American Society of Cytopathology
(2017;6:217-222).
origem
origem no mar e, por fim, a carne é a
base dos dois últimos. Antes das so-
bremesas, para limpar o paladar, um
sorvete de maracujá da caatinga ou
uma caipirinha estão entre as opções
no intermezzo.
O menu é diferente a cada dia, sendo
mantido apenas o couvert e o abara-
jé, entre os snacks. “A gente sempre
procura fazer o menu de acordo com
Viajar pelas origens e traduzir as lembranças e sentidos na gastronomia. Foi com o melhor produto que temos naque-
este sentimento que um casal de chfes implantou o Restaurante Origem le momento. Há pratos que saem e
voltam e há pratos que são da sema-
na”, cita o chef. Entre os destaques,
C
geralmente elogiados pelos clientes
om uma cozinha autoral, os chefs A proposta do restaurante é oferecer
do restaurante, está o camarão com
Fabrício Lemos e sua esposa, um menu degustação, com preço fixo
ravióli de fumeiro e banana da terra.
Lisiane Arouca se inspiram nas de R$ 180 por pessoa. Ele segue 14
raízes baianas e nos produtos de seus passos, iniciados com um drink de As sobremesas são a especialidade “Cada sobremesa tem um
mais diversos biomas, como a Mata boas-vindas, sempre à base de frutas da chef Lisiane Arouca, que leva à
sazonais, como seriguela, umbu, ma- mesa, a cada menu diário, duas delí-
nome, como ‘lá na minha vó’,
Atlântica, Cerrado e Caatinga, para
apresentar deliciosos pratos, através racujá da caatinga, entre outros. Em cias de dar água na boca. A primeira que é uma sobremesa que
de um menu degustação. “Estávamos seguida, são servidos quatro snacks, delas, em geral, tem um toque mais a avó dela fazia. O que ela
buscando algo que tivesse a ver e o destaque fica por conta do abara- frutado, seguida de opções mais ado- cria conta muito da história,
com a nossa identidade, com aquilo jé, uma invenção do chef que mistura cicadas. De acordo com o marido e
a crocância do acarajé com o sabor
o que ela vivenciou. É o que
que acreditávamos. O nome Origem
remetia à volta às origens, a volta do abará. ela acredita ser gostoso,
ao sabor, daquela comida de vó, da O próximo passo é o couvert, que
que agrada o paladar. São
mãe. E, para chegar à excelência de inclui variados pães e ingredientes sobremesas que alegram a
sabor, fomos buscar o produto na sua como o requeijão-manteiga e a car- alma”
origem”, conta Fabrício. Ele e Lisiane, ne de fumeiro. Chega-se, então, aos
antes de abrirem o restaurante, pratos principais. São cinco no total. Fabrício Lemos
fizeram uma expedição pela Bahia e Segundo o chef Fabrício, um prato
confirmaram que o estado tem muita mais cítrico é seguido de algo mais
coisa além de dendê. sócio Fabrício, Lisiane adora a com-
Para fazer uma comida de excelên- binação de doce de leite com maçã
cia, segundo os dois chefs, é fun- “A gente sempre procura e canela. “Cada sobremesa tem um
nome, como ‘lá na minha vó’, que é
damental ter produtos frescos e de fazer o menu de acordo uma sobremesa que a avó dela fazia.
alta qualidade. O umbu, ouricuri e com o melhor produto que
o peixe fresco local são exemplos O que ela cria conta muito da histó-
de produtos nativos utilizados em
temos naquele momento. Há ria, o que ela vivenciou. É o que ela
alguns dos pratos da casa, assim pratos que saem e voltam acredita ser gostoso, que agrada o
paladar. São sobremesas que ale-
como a carne-do-sol, que é elabora- e há pratos que são da gram a alma”, afirma. No final é servi-
da no próprio restaurante. “Nossa semana”
intenção, na verdade, era que fosse do um café, cujos grãos são colhidos
na Chapada Diamantina, região que
algo o mais simples possível. Tanto Fabrício Lemos produz entre os melhores grãos do
que o nosso slogan é ‘resgate do
simples’”, destaca Fabrício. mundo, conforme certificações.
Harmonização
O Restaurante Origem também ofe-
rece um menu harmonizado, que
inclui vinhos brasileiros. Neste caso,
o valor total do jantar é de R$ 300.
“Nossa carta torna-se cada vez mais
brasileira. O meu objetivo é encontrar
produtores que são desconhecidos
no Brasil, mas que oferecem vinhos
de excelência, da melhor qualidade,
e que podem ser inseridos na nossa
carta”, diz Fabrício. Os clientes, no
entanto, também podem optar por le-
var o vinho de sua preferência. Neste
caso, é cobrada uma taxa de R$ 50
por rolha.
O ambiente acolhedor é outro dife-
rencial do restaurante, localizado
no bairro do Caminho das Árvores.
De acordo com o chef, o arquiteto
Ricardo Campos conhece bem os
proprietários e o amor dos dois pela
gastronomia. “Ele foi muito flexível e
pudemos colocar no restaurante um
pouco do que acreditávamos, incluin-
do itens pessoais”, revela. Na decora-
ção constam fotos de um amigo, que
mostram um Nordeste feliz, mesmo
com suas dificuldades. “Tentamos fa-
zer algo que fosse simples e de bom Fabrício Lemos Lisiane Arouca
gosto”, destaca.
O soteropolitano morou 13 Natural de Salvador, é
A música também está presente, anos nos Estados Unidos, formada em Gastronomia
mas no tom certo. “Sempre busca- onde formou-se pela Escola pela Estácio Bahia e fez o
mos artistas baianos que fazem uma de Gastronomia Francesa curso de Chef de Cozinha
boa comunicação e uma música que Le Cordon Bleu e trabalhou pelo Senac. Trabalhou em
em diversos restaurantes diversos restaurantes da
não atrapalhe muito o andamento do
da rede de hotéis Ritz capital baiana como chef
jantar. Ela vem para compor e não Carlton. Retornou para confeiteira, assinando
para se sobressair”, explica. A músi- Salvador, onde dissemina a sempre o cardápio de
ca, desta forma, não tira a atenção gastronomia local e busca sobremesas. Foi sócia
do cliente quanto à degustação. Ela evoluí-la. Na capital baiana, proprietária do 4Chef’s
compõe a experiência e a seleção antes de abrir seu próprio por quatro anos, empresa
musical é baseada neste princípio. restaurante, passou pelos especializada em
restaurantes Mistura, Al confeitaria personalizada,
O restaurante conta com 50 lugares Mare e Amado. onde pôde misturar suas
e funciona de terça a sábado, sempre duas grandes paixões: a
das 19h30 à 0h. A procura é grande e arte e o açúcar.
é necessária a reserva.
Tatiana Azeviche/Setur
Dorival Caymmi, Caetano Veloso e, claro, Toquinho
e Vinícius de Moraes. Itapuã ganhou o mundo na
poesia desses grandes nomes da MPB e passou a
fazer parte do imaginário brasileiro. Virou lenda.
Hoje, Itapuã não é mais somente areia, mar e co-
queiros, mas continua a ser uma boa ideia passar
uma tarde, um dia, semanas e até uma vida inteira
por lá. Opções não faltam.
Para além da orla que permite uma bela vista da
cidade e um cenário paradisíaco com o Farol de Ita-
puã, o bairro abriga o Parque Metropolitano do Aba-
eté e o famoso tabuleiro da baiana Cira, responsável
por um dos mais cobiçados acarajés da Bahia, no
Largo que leva o mesmo nome do bairro.
Aliás, comer bem em Itapuã não é difícil. O Restau-
rante Casa di Vina serve muitas massas com frutos
do mar na sala da antiga casa do Poetinha, que
também abriga cinco dos 71 apartamentos do Ho-
tel Mar Brasil, erguido no mesmo terreno. É possível
até dormir na suíte de Vinicius e sua amada Gessy
Gesse e tomar um banho na piscina em formato de
bumbum.
O restaurante mais chique do bairro, o Mistura,
começou como barraca de praia, mas virou gente
grande e foi premiado várias vezes pelo extinto Guia
Quatro Rodas por seu equilibrado cardápio de sabo-
res baianos e contemporâneos. A mesa de frutos do
mar brilha no bufê de almoço.
No mais, é vestir um velho calção de banho e arru-
mar um dia pra vadiar por lá.