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REVISÃO PARA SEGUNDA PROVA

OFICIAL
TRANSMISSÃO DE DADOS

Professor Luciano Rodrigues de Souza


CARACTERÍSTICAS DO MEIOS DE
TRANSMISSÃO
Pode-se observar que os meio de transmissão são divididos em
meios guiados e não guiados.

MEIOS GUIADOS são aqueles onde sinal permanece confinado


no meio de transmissão. Fios, cabo coaxial, fibra de vidro.

MEIOS NÃO GUIADOS é aquele onde não há confinamento do


sinal, ou seja, o sinal pode ou não espalhar-se. Rádio, micro-
ondas, infravermelho, etc.

A qualidade dos sinais numa transmissão de dados são


determinadas pelas características do meio e do próprio sinal.
CARACTERÍSTICAS DO MEIOS DE
TRANSMISSÃO
Para meios guiados, as limitações são mais influenciados pelo
meio de transmissão de dados utilizado.

No contrário, está o meio de transmissão não guiados. Onde, a


largura de banda produzida pela antena pode determinar a
qualidade do sinal.
CARACTERÍSTICAS DO MEIOS DE
TRANSMISSÃO
O projeto de um sistema de comunicação de dados é desejável
que o mesmo tenha alta capacidade de transferência e alcance
grandes distâncias.

Desta forma deve-se observar os seguintes fatores:

✓ Largura de banda (Bandwidth)


✓ Limitações físicas
✓ Interferências
✓ Excesso de receptores ou transmissores.
FIOS DE COBRE
Considerado o primeiro meio de transmissão de dados através
de sinais elétricos.
Vantagens:
• Barato, fácil de encontrar na natureza.
• Possuem boa condutividade elétrica.
PAR TRANÇADO
• Fios torcidos entre si, mudam as propriedades elétricas do
fio, reduzindo as emissões de ondas eletromagnéticas.

• Reduzem também as influências causadas por fios


adjacentes.

• O par trançado pode ser agrupado em cabos com dezenas ou


centenas de fios de pares trançados. Neste caso, para
diminuir ainda mais a interferência dos pares adjacentes, os
fios tem diferentes tipos de tranças, variando de 5 a 15 cm
para longas distancias.
CABO COAXIAL
Os cabos coaxiais são bem mais protegidos contra interferências
magnéticas.
• Proteção é quase total, pois, existe um único fio envolvido
em uma proteção de metálica que a isola de qualquer tipo
de onda eletromagnética exterior.
• Não recebe nem emite sinais de interferência outros fios.
FIBRAS ÓTICAS
As fibras ótica são muito utilizadas em sistemas de transmissão
de dados.
Os dados são convertidos em luz através de diodos emissores
de luz (LED) ou LASER para a transmissão.
O recebimento é realizado por transmissores sensíveis à luz.
RÁDIO COMUNICAÇÃO SEM FIO
As onda eletromagnética também são utilizadas como meio
para se transmitir dados em rede. Também chamados de RF –
Rádio Frequência.

Vantagens
• Não requer meio físico para realizar o transporte dos dados
de um Host para outro.

Desvantagens
• Pode sofrer interferência eletromagnética.
MULTIPLEXAÇÃO
Técnica que permite compartilhar da capacidade de um único
meio de transmissão para duas ou mais transmissões de forma
independente e simultânea.
A multiplexação é efetuado por dois dispositivos denominados:
• Multiplexador: combina sinais de entrada em um meio;
• Demultiplexador: Separa os sinais novamente para as suas
respectivas saídas.
MULTIPLEXAÇÃO
A multiplexação é empregada para fazer uso eficiente de redes
de dados de alta velocidade e taxas de dados altas, permitindo
a redução do custo de um meio de transmissão uma vez que
vários usuários compartilham esse meio. O custo da
implementação diminui com o
aumento da taxa de dados. São multiplexados dados
(informação), voz (redes de telefonia), imagens, vídeos.

Dois grandes métodos de multiplexação:

1. FDM – Multiplexação por divisão na frequência;


2. TDM – Multiplexação por divisão no tempo;
FDM – FREQUENCY DIVISION
MULTIPLEXING
• A largura de banda do meio é maior que do canal;

• Cada sinal é modulado com uma portadora de frequência


diferente;

• As portadoras são separadas por uma banda de guarda para


que os sinais não se sobreponham;

• O canal é alocado mesmo que não haja dados para enviar.

• Exemplos: Rádio, Televisão e Tv à cabo;


WDM – WAVELENGTH DIVISION
MULTIPLEXING
• É um tipo de FDM;
• Cada cor do espectro de luz transporta um canal de dados
diferente;
• Pode alcançar Tera bps;
• DWDM – Dense WDM
TDM – TIME DIVISION
MULTIPLEXING
A multiplexação por divisão no tempo é caracterizada por:
• Taxa de dados do meio excede a taxa de dados do sinal
digital a ser transmitido;
• Múltiplos sinais digitais entrelaçados no tempo;
• Pode ser no nível de bit de blocos;
• Slots de tempo são pré-assinalados a fontes e fixados;
• Slots de tempo são alocados mesmo quando não há dados;
• Slots de tempo não têm que ser uniformemente distribuídos
entre fontes.

Exemplos: Sistemas telefônicos digitais locais e de longa


distância.
A ESTRUTURA EM CAMADAS –
MODELO OSI
Cada camada comunica-se com as camadas adjacentes através
de uma interface, que define as operações elementares e os
serviços que a camada inferior oferece à camada considerada.

Serviços e protocolos – Modelo Osi

O serviço corresponde a um conjunto de operações que uma


camada é capaz de oferecer à camada superior. Ele define o que
a camada é capaz de oferecer, a executar sem se preocupar com
a maneira pela qual as operações serão executadas.
SERVIÇOS E PROTOCOLOS –
MODELO OSI
MODELO OSI – FUNÇÕES DAS
CAMADAS
O modelo OSI foi criado seguindo a filosofia de arquiteturas
multicamadas. Sua arquitetura define 7 camadas, cujos
princípios de definição foram os seguintes:

• Cada camada corresponde a um nível de abstração


necessário no modelo;
• Cada camada possui suas funções próprias e bem definidas;
• As funções de cada camada foram escolhidas segundo a
definição dos protocolos normalizados internacionalmente;
• A escolha das fronteira entre as camadas devem ser
definidas de modo a minimizar o fluxo de informações na
interface.
MODELO OSI – FUNÇÕES DAS
CAMADAS
MODELO OSI – FUNÇÕES DAS
CAMADAS
Aplicação: Aplicação de um conjunto de protocolos bastante
diversificados e orientando a aplicações bem definidas.

Apresentação: utiliza algumas funções frequentemente


necessárias de modo a poupar o usuário deste trabalho.

Sessão: é responsável pelos estabelecimentos de sessão e


diálogo para os usuários da rede. Uma sessão objetiva permite
o transporte de dados, mas ela pode oferecer serviços mais
sofisticados de comunicação que podem ser úteis a
determinadas aplicações.
MODELO OSI – FUNÇÕES DAS
CAMADAS
Transporte: recebe os dados enviados da camada de sessão,
decompô-los, se for o caso, em unidades de dados menores e
garantir que todas as partes da mensagem vão ser transmitidas
corretamente à outra extremidade.

Rede: é responsável da gestão de sub-redes, ela define a forma


como os pacotes de dados serão encaminhados do emissor
para o receptor. Os caminhos a serem utilizados em função das
tabelas estáticas ou determinados dinamicamente no momento
de cada diálogo em função das condições de tráfego da rede.
MODELO OSI – FUNÇÕES DAS
CAMADAS
Enlace de dados: tem por função principal a transformação do
meio de comunicação (bruto) em uma linha livre de erros de
transmissão para a camada de rede. Ela efetua esta função
através do fracionamento das mensagens recebidas do emissor
em unidades de dados denominados quadros.

Física: é responsável por assegurar o transporte dos dados,


representados por um conjunto de bits, entre dois
equipamentos terminais, via um suporte de transmissão.
MODELO OSI – COMUNICAÇÃO
CSMA/CD
O CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access with Collision
Detection) identifica quando a mídia está disponível (IDLE TIME)
para transmissão. Neste momento a transmissão é iniciada.

O mecanismo CD (Collision Detection), obriga que os nós


“escutem” a rede enquanto transitem seus quadros.

Se o mesmo detecta uma colisão, toda a transmissão é


interrompida e é emitido um “JAM” para comunicar aos demais
nós que ocorreu uma colisão para evitar múltiplas colisões.

O nó espera num tempo aleatório e volta a transmitir.


CSMA/CD

Monta Verifica Sim


Espera
quadro meio

Meio Sim Transmite Não Sim Quadro


Colisão Terminou?
livre? quadro enviado

Não Não
CSMA/CA
O CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access with Collision
Avoidance) possui maior grau de ordenação que o seu
antecessor CSMA/CD, as máquinas interligadas na rede
identificam uma colisão quando o nível de sinal aumenta no
cabo.

As máquinas não tentarão transmitir, porque estendem que o


meio está ocupado com outra transmissão. O tempo de espera
não é aleatório, as mesmas irão saber quando o cabo está livre.

É uma forma eficaz de ordenar o tráfego de pacotes em uma


rede, porém, apenas o fato de o transmissor emitir sua intenção
gera aumento de tráfego, podendo impactar no desempenho da
rede.
DOMÍNIO DE COLISÃO
É uma área lógica onde pacotes podem colidir uns contra os
outros.
Um domínio de colisão pode existir num único segmento da
rede, numa porção ou na totalidade de uma rede.
As estações disputam entre si o meio de transmissão dentro de
um domínio de colisão. Uma colisão de pacotes atinge todas as
estações do domínio.
Pacotes broadcasts chegam a todas as estações dentro de um
domínio de colisão.
Domínios de colisão devem ser distribuídos de acordo com as
características de tráfego (é uma opção de projeto).
HUB
Um hub é um dispositivo que age como centralizador de
conexões de rede. Assim como os repetidores, atuam na
camada física do modelo OSI. É uma forma de repetidor
multiporta.

O hub permite interconectar múltiplos dispositivos de uma


mesma LAN (p.ex. estações ethernet, via par trançado ou fibra
óptica), agindo como se eles estivessem em um único
segmento/barramento de rede.
HUB
Vantagens

• Aumenta o distância máxima entre quaisquer dois nós da


rede.
• Permite degradação suave, ou seja, hubs com defeitos
podem ser desconectados sem afetar a rede inteira.
• Permite agregar grupos de trabalho em um mesmo hub e
interligá-lo a outros grupos.
HUB
Desvantagens

• Cria um único domínio de colisão, diminuindo eficiência da


rede.
• Dificuldades de interconectar segmentos de rede que
operem em velocidades diferentes.
• Não consegue lidar como problema de congestionamento
por falta de buffer.
• Deve-se observar os limites máximos de distância entre dois
nós, e quantidade de repetidores máxima de acordo com a
tecnologia de rede que se usa.
HUB
PONTES (“BRIDGES”)
Numa rede Ethernet o meio de transmissão é compartilhado e
só um nó pode transmitir a cada vez.
O aumento do número de nós aumenta a procura pela largura
de banda disponível, aumentando a probabilidade de
ocorrência de colisões.
Uma solução é segmentar a rede utilizando para isso o recurso
de pontes (bridges).
Uma ponte divide um domínio de colisão em domínios de
colisão de menor dimensão. Cada interface da ponte determina
um domínio de colisão.
Em resumo, pontes não propagam as colisões, criando vários
“domínios de colisão” independentes.
PONTES (“BRIDGES”)
PONTES (“BRIDGES”)
Diferentemente dos repetidores e hubs, as pontes atuam na
camada 2 do modelo OSI.
PONTES (“BRIDGES”)
A ponte toma a decisão de repassar ou não o tráfego baseada
no endereço MAC (endereço físico) das estações.
Todas as decisões são baseados neste endereço de camada de
enlace, não afetando o endereçamento lógico da camada de
rede.
A ponte mantém uma lista das estações ativas em cada
segmento e usa esta lista para direcionar o tráfego de uma
parte à outra.
Esta lista é mantida em uma tabela de endereços MAC e portas
associadas. A ponte encaminha ou descarta pacotes com base
nas entradas desta tabela.
PONTES (“BRIDGES”)
DOMÍNIO DE BROADCAST
Um domínio de broadcast é um segmento lógico de uma rede
de computadores em que um computador ou qualquer outro
dispositivo conectado à rede é capaz de se comunicar com
outro sem a necessidade de utilizar um dispositivo de
roteamento.
SWITCH
Um switch é, essencialmente, uma ponte mais complexa, com
múltiplas interfaces (“multiport bridge”).

É um dispositivo de interconexão que comuta (encaminha)


quadros entre segmentos de uma LAN de acordo com o
endereço MAC das estações. Assim como as bridges, operam na
camada 2 do modelo RM-OSI.

OBS: um LAN Switch tem um comportamento bem diferente de


um WAN Switch. Este último é orientado a conexão e
definitivamente não é transparente aos nós da rede.
SWITCH
Assim como a ponte, o switch segmenta a rede internamente.
A cada porta corresponde um segmento diferente, o que
significa que não há colisões entre pacotes de segmentos
diferentes — ao contrário dos hubs, cujas portas partilham o
mesmo domínio de colisão.
O switch permite que estações de trabalho sejam conectadas
diretamente as suas portas individuais, possibilitando a cada um
dos dispositivos experimentarem o máximo da largura de banda
disponível.
SWITCH
Os switches possuem tabelas internas (chamadas de source
address tables - SAT) que armazenam os endereços MAC
“conhecidos” e sua correspondente porta de origem. Estes são
endereços das estações de trabalhos, de hubs “inteligentes”, de
outros switches, bridges ou roteadores.

Sempre que chega um quadro cujo endereço MAC não consta


na SAT é necessário que este quadro seja enviado a todas as
portas do switch. Esta ação acentua drasticamente o tráfego na
rede, e pode provocar um número considerável de colisões.
Uma vez que a estação de destino responde à transmissão, seu
endereço MAC é “aprendido” e armazenado nas SAT.
SWITCH
Por esta razão, ao se escolher um switch, recomenda-se
dimensionar o tamanho da rede e escolher um modelo cuja
capacidade de armazenamento de endereços seja igual ao
maior ao número de dispositivos da mesma.
Características adicionais:
• Propagam broadcasts para todas as suas portas.
• Permitem definir múltiplos domínios de broadcast. Cada um
destes domínios define o que é denominado de VLAN
(Virtual LAN).
• Fazem detecção de erros. Para isso, analisam o FCS (frame
check sequence), que se encontra no final do quadro
ethernet.
• Podem operar em modo full-duplex (a estação pode enviar e
receber dados ao mesmo tempo – violação do padrão
Ethernet), o que dobra a largura de banda disponível.
COMUTAÇÃO
Refere-se à alocação dos recursos da rede para a transmissão
pelos diversos dispositivos conectados.

Tipos de Comutação:
• Comutação de Circuitos
• Comutação de Mensagens
• Comutação de Pacotes
COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS
Antes de ser enviada qualquer informação, procede-se ao
estabelecimento duma ligação “física” ponta a ponta entre os
terminais que pretendem comunicar.
Estabelece-se um “caminho físico” dedicado.
COMUTAÇÃO DE CIRCUITOS
Vantagens:
✓ Garantia de recursos;
✓ Disputa pelo acesso somente na fase de conexão;
✓ Não há processamento nos nós intermediários (menor
tempo de transferência);
✓ Controle nas extremidades.

Desvantagens:
✓ Desperdício de banda durante períodos de silêncio
(problema para transmissão de dados);
✓ Sem correção de erros
✓ Probabilidade de bloqueio (Circuitos ocupados em um
instante).
COMUTAÇÃO DE MENSAGENS
Não é estabelecido nenhum caminho físico dedicado entre o emissor
e o receptor;
As mensagens são armazenadas nos nós para posterior reenvio, sendo
por isso designadas por redes do tipo "STORE and FORWARD ".
As mensagens só seguem para o nó seguinte após terem sido
integralmente recebidas do nó anterior.

Vantagens:
✓ Maior aproveitamento das linhas de comunicação;
✓ Uso otimizado do meio.

Desvantagens:
✓ Aumento do tempo de transferência das mensagens.
COMUTAÇÃO DE PACOTES
Não há estabelecimento de nenhum caminho físico dedicado
entre o emissor e o receptor;
Assemelha-se a comutação de mensagens, contudo as
informações a serem enviadas são quebradas em pacotes
(unidades de tamanho
limitado);
Cada pacote contém um cabeçalho com informação que
permite o seu encaminhamento pela rede;
Os pacotes são comutados individualmente e enviados de nó
para nó entre a origem e o destino (store and forward);
Pacotes pertencentes a mesma mensagem podem seguir
caminhos diferentes até chegar ao destino.
O enlace de ligação entre dois nós consecutivos é agora
compartilhado por pacotes de outras proveniências e com
outros destinos.
COMUTAÇÃO DE PACOTES
COMUTAÇÃO DE PACOTES
Vantagens:
✓ Uso otimizado do meio;
✓ Ideal para dados;
✓ Erros recuperados no enlace onde ocorreram;
✓ Dividir uma mensagem em pacotes e transmiti-los
simultaneamente reduz o atraso de transmissão total da
mensagem.
Desvantagens:
✓ Sem garantias de banda, atraso e variação do atraso (jitter). Por
poder usar diferentes caminhos, atrasos podem ser diferentes.
Ruim para algumas aplicações tipo voz e vídeo;
✓ Overhead de cabeçalho;
✓ Disputa nó-a-nó;
✓ Atrasos de enfileiramento e de processamento a cada nó.
LIGAÇÃO MULTIPONTO
LIGAÇÃO MULTIPONTO COM
MULTIPLEX
É a configuração na qual um canal de comunicação da UCP em
alta velocidade é partilhado para vários pontos terminais, com
velocidades baixas.
Essa configuração apresenta a particularidade de manter o
tráfego simultâneo (dedicado por porta), dispensando
protocolos de endereçamento, chamada e seleção.
A velocidade entre a UCC (Unidade de Controle de
Comunicações) e o TDM (Time Division Multiplexer) será a soma
das velocidades nominais individuais dos terminais.

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