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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
elaborado por
Ricardo Vinícius Zin
COMISSÃO EXAMINADORA:
Aos meus pais, Carlos José Zin e Lúcia Maria Zin, por todo o apoio e por
sempre estarem ao meu lado, incentivando minhas decisões.
À Universidade Federal de Santa Maria e todo o corpo docente, pela
oportunidade de fazer parte da instituição e pelos ensinamentos repassados durante
a graduação.
Ao meu orientador, Prof. Ms. Talles Augusto Araujo, um agradecimento
especial por todo incentivo, dedicação, sabedoria e compreensão.
À JBT Telecom, por colaborar com meu trabalho com materiais e informações
que me proporcionaram grande aprendizado.
Aos meus amigos, colegas e demais familiares, pelo apoio e palavras de
incentivo, sem aos quais não seria possível conquistar este objetivo.
RESUMO
As Torres autoportantes de telecomunicações são obras de grande importância, pois têm o objetivo
de propagar o sinal de telefonia móvel para todas as regiões do mundo e assim proporcionar uma
comunicação simultânea entre as pessoas. Em nosso país, a demanda por este tipo de serviço está
em constante crescimento e é imprescindível para o desenvolvimento das interações humanas.
Segundo uma estimativa da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) no período entre
2010 e 2020, serão implantadas aproximadamente 100.000 novas torres de telecomunicações no
Brasil. Estas estruturas terão a tarefa de melhorar e ampliar o sinal dos aparelhos móveis. Para
manter as torres estáveis são necessárias fundações projetadas a fim de resistir aos esforços aos
quais as estruturas estão submetidas. Neste trabalho serão apresentados os tipos de fundações mais
comumente utilizadas em torres metálicas autoportantes de telecomunicações, apresentado alguns
aspectos executivos das mesmas e as vantagens e aplicabilidade de cada estrutura. Serão
apresentados também os principais métodos de determinação de capacidade de carga à tração de
fundações comumente utilizadas em torres autoportantes e será realizada uma analise comparativa
entre esses métodos baseados na pesquisa de Danziger (1983).
Tabela 1 - Componentes da força de arrasto nas faces das torres reticuladas de seção quadrada ou
triangular equilátera 19
Tabela 2 - Fator de correção ɳ, para dois ou mais reticulados paralelos igualmente afastados 20
Tabela 3 - Classificação dos maciços com base no RQD 29
Tabela 4 - Parâmetros Geotécnicos do Solo – Correlação com SPT 30
Tabela 5 - Valores de tensões admissíveis limites 32
Tabela 6 - Relação entre tensão admissível e número de golpes SPT 33
Tabela 7 - Valores de 𝐹2 (Aoki-Velloso, 1975) 62
Tabela 8 - Valores de α e K (Aoki-Velloso, 1975) 62
Tabela 9 - Coeficiente 𝛽 (Décourt, 1996) 63
Tabela 10 - SPT Médio a partir de Danziger (1983) 67
Tabela 11 - Dados de Cálculo Método Aoki-Velloso (1975) para os tubulões T4 e T5 69
Tabela 12 - Dados de Cálculo Método Aoki-Velloso (1975) para o tubulão T6 72
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 10
1.1 Justificativa ...................................................................................................... 10
1.2 Objetivo ........................................................................................................... 11
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 11
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 11
7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 77
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
1.2 Objetivo
As cargas verticais que atuam nas torres são aquelas devidas ao peso próprio
da torre, para-raios e antenas instaladas. Existem também cargas verticais devidas a
equipamentos adicionais e sobrecargas devido a plataformas de manutenção.
𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3 (m/s) (1)
Segundo Carril (2000), a torre deve ser separada em painéis com diferentes
índices de área exposta e o coeficiente de arrasto deve ser determinado para cada
painel da torre. A força no trecho considerado é determinada por:
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 × ɸ × 𝐴 × 𝑞 (kN) (2)
Onde:
A (m²): é a área delimitada pelos limites externos do painel de barlavento da
torre.
ɸ: é o índice de área exposta.
21
Compressão máxima;
Tração máxima;
Horizontal máximo;
Momento fletor máximo.
Sondagem a Trado;
Sondagem Tipo SPT (Standard Penetration Test);
Sondagem Rotativa e Mista
3.3 Avaliação e correlação dos parâmetros dos solos com base no SPT
Sapata de concreto;
Radier;
Bloco ancorado em rocha.
Tubulão em solo;
35
Estaca Escavada;
Estaca raiz;
Estaca metálica;
Bloco sobre grupo estacas.
4.1.1 Radier
4.1.3 Sapatas
até uma profundidade de 3 metros, atingido este nível a escavação deve ser
continuada manualmente.
As sapatas, usualmente, são concretadas em duas etapas, a primeira é se
refere à base e a segunda ao seu fuste. Em terrenos onde exista o risco de
desmoronamento o solo deverá ser escorado durante a execução da obra. Deve-se
atentar ao fato que em obras com escavações com profundidade superiores a 1,5
metros, a obra sempre deverá ser escorada a fim de garantir a segurança dos
trabalhadores.
Devido ao esforço de tração presente nas torres, após a concretagem o
reaterro deve ser executado com compactação mecânica em camadas de até 20
cm, com teor de umidade ótima a fim de se obter um grau de compactação mínimo
de 95% do Proctor Normal.
4.2.1 Tubulões
Os tubulões sem contenção lateral têm seus fustes abertos por escavação
manual ou mecânica, com a base geralmente escavada manualmente. Não utilizam
nenhum tipo de escoramento lateral e, portanto o fuste, e especialmente a base,
somente podem ser executados em solos que apresentam um mínimo de coesão
capaz de garantir a estabilidade na escavação. Nestes casos é comum que o
diâmetro final resulte em um aumento de 5% a 10% em relação ao estabelecido em
projeto.
Já os tubulões com contenção lateral contínua utilizam revestimentos
metálicos ou anéis de concreto os quais podem ser recuperados ou não na medida
em que o concreto é lançado para o interior da escavação. São utilizados quando
existe a necessidade de atravessar camadas de solo com possibilidades de
desmoronamento, ou mesmo de solos moles que provoquem o estrangulamento da
seção. Existem equipamentos que cravam uma camisa metálica, desde a superfície,
ao mesmo instante em que realizam a escavação. Neste tipo de solução o atrito
lateral fica reduzido, pois o processo provoca um amolecimento do solo que, na
maioria dos casos não é recuperável.
A seguir são apresentadas algumas vantagens dos tubulões que justificam
sua utilização em obras de fundações para torres.
torna viável. O alto custo é justificado pelo tipo de material e também pela profundida
necessária para transferir a carga ao solo.
Entre as vantagens das estacas metálicas podem ser salientadas a cravação
fácil, baixa vibração atendendo bem à esforços de flexão e a fácil manipulação e
transporte dos perfis.
Atualmente não se questiona mais o problema da corrosão das estacas
quando permanecem inteiramente enterradas em solo natural, uma vez que
quantidade de oxigênio é tão pequena que a reação química se tão logo começa já
esgota este componente responsável pela corrosão. Porém, a favor da segurança, a
NBR 6122 que nas estacas metálicas enterradas se desconte uma espessura de
1,5mm de toda sua superfície, resultando uma área inferior em relação à área do
perfil. A figura 19 apresenta os perfis metálicos usualmente utilizados em fundações
em estacas metálicas.
As emendas das estacas metálicas são realizadas por solda com utilização de
talas, também soldadas. Os eletrodos normalmente utilizados são os do tipo OK 46
e o OK 48.
51
Métodos Teóricos:
Tronco de Cone;
Cilindro de Atrito;
Métode de Balla;
Método de Meyerhof e Adams;
Método da Universidade de Grenoble.
Aoki-Velloso (1975);
Décourt-Quaresma (1978).
54
Figura 22 – (a) método do Cilindro de atrito no caso de sapata, (b) Tubulão sem
base alargada ou estaca e (c) tubulão com base alargada (DANGIZER, 1983 apud
GARCIA, 2005)
56
O trabalho publicado por Balla (1966 apud SANTOS, 1985) é tido como um
marco na pesquisa moderna sobre o arrancamento de fundações. O autor realizou
uma série de ensaios em areia fazendo o uso de modelos reduzidos e através
destes ensaios verificou diversos fatores que influenciaram a capacidade de carga e
o mecanismo de ruptura.
O método desenvolvido estima a capacidade de carga de uma fundação
submetida a esforços de tração como sendo a soma do peso próprio da fundação,
do peso do volume de solo contido na superfície de ruptura e das tensões de
cisalhamento mobilizadas ao longo dessa superfície de ruptura como mostra a figura
23. A superfície de ruptura sugerida é formada por parte de uma circunferência que
tem tangente vertical no contato com a base da fundação, e que se desenvolve até a
superfície do terreno, onde forma um ângulo de (45˚- ɸ/2) com a horizontal. (ɸ é o
ângulo de atrito interno do solo) (BALLA, 1961 apud GARCIA, 2005).
O autor também apresenta formulações para estimativa de capacidade de
carga em solos com coesão, apesar de os ensaios terem sido realizados apenas em
areias. A capacidade de carga é proporcional ao cubo da profundidade, D-v, e
depende dos parâmetros de resistência do solo: coesão, c, ângulo de atrito interno,
ɸ, e peso específico, γ.
.
5.1.5 Método da Universidade de Grenoble
𝑅𝑙 = 𝑈 ∑(𝑟𝑙 ∆𝑙 ) (7)
Sendo:
𝑅𝑙 : Resistência lateral;
U: perímetro da seção transversal do fuste;
61
𝑟𝑙 = 𝑓𝑐 /𝐹2 (8)
𝑓𝑐 = 𝛼 . 𝑞𝑐 (9)
𝑞𝑐 = 𝐾. 𝑁 (10)
𝑟𝑙 = α. 𝐾. 𝑁𝑙 /𝐹2 (11)
Tabela 7 – Valores de 𝐹2
Tabela 8 – Valores de α e K
𝑅𝑙 = 𝑓𝑠𝑙 . 𝑆𝑙 (13)
Sendo:
𝑁
𝑓𝑠𝑙 = 10 [( 3𝑙) + 1 ] (14)
Então:
𝑁
𝑅𝑙 = 10 [( 3𝑙) + 1 ] . 𝑆𝑙 (15)
𝑅 ′ = 𝑅𝑙 . 𝛽 (16)
Tabela 9 – Coeficiente 𝛽
𝑅 = 𝑃𝑃 + 𝑅 ′ (17)
ensaios SPT presentes no trabalho do autor. Os valores obtidos por esta média são
apresentados na tabela 10.
O número de sondagens SPT disponíveis para esta verificação é a mesma
quantidade que geralmente é realizada para a investigação de implantação de uma
torre de telecomunicações.
OBS:
Segundo o autor, não foi encontrado nível d’agua nas investigações de
subsolo.
Prof K
(m) Nl α (Mpa) U (m) ∆l (m) ∆Rl (kN)
0-1 22 3 0,33 2,51 1 91,113
1-2 29 3 0,33 2,51 1 120,1035
2-2,5 50 3 0,33 2,51 0,5 103,3538
2,5-3 50 2,4 0,7 2,51 0,5 175,7
3-4 50 2,4 0,7 2,51 1 351,4
4-5 36 2,4 0,7 2,51 1 253,008
5-6 29 2,4 0,7 2,51 1 203,812
6-7 38 2,4 0,7 2,51 1 267,064
1565,554
𝑅 = 87,96 + 1565,554 𝑘𝑁
𝑅 = 1653,51 𝑘𝑁
𝑁
𝑅𝑙 = 10 [( 3𝑙) + 1 ] . 𝑆𝑙 (19)
22 + 29 + 50 + 50 + 36 + 29 +38
𝑁𝑙 = 7
= 36,28 (20)
70
36,28
𝑅𝑙 = 10 [( ) + 1 ] . 17,59 (21)
3
𝑅𝑙 = 2303,11 𝑘𝑁
𝑅 ′ = 𝑅𝑙 . 𝛽 (22)
𝑅 = 𝑃𝑃 + 𝑅 ′ (23)
Tubulões T4 e T5
2000 1818,1
1800 1653,51
1600 1469,82
Carga de Ruptura (kN).
1400 1241
1200
1000 794,5 860
755
800
600 Previsão de Capacidade de
400 Carga (kN)
200 Prova de carga
0
Métodos
Figura 27 – Resultados das cargas de ruptura obtida por diferentes métodos para os
tubulões T4 e T5.
71
Tubulões T4 e T5
2000 1818,1
1800
Carga de Ruptura (kN).
1600
1400 1241
1157,46
1200 1028,87
1000 794,5 860
755
800
600 Previsão de Capacidade de
400 Carga (kN)
200 Prova de carga
0
Métodos
Prof K
(m) Nl α (Mpa) U (m) ∆l (m) ∆Rl (kN)
0-1 22 3 0,33 2,199 1 79,8237
1-2 29 3 0,33 2,199 1 105,2222
2-2,5 50 3 0,33 2,199 0,5 90,70875
2,5-3 50 2,4 0,7 2,199 0,5 153,93
3-4 50 2,4 0,7 2,199 1 307,86
737,5446
𝑅 = 38,48 + 737,54 𝑘𝑁
𝑅 = 773,02 𝑘𝑁
𝑁
𝑅𝑙 = 10 [( 3𝑙) + 1 ] . 𝑆𝑙 (25)
22 + 29 + 50 + 50
𝑁𝑙 = = 37,75 (26)
4
37,75
𝑅𝑙 = 10 [( ) + 1 ] . 8,80 (27)
3
𝑅𝑙 = 1195,33 𝑘𝑁
𝑅 ′ = 𝑅𝑙 . 𝛽 (28)
𝑅 = 𝑃𝑃 + 𝑅 ′ (29)
Tubulão T6
900
773,02 755,68
800
700
600
Carga de Ruptura (kN);
Métodos
Figura 29 - Resultados das cargas de ruptura obtida por diferentes métodos para o
tubulão T6.
Tubulão T6
600 541,11 528,98
Carga de Ruptura (kN).
500 457
424,8
378 362
400
300 221
200
Previsão de Capacidade de
100 Carga (kN)
0
Prova de carga
Métodos
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6123: Forças devidas aos
ventos em edificações. Rio de Janeiro, 1988.