- MÓDULO IV -
PROCESSOS ORACULARES II
- O TARÔ e a CABALA -
1ª Parte: QABALAH HEBRAICA
A TRADIÇÃO CABALÍSTICA
1. DEFINIÇÃO
A denominação “Qabalah” provém do hebraico Qibel (QBL), que uns traduzem por
“receber” (no sentido da tradição oral, de “boca a orelha”) e outros traduzem por “tradição”.
Alexandre Safran, diz que significa “aceitação” proveniente da palavra Qabel (aceitar,
receber). Saint Yves d’Alveydre diz que a palavra Qabalah significa a Potência das 22 letras
do alfabeto hebraico.
A grafia da palavra “QaBaLah” vem das letras hebraicas Qof (Q), Beth (B) e Lamed (L),
e se escreve da direita para esquerda (LBQ). Em português, escrevemos como lemos:
“Cabala” (com o último “a” aspirado ou acentuado).
Cabala é a doutrina secreta (tradição esotérica – oculta) dos judeus, transmitida
oralmente desde tempos imemoriais, e posteriormente, constituída por um corpo de
doutrinas derivadas de dois livros básicos: o Sepher Ietsirah e o Zohar. Algumas partes
deste corpo de doutrinas são complementadas com as obras de diversos comentadores
insignes, muitas vezes provinda das crenças, especulações, intuições, revelações e
meditações baseadas na “Torah” (a Lei).
O “Sepher Ietsirah” (Livro da Formação) mostra sob forma criptográfica (escrita em
código), a formação do universo. Atribui-se a autoria deste livro ao rabino Akiba bem
Joseph, martirizado em 135 d.C., sob o imperador Adriano.
“Sepher – Há – Zohar” (Livro do Esplendor) é atribuído ao rabino Simeão bem Iochai,
no século II, e aos seus seguidores próximos. Obra criptográfica e simbólica constituída de
21 livros, da mesma maneira que se mostra na Bíblia.
A ÁRVORE DA VIDA
1. OS TRÊS VÉUS
É a Árvore da Cabala a qual é, ao mesmo tempo, uma representação de Deus, do
Cosmos, do Homem cósmico, da aparição e da evolução do Cosmos e da criatura humana. É
um glifo, símbolo complexo que, como os símbolos em geral, faz com que o homem venha
entrar em sintonia com as profundidades do inconsciente coletivo.
Esta árvore é basicamente representada pelos mundos sefiróticos. Acima das dez
esferas (as 10 Sefiroth) da árvore estão os Três Véus da Existência Negativa. Deus, antes de
manifestar-se nos planos ou mundos sefiróticos, estava num estado que para os homens
seria a Existência Negativa, com seus três planos de Não-Manifestação:
O 1º Véu - Ain: É o plano do Nada, do Não Ser, da Existência Negativa;
O 2º Véu – Ain Soph: É o plano do Incognoscível, do Imanifesto, do Imutável, do
Absoluto, da Obscuridade;
O 3º Véu – Ain Soph Aur (Or): É o plano da Luz Eterna e sem Limites, do Espaço Virgem
(Hodson), das Substâncias Pré-Cósmicas, da Shekinah, da Mulaprakriti.
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Estes três planos são pré-cósmicos, imanifestos, inapreensíveis logicamente, não
expressáveis em pensamento discursivo, porque Ain, o Nada, seria de fato o Tudo, a Grande
Realidade. No 3º plano Deus é o Oceano Infinito da Luz Negativa, da onde vem a 1ª
manifestação cósmica, pela condensação ou concentração da Luz na 1ª Sefira (kéther), a
qual reveste ou recobre a Luz Infinita. Deus manifesta-se em todo o Cosmos, em todo o
plano de manifestação, onipresente, quer no mundo material, quer no supramaterial.
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2. AS DEZ SEFIROTH
A partir da Luz Infinita da Vontade Divina em Ain Soph Aur, iniciou-se um processo de
manifestação progressiva, que ao mesmo tempo é uma separação. Criou-se um vácuo, uma
contração no Todo Absoluto, para que ele manifestasse o espelho da Existência. Esse ato de
contração (o “Tzim-Tzum”) produziu o vácuo da Existência Imanifesta. Este vácuo é
diferente do Nada, mas continua sendo negativo. Nessa condição é que se permite a
Existência Positiva. A Vontade Divina, que circundava o vácuo em Ain Soph Aur, começou
a penetrar no vácuo da Existência Imanifesta, onde existem três fatores chamados de
Zahzahet (Três Esplendores Ocultos):
1º Esplendor da Vontade de Deus: A vontade do Absoluto que dinamiza o 2º Esplendor.
2º Esplendor da Ação de Deus: O Ato que permitiu a manifestação como princípio
expansivo, que acaba se limitando com o 3º Esplendor.
3º Esplendor Restritivo de Deus: A Restrição que limita e abrange o evento.
Ocorre, então, um processo de expansão e contração dirigido pela Vontade de Deus,
cuja primeira manifestação é na primeira Sefirah (Manifestação de Atributos Divinos)
“Kether”. O meio de limitar o ilimitável, ou pô-lo em nosso nível de compreensão, é dar-lhe
um nome. Daí que surgem os vários nomes de Deus. A primeira Sefirah surgiu como uma
emanação de Deus, contendo todas as demais, que foram surgindo a seguir, cada uma
contendo as restantes:
1ª Kether (Coroa): É o Grande Semblante (Arik Anpin), a Cabeça branca do Criador
manifestada e representada por um homem de perfil, mostrando seu lado direito, porque o
seu lado esquerdo representa o Imanifesto. Esse Grande Semblante ao se estender a
Chokmah e Binah, é chamado o Macroprósopo, o Longânimo. É o 1º Redemoinho, o 1º
Adão. Representa no Microcosmo, a Coroa sobre a cabeça de Adão Qadmon, o Crânio, o Sah
Yechidah, a Centelha Divina, o Lótus de Mil Pétalas. No Macrocosmo, é representada pela
Vestidura da Luz Infinita.
Imagem Mágica: Um velho rei barbado visto de perfil;
Texto Yetzirático: o Primeiro Caminho chama-se Inteligência Admirável, ou Oculta, pois
é a luz que concede o poder da compreensão do Primeiro Princípio, que não tem
começo. É a Glória Primordial, pois nenhum ser criado pode alcançar-lhe a essência.
Títulos Conferidos a Kether: A Existência das Existências. O Segredo dos Segredos. O
Antigo dos Antigos. O Velho dos Dias. O Ponto Primordial. O Ponto no Círculo. O
Altíssimo. O Rosto Imenso. A Cabeça Que não Existe. Macroprósopo. Amém. Lux
Occulta. Lux Interna. He;
Nome Divino: Eheieh (Eu Sou) ou EH HEIEH (Eu Sou quem Sou);
Arcanjo: Metraton, o Arcanjo da Presença, aos pés de Deus;
Ordens Angélicas: os Haioth ha Kadosh (Santos Seres Viventes ou As Criaturas Vivas
Sagradas);
Chakra Mundano: Primum Móbile ou Rashith ha Gilgalim (o Primeiro Estremecimento
ou Redemoinho); Urano ou Plutão;
Experiência Espiritual: A União com Deus;
Virtude: Consecução. A Realização da Grande Obra;
Símbolos: O ponto. A coroa. A suástica;
Tarô: os 4 ases;
Cor em Atziluth: Esplendor;
Cor de Briah: Branco Brilhante (Puríssimo);
Cor em Yetzirah: Esplendor branco, puro;
Cor em Assiah: Branco, salpicado de ouro;
Caminho de Sabedoria ou Tipo de Inteligência: Caminho da Inteligência Admirável.
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2ª Chokmah (Sabedoria): Representa no Microcosmo, a 1ª metade do cérebro (esquerda), o
lado esquerdo da face. Representação no Macrocosmo: Abba, o Pai Supremo, o 2º Adão; é a
primeira idéia do Cosmos.
Imagem Mágica: Uma figura masculina, barbada;
Texto Yetzirático: O Segundo Caminho chama-se Inteligência Iluminadora. É a Coroa da
Criação, o Esplendor da Unidade, que a iguala. É exaltada sobre todas as cabeças, a os
qabalistas a chamam de Segunda Glória;
Títulos Conferidos a Chokmah: Poder de Yetzirah. Ab. Abba. O Pai Supremo.
Tetragrammaton. Yod do Tetragrammaton;
Nome Divino: Jeovah ou Yah (Quem foi, é e será). O Nome Divino das 4 letras, o
Tetragramaton, o Nome Inefável;
Arcanjo: Ratziel, Arauto ou Enviado de Deus;Ordens Angélicas: os Aufanim (Rodas);
Chakra Mundano: o Zodíaco; Netuno;
Experiência Espiritual: A Visão de Deus face a face;
Virtude: Devoção;
Símbolos: O lingam. O falo. O Yod do Tetragrammaton. O Manto Interno da Glória. O
pedestal. A torre. O cetro ereto do poder. A linha reta;
Tarô: os 4 dois;
Cor em Atziluth: Azul-suave puro;
Cor em Briah: Cinza;
Cor em Yetzirah: Cinza-pérola iridescente;Cor em Assiah: Branco salpicado de vermelho,
azul a amarelo.
Caminho de Sabedoria ou Tipo de Inteligência: Caminho da Inteligência Iluminadora.
3ª Binah (Entendimento): Representa no Microcosmo, a 2ª metade do cérebro (direita), o
lado direito do rosto. Representação no Macrocosmo: a Mãe, tanto a Mãe Obscura e Estéril,
quanto a Mãe Resplandecente e Fecunda. É a Mãe Superior. É também Marah (o Grande
Mar). Corresponde também à Matéria Primordial.
Imagem Mágica: uma Mulher Madura, uma Matrona;
Texto Yetzirático: A Terceira Inteligência chama-se Inteligência Santificadora,
Fundamento da Sabedoria Primordial; chama-se também Criadora da Fé, a suas raízes
são o Amém. É a mãe da fé, a fonte de onde emana a fé;
Títulos Conferidos a Binah: Ama, a Mãe estéril obscura. Ama, a Mãe fértil brilhante.
Khorsia, o Trono. Marah, o Grande Mar;
Nome Divino: Jeovah Elohim (o Senhor Deus, Perfeito na Criação e na Vida);
Arcanjo: Tzaphkiel, Contemplador de Deus;
Ordens Angélicas: Aralim (Tronos);
Chakra Mundano: Shabbathai, Saturno;
Experiência Espiritual: A visão da dor;
Virtude: O silêncio;
Vício: A avareza;
Símbolos: O yoni. O Kteis. A Vesica Piscis. A taça ou o cálice. O Manto Extremo do
Ocultamento;
Tarô: os 4 três;
Cor em Atziluth: Carmesim;
Cor em Briah: Negro;
Cor em Yetzirah: Marrom-escuro;
Cor em Assiah: Cinza salpicado de rosa;
Caminho de Sabedoria ou Tipo de Inteligência: Caminho da Inteligência Santificante.
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Sefiroth Daath (Conhecimento): Sefirah interior, invisível, que está situada em uma
região chamada de Abismo. Representa a idéia da realização e da consciência. O homem
não conseguirá atingir as três sefiroth superiores sem antes se integrar em Daath e
atravessar o Abismo.
Imagem Mágica: uma Cabeça com duas faces, olhando para ambos os lados;
Nome Divino: uma conjunção de Jeovah e Jeovah Elohim;
Arcanjo: os Arcanjos dos quatro pontos cardeais;
Ordens Angélicas: Serpentes;
Chakra Mundano: Sothis ou Sirius. Plutão;
Cor de Briah: Cinzento Prateado.
4ª Chesed ou Guedulah (Misericórdia): Representação no Microcosmo, o braço esquerdo.
Representação no Macrocosmo: a Majestade, a Magnificência e o Amor. A Potencialidade da
Natureza.
Imagem Mágica: um Poderoso Rei, coroado e sentado no trono;
Texto Yetzirático: O Quarto Caminho chama-se Inteligência Coesiva ou Receptiva,
porque contém todos os Poderes Sagrados, dele emanando as virtudes espirituais com
as suas essências mais requintadas. Tais poderes emanam uns dos outros por virtude
dá Emanação Primordial, a Coroa Mais Elevada, Kether;
Títulos Conferidos a Chesed: Guedulah. Amor. Majestade.
Nome Divino: El ou Al (o Uno Todo Poderoso);
Arcanjo: Tzadkiel, Justo em Deus ou a Justiça de Deus;
Ordens Angélicas: Chasmalin (Seres Resplandescentes);
Chakra Mundano: Tzedek, Júpiter;
Experiência Espiritual: Visão do amor.
Virtude: Obediência.
Vícios: Fanatismo. Hipocrisia. Gula. Tirania.
Símbolos: A figura sólida. O tetraedro. A pirâmide. A cruz de braços iguais. O orbe. O
bastão. O cetro. O cajado.
Cor em Atziluth: Violeta-intenso.
Cor em Briah: Azul.
Cor em Yetzirah: Púrpura-intenso.
Cor em Assiah: Azul-intenso, salpicado de amarelo.
Tarô: os 4 quatro;
5ª Gueburah ou Pachad (Fortaleza e Temor): Representação no Microcosmo, o braço
direito. Representação no Macrocosmo: a Justiça e o Temor Reverencial. O Poder Criador.
Imagem Mágica: um Poderoso Guerreiro em seu carro;
Texto Yetzirático: O Quinto Caminho chama-se Inteligência Radical, porque se
assemelha à Unidade, unindo-se a Binah. Entendimento, que emana das profundidades
primordiais de Chokmah, Sabedoria.
Títulos Conferidos a Gueburah: Din (justiça); Pachad (medo).
Nome Divino: Elohim Gibor (Deus das Batalhas). Deus Punidor dos Ímprobos. Deus
Todo Poderoso;
Arcanjo: Kamael (Queimador de Deus), a Mão Direita de Deus;
Ordens Angélicas: Serafim, Serpentes de Fogo;
Chakra Mundano: Madim, Marte;
Experiência Espiritual: Visão do poder.
Virtude: Energia, coragem.
Vício: Crueldade, destruição.
Símbolos: O pentágono. A Rosa de Tudor de Cinco Pétalas. A espada. A lança. O açoite.
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A corrente.
Cor em Atziluth: Laranja.
Cor em Briah: Vermelho-escarlate.
Cor em Yetzirah: Escarlate-brilhante.
Cor em Assiah: Vermelho, salpicado de negro.
Tarô: os 4 cinco.
6ª Tif’ereth ou Tif’areth (Beleza): Aqui está localizado o Semblante Menor ou Inferior, o
Zauir Anpin, o Irritável, que está olhando para o Arik Anpin, de baixo para cima. É o
Microprósopo, que compreende as 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Sefiroth. Psicologicamente, refere-se
ao Espírito, ao Eu Superior. Misticamente, refere-se ao Anjo Guardião. Atrás de Tif’ereth
está o Véu de Paroketh que corresponde ao Abismo de Daath. Ele marca o obstáculo ou o
ponto final em que pode chegar a evolução humana, que termina em Tif’ereth. Acima desta
processa-se a evolução super-humana, ou seja, o ser-humano irá se fundir com Deus.
Abaixo de Tif’ereth está o Véu de Queshet, o Arco-Íris, o qual transposto permite a abertura
para a consciência mística, ou seja, o homem alcança a iniciação máxima referente aa
evolução humana terrena. O Arco-Íris indica que a Luz de Tif’ereth refrata-se na esfera
astral ou emocional de Netzach. Representação no Macrocosmo, a Beleza, a Harmonia.
Imagem Mágica: um Rei Majestoso, uma Criança, um Deus Sacrificado;
Nome Divino: Jeovah Eloah Va Daath (Deus manifestado na esfera da Inteligência ou do
Pensamento); Tetragrammaton Aloah Va Daath (Divino que Tudo Sabe).
Arcanjo: Rafael (Arcanjo da Cura);
Ordens Angélicas: Malachim (Reis);
Chakra Mundano: Sol;
Símbolos: O lámem. A Rosa-cruz. A cruz do Calvário. A pirâmide truncada. O cubo.
Iacchus como o Sagrado Anjo Guardião. Jesus Cristo. Apollo. Harpócrates. Ra e On.
Hrumachis. Quetzalcoatl. Oxalá (Oxagiã).
Virtude: Devoção à Grande Obra.
Vício: Orgulho.
Experiência Espiritual: Visão da Harmonia das Coisas. Os Mistérios da crucificação.
Realização Completa. O Filho degradado para a reles vida animal.
Animais: Aranha. A Fênix. Leão como o típico animal solar. Pelicano.
Plantas: A acácia por ser um símbolo de ressurreição na maçonaria.O carvalho, pois é a
árvore dos druidas, a representante do sol no reino vegetal. O freixo, sendo desta
espécie Yggdrasil, a árvore onde Odin se pendurou para obter o conhecimento das
coisas.
Pedra: Topázio por sua cor dourada.
Qliphoth: Tagiriron, o Litígio.
Tarô: os 4 seis;
Cor de Briah: Amarelo Ouro;
7ª Netzach (Vitória): Representação no Microcosmo, os rins, os quadris, as pernas.
Representação no Macrocosmo, a Imaginação Criadora e a Emoção.
Imagem Mágica: uma Bela Mulher Nua;
Texto Yetzirático: O sétimo Caminho chama-se Inteligência Oculta porque é o esplendor
refulgente das virtudes intelectuais percebidas pelos olhos do intelecto a pelas
contemplações da fé.
Titulo Conferido a Netzach: Firmeza.
Nome Divino: Jeovah Tzabaoth (Deus dos Exércitos);
Arcanjo: Haniel (Graça de Deus);
Ordens Angélicas: Elohim (Deuses);
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Chakra Mundano: Nogah, Vênus;
Experiência Espiritual: A visão da beleza triunfante.
Virtude: Desprendimento.
Vicio: Despudor. Luxúria.
Símbolos: A lâmpada e o cinto. A rosa.
Cor em Atziluth: Âmbar.
Cor em Briah: Esmeralda.
Cor em Yetzirah: Verde-amarelado brilhante.
Cor em Assiah: Oliva salpicada de ouro.
Tarô: os 4 sete.
8ª Hod (Honra e Esplendor): Representação no Microcosmo, os quadris a as pernas.
Representação no Macrocosmo, a Imaginação Mental, o Intelecto, o Pensamento Concreto.
Imagem Mágica: um Hermafrodita;
Texto Yetzirático: O oitavo Caminho chama-se Inteligência Absoluta ou Perfeita, pois é
o instrumento do Primordial, a não possui raízes, com as quais possa penetrar a
implantar-se, salvo nos lugares ocultos de Guedulah, da qual emana sua essência
característica.
Nome Divino: Elohim Tzabaoth, (Deus das Legiões do Bem e da Concórdia);
Arcanjo: Miguel (Perfeito em Deus);
Ordens Angélicas: Beni-Elohim (Filhos de Deus);
Chakra Mundano: Kokab, Mercúrio;Experiência Espiritual: Visão do esplendor.
Virtude: Veracidade.
Vício: Falsidade. Desonestidade.
Símbolos: Nomes a versículos. Avental.
Cor em Atziluth: Violeta-púrpura.
Cor em Briah: Laranja.
Cor em Yetzirah: Vermelho-roxo.
Cor em Assiah: Preto-amarelado, salpicado de branco.
Tarô: os 4 oito.
9ª Yesod (Fundamento): Representação no Microcosmo, os órgãos digestivos e
reprodutores. Representação no Macrocosmo, a Intuição, o Inconsciente Pessoal, o
Psiquismo Inferior ligado ao duplo etérico e ao astral (psiquismo passivo e desordenado).
Imagem Mágica: um Belo Homem Nu, muito poderoso;
Texto Yetzirático: Yesod é o depósito de imagens do inconsciente humano ou plano
astral ou luz astral. Como as águas do mar refletem a luz do sol, ela reflete (filtra) a
imagem de Thiphareth. A "refração" mística ilude. Belas ou terríveis as figuras do
inconsciente tanto auxiliam quanto ludibriam. Quase sempre não são claras,
principalmente nos sonhos, porém por trás, reside a verdade. A ato reflexivo é presente
em Malkuth, pois tudo que existe na sephirah da terra é construído antes na do ar
(segundo os chineses, o símbolo vem antes do objeto). Yesod é a "Fundação".
Representada pelos órgãos sexuais humanos, esta sephirah carrega a força sexual, a
libido, o impulso instintivo gerador da vida.
Títulos: A Fundação (ou Fundamento), Casa do Tesouro das Imagens, Tudo, Tzedek
Jesod Olahm (O Virtuoso é a Fundação do Mundo).
Nome Divino: Shaddai El Shai (Deus Vivo Todo Poderoso);
Arcanjo: Gabriel (Mensageiro de Deus, Ser Forte em Deus);
Ordens Angélicas: Querubim (Poderosos), agentes dos Elementais;
Chakra Mundano: Lua; astro símbolo do comportamento feminino. Inconstante,
misterioso, belo. Rege as marés, sendo as águas o caminho para o autodescobrimento;
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Símbolos: Perfumes, sandálias. Diana, Hécate, Adonis, divindades lunares em geral e
também transmorfas.
Virtude: Independência.
Vício: Inatividade, ócio.
Experiência Espiritual: Visão do Mecanismo do Universo. A grande força fundamental.
Poder executivo, pois eles restauram uma base firme.Poderoso para o bem ou mal. O
Filho degradado para a reles vida animal;
Animais: Elefante, tartaruga (associada a Atlas por suportar peso);
Plantas: As afrodisíacas ou fálicas em geral como Ginsen. As raízes também.
Pedra: Quartzo. O ouro é encontrado no quartzo, relacionado a glória oculta do
processo sexual.
Qliphoth: Gamaliel, o Asno Obsceno.
Tarô: os 4 nove;
Cor de Briah: Púrpura ou Violeta.
10ª Malkuth (Reino): É a Noiva do Microprósopo, a Mãe Inferior, a Eva Terrestre. É
também a Rainha, a esposa do Rei que reina em Malkuth. Representação no Microcosmo,
os pés, a base do homem sobre a terra. Representação no Macrocosmo, a Consciência ou
Percepção Sensorial.
Imagem Mágica: uma Jovem Coroada sobre um trono;
Texto Yetzirático: Malkuth é a manifestação final das forças da Árvore da Vida, o
último estágio da energia onde ela se solidifica. Porém, Malkuth não é formada apenas
pela matéria, mas também seu aspecto psíquico e sutil. Em Malkuth aprende-se a lidar
com a matéria e perceber sua real influência e poder. Ignorando esta lição, o magista
fatalmente fracassará se tentar elevar-se na Árvore, pois a influência dos quatro
elementos o acompanhará enquanto habitar este plano. Portanto, uma operação no
plano de Malkuth é realizada por uma ação no plano físico.
Títulos: o Reino (Mem, Lamed, Kaph, Vau, Tau), Portal, Portal da Morte, a Porta da
Filha dos Poderosos, a Mãe Inferior, Malkah, a Rainha Kallah, a Noiva, a Virgem,
Schehinah.
Nome Divino: Adonai Ha Aretz (Deus Manifestado na Natureza ou o Senhor do Mundo);
Adonai Malekh (o Senhor que é Rei);
Arcanjo: Metraton (O Arcanjo da Sefirah). Sandalfon (O Senhor da Excelsa Altura) do
planeta Terra. Uriel (A Luz de Deus) do elemento Terra;
Ordens Angélicas: Ashim (Almas de Fogo);
Chakra Mundano: a Esfera dos Elementos no Planeta Terra;
Símbolos: O altar do cubo duplo. A cruz de braços iguais. O círculo mágico. O triângulo
da arte.
Virtude: Discriminação;
Vício: Avareza, inércia.
Experiência Espiritual: Visão do Sagrado Anjo Guardião. Fixo, culminado, Força
completa, seja para o bem ou mal. A matéria completa e definitivamente determinada.
Força final. Siga as descrições próprias das trinta e seis cartas em seu completo
significado. A Filha decaída que toca as conchas com as mãos.
Animais: Esfinge.
Qliphoth: Lilith, a Mulher da Noite;
Tarô: os 4 dez;
Cor de Briah: Limão, Verde-Oliva, Amarelo e Preto, cada uma preenchendo uma quarta
parte de um círculo.
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3. AS TRÊS COLUNAS
As dez Sephiroth Sagradas se alinham em três colunas:
Boaz: Coluna da esquerda, da Forma e do Rigor, de cor preta, feminina, negativa.
Jakim: Coluna da direita, da Força e da Misericórdia, de cor branca, masculina, positiva.
Coluna da Vida: Coluna do meio, da Consciência e do Equilíbrio, onde estabelece o
equilíbrio dos contrários.
4. AS TRÊS FACES
As Três Faces na Árvore Sefirótica são representadas por três triângulos que se formam
pelas próprias Sefiroth:
Triângulo dos Supernos ou Arquetípico: Formado pelas três primeiras Sephiroth.
Triângulo Ético: Formado pela 4ª, 5ª e 6ª Sephiroth.
Triângulo Psicológico ou Mágico: Formado pela 7ª, 8ª e 9ª Sephiroth.
5. OS QUATRO MUNDOS
As Sephiroth se manifestam em quatro diferentes planos, interconectando as dez
Sephiroth em camadas cada vez mais densas:
Olahm Atsiluth: Mundo Arquetípico, correspondente a Kéther. Concentra-se a influência
direta de Deus. Também Conhecido como a "Cidade das Pirâmides sobre a Noite de Pan".
Neste mundo, podemos citar também a existência das Qliphoth (do singular Qliphah,
"mulher indecente"), o Mundo Maligno referente ao Abismo de Daath, a Árvore da Vida
inversa, o aspecto inverso das Sephiroth.
Olahm Briah: Mundo da Criação, correspondente a Chokmah e Binah. Atuam os Arcanjos
intermediários.
Olahm Ietsirah: Mundo da Formação, correspondente a Chesed, Gueburah, Tif’ereth,
Netzach, Hod e Yesod. Atuam as hostes angélicas. Corresponde ao mundo astral e aos seus
habitantes anjos, demônios, espíritos e a alma humana (Ruach).
Olahm Assiah: Mundo da Ação ou Mundo Material, correspondente a Malkuth. Recebe a
influência dos astros e signos do zodíaco (chakras mundanos). Basicamente o Mundo
Material é a relação que o indivíduo possui com ele, basicamente o nosso corpo e sua
condição (Nephesh).
6. OS QUATRO ELEMENTOS
Os 4 Elementos na Cabala são:
Ar: Aurora; Leste; Arcanjo Rafael; Amarelo;
Fogo: Dia; Sul; Arcanjo Miguel; Vermelho;
Água: Crepúsculo; Oeste; Arcanjo Gabriel; Azul;
Terra: Noite; Norte; Arcanjo Uriel; Violeta;
7. OS 32 CAMINHOS
São chamados de “Os 32 Caminhos da Sabedoria”, sendo que 10 são Caminhos
Objetivos (Caminho das 10 Sephiroth – experiências objetivas), e 22 são Caminhos
Subjetivos (Caminhos de ligação entre uma Sephiroth e outra: experiências de expansão da
consciência, do plano físico para os planos superiores, meditação das 22 chaves do Tarô
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através do significado das 22 letras hebraicas associadas aos astros e ao zodíaco – os
chakras mundanos). Esses caminhos marcam a Evolução Descendente, da Criação e
Formação do Universo e a Evolução Ascendente, do Homem até Deus, no sentido inverso.
Os Caminhos da Fase Evolutiva Humana são:
32º Caminho (de Malkuth a Yesod): Associado à letra hebraica Thau e ao arcano XXII do
tarô, o Mundo. “O 32º é a Inteligência Organizadora. É assim denominado porque governa
e associa os movimentos dos sete planetas guiando-os em suas trajetórias próprias”. Esse
caminho liga Malkut, o mundo físico, à Yesod, o véu etérico e inconsciente universal que
representa o fundamento da existência física. É um caminho de introversão da consciência
sensorial para a consciência das profundezas do mundo interior. É também o caminho da
Iniciação. Yesod, Sefirah da Lua, reflete e magnetiza o poder oculto. Deméter e sua filha
Perséfone podem ser associadas a esse caminho. Do ponto de vista psicológico, poder-se-ia
dizer que as técnicas freudianas correspondem a esse caminho, na medida em que ajudam
a perceber as imagens inconscientes de Yesod em relação a Malkuth, ou seja, à vida
cotidiana. Já as técnicas junguianas poderiam ajudar a seguir essas imagens até se
tornarem símbolos de transformação que conduzem à harmonia psíquica de Tif’ereth
(caminho 25, Yesod – Tif’ereth). O 32º caminho representa as primeiras fases da devoção
mística, bem como o caminho que leva aos planos inferiores e à memória inconsciente.
Suas lições mais importantes são, no sentido ascendente, a existência da causalidade das
coisas num plano mais elevado ou profundo que o do mundo físico e, no sentido
descendente, a aceitação de uma limitação do espírito numa forma mais densa.
31º Caminho (de Malkuth a Hod): Associado à letra hebraica Shin e ao arcano XXI do
tarô, o Louco. “O 31º caminho é a Inteligência Perpétua, mas porque é assim denominada?
É porque ele rege os movimentos do Sol e da Lua em seu rumo próprio, cada um na órbita
que lhe convém”. Este caminho comunica a direção ou a revelação de fatores mentais que,
elevados a um nível sempre crescente, vão provocar a grande diferença entre o homem e os
animais selvagens. O texto yetzirático, o único com pergunta e resposta, indica que esse
caminho se refere à instrução no nível mental. Ele rege os movimento do Sol e da Lua,
símbolos supremos da radiação e da receptividade. Héstia - Vesta, deusas do fogo, e
Prometeu, cujo nome significa "Previsão, que oferecem a principal distinção entre os
homens e os animais, podem ser associados a esse caminho. Pode-se dizer que o 31º
compreende os instintos superiores, por exemplo, os ternos sentimentos associados à
paternidade, à maternidade, à união. Como ele nos leva a Hod, é influenciado pelos
aspectos civilizadores do número e da palavra, que permitem o cálculo e a medida e,
também, a comunicação com um nível superior. Enquanto o caminho 29 nos oferece uma
confrontação com a herança biológica, recapitulada no ventre materno, o 31º pode nos
revelar os fatores das vidas precedentes que desempenham um papel importante na
formação do temperamento da vida presente.
30º Caminho (de Yesod a Hod): Associado à letra hebraica Resh e ao arcano XX do tarô, o
Julgamento. “O 30º caminho representa a Inteligência Coletiva e, por meio dela, os
astrólogos adquirem o conhecimento das estrelas e dos corpos celestes e aperfeiçoam sua
ciência em função das leis que regem o movimento das estrelas”. Trata-se de um caminho
de esclarecimento, que liga a visão do mecanismo do universo, Yesod, à visão do esplendor,
Hod. Este caminho é a sefirah do Mensageiro Divino, do Senhor dos Livros, e igualmente
do Arcanjo Miguel, que dispersa as forças das trevas. A letra hebraica significa cabeça, o
que supõe inteligência, enquanto que o texto yetzirático sublinha a perfeição da ciência.
Nesse texto a astrologia é representativa de todas as ciências, cuja meta é a compreensão
das leis com as quais se podem prever os acontecimentos. O princípio solar do 30º caminho
pode lançar uma luz crua sobre os desvios do ser, tais como se manifestam na
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personalidade. A lança e a espada do Miguel Arcanjo, neste caso, não são apenas as armas
simbólicas para lutar contra os demônios, mas as pontas de acusação e cauterização
dirigidas para o mais profundo do coração daqueles que caminham nos níveis mais baixos
desse caminho. Os caminhos da Árvore da Vida são para a alma como grandes viagens e
importantes experiências e aquele que está na demanda do Santo Graal em Kether acolherá
com prazer os processos petrificadores no seu caminho. Aquele que ousa se manter nu sob
a luz brilhante da Verdade, como fazem os personagens da lâmina do Tarô, compreenderá
que iniciou uma busca verdadeira e probatória e não um romance encantador ou um jogo
esotérico de salão.
29º Caminho (de Malkut a Netzach): Associado à letra hebraica Qoph e ao arcano XIX do
tarô, o Sol. “O 29º caminho é denominado Inteligência Corporal porque constrói cada corpo
criado em todos os mundos, bem como sua reprodução”. Está ligado ao corpo físico, esse
grande complexo de sangue, carne, ossos e nervos que o Espírito utiliza para se manifestar
sobre a Terra. Também se refere aos instintos fundamentais, em particular à sexualidade e
à reprodução. O fato de possuirmos raízes biológicas físicas é uma das verdades que
devemos enfrentar no 29º caminho. O homem urbano tende a aumentar o controle sobre os
instintos, o que pode torná-lo cego para as leis da natureza. Mas o homem não pode
escapar do seu aspecto primitivo. Ele pode controlar, transcender, mas sempre se deparar á
com esse lado da natureza em sua vida física. A aceitação desse estado talvez seja a
principal lição do caminho 29º. Trata-se de um caminho do panteísmo e das etapas
primitivas e mais terra a terra do "Raio Verde", a via do misticismo da natureza. Aqui não
cabe o "amor" superficial e sentimental do citadino pela natureza, mas sim a atitude
ambivalente de amor e ódio do camponês que dela deve tirar sua subsistência através de
uma verdadeira luta. O amor real pela natureza, como o verdadeiro amor humano, não é
uma coisa de apreciação refinada e impalpável, mas uma confrontação e aceitação
voluntária da realidade. O mito de Leda e o cisne (Zeus) cabe neste caminho. Do seu
encontro amoroso nascem Castor e Polux, os Gêmeos Celestes, representação da
Individualidade e da Personalidade.
28º Caminho (de Yesod a Netzach): Associado à letra hebraica Tsade e ao arcano XVIII do
tarô, a Lua. “O 28º caminha é denominado a Inteligência Natural; por ele, tudo o que se
encontra abaixo do Sol é terminado e concluído”. É o caminho de grandes poderes e forças
porque, por ele, as forças puras da imaginação criadora são vertidas para o nível
subconsciente. Entre as pessoas cultivadas, a Personalidade deveria ser uma reprodução da
Individualidade; em outros termos, o que está embaixo deveria ser semelhante ao que está
acima, para estar de acordo com o axioma hermético. Esse fator é mostrado pelo signo de
Aquário, uma linha em ziguezague que lembra o Raio, refletido abaixo por uma linha
ziguezague similar. A linha superior representa a Individualidade, a linha inferior a
Personalidade. Desse modo, "tudo o que se encontra sob o Sol é terminado e concluído". A
adoração da Natureza também cabe no 28º caminho. O aspecto feminino dessa adoração,
Vênus ou Ísis, é indicado pela figura simbólica de Netzach, a Bela Mulher Nua, embora
seus aspectos profundos venham de Binah. Esse caminho corresponde ao canal de
inspiração artística e de todo trabalho criativo. Ele se refere a Lúcifer, o portador da Luz,
cujos aspectos superiores aparecem na lenda do Santo Graal, vaso que teria sido esculpido
da esmeralda caída da fronte de Lúcifer. E a esmeralda é a pedra atribuída a Vênus –
Afrodite - Netzach. Os variados significados do caminho 28 vão desde o da polaridade
sexual, do contato com os reinos não humanos, até a formação de um canal interior na
consciência para a representação dos aspectos superiores da alma.
27º Caminho (de Hod a Netzach): Associado à letra hebraica Phe e ao arcano XVII do tarô,
a Estrela. “O 27º caminho representa a Inteligência Ativa e estimulante porque, por ele,
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cada ser recebe seu espírito e seu movimento”. Esse caminho é o suporte principal da
Personalidade. É o primeiro véu ou barreira do caminho ascendente, ligando o centro do
poder criador em Netzach ao centro do pensamento concreto em Hod. O 27º caminho está
na rota do Raio Fulgurante e manifesta a força de vida nos mundos inferiores. Ele liga as
Sefiroth de base dos pólos opostos do Princípio da Manifestação, o pilar positivo da
Misericórdia e o pilar negativo do Rigor. A letra hebraica para esse caminho, Phe, significa
boca, órgão que ingere os alimentos (aspecto receptivo) e emite a palavra (aspecto ativo). O
Yod que preenche a boca pode ser considerado um símbolo da língua que formula o Verbo
em ação, ou até mesmo o próprio Verbo. No caso do 27º caminho, o Verbo se refletiu nos
níveis inferiores astral-mental e formou um veículo para si, a Personalidade. É por meio
dessa Personalidade que o Verbo é pronunciado para o nível de existência mais denso,
Malkuth, o mundo físico. Como esse caminho representa a estrutura da personalidade, o
símbolo da boca nos lembra que a meta da encarnação é a busca do alimento na Forma em
benefício da individualidade e do Espírito.
O nome do caminho dá uma boa indicação. O caminho entre Hod e Netzach é chamado, a
partir da letra hebraica que lhe foi designada e do significado de sua raiz “florescer e
murchar”, isto é, aparecer e, então, desvanecer. Isso é um fenômeno vital e contínuo da
mente. O caminho entre Hod e Yesod é chamado de ”Boca", originando-se da letra hebraica
Phe; o seu complemento no caminho Yesod - Netzach é chamado de "macaquear ou imitar".
Esses caminhos combinados formam, com suas Sefiroth, um nítido retrato do trabalho
dessa tríade. Além do mais, se levarmos adiante esse princípio Cabalístico, a palavra
"Nakaph", formada pelas letras desses três caminhos, significa "andar em círculos".
Como se pode notar pela citação acima, estabelece-se uma relação entre as letras hebraicas
e os Caminhos, diferente do que fizeram até agora os autores franceses e ingleses.
26º Caminho (de Hod a Tif’ereth): Associado à letra hebraica Ain e ao arcano XVI do tarô,
a Torre. “O 26º caminho é denominado a Inteligência Renovadora porque, por ele, o Deus
Santo renova todas as coisas mutáveis que são regeneradas pela criação do mundo”. Do
mesmo modo que o 25º caminho é uma Noite Escura da Alma no caminho do Amor ou do
Misticismo Devocional, e o 24º caminho é uma prova no Caminho do Poder ou do
Misticismo da Natureza e da Arte, pode-se considerar o 26º caminho como uma prova
similar no Caminho da Sabedoria, o Caminho Hermético. Escapar das limitações da forma
exige a ruína das construções do intelecto. A idéia que o homem faz de Deus, por exemplo,
vai se modificando na medida de sua própria evolução. O signo de Capricórnio atribuído a
esse caminho fala da autoridade, da limitação e da densificação. Mas a cabra que figura
esse signo também diz que percorrendo agilmente o caminho, de rochedo em rochedo,
poderemos alcançar altos picos. No decorrer do percurso nossa compreensão se modificará,
pois, esse caminho é denominado Inteligência Renovadora. Na medida em que o ar mental
se rarefaz, os processos mentais se transformarão de inteligência em intuição. Esse
caminho é uma operação de transformação da consciência intelectual de Hod na
consciência iluminada de Tif’ereth.
25º Caminho (de Yesod a Tif’ereth): Associado à letra hebraica Samech e ao arcano XV do
tarô, o Diabo. “O 25º caminho é a Inteligência da Prova ou Tentação, assim denominado
por ser a primeira tentação pela qual o Criador prova todas as pessoas virtuosas”. É o
caminho entre a Personalidade e a Individualidade, no qual se desenvolvem os primeiros
vislumbres da consciência superior. Representa a prova da viagem de travessia do deserto,
que necessita da Fé e da Coragem para ser empreendida, que exige o abandono da aparente
segurança dos mundos inferiores. Cada uma das três vias que levam a Tif’ereth (os
caminhos 24, 25 e 26) contém a experiência conhecida pelo nome de Noite Escura da Alma
(experiência necessária para a evolução da alma referente aos processos libertação e
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contemplação divina nos caminhos das “trevas” e da “purificação”). No 25º caminho a
alma deve progredir no Caminho Deserto, deixando para trás a vida dos mundos exteriores
e inferiores, embora ainda inconsciente da vida dos mundos interiores e superiores,
invocando a luz interior que se tornará a aurora dourada nas trevas.
24º Caminho (de Netzach a Tif’ereth): Associado à letra hebraica Num e ao arcano XIV do
tarô, a Temperança. “O 24º caminho é a Inteligência Imaginativa, assim denominada
porque dá uma semelhança a todas as similitudes criadas de modo similar às suas
harmoniosas elegâncias”. Representa a prova no caminho do poder. Corresponde à
destruição dos impulsos egoístas com finalidade de uma reconstrução num nível mais
elevado de individuação. Os três caminhos (24º, 25º e 26º) que ligam as sefirot do Mundo
da Forma (Yetzirah) à Tif’ereth, são caminhos de sacrifício, ou seja, da troca de alguma
coisa por outra melhor. A meta é descobrir a nossa verdadeira Vontade Espiritual e ter a
coragem de agir em função dela. O 24º caminho representa a morte e o nascimento da
personalidade e se relaciona com a Vontade de Transformação. O 26º propõe a
transformação da inteligência em Intuição; e o 27º a transformação da vontade, da
inteligência e da memória da personalidade em Caridade, Fé e Esperança. Embora esses
três caminhos tenham igual importância, o 24º possui o significado suplementar de estar
na rota do Raio Fulgurante. É denominado "Inteligência Imaginativa", pois a personalidade
pode se tornar imagem do princípio espiritual. A letra hebraica que corresponde ao caminho
24 é Num, o peixe, que no nível do simbolismo sexual representa o esperma masculino. O
peixe, em especial, está associado a Cristo.
23º Caminho (de Hod a Gueburah): Associado à letra hebraica Mem e ao arcano XIII do
tarô, a Morte. “O 23º caminho é a Inteligência Estável e é assim denominado porque tem a
virtude da coerência entre todas as numerações”. Liga, no sentido ascendente, o princípio
intelectual a uma faculdade espiritual de julgamento rigoroso. Compreende o sacrifício das
idéias e padrões anteriores, sem o qual se retrocede. Hod é uma das sefirah que
correspondem ao elemento Água. Um dos atributos da Água é a reflexão e, em Hod,
podemos distinguir os reflexos dos princípios dos mundos superiores. As imagens em Hod
se apresentam mais sob a forma de abstrações (os símbolos geométricos de Pitágoras, por
exemplo) do que sob a forma de confusas inquietações do subconsciente (os sonhos, por
exemplo) de Yesod. A similaridade de função dos dois sefirot pode ser compreendida pela
reapresentação dos planetas correspondentes: a Lua de Yesod tem a forma de uma taça, de
um receptáculo, que é o mesmo símbolo que coroa Mercúrio. Gueburah não alcança seus
propósitos apenas pela intensa atividade ou pela violência, mas também pela sua
persistência no tempo. Temos, portanto, no 23º caminho, de um lado a estabilidade
necessária para refletir os mundos superiores sem deformá-los e, de outro, a estabilidade
do esforço durante um período incomensurável.
22º Caminho (de Tif’ereth a Gueburah): Associado à letra hebraica Lamed e ao arcano XII
do tarô, o Enforcado. “O 22º caminho é a Inteligência Fiel e é assim denominado porque,
por ele, as virtudes espirituais são desenvolvidas e todos os habitantes da Terra estão perto
de ficar sob a sua sombra (igual a - sob a proteção de suas asas)”. Esse caminho tem uma
importância suplementar por se encontrar na linha do Raio Fulgurante. É geralmente
conhecido, no sentido ascendente, como o caminho dos Ajustes Kármicos. Tal como o 20º,
seu oposto complementar, este caminho tem afinidades com Daath, pois este é também
uma esfera de equilíbrio. Esses ajustes e reajustes podem ser representados pelo monstro
com cabeça de crocodilo, que devora os Reprovados na cena do Julgamento no Livro dos
Mortos egípcio. Como a maior parte dos espantalhos pavorosos dos mitos religiosos ou das
lendas, os chamados monstros do mal são, na realidade, um véu que oculta aquilo que não
podemos enfrentar em nós próprios. No sentido ascendente, o 22º caminho pede a redenção
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e a assimilação de todo o nosso passado. A maior parte dessa confrontação ocorre no
caminho 19, mas a avaliação de todos os fatores, na qual nada será esquecido, se faz no
22º. O aguilhão, símbolo da letra Lamed, como os demais símbolos de Gueburah, pode
sugerir idéias de castigo, mas isso não é estritamente exato. Podemos também associar
esse caminho ao 11º (Kether - Chokmah), representado pela letra Aleph, que simboliza o
boi, o mais terra a terra dos animais. O processo da manifestação, que continua ativo no
caminho que vai de Gueburah para a relativa estabilidade de Tif’ereth, fica bem
simbolizado pelo aguilhão. Os poderes desse caminho poderão ficar mais claros se nos
lembrarmos de um símbolo menos conhecido para a letra Lamed: Asa. É com as Asas da Fé
que a alma pode melhor cumprir seu destino e escapar da sombra do karma, como sugere o
texto yetzirático.
21º Caminho (de Netzach a Chesed): Associado à letra hebraica Kaph e ao arcano XI do
tarô, a Força. “O 21º caminho é a Inteligência da Conciliação e da Recompensa, assim
chamado porque recebe a influência divina que aí opera por meio das bênçãos dadas a
todas as existências e a cada uma em particular”. Representa a ligação entre a pura
imagem do que a individualidade tem a intenção de cumprir (Chesed) e a imaginação
criativa e as emoções superiores da personalidade (Netzach). Compreende os ideais e
aspirações que cativam a imaginação do homem. Nesse sentido, talvez, o símbolo mais
importante para o homem ocidental seja o da Demanda do Santo Graal. A influência desse
caminho age principalmente sobre as emoções e é essa aspiração indefinida que leva
homens e mulheres a se colocarem na busca. É nessa fase que se tornam "buscadores" no
mundo interno, embora muitos escolham o caminho das aventuras físicas ou se deixem
apaixonar pelas viagens. Outros confundem ainda o apelo de sua própria natureza superior
com a atração física por outro ser humano. Outro fator interessante é o desejo de mudança
que esse impulso traz, muitas vezes sob a forma de sonhos de uma vida paradisíaca em
ilhas desertas e afastadas ou, mal terminadas as férias, já começar a fazer planos para as
férias seguintes. No extremo encontram-se aqueles que se intoxicam com drogas ou com
experiências sexuais como meio de "fugir desse mundo". A primeira exigência nas fases
iniciais da Busca é o Discernimento, virtude de Malkuth. Porém, todas as virtudes das
Sefiroth da personalidade inferior serão chamadas a atuar: a Independência de Yesod, pois
deverá conservar uma abertura a toda prova; a passagem pelo crivo das provas subjetivas
ou objetivas que vêm a seguir se encontra na Veracidade de Hod; a capacidade de admitir
sua própria ignorância, de "voltar a ser como uma criança" está contida no desapego de
Netzach; e, acima de tudo, a virtude que levará a alma através de todas as dificuldades do
caminho: a Devoção à Grande Obra de Tif’ereth. Existe um nexo entre este caminho do
Desejo e da Visão e o 32º caminho do ir e voltar na forma física em Malkuth.
20º Caminho (de Tif’ereth a Chesed): Associado à letra hebraica Iod e ao arcano X do
tarô, a Roda da Fortuna. “O 20º caminho é a Inteligência da Vontade. É assim chamado
porque é o meio de preparação de tudo e de cada ser criado, e, por essa Inteligência se
adquire o conhecimento da existência da Sabedoria Primordial”. Tif’ereth é a Sefirah
central da Árvore da Vida e representa assim o ponto de convergência da integralidade do
ser humano na manifestação. É o ponto de equilíbrio entre a força e a forma na
individualidade (Gueburah e Chesed). É também o ponto médio entre os níveis espirituais e
a manifestação densa sobre a Terra. Chesed, por sua vez, representa a primeira
manifestação do ser numa existência sub-espiritual e contém a imagem mais pura de como
o Espírito deveria se manifestar enquanto ser humano. No sentido ascendente da Árvore, o
20º Caminho dá a visão do modelo do destino, proveniente dos níveis espirituais. No texto
yetzirático esse caminho é denominado Inteligência da Vontade, ou seja, da Vontade
Espiritual, pela a qual se adquire o conhecimento da existência da Sabedoria Primordial. É
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o conhecimento das realidades espirituais dos níveis superiores. A contemplação contínua
da verdadeira imagem é assim o "meio de preparação de todo e qualquer ser criado", pois
ela serve de guia no caminho da evolução individual e indica os tipos de veículos ou
recursos que devem ser construídos para continuar a segui-lo. A chave do caminho é a letra
hebraica Yod, a primeira letra do Nome Divino supremo IHVH, que significa o início das
coisas. Seu significado é a Mão, neste caso a Mão de Deus ou a mão do Espírito que guia a
alma na sua evolução. Pode-se denominar Consciência Crística a tomada de consciência da
Vontade do Pai que está nos Céus. A primeira centelha dessa consciência Crística pode ser
vista como a influência do 20º Caminho que liga Tif’ereth (o ponto mais baixo da
individualidade e o mais alto da personalidade) à Chesed (a esfera do ser manifestado na
qual a verdadeira Vontade do Espírito é conhecida). Porém, por causa do Desvio Original, a
situação real está muito longe de ser tão simples como essa. O Pecado Original foi a recusa
por parte da individualidade de realizar a vontade original do Espírito no momento de
entrar no universo de Deus Pai. A conseqüência foi a criação de um falso modelo. Em
termos cabalísticos isso significa que a imagem refletida de Chesed não é mesma que se
encontra no Triângulo Supremo do Espírito. Há como que uma fissura entre o Espírito e a
Individualidade, que se reproduz no nível inferior como uma fissura entre a Individualidade
e a Personalidade. O Abismo e o Despenhadeiro são conseqüências dos feitos do homem,
frutos do pecado. O processo evolutivo deveria ser uma luta, segundo o Plano Divino, e não
essa estagnação na obscuridade espiritual cercada de guerra, pobreza e doença que
acabaram por definir a condição humana. A lição a aprender é que a Demanda no Santo
Graal não termina em Tif’ereth, nem mesmo em Chesed, mas em Kether. O destino pessoal
e a evolução completa só podem ser alcançadas no momento em que todos os elos partidos
sejam restabelecidos e que a Verdadeira Vontade do Espírito, e não só a da individualidade,
se manifeste de um modo totalmente controlado sobre a Terra.
19º Caminho (de Gueburah a Chesed): Associado à letra hebraica Teth e ao arcano IX do
tarô, o Eremita. “O 19º caminho é a Inteligência do secreto de todas as atividades dos seres
espirituais e é assim chamada por causa da influência que ela difunde a partir da mais alta
e exaltada glória sublime”. O Caminho 19, de grande poder dinâmica, é o principal suporte
da Individualidade, do mesmo modo que o 27º (igualmente de grande força) é o suporte
principal da Personalidade. O 19º dispõe de uma força de "empacotamento", que mantém
juntos os diversos aspectos da unidade de evolução, a Individualidade; de igual modo o
caminho 27 mantém a unidade de encarnação, a Personalidade. O 19º se encontra na
trajetória do Raio Fulgurante. A imagem do Espírito, após ter sido impulsionada de Binah,
via Daath, até Chesed, começa a construir uma sucessão dinâmica de atividades. O sentido
inverso, de Gueburah a Chesed, é a via iniciática a partir da qual não são mais necessárias
outras encarnações sobre a terra. As tomadas de consciência desse Caminho são
particularmente profundas, pois são resultantes finais da experiência e da compreensão de
um ciclo completo de evolução. A prova fundamental desse caminho é a capacidade de
encarar tudo o que ocorreu durante o ciclo completo da evolução pessoal, aceitando-o
totalmente sem fuga ou repressão. Esse balanço final não mais admite adiamentos; o que
não for enfrentado permanecerá como uma barreira ao progresso. "Esse caminho não é de
fato agradável, mas pela simples razão de que nós, que por ele caminhamos, não somos
pessoas agradáveis". Diante das dificuldades, nossa reação habitual é atribuir a culpa aos
outros. Trata-se de um grande passo começar a compreender que, de algum modo,
contribuímos largamente para estabelecer nosso próprio karma. O 19º caminho corresponde
à segunda barreira (ou véu) da Árvore, preenchendo o intervalo entre a Severidade e a
Misericórdia.
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18º Caminho (de Gueburah a Binah): Associado à letra hebraica Chet e ao arcano VIII do
tarô, a Justiça. “O 18º caminho é denominado a Inteligência da Casa da Influência (devido a
sua grandeza é aumentada a abundância do influxo de boas coisas sobre os seres criados)
e do seu seio são extraídos o arcano e os sentidos ocultos que habitam sua sobra e que aí
permanecem estreitamente unidos pela Causa de todas as causas”. Esse caminho age como
via de comunicação entre o Espírito e a atividade inteligente da Individualidade
(Gueburah). Ele é também chamado de Casa da Influência. O texto yetzirático ("devido a
sua grandeza é aumentada a abundância do influxo de boas coisas sobre os seres criados")
indica o quanto essa ligação é importante para que o destino do Espírito seja cumprido na
manifestação. Quando isso não ocorre o Karma em geral se acumula e os resultados da
ação raramente são bons; o que é uma das conseqüências do Primeiro Desvio que abriu um
buraco ou Abismo entre os dois níveis de existência. Binah é a Mãe da Fé, da qual a
individualidade obtém todo conhecimento superior do seu destino. Esse conhecimento é "o
arcano e os sentidos ocultos" mencionado do texto yetzirático. No sentido ascendente, isso
significa que a nossa meta na evolução é ligar esses dois níveis, e que a nossa primeira
tarefa é desprender os véus para transpor o Precipício e o Abismo. Só então será passível
obter a impregnação do conhecimento de nosso destino nos níveis mais densos e a sua
aplicação no plano físico da vida diária.
17º Caminho (de Tif’ereth a Binah): Associado à letra hebraica Zain e ao arcano VII do
tarô, o Carro. “O 17º caminho é denominado a Inteligência Ordenadora que dá Fé aos
Justos; nesse caminho eles são revertidos do Santo Espírito e ele é denominado o
Fundamento da Perfeição no estado das coisas superiores”. Binah, por ser o mais "concreto"
dos três Sefiroth supremos, contém a imagem do Espírito e sua destinação sobre a Terra.
No Caminho 17 a consciência do destino do Espírito é concentrada na sede da consciência
manifestada, Tif’ereth. Binah é a "mãe da Fé, da qual a Fé emana". Nesse caminho, a Fé é
dada aos Justos, que assim são revestidos do Espírito Santo. Binah está estreitamente
ligada ao Santo Anjo da Guarda. A Fé pode ser considerada não só como a fé comum em
Deus, mas também a confiança em si que cada ser humano deve ter para continuar no
caminho da sua vocação, o domínio no qual deve aplicar seus esforços, sejam quais forem
os obstáculos. O signo astrológico de Gêmeos indica a verdadeira relação que deve existir
entre o Santo Anjo da Guarda e a Individualidade. Eles devem ser um o reflexo do outro. A
chave desse caminho, a letra hebraica Zain, significa espada. A forma da letra sugere uma
espada e, de certo modo, a ação do Santo Anjo Guardião, o qual representa Conhecimento e
Propósito. O Anjo projeta uma "varinha” de Conhecimento e Propósito para os níveis
inferiores da manifestação.
16º Caminho (de Chesed a Chokmah): Associado à letra hebraica Vau e ao arcano VI do
tarô, o Enamorado. “O 16º caminho é a Inteligência Triunfal ou Eterna e é assim
denominado porque é o prazer da Glória além da qual não há Glória igual. É também
chamado de Paraíso preparado para os Justos”. O Caminho 16º, paralelo ao 18º, é um dos
laços entre o Espírito e a Individualidade. O prego, reapresentação da letra Vav, é um
símbolo importante do ponto de vista esotérico cristão, pois o Espírito é pregado três vezes
à cruz da matéria. No sentido ascendente, esse "prazer da Glória além do qual não há
Glória igual" permite considerar o caminho 16 como um modelo do que deveria ser e uma
promessa do que será alcançar o nível zodiacal reapresentado por Chokmah, também
denominado "Paraíso preparado para os Justos". O signo astrológico desse caminho é
Touro, animal que representa a mais densa concretização sobre a terra, enquanto a Vaca,
sua contraparte feminina simboliza o princípio feminino, receptivo da forma, matriz na
qual se incrusta a jóia do Espírito. A forma do signo, se adéqua a esse caminho: um disco
solar indicando a recepção dos poderes do Eterno e sua difusão sob a forma de luz e calor.
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O Graal, em suas diferentes versões, também pode ser relacionado a esse caminho, que leva
à Távola Redonda Zodiacal (Chokmah), no centro da qual se encontra o Santo Graal. É o
caminho no qual podemos aprender a ligar a sabedoria ao amor e, desse modo, servir de
maneira totalmente impessoal.
15º Caminho (de Tif’ereth a Chokmah): Associado à letra hebraica He e ao arcano V do
tarô, o Papa, o Sumo Sacerdote ou o Hierofante. “O 15º caminho é a Inteligência
Constituinte, assim denominado porque constitui a substância da Criação nas trevas puras
e os homens falaram das contemplações; é dessas trevas que se fala na Escritura: e o
enfaixei com névoas tenebrosas" (Jó). Essa substância da Criação são as Águas do Não-
manifestado que vertem na manifestação. No sentido ascendente, lembrando que a
experiência espiritual de Chokmah é a visão de Deus face a face, podemos dizer que, ao
longo desse caminho, a alma pode perceber uma centelha da majestade do seu Criador,
como se, assentada diante de uma janela estreita sem vidro, ela olhasse fixamente para as
trevas do espaço e visse subitamente uma estrela lampejar, indicando o ponto de origem da
alma e a meta para a qual ela deve dirigir a sua evolução. O fator de início e fim da
evolução pessoal é sublinhado pela forma do signo astrológico de Áries: a queda súbita na
manifestação e o posterior retorno ao ponto de partida. O meio de alcançar essa meta de
toda humanidade poderia ser expresso em termos bem simples: "Amarás o Senhor teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com toda a tua força e de todo o teu
entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10-27, Mateus 22-37).
14º Caminho (de Binah a Chokmah): Associado à letra hebraica Daleth e ao arcano IV do
tarô, o Imperador. “O 14º caminho é a Inteligência Iluminante e é assim denominado
porque é esse Chasmal o fundador das idéias ocultas e fundamentais da Santidade e de
suas fases de preparação”. Do mesmo modo que os caminhos transversais interiores, o 27º
e o 19º, são respectivamente os "suportes" da Personalidade e da Individualidade, o 14º é o
suporte do Espírito em seu próprio nível. O texto yetzirático o denomina Chasmal, ou seja,
"o Brilhante, fundador das idéias ocultas e fundamentais da santidade". Ele é, por certo, o
fundamento oculto de todos os seres na Forma. A fonte do nosso ser está em Kether, mas a
manifestação enquanto unidade estável pressupõe o funcionamento do Princípio da
Polaridade que, neste nível, é o princípio arquetípico de Chokmah e Binah. E esses dois
princípios são ligados pelo 14º Caminho. Para seguir o simbolismo da letra hebraica esse
caminho é a Porta, ou seja, a entrada para a manifestação. Poderíamos mesmo denominá-
lo a Porta do mundo do Espírito, pois esse caminho segue o trajeto do Rio Fulgurante. No
sentido ascendente, esse caminho é o último canal de consciência no qual os pilares da
Manifestação em sua ação de defensores da Forma têm ainda influência. É a Porta da
Iluminação, como subentende o texto yetzirático, “Iluminação Total da Visão de Deus face
a face”, em Chokmah. É sobre esse aspecto de manifestação que o simbolismo da lâmina do
Tarô desse caminho se refere: é a pedra fundamental da construção do Templo do Homem
na existência manifestada.
13º Caminho (de Tif’ereth a Kéther): Associado à letra hebraica Ghimel e ao arcano III do
tarô, a Imperatriz. “O 13º caminho é denominado a Inteligência Unificadora e é assim
chamado porque é em si mesmo a essência da Glória; é a Perfeição da Verdade das coisas
espirituais individuais”. Esse caminho se destaca entre os demais porque se encontra sobre
a linha direta de contato entre o Espírito e a Individualidade. Ele faz parte do que se
poderia denominar de coluna vertebral da Árvore da Vida, o longo caminho entre o Espírito
e a Terra, Kether e Malkuth. A linha ascendente vertical da Árvore da Vida é o Caminho da
Flecha, a Via Mística dos que não procuram manipular poderes ocultos, mas sim a União
com Deus. O Caminho dos Místicos sobe pelo 32º caminho, a Entrada dos planos interiores,
e passa através dos reinos subconscientes de Yesod. Como Yesod está ligado à função
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sexual, torna-se compreensível a ocorrência de imagens de natureza sexual em certos tipos
de misticismo. De Yesod, a Via leva através do "deserto" do 25º caminho, a Inteligência da
Prova, que é a primeira Noite Escura da Alma, antes de alcançar a aurora dourada da
consciência de Tif’ereth e o contato com o "Deus Interior". Mas o contato de Tif’ereth é
ainda um aspecto menor do "Deus Interior", pois o Caminho conduz a seguir diretamente à
fonte do ser espiritual em Kether. Essa segunda metade é o 13º Caminho, ao qual
corresponde à letra hebraica Ghimel, um camelo, o que nos lembra um outro deserto,
portanto uma segunda Noite Escura da Alma, a travessia do Abismo, descrita por São João
da Cruz. Como a morte e o nascimento, o 32º, o 25º e o 13º caminhos formam
principalmente uma via de transição. Poderia ser denominada a Via mais direta na
demanda do Santo Graal, compreendendo-se o Graal como o recipiente que se pode fabricar
com o próprio ser para se tornar capaz de reter as forças superiores, o Sangue e as Águas
do Espírito.
12º Caminho (de Binah a Kéther): Associado à letra hebraica Beth e ao arcano II do tarô,
a Papisa. “O 12º caminho é denominado Inteligência da Transparência porque é dessa
espécie de Magnificência, chamada Chazchazit, que provém as visões daqueles que se vêm
em aparição”. Por ser o caminho da "Inteligência da Transparência" significa a capacidade
de ver as coisas tais como elas são na realidade. A Forma não oculta a luminosa imagem
do Criador, mas sim a revela. O Véu do Templo, para falar simbolicamente, nada tem de
opaco. É o caminho que une o princípio da Forma (Binah) à sua fonte Espiritual (Kether), a
verdadeira fonte da qual provém a Forma e sua força interior. A raiz do termo Chazchazit
tem acepções de vidente, vidência, visão. Trata-se, por certo, da mais alta forma de
profecia, o conhecimento espiritual, uma forma de percepção interior muito mais delicada e
exata que a intuição, que por sua vez é uma forma de consciência muito mais importante e
exata do que a clarividência, a clariaudiência ou demais formas de psiquismo. Esse
caminho representa capacidade de pressentir o Verdadeiro Plano nas alturas de Kether e de
fazê-lo descer sob a forma de uma Verdadeira Impressão na Sefirah da Forma, Binah. A
descida do Plano é uma decorrência necessária, pois o conhecimento seria de pouca
utilidade se não se manifestasse, sucessivamente até os níveis da consciência mental e do
efeito físico.
11º Caminho (de Chokmah a Kéther): Associado à letra hebraica Aleph e ao arcano I do
tarô, o Mago. "O 11º caminho é a Inteligência Cintilante porque ele é a essência dessa
cortina colocada junto da ordem de arranjo e lhe é dada uma dignidade especial de ser
capaz de manter-se de pé diante da Face da Causa das Causas”. A "Face da Causa das
Causas" é a fonte de toda a Criação em Kether; por isso a experiência espiritual de Chokmah
é a Visão de Deus face a face. No sentido ascendente, de Chokmah para Kether, o 11º
caminho constitui, portanto esse alto nível de consciência que a alma iluminada percorre
desde a Visão direta de Deus face a face até a experiência transcendental ainda mais alta
de União real com Deus. Trata-se da "Inteligência Cintilante". Em Kether está o Verdadeiro
Plano da evolução e de toda vida criada. "A ordem de arranjo (ou de composição)" é,
portanto um título válido para Kether. A "cortina" ou Véu é o da vida na Forma. A Forma é
a cortina que oculta (e ao mesmo tempo revela) a essência da vida. Mas, nesse caso se trata
de uma força pura, pois o 11º caminho é a "essência dessa cortina". Nesses níveis
supremos, a forma é muito atenuada em comparação ao nível denso da nossa existência,
mas nem por isso é menos poderosa. Uma forma incorreta ou mal aplicada num nível
superior da manifestação pode produzir deformações que se ampliarão à medida que seus
efeitos se façam sentir nos planos inferiores. No sentido ascendente, o 11º Caminho
reapresenta a etapa final da união com Deus. A descida desse caminho é a primeira etapa
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da Descida do Poder simbolizado na Qabalah pelo Raio Fulgurante. Ele representa,
portanto, os primeiros inícios.
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circunferência de um círculo).
Caminho da exclusão lógica da tese (Eliminação),
26º Caminho da compulsão astral (Tensão pré-destruidora) e da Laço material ou Amarra (idéia de
16 A Torre
Hod-Tif’ereth obstrução física através do uso habilidoso da uma conexão em estado de tensão).
fatalidade (Destruição).
Caminho da utilização do Princípio Divinatório,
27º Caminho Garganta com Língua, da onde vem a
17 A Estrela servindo de orientação para aperfeiçoar suas
Hod-Netzach Fala, a Palavra, a Comunicação.
atividades.
28º Caminho Teto (no sentido de opressão e
Caminho da percepção de elementos e agentes
18 A Lua Yesod- sufoco, que limita a liberdade e
inimigos ocultos em toda parte que se vá.
Netzach provoca doenças).
Arma Cortante, um Machado que
29º Caminho
Caminho para a solução do grande problema liberta (utilizado para fazer uma
19 O Sol Malkut-
hermético, o caminho da reintegração. abertura no teto opressor do Arcano
Netzach
anterior).
Cabeça Humana que compreende a
Caminho da necessidade de ressurreição (elevação
O 30º Caminho utilidade do machado (se
20 dos valores de vida), uma nova vida dirigida por
Julgamento Yesod-Hod pronunciando através da abertura
outras leis superiores.
feita pelo machado).
Penetração no grande mistério da auto-realização.
Para se reintegrar espiritualmente, o homem deve Flecha em vôo direto, mas oscilante
31º Caminho
21 O Louco saber como as coisas foram criadas e, (em movimento relativo,
Malkut-Hod
conseqüentemente, como criá-las, permitindo-o, indeterminado e indefinido).
assim, a elevar-se ao nível de suas criações.
32º Caminho Momento em que o homem está maduro suficiente
Cruz (sinal da transformação) ou
22 O Mundo Malkuth- para entrar e desenvolver-se no novo ciclo
Seio (no sentido de que tudo aceita).
Yesod iniciático.
8. A ÁRVORE DO MAL
Árvore situada abaixo da Árvore Sefirótica. É uma árvore inversa, desorganizada,
caótica, resultante dos restos de mundos anteriores, negativos, que foram destruídos por
experiências falhadas, antes do cosmos atual. Nela reinam os Reis de Edom (adversários
dos Reis de Israel), e as Qlifoth (Sefiroth malignas e perigosas).
Da interação entre as duas árvores, surgem duas concepções de mal:
Mal Ativo: É uma força que se move no sentido da corrente evolutiva e é representado pela
iconoclastia excessiva, pela corrupção política e social. Tudo o que é excessivo e destrutivo
pertence ao Mal Ativo;
Mal Passivo: É a resistência ou a inércia em fase de evolução. O conservadorismo natural e
a revolta comum da juventude são males passivos. É um corolário prático do Princípio do
Equilíbrio que regula forças opostas do universo. Essas forças opostas não constituem um
mal em si, entretanto, as manifestações do mal passivo podem ser postas a serviço das
Qlifoth, das forças e inteligências anti-evolutivas.
Alguns têm postulado que as Qlifoth ou Qlippoth (QLYPWTh - escudos, cascas ou
demônios) foram geradas pela “quebra dos vasos” ou “incisões de tiros” que o Ser
Primordial, Adam (ADM - homem, humano), atraiu no Primeiro Pecado: o da separação do
que está em Cima do que está Embaixo; a separação da Árvore do Conhecimento do Bem e
do Mal, da Árvore da Vida. Alternativamente, a grande Força e Forma da Luz Criativa, que
deram ímpetos pela Vontade de Deus, geraram todas as esferas da Árvore da Vida
imediatamente, mas com tal força esmagadora que estes 'vasos' foram quebrados no
processo, derramando a Luz excessiva. Esta Luz tornou-se a desagradável Qlippoth, que é
comparada tanto ao mal do mundo quanto ao sistema de evacuação do Ser Primordial,
cano de escoamento ou intestino grosso/cólon. Não obstante, estes escudos são descritos
como tendentes a simbolizar o destrutivo, o egotista, e algumas vezes os elementos
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femininos da Criação. Eles são o “lado escuro”, a Sombra da Destruição que brota ao lado
da Luz Criativa. Eles são tão necessários e importantes para o estudo da Qabalah (QBLH:
tradição) quanto a Árvore em si. Enquanto alguns associaram os escudos com o mundo de
“Assiah” (OShYH: ação, o Mundo Material; o Mundo da Expressão), outros parecem pensar
que eles são as raízes da Árvore, tendo talvez até mesmo se elevado à Esfera de Malkuth
(MLKWTh: reino, domínio).
Os Escudos das Esferas (Os Demônios de Influência ou Forças Numéricas da
Destruição):
1. Esfera KThR (Kether):
Escudo: ThAWMYAL (488);
Transliteração: Thaumiel (também Kerethiel);
Tradução: Gêmeos de Deus; As duas Forças combatentes;
Descrição: 'O Bicéfalo', duas cabeças gigantescas com asas como de morcego;
Poder: Divisão;
Comentário: Dualismo, Psicose, Contenção, Esforço.
2. Esfera ChKMH (Chokmah):
Escudo: OWGYAL (120);
Transliteração: Ogiel; Ghagiel; Chaigidel; Ghogiel; Chaigidiel; Zogiel;
Tradução: Os Estorvadores (O Estorvo);
Descrição: Gigantes negros entrelaçados com serpentes repugnantes;
Poder: Restrição (N); Conexão com a mentira e a aparência;
Comentário: Retenção, Confinamento, Limitação, Inibição.
3. Esfera BYNH (Binah):
Escudo: SAThARYAL (703);
Transliteração: Satariel; Satorial;
Tradução: Os Ocultadores; (também Os Destruidores);
Descrição: Gigantescos, com cabeças negras cobertas com chifres e olhos horríveis,
seguidos por malévolo Centauro chamado Seiriel;
Poder: Segredo; Interferência;
Comentário: Ocultação, Retenção, Segregação, Escondimento.
4. Esfera ChSD (Chesed):
Escudo: GOShKLH (428);
Transliteração: Gasheklah; Gha'ahsheblah; Gamchicoth; Agshekoloh; Gog Sheklah;
Gagh Shekelah;
Tradução: Os Golpeadores; Os Perturbadores de Todas as Coisas; Os Fraturadores em
Pedaços; Os Importunadores;
Descrição: Negros, gigantes com cabeça de gato;
Poder: Agitação; Vampirismo, instrução Qliphótica;
Comentário: Desordem, Rompimento, Aborrecimento, Distorção, Desgrenhamento.
5. Esfera GBWRH (Gueburah):
Escudo: GWLChB (49);
Transliteração: Golachab; Galab; Golohab; Golab; Golahab;
Tradução: Os Incendiários; Os Queimadores com Fogo;
Descrição: Formas com enormes cabeças negras, algumas vezes semelhantes a vulcões
em erupção;
Poder: Agressão, Violência;
Comentário: Combustão, Consumação, Devastidão.
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6. Esfera ThPARTh (Tiphareth):
Escudo: ThGRYRWN (1519/869); ZOMYAL (158);
Transliteração: Tageriron; Thagiriron; Tagaririm; Tagiriron; Togarini; Zomiel;
Tradução: Os Pechinchadores; Os Disputadores; “Árduos Instigadores”;
Descrição: Grandes gigantes negros que trabalham um contra o outro;
Poder: Disputa, Vaidade;
Comentário: Debate, Argumento, Combate, Disputa.
7. Esfera NTzCH (Netzach):
Escudo: ORB ZRQ (579); também QTzPYAL (311);
Transliteração: Oreb Zaraq; A'arab Zaraq; Harab-Serapel; Garab Tzerek; Harab Serap;
Ghoreb Zereq, Qetzephiel;
Tradução: O Corvo da Dispersão; Os Corvos da Morte; Corvos Dispersores;
Descrição: Horríveis corvos com cabeça de demônio saindo de um vulcão;
Poder: Desejo; Ganância, Cobiça;
Comentário: Dispersão, Dissipação, Desterro, Exaustão.
8. Esfera HWD (Hod):
Escudo: SMAL (131);
Transliteração: Samael; Samiel;
Tradução: Veneno de Deus; e O Mentiroso; Os Prestidigitadores;
Descrição: Vagamente Amarelo; cabeça de demônio, monstros tipo cachorro;
Poder: Decepção; Heresia;
Comentário: Traição, Ilusão, Engano, Decepção.
9. Esfera YSWD (Yesod):
Escudo: GMLYAL (114); também NChShYAL (399) e OWBRYAL (319);
Transliteração: Gamaliel; também Nachashiel e Obriel;
Tradução: Os Obscenos; Os Obscuros;
Descrição: Corrupção, repugnante Homem-Touro, unidos num só;
Poder: Lascívia;
Comentário: Indecência, Ofensiva, Inculto, Incivilizado, Imoral.
10. Esfera MLKWTh (Malkuth):
Escudo: LYLYTh (480);
Transliteração: Lilith;
Tradução: Rainha da Noite; e Rainha dos Demônios; Mulher Má;
Descrição: mulher que muda a aparência de bela à bestial;
Poder: Tentação;
Comentário: Sedução, Provocação, Atraente, Tentação, Excitante, Feitiço, Fascinação,
Encantamento, Enlevação, Deslumbramento.
9. ASPECTOS DA ALMA
Na Qabalah a Alma é sinônimo de Espírito que contém a manifestação de Deus (o
Adam Qadmon), sob cinco aspectos:
Yechidah (Self): o imperecível e eterno Peregrino Espiritual, que se encarna de tempos em
tempos para “usufruir o prazer entre os seres vivos”. É também chamado de Uno Único, o
Self Real, Khabs, a Estrela. Esta sediada em Kéther. É o ponto quintessencial de
consciência, tornando o ser espiritual, o homem espiritual, idêntico à partícula divina e, ao
mesmo tempo, diferente com referência ao seu ponto de vista individual. É correspondente
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à Atma dos hindus, à Mônada da Teosofia, à Superalma universal. Em sua descida para a
manifestação, reveste-se de um veículo criativo;
Chaya (Chiah, Chaijah ou Haíah): é a Força Vital; é a Vontade Espiritual, ou o impulso
criativo espiritual. Está sediada em Chokmah. É o veículo espiritual direto de Atma no
Hinduísmo e na Teosofia;
Neschamah (Intuição): é a Intuição Espiritual ou o Entendimento da Mônada. Está
sediada em Binah. Corresponde ao Buddhi-Manas da Teosofia; é a faculdade de
compreender a Palavra Chiah. É a inteligência ou intuição daquilo que Jechidah deseja
descobrir a respeito de si mesmo. Estes três princípios constituem uma Trindade; eles são
um, porque eles representam o ser e o aparato que tornará possível a manifestação dele,
um Deus em forma humana. Mas eles são apenas, por assim dizer, a estrutura matemática
da natureza do homem. Um homem consciente, portanto, não pode saber coisa alguma
desses três princípios, sem bem que eles constituem a essência dele. É a obra da iniciação
viajar interiormente em direção a eles. Este princípio trino é na realidade, negativo. E ele é
completo em si. Além dele estende-se aquilo que é chamado “O Abismo”. Esta doutrina é
extremamente difícil de explicar, mas corresponde mais ou menos ao hiato em pensamento
entre o real, que é ideal, e o irreal, que é atual. No abismo, todas as coisas existem,
realmente pelo menos em potencial, mas não desprovidas de qualquer significado possível,
pois lhes falta o substrato de realidade espiritual. Elas são aparências da Lei. São, assim,
Miragens Insanas. Agora o abismo sendo assim o grande armazém de Fenômenos, ele é a
forte de todas as impressões. E o Princípio Trino tencionou uma máquina para investigar o
Universo; e esta máquina é o quarto princípio do Homem.
Ruach (Intelecto): manifesta-se em Guedulah, Gueburah, Tif’ereth, Netzach e Hod.
Equipara-se ao Manas da Teosofia com as seguintes atribuições: Memória, Vontade,
Imaginação, Desejo e Razão. É o Intelecto ou o falso Ego (Ego Empírico), o veículo de
manifestação do Ego Transcendental; pode ser traduzido como Mente, Espírito ou Intelecto;
nenhuma das três traduções é satisfatória, a conotação variando com cada escritor. Ruach
é um grupo estreitamente entretecido de Cinco Princípios Morais e Intelectuais,
concentrados em volta de sua cor, Tiphareth, o Princípio da Harmonia, a Consciência
Humana e Vontade, de que as outras quatro Sephiroth são as antenas. E estes cinco
princípios culminam em um sexto, Daath, conhecimento. Mas este não é realmente um
princípio, contém em si mesmo o germe de auto-contradição, e assim de auto-destruição. É
um falso princípio; pois, tão cedo, o Conhecimento é analisado, ele se decompõe no pó
irracional do Abismo. A aspiração do homem ao Conhecimento é, assim, simplesmente, um
caminho falso; é tecer cordas de areia. Todas essas faculdades mentais e morais de Ruach,
se bem que não são puramente espirituais com a Tríade Suprema, estão ainda como se
fosse, “no ar". Para serem úteis, elas necessitam uma base através da qual possam receber
impressões, muito como uma máquina necessita de combustível e matéria prima antes de
poder manufaturar o artigo que foi concebido para produzir.
Nephesh (Alma Animal): tem sede em Yesod, conteria o duplo etérico da Teosofia, o corpo
vital dos Rosa-cruzes. É o veículo do Prâna, vitalidade ou princípio vital e fonte dos
instintos, dos impulsos e das emoções inferiores. É o veículo de Ruach: o instrumento
através do qual a Mente é posta em contato com o pó de Matéria do Abismo, para que
possa senti-lo, julgá-lo, e reagir a ele. Nephesh é, si mesmo, um princípio ainda espiritual.
Suas faculdades de perceber dor e prazer o atraem à arapuca de prestar demasiada atenção
a um grupo de fenômenos, e evitar outros. Daí que Nephesh execute sua função como é
próprio, é necessário que ele seja dominado pela mais severa disciplina. Nem merece
mesmo Ruach confiança neste ponto. Ele tem suas próprias tendências à fraqueza e
injustiça. Ele tenta todo truque - e é diabolicamente astuto - para organizar seu contato
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com a matéria no senso mais conveniente á sua própria inércia, sem dar a mínima
consideração ao seu dever para com a Tríade Suprema, cortado como está de compreensão
dela; de fato, nem suspeitando normalmente, a existência dela.
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5. He (Hé): A capacidade de auto-expressão através do pensamento, palavra e ação. Janela;
Ser quebrado; pegar sementes; contemplar; a porta aberta deve ser aproveitada para o
próximo, dando-lhe algo na mão (“Eis aqui! Toma!”); Existência Real e Determinada.
Som: Gutural.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Áries), ou Simples, representando
as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: A "janela" tri-dimensional da consciência, composta de um eixo horizontal e
vertical (o daleth) com um ponto solto (o iod) aludindo à coordenada de profundidade.
Espaço: Cordeiro (Áries).
Tempo: Nissan.
Alma: Pé direito.
Sentido: Fala.
Arquétipo: Yehudá.
Canal: De kéther a chokmah.
6. Vav (Vô ou Vau): O poder de conectar e correlacionar todos os elementos dentro da
Criação. Unha, Cavilha; gancho; estaca; caridade não basta erguer o próximo que
sucumbirá na pobreza, deve assisti-lo em continuação, servindo-lhe de apoio (estaca);
Esplendor do Verbo Divino; Tendência a União, Enlaces, Relações Conexas.
Som: Labial.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Touro) ou Simples, representando
as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um pilar ereto.
Espaço: Boi (Taurus).
Tempo: Iyar.
Alma: Rim direito.
Sentido: Contemplação
Arquétipo: Yissachar.
Canal: De kether a binah.
7. Zayin ou Zain (Záyin): O poder de "or chozer" (luz Divina refletida rumo ao Alto pela
Criação) para ascender além de seu próprio ponto de origem. Espada; Arma; uma coroa;
uma espécie de espada com o punho em cima; nutrir; o homem deve socorrer o próximo
também com suas forças; Causa Final; Determinação, Objetividade, Indicação do Fim.
Som: Dental.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Gêmeos) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um vav com uma coroa.
Espaço: Gêmeos (Gemini).
Tempo: Sivan.
Alma: Pé esquerdo.
Sentido: Movimento.
Arquétipo: Zevulun.
Canal: De chokmah a gueburah.
8. Chet ou Heth: A dialética de "ir e vir" entre a unidade absoluta de Deus e a aparente
pluralidade da Criação. Cerca; Medo; força da vida; casa cerrada ao pobre e somente aberta
por baixo, por onde o abastado recolhe e entesoura bens para seu exclusivo proveito, como
em porões; tal atitude será castigada com doença e prostração em seu dono; Definição,
Organização.
Som: Gutural.
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Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Câncer) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: As forças opostas do vav e zayin ligadas no topo por um arco.
Espaço: Caranguejo (Câncer).
Tempo: Tamuz.
Alma: Mão direita.
Qualidade: Visão.
Arquétipo: Reuven.
Canal: De chesed a tif’ereth.
9. Teth: A "inversão”, ou ocultamento, da benevolência de Deus neste mundo. Serpente;
Inclinação; um cajado; abaixo; uma cama; castigo reservado ao avarento; Prudência.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Leão) ou Simples, representando
as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Som: Lingual.
Formato: Um recipiente com uma aba invertida: uma bolsa d'água.
Espaço: Leão (Leo).
Tempo: Menachem Av.
Alma: Rim esquerdo.
Sentido: Audição.
Arquétipo: Shimon.
Canal: De chokmah a tif’ereth.
10. Yod: A concentração do infinito dentro do finito. Mão; impulsionar; Deus o fará, ao que
cerra sua mão, de grande à pequeno; Divindade, Poder Manifestante; Eternidade, Ordem;
Potência, movimento; Rio, água.
Som: Palatal.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Virgem) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um ponto suspenso, com uma ponta projetando-se para cima e um apêndice
seguindo para baixo.
Espaço: Virgem (Virgo).
Tempo: Elul.
Alma: Mão esquerda.
Qualidade: Ação.
Arquétipo: Gad.
Canal: De tif’ereth a netzach.
11. Khaf: A capacidade de alguém realizar seu potencial. Palma da Mão; uma nuvem;
suprimir; humildade e arrogância; Assimilação, afinidade, coesão, forma, molde, objetos.
Som: Palatal.
Classificação: Letra Evolutiva (associada à Marte) ou Dupla (de pronúncia repetida, k-
h); representa o princípio dos opostos ou de complementação (riqueza-pobreza).
Formato: Um cercado de três lados com cantos redondos, assemelhando-se à coroa de
uma cabeça em perfil lateral. O khaf final: A mesma figura, com sua base caída em
extensão vertical.
Espaço: Vênus.
Tempo: Quarta-feira.
Alma: Olho esquerdo.
Dom: Vida (boa saúde).
Arquétipo: Moshê.
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Canal: De chesed a netzach.
12. Lamed: A ânsia do coração para interiorizar o conhecimento. Aguilhão de Boi;
Aprender, ensinar; Instrução, extensão, elevação, ocupação, expansão, possessão,
desenvolvimento.
Som: Lingual.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Libra) ou Simples, representando
as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um vav em formato de torre;
Espaço: Balanças (Libra).
Tempo: Tishrei.
Alma: Vesícula biliar.
Sentido: Toque físico e intimidade.
Arquétipo: Efraim.
Canal: De hod a yesod.
13. Mem: O brotar da sabedoria na fonte do supraconsciente. Água; líquido, fluidez; uma
mancha; transmissão do conhecimento (águas que se aplicam à ciência); também sugere
que a ciência não deve ser comunicada àquele que não merece; Maternidade, Fecundidade,
Passividade.
Som: Labial.
Classificação: Letra-Mãe ou Letra Matriz (de ordem superior) correspondente à “Água”
um dos 3 elementos que gera a Criação do Universo e de todas as Substâncias
existentes.
Formato: Um tanque, com uma ligeira abertura em seu canto inferior esquerdo. O mem
final: Um tanque completamente fechado.
Espaço: Terra.
Tempo: Inverno.
Alma: Torso inferior, especificamente o abdômen.
Qualidade: Amor expressando-se como água.
Arquétipo: Mashiach ben David.
Canal: De Netzach to Hod.
14. Nun: A queda do altruísmo até a autoconscientização. Peixe; reino; um herdeiro real;
descendente, expansão; filho, fruto, geração, individualidade.
Som: Lingual.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Escorpião) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um ângulo oblíquo (o servo curvado) com uma coroa em seu topo. O nun
final: a mesma figura com sua base caída na extensão vertical.
Espaço: Escorpião (Scorpio).
Tempo: Cheshvan.
Alma: Intestinos.
Sentido: Olfato.
Arquétipo: Menashe.
Canal: De netzach a yesod.
15. Samech (Sámekh): A natureza cíclica da experiência, e a equanimidade que ela traz.
Escora, Suporte; Apoiar; confiar; ordenação; forma de construção (em gramática); escorar o
próximo; Circunferência, renovação, ciclo, universo.
Som: Dental.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Sagitário) ou Simples,
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representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um círculo completo ou anel.
Espaço: Arco (Sagitário).
Tempo: Kislev.
Alma: Estômago inferior.
Sentido: Sono.
Arquétipo: Binyamin.
Canal: De tif’ereth a hod.
16. Ayin ou Hain (Áyin): A constante vigilância de Deus sobre todo elemento da Criação.
Olho; cor; uma fonte; carneiro (em aramaico); matéria, físico, vento, vazio, desarmonia,
caos, falsidade, curva.
Som: Gutural.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Capricórnio) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um nun aberto à força (o servo humilde), com um vav (Fluxo Divino) cunhado
dentro.
Espaço: Cabrito (Capricórnio).
Tempo: Tevet.
Alma: Fígado.
Sentido: Raiva.
Arquétipo: Dan.
Canal: De binah a tif’ereth.
17. Phe (Pé): Comunicação oral do conhecimento. Boca; primeiro veja com o olho e depois
fale com a boca; a boca deve, às vezes, ser encolhida e outras, estendida; Palavra,
pensamento, ensino, cópula, beleza.
Som: Labial.
Classificação: Letra Evolutiva (associada à Mercúrio) ou Dupla (de pronúncia repetida,
p-f); representa o princípio dos opostos ou de complementação (beleza-feiúra).
Formato: Uma cabeça em perfil lateral, com a boca aberta e um dente superior
invertido. O pê final: a mesma figura, com sua base caída na extensão vertical.
Espaço: Mercúrio.
Tempo: Quinta-feira.
Alma: Ouvido esquerdo.
Dom: Autoridade.
Arquétipo: Aharon.
Canal: De gueburah a hod.
18. Tsade ou Tsadic (Tzádi): A fé dos justos. Anzol; caçar; caos (em aramaico); lembra
que não deve ser justo quando convém; Fixação; Vontade; Sugestão; Alvo; Cisão, Solução.
Som: Dental.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Aquário) ou Simples,
representando as 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um yod (a vitalidade da sabedoria) cunhada na parte traseira superior de um
nun curvado (o humilde servo). O tsadic final: a mesma figura, com sua base caída na
extensão vertical.
Espaço: Jarro (Aquarius).
Tempo: Shevat.
Alma: Estômago superior.
Sentido: Paladar.
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Arquétipo: Asher.
Canal: De gueburah a tif’ereth.
19. Cuph, Koph ou Qoph (Kof): O paradoxo da santidade: a expropriação da força de vida
Divina transcendente pelo reino material. Nuca, Ouvido; macaco; cercar; tocar; força; o
fundo de uma agulha (em aramaico); círculo; Ofensa, Golpe, Ferida, dano; Voz, Escrita,
Letra, Lei.
Som: Palatal.
Classificação: Letra Involutiva (associada ao signo de Peixes) ou Simples, que
representa uma das 12 funções fisiológicas, naturais ou zodiacais do ser humano.
Formato: Um resch que paira (transcendência Divina) suspensa acima de um zayin
(centelhas caídas de santidade).
Espaço: Peixe (Pisces).
Tempo: Adar.
Alma: Baço.
Sentido: Risada.
Arquétipo: Naftali.
Canal: De binah a chesed.
20. Resch (Resh): A capacidade de iniciar o processo de retificar o "yesh" ("algo",
fisicalidade) da Criação. Cabeça ou início; Origem; um homem pobre; Psiquismo; Afeto,
sentir, querer, pensar, reflexão; Repetição.
Som: Dental.
Classificação: Letra Evolutiva (associada ao Sol) ou Dupla (de pronúncia repetida, r-rr);
representa o princípio dos opostos ou de complementação (fertilidade-esterilidade).
Formato: A parte de trás da cabeça em perfil lateral.
Espaço: Saturno.
Tempo: Sexta-feira.
Alma: Narina esquerda.
Dom: Serenidade.
Arquétipo: Yossef.
Canal: De tif’ereth a yesod.
21. Shin: O mistério de como a inconstância de todas as coisas emanam de uma Fonte
eterna e invariável. Dente; Ano; mudança; escarlate; serenidade; dormir; ensinar; dois;
afiado; velho; vice-rei; Existência; Relatividade, Transformação; Vegetação; Reino da
Natureza.
Som: Dental.
Classificação: Letra-Mãe ou Letra Matriz (de ordem superior) correspondente ao “Fogo”
um dos 3 elementos que gera a Criação do Universo e de todas as Substâncias
existentes.
Formato: Três vav levantando-se simetricamente como chamas, de um único ponto na
base.
Espaço: Céu.
Tempo; Verão.
Alma: Cabeça.
Qualidade: Amor expresso como o fogo.
Arquétipo: Mashiach ben Yossef.
Canal: De chokmah a binah.
- 31 -
22. Tav, Thô ou Thau: A impressão de que a fé na onipresença de Deus faz sobre
experiência da realidade no supraconsciente da pessoa. Cruz, sinal; Reciprocidade;
Prosperidade; Resistência; Proteção; perfeição; uma impressão; um código; mais (em
Aramaico); meta, termo; ressurreição dos mortos.
Som: Lingual.
Classificação: Letra Evolutiva (associada à Saturno) ou Dupla (de pronúncia repetida, t-
tt); representa o princípio dos opostos ou de complementação (domínio-dependência).
Formato: Um daleth fazendo uma impressão na coroa de um nun.
Espaço: Júpiter
Tempo: O Shabath.
Alma: Boca.
Dom: Graça.
Arquétipo: David.
Canal: De yesod a malkut.
SIGNO NOME
Nº ARCANOS TRANSL. VALOR CLASSIFIC. SIGNIFICADO ASTR.
HEBRAICO HEBRAICO
- 32 -
Aguilhão de Boi – Aprender – Ensinar –
12 O Enforcado ל LaMeD
(Lámed)
L 30
Letra-
Simples
Instrução – Extensão – Elevação –
Ocupação – Expansão – Possessão - g
Desenvolvimento
- 33 -
2ª Parte: SISTEMAS CABALÍSTICOS
TETRAGRAMMATON
- 34 -
1º. Se existe qualquer manifestação no tempo e no espaço, deve haver o primeiro elemento
a agir ou poder que inicia o processo. Ele é simbolizado pelo algarismo “Um” (1) e pela
letra “Yod” ()י. Esse elemento é ativo, rígido, positivo, dinâmico, emissor, yang e espiritual,
equivalente ao elemento do quaternário “fogo”.
2º. Para complementar o princípio primário ativo, existe um outro princípio necessário à
manifestação, o qual é o receptáculo, algo que serve como base para o Yod ativo. Este é
passivo, maleável, negativo, estático, receptivo, yin e material, equivalente ao elemento do
quaternário “água”. Seu número é “Dois” (2) e sua letra é “He” ()ה.
3º. Quando o princípio Yod age sobre o princípio He, surge a necessidade de equilíbrio e,
sendo assim, aparece o terceiro princípio, o resultado da ação, a neutralização e o equilíbrio
dos efeitos ativos e passivos, refletindo em si mesmo as qualidades do primeiro e do
segundo princípio de forma a se complementarem. Este princípio é andrógino, neutro e
equilibrante, que tem uma tendência singular de se sutilizar, expandir-se, esvair-se e
tornar-se etérico. Seu número é “Três” (3) e a sua letra é “Vau” ()ו. Este princípio
corresponde ao elemento do quaternário “ar”.
4º. Os três primeiros princípios formam uma nova unidade, a primeira compreensão do
Todo (primeira família), metafisicamente concebida de um plano mais sutil do ser. Essa
idéia concebida é o quarto princípio. Este recebe o número “Quatro” (4) e sua letra é o
segundo “He” ()ה. Este princípio também é neutro, equilibrante e andrógino, porém, tem a
tendência a concentrar sua força de forma a densificar-se. Corresponde ao elemento do
quaternário “terra”. Por concluir a primeira fase da transformação dos elementos, esse
princípio passa de passivo a ativo, indicando uma transição dinâmica das forças primárias
de um plano mais sutil para o mais denso. Ele passa a representar o “Yod” da próxima
família que descende ou nasce da primordial, assumindo as características do princípio
ativo e positivo de um novo triângulo.
SISTEMA SEFIRÓTICO
1. AS FAMÍLIAS SEFIRÓTICAS
Sefiroth é o plural da palavra Sefirah, que significa “numérico”, “irradiante” ou
“visível”. O conceito dos Sefiroth se aplica à manifestação de qualquer objeto possuir 10
aspectos ou formas de irradiar sua essência, criando uma seqüência ordinária dos
números.
Tudo começa com a aceitação da existência de Deus como Sua expressão nos Três Véus
da Existência Negativa (o triplo aspecto divino). O 1º Véu (Ain) é um espaço pertencente ao
“Nada”, do “Não Ser”, da “Existência Negativa”; o 2º Véu (Ain Soph) é um espaço do
“Incognoscível”, do “Imanifesto”, do “Imutável”, do “Absoluto”, da “Obscuridade”; o 3º
Véu (Ain Soph Aur) é um espaço da “Luz Eterna” e sem limites, do “Espaço Virgem”
(Hodson), das “Substâncias Pré-Cósmicas”. É através desses Três Véus (Plano Divino ou
Espiritual) que Deus gerou leis que regulassem as Três Realidades da Existência: o Ser
Espiritual, a Substância Etérica e o Universo Cósmico.
A partir da Vontade Divina, da Luz Infinita expressa em Ain Soph Aur, que se iniciou
um processo de manifestação progressiva, que ao mesmo tempo é uma separação (a Queda
do Ser Espiritual). Criou-se um Vácuo (plano da existência da antimatéria, os buracos
negros) para que pudesse manifestar o reflexo da Existência Divina. Neste nível é
compreendido e classificado como os Três Esplendores Divinos, onde o 1º Aspecto é o da
Vontade Divina (manifestação ativa, masculina, como “Yod”, o Pai da Primeira Família,
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sendo também chamado de “Amor Transcendental”), que dinamiza o 2º Aspecto, a Ação
Divina (manifestação passiva, feminina, como o primeiro “He”, a Mãe da Primeira Família,
sendo também chamado de “Vida Transcendental”) que se expande até encontrar a sua
limitação no 3º Aspecto, a Restrição Divina (manifestação neutra, andrógina, como “Vau”,
o Filho da Primeira Família, sendo também chamado de “Logos”, o “Verbo
Transcendental”, o “Grande Arquiteto do Universo”).
A Terceira Emanação Divina limita e abrange todo o evento criado, originando o
primeiro dos dez Sefiroth, Kether (Coroa). O conjunto dessas Emanações ou Esplendores
Divinos é considerado a Primeira Família do “Todo” ou do “Universo das Existências”. Esta
família é inacessível, mas é responsável pelo nascimento da Segunda Família dentro de um
plano acessível à compreensão humana e a sua classificação. De acordo com a Lei Tripla
(os três aspectos da manifestação da existência, as Três Emanações de Deus), a Essência de
um objeto se manifesta primariamente como o Princípio do Ternário (Arcano da Imperatriz).
A 1ª manifestação de qualquer objeto será de caráter neutro, andrógino (N); a 2ª será de
caráter ativo, masculino (+); a 3ª será de caráter passivo, feminino (-). Essas três primeiras
manifestações compõem o Ternário Superior, sob a imagem de um triângulo ascendente. O
Ternário Superior como princípio estende seu potencial de maneira refletida, ou seja, gera
mais um Ternário Superior Descendente (triângulo descendente). Sendo assim, a 4ª
manifestação do objeto será de caráter ativo, masculino (+); a 5ª será de caráter passivo,
feminino (-); a 6ª será de caráter neutro, andrógino (N). Este Ternário Descendente marca o
meio de um processo de manifestação, onde a tendência desta força é de concretizar-se no
mundo das formas, originando, assim, o terceiro triângulo refletido no mundo físico
(imagem de um triângulo descendente). Portanto, a 7ª manifestação do objeto será de
caráter ativo, masculino (+); a 8ª será de caráter passivo, feminino (-); a 9ª será de caráter
neutro, andrógino (N). Como conclusão deste processo no mundo físico, termina com a
manifestação décupla (10ª) da essência do objeto, que possui, naturalmente, o caráter ou
atributo neutro, andrógino (N).
Esses dez Sefiroth gerados constituem a 2ª Família: o “1” é o Macroprozopos (o
Andrógino Superior), o “2” é o Pai, o “3” é a Mãe, o conjunto dos seis Sefiroth seguintes
representam o Filho, o Microprozopos (o Andrógino Inferior); são os números: 4, 5, 6
(centro da atividade funcional do Filho), 7, 8 e 9 (representa o órgão da atividade do Filho).
O Sefirah “10” representa a Esposa ou Noiva do Filho. Os dez Sefiroth constituem os
Quatro Mundos ou Planos da manifestação do objeto. Os Sefiroth 1 (Kéther – Coroa), 2
(Hokhmah ou Chokmah – Sabedoria) e 3 (Binah – Mente, Inteligência ou Entendimento)
constituem o Mundo da Emanação ou Arquetípico (Olahm Atsiluth); os Sefiroth 4 (Hesed
ou Chesed- Caridade ou Misericórdia), 5 (Gevurah ou Gueburah – Severidade ou Fortaleza)
e 6 (Tif’ereth – Beleza e Harmonia) constituem o Mundo da Criação (Olahm Briah); os
Sefiroth 7 (Nezah ou Netzach - Vitória), 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra) e 9 (Yesod – Forma
ou Fundação) constituem o Mundo das Formações (Olahm Ietsirah); o Sefirah 10 (Malkuth
- Reino) sozinho, compreende o Mundo dos Objetos ou da Ação, a Realidade Relativa
(Olahm Assiah).
- 36 -
criativo espiritual. É o veículo espiritual direto do Atma (espírito). É considerado também, a
parte do homem que pode induzi-lo a buscar a felicidade espiritual.
Pai: Refere-se ao elemento “Ruach” (Alma) que tem sede no Sefirah 2 (Hokhmah ou
Chokmah – Sabedoria). É a alma em seu significado próprio, o complexo das paixões,
desejos e a sua capacidade de dar forma às coisas criadas, de aceitá-las e de classificá-las.
Mãe: Refere-se ao elemento “Neschamah” (Mente) que tem sede no Sefirah 3 (Binah –
Mente, Inteligência ou Entendimento). É o complexo mental do homem, com os atributos
do pensamento, da intelectualidade, do humanitarismo idealista, etc.
Filho ou o Microprozopos: Refere-se ao elemento “Nephesh” (Alma Animal - Instinto) que
tem sede nos Sefiroth 4 (Hesed ou Chesed- Caridade ou Misericórdia), 5 (Gevurah ou
Gueburah – Severidade ou Fortaleza), 6 (Tif’ereth – Beleza e Harmonia), 7 (Nezah ou
Netzach - Vitória), 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra) e 9 (Yesod – Forma ou Fundação). É
considerado o reino fronteiriço entre o sistema nervoso do corpo físico e os subplanos
astrais inferiores. É o veículo do prâna, vitalidade ou princípio vital e fonte dos instintos,
dos impulsos e das emoções inferiores.
Esposa ou Noiva do Filho: Refere-se ao elemento “Yechidah” (Self) que tem sede no
Sefirah 10 (Malkuth - Reino). É a parte no homem que o liga a Deus. Embora esteja sediado
em Malkuth, a parte mais densa, no homem reflete sua natureza espiritual, sua
quintessência, tornando equivalente à natureza divina.
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4. PROCESSO DIABÁTICO ASCENDENTE
É também uma complicada passagem de um Sefirah para outro através de canais
condutores dos 22 caminhos no sentido inverso, porém normais dentro do processo da
evolução humana. Começa no Sefirah 10 (Malkuth - Reino) e termina no Sefirah 1 (Kéther –
Coroa):
32º Canal (22º Caminho do Arcano do Mundo), do 10 (Malkuth - Reino) ao 9 (Yesod –
Forma ou Fundação): A descoberta de um plano mais elevado que o plano físico, implica
em um aprofundamento nas reflexões, onde o mundo interno ou inconsciente passa a ter
importância. O homem busca a necessidade de saber como as coisas foram criadas em seu
mundo.
31º Canal (21º Caminho do Arcano do Louco), do 10 (Malkuth - Reino) ao 8 (Hod –
Glória, Paz ou Honra): Buscando um contato com a criação, o homem nota o quanto está
distante do fato de se encontrar, de saber da onde veio e para onde vai. Essa condição o
deixa à margem de uma vida que gostaria de ter. Sendo, assim, o homem parte em busca
de sua realização ou o encontro com o seu grande mistério de existir.
30º Canal (20º Caminho do Arcano do Julgamento), do 9 (Yesod – Forma ou Fundação)
ao 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra): O homem percebe que deverá mudar seus valores e
tudo o que alcançou na vida material deverá deixar de lado em detrimento de uma
inspiração divina.
29º Canal (19º Caminho do Arcano do Sol), do 10 (Malkuth - Reino) ao 7 (Nezah ou
Netzach - Vitória): O homem encontra uma luz, uma verdade, que floresce sua condição e
o faz prosperar na vida. Este caminho, também é o da purificação, ou seja, quanto mais
verdadeiro for consigo mesmo, mais rápido chegará na luz.
28º Canal (18º Caminho do Arcano da Lua), do 9 (Yesod – Forma ou Fundação) ao 7
(Nezah ou Netzach - Vitória): Neste caminho o homem ainda está em um estado de
ingenuidade ou ignorância, onde permite ser alvo fácil daqueles que se alimentam de suas
forças. É o caminho da vulnerabilidade quando atravessa uma fase obscura, quando são
sugadas todas suas forças, deixando sem energia para prosseguir.
27º Canal (17º Caminho do Arcano da Estrela), do 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra) ao 7
(Nezah ou Netzach - Vitória): É o caminho onde o homem busca orientação espiritual
através de uma pessoa que possua este poder de ver o futuro. É o caminho da esperança
que algum dia melhorará sua condição de vida. Para isso acontecer deve começar com
algum trabalho em que possa gerar frutos.
26º Canal (16º Caminho do Arcano da Torre), do 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra) ao 6
(Tif’ereth – Beleza e Harmonia): Este é o caminho dos humildes, pois o homem
pretensioso jamais conseguirá avançar na espiritualidade. Neste caminho se evidencia dois
tipos de homens: o tipo simples, humilde e o tipo prepotente, arrogante, soberbo. O homem
simples percebe que para onde vai não precisa de nada mais do que o que tem dentro de si.
E o homem prepotente percebe que não conseguirá ir adiante, porque não conseguirá levar
consigo suas estruturas criadas com base no mundo material.
25º Canal (15º Caminho do Arcano do Diabo), do 9 (Yesod – Forma ou Fundação) ao 6
(Tif’ereth – Beleza e Harmonia): O homem simples começa adentrar o mundo astral e
começa a perceber o quanto está preso em suas criações e ilusões. É o caminho do pesar, da
prisão para aqueles que são controlados pelas suas próprias ilusões criadas.
24º Canal (14º Caminho do Arcano da Temperança), do 7 (Nezah ou Netzach - Vitória)
ao 6 (Tif’ereth – Beleza e Harmonia): Aqui o homem se eleva em uma condição onde
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existe a volta. Ele começa a perceber que basta elevar suas energias em uma vibração mais
sutil e mais potente. Sendo assim ele consegue sair das suas prisões.
23º Canal (13º Caminho do Arcano da Morte), do 8 (Hod – Glória, Paz ou Honra) ao 5
(Gevurah ou Gueburah – Severidade ou Fortaleza): De tanto trabalhar em si mesmo e
aperfeiçoar-se, a sua realidade começa a mudar. É o caminho da transformação nos três
planos da manifestação do ser.
22º Canal (12º Caminho do Arcano do Enforcado), do 6 (Tif’ereth – Beleza e Harmonia)
ao 5 (Gevurah ou Gueburah – Severidade ou Fortaleza): A mudança de plano traz para o
homem um novo trabalho, o de modificar suas atitudes e de se libertar de tudo aquilo fez
de errado ou que foi prejudicial para sua evolução. Deverá ser caridoso e buscar a
compaixão, para obter a Redenção. Caso contrário, ficará impedido de progredir
espiritualmente.
21º Canal (11º Caminho do Arcano da Força), do 7 (Nezah ou Netzach - Vitória) ao 4
(Hesed ou Chesed - Caridade ou Misericórdia): Este é o caminho das provações, onde o
homem de fé deverá ser testado a sua coragem, sua força e sua persistência. Se passar nos
testes, terá como prêmio uma força superior aliada (Egrégora).
20º Canal (10º Caminho do Arcano da Roda da Fortuna), do 6 (Tif’ereth – Beleza e
Harmonia) ao 4 (Hesed ou Chesed- Caridade ou Misericórdia): O homem pertencente a
uma corrente de forças indestrutíveis deve também ser capaz de suportar as conseqüências
de suas atitudes ao longo de suas reencarnações. Sabendo disso, deve procurar suas raízes
e se juntar a uma Ordem, ou a um Sistema de Leis que regulem o seu Karma. Caso, não
conseguir se adaptar a qualquer Tradição, automaticamente este homem retorna para sua
condição original (Arcano do Mundo) para tentar um novo caminho.
19º Canal (9º Caminho do Arcano do Eremita), do 5 (Gevurah ou Gueburah –
Severidade ou Fortaleza) ao 4 (Hesed ou Chesed - Caridade ou Misericórdia): Estando
dentro de Sistema Fechado (Cabala) ou pertencendo a alguma Tradição, este homem deve
se esforçar para elevar-se em um condição moral e de ética elevada. Esta é a condição
necessária para alcançar a Iniciação.
18º Canal (8º Caminho do Arcano da Justiça), do 5 (Gevurah ou Gueburah – Severidade
ou Fortaleza) ao 3 (Binah – Mente, Inteligência ou Entendimento): O homem passa a
ser um Iniciado, porém terá que buscar um equilíbrio interno (Ajuste Kármico) para poder
se adaptar no meio em que vive.
17º Canal (7º Caminho do Arcano da Carruagem), do 5 (Gevurah ou Gueburah –
Severidade ou Fortaleza) ao 1 (Kéther – Coroa): O Homem que passa por provas, é aceito
dentro de alguma Ordem Iniciática e vence seu Karma, acaba se tornando um Vitorioso. É o
caminho da Auto-Realização, onde conquistou o poder de dirigir-se conforme sua Vontade.
16º Canal (6º Caminho do Arcano dos Enamorados), do 4 (Hesed ou Chesed - Caridade
ou Misericórdia) ao 2 (Hokhmah ou Chokmah – Sabedoria): As provações nunca serão
findadas, pois neste caminho, o Mago Iniciado deverá escolher e afirmar-se diante de sua
maior fraqueza.
15º Canal (5º Caminho do Arcano do Papa), do 4 (Hesed ou Chesed - Caridade ou
Misericórdia) ao 1 (Kéther – Coroa): Escolhendo o caminho certo de acordo com a sua
Tradição e sua Corrente Egregórica, o Mago Iniciado adquirirá a condição de ser um Mestre
e um Guardião de sua Tradição. É o caminho daqueles que tem o dom de professar e
doutrinar individualidades inferiorizadas.
14º Canal (4º Caminho do Arcano do Imperador), do 3 (Binah – Mente, Inteligência ou
Entendimento) ao 2 (Hokhmah ou Chokmah – Sabedoria): Além de receber o título de
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Mestre, também recebe um domínio, ou a outorga de ser o Dirigente de uma Escola ou de
um segmento Filo-Religioso de sua Tradição.
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13º Canal (3º Caminho do Arcano da Imperatriz), do 6 (Tif’ereth – Beleza e Harmonia)
ao 1 (Kéther – Coroa): Seu processo iniciático continua, sendo que neste caminho o Mestre
Iniciado absorve os princípios do Amor Universal, elevando-se ainda, mais próximo de
Deus.
12º Canal (2º Caminho do Arcano da Papisa), do 3 (Binah – Mente, Inteligência ou
Entendimento) ao 1 (Kéther – Coroa): Neste caminho, o Mestre Iniciado tem contato
direto com o plano das causalidades, onde conhece todas as formas que irão se manifestar
em um breve futuro no plano físico. Este caminho o Mestre Iniciado, pode usar-se de suas
faculdades mediúnicas para solucionar os grandes mistérios.
11º Canal (1º Caminho do Arcano do Mago), do 2 (Hokhmah ou Chokmah – Sabedoria)
ao 1 (Kéther – Coroa): Este é o último caminho que um homem pode percorrer. É caminho
da Auto-Realização plena, onde o Mestre-Iniciado tem o poder de alterar o próprio Destino
ou de qualquer vida. Ele possui a Autoridade máxima em Magia e sua aplicação em
qualquer nível, pois é conhecedor e tem o domínio em todos eles.
AS TRADIÇÕES CABALÍSTICAS
1. A QUEDA DA HUMANIDADE
Basicamente, uma “Queda” significa a ruptura de uma condição ou estado de perfeição
de um ser humano, sociedade, povo, nação e por fim, da humanidade. Esse estado de
perfeição sugere que o indivíduo tenha acesso espiritual livre e consciente, onde não existe
qualquer mistério (véu) ou o manto grosseiro da realidade material limitante. Essa ruptura
foi acontecendo gradativamente, de acordo com as ações da própria humanidade a favor do
“ego”. Os agentes do Karma intervieram e, à medida que os seres iam reencarnando,
traziam de suas outras vidas imperfeições para ter um ajustamento durante o processo
evolutivo. Por causa desta intervenção que alguns seres tiveram uma condição energética
de absorver a Sabedoria Primeva, estabelecendo assim, as primeiras formas e elaboração
dos cultos religiosos. As raças em suas evoluções herdaram esse procedimento das mais
antigas, chegando até nós como Sistemas Fechados da Sabedoria Milenar (Tradição
Cabalística). Os Arcanos Maiores contam a história, sob forma de símbolos, da
“Humanidade Decaída”, onde contém conceitos muito melhor compreendidos e aceitos pela
atual condição humana em que vivemos. A condição ou estado puro da Evolução da
Humanidade é retratada no processo ordenado dos Arcanos Menores do Tarô.
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1º Hé (Pai - Alma): É a ambientação onde ocorre um processo histórico; são os costumes,
os meios, a situação, a cultura, favorecendo sua existência e seu desenvolvimento.
Shin (Mãe - Mente): É a reserva ou depósito dos conhecimentos dos fatos que formam os
símbolos astrais (clichês), elementos atraentes responsáveis pela aquisição e permanência
dos prosélitos (pessoas que abraçam a causa sem ser a sua própria) na Egrégora; estes
clichês têm também a função de projetar nos prosélitos a contrariedade pelas heresias e
cismas.
Vau (Filho ou Microprozopos - Instinto): É o corpo de discípulos ou seguidores agrupados
em torno do mestre. É a própria forma pessoal de seguir ou ser conduzido pela corrente
egregórica.
2º Hé (Noiva ou Esposa do Filho - Self – Ego): É a sociedade real e existente de
seguidores, sua política e governo. É a idéia geral de como que influencia as pessoas que
fazem parte da egrégora, direta ou indiretamente.
Hermes Trismegisto, Toth, Henoch – Hermetismo (Egito - 3000 a.C.): Sistema magnífico
de três planos, sintético e metafísico, criado pelos adeptos egípcios nos Templos Iniciáticos
de Mênfis e de Tebas. A Egrégora desse Sistema Hermético compreende a existência dos
ensinamentos do Tarô.
Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): O sistema hermético é uma
religião, cuja egrégora foi capaz de estender sua influência e poder no plano físico por
cerca de 3000 anos sem interrupção.
1º Hé (Ambientação Histórica): A nação na qual se manifestou esta Egrégora era
composta de escravos que habitavam o vale do Nilo. Seu dever principal era cuidar das
plantações das quais dependia toda a vida da nação. Uma total constituição de crentes
obrigou os sacerdotes a apoiarem a autoridade da religião mostrando poderes de
realização, chamados de “milagres” pelos leigos. Isso também era considerado com
evidência de sua aliança com os deuses, mas para o segmento mais iluminado da
sociedade do Egito antigo, que acreditava em conceitos mentais mais refinados, era
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apenas evidência de conhecimentos profundos das leis da Natureza e a capacidade de
aplicá-los inteligentemente. Nos dois casos, a obediência aos sacerdotes era necessária
e a crença na Egrégora (divindade) tinha bases sólidas. Os sacerdotes eram os únicos
capazes de regular a economia do país. Sendo assim, a ciência era serva da religião. Os
engenheiros e mercadores eram apenas executores dos planos desenvolvidos nos
templos. Os milagres dos sacerdotes podem ser classificados em duas categorias: 1º - A
demonstração de coisas baseadas em um certo conhecimento de física, química, magia
pessoal e cerimonial, e psicurgia; 2º - A manipulação da eletricidade atmosférica, da
simples exibição de certos efeitos isolados à direção dessa força sobre uma área e
distância bastante consideráveis. Sabemos que os grandes Iniciados daquela época
estavam muito a nossa frente no uso pessoal da eletricidade estática; criavam
fenômenos com base na eletricidade por meio do uso de poderes psíquicos, vontade
humana ou do prâna (energia vital). Por meio desse conhecimento, os Iniciados podiam
interferir ativamente nos fenômenos meteorológicos, provocando chuvas e
tempestades, quando necessário, e afetando dessa maneira a quantidade de água do
Nilo, um elemento vital, porque, simplesmente, controlava as colheitas.
Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Este elemento incluía-
se, fortemente, entre os milagres mencionados anteriormente.
Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): O
próprio culto mudava gradualmente em alguns períodos e regiões. Mas, em termos
gerais, sempre consistiu em demonstrar aos leigos alguns fragmentos dos
Ensinamentos, escondendo cuidadosamente, ao mesmo tempo, a sua totalidade. Não
apenas os leigos, mas até mesmo os Iniciados de diferentes graus sofriam limitações da
doutrina e eram fortemente atados aos subplanos em sua interpretação desses
conhecimentos. Hoje em dia chama-se esse sistema de ensino de sistema teocrático e
absoluto. Mas funcionou durante milhares de anos. Na distante época pré-histórica da
vida egípcia, a fórmula do Deus Único era expressar com mais clareza do que nos
períodos subseqüentes. Havia o culto unitário do deus “Ptah” e a memória do rei mítico
“Menes”. Mais tarde, esse deus foi transformado em “Osíris-Hammon”. Nesse período o
centro iniciático era em Mênfis. A fundação dos “Mistérios de Ísis” (2703 a.C.) marca a
época da transferência do centro religioso para Tebas. Sendo assim, surge Ísis no lugar
de “Osíris”. Esse fato mostra-nos o medo dos sacerdotes ante a invasão dos cultos
vizinhos, e em particular, do culto grosseiramente sensual de “Ashtoreth”. Assim, o
culto de Ísis, popularmente semelhante aos outros cultos femininos, devia preservar a
nação da expansão indesejada de práticas estrangeiras do mesmo caráter. Por outro
lado, a parte mitológica do culto de Ísis simbolizava sutil e cuidadosamente o Ternário
do Unitarismo na forma do triângulo descendente. O gênio do mal, Typhon (Set), mata
Osíris, corta seu corpo em 12 partes e lança-os aos quatro cantos do mundo. Isso
simboliza o nascimento do Duodenário a partir do Quaternário (por causa dos nosso
pecados e do nosso mergulho na matéria, o Sol não pode mais aceitar-nos em seu meio
de maneira paternal; pode somente derramar sobre nós seus fluidos vitais, a distância,
através dos 12 signos do zodíaco). A fiel Ísis dá o melhor de si para juntar os restos de
seu marido, de maneira a restaurar sua unidade; mas ela só tem sucesso na criação do
clichê astral dessa unidade, o que significa: um plano de Reintegração possível com o
Centro do Sol. Realizar esse plano físico não era sua tarefa, mas de seu filho, “Horus”,
que, naturalmente, é o elemento “Vau” do casamento de Ísis com Osíris. É assim que
Horus, secando as lágrimas de sua mãe, lhe diz: “O pai Osíris é o Sol dos mortos, mas
eu sou o novo Sol nascente dos seres vivos”. A explicação hermética para esse fato é a
seguinte: o influxo superior (Osíris), atingindo o “Protoplasma perfeito” sem quaisquer
obstáculos, foi transformado, no momento da queda deste último, nos interesses
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ilusórios e maus do plano material (o nº 12). Então a Intuição (Ísis) incita-nos a juntar
novamente os pedaços de Osíris, lançados e dispersos pelos quatro cantos do mundo.
Temos que procurá-los a partir das quatro Virtudes herméticas (ousar, silenciar, saber e
querer); mas conseguiremos juntá-los apenas astralmente. Para introduzir evolução
real nessa Terra, temos de encarnar os restos que juntamos em Horus, que
efetivamente, conduzirá a humanidade ao longo do caminho da Reintegração. Ísis não
era exposta de uma forma tão clara assim. Havia diante dela um véu impenetrável para
o leigo, escondendo seu significado evolutivo das pessoas más. Ísis-Lua, em um
primeiro momento aparecia como uma mãe comum, uma deidade sublunar
grosseiramente materialista. Somente os que haviam passado por várias experiências
ocultas podiam desfrutar das influências benéficas dos Mistérios de Ísis. Esta Egrégora
foi a única que se salvou e continua até hoje como o Tarô, o Livro de Toth ou Henoch.
2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Esta Egrégora significa a política da
religião que, neste caso, era a criação de um governo teocrático forte.
Subseqüentemente, isso levou os sacerdotes à exploração do povo em benefício de um
pequeno círculo de Iniciados. A disciplina que garantia a permanência de tal autoridade
era tão categórica e impiedosa em suas regras que mesmo nas profundezas dos templos
egípcios houve motins, não somente de neófitos, mas também de Iniciados dos graus
médios. Os de natureza mais obstinada tornaram-se mártires de seu próprio
liberalismo. Os de mentalidade mais flexível aceitavam as regras e tornavam-se
humildes em face do poder superior. Mais tarde, na velhice, vestindo os graus
superiores da Iniciação, apoiavam a regra teocrática com toda a convicção e
amaldiçoavam seus inimigos. Os lados fracos desta Egrégora que a levou à morte
foram: 1º - Havia uma certa dualidade no governo dos templos. O sacerdote principal
era também administrador, enquanto o Grande Hierofante possuía os Poderes Místicos.
Por meio de um equilíbrio habilidoso, esses dois pólos garantiam a estabilidade; mas se
um deles começasse a sobrepujar o outro, toda a máquina cessava de funcionar
completamente, trazendo como resultado muitos conflitos. 2º - A ausência de auto-
sacrifício entre os membros da fraternidade iniciática, junto com uma tendência a
explorar os leigos, a submissão aos poderes de realização e a promessa de favores
mundanos.
- 48 -
Moisés – O Judaísmo e a Qabalah (Egito - 1560 a.C.): Seu nome real era “Hosarsiph”,
sua mãe foi a irmã do faraó Ramsés II. O seu nome iniciático Moisés significa “tirado das
águas” (aquele que recebeu o batismo astral). Educado na corte real egípcia, teve todas as
oportunidades de receber a Iniciação nos Mistérios de Ísis; mas cometeu um crime (matou
um homem) em um acesso de cólera. Para um iniciado, naqueles tempos, ele tinha duas
opções: provocar o suicídio ou se exilar, levar uma vida ascética por um longo tempo para
se redimir deste erro. Moisés escolheu o exílio no deserto de Sinai, onde existia um último
centro de Iniciação da raça negra. O sumo sacerdote do templo de Ammon-Ra, o cruel Jethar
(Jethro) era famoso por sua dureza nos testes que impunha àqueles que desejavam receber
a Iniciação sob sua direção. Era fato conhecido que, em todo o reino do Egito, não existia
ninguém que houvesse sido capaz de sobreviver a esses testes. Por isso, Moisés
considerava essa opção uma forma honrada de suicídio. Sendo assim, Hosarsiph procurou
Jethar, que o aceitou como discípulo. A filha mais jovem do temível legislador do templo, a
virgem Séfora, gostou daquele jovem que demonstrava uma vontade férrea e decidiu
escolhê-lo para marido. Portanto, ajudou Moisés em uma das provas perigosíssimas: a
escolha entre duas taças de vinho idênticas, uma das quais continha veneno. Escondendo-
se atrás de uma cortina, ela conseguiu mostrar-lhe a taça que continha o vinho puro. Salvo
dessa maneira, com o tempo, foi passando em todos os testes até chegar na alta Iniciação.
Casou-se com Séfora e tornou-se colaborador de seu sogro. Recebeu uma missão em sonho,
e quando esteve pronto, retornou legalmente ao Egito. Sua missão tratava-se de criar uma
nação para uma nova religião. Nessa época os judeus que viviam no Egito era apenas uma
tribo nômade (os prováveis remanescentes hicsos) sem qualquer religião ou credo
definidos; Moisés percebeu neste povo que seu audacioso objetivo poderia ter êxito. Ele se
pôs em ação com todos os seus poderes e recursos teúrgicos e mágicos, por um lado para
influenciar o faraó e, por outro, ganhar a confiança dos judeus para poder uni-los. A
Egrégora de Moisés obedecia ao seguinte padrão:
Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Era a idéia da transmissão, na sua
parte metafísica, de ambas as Tradições (Egípcia e da Raça Negra). A verdadeira
religião unitária foi corajosamente revelada nos padrões completos dos ensinamentos
metafísicos de Hermes Trismegisto. Isso significa que Moisés, por meio de seus livros
iniciáticos e de seus comentários orais, revelou aos sacerdotes e aos levitas toda a
possibilidade de ampla Iniciação nesse reino. Como se não fosse o bastante, ele não
temeu em pregar o monoteísmo, até mesmo aos leigos; tudo o que disse a seu povo era
verdadeiro e vindo do “alto”. Não eram todos que recebiam o dogma do ensinamento
em sua totalidade, mas a parte revelada por Moisés era absolutamente verdadeira e
exata. Tudo isso se refere apenas ao aspecto metafísico do hermetismo egípcio. As
realizações, mistérios e segredos mágicos, muito naturalmente tinham de ser ocultados
pelo uso amplo do simbolismo e eram parcialmente velados pelo silêncio. O objetivo de
Moisés era a transmissão da Tradição numa forma possivelmente não-adulterada.
1º Hé (Ambientação Histórica): O solo no qual a nova religião devia ser semeada,
aparecia como um povo materialista, incrédulo; era vulnerável à exploração dos
vizinhos próximos e distantes; basicamente levado pela sorte dos acontecimentos
naturais que tanto podia dar certo como errado. A tarefa de Moisés foi quase sobre-
humana, mas acabou por completá-la com perfeição.
Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Por causa da
necessidade das demonstrações de poder divino, muitos elementos e elementares foram
atraídos de todos os subplanos para penetrar na corrente desta Egrégora. Alguns
desses componentes, algumas vezes, afetaram a liderança da corrente, tornando muito
difícil o seu exercício. Mas também, foi de muita ajuda, garantindo, por um lado, o
medo e o respeito pelos seus feitos. Não apenas Moisés possuía os poderes e técnicas
- 49 -
de governar os elementos e os habitantes astrais, mas seus assistentes também eram
iniciados nesses segredos.
Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): É o
culto do Deus Único, o monoteísmo. Isso se devia ao fato de criar uma base moral para
o princípio da Vida Única. Esse conceito estava explícito nos Dez Mandamentos.
2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Foi a política do isolamento da raça
judaica de todas as outras, para assegurar a manutenção e a transmissão da Tradição.
Essa política de exclusividade tinha de ser executada por alguns líderes do judaísmo
mesmo a despeito de contrariar os interesses da nação. Moisés preocupava-se com a
preservação da Tradição e não da nação.
Obs.: Os Cinco Livros de Moisés chegaram até o primeiro século antes de Cristo em poder
dos levitas do passado. Devido à perda dos elementos da Iniciação oral, a interpretação
desses livros e de quase todo o Velho Testamento era praticamente inacessível à
compreensão. Nessa época, os textos bíblicos eram objetos de uma luta acirrada entre suas
seitas judaicas: os saduceus (defendiam a tradução literal) e os fariseus (defendiam uma
compreensão alegórica que chegava à fantasia pessoal de cada intérprete). Mas, a seita dos
essênios neutralizava essa discussão defendendo o sentido literal dos textos apenas com
um véu escondendo aos leigos e aberto aos iniciados nos arcanos do Tarô (na mesma
linguagem que Moisés transmitia).
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a curvar-se perante aos princípios das eleições pela regra hierárquica tradicional, as suas
realizações mudaram seu caráter, tornando-se revolucionárias. A virada foi durante a
revolução maçônica de Lacorne e seus seguidores (1773), que se separaram da organização
maçônica ortodoxa que conhecemos como o “Grande Oriente da França”.
Stanislas de Guaita – A Ordem Cabalística Rosa + Cruz (França - 1880): Esse famoso
ocultista queria regenerar a corrente esotérica que começou a decair com a morte de
Eliphas Lévi. Tratava-se de uma aliança da ciência oficial com a totalidade do
conhecimento esotérico acessível na época, de maneira a possibilitar uma cooperação
frutífera entre ambas.
Yod (Motivo da Criação da Egrégora e sua Essência): Era uma síntese de todas as
Tradições acessíveis à investigação, pelo uso de métodos modernos e experimentais que
facilitaram muitas formas de análise.
1º Hé (Ambientação Histórica): Aparecia como um círculo de enciclopedistas, mas sem
qualquer esperança. Nesta época, os homens se elevavam rapidamente em sua
especialidade, mas sem ter tempo para se desenvolverem sob óticas mais universais.
Por outro lado, alguns se voltaram para o verdadeiro enciclopedismo. Eram intelectuais
versáteis semelhantes aos antigos rosa-cruzes. Esse foi seu ponto fraco: ele podia usar
apenas o material que estava à sua disposição, e essa foi a sua tragédia.
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Shin (Elementos Atrativos da Egrégora e suas Conseqüências): Era convidativa e
atraente, dando a sensação aos membros de se tornarem iguais aos luminares
reconhecidos pela ciência pela simples virtude de seus privilégios rosa-cruzes. Mas os
círculos acadêmicos que tiveram acesso à nova ordem fundada por de Guaita não
ficaram muito contentes com tal igualdade artificial. E isso significava problemas
futuros.
Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): Surgiu
como uma publicação amplamente planejada de obras de ocultismo clássico, com
comentários e traduções das mesmas. Como muitos tratados ocultos haviam se
transformado em raridades bibliográficas inacessíveis ao grande público, essas
publicações trouxeram à luz muitos livros bons e úteis, de maneira que os rosa-cruzes
parisienses do final do século XIX merecem profunda gratidão daqueles entre nós que
admiram os grandes monumentos da Tradição oculta ocidental. Esse foi o ponto mais
forte desta Egrégora.
2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Era uma política oportunista contra o
mundo acadêmico, sempre com inveja de seus privilégios e isolamento. Procurava o
reconhecimento ciência oficial, a qual não se interessava. A Ordem foi levada a uma
cisão interna (dissidência de Peladan). Após a 2ª Guerra Mundial esta Ordem estava
extinta.
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possibilidade de desenvolvimento esotérico ou pela pureza na herança de autoridade da
Egrégora criada por Martines de Pasqualis, e assim por diante.
Vau (Relação Discípulo-Mestre e o Comportamento dos Seguidores da Egrégora): Fora o
fato de unir todos os martinistas em cerimônias místicas, era representado pelas
meditações obrigatórias acerca de temas fornecidos pelos superiores da Ordem e
acompanhado por conferências sobre assuntos iniciáticos feitas pelos professores das
diversas lojas.
2º Hé (Influência Política e Social da Egrégora): Era uma política passiva de esperar por
fases avançadas de aperfeiçoamento ético da sociedade humana e a tentativa de
influenciá-la por meio de exemplos de bem viver.
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3ª Parte: A CABALA DOS NÚMEROS
SISTEMAS CABALÍSTICOS
1. GEMATRIA
Origem da palavra “Geometria”, que gera a idéia de sintetizar tudo o que existe nas
essências da forma. É além de tudo, uma técnica cabalística que consiste em somar os
valores numéricos de cada letra, formando uma determinada palavra, e depois reduzi-la a
um único número.
Toda letra possui dois valores: o valor numérico ordinal e o valor numérico cabalístico.
Assim Israel em hebraico (IShRAL) tem em sua soma total de valor numérico ordinal: I =
10, Sh = 21, R = 20, A = 1 e L = 12 – Total = 64 – 6+4 = 10 – 10-9 = 1. Este é o valor
numérico ordinário resultante.
Os valores numéricos cabalísticos representam um nº maior: I = 10, Sh = 300, R = 200,
A = 1 e L = 30 – Total = 541 – 5+4+1 = 10 – 10-9 = 1. Este é também, um valor
numérico cabalístico resultante.
Os números resultantes desta matemática têm um significado hieroglífico. Cada letra
representa um número, uma potência ou força, um tipo de vibração energética, símbolo de
forças celestes.
2. NOTARIQON
É a abreviação de uma idéia ou frase. Consiste em transformar uma frase em uma
única palavra a partir das letras iniciais de cada palavra (acrósticos) da frase ou das letras
finais de cada palavra. Por exemplo, a palavra da Gênesis “BRAShITH” (Bereschit) se
decompõe na seguinte sentença: Brashith (Berashith) Rah (Rahi) Alhim (Elohim) Shiqbvl
(Sheyequebelo) Ishral (Israel) ThvrH (Torah), cuja tradução é “No princípio Elohim viu que
Israel deveria aceitar a Lei”.
3. TEMURAH
Significa permutação, onde as letras de uma palavra são substituídas por outras letras,
conforme certas regras:
A Tábua das combinações da Tzeruf: alfabeto dividido no meio, pondo-se sobrepostas
as letras das duas metades;
Tábua racional da Tzeruf: vinte e duas combinações;
Tábua das comutações: a = direita; b = invertida; c = irregular;
Thashraq: escrever uma letra de trás para diante;
Qabalah das Nove Câmaras;
Significados Ocultos das letras do alfabeto: através da sua forma e conforme o seu
tamanho, as letras possuem outro significado oculto.
4. SISTEMAS ALFABÉTICOS
Existem, basicamente, dois sistemas de correspondência alfabética a um valor unitário:
o Sistema de Pitágoras e o Sistema dos Caldeus. Com essas correspondências é que se
baseiam os cálculos dentro da ciência da Numerologia. Existem, portanto, mais dois
sistemas de análise da palavra, frase ou sentença e das conjunções de letras, o Sistema
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Cabalístico dos Judeus e o Sistema Cabalístico Arqueométrico. Estes não reduzem a um
valor unitário, chegam à dezena, à centena e ao milhar, e são empregados nos cálculos
cabalísticos da gematria, notariqon e temurah (pela cabala hebraica) e nos cálculos
cabalísticos da arqueometria (cabala dos caldeus).
S T U V W X Y Z Q R S T X U-V-W Z -
Valores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Valores 1 2 3 4 5 6 7 8
Tabela Cabalística
SIGNO NOME VALOR VALORES VALOR VALOR VALOR
Nº TRANSLITERAÇÃO
HEBRAICO HEBRAICO NUMÉRICO DO NOME PLENO OCULTO ATHBASH
GiMeL
3 ג (Ghímel)
G – Gh (gu) 3 3-40-30 73 70 200
DaLeTh
4 ד (Dáleth)
D (th) 4 4-30-400 434 430 100
ZaIN
7 ז (Záyin)
Z 7 7-10-50 67 60 70
HeTh (Chet
8 ח ou Heth)
Ch - H 8 8-400 408 400 60
10-6-4,
10 י IOD (Yod) I-J-Y 10
10-4
20, 14 10, 4 40
KaPh
11 ך-כ (Khaf)
C – K – Kh 20-500 20-80 100 80 30
LaMeD
12 ל (Lámed)
L 30 30-40-4 74 44 20
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SaMeK
15 ס (Sámekh)
Ç – S (ss) 60 60-40-8 108 48 8
TzaDE
18 ץ-צ (Tzádi)
Ts - Tz 90-900 90-4-10 104 14 5
KOPh, (Kof
19 ק ou Cuph)
K–Q 100 100-6-80 186 86 4
200-10-
20 ר RESh R 200
300
510 310 3
TaV (Thô
22 ת ou Thau)
Th (s, x) 400 400-6 406 6 1
5. O ARQUEÔMETRO
É um instrumento ou aparelho de precisão desenvolvido por Saint Yves D’Alveydre
(obteve a patente de invenção em 26 de junho de 1903). Serve a todos os campos da
especulação humana. Pode ser aplicado em todas as artes, na ciência, na música, na
arquitetura, e é a chave de toda a Tradição, quer religiosa, quer iniciática. É como diz seu
formulador: “um convite ao trabalho”. Por seu intermédio, o artista mantém sua
originalidade; todavia, ao consultá-lo, apóia-se em uma base científica arcana. Enfim,
enfatizou o pensador Saint-Yves D‘Alveydre, o Arqueômetro reintegra todas as medidas às
unidades métricas atuais: o metro e o círculo, ou seja, 103 mm e 360º. O mesmo círculo de
360º apresenta uma dupla escala de números e inclui as relações de cores e de formas,
como também contém as notas musicais e as letras dos antigos alfabetos sagrados, tudo
perfeitamente relacionado e harmonicamente distribuído. O Arqueômetro pode ser assim
resumidamente descrito:
1º) Um duplo círculo de 360º evoluindo cada qual em sentido inverso, de tal sorte que o nº
3 representa o Verbo, 6 o Espírito Santo e 360 o Universo definido;
2º) Uma zona dodecagonal fixa denominada Zodíaco das Letras Modais, que está dividida
em partes iguais, cada uma de 30º. Cada duodécimo encerra sua letra morfológica e o
número tradicional desta letra em uma moldura desenhada com uma cor específica
(arqueométrica) correspondente;
3º) Uma área mobilizável denominada Planetário das Letras formada por 12 Ângulos, 4
Triângulos Equiláteros, 12 Letras, 12 Números, 12 Cores e 12 Notas. O Triângulo formado
pelas letras IShO é o Triângulo do Verbo (IPhO);
4º) Uma faixa zodiacal fixa (rosa) contendo os doze signos derivados das 12 letras
zodiacais;
5º) Uma coroa azulada planetária astral mobilizável com seus sete signos diatônicos
astrais (cinco destes signos são repetidos). Os (7 + 5) signos são: Saturno Noturno
(345/15), Lua (165/195), Vênus Noturno (75/285), Marte Noturno (255/105), Saturno
diurno (315/45), Sol (135/225), Júpiter Diurno (15/345), Mercúrio Noturno (195/165), Marte
Diurno (45/315), Vênus Diurno (225/135), Júpiter Noturno (28/75) e Mercúrio Diurno
(105/255).
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6º) Uma pequena área formada por 12 Ângulos de 4 Triângulos Equiláteros, que se cruzam
regularmente sob o Triângulo Gerador e Metrológico;
7º) Um círculo central (Centro Solar) que encerra um Pentagrama Musical, uma Nota (Mi)
no centro comum, uma Letra Adâmica Ressurgente em forma de semicírculo (que preside
todo centro luminoso e crístico: I-NRI, I-Na-Ra e I-Na-Ra-Ya), 5 Linhas e 12 Raios Brancos
que formam 6 Diâmetros Brancos que passam pelo Centro, todos a 30º um do outro sobre o
círculo (30º x 12 = 360º). O Raio Branco horizontal forma (representa) a Letra Adâmica
(morfológica) A (-) equivalente ao ALeF hebraico.
6. ASTROLOGIA ARQUEOMÉTRICA
Os estudantes de Astrologia observarão discrepâncias em seis domicílios. Logo,
adverte-se: a Astrologia Arqueométrica não é exotérica. Mais adiante, será observado,
também, que a divisão das 22 letras não segue exatamente a tradição hebraica. Deve-se ter
sempre presente que o alfabeto arqueométrico é o Vattan, uma das mais antigas línguas
que compõem as Línguas da Cidade ou Civilização Divina: o Devanagari. Logo, ainda que
- 59 -
as transliterações sejam plausíveis, e, efetivamente, tenham acontecido ao longo do tempo,
os valores numéricos totais das letras-mães, duplas e simples do Alfabeto Hebraico, não
coincidem com os das letras Construtivas (ou Constitutivas), Evolutivas e Involutivas do
Arqueômetro, isto porque os três grupos de 3, 7 e 12 letras não são iguais. Por isso, da
mesma maneira, a Astrologia Arqueométrica difere da astrologia veiculada publicamente.
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confundir Astrologia com astromancia é um engano insidioso. Nesse sentido, Platão não
pode ser simplesmente lido ou interpretado. Deve ser compreendido. Foi, como advertiu
Raymond Bernard, um transmissor divino no sentido mais sagrado do termo. Na realidade,
como explicitou Helena Blavatsky na sua Doutrina Secreta, a Humanidade e as Estrelas
estão indissoluvelmente unidas entre si, em razão das ”Inteligências” que governam estas
últimas. Veladamente, em A República e em obras subseqüentes, Platão fez a mesma
advertência. Fica ainda a pergunta: será o Zodíaco contemporâneo o mesmo dos antigos?
Os sacerdotes egípcios da antigüidade (e os hindus modernos) possuíam e utilizavam o
Zodíaco Asura-Maya atlante. Logo, à pergunta anteriormente formulada só se pode
responder negativamente.
7. O ALFABETO VATTAN
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(aramaico) e samaritano. E, é possível transliterá-lo, por exemplo, para os alfabetos grego e
latino. O alfabeto é classificado da seguinte maneira:
As Três Letras Constitutivas ou Construtivas: estão associadas à Tríplice Potência
Divina constitutiva do Universo. São elas A, S e Th. Os valores aritmológicos (externos) das
três letras Constitutivas são 1, 60 e 400, cuja soma é igual a 461, correspondente às letras
D,V e A, que formam a palavra DeVA - a Divindade.
As Sete Letras Evolutivas ou Planetárias: na verdade, seis são Planetárias evoluindo
em torno de uma Solar, aspecto arqueométrico que judeus e gregos desconheciam. Estas
sete letras são: B, G, D, C, N, Tse Sh (Solar). As sete Letras Evolutivas produzem o número
469, originando a palavra DeVaTâ, que significa condicionalidade divina, ou seja, conjunto
de Leis Cósmicas (harmônicas e orgânicas) de evolução (reintegração). Os Senhores e
Guardiões funcionais destas Leis são os ALHIM.
As Doze Letras Involutivas ou Zodiacais: são E, V, Z, H, T, Y, L, M, W, P, K e R. As doze
letras Involutivas fazem surgir o número 565, que conduz à palavra EVE - a VIDA
ABSOLUTA. Ou como está assinalado no Gênesis, 20: mãe de toda vida. A soma da
evolução (469) conduz à letra-régia I (Y ou J), vale dizer, 4+6+9 = 19 e 19 = 1 + 9 = 10.
Esta letra, posicionada antes da palavra obtida pela soma dos valores das letras
Involutivas, gera o já revisitado Santo Nome IEVE. Uma outra forma de se perceber isto é
pela seguinte operação matemática: 565 = 10x56,5 = IEVE,ou 56,5x10 = EVEI. Este é o
criterium do Sarçal Ardente. Eu, a Vida Absoluta. Eu Sou a Vida Absoluta. Eu Sou o ALeF e
o TaV. Eu Sou a AMaTh. Eu Sou a Razão Constitutiva do Universo, Seu Verbo armado de
todas as Suas Potências Criadoras e Conservadoras.
1 O Mago A 1
Letra
Divina
Unidade e Universalidade como Princípio de todo o
Movimento – Princípio da Criação. -
Letra Meio ou Lugar (recipiente profundo) para a Existência
2 A Papisa B 2
Evolutiva (corpo) – Substância Etérica. R
Letra
3 A Imperatriz G 3
Evolutiva
Movimento Harmônico da Materialização - Forma – Corpo. T
Letra Princípio da Preservação e Providência da Existência
4 O Imperador D 4
Evolutiva Humana - Divisibilidade e Distribuição de toda a Matéria. V
Princípio do Chamado e da Vocação - Céu ou Terra Divina
Letra
5 O Papa E 5 (Paraíso) - Princípio do Amor Vital - União Sexual das Vidas
Involutiva que dá sentido à Procriação - Sopro ou Fogo Vital (Saúde). A
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Entidades do mundo astral superior e inferior e o elo destas
Letra
9 O Eremita T 9
Involutiva
com a água - Substância que envolve a Abóbada Celeste E
(Água Lustral) - Néctar, Matriz Celeste da Vida.
A Letra
14
Temperança
N 50
Evolutiva
Proto-Síntese do Conhecimento – Sol – Mestre – Senhor. Q
Letra Princípio da Conservação - Laço que reúne, assimila,
15 O Diabo S-Ç 60
Divina sintetiza. -
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4ª Parte: A CIÊNCIA DOS NÚMEROS
NUMEROLOGIA
1. DEFINIÇÃO
Cada número representa uma vibração universal. Esta vibração ou vibratória é a
manifestação de vida e inteligência, um princípio básico que é encontrado em tudo em que
expressa uma energia. Um número é um mantra, um som mágico ligado a uma nota
musical, que quando emitida vibraria uma cor, desenvolveria a fala e, conseqüentemente,
as conjunções de letras, que é o objeto desta análise. São leis matemáticas e filosóficas que
permitem a numerologia a analisar o ser humano através dos nomes e princípios de tudo
que está a sua volta, colocando em seu auxílio, as vibrações pessoais e cósmicas
favoráveis.
2. OPERAÇÕES TEOSÓFICAS
Adição Teosófica: Consiste em decompor um número qualquer e somar as suas
seqüências, como por exemplo:
4 → 1 + 2 + 3 + 4 = 10
Cálculo do Valor Numérico Básico de uma Palavra: Consiste em atribuir valores às letras
(de acordo com as tabelas de Pitágoras, dos Caldeus ou dos cabalistas) que constituem
determinadas palavras e somar esses valores, como por exemplo:
JESUS → J=1 / E=5 / S=1 / U=3 / S=1 → 1+5+1+3+1 = 11 ou → 1+1 = 2 (por
Pitágoras)
JESUS → J=1 / E=5 / S=3 / U=6 / S=3 → 1+5+3+6+3 = 18 → 1+8 = 9 (pelo método
dos Caldeus)
3. O NÚMERO DE EXPRESSÃO
Também chamado de Destino. É a Auto-Expressão de uma pessoa de acordo com a
missão que deve desempenhar na vida (Dharma) para que tenha sucesso ou êxito em cada
fase da existência. São as aptidões e potencialidades profissionais. Calcula-se pela soma
dos valores numéricos de todas as letras de um nome completo, por exemplo:
Jesus de Nazaré → 1+5+1+3+1+4+5+5+1+8+1+9+5 = 49 → 4+9 = 13 → 1+3 = 4
4. O NÚMERO DA MOTIVAÇÃO
Também chamado de Idealidade. É o que você quer ou deseja. É o desejo do coração, é
a exigência interna como um impulso espiritual. É o ego, o pensamento e sentimento
ligados à vontade de ser feliz. Pode também ser um reflexo de uma vida passada para esta
vida. Calcula-se pela soma das vogais de um determinado nome, por exemplo:
Jesus de Nazaré → 5+3+5+1+1+5 = 20 → 2+0 = 2
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5: Desejo de variar, de viajar, de tentar obter várias experiências, pois tem gosto pela
mudança.
6: Desejo de provocar relações afetivas. É ligado aos gostos artísticos, a ser sensível à
beleza externa. Tem caráter terno.
7: Marca profundo desejo de independência e liberdade. Tem tendência para filosofia e
gosto pela meditação.
8: Desejo de realização associado à afirmação social, o uso do poder e das posses, dinheiro
e riquezas.
9: Desejo de fazer caridades e realizar os ideais humanitários e desinteressados.
Tendências espiritualistas. É associado ao gosto pela aventura e viagens.
11: Indica força, poder na ambição, uma forte determinação e grande inspiração artística.
22: Desejo de elevação espiritual senso do universal e trabalho ambicioso. É insatisfeito
com o seu reconhecimento espiritual.
5. O NÚMERO DA APARÊNCIA
Também chamado de Impressão. São as vibrações que você transmite. É a
personalidade, a primeira impressão que se causa perante a alguém. É o que o mundo
pensa de nós. Calcula-se pela soma das consoantes de um determinado nome, por exemplo:
Jesus de Nazaré → 1+1+1+4+5+8+9 = 29 → 2+9 = 11
1: Mostra-se como um líder, com senso de iniciativa, com idéias originais e com gosto pelo
poder. Aparenta dinamismo, audácia e peca por autoritarismo.
2: Mostra-se como colaborador eficiente e auxiliar apreciado. Aparenta senso humanitário,
de bom relacionamento e convívio, e amizade.
3: Mostra-se comunicativo, com vontade de trocar idéias e coisas, de se relacionar de modo
variável e aberto à novidades. Dá a impressão de querer fazer demais profissionalmente.
4: Mostra-se trabalhador metódico, paciente e durável. Aparenta uma pessoa lenta, mas
constante, estável e determinada em alcançar seus objetivos, às vezes, obstinada.
5: Mostra-se mundano e superficial, mas brilhante, ligado à variedade nas relações e ao
gosto pela mudança e viagens.
6: Mostra-se sociável, responsável e com interesses humanitários. Aparenta um desejo pela
harmonia e abertura para a vida artística.
7: Mostra-se criativo, original e independente. A realização pode chegar tarde, com
dificuldades e muitas lutas.
8: Mostra-se franco, direto, objetivo, autoritário, com disposição para dirigir ou negociar.
Aparenta dar grande importância a realização material.
9: Mostra-se uma pessoa devota, humilde, generosa e altruísta. Tem vocação para assuntos
humanitários e espirituais.
11: Mostra-se com os pés no chão e cabeça nas nuvens. Dotado de grandes ambições,
direcionando toda sua força e natureza para grandes ideais.
22: Mostra-se uma pessoa dotada de genialidade para realizar-se e realizar grandes ideais,
o que pode ser muito provável que aconteça.
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6. O NÚMERO DO DESTINO
Também chamado de Lição ou Estrada da Vida. É o curso da vida que deve ser
direcionado de acordo com o cumprimento do destino. Declara o que se aprendeu em vidas
passadas e o que trouxe de dom ou habilidade como vantagem, oportunidade ou
capacidade para superação nesta vida. Calcula-se pela soma de todos os números da data
de nascimento, como por exemplo:
Jesus de Nazaré nasceu em 25/12/1974 → 2+5+1+2+1+9+7+4 = 31 → 3+1 = 4
1: É a semente do embrião círculo, o homem “princípio ativo”, a origem, a força para gerar
algo, a unidade. O um representa a fonte geradora da ação, do pensamento. Sua ligação é
com o “eu”, com o indivíduo, a mulher e o filho. O pioneirismo de idéias, de estímulo, de
objetivos é a grande mola propulsora deste número. É independente e por conseqüência
necessita de liberdade para desenvolver sua vida. O desconhecido, que para muitos é um
desafio intransponível, para o numero 1 torna-se uma aventura de prazer.
O ego do numero 1 é expressivo, causando problemas ao gerar constantemente vibrações
negativas de seu temperamento como orgulho, arrogância e vaidade excessiva. O
temperamento pode ser colérico e com humores instáveis sem motivos aparentes. O
autoritarismo gera insegurança e distúrbios emocionais. Carece da necessidade da
descentralização de si mesmo tentando perceber e valorizar os demais. Sem vocação pra
bobo, o um está sempre pronto a quebrar as correntes e começar de novo.
Anos de numero 1 são inícios de novos ciclos, começos e muita ação. É ano de estabelecer
objetivos. Pessoas 1 adoram iniciar coisas também. Detestando as repetições, dotadas de
inesgotável energia e originais em tudo, as pessoas 1 não se acomodam facilmente. Usada
de modo adequado um é uma energia por trás de novas invenções. Pessoas 1 são os líderes,
aqueles que inspiram os outros. Se a energia do 1 se voltar para dentro, ela tornará egoísta
e alto indulgente, irracional e facilmente irritável.
Profissões favoráveis: Professores e inventores.
2: Representa o dualismo, a mulher, o sentido de “minha”, a união. São forças opostas que
trabalham equilibradamente representando uma sensibilidade e timidez, que resultam em
um temperamento emotivo, sugerindo a necessidade de trabalhar em grupo para sentir
segurança e desenvolver a capacidade favorável.
Suas qualidades sempre são destacadas pela tolerância, cooperação e bondade. Gentil,
preferindo uma existência organizada, o 2 está sempre em busca do equilíbrio e faz um
esforço pessoal para contribuir para esse estado no mundo.
Anos de numero 2 são tempos de recuperar o equilíbrio, ano de espera e meditação, ano de
fazer parcerias e evitar mudanças. A energia do 2 é sempre calmante. Sem precisar fazer
alarde, os 2 são contribuições silenciosas a qualquer ambiente. Sensíveis e com pendor
artístico, os 2 devem cuidar para não serem tolerantes demais com os outros, que podem
mesmo tentar aproveitar-se de sua natureza bondosa.
Profissões favoráveis: Diplomatas, políticos músicos e artistas plásticos.
3: Representa o “meu”, a continuidade, o futuro, a perfeição, a resolução e a conclusão de
seu poder sobre a matéria. O filho.
O 3 define o grande poder da criatividade, da palavra, da forma de expressão qualificada e
da ação positiva. Este número projeta os sonhos, planeja e os concretiza com beleza e
intelectualidade. O talento pessoal é um fator de aliança para se alcançar o sucesso,
destaque pessoal e superar os obstáculos. É um número sensível e instável, pois passa de
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um raciocínio a outro com uma naturalidade brilhante. Mudanças de humor surgem no
mesmo ritmo. Animado alegre e criativo, o 3 é interessante e adorável.
Um ano 3 é um tempo de agradáveis encontros e acontecimentos sociais, e não se deve
esperar que nem o ano nem a pessoa se preocupem com detalhes, é um ano de expansão,
alegria, de contatos sociais e comerciais. Tendo um número enorme de conhecidos, o 3 é
também voltado para família, adorando juntar as pessoas e ver todos felizes. Toda essa
diversão pode significar também que pouco ou nada é feito na vida, e o 3 deve estar atento
para não desperdiçar tempo.
Profissões favoráveis: Artistas e vendedores.
4: Representa a casa, a estabilização, a organização, a terra que permite ser semeada
criando um espaço de harmonia e tranqüilidade. O sentido de “meu” passou a ser “você”. O
concreto, a base e a solidariedade são terrenos em que atua a solidez do 4. Confiança e bom
senso são características deste número. Podem estabelecer uma teimosia considerável por
puro capricho. São amigos e disciplinados e colocam o valor moral acima de todo e
qualquer julgamento de comportamento.
Terreno e quadrado como o número indica, 4 é a energia por trás das realizações concretas
o ano quatro é a energia por trás das realizações concretas.
O ano 4 é um tempo de meticulosidade, ano de trabalho duro, de problemas de ruptura,
organização e produtividade. A vida de um 4 é de considerável aplicação de esforço. Mais
satisfeito com um sentimento de realização de objetivos do que com diversões, o 4 precisa
aprender a relaxar; estar ao ar livre em contato com a natureza é a atividade que mais
descansa um 4. Portanto, conseguir que ele pare a cheire as flores ou caminhe na natureza
é uma ótima idéia.
Profissões favoráveis: Políticos e arquitetos.
5: Representa a saída, outras direções e dimensões, a expansão, a necessidade de ir além
dos limites seguros e propostos, a aventura, que gera novos ideais, que deriva em obras
materiais importantes e significativas para humanidade.
O “meu” desligou-se da sua natureza e atingiu o outro. A necessidade interior de mudanças
para o novo, trazendo a versatilidade à tona, é o objetivo deste número que persegue suas
metas impulsivamente. Tem poder de carisma e bem as atenções do público, atraindo todos
principalmente por sua coragem, vitalidade e determinação.
Exploração, experiências, expansão; O 5 não consegue esperar para sair de onde quer que
esteja. Uma energia de mudanças e movimento, o ano de número 5 anunciará a chegada de
novas tendências, ano de mudanças, aventuras, ano de abandonar o que é velho, tudo que
não lhe tem mais serventia. As pessoas cinco precisam do novo constantemente em suas
vidas, tendo apenas que levantar e sair, ver uma parte diferente do mundo. O 5 nem cogita
dividir o aluguel de uma casa de veraneio! Se não tiver a possibilidade de conseguir a
mudança que precisa, o 5 irá se lamuriar e ser uma triste e chata companhia aos outros.
Profissões favoráveis: Vendedores, pesquisadores e desportistas.
6: Representa a necessidade de comunhão, de acordos, de expansão emocional. Trabalha
com muitos ao mesmo tempo sabendo importar-se com todos, cada qual em seu devido
tempo.
O número 6 é o mais emotivo e sensível dos números, faz com que todos ao seu redor se
estabilizarem em um ambiente de companheirismo e amizade. Gera a segurança e beleza,
muito embora os seus regidos necessitem de elogios constantemente. É prudente e
altruísta.
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Basicamente feliz e equilibrado, o único divisível tanto por números pares (dois) quanto
ímpares (três), o 6 tem um senso intuitivo de adequação.
Durante um ano 6, parece que todo mundo percebe que todo mundo percebe que vive junto
com os outros no mesmo planeta e se esforça para fazer desta convivência uma experiência
mais agradável, é um ano bom para o amor e a harmonia de todos os relacionamentos. Da
mesma forma, o 6 contribui para o mundo a seu modo, freqüentemente realizando muita
coisa sem grande esforço aparente, por que seu objetivo principal está voltado para o bem
estar dos outros. O 6 tem uma índole tão boa que até em seu lado negativo é generoso...
Com a tendência a se interessar demais pelo bem estar alheio.
Profissões favoráveis: Artistas, médicos e paisagistas.
7: Sabemos que após realizar as suas obras, o homem estabilizado sente a presença da
força espiritual que o envolve exercendo influencia do espírito sobre a matéria. O número 7
auxilia a humanidade, o todo cósmico devido ao seu processo interior de ser sempre
analítico e estudioso. Não se prende a um só conceito, rompendo as barreiras do tradicional
e do pré-estabelecido, reconhecendo o valor do conhecimento como fator preponderante
para a evolução individual e comunitária. É um número de força autoritária e de autocrítica
preferindo a solidão como melhor conselheira.
A compreensão dos problemas do mundo e dos outros é a sua meta. Por isso, tornam-se
idealistas com um alto grau de sensitividade e intuição. Analisar, resumir tudo em uma
lista mental, o 7 não consegue parar de pensar. Elevado ao seu potencial mais alto, o sete
pode inspirar os outros com idéias; no mais baixo pode ser a energia por trás de dogmas de
mentalidade estreita. O perfeito intelectual na torre de marfim, o 7 é mais feliz quando o
trabalho exige reflexão; direito, ensino, contabilidade.
Um ano 7 é tão quieto como a vida que um 7 gosta, “nada de aborrecimentos”, de
preferência uma refinada progressão de acontecimentos interessantes, é um ano de voltar-
se para o espiritual, de análise de tudo relacionado a sua vida. Preso a rotina, o sete pode
negligenciar os sentimentos dos outros e precisa mudar sua vida e modo de trabalho de vez
em quando para evitar isso.
Profissões favoráveis: Professores, religiosos, escritores e inventores.
8: Determina a evolução física, a expansão pessoal ao todo. O sentido de “muitos” passou
a ser de “todos” sem exceção. O número 8 desenvolve os trabalhos, delineando o progresso
e mantendo a sua continuidade. A justiça é o que move este número, conservador,
equilibrado (por que dobra o 4) e procura sempre fornecer maiores perspectivas de
desenvolvimento material do homem. Seus alcances podem ser ilimitados, chegando a
atingir níveis de expansão invejáveis.
Ação e conquistas são as obsessões do 8. Nada é feito pela metade e o fracasso é
intolerável para um 8. Com energia de um homem de negócios autodidata, o 8 vive a vida
inteira a toda velocidade.
Como o 8 é agitado como um furacão, da mesma forma o ano do 8 trará para o mundo ação
e resultados, ano do progresso material, melhorias financeiras e abundância. Infeliz se não
está partindo para conquista de novos mundos, o 8 pode ser implacável com aqueles que o
cercam. Ele precisa aprender que o equilíbrio na vida significa também ter a capacidade de
diminuir o ritmo o bastante para aproveitar suas conquistas.
Profissões favoráveis: Industriais advogados e editores.
9: Representa a complementação final, o concreto que retira de si e oferta aos demais. O
amor e a fraternidade são as metas principais deste número, a revelação de todos, o
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equilíbrio que leva ao sucesso garantido. Idealistas e altruístas, os regidos por este número
podem sofrer decepções constantes.
Tudo para todos, o 9 completa o ciclo dos números básicos contribuindo com alguma coisa
para todos os outros. Embora ambicioso no sentido de buscar novas metas e apreciar o
processo de alcançá-las, os 9 constantemente olham o aspecto mais abrangente a serão
mais felizes num trabalho que permita satisfação de seu interesse pelos outros e de sua
necessidade de buscar novos horizontes.
Um ano de número 9 envolve a conclusão de todos os projetos do ciclo anterior, ano de
finalizações, ano de se fazer um balanço de tudo, ano de finalizar tudo, é um período que
exige doação e tolerância, ano de agir com sabedoria. O 9 deve ser cuidadoso para não se
envolver em projetos demais, o que dilui e dispersa as energias.
Profissões favoráveis: Artistas, pedagogos, e viajantes.
11: Determina uma supervibração positiva e mística. Dotado de um ressaltado poder de
intuição e de inspiração aos demais, geralmente os regidos por esse número são
sonhadores e hipersensíveis. Têm uma capacidade super desenvolvida para quase tudo o
que se propões a realizar, por que o 11 deriva o 2 e contém duplo efeito de 1, que é a
criação.
Visionário, o 11 anda com sua varinha mágica, tocando a vida dos outros. Ele pode
aparentar estar trabalhando num emprego, ou fazendo produtos caseiros, mais ele detém a
energia da transformação. O elemento espiritual está sempre presente na vida de um onze,
seja ele de natureza tranqüila e inspirada ou um professor declarado.
Um ano 11 é repleto de transições, algumas delas tão sutis que somente mais tarde serão
percebidas. Não sendo pratico, o 11 não percebe quando estão se aproveitando dele. Ele
pode ser a vanguarda de novas tendências. Mal orientado, o onze pode ser elevado á
desilusão, amargura e decadência.
22: É um número de super vibração com equilíbrio necessário para as realizações, por que
deriva o quatro, estabelecido da ação organizada do duplo efeito de dois. É um número
realizador e construtivo para humanidade.
Poder. A combinação da praticidade com a magia, o 22 carrega um fardo tremendo porque
qualquer coisa que faça causa um impacto muito maior do que todos os outros números.
Capaz de grandes realizações no mundo, o 22 também pode melhorá-lo. Trabalhando
sempre num nível onde é grande a responsabilidade de mau uso do poder, as tentações
estão por todo o lado. A escolha entre a beneficência e a ostentação deve ser feita a cada
dia. O negativo pode ser tão forte quanto o positivo, uma enorme responsabilidade.
Um ano de número 22 é igualmente criativo e crucial.
33: Representa força poderosa mística de elevação espiritual. Os seus regidos contém uma
bagagem emocional e psicológica e também intelectual avançada que os eleva a um grau de
consciência das mentes de níveis superiores.
Confiante, bondoso, idealista o 33 é simplesmente uma boa pessoa. Partilhando com o 6 a
qualidade da benevolência, o 33 combina com sensibilidade e compaixão, o que pode atraí-
lo para causas objetivas e dar a ele a habilidade de se sair bem em situações muito difíceis.
Um ano 33 é um daqueles anos em que todos se engajam com o intuito de consertar o
mundo e conseguir a paz. O 33 parece um santo? Ele é mesmo. Tão bondoso e com pouco
senso pratico, pode ser mal compreendido e compreender mal outras almas menos ternas e
corre o risco de ser extremamente sensível em conseqüência disso.
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8. AUSÊNCIA DE NÚMEROS
É quando algum número não se faz presente em um mapa numerológico. Essas
ausências indicam obstáculos que irão surgir durante a vida como doutrina ou regras de
comportamento. Representam Lições Kármicas, o que precisamos pagar para restabelecer o
equilíbrio espiritual.
1: Deve aprender a ter individualidade, ambição e liderança; não deve ser repreendido e ser
indeciso;
2: Deve aprender a ter serenidade, diplomacia e cooperação; não deve ser impaciente,
supersensível e detalhista;
3: Deve aprender a ter auto-expressão e seletividade; não deve ser incomunicável,
desperdiçar energias e ser inseguro;
4: Deve aprender a ter organização, estrutura e disciplina; não deve ter aversão ao trabalho
duro e contínuo; não deve ser preguiçoso e disperso;
5: Deve aprender a ter a consciência do próprio corpo e encarar as mudanças; não deve
faltar com a compreensão dos problemas alheios; não deve sentir temor pelo que é novo e
diferente; não deve ser insaciável sexualmente;
6: Deve aprender a ter responsabilidade, regras e uma consciência familiar; não deve ser
irresponsável; não deve ter medo de conduzir um relacionamento a dois; não deve ser
imposto suas convicções sobre os outros;
7: Deve aprender a ter controle emocional e espiritual; não deve ser descrente, ter medo de
ficar só; não deve ser escapista e impulsivo;
8: Deve aprender a ter controle financeiro e material; não deve ter falta de discernimento,
de sede de poder e ganância; não deve ser excessivamente materialista ou fazer pouco caso
do dinheiro;
9: Deve aprender a compreender a si mesmo e entregar-se incondicionalmente; não deve ser
rude ou frio nos relacionamentos; não deve ser possessivo ou incapaz de compreender o
amor incondicional ou a simplicidade dos relacionamentos; não deve esperar a
compensação financeira por tudo o que faz.
9. O NÚMERO DA REATIVIDADE
É como a pessoa reage, seu movimento emocional ligado mais aos instintos. É como
você reagiria diante de uma crise ou situação crítica. Calcula-se subtraindo-se do nº 9 o nº
total de Ausências em um mapa.
3: Autodestrutivo, temperamental e desorganizado; atitudes descontroladas; nenhuma
disciplina; sua energia se esvai e se dispersa;
4: Bastante estruturado, prático e cauteloso; espontaneidade inibida pela preocupação com
detalhes desnecessários; exigente demais consigo mesmo e com os outros;
5: Nenhuma reação intelectual; aturdido pelo inesperado; apatia; nenhuma providência
prática numa situação crítica;
6: Responsabilidade e praticidade em uma situação crítica; procura proteger seus entes
queridos, os amigos e seus bens antes de si mesmo;
7: Analítico e distante numa crise; torna-se pensativo; se estiver envolvido não manifestará
nenhuma emoção; reage com frieza; sofre sozinho;
8: Eficiente e organizado durante uma crise; encara a situação com praticidade; age para
salvar a si e aos outros que lhe interessa;
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9: Impessoal, sereno e resignado numa crise; imperturbável emocionalmente; sempre se
mantém calmo; seu procedimento depende do seu ânimo e disposição; pode tanto ajudar
como ser indiferente.
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e ao acontecer, mas com signo invertido (agora positivo) pela passagem pelo três.
Organização racional. Realizações tangíveis. Ordem terrestre (as estações, os pontos
cardeais, etc.). A dupla partição (dois e dois) já não significa separar, como no número 2,
mas ordenar o separado. Refere-se ao Nome de Deus (Tetragrammaton) e, com ele, a toda
organização diferenciada e apta a receber nome (identidade).
Cinco: É o princípio formativo do homem, do movimento, da magia; possui a forma de um
pentagrama, de um quadrado com um ponto no meio ou de um triângulo com duas linhas
paralelas em seu centro. Número da virilidade e do amor. Harmonia do corpo (cabeça e
extremidades; sexo; os dedos da mão com o polegar oposto). Erotismo, saúde. Número da
primavera. A quintessência atuando sobre a matéria. Os quatro pontos cardeais e seu
centro. União do Céu (três) e da Terra (dois). Princípio da simetria pentagonal, freqüente na
natureza orgânica. Secção áurea, proporção divina. Os cinco sentidos, as formas sensíveis
da matéria. Caracteriza a plenitude orgânica da vida, em oposição à rigidez da morte.
Pêntada, ou metade exata de Década pitagórica. Emblema do Microcosmo. Amor, como
princípio da fecundidade e da geração.
Seis: É o princípio da natureza, das correntes de força involutiva e evolutiva, do equilíbrio;
é representado pelo hexagrama. Símbolo dialético da conduta humana (ação impulsiva +
tendência ao equilíbrio). Número da prova e do esforço (sexto dia da Criação). Pórtico,
passagem. Por seu caráter de reunião, número do hermafrodita. Ambigüidade. Era o
número sexual por excelência em certas comunidades pitagóricas (provavelmente por ser
produto da dupla multiplicação que se pode fazer entre o primeiro número feminino [dois] e
o primeiro masculino (três): 2 x 3 = 6).
Sete: É o princípio do setenário; sua forma é de uma estrela de sete pontas, ou por um
triângulo posicionado acima e junto a um quadrado. Soma da ordem espiritual ou mental
com a terrena (ou da comunicação com o exterior). Símbolo do céu (as notas da escala, as
cores, os planetas). Número da virgindade. Relaciona-se também à dor. Reúne as ordens do
ternário e do quaternário, por propor uma leitura simbólica quase interminável. É talvez o
que possua a maior variedade de representações (número dos dias da semana, das notas
musicais, das virtudes e dos pecados capitais, dos períodos de calamidades). Por ser o
número primo mais elevado da dezena, é considerado símbolo de um conflito irredutível, de
um complexo insolúvel. Este mesmo caráter de indivisibilidade o associa à virgindade:
“Enquanto é fácil dividir um círculo em três ou quatro partes iguais – diz Ghyka –, é quase
impossível dividi-lo em sete por uma construção euclidiana rigorosa. Isto foi demonstrado
por Gauss somente no começo do século passado”.
Oito: É o princípio da materialização completa e fixa; simbolizado pelo cubo, por dois
quadrados entrelaçados ou por duas cruzes entrelaçadas. Regeneração. Expectativa. Ultima
etapa. Número da reflexão e do silêncio. Octógono, ou forma intermediária entre o
quadrado (ordem terrestre) e o círculo (ordem da eternidade). Por ser símbolo da religação,
foi na Idade Média o número emblemático das pias batismais. O numeral 8, na horizontal,
é signo matemático do Infinito.
Nove: É o princípio do movimento da matéria, do equilíbrio perfeito nos três planos;
simbolizado pela estrela de nove pontas ou por três triângulos entrelaçados. Triângulo do
ternário. Imagem dinâmica dos três mundos (corporal, intelectual ou psíquico, espiritual).
Princípio da harmonia. Número da verdade. Limite da série antes de seu retomo à unidade.
Multiplicado, se reproduz sempre a si mesmo (9 x 1 = 9; 9 x 2 = 18 –> 1 + 8 = 9; 9 x 3 =
27 –> 2 + 7 = 9...), tanto que os cabalistas se referem, com ele, à evidência da verdade
que não se pode ignorar. Preside aos ritos medicinais. Como quadrado do 3, representa a
comunhão do pensador com o seu pensamento e com a coisa pensada.
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Dez: É o princípio da síntese de todos os planos, que faz com que a unidade sintetizante
domine a infinita multiplicidade; é simbolizado pelo círculo com um ponto no centro.
Reunião do Ser e do Não-Ser, do nada e da unidade no momento da maturidade. Força e
equilíbrio. O casal na sua plenitude criadora. Superação da androginia na fusão. A década
se relaciona com a tétrade (1 + 2 + 3 + 4 = 10), e nesse sentido é a realização e o
cumprimento da ordem terrena. Simboliza o fim de um ciclo e o começo de outro. Também
a totalidade do universo, pois eleva todas as coisas à unidade. Nicômaco de Gerasa o
chamou “medida para o todo, como um esquadro e uma corda nas mãos do Ordenador”, e
os pitagóricos em geral o consideram o mais perfeito dos números. Por conter o um e o
zero, é a resolução harmoniosa dos opostos. Em sua representação gráfica, é o signo da
cópula (10 = 1, pênis + 0, vagina).
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