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GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DOCÊNCIA MAÇÔNICA

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

SEGUNDO MÓDULO – APRENDIZ MAÇOM

Introdução.
Após apresentação do primeiro módulo, onde foram apresentados
temas considerados comuns a todos os Ritos praticados na Jurisdição da
Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, oportuniza-se agora a
apresentação dos módulos pertinentes aos três Graus Simbólicos do Rito
Escocês Antigo e Aceito, sendo dado início por ora ao de Aprendiz Maçom. Os
Planos, como já referido pelo Sereníssimo Grão-Mestre quando da
apresentação daquele antes mencionado, servem de guias para cada Loja da
Jurisdição, e uma vez adotados, e sendo observados os requisitos básicos, não
haverá dificuldade para sua aplicação.

A Docência Maçônica
O objetivo principal da Docência Maçônica diz respeito com a formação
do maçom, para que, em primeiro momento, saiba o fundamental, para depois,
passo a passo, haver um aprofundamento que o leve a um conhecimento mais
acentuado da doutrina maçônica, formando, assim, uma estrutura base que o
habilite a fazer todo o tipo de incursões sobre a matéria.
Via de regra os obstáculos são comuns a todas as Lojas
jurisdicionadas, podendo ser resumidos em heterogenia social e cultural que se
manifesta através de diferentes níveis de compreensão, especialmente na
dificuldade perante a elaboração do pensamento escrito. Sem dúvida temos
entre nós tipos humanos bastante diferenciados e com referenciais, por vezes,
até conflitantes. Da mesma forma, a capacidade intelectual de cada um, forjada
no decorrer do tempo, pode não permitir, algumas vezes, a obtenção de um
crescimento imediato, haja vista que, exemplificando, dificilmente pode-se

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transformar um homem que jamais leu num leitor ávido. Igualmente, difícil
pensar-se em incutir, em pouco tempo, noções históricas, filosóficas, ou até
mesmo gramaticais, em alguém que há muito já se afastou do estudo
sistemático. Por fim, vale ainda lembrar que, dizendo a atualidade respeito a
especificações profissionais, o homem de nossos dias, para atender às
necessidades do mercado de trabalho, se obriga a especializar-se,
ocasionando, na maioria das vezes, prejuízo na manutenção de uma
universalidade de conhecimentos.
De observar-se também que de nada adiantaria ser listada uma série
aleatória de tópicos, os quais, supostamente, deveriam ser do conhecimento
geral de qualquer maçom, sem que, para tanto, não se estruturasse uma forma
segura de aplicação. Desnecessário aduzir que a mera apresentação de
"Peças de Arquitetura" sem correlação de conteúdos não é a melhor maneira
de ensinar, ao contrário, a ausência de método leva à dispersão do
conhecimento que não adquire unidade ao longo dos graus.
Cremos, então, que, a princípio, já se procurou trazer uma forma
adequada na busca de equacionar a questão com a divisão do projeto,
inicialmente em duas fases principais, a primeira, PARTE GERAL (Primeiro
Módulo) e a segunda subdivida em três partes específicas - APRENDIZ,
COMPANHEIRO e MESTRE, (respectivamente segundo, terceiro e quarto
módulos), por sua vez subdivididas cada uma em tópicos que serão agendados
ao longo da administração para aplicação nas respectivas sessões.
Já a partir da Iniciação, ocasião em que deve ser feita a entrega do
fascículo pertinente ao primeiro módulo, os materiais atinentes a cada fase são
sistematicamente entregues de acordo com a sequência programada.
Obviamente, faz-se mister a estruturação cronológica do programa, que não
pode ser distribuído a esmo, sob pena de se frustrarem os resultados
esperados.
De lembrar que deve ser bem observado ao Irmão Aprendiz que todo o
material entregue a ele pela Loja deve ser cuidadosamente guardado. Desta
forma, ao longo dos três graus, além de haver trabalhado bastante, estará ele
na posse de um verdadeiro Manual Prático de Maçonaria, de acordo com os
princípios maçônicos, legislação e usos e costumes adotados por nossa
Grande Loja.

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Sendo a Cerimônia de Iniciação a primeira "prática" maçônica de um
neófito, observe-se que tal vivência, portanto, deve ser aprofundada. Não basta
que por uma só vez se faça os neófitos praticarem o s∴, o t∴ e a p∴. Assim,
numa próxima sessão, após o Complemento à Iniciação, deve-se voltar à
prática, inclusive retomando o modo de entrada ritualística e de cumprimento
às Luzes. Pode ser aplicado, então, um módulo denominado "O Maçom e seus
Modos de Reconhecimento", acompanhado, se conveniente, de folha de
perguntas e respostas objetivas. O resultado visível será a familiarização do
A∴ M∴ com uma vivência que prosseguirá por toda sua vida maçônica.
Ultrapassado algum tempo, se possível até mesmo antes da primeira
instrução, os Aprendizes deverão ser devidamente avaliados. Seria a vez de
aplicação do tópico "Teste de Avaliação" – basicamente uma atualização de
vocabulário e análise do grau de atenção.
Nesse ritmo, devem ser enfatizadas instruções práticas, não só para
que não haja falhas com relação à marcha, s∴, t∴ e p∴, como também para
desinibição dos Aprendizes, familiarizando-os cada vez mais com a vivência
dentro do Templo, o que permitirá, inclusive, a facilitação para visitas a outras
Oficinas.
O tópico "Legislação e Ritualística" assume importância primordial e
deve ser aplicado em várias sessões subsequentes, com ênfase na
movimentação em Loja. Também “Cargos e sua Competência” é matéria que
não pode ser ignorada, devendo ser enfatizado seu ensinamento.
Relativamente às cinco Instruções constantes do Ritual, deve seguir o
mesmo molde de aplicação, sem esquecer-se de realizar no mínimo uma
“prática” mensal. Após proferida a última Instrução, deverá ser feita uma
revisão, se possível de toda a matéria, visando, desde já, o final da jornada,
quando, então, deverá ser apresentado trabalho permissível ao aumento de
salário.
Como se constatará, em seu todo a Docência abrangerá matéria
pertinente a diversas áreas de estudo, tais como Simbolismo, Ritualística e
Liturgia, Filosofia, História, Legislação Maçônica, Organização e Administração
Maçônica, etc.

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Além disso, recomenda-se que, uma vez marcada a data para
apresentação dos trabalhos, uma minuta deste, antecipadamente, seja
entregue, em se tratando de Aprendiz e Companheiro, ao seu respectivo
Vigilante e, em regra, também à Comissão ou Departamento de Docência da
Loja. Após a devida análise, será devolvida ao Irmão, contendo os ajustes,
explicações e orientações necessárias, permitida aí sim sua apresentação.
Por derradeiro, é de bom alvitre que a Administração da Loja exercite
os trabalhos mediante Ordem do Dia previamente agendada e ajustada,
devendo haver reserva de tempo necessário para a aplicação seqüencial dos
tópicos e módulos. Recomenda-se que o procedimento aplicativo fique a cargo
de um Irmão bastante conhecedor da matéria, de preferência um Mestre
Instalado, se possível o presidente ou membro da Comissão/Departamento de
Docência da Loja. Deve também ser levado em conta que não deverá ocorrer
interrupção no Plano de Docência, seja qual for o motivo, sob pena de se ver
tolhido em seu desenvolvimento pleno. Portanto, o Plano de Docência deve se
constituir em peça integrante do planejamento da Loja.

O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - SUAS ORIGENS


Segundo a quase totalidade dos autores maçônicos, o Rito Escocês
Antigo e Aceito, formalmente, apresenta como data de sua existência regular, o
dia 31 de maio de 1801, ocasião em que foi fundado o Supremo Conselho do
Rito Escocês Antigo e Aceito, em Charleston, Estados Unidos da América,
atualmente denominado Supremo Conselho Sul dos Estados Unidos
Americanos.Todavia, o Escocesismo, como forma doutrinária, tem uma história
bem mais antiga.Para os mais abalizados historiadores, o Escocesismo tem
suas raízes na França, ao que tudo indica, a partir da chegada neste país do
séquito dos Stuarts vindo da Grã-Bretanha no século XVII. Após a revolta
liderada por Oliver Cromwell, na Inglaterra, ocorreu a decapitação, em 1643, do
Rei Carlos I, da família real dos Stuarts, tendo, então, sua viúva, Henriqueta de
França, filha de Henrique IV, portanto da realeza francesa, aceitado do Rei Luiz
XIV da França asilo no Castelo de Saint Germain. Acompanhando-a, foram
também os demais membros da nobreza escocesa, seguidos de regimentos
escoceses e irlandeses. Sob a cobertura de Lojas Maçônicas, ainda operativas,
das quais se tornaram membros aceitos, passaram os nobres a trabalhar para

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a restauração do trono britânico aos Stuarts, tramando, pois, contra os
puritanos, partidários de Cromwell, evitando, desta forma, que os espiões
ingleses pudessem tomar conhecimento da conspiração restauradora. Convém
que se diga que o termo escocês já a partir dessa época praticamente não
designava mais uma nacionalidade, mas sim o partido dos seguidores dos
Stuarts, escoceses na sua maioria. Assim o Escocesismo, portanto, não tinha e
não tem nada a ver com o estado da Escócia, até porque, na época do seu
surgimento, as Lojas da Escócia trabalhavam no hoje denominado Rito de
York.Consta que, em 1661, Carlos II, ao se preparar para recuperar o Trono,
criou um regimento chamado de "guardas irlandeses", sendo que esse
regimento, posteriormente, teria possuído uma Loja Maçônica, cuja
Constituição data de 25 de março de 1688, e que foi a única Loja do Século
XVII cujos vestígios ainda existem.
Observe-se que com a fundação da primeira obediência maçônica,
Grande Loja de Londres, em 1717, se desenvolveram na França dois ramos
maçônicos: o escocês, jacobita (stuartista), atuando ainda com Lojas Livres, e
o inglês, com lojas vinculadas à Grande Loja de Londres. Por meados de 1735,
a Maçonaria Escocesa resolvia partir também para a adoção de um regime
obediencial, semelhante ao inglês, escolhendo, portanto, um Grão-Mestre, o
que levaria à fundação da Grande Loja da França, em 1738. Surgiram,
posteriormente, no escocesismo, várias peculiaridades ritualísticas e
doutrinárias, sendo que a principal foi a introdução de altos graus em 1758,
através do Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, que criou o
Rito de Perfeição ou de Heredon. Ocorreu, então, a criação dos vinte e cinco
graus nesse Rito, ou seja, mais vinte e dois, além dos três básicos a todos os
ritos (Aprendiz, Companheiro e Mestre), o que não foi aceito pela Maçonaria
Inglesa. Então, como inicialmente visto, em 1801, em Charleston, Carolina do
Sul, EUA, com a fundação do Supremo Conselho, o qual acrescentou mais oito
graus, o Rito de Heredon passou a denominar-se Rito Escocês Antigo e Aceito.

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GUIA DE APLICAÇÃO – I Sessão Magna de Iniciação
A Preparação do Candidato
Trabalho: O Despojamento dos Metais
Após a Cerimônia de Iniciação, é dado a cada novo Irmão a instrução
intitulada "A Preparação do Candidato". A partir deste tópico, para a próxima
sessão cada um dos Iniciados deverá apresentar um pequeno trabalho
intitulado "O Despojamento dos Metais".

A Preparação do Candidato
Solicitar a iniciação não é algo superficial. É necessário firmar um
pacto. A verdade não tem firma estampada, visível e externa, não vai aposta
com uma pena empapada de sangue, senão que moral e imaterial,
comprometendo puramente a alma consigo mesma. Não se trata aqui de um
pacto com o diabo, espírito maligno e, por certo, fácil de enganar, mas, na
realidade, trata-se de um comprometimento bilateral e muito sério, cujas
cláusulas são iniludíveis. Os iniciados, com efeito, contraem deveres muito
sérios com o discípulo que admitem em seus templos e este fica, por sua vez,
unicamente pelo ato de sua admissão, ligado de modo indissolúvel a seus
Mestres.
Seguramente, é possível enganar nossos Mestres e burlar-lhes as
esperanças ao nos revelarmos maus discípulos, depois de lhes haver feito
conceber grandes esperanças. Mas toda experiência resulta instrutiva e, por
dolorosa que seja, ensina-nos a prudência, quem resta, ao final, confundido é o
presunçoso que quis empreender uma tarefa superior a suas forças. Na
verdade, se sua ambição limita-se a luzir as insígnias de uma associação
iniciática como a Franco Maçonaria, pode, com pouco dinheiro, pagar-se esta
satisfação. Mas as aparências são enganadoras e, do mesmo modo que o
hábito não faz o monge, tampouco pode o avental fazer por si só o Maçom.
Ainda que alguém fosse recebido na devida forma e proclamado membro de
uma Loja regular, poderia ficar para sempre profano no que se refere a seu
interior. Uma fina capa de verniz iniciático pode induzir em erro as mentes
superficiais, mas não pode, de modo algum, enganar o verdadeiro iniciado.

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Não consiste a Iniciação num espetáculo dramático nem aparatoso, sem que
sua ação profunda transmute integralmente o indivíduo.
O iniciado verdadeiro, puro e autêntico não se contenta de um verniz
superficial: deve trabalhar ele mesmo, na profundidade de seu ser, até matar
nele o profano e fazer com que nasça um homem novo.
Como proceder para obter êxito?
O Ritual exige, como primeiro passo, que se despoje dos metais.
Materialmente, é coisa fácil e rápida, sem embargo, o espírito se desprende
com dificuldade de tudo quanto o deslumbra. O brilho externo o fascina e é
com profundo pesar que se decide a abandonar suas riquezas. Aceitar a
pobreza intelectual é condição prévia para ingressar na confraternidade dos
Iniciados, como também no reino de Deus.
Ser consciente de nossa própria ignorância e rechaçar os
conhecimentos que acreditamos possuir é o que nos capacita a aprender o que
desejamos saber. Para chegar à Iniciação, é preciso voltar ao ponto de partida
do mesmo conhecimento, em outros termos, à ignorância do sábio que sabe
ignorar o que muitos outros figuram saber, quiçá demasiado facilmente. As
idéias preconcebidas, os preconceitos admitidos sem o devido contraste
falseiam nossa mentalidade. A iniciação exige que saibamos desprezá-los para
voltar à candura infantil ou à simplicidade do homem primitivo, cuja inteligência
é virgem de todo ensinamento pretensioso.
Podemos pretender o êxito completo? É, desde logo, muito duvidoso,
mas todo sincero esforço nos aproxima da meta. Lutemos contra nossos
preconceitos, buscando nos livrar de nós mesmos, sem pretender atingir uma
libertação integral, este estado de ânimo favorecerá nossa compreensão que
se abrirá, assim, às verdades que nos incumbe descobrir, principiando nossa
instrução.
Primeiramente, o desenvolvimento de nossa sagacidade. Nos serão
propostos enigmas, a fim de despertar nossas faculdades intuitivas, posto que,
antes de tudo, devemos aprender a adivinhar. Em matéria de iniciação, não se
deve inculcar nada, nem se impor nada, ainda que com o mínimo espírito. Sua
linguagem é sóbria, sugestiva, cheia de imagens e parábolas, de tal maneira
que a idéia expressa escapa a toda assimilação direta. O iniciado deve negar-
se a ser dogmático e se guardará de dizer: "Estas são minhas conclusões,

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acreditai na superioridade de meu juízo e aceitai-as como verdadeiras". O
iniciado duvida sempre de si mesmo, teme um possível equívoco e não quer se
expor a enganar os demais. Assim é que seu método remonta até o nada
saber, à ignorância radical, confiando em sua negatividade para preservar-lhe
de todo erro inicial.
A iniciação não se dá nem está ao alcance dos débeis: é preciso
conquistá-la e, como o céu, só a conseguirão os decididos. Por isso se exige
do candidato um ato heroico: deve fazer abstração de tudo, realizar o vazio em
sua mente, a fim de logo poder criar seu próprio mundo intelectual, partindo do
nada e imitando Deus no microcosmo. Oswald Wirth.

Guia de Aplicação – II
Complemento à Iniciação
A Sessão que se segue à de Iniciação é reservada ao Complemento,
que será lido em Loja.
Na sequência, deverá também ser aplicada uma instrução dando
ênfase aos Princípios Fundamentais do Rito e ao Telhamento.

Complemento à Iniciação
Princípios Fundamentais do Rito Escocês Antigo e Aceito:
o A existência de um Princípio Criador que se denomina Grande Arquiteto
do Universo.
o Não impõe limites à livre investigação da verdade, razão pela qual exige
de todos a maior tolerância.
o É acessível aos homens de todas as classes e todas as crenças
religiosas e políticas.
o Proíbe, em suas Oficinas, toda e qualquer discussão sobre matéria
política ou religiosa.
o Tem, por finalidade, combater a ignorância em todas as suas
modalidades, como escola mútua, impõe o seguinte programa:
o Obedecer às leis do país.
o Viver segundo os ditames da honra.
o Praticar a justiça.

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o Amar o próximo.
o Trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano, e
conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.

Telhamento.
Maçons Regulares têm direito a visitar Lojas Regulares, sujeitando-se,
todavia, às disposições disciplinares estabelecidas pela Loja visitada, e, ainda,
ao Telhamento. Necessário, então, saber, além do telhamento fundamental
(ss∴, tt∴ e pp∴) também o “telhamento formal” por inteiro, memorizá-lo item a
item, pergunta e resposta, sendo fundamental para todo o Maçom que se
orgulha de sua posição.

Telhamento formal a ser proferido em Loja aberta:


Pergunta: Sois Maçom?
Resposta: M∴ I∴ C∴ T∴ M∴ R∴.
Pergunta: De onde vindes?
Resposta: De uma Loja de São João, justa e perfeita.
Pergunta: Que trazeis?
Resposta: Amizade, paz e votos de prosperidade a todos os Irmãos.
Pergunta: Nada mais trazeis?
Resposta: O Venerável Mestre de minha Loja V∴ S∴ P∴T∴V∴T∴.
Pergunta: Que se faz em vossa Loja?
Resposta: Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vício.
Pergunta: Que vindes fazer aqui?
Resposta: Vencer as minhas paixões, submeter a minha vontade e fazer
novos progressos na Maçonaria, estreitando os laços de fraternidade que nos
unem como verdadeiros Irmãos.
Pergunta: Que desejais?
Resposta: Um lugar entre vós.
Pergunta: Este vos é concedido. Irmão Mestre de Cerimônias, conduzi o nosso
Irmão ao lugar que lhe compete.

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Do Templo Maçônico
No decorrer das instruções que oportunamente serão ministradas aos
Aprendizes, o Templo Maçônico será objeto de rigoroso estudo.
“Os Templos Maçônicos, da mesma maneira que as Igrejas, têm sua
origem no tabernáculo hebreu e no Templo de Jerusalém, a semelhança entre
eles e as Igrejas é devida ao fato de ambos serem construídos na Idade Média
e no início da Moderna pelos Maçons de Ofício que eram, principalmente,
construtores de Templos, membros de associações monásticas ou de
associações leigas dirigidas pela Igreja. Sendo a Igreja herdeira direta do
judaísmo, não é de estranhar que os Templos fossem baseados no Santuário
de Jerusalém”. José Castellani.

Guia de Aplicação – III


Meios de Reconhecimento.
Trabalho em Loja: Recreação e Prática
A Ordem do Dia é reservada à sua leitura. Com a Loja em recreação,
deve haver treinamento de todos, com exercícios referente ao sinal, ao toque e
à marcha.
Retoma-se o telhamento.

Meios de Reconhecimento
Todos nós, por ocasião de nossa Iniciação, saímos do Templo na
posse de SINAL, TOQUE e PALAVRA hábeis a nos fazer reconhecer como
maçons perante nossos Irmãos. Todavia, não nos basta apenas saber repetir
tais meios de reconhecimento. É necessário que saibamos o que significam.
Nossos modos de reconhecimento foram muitas vezes, no decorrer dos
tempos, alterados, substituídos e até transpostos pelas várias Obediências
Maçônicas, eis que, muitas vezes, ocorreram revelações perpetradas por
maçons indignos. Entretanto, a base do segredo maçônico persiste, e, em
razão disso, por mais que um profano esteja enfronhado em assuntos
maçônicos, por mais que tente penetrar em nossos costumes, jamais terá
certeza absoluta de como é feito um toque, por exemplo, por faltar-lhe
convicção sobre a maneira de executá-lo, maneira esta que só se adquire por
meio das instruções ministradas em Loja.

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Assim, especialmente ao Aprendiz, recomenda-se muita prudência.
Deve evitar abrir-se com o primeiro estranho que lhe faça um sinal sem antes
comprovar, por outros meios que só a experiência ensina, a qualidade
maçônica de seu interlocutor.
Outro péssimo hábito, infelizmente comum, é o de certos Maçons
cumprimentarem-se, escandalosamente, através de sinais, ou mesmo ficar
fazendo sinais maçônicos esperando que alguém se identifique como tal. Ora,
há outros meios de comprovar a qualidade maçônica de um interlocutor, sem
que para tanto sejam tomados tais procedimentos inadequados.

O Sinal de Ordem
O Sinal Gutural, ou Sinal de Ordem do Aprendiz, lembra-lhe o
juramento prestado no dia de sua iniciação. O gesto desenha um esquadro e,
ao fazê-lo, o Aprendiz afirmará que seus atos, visando à concórdia entre os
homens, têm a correção exigida pelos Obreiros da Arte Real.
O Sinal de Ordem: “Estando de pé, levar a m∴ d∴, com a palma
voltada para baixo, dedos unidos e polegar afastado, fazendo uma esq ∴,
colocando no pesc∴, de forma a ter a laringe entre o polegar e o indicador, o
br∴ e o antebr∴ na horizontal, fazendo com o tórax também uma esq ∴ . O
br∴ esq∴ deverá estar estendido e colado ao longo do corpo, sem qualquer
esq∴ na mão, pés também em esq∴, unidos nos calcanhares e abertos para a
frente”.
Podemos visualizar, então, duas relações: a primeira com o juramento,
sob pena de ter a g∴ cortada, e a segunda com o esquadro, que nos lembra a
qualidade da retidão, e, além destas, uma terceira relação: o domínio das
palavras, das emoções violentas, dos desejos grosseiros. Assim, afora
exceções, nossa Instituição colocou o Sinal de Ordem do Aprendiz
precisamente no lugar do corpo onde o contragolpe das paixões e dos desejos
se faz sentir com violência maior. Vale lembrar, ademais, o quanto o simples
falar pode conter de agressivo, de ofensivo, de violento. Desse modo, a
execução consciente do sinal é de suma importância.
E assim se faz a mudança da Pedra Bruta em Pedra Polida. Trata-se
de um processo que podemos chamar de alquimia interna, transmutação,

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onde, através dos esforços empreendidos, os defeitos transformam-se em
qualidades.
"O homem, quando experimenta uma forte emoção física, ou quando
está sob o império de um desejo brutal, sentindo o sangue afluir à sua
garganta, por si mesmo leva a mão ao pescoço, de cada lado do qual as
artérias se dilatam sob a ação do fluido sanguíneo.
Todas as pessoas impulsivas e coléricas conhecem esse ‘reflexo’ que
tende a impedir o sangue de subir à cabeça e perturbar até a visão. Ora, o
silêncio que a iniciação opõe à violência brutal do Minotauro (do ser indomado
que nele ruge) é o Esquadro, símbolo da Justiça e da Equidade, é o Esquadro
que ele reproduz com o auxílio da mão direita, e com o gesto do braço, e é
também pelo constante pensamento que em nós fará incessantemente apelo à
Justiça, que poderemos vencer nossas paixões mais grosseiras." (A. Gedalge).
Em pesquisas, vamos encontrar as mais diversas significações e
correlações dadas ao Sinal Gutural pelos mais diversos autores. A Maçonaria,
estimulando a liberdade de pensamento, acolhe cada opinião. Encontramos
toda uma série de matizes correlatos ao tema, sustentados por uma grande
gama de opiniões, às vezes até contraditórias entre si. Cumpre-nos conhecê-
las também. Até mais: encontrar nosso próprio significado. Desse modo, para
alguns, seguidores de correntes orientalistas, revela-se o Sinal Gutural como
significativo do chacra da garganta, para outros, o comedimento e até a
proibição da palavra, outro tanto o entende como a qualidade de saber medir
as palavras.
Ainda que sejamos livres para criar e até adotar significações próprias
para o gesto, limita-se esta liberdade ao respeito que devemos devotar a cada
interpretação, respeito, porém, que não nos impede de discordar de uma ou
outra. De qualquer sorte, ainda que nos defrontemos com uma grande
pluralidade de posições, convém que nos fixemos ao que diz nosso RITUAL.
Daí se fortalecem três importantes aspectos: a lembrança sempre presente do
JURAMENTO, a formação da ESQUADRIA, a recordar-nos o Esquadro e, por
conseqüência, a retidão aplicável à conduta do Maçom em Loja (e fora dela
também), e, ainda, pela posição anatômica de o sinal se forjar na garganta –
local por onde emitimos nossa voz – alusão à PALAVRA, que deve ser
comedida, evitando tornar-se um instrumento da ira ou do perjúrio.

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O Toque
Uma resposta ao Sinal de Ordem, dada da mesma forma, incita aos
Irmãos que se reconhecem a estenderem a mão, confirmando, assim, o Sinal
pelo Toque.
É o mais usado dos sinais de reconhecimento maçônico. Embora cada
grau tenha o seu próprio, o Toque geral e universal é o do APRENDIZ, e é por
ele que se inicia qualquer prova de reconhecimento.
Para muitos maçons, o Toque é o principal Segredo da Fraternidade.
Para os antigos construtores, era particularmente sagrado. Embora
amplamente divulgado por maçons decepcionados com a Maçonaria moderna,
e ainda por aqueles que quiseram nela ver uma simples mistificação, tais
indiscrições tiveram importância muito secundária. Não impediram que os
verdadeiros Maçons, os verdadeiramente iniciados, continuassem em seus
esforços para se tornarem maçons por si mesmos, em espírito e em verdade,
sem se preocuparem com essas pequenas revelações que, hoje, têm a sua
importância muito diminuída.
O Toque de Aprendiz nos lembra as pancadas que são dadas à Porta
da Loja, a fim de pedir entrada no Templo, tendo como significado a passagem
bíblica (Mateus, VII:7): pedi e vos será dado, procurai e achareis, batei e vos
será aberto. Lembra também as pancadas dadas pelas Luzes da Loja nos
procedimentos ritualísticos, de ordenamento e disciplina nos trabalhos, idem a
idade do Aprendiz.

A Marcha do Aprendiz
Quando o Venerável Mestre permite a entrada no Templo, o Irmão
deve entrar ritualisticamente.
A Marcha, no Grau de Aprendiz, efetua-se em três passos iguais, os
pés em esquadria, com abertura uniforme para a frente, sendo rompida com o
pé esquerdo, ao qual junta-se ao calcanhar o calcanhar do pé direito. Os
passos são normais, não existindo o “arrastamento” dos pés.
O Esquadro, formado com os pés, simboliza a retidão da conduta sobre
o caminho retilíneo que segue todo maçom. A Marcha do Aprendiz é indecisa,
executando-se passo a passo, para significar que a progressão em direção à
Luz só é obtida após esforços sucessivos e prudentemente ampliados.

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São várias as interpretações e opiniões dos simbolistas sobre os
passos, ou melhor, sobre a Marcha do Aprendiz. Para uns, os três passos da
Marcha, com os pés em esquadria, simbolizam a Primavera do ano,
correspondente à infância do neófito. Para outros, significavam os dotes da
Sabedoria, Força e Beleza, bem como o emblema das três grandes fases da
Iniciação: nascimento, vida e morte.

A Palavra Sagrada
A Palavra Sagrada do Aprendiz, “B∴”, relaciona-se com a que consta
de uma das colunas de bronze que ladeavam a entrada principal do Templo de
Salomão.
Traduzida do hebraico, a Palavra Sagrada do Aprendiz significa
FORÇA (na Força) e representa a força moral que não mais poderia perecer no
homem. É isso, precisamente, o que se exige do neófito.
A Coluna B∴ é o símbolo da ação do meio ambiente sobre o
interessado. Este, com efeito, ficará reduzido, por um determinado tempo, mais
ao silêncio. Vai mais ouvir, receber, como a criança escuta as palavras de seus
pais e deles recebe o necessário. Somente no fim do primeiro estágio, é que
estará apto a começar a agir de maneira verdadeiramente ativa. Até lá, até sua
admissão ao Grau de Companheiro, a passividade (naturalmente relativa) há
de ser-lhe necessária para progredir, por meio da reflexão e do estudo. É por
isso que o neófito está colocado sob a influência da Coluna B∴.
A disciplina a que o Aprendiz é submetido é uma obrigação que ele
mesmo deverá tornar voluntária. Isto lhe vai permitir maior consciência e, ao
mesmo tempo, mais calma e reflexão, elementos esses necessários para a
criação da Harmonia que deverá reinar em seu interior definitivamente.

Guia de Aplicação – IV O Cálice da Amargura


Trabalho: O que o Aprendiz Espera da Maçonaria
Na Ordem do Dia, há leitura e reflexão sobre o texto. O trabalho que o
Aprendiz deverá apresentar a respeito do que espera da Maçonaria deve
relacionar-se ao texto que trata, especificamente, de um dos momentos
vivenciados na Iniciação.

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Assim, poderá ser analisado cada trabalho apresentado pelo Aprendiz,
o que servirá para que seja efetuada uma melhor medição de seu grau de
assimilação. Mais ainda, saber até que ponto a Iniciação teve importância e
significado em sua vida.

O Cálice da Amargura
“Em seu Quadro da Vida Humana, Cebes, que nasceu em Tebas,
cidade da Beócia, no Século V a. C., descreve-nos um vasto recinto onde
vivem seus habitantes. Uma multidão de candidatos à vida aglomera-se à
porta. Um gênio, representado por um venerável ancião, dirige aos candidatos
atilados conselhos. Infelizmente, suas sábias advertências sobre a conduta que
se deve observar perante a vida, são de pronto esquecidas pelas almas ávidas
de viver. Tão logo entram no fatal recinto, sentem-se obrigadas a desfilar diante
do trono da Impostura, mulher cujo semblante é de uma expressão
convencional e que tem maneiras insinuantes. Ela lhes apresenta um copo.
Não se pode entrar sem beber pouco ou muito. Para viver intensamente,
muitos bebem a grandes sorvos o erro e a ignorância, outros, mais prudentes,
apenas provam a mágica beberagem e, em consequência, esquecem menos
os conselhos recebidos e não sentem tanto apego à vida.
Do mesmo modo, um cálice será apresentado ao neófito, quando
ingressa na nova vida de Iniciado. O aspirante que acaba de sofrer a prova do
fogo refrigera-se com esta água pura e refrescante. Mas, enquanto bebe a
grandes goles, a doce bebida torna-se amarga. Quisera então rechaçar o
cálice, mas se lhe ordena beber até o fel. Obedece dócil e decidido a suportar a
carga de sofrimento que o aguarda. Bebe, mas – Oh! Milagre! – a fatídica
beberagem volta a seu primitivo sabor!
Este rito nos inicia no grande mistério da vida que nos brinda com suas
doçuras, mas quer que saibamos aceitar também seus rigores e crueldades.
Quando aceitamos a vida, nossa tendência é de provar tão-só o agradável e
desejamos a felicidade como se pudéssemos consegui-la gratuitamente sem
havê-la merecido. Isso é desconhecer em absoluto a Lei do Trabalho que vale,
necessariamente, para toda a vida. Viver é, em suma, cumprir uma função e,
portanto, trabalhar. A Vida é a tal ponto inseparável do trabalho e do esforço
que não se a pode conceber na inércia. Nossa existência é ação.

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Descansamos para repor as forças, a fim de poder prosseguir com nossas
atividades. Quem deixa de obrar renuncia a existência: o descanso definitivo
esteriliza e equivale à anulação, à morte!
Para dizer a verdade, é possível – valendo-se de artifícios – fugir de
toda pena e obrar de maneira que só nos proporcione satisfações. Mas essa
tática não produz mais que engano, e a vida sabe vingar-se daqueles que não
querem acatar suas leis. Quando menos, o fastio de viver será sua herança.
Para o Iniciado, impõe-se tanto mais a honra de viver, quanto mais
ambicione possuir os segredos que são, precisamente, os da própria vida. A
Iniciação ensina a viver uma vida superior, ou seja, em perfeita harmonia com a
Grande Vida. Compreender bem a vida – eis aqui o objetivo de todo aspirante à
sabedoria. Que nos importam os segredos da morte? Em seu devido tempo,
nos serão revelados e não há por que se preocupar com eles, em troca,
devemos viver e viver de acordo com as exigências da vida.
Estas exigências da vida poderão parecer tirânicas ao profano que não
tenha compreendido a existência, uma inexorável necessidade condena-o ao
trabalho. Em meio a trabalhos e penas, lamenta-se e revolta-se airoso contra a
dor que lhe foi imposta. Esse suplício dura enquanto não se determina a
encontrar o paraíso, tão pronto saiba renunciar ao mesmo. Sofrer, trabalhar,
significará acaso decadência? E quem pode ser forte e poderoso sem antes
haver sofrido cruelmente? A alma que quer conquistar a nobreza e a soberania
deve buscá-las nas fragas do sofrimento.
Isto não quer dizer, todavia, que seja indispensável buscar o ascetismo
ou tormentos intencionais: a vida saberá nos proporcionar provas salutíferas e
nos brindará o cálice, convidando-nos a esvaziá-lo com firmeza, sem
necessidade, de nossa parte, de acrescentarmos qualquer amargor. O Iniciado
não teme a dor e sofre com coragem, mas não vive obrigado a amar nem a
comprazer se com o sofrimento. Tem fé na vida. Sabe-a misericordiosa, apesar
de suas leis inexoráveis, e saboreia as doçuras que nos reserva como
compensação das penas que nos inflige.
O que devemos buscar é a harmonia, o acordo harmônico com a vida.
Não podemos obtê-lo de golpe é indispensável uma penosa aprendizagem da
Arte de Viver, a Grande Arte por excelência, a Arte que praticam os Iniciados. A

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vida é sua escola, onde não pode ser admitido aquele que não está decidido a
beber do cálice da amargura.
Sem embargo, a vida nos brinda felicidade. Todo ser acredita ter direito
a ela e esta é sua constante aspiração. Vivemos de esperanças, e nos
parecem mais leves as penas de hoje se as ponderarmos com as alegrias de
amanhã. A vida corrente pode trazer para nós certas ilusões e tratar-nos como
adolescentes, mas a vida iniciática nos considera homens já maduros, pouco
dispostos, portanto, a deixar-se levar por ilusões. A felicidade nos é
assegurada, contanto que saibamos buscá-la nós mesmos. De nada somos
credores sem merecimento: se nos dão a vida, é para utilizá-la como é devido,
não para desfrutar dela sem pagar tributo. Saibamos, pois, considerá-la sob
seu verdadeiro aspecto. Entremos a seu serviço dispostos a nos consagrar ao
estrito cumprimento de nossa obra de vida, que deve ser a Magna Obra dos
Alquimistas.
Em todos os tempos, a Iniciação foi privilégio dos valentes, dos heróis
dispostos a sofrer, dos homens com energia que não pouparam seus esforços.
É a glorificação do esforço criador do sábio que chegou à plena compreensão
da vida, a tal ponto que, ao viver para trabalhar, consegue romper as correntes
do presidiário condenado a trabalhar para viver. Diz adágio: Trabalho equivale
a Liberdade, e ainda seria melhor dizer que nos libertamos da escravidão
através de nosso amor ao trabalho. É, portanto, questão de desejar o trabalho,
de buscar o esforço fecundo sem temor ao sofrimento que possa acompanhar
sua realização. Então a vida será para nós amena, confortadora e bela.
Assim fica explicado o simbolismo da poção cuja amargura não deve nos
desanimar. Podemos devolver-lhe o primitivo sabor, aceitando, simplesmente,
a obrigação de beber até o fim o Cálice Sagrado da Vida.” Oswald Wirth.

Guia de Aplicação – V Revisão dos Meios de Reconhecimento


Trabalho: Loja em recreação para leitura dos trabalhos realizados
anteriormente.
A Sessão subsequente é reservada à revisão de conhecimentos
práticos. Os Aprendizes também deverão ler os trabalhos realizados.
Assim, a Direção pode tomar conhecimento do que cada um espera da
Maçonaria, ao mesmo tempo em que a intimidade do grupo é reforçada.

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Guia de Aplicação – VI - Os Cargos e sua Competência
A Ordem do Dia é reservada a uma breve análise dos cargos em Loja e
à competência administrativa de cada um. Recomenda-se a distribuição da
instrução a todos os presentes, cada um lendo a parte que lhe cabe.
• OS CARGOS E SUA COMPETÊNCIA
• VENERÁVEL MESTRE
• 1º VIGILANTE
• 2º VIGILANTE
• ORADOR
• SECRETÁRIO
• TESOUREIRO
• CHANCELER
• HOSPITALEIRO
• 1º DIÁCONO
• 2º DIÁCONO
• MESTRE DE CERIMÔNIAS
• ARQUITETO
• MESTRE DE BANQUETES
• PORTA-ESTANDARTE
• PORTA-ESPADA
• GUARDA DO TEMPLO
• 1º EXPERTO
• 2º EXPERTO
• COBRIDOR
• MESTRE DE HARMONIA

VENERÁVEL MESTRE
O Venerável Mestre é o primeiro Oficial e o Presidente de uma Loja
Simbólica. Para que possa ser eleito a este elevado cargo, o candidato precisa
ter desempenhado os cargos e dignidades inferiores e, necessariamente, ter
exercido o cargo de Vigilante. Estará, desta forma, habilitado a desempenhar
as funções de instrutor da Loja.

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Suas atribuições são definidas pela Legislação da Obediência a que
pertence a Loja e pelo Rito por ela praticado.
O Venerável Mestre tem assento no Oriente e sua cadeira é
geralmente chamada de Trono. Acha-se colocada diante de uma mesa, por
baixo de um dossel. Para se chegar ao denominado Trono da Sabedoria, é
preciso galgar três degraus, cuja denominação é Pureza, Luz e Verdade.
Como chefe tradicional da Loja, o Venerável é eleito pelos Mestres,
seus pares. Sua obrigação é procurar harmonizar as forças e qualidades de
seus Irmãos e, ao mesmo tempo, dar uma orientação aos trabalhos. Deve
sempre permanecer um líder democrático, estreitamente ligado a seus Irmãos.
Sendo o responsável pelo sucesso dos trabalhos de sua Loja, sua
atenção deve estar sempre voltada em motivar as sessões, para que não se
tornem fastidiosas e sem interesse. Procurará, portanto, provocar pesquisas
destinadas a elevar o conhecimento e a espiritualidade dos membros da Loja,
tendo como principal objetivo o aperfeiçoamento iniciático dos Obreiros de
todos os graus. Todo seu cuidado estará voltado para que seja estabelecida a
mais sincera cordialidade entre os Irmãos da Oficina, o que permitirá o início e
a continuidade da fraternidade. Deverá representar, entre os Irmãos da Loja, a
Sabedoria. Seu papel é o de jamais perder de vista a meta traçada e evitar
extravios na procura da realização de seus objetivos. Deve dirigir a Loja
segundo os ditames da sua consciência, procurando atrair os Obreiros aos
trabalhos, para ministrar-lhes os mais amplos conhecimentos e ensinamentos
maçônicos.
Tornou-se costume, nas questões ordinárias, o Venerável não votar,
mas utilizará sua prerrogativa de voto de Minerva sempre que houver empate
na votação. Não poderá fazê-lo, porém, nas votações secretas, para não
quebrar o devido sigilo, ou seja, tem direito de votar secretamente nos
sufrágios que assim o exigirem, somente não operando como desempatador.
A joia do Venerável Mestre é o Esquadro com os ramos desiguais. Traça este
ao V∴M∴ o seu dever: benevolência para com todos e rigorosa
imparcialidade. Recebe, assim, da Geometria, uma lição de escrupulosa
equidade. Sentado no Trono, ao longo do eixo da Loja, é ele neutro, mas não
indiferente.

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OS VIGILANTES
São assim denominados os dois primeiros Oficiais de uma Loja
Maçônica que seguem por ordem hierárquica o Venerável Mestre, e ao qual
sucedem na presidência durante seus impedimentos. Exercem os Vigilantes
em Loja, em escala reduzida, atribuições semelhantes às do Venerável Mestre:
o 1º Vigilante, em todo Ocidente, e o 2º Vigilante, no Sul.
Os Vigilantes acentuam suas intervenções com um golpe de malhete,
seja para chamar a atenção de algum obreiro, seja para pedir a palavra ao
Venerável Mestre. Têm eles o privilégio de fazer uso da palavra permanecendo
sentados, tendo a prioridade da palavra antes de qualquer Irmão, salvo o
Venerável.
Contribuem, ainda, para a instrução dos Aprendizes e dos
Companheiros, orientando para a apresentação de peças de arquitetura ou
para trabalho condizente ao pedido de aumento de salário. De uma maneira
geral, suas atribuições são as seguintes:
1. Exercer, juntamente com o Venerável Mestre e demais cargos
pertinentes, a Administração da Loja.
2. Dirigir suas respectivas Colunas, do Norte e do Sul, sendo os
ministradores das instruções e responsáveis diretos pelo desempenho
dos Aprendizes e Companheiros.
3. Dirigir, na ausência do Venerável Mestre, os trabalhos da Loja e, em
não sendo Mestre Instalado, somente em Sessão “a descoberto”.
4. Responsabilizar-se pela disciplina maçônica nas suas Colunas.
5. Conceder a palavra aos Obreiros de suas respectivas Colunas.
6. Receber os pedidos de aumento de salário de Aprendizes e
Companheiros, opinando a respeito.
7. Integrar a representação da Loja nas reuniões e assembleias da Grande
Loja.
Sempre é importante lembrar que a boa escolha dos Vigilantes ensejará boa
escolha de futuros Veneráveis Mestres, eis que a Vigilância é um estágio
prático e probatório para o Veneralato.

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O 1º VIGILANTE
O 1º Vigilante tem assento no Ocidente, à esquerda da Coluna B∴.
Sua joia é o nível, para significar que a igualdade lhe é sagrada.
Em caso de vaga ou renúncia do Venerável Mestre, a ele cabe a
conclusão do mandato administrativo, depois de devidamente instalado. Cabe-
lhe ministrar instruções aos Aprendizes e solicitar a palavra ao Venerável
Mestre para os Obreiros de sua Coluna. Como ministrante de instruções aos
Aprendizes, cabe-lhe opinar sobre Elevações.
Sua mesa eleva-se sobre dois degraus denominados Justiça e
Fortaleza.

O 2º VIGILANTE
O 2º Vigilante tem assento ao Sul, a meia distância entre a Coluna J∴
e a Grade do Oriente, achando-se sua mesa elevada sobre um degrau que
simboliza a virtude da Prudência. Segundo o ritual, observa o Sol no meridiano
e chama os Obreiros do trabalho à recreação, e da recreação para o trabalho.
Sua joia é o Prumo, para significar que não se deve parar no aspecto exterior
das coisas, mas, sim, penetrar o sentido oculto das alegorias e dos símbolos.
É o terceiro na linha sucessória da Loja, cabendo-lhe concluir o
mandato do Venerável Mestre em caso de vaga ou renúncia deste e mais do 1º
Vigilante.
Dirige a Coluna do Sul, ministrando instruções aos Companheiros e
opinando sobre as Exaltações.
Na ausência do Venerável Mestre e do 1º Vigilante, em Sessão “a
descoberto”, ele dirige a Loja.

O ORADOR
O Orador é o guardião nato da Constituição e dos Regulamentos
Gerais, assim como do Regimento Interno de uma Loja. Daí dizer-se que
representa a consciência da Loja. Deve ter deles o melhor conhecimento, como
também da tradição e do espírito maçônico, para poder interpretá-los com a
maior isenção, requerendo sua observância.

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Auxiliado por um bom Orador, que una à madureza de um juízo reto
uma sólida erudição, será muito difícil um Venerável cair em equívocos ou
exceder-se no exercício de suas funções.
A igualdade, a liberdade, a razão, o direito e a justiça devem encontrar
no Orador a mais sólida garantia.
O Orador deve presenciar o escrutínio das votações e assinar as atas
dos trabalhos de cada sessão. Cabe-lhe apresentar peças de arquitetura nas
festas da Loja e nas cerimônias fúnebres.
O cargo de Orador obriga ao exercício do papel de acusador em
matéria disciplinar, função de Ministério Público, gozando, pois, de plena
independência.
A joia do Orador consiste em um livro aberto.
As suas atribuições dizem respeito ao cumprimento da Legislação
Maçônica, tais como Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja,
Códigos, Leis, Decretos, Regimentos Internos das Lojas e outros atos
administrativos, bem assim dos “Landmarks”, Antigas Leis, Usos e Costumes
maçônicos.
Ao Orador cabe a leitura dos Decretos emitidos pelo Grão-Mestre, que
são lidos com todos os Obreiros de pé e à Ordem. São ainda atribuições
básicas do Orador:
1. Fazer parte da composição da Mesa Eleitoral.
2. Assistir a verificação dos escrutínios secretos e a coleta do Saco
de Propostas e Informações.
3. Assinar com o Venerável Mestre os balaústres das Sessões.
4. Celebrar com peças de arquitetura apropriadas todas as
efemérides especiais da Loja e da Ordem.
5. Saudar, em nome do Venerável Mestre e da Loja, os visitantes e
autoridades maçônicas e profanas.

O SECRETÁRIO
Como o Orador, o Secretário tem assento no Oriente à esquerda do
Trono. Representa a memória da Loja, porque uma razão judiciosa não é a
única a nos esclarecer, eis que nossos atos seriam falhos de coordenação
entre si, não fora a memória.

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O Secretário redige os balaústres. Consigna, por escrito, o que merece
ser conservado. Encarrega-se também da correspondência e do expediente,
lançando nos documentos o destino dado pelo Venerável Mestre.
No decorrer dos trabalhos da Loja, o Secretário traça um esboço do
que se passou, consignando-o a seguir no Livro de Balaústres (Atas). Deve ser
prudente na redação. Sem ser prolixo, nela deve consignar tudo o que se
passou durante a Sessão, evitando, contudo, que sejam consignadas
expressões inadequadas.
Pede diretamente a palavra ao Venerável Mestre.
O cargo de Secretário é um cargo eminentemente administrativo e a
escolha de um Irmão para este cargo deve levar em consideração este
aspecto. Por menor que seja a Loja, a Secretaria é sempre bastante trabalhosa
e do seu desempenho depende em grande parte o relacionamento e a
memória da Loja.
Basicamente, as atribuições do Secretário são as seguintes:
1. Redigir os balaústres das sessões, decifrando-os e gravando-os,
depois de aprovados pela Loja.
2. Receber a correspondência, submetendo-a à apreciação e
triagem do Venerável Mestre.
3. Decifrar a expediente em Loja.
4. Cuidar do arquivo de correspondências da Loja e manter os
fichários e arquivos dos Obreiros rigorosamente em dia.
5. Manter o relacionamento com a Grande Secretaria.
6. Auxiliar o Venerável Mestre nos escrutínios e na verificação do
Saco de Propostas e Informações.
7. Manter em dia todos os registros que impliquem na perpetuação
da memória da Loja.
8. Passar certidões, redigir e fixar editais.
Sua joia são duas penas cruzadas.

O TESOUREIRO
O Tesoureiro tem a seu cargo as operações monetárias da Loja,
funcionando como depositário dos metais.

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A ele compete arrecadar a receita e proceder ao pagamento de todas
as despesas pertinentes e devidamente autorizadas. Cabe-lhe também manter
em dia a contabilidade e apresentar relatórios a respeito da situação financeira
da Loja, bem como a apresentação do respectivo balancete. Tem sob sua
guarda e responsabilidade os livros, valores e demais matérias pertinentes à
Tesouraria.
É um dos Cargos, juntamente com as Luzes e o Orador, objeto de
eleição por seus pares. Sua joia é uma chave.

O CHANCELER
O Chanceler é o Oficial encarregado da Tábua da Loja, ou seja, do livro
de frequência dos Obreiros. Sua mesa encontra-se do lado de fora da grade do
Oriente, ao Sul, e por detrás da do Hospitaleiro. É também chamado o Guarda
dos Selos, por ser o depositário dos mesmos, assim como dos sinetes e timbre
da Loja.
Ficam a seu cargo o Livro de Presenças, o Livro Negro e outros
conforme determinação legal ou da própria Oficina.
É o Oficial encarregado de informar sobre a assiduidade dos Irmãos,
especialmente quando das eleições, para a verificação da habilitação eleitoral
dos votantes. Sua joia é um timbre.

O HOSPITALEIRO
Desde tempos imemoriais, estabeleceu-se o costume de as Lojas
manterem uma caixa de socorro. Este legado da maçonaria operativa passou
para a maçonaria especulativa e os maçons, ao final de suas reuniões, não se
separam sem ter depositado um óbolo no Tronco de Solidariedade, o qual
circula, obrigatoriamente, antes do encerramento dos trabalhos.
O Hospitaleiro, além de ser o encarregado pelo recolhimento do Tronco
de Solidariedade, tem também o encargo da visitação dos Irmãos enfermos, ou
mesmo, em caso de ausência prolongada, de ir em busca de notícias dos
mesmos.
O Tronco de Solidariedade ou Fundo de Benemerência, com objetivo
próprio, deve ser registrado em separado de todas as outras receitas e
despesas. A joia do Hospitaleiro é um saco ou bolsa.

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OS DIÁCONOS
Sua função é transmitir as ordens das Luzes aos Irmãos e cumprir
determinadas cerimônias ritualísticas, sendo, em caso de ausência, os
substitutos dos Vigilantes em sessão maçônica.
O lugar do 1º Diácono é próximo e à direita do Venerável Mestre e sua
função, além da ritualística, é a comunicação com a 1ª Vigilância e demais
Irmãos do Oriente. Por sua vez o 2º Diácono coloca-se ao lado e à direita do 1º
Vigilante, para transmitir suas ordens ao 2º Vigilante e aos demais Irmãos.
Ambos exercem atividade ritualística por ocasião da abertura e do
encerramento dos trabalhos litúrgico ritualísticos da Sessão, recebendo a
Palavra Sagrada e a transmitindo aos respectivos Vigilantes. O 1º Diácono
recebe-a do Venerável Mestre e transmite ao 1º Vigilante, e o 2º Diácono
recebe-a do 1º Vigilante levando-a ao 2º Vigilante. Quando da abertura e do
fechamento do Livro da Lei, ambos cruzam seus bastões por sobre o mesmo.
Suas joias são um malho, para o 1º Diácono e uma trolha, para o 2º Diácono.

O MESTRE DE CERIMÔNIAS
Além dos cargos principais para que uma Loja se torne justa e perfeita,
outros existem que se tornam essenciais para o funcionamento de uma Oficina.
Um deles é o de Mestre de Cerimônias, oficial encarregado pelo cerimonial da
Sessão Maçônica, cabendo a ele, entre outros procedimentos, encabeçar os
cortejos e proceder a introdução dos Irmãos visitantes em Templo.
O Mestre de Cerimônias é corresponsável pelo bom andamento dos
trabalhos ritualísticos e pela ordem material da Loja. Antes da abertura dos
trabalhos deve fiscalizar para que todo o material esteja no seu devido lugar e
o Templo devidamente organizado. Suas atribuições estão devidamente
especificadas nos Regulamentos e Rituais.
É uma das tarefas mais importantes, requerendo desenvoltura na
chefia do cerimonial. O Mestre designado para esta função deve conhecer
perfeitamente as normas de liturgia e ritualística de sua Obediência Maçônica e
do Rito em que sua Loja trabalha.
Além dessas obrigações, são basicamente suas funções fixas:
1. Organizar o cortejo de entrada, acompanhando o Venerável
Mestre ao Altar

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2. Organizar as comissões para introdução de Maçons visitantes ao
Templo.
3. Circular com o Saco de Propostas e Informações.
4. Compor, por delegação do Venerável Mestre, a Loja, verificando
se a mesma está composta,
5. Incensar os recipiendários nas Sessões Iniciáticas.
6. Verificar a contagem dos votos nas votações simbólicas. Sua joia
é uma régua.

ARQUITETO
O Arquiteto é o responsável pelo patrimônio da Loja. Cabe-lhe, antes
do início de cada Sessão, decorar e ornamentar o Templo, recolhendo os
utensílios após o encerramento. Tem ainda a faculdade de requisitar quaisquer
objetos necessários ao preparo da Loja.
É o responsável pelo tombamento dos bens patrimoniais e demais
pertences da Loja, devendo fazer a devida escrituração dos mesmos em livro
próprio, o qual é de sua responsabilidade. Sua joia é um maço e cinzel
cruzados.

MESTRE DE BANQUETES
Cabe-lhe organizar e preparar os banquetes e ágapes realizados pela
Loja, inclusive com solicitação ao Tesoureiro dos metais necessários para
tanto, com a devida autorização do Venerável Mestre, e posterior prestação de
contas. Sua joia é constituída de dois bastões cruzados.

PORTA ESTANDARTE E PORTA ESPADA


Compete-lhes acompanhar o Venerável Mestre em Sessões Especiais,
como as de Sagração de Grau, portando o Estandarte e a Espada Flamígera,
respectivamente. Suas joias são: um estandarte, para o Porta Estandarte, uma
espada, para o Porta Espada.

GUARDA DO TEMPLO
Além das disposições constantes do Ritual, compete ao Guarda do
Templo zelar assiduamente pela segurança durante as Sessões, e ainda:

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1. Proceder à verificação dos Irmãos quando de sua entrada no
Templo, só permitindo o ingresso daqueles que estiverem devidamente
trajados e revestidos das respectivas insígnias.
2. Anunciar sempre e regularmente a presença de alguém que bata
à porta do Templo.
3. Impedir a entrada ou saída de quem quer que seja sem a prévia
autorização do Venerável Mestre. Sua joia constitui-se de duas espadas
cruzadas.

OS EXPERTOS
Além das disposições ritualísticas, compete-lhes proceder a coleta dos
votos nos escrutínios secretos. Compete-lhes, ainda, substituir os Diáconos
nas faltas ou impedimentos destes. Sua joia é um punhal.

O COBRIDOR
Compete-lhe:
1. Fazer a abertura da porta do Templo quando do início do cortejo
para a entrada inicial no mesmo.
2. Participar do procedimento ritualístico quando da certificação, no
início da abertura dos trabalhos, da cobertura do Templo.
3. Permanecer até o momento permitido à sua entrada em Templo
no átrio, pronto a atender qualquer chamado vindo do interior do Templo.
4. Zelar pela manutenção do silêncio externo enquanto a Loja
estiver funcionando, relatando sobre qualquer procedimento indevido.
5. Proceder na inspeção inicial da documentação apresentada por
qualquer Obreiro que deseje participar dos trabalhos, efetuando o devido
Telhamento.
Trata-se de cargo exigente de experiência, razão por que, via de regra,
é confiado a um Irmão mais antigo, preferencialmente Mestre Instalado, para
que possa proceder adequadamente o telhamento dos visitantes em todos os
graus. Sua joia é um alfange.

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MESTRE DE HARMONIA
Ao Diretor de Harmonia, ou Mestre de Harmonia compete instruir-se
devidamente dos Rituais, preparando músicas apropriadas às Sessões,
especialmente quando se tratar de Magnas. Sua joia é uma lira.

Guia de Aplicação – VII - Legislação e Ritualística

Este módulo deve ser desdobrado em mais de uma Sessão, em


demonstração prática com Loja em Recreação
Trata-se de um módulo um pouco complexo que aborda todo o
desenvolvimento ritualístico dentro de uma Loja. Deve ser desdobrado em mais
de uma sessão. Tem caráter eminentemente prático e visa a familiarizar os
Aprendizes com a Loja aberta. Tudo é abordado, desde o traje maçônico até a
cadeia de união. Cada item deve ser abordado minuciosamente.

LEGISLAÇÃO E RITUALÍSTICA
Normas e Procedimentos para o Rito Escocês Antigo e Aceito
Introdução
Nossas sessões ritualísticas se realizam de acordo com o Ritual e o
Manual de Normas e Procedimentos para o R∴E∴A∴A∴. Na medida em que,
desde 2007/2008 houve a devida homologação do Ritual de Aprendiz do
R∴E∴A∴A∴ (Decreto N° 059-2006/2009,de 15/6/2007), bem como do Manual
de Normas e Procedimentos para o REAA (Decreto N° 094-2006/2009, de
19/3/2008), julga-se importante que os A∴ M∴ disponham desse material, cujo
encargo está sob responsabilidade da administração da Loja. Com certeza, o
presente tópico “Legislação e Ritualística" será de grande utilidade na
elucidação de dúvidas que sempre restarão com relação à parte prática.
Guarde-o bem. Estude-o. Compare-o. Finalmente, analise os trabalhos e não
hesite em opinar, caso julgue que, a qualquer momento, ocorra alguma
inobservância.
A maior esperança de um futuro promissor para as Oficinas está em
nossos Aprendizes. Impende, então, que desde já tomem contato não somente

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com a parte administrativa, mas principalmente com a litúrgico ritualística de
nossa Instituição, pois só assim poderão se sentir seguros em sua jornada.
Sumário
Sinal de Ordem
Sinal de Saudação
Da Movimentação
Dos Malhetes
Indumentária
Transmissão da Palavra Sagrada
Abertura do Livro da Lei
Circulação do S∴ de P∴ e I∴ e do T∴ de S∴
Entrada Ritualística em Loja Aberta
Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular
Cadeia de União
Decifração do Balaústre
Saco de Propostas e Informações
Bateria na Porta Interna do Templo
Anúncio do Tronco de Solidariedade
Anúncio da Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro
Anúncio do Encerramento dos Trabalhos

Sinal de Ordem
O Sinal de Ordem é obrigatório em L∴ aberta, até o momento do
encerramento dos trabalhos, sendo que após a chamada “pela Aclamação”
será desfeito e a partir de então não mais será feito. É executado quando se
estiver em pé e parado, pois não se caminha com o Sinal de Ordem, salvo em
ocasião em que, especificamente, a ritualística determinar. Não é executado
quando se estiver sentado.
Quando em processo de votação ou aprovação de balaústre, ou em
outras ocasiões específicas, quando quiser manifestar abstenção, também se
colocará de pé e à Ordem.
O sinal de ordem não pode ser desfeito sem a permissão do Venerável
Mestre. Regra geral, todos falarão em pé e à ordem, exceto as Luzes.

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Os Irmãos que portarem instrumentos ou objeto de trabalho – sejam
ferramentas, seja o Ritual, etc. – não farão o sinal de ordem. De igual sorte,
não é feito Sinal com o Malhete, pelo Ven∴ Mest∴ e VVig∴, devendo , quando
à Ordem, o malhete permanecer sobre as mesas.
Quando do Encerramento dos Trabalhos, após a chamada pela
Aclamação, é desfeito o Sinal, o qual daí em diante, não mais será feito.

Sinal de Saudação
Na entrada ao Templo, após o início dos trabalhos e na saída definitiva
antes do encerramento, o Sinal de Saudação é feito, entre Colunas, às Luzes,
sem nomeá-las.
É feito igualmente quando da aproximação a um Irmão, que será por
ele correspondido. Será feito também sempre que passar o eixo do Templo,
tanto no Oriente como no Ocidente, bem como sempre que entrar ou sair do
Oriente.
Não se fará o sinal de saudação quando sentado. Também os Irmãos
que portarem instrumento ou objeto não o realizarão.

Da Movimentação
Em movimentação, nenhum Irmão faz sinal de ordem. O Mestre de
Cerimônias e/ou os Diáconos, quando no desempenho ritualístico de seus
cargos, portam os bastões na mão direita e não os descansam no piso. O
Mestre de Cerimônias somente porta o bastão em ato ritualístico ou quando em
representação do Venerável Mestre, isto é, sempre que em cumprimento a
uma ordem deste, por exemplo, para conduzir um visitante ao Oriente, para
conduzir Irmãos que devam ter o Templo coberto, etc.
Os Irmãos dispensados do sinal de ordem e de saudação ao entrar no
Oriente pelo eixo do Templo e, ainda, ao transpor o citado eixo, farão uma
pequena parada, ficando eretos e com os pés em esquadria, sem qualquer
reverência.
Após a transmissão da Palavra Sagrada, os Diáconos colocam-se nos
vértices Norte e Sul do Altar dos Juramentos, voltados para o Oriente,
aguardando a chegada do oficiante, para o cruzamento dos bastões,
segurando-os com ambas as mãos.

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A circulação em Loja aberta se fará sempre no sentido horário, sem o
Sinal de Ordem, da esquerda para a direita, somente no Ocidente, entre as
Colunas do Norte e do Sul, ao redor do Painel da Loja e do Altar dos
Juramentos.

Dos Malhetes
Os malhetes serão conduzidos pelas Luzes ao entrarem ou saírem do
Templo. Se o Venerável Mestre se afastar do Trono, depois de abertos os
trabalhos, conduzirá o malhete consigo. Os Vigilantes procederão da mesma
forma.
Não se faz sinal com o malhete. Executa-se com ele, entretanto, a
bateria dos graus, ou a bateria de atenção, diretamente no altar.
Os tímpanos somente podem ser usados nas sessões brancas
festivas.

Indumentária
O traje maçônico, para as sessões magnas, é o terno de cor preta, com
luvas brancas, camisa branca, gravata preta, sapatos de cor preta. É permitido,
ainda nessas Sessões, o traje a rigor, também na cor preta. Para as sessões
econômicas, é recomendado o traje escuro, preferivelmente, de cor preta,
nestas sessões, admite-se ainda o balandrau talar, com calça e meias escuras
e sapatos de cor preta. Em Loja de Aprendizes, somente o Venerável Mestre
usará chapéu de cor preta.

Transmissão da Palavra Sagrada


A Palavra Sagrada será transmitida oralmente, do forma sussurrada,
boca a ouvido, em cada sessão ritualística, uma vez na abertura e outra no
encerramento dos trabalhos. No momento adequado, o 1º Diácono, que se
encontra de pé e à ordem, desfazendo o sinal, apanhará o bastão com mão
direita e iniciará a caminhada, fazendo pequena parada, ereto, no eixo da Loja.
Em seguida, irá em direção ao Trono pelo lado esquerdo do Venerável Mestre,
subirá os degraus e colocar-se-á ereto à sua frente, sem soltar o bastão. Após
a Saudação pelo V∴M∴, a Pal∴ Sagr∴ é transmitida por ele de forma integral
e contínua, portanto sem soletrar ou silabar, no ouvido esquerdo.

31
Recebida a P∴ S∴, o 1º Diácono dirige-se ao 1º Vigilante,
aproximando-se pela sua frente e pelo lado esquerdo, e lhe transmite a Pal∴
Sagr∴ do mesmo modo que a recebeu, dirigindo-se, após, ao vértice Norte do
A∴ dos Jur∴.
Imediatamente, o 2º Diácono, que está de pé e à ordem, desfazendo o
sinal, apanhará o bastão com a mão direita e irá ao Altar do 1º Vigilante pela
sua frente e pelo lado esquerdo, sendo que, com a mesma formalidade, lhe é
transmitida a Pal∴ Sagr∴. Na sequência, obedecendo ao giro ritualístico e da
mesma forma, leva-a ao 2º Vigilante. Após, se dirige diretamente ao vértice Sul
do A∴ dos Jur∴.

Abertura do Livro da Lei


Será oficiante o ex-Venerável Mestre presente, dando-se preferência
ao mais moderno. Na falta de um destes, será o 1º Experto, e, em ausência
deste, o Orador. O Mestre de Cerimônias toma seu bastão com a mão direita e
se dirige ao oficiante e o acompanha até o A∴ dos Jur∴. Na face ocidental do
Altar dos Juramentos, o Oficiante ficará entre os Diáconos e fará a saudação.
O Mestre de Cerimônias se coloca atrás do Oficiante, segurando o bastão na
posição vertical. Os Diáconos cruzam os bastões. O L∴ da L∴ será aberto no
texto apropriado, Salmo 133 (1,2,3), sendo segurado com ambas as mãos e
procedida sua leitura. A seguir, recoloca o L∴ da L∴, aberto, no A∴ dos Jur∴,
sobrepondo o Esq∴ e o Comp∴ na posição do grau. Faz o Sinal de Saudação
e coloca-se à ordem. Logo após a proclamação da abertura, os Diáconos
descruzarão os bastões. Após a saudação pelo S∴, pela B∴ e pela A∴, o
Oficiante desfaz o S∴ e retorna ao seu lugar, seguido pelo Mestre de
Cerimônias. Os Diáconos também voltam a seus lugares e, de passagem, o 1º
Diácono abre o Painel da Loja.

Circulação do Saco de Propostas e Informações e


do Tronco de Solidariedade
Após o anúncio, o Venerável Mestre determina que o Mestre de
Cerimônias ou o Hospitaleiro cumpra com seu dever. Assim, o Irmão se põe à
Ordem, desfaz o S∴, apanha o S∴ P∴ I∴ ou o T∴ S∴, com a mão direita, e

32
posta entre Colunas. Com o corpo ereto, pés em esquadria, segura o saco
coletor com ambas as mãos sobre o quadril esquerdo e inicia sua marcha.
Sobe ao Oriente pelo eixo do Templo e aproxima-se do Trono pelo lado
esquerdo do Venerável Mestre.
Inicialmente, apresenta às Luzes: Venerável e Vigilantes.
Depois, a todos no lado esquerdo do Oriente e após no lado direito.
No Ocidente, primeiramente na Coluna do Sul, todos os Mestres
Maçons, incluindo-se o Guarda do Templo, na Coluna do Norte, todos os
Mestres Maçons, inclusive o Cobridor.
Posteriormente os Companheiros e os Aprendizes, e por fim ele
próprio.
Feita a coleta, se posta entre Colunas, fecha o saco coletor,
segurando-o com a mão direita, braço em esquadria, junto ao quadril,
aguardando ordens.
Após o anúncio de praxe, no caso do S∴ P∴ I∴, o mesmo é entregue
ao Venerável Mestre que convida os Irmãos Orador e Secretário para
assistirem a conferência. Ambos saem dos seus lugares, aproximam-se do
Trono do Venerável Mestre, pondo-se à ordem. Feita a verificação, o Venerável
Mestre anunciará o número de Colunas Gravadas recebidas, as quais serão
decifradas na Ordem do Dia. Em seguida os Irmãos retornam aos seus lugares.
No caso do Tronco de Solidariedade, o procedimento do Irmão
Hospitaleiro é semelhante, observando, porém, que, após receber as ordens,
leva o tronco ao Irmão Tesoureiro. Este, após a conferência, comunica ao
Venerável Mestre que "foi arrecadada a medalha cunhada de X reais, e este
anuncia à Loja o resultado.

Entrada Ritualística em Loja Aberta


Após as formalidades de reconhecimento, o Cobridor permite a bateria
pelo visitante, na forma regulamentar, na porta do Templo. O Guarda do
Templo responde, dando uma pancada com o punho da espada, para que
aguarde, e faz a comunicação ao 1º Vigilante, no momento adequado: "Irmão
1º Vigilante, batem regularmente à porta do Templo."
Concluídas as formalidades, e permitido o ingresso, o Irmão entra com
o pé esquerdo, sem o sinal e espera junto à porta o seu fechamento.

33
Simultaneamente, o Mestre de Cerimônias dirige-se, com o bastão, para
recebê-lo. O recém chegado se põe à Ordem sobre o eixo da Loja e efetua a
marcha do A∴ M∴. Saúda o Venerável Mestre pelo Sinal de Saudação,
repetindo-o para o 1º Vigilante e ao 2º Vigilante. Permanece à Ordem, devendo
ser telhado se as circunstâncias assim o exigirem. Ultrapassada esta etapa,
solicita um lugar em Loja, aguardando as determinações do Venerável Mestre,
o qual, após lhe dar as boas-vindas, determina que este grave seu "ne varietur"
na T∴ da L∴ e que ocupe o lugar que o Mestre de Cerimônias lhe indicar.
Se o visitante for Aprendiz ou Companheiro, o Mestre de Cerimônias, o
convida para acompanhá-lo, dirigindo-se até a mesa do Chanceler, para
gravação do "ne varietur" na T∴ da L∴ , conduzindo-o, a seguir, ao lugar
estabelecido. Tratando-se de Mestre Maçom, o procedimento é o mesmo,
porém, neste caso, fará o acompanhamento postando-se o M∴ de CCer∴
atrás do visitante. Tratando-se de Mestre Instalado, após as formalidades, será
acompanhado, pelo Mestre de Cerimônias, direto ao Oriente, gravando depois
seu "ne varietur".

Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular


Nesta fase do Ritual, franqueia-se a palavra a todos os Obreiros, para
usarem-na livremente e sem apartes. Qualquer Irmão dela pode fazer uso e
pronunciar-se sobre o assunto que lhe aprouver. Há, todavia, limites, quais
sejam os impostos pela ética e pela retórica maçônica.
Nenhum Irmão falará por seu cargo, mas por si próprio. Não cabe,
pois, a palavra de ofício, mas de ordinário, uma vez que os assuntos
administrativos foram dados por esgotados na Ordem do Dia.
O Venerável Mestre anunciará que a palavra será concedida a bem da
Ordem em Geral e do Quadro em particular a quem dela queira fazer uso,
iniciando-se pala Coluna do Sul. Os Irmãos Vigilantes não repetirão o anúncio.
Ordenadamente, a palavra é distribuída por toda a Loja. O Obreiros
pedem a palavra dirigindo-se ao Vigilante de sua Coluna, que possui a
competência de distribuí-la, dispensada a autorização do Venerável Mestre. O
último a falar na Coluna é o Vigilante, mesmo que seja tão somente para
anunciar que reina o silêncio.

34
Após o pronunciamento do 2º Vigilante, a palavra sai da Coluna do Sul
e vai para o 1º Vigilante. Na Coluna do Norte são observadas as mesmas
praxes. Uma vez anunciado que reina o silêncio em ambas as Colunas, a
palavra só poderá retornar a elas por graça do Venerável Mestre e sempre
através dos Vigilantes. No Or∴, a palavra está sob o controle do Venerável
Mestre. O último a usar a palavra é o Venerável Mestre, de per si e em
resposta a todos os pronunciamentos até então proferidos. Sua palavra é,
invariavelmente, curta e objetiva, embora considerando todas as que lhe
precederam, e é dirigida à Oficina em Geral.
Os procedimentos técnicos formais são os seguintes: o Obreiro solicita
a palavra pelo sinal do costume, batendo com a palma da mão d∴ sobre o
dorso da mão e∴, erguendo, em seguida, a mão d∴. O Vigilante autoriza o
uso. Autorizado, o Irmão se põe à ordem, dirige-se ao Venerável Mestre, aos
Vigilantes, às autoridades e aos demais Irmãos, para, só então, dizer sua
mensagem. Se presente o Grão-Mestre, este será sempre saudado em
primeiro lugar.

Conclusões do Orador
A palavra do Orador, nesta fase, não é livre, fazendo seu
pronunciamento por força do cargo. Compete-lhe, então, somente fazer as
saudações e proferir suas conclusões sobre o andamento da sessão à luz das
Leis, Regulamentos, Usos e Costumes Maçônicos. Em caso de presença de
visitantes ou de fato digno de encômios, cabe ao Orador fazer as saudações de
praxe.
Lembra-se que, como o Orador fala por toda a Loja, os demais Irmãos
devem se abster de tais pronunciamentos, para evitar a retórica redundante. As
conclusões do Orador são emitidas como uma análise minuciosa sobre o curso
dos trabalhos, atendo-se aos aspectos litúrgicos e legais, sem colocação de
opinião pessoal.

Cadeia de União
A Cadeia de União deve ser formada após o encerramento dos
trabalhos, por convocação do Venerável Mestre. Todos se reunirão no

35
Ocidente, sendo que o Venerável Mestre coloca-se na parte oriental, próximo
ao A∴ dos JJur∴. O Secretário se posta à sua esquerda e o Orador à sua
direita. O M∴ de CCer∴ à frente do Venerável Mestre, tendo ao lado esquerdo
o 1º Vigilante e ao direito o 2º Vigilante. Os demais Irmãos dispostos lado a
lado em círculo, unindo-se sem distribuição específica. Os Aprendizes ficam ao
norte intercalados entre os Mestres e os Companheiros ao Sul. Pés em
esquadria, de maneira que suas pontas toquem às dos Irmãos que estiverem a
seu lado, até formarem um círculo. Braços cruzados, o d∴ sobre o e∴, mãos
unidas às dos Irmãos pelas pontas. No caso de transmissão da Palavra
Semestral, o Venerável Mestre, verificado se todos os elos da Cadeia de União
estão ligados, inicia a transmissão da mesma, sussurrando-a por inteiro ao
ouvido do Sec∴, este repete ao ouvido do Irmão que lhe estiver ao lado,
devendo chegar até ao Orador, que a transmite ao Venerável Mestre. Se a
palavra semestral foi corretamente transmitida, o Venerável Mestre diz: "A
palavra chegou certa." E todos os Irmãos levantam e abaixam os braços e as
mãos, unidos, por três vezes, dizendo em coro, a cada movimento: S∴ F∴
U∴. Em seguida, os Irmãos soltam as mãos, estendem o braço d∴ com a mão
espalmada para baixo e dizem: “Segredo”.

Decifração do Balaústre
Feita a decifração do balaústre pelo Irmão Secretário, o Venerável
Mestre dirá: "Meus Irmãos, se tendes alguma observação a fazer a respeito do
balaústre que acaba de ser decifrado, a palavra vos será concedida, a partir da
Col∴ do S∴, (dispensada a repetição pelos Irmãos Vigilantes).
Irmão 2º Vigilante: "Podeis usar da palavra, Ir∴ Fulano de Tal." (Se
tiver cargo ou estiver ocupando cargo, enunciá-lo).
Irmão 2º Vigilante: "Reina silêncio na Col∴ do S∴, Ir∴ 1º Vig∴".
Ir∴ 1º Vig∴, em alguém solicitando a palavra: "Podeis usar da palavra,
Ir∴ Fulano de Tal." (Se tiver cargo ou estiver ocupando um cargo, enunciá-lo.)
Depois: "Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as Colunas."
O Venerável Mestre, sem qualquer anúncio, verifica se algum Irmão
pretende falar e lhe permite a palavra. Depois do uso da palavra o Venerável
Mestre anunciará: "Os Irmãos que aprovam o balaústre que acaba de ser

36
decifrado (caso tenham havido observações, acrescentará: com as
observações do(s) Irmão(s) fulano de tal) queiram fazer o sinal."
Mestre de Cerimônias: "Aprovado por unanimidade (ou por maioria).

Saco de Propostas e Informações


Será conduzido pelo Mestre de Cerimônias sem observância de sinal.
O Venerável Mestre anunciará diretamente que o S P I circulará,
dispensada a repetição do anúncio pelos Vigilantes.
Venerável Mestre: "Ir M de CCer , cumpri vosso dever." - Ver
"giro do Saco de Propostas e Informações".
Ir∴ 2º Vig∴: "Ir 1º∴ Vig∴, o Ir∴ M∴ de CCer∴, após o giro ritualístico
com o P∴ I∴ , encontra-se entre CCol∴ e aguarda ordens.
"Ir∴ 1º Vig∴: "Venerável Mestre, o Ir∴ M∴ de CCer∴, após o giro
ritualístico com o S∴ P∴ I∴ , encontra-se entre CCol∴ e aguarda ordens."
Venerável Mestre: "Ir∴ M∴ de CCer∴, aproximai-vos do Trono.
Convido os Irmãos G∴ da L∴ e Secr∴ para assistirem a conferência.
Bateria na Porta Interna do Templo
Guarda do Templo: "Ir∴ 1º Vig∴, batem regularmente à porta do
Templo."
Ir∴ 1º Vig∴: "Venerável Mestre, como A∴ M∴ batem à porta do
Templo."
Venerável Mestre: "Ir∴ 1º Vig∴, mandai verificar quem assim bate."
Ir∴ 1º Vig∴: "Ir∴ G∴ do T∴, verificai quem assim bate."
O Guarda do Templo entreabre a porta, o suficiente para verificar quem
seja, e anuncia de quem se trata.
Ir∴ 1º Vig∴ repassa a informação ao Venerável Mestre.
O Venerável Mestre autoriza ou não a entrada. Se autorizada, a
entrada deve ser sempre com formalidades, exceto em situações especiais.
Anúncio do Tronco de Solidariedade
O Tronco de Solidariedade deve ser conduzido pelo Irmão Hospitaleiro,
sem observância de sinal.
Venerável Mestre, como no S∴ P∴ I∴, diz: "Ir∴ Hospitaleiro, cumpri
vosso dever. (Ver giro do T∴ S∴)

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Ir∴ 2º Vig∴: "Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ Hospitaleiro, após o giro ritualístico
com o T∴ S∴, encontra-se entre CCol∴ e aguarda ordens."
Ir∴ 1º Vig∴: "Venerável Mestre, o Ir∴ Hospitaleiro encontra-se entre
CCol∴ e aguarda ordens."
Venerável Mestre: "Ir∴ Hospitaleiro, conduzi o T∴ S∴ ao Ir∴ Tes∴ e
auxiliai-o na conferência."

Anúncio da Palavra a Bem da Ordem em Geral


e do Quadro em Particular
O Venerável Mestre anunciará diretamente.
Ir∴ 2º Vig∴: Podeis usar da palavra Ir∴ F .........
Depois: Ir∴ 1º Vig∴ , reina silêncio na Col∴ do S∴.
Ir∴ 1º Vig∴: "Podeis usar da palavra Ir∴ F .........
Depois: "Venerável Mestre, reina silêncio em ambas as CCol∴.”
Venerável Mestre: Verifica e se algum Irmão pretender falar: “Podeis
usar a palavra Ir∴ F .........
O Venerável Mestre será sempre o último a falar na Palavra a Bem da
Ordem em Geral e do Quadro em Particular.

Anúncio do Encerramento dos Trabalhos

Guia de Aplicação – VIII

Teste seus Conhecimentos


1. ( ) Que nome se dá, em Maçonaria, às atas onde são consignados os
acontecimentos ocorridos numa sessão?
2. ( ) Você sabe que uma Loja Maçônica tem de próprio, valores, dinheiro.
De que modo nos referimos a esses valores, fazendo uso de uma
expressão tipicamente maçônica?
3. ( ) Qual o nome que se dá ao Saco onde se recolhem os metais?
4. ( ) Qual a expressão maçônica que designa o cargo do obreiro que faz
circular o Tronco de Solidariedade?

38
5. ( ) E no caso do Saco de Propostas e Informações, quem o faz circular
em Loja?
6. ( ) Você já sabe que os metais são colocados no Tronco de
Solidariedade, agora responda que nome se dá àquilo que é colhido
pelo Saco de Propostas e Informações?
7. ( ) As Lojas Maçônicas entre si, bem como as Potências Maçônicas
reciprocamente entre elas e as jurisdicionadas, mantém comunicação
escrita. Em Maçonaria, como se chamam esses ofícios ou essas
correspondências?
8. ( ) Que nome se dá à veste talar preta usada exclusivamente em Loja?
9. ( ) Você já sabe o que significam as letras J∴ e B∴ que aparecem nas
colunas da entrada do Templo?
10. ( ) Na capa de seu Ritual dentro do dístico, aparece a expressão: MM∴
AA∴ LL∴ & AA∴. Você sabe quem o que representa?
11. ( ) O que se transmite na Cadeia de União?
12. ( ) Se você olhar para o alto de um Templo Maçônico, o que verá?
13. ( ) E olhando para baixo?
14. ( ) Que vindes fazer aqui?
15. ( ) Você já sabe a sua idade?
16. ( ) Você sabe onde fica, num Templo Maçônico, a Pedra Bruta?
17. ( ) Em que Salmo é aberto o Livro da Lei numa Loja de A∴ M∴?
18. ( ) Sois Maçom?
19. ( ) Durante a sessão o Livro da Lei permanece aberto, tendo sobre ele
dois instrumentos. Quais são?
20. ( ) Na pergunta anterior você demonstrou saber quais são os
instrumentos sobre o Livro da Lei. Ambos têm uma forma correta de
colocação. Você sabe em quantos graus deve estar aberto o compasso?
21. ( ) Que trazeis?
22. ( ) O que os Diáconos pedem e transmitem?
23. ( ) Os maçons se reconhecem através de S∴ T∴ P∴. O que é isto?
24. ( ) Quando alguém quebra um juramento, diz-se que ele é um ..........
25. ( ) Você já sabe onde está a Orla Dentada?
26. ( ) Que se faz em vossa Loja?

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27. ( ) Você encontrará, em correspondências maçônicas, as abreviaturas
S∴ F∴ U∴. Você já sabe o que elas significam?
28. ( ) Uma Loja Maçônica apoia-se sobre três pilares. Eles são a
Sabedoria, a Força e a ..........
29. ( ) O Venerável Mestre representa a .............
30. ( ) O 1º Vigilante representa a ..............
31. ( ) A Beleza é representada pelo ...............
32. ( ) Nada mais trazeis?
33. ( ) No átrio, quando nos preparamos para adentrar ao Templo antes de
uma sessão, formamos uma fila. Em Maçonaria que nome se dá a esta
fila?
34. ( ) Qual o Irmão que faz as Conclusões Finais antes do encerramento
dos trabalhos?
35. ( ) Que nome se dá ao cargo do Irmão que decifra os Balaústres?
36. ( ) Você está seguro de que sabe entrar ritualisticamente em Loja? De
que forma se faz a entrada?
37. ( ) Você sabe pedir a palavra em Loja?
38. ( ) Você está em condições de se submeter a um telhamento?
39. ( ) Quais são os instrumentos do Aprendiz?
40. ( ) Em Maçonaria, que nome têm as pessoas não iniciadas?
41. ( ) Quem comanda a Coluna do Sul?
42. ( ) Quem comanda a Coluna da Força?
43. ( ) Você já observou qual a jóia do Venerável Mestre? Qual é ela?
44. ( ) Em Maçonaria, não fazemos proselitismo de nenhuma religião e é
por isso que nos referimos a Deus, Ser Supremo, como o ................
45. ( ) Quando, numa Coluna, ninguém se manifesta para fazer uso da
palavra, dizemos que ...........
46. ( ) Você já sabe onde fica a Sala dos Passos Perdidos?
47. ( ) “Ne-Varietur” é uma expressão latina que significa .............
48. ( ) Quando você comparece às sessões, onde grava o seu Ne-Varietur?
49. ( ) Qual é o Rito desta Loja?
50. ( ) Você conhece outros Ritos Regulares que podem ser adotados por
Lojas jurisdicionadas à Muito Respeitável Loja Maçônica do Estado do
Rio Grande do Sul?

40
51. ( ) Qual a jóia do 1º Vigilante?
52. ( ) Qual a jóia do responsável pela Coluna da Beleza?
53. ( ) O que se torna preciso para a abertura dos trabalhos?
54. ( ) Durante que tempo devemos trabalhar como Aprendizes Maçons?
55. ( ) Quando o Venerável Mestre declara aberta a Loja de Aprendizes
Maçons, declara também que os trabalhos estão em plena ............
e ................

Guia de Aplicação – IX
• 1ª Instrução do Grau de A∴ M∴
• Trabalho: Entrega dos módulos devidamente preenchidos pelos
Aprendizes.

A primeira Instrução é dada e cada um dos Aprendizes recebe um


módulo que vai preencher e devolver ao Irmão 1° Vigilante. O objetivo é forçar
a leitura do Ritual e familiarizá-lo com o vocabulário maçônico.

Primeira Instrução do Grau de Aprendiz Maçom


O trabalho do A∴ M consiste em desbastar a _____________________
_________________, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões e poder
concorrer para com a construção moral da humanidade. Pela fé e pelo esforço
transforma a __________ ______________ em _____________
______________, apta à construção do edifício, quando poderá descansar o
maço e o cinzel para empunhar outros utensílios, subindo a escada da
hierarquia maçônica.
A Forma da Loja é de um _______________________, seu comprimento é do
Oriente ao __________________, sua largura do ____________ ao Sul, sua
profundidade, da superfície ao _______________ da __________, e sua altura,
da terra ao ___________. Esta vasta extensão simboliza a universalidade de
nossa Instituição.
Sustentam a Loja três grandes colunas denominadas ________________,
______________ e ________________. A Sabedoria deve nos orientar no
caminho da vida, a ________________, nos animar e nos sustentar em todas

41
as dificuldades e a __________________, adornar todas as nossas ações,
nosso caráter e espírito. Estas Colunas representam ainda, três personagens:
Salomão, pela sabedoria em construir e dedicar o Templo de Jerusalém ao
serviço de Deus, Hiram, Rei de Tiro, pela força que deu aos trabalhos do
Templo, fornecendo homens e materiais e Hiram Abiff, por seu primoroso
trabalho em dar Beleza à obra. Nesse compasso, emprestam-se, ainda, às
Colunas, três ordens de arquitetura: a _______________ para representar a
sabedoria, a _______________, significando a força e a ______________
simbolizando a Beleza.
O teto das Lojas Maçônicas representa a _____________________________,
isto é o Céu, o infinito. O caminho para atingir-se esta ____________________
representado pela _____________ de _________________, existente no
Painel da Loja, e composta de muitos degraus, cada um deles representando
uma das virtudes exigidas ao Maçom para a busca da perfeição moral. Em sua
base, centro e topo destacam-se três símbolos: _____, ___________________
e ______________, virtudes morais que devem ornar o espirito de qualquer ser
humano, principalmente do Maçom, que não se esquecerá jamais de depositar
fé no G A D U , esperança no aperfeiçoamento moral, e caridade para
com seus semelhantes. A ______ é a sabedoria do espírito, a
_____________________ é a força do espírito, amparando-o e animando-o
nas dificuldades encontradas no caminho da vida, e a ____________________
é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formados.
O interior de uma Loja Maçônica contém Ornamentos, Paramentos e Joias.
Os Ornamentos são o _______________ ______________ a ______________
__________________ e a _______________ _________________.
O ___________________ __________________ , com seus losangos brancos
e pretos é um dos três _____________________ citados acima, e nos ensina
que a diversidade das raças e o antagonismo de toda a ordem de crenças e
convicções são apenas aparentes, pois toda a Humanidade foi criada para
conviver na mais perfeita harmonia e na mais íntima fraternidade.
A _______________ ________________, outro dos três Ornamentos da Loja,
representa a Luz da Loja. Simboliza o Sol e nos ensina a virtude da caridade, a
prática do bem, não só num círculo restrito de amigos e afeiçoados, mas de
todos aqueles que necessitam, até onde nossa caridade possa alcançar.

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A _____________ ___________________ representa com seus múltiplos
dentes os maçons unidos e reunidos no seio da Loja.
Assim, os _______________ da Loja são três: o _______________ de
_______________ pretos e brancos unidos pelo mesmo cimento, a
_____________ _______________ e a ______________ ___________.Temos
agora os Paramentos que são três: o ________ da _________, o
__________________ e o _________________, mas três vistos como um,
podendo-se falar no "Paramento da Loja", também no singular.
O ____________ da _______ representa o código moral que cada um respeita
e segue. O __________________ e o _________________, que só se
mostram unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir todas
as nossas ações, sem jamais se afastar da retidão. As pontas do
__________________ ocultas sob o esquadro significam que o Aprendiz,
trabalhando somente na Pedra Bruta, não pode fazer uso daquele, enquanto
sua obra não estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.
Assim, pois, o Paramento da Loja, constitui-se, pode-se dizer no ________ da
______, sobre o qual se põe o __________________ e o
__________________, este último com suas postas ocultas sob o primeiro.
Finalmente, as Joias da Loja, que são três ___________ e três ____________
As Joias móveis, em número de ________ , são o ____________________ o
____________ e o ____________, chamados móveis porque são, a cada ano,
transferidos ao Venerável e Vigilantes. As Jóias fixas são a
_____________________ da _______________, a ___________
_____________ e a _____________ ______________.
A__________________ da __________ é a joia fixa que serve para o Mestre
traçar e desenhar, guiando os Aprendizes no caminho do aperfeiçoamento, a
____________ _____________ serve para nela trabalharem os Aprendizes,
marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada polida pelos Mestres da
Loja. A ___________ _________________ ou cúbica é o material
perfeitamente trabalhado em linhas e ângulos retos, que só podem ser
verificados e experimentados pelo Compasso e pelo Esquadro, de acordo com
as exigências da Arte Real. Chamam-se fixas estas Joias, porque permanecem
imóveis na Loja.

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Em toda Loja Maçônica _________________, ____________________ e
_____________________ existe um ponto dentro de um círculo que o
verdadeiro Maçom não deve transpor. Este círculo é limitado ao Norte e ao Sul
por duas linhas paralelas, uma representando Moisés e a outra o Rei
_______________. Na parte superior deste círculo fica o ___________ da
_______, que suporta a ____________ de __________, cujo cimo toca o Céu.
Por último, pendentes dos cantos da Loja, vemos quatro _____________,
colocadas em seus pontos extremos, para nos lembrar as quatro virtudes
cardeais:

Guia de Aplicação – X
São recapitulados os meios de Reconhecimento Maçônico, com
esclarecimentos de dúvidas e leitura de trabalhos.

Guia de Aplicação – XI
• O Telhamento Trabalho em Loja: Revisão de S∴ T∴ P∴

Em primeiro lugar cabe observar que os termos telhamento e


trolhamento, em regra, não aparecem como verbetes específicos nos
dicionários, muitas vezes até nos maçônicos, por se tratar de neologismos. Da
mesma forma também não consta o verbo trolhar. Encontramos, todavia, o
verbo transitivo telhar, não sendo, pois, este neologismo. Nos dicionários são
abordados ainda, relacionados à matéria, os verbetes telhador e trolha.
O termo Telhador emprega-se na Maçonaria como sinônimo de
examinador, ou seja, ao oficial encarregado de examinar os Irmãos visitantes
antes de serem admitidos em Loja, para certificar-se, por meio de sinais,
toques e palavras, perguntas de instrução, ou outros meios, da autenticidade
de seu caráter maçônico e do grau possuidor. Em regra, estas funções são
exercidas pelo Cobridor ou pelos Expertos. A ele, Telhador, compete, pois,
examinar os visitantes que se apresentam à porta do Templo, para verificar se
eles são realmente maçons devidamente regularizados. Ai realizar tal ato está
ele fazendo o Telhamento.

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Já o termo Telhar tem sido confundido com trolhar, que significa
passar a trolha, aplainar, sendo, portanto, este incorreto para designar o
referido exame, pois que telhar, maçonicamente, é fazer a verificação se são
todos maçons e com grau correspondente para a correta cobertura do
Templo e cobertura se faz com telhas e não com trolhas.
A Trolha tem como uma de suas funções o alisamento da argamassa
aplicada, aparando as rugosidades, sendo ela, pois, simbolicamente,
representada como o meio usado para apaziguar obreiros em litígio, aparando
as arestas. E é por isso que esse apaziguamento, esse entendimento é
conhecido como trolhamento, já que trolhar é passar a trolha. O termo,
lamentavelmente, em alguns meios maçônicos, tem sido usado em lugar de
telhamento, e com o mesmo sentido deste, o que é um erro que não tem sido
devidamente esclarecido.

Guia de Aplicação – XII - 2ª Instrução do Grau de A M


O Templo de Salomão
Segunda Instrução de A∴ M∴

A Segunda Instrução é dada, seguindo-se o mesmo método de


aplicação empregado quando da 1ª Instrução A∴ M∴, a diferença é um tópico
de reforço que apresenta aspectos históricos relacionados ao Templo de
Salomão, com caráter apenas informativo, sem omitir uma tomada de posição
dentro de nosso critério histórico antropológica da Maçonaria.

Guia de Aplicação - XIII


Sessão com Revisão do Módulo "Legislação" e “Revisão do Telhamento”
Trabalho: A sessão será prática, com ênfase na revisão.

Guia de Aplicação – XIV - 3ª Instrução A∴ M∴


Trabalho: Devolver devidamente preenchido

45
A Terceira Instrução é dada, com aplicação do trabalho pertinente que
objetivará a que faça feita pelo Aprendiz não somente a leitura, mas também
pesquisa sobre o tema.

3ª INTRUÇÃO A M
O Maçom se faz reconhecer através de _____________,
_____________ e _________________.
O _________ é feito pelo _________________, ________________ e
______________________. Significa a honra de guardar o segredo, preferindo
ter cortada a ___________________ a revelar os mistérios maçônicos.
Significa que o ____________ _______________, símbolo da força, está
concentrado e imóvel à disposição da Ordem, somente saindo da imobilidade
quando assim ordenar o ______________ ______________. Finalmente, os
_____ são colocados em ___________________ representando o cruzamento
de duas perpendiculares, único caso em que formam quatro ângulos retos e
iguais, significando o caminho reto que devemos seguir, bem como para nos
lembrar a igualdade, princípio fundamental de nossa ordem.
A ________________ do Aprendiz significa ______________ e
também ______________, ___________. Entretanto, o Aprendiz Maçom não
tem ________________ de ___________, porque, pela tradição, ficava no
Templo durante ______ anos, sem poder comunicar-se com o mundo profano.
Caso deixasse o Templo durante esse período de _____anos, não mais
poderia retornar, e, assim sendo, não havia razão porque necessitasse da
______________ de ___________.
Ao ingressar na Ordem, está o Aprendiz nem _____ nem
______________. Está despojado de todos os ______________. Tal
circunstância serve para nos lembrar de como eram os tempos primitivos da
civilização. É recebido em uma Loja ____________, ______________ e
regular.
Para que uma Loja Maçônica seja Justa e Perfeita são necessários
sete maçons. Por isso se diz que _________ a governam, _____________ a
compõe e _________a completam.

46
É regular a Loja Justa e perfeita que obedece a uma
_________________ __________________regular e pratica rigorosamente
todos os princípios básicos da Maçonaria Universal.
O Maçom é recebido por ________ pancadas que significam, batei e
sereis _______________, pedi e ___________________ e procurai e
________________. Após, pratica ________ viagens, para lembrar-se das
dificuldades e atribulações da vida. É purificado pelos elementos e depois
conduzido ao altar onde presta seu _____________________, para o que
ajoelha-se com o ______________ ________________ nu por terra, a
_________ ________________ sobre o ______________ da ________ e na
esquerda um _________________ aberto, cujas pontas se apoiam no
____________ _____________ nu.
Dessa conjuntura simbólica devemos extrair os seguintes significados :
A _____________ sobre os ___________ significa as trevas e
preconceitos do mundo profano que devemos vencer.
O ______ _____________ calçado com alpercata para manifesta
respeito ao Lugar sagrado.
O __________ _____________ e __________ ______________
desnudos, a força dada a Instituição e o coração doado aos Irmãos.
As ___________ do _______________ sobre o peito para lembrar que
os desejos devem se regular por este símbolo de exatidão, assim como os
pensamentos e ações. Através do compasso se podem traçar círculos
perfeitos, desde que fixada uma de suas pontas. Assim, descrevendo círculos
sem conta, temos uma imagem simbólica da Maçonaria cujo extenso domínio é
o infinito.
Os ______ ____________ formando um ângulo reto a cada junção dos
pés, significam que a retidão é necessária a quem deseja conquistar ciência e
virtude.
As ________ viagens significam a conquista de novos conhecimentos.
A __________ ____________ é o emblema do Aprendiz, que se
encontra no estado imperfeito de sua natureza.
As ________ _______________ vestibulares possuem dimensões que
contrariam todas as regras de arquitetura, para nos mostrar que a sabedoria e
o poder do G A D U estão além das dimensões e dos julgamentos dos

47
homens. O material de que são feitas e o ____________ que por sua
resistência é o emblema da eterna estabilidade das leis da natureza, base da
doutrina maçônica. São ________ para que, em seu interior, possam guardar-
se utensílios apropriados aos conhecimentos humanos. Enfim, as
___________ sobre seus ______________, representam com suas milhares
de sementes contidas num mesmo fruto, a imagem do povo maçônico.
O ________________ __________________ formado de pedras
_______________ e _______________ unidas pelo mesmo
____________________ simboliza a união de todos os Maçons do globo,
apesar das diferenças de cores, climas, opiniões e sentimentos religiosos.
A _______________ ____________________ , arma simbólica,, a
significar que a justiça maçônica é pronta e rápida, como nobres e justos
devem ser os sentimentos de um maçom.
O ___________________ suspenso ao colar do
___________________ ____________________ significa que o chefe deve
orientar seus sentimentos de acordo com os Estatutos da Ordem, agindo
sempre com retidão.
O __________, com o _______ _______________, simboliza a
igualdade social, base do direito natural.
O ____________, trazido pelo ________ __________________
significa que os maçons devem proceder com retidão em seus julgamentos,
não se deixando influenciar por interesses e afeições.
Note-se bem: o _________ desacompanhado do ___________ de
nada vale, do mesmo modo que este sem aquele. Por isso os dois se
completam, significando que o Maçom tem o culto da igualdade, não se
devendo deixar prender pela amizade, sentimentos ou interesses.
Os trabalhos maçônicos se realizam no horário do _________
___________ à ___________ _____________, para homenagear
simbolicamente a Zoroastro que reunia, em segredo, seus discípulos neste
horário, finalizando seus trabalhos por uma ágape fraternal.

48
Guia de Aplicação – XV - 4ª Instrução A∴ M∴ e Complemento
Trabalho: Devolver devidamente preenchido

É dada a quarta Instrução nos mesmos moldes das instruções anteriores.


Guia de Aplicação – XVI - Trabalho em Loja: Discussão aberta sobre a 4ª
Instrução – O laço de solidariedade.
• Trabalho: O Laço de Solidariedade

A Ordem do Dia subsequente à 4ª Instrução deve ser dedicada a uma


discussão aberta sobre o significado da ajuda mútua e quais os seus limites.
Aborda-se, ainda, os chamados "inimigos" da Maçonaria.

4ª INSTRUÇÃO
A __________ tem a forma de um _________________. Sua altura vai
da _________. ao _____________ , seu comprimento do ______________
para o _____________ , sua largura do __________ ao _____________, e sua
profundidade da _______________ ao _______________ da terra. A razão
deste simbolismo está em ser a maçonaria universal.
Apoia-se a Loja Maçônica em três grandes Colunas: ______________
representando o Venerável Mestre, no Oriente, ________________,
representando o Primeiro Vigilante no ocidente e _______________,
representando o Segundo Vigilante, no Sul.
A Coluna da Sabedoria, no _________________, é representada pelo
_________________ __________________, por que este dirige os obreiros
que compõe a ordem.
A Coluna da Força, no ___________________, é representada pelo
____________________ ________________________, por que este é quem
paga aos obreiros o salário que é a força e a manutenção da existência.
A Coluna da beleza, no _____________, é representada pelo
_______________ ___________________, por que é este quem faz repousar
os obreiros, fiscalizando-os no trabalho.

49
Sabedoria, Força e Beleza são complemento de tudo o que é perfeito
durável, por que a ___________________ cria, a ________________ sustenta
e _________________ adorna.
A Maçonaria combate a ignorância e o fanatismo. A primeira, por ser
inimiga do progresso, estimulando vícios e intensificando trevas, segundo,
porque perverte a razão e conduz os insensatos à ações condenáveis. Nos
combates que a Maçonaria deve manter contra esses inimigos, unem-se os
Maçons através de um laço de ___________________, que obriga cada um a
defesa e socorro dos irmãos, sem, entretanto, significar com isso o amparo
incondicional àqueles que, por si mesmo, agem como maus cidadãos, maus
Maçons, maus pais de família, eis que estes, fizeram romper o laço que nos
une como verdadeiros irmãos.

COMPLEMENTO A 4º INSTRUÇÃO DO GRAU DE APRENDIZ MAÇOM


Desenvolver os seguintes tópicos:
1º - Recordar aspectos atinentes à Loja.
2º - Revelar quais são os maiores oponentes à Obra Maçônica: Ignorância,
Fanatismo e Superstição.
3º - Revelar o que nos fortalece no combate que devemos manter contra esses
inimigos: a Solidariedade.

PRIMEIRO
O primeiro tópico, em seus aspectos mais relevantes, já deve estar
plenamente assimilado por todos, eis que dominamos os conceitos lá
explanados.
1º Qual é a forma de nossa Loja?
2º Qual a sua altura?
3º Qual seu comprimento, sua largura e profundidade?
4º Tudo isso representa a universalidade da Maçonaria. Situa-se a Loja, no
sentido do comprimento, do ___________________ para o ocidente. Por que?
5º Em que se apoia a Loja? Explique.

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SEGUNDO
Superada a primeira etapa, vamos agora refletir sobre o que nos revela
o Ritual relativamente aos "inimigos" que devemos combater. Atente aos
tópicos:
"A ignorância é a mãe de todos os vícios, e seu princípio é nada saber,
saber mal o que sabe e saber coisas outras além do que deve saber."
"O fanatismo é a exaltação religiosa que perverte a razão e conduz os
insensatos a, em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem ações
condenáveis."
"A superstição é um culto falso, mal compreendido, repleto de mentiras,
contrário à razão e às sãs ideias que se deve fazer de Deus".
Agora, de maneira simples, escreva sobre estes três inimigos e
responda com sinceridade se você já viu, entre nós Maçons, algum traço que,
para você, pode ser considerado "fanatismo" ou "superstição". Por quê?

TERCEIRO
A terceira parte da Quarta instrução nos revela por qual maneira
devemos combater os oponentes descritos acima: o laço sagrado que nos une,
a solidariedade. Também nesta terceira parte nos é ensinado que o Laço de
Solidariedade que existe entre nós desmerece as críticas funestas que muitas
vezes lhe são feitas.
Explique:
1º A Maçonaria proporciona aos seus vantagens materiais?
2º O amparo que é devido mutuamente entre seus membros é
incondicional?
3º A obrigação de ajuda e de mutuo socorro é sempre devida?
Por que não?
4º Quando podemos e devemos favorecer a um Irmão?
5º Nossa Instituição é livre de defeitos?
6º Enfim, em que consiste nossa Fraternidade?

51
Guia de Aplicação – XVII - 5ª Instrução A∴ M∴
• Trabalho: Devolver devidamente preenchido.

A temática da 5ª. Instrução envolve numerologia. Algo deve ficar claro:


a Maçonaria busca a "Verdade" através de conteúdos metafísicos eternamente
válidos. Tais conceitos, porém, não se constituem em dogma, nem se
confundem com afirmações que satisfizeram nossos ancestrais. Nossa
admiração pelo passado não significa submissão às formas adotadas naqueles
tempos, cumpre-nos situá-las temporalmente em nosso tempo, até que sejam,
por sua vez, ultrapassadas por nossos sucessores.
Lembremo-nos sempre de que as formas são perecíveis, seu
conteúdo, todavia, permanece se for verdadeiro. Esse o sentido esotérico de
nossos símbolos e tradições.

5ª Instrução Grau de Aprendiz Maçom


É aplicada a Quinta Instrução do Grau de Aprendiz.
Trata a Quinta Instrução especificamente da simbologia dos números
___, ___, ___ e ___.
No Grau de Aprendiz, sobretudo notamos a fundamental importância
do número _____ , pois ____ são as pancadas para a bateria, ____ são os
passos para a _________ , e é de ____ anos a idade do Aprendiz. O estudo
das relações numerológicas pelos maçons advém do fato de os povos da
antigüidade haverem adotado sistemas numéricos intimamente ligados a sua
religião. A idéia que tais povos faziam do mundo é a de que a _____________
é inseparável do _____________, do qual imprime a imagem, a revelação.
Ora, se a matéria é necessariamente ___________ e _____________,
enquanto o mundo for uma soma ou relação de dimensões, então pode-se
atribuir um número a cada coisa.
Surgem-nos entretanto números que parecem predominar na estrutura
do mundo, no tempo e no espaço e que reputamos fundamentais. Pelos
antigos foram considerados sagrados, pois seriam a expressão da ordem e da
inteligência das coisas, e mesmo da própria divindade.
Ora, tentemos raciocinar como aqueles povos da antigüidade
chegaram a essas conclusões:

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1. Se a matéria é inseparável do espírito, então, à __________
corresponde o ________.

2. A matéria é o invólucro do espírito, e esse invólucro material tem forma e


dimensão.

3. O que tem forma e dimensão pode ser expresso através dos números.
Logo, à expressão numérica abstrata corresponde uma expressão
material. A expressão abstrata corresponderia ao imaterial, e, assim sendo,
poderiam os números ser considerados sagrados, pois representariam, até
certo ponto, uma expressão das Leis Divinas.
Os números prestam-se perfeitamente a assumir caráter simbólico.
Assim, muitos povos da antiguidade conheceram e empregaram a ciência dos
números.
O número um, a unidade, representa o princípio dos números. Porém,
devemos lembrar, que a unidade só existe através dos outros números.
Unidade é potência, que só pode ser expressa e compreendida pelo efeito do
número dois, caso contrário, tornar-se-ia idêntica ao todo.
Assim, a natureza do número dois, em sua relação com a unidade,
representa a divisão, a diferença. O número dois é o símbolo dos contrários,
expressando a dúvida, o desequilíbrio e a contradição. Representa os opostos
e, pelo número dois, podemos representar o bem e o ______ , a verdade e a
___________ , e luz a as ___________ , a inércia e o ______________ ,
enfim, todos os princípios antagônicos e adversos.
O número dois, por ser antagônico, não é concludente. Por essa razão
diz-se que é negativo e até terrível, pois traz a dúvida, e não a certeza. O
homem, quando cai no abismo da dúvida, perde seu equilíbrio, fica dividido e
entra em conflito consigo mesmo.
Ora, para que cesse a diferença, a dúvida, o antagonismo e o
desequilíbrio que vimos até aqui, é necessário que ao dois acrescentemos
mais uma unidade, Toda instabilidade, então, resta aniquilada pelo acréscimo
da terceira unidade, e temos, no número três, o equilíbrio, a ponto de que o três
se converta também numa unidade, uma nova unidade. Porém não mais

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idêntica ao todo, e sim uma unidade de vida, do que existe por si próprio, do
que é perfeito.
É o número três o primeiro número completo. Ao número três
corresponde a forma de um __________________, conquanto composto por
três _________ e três _________ . O ponto e a linha, por si só, não originam
nenhuma forma, pois são necessárias três dimensões para que um objeto
tenha forma.
Todos os outros polígonos podem ser subdivididos em triângulos que
servem de base à construção de inúmeras superfícies. Por essa razão, é fácil
compreender porque o triângulo é o símbolo da existência da própria divindade.
O novo iniciado, ao abrir os olhos à Luz da Verdade, nada encontra, no
Templo, que se relacione com a unidade, pois nada do que é sensível pode ser
admitido a representá-la. Com efeito, fora e em volta de nós, tudo é
diversidade. A unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece, ao
contrário, residir em nossos íntimo.
Condensado no ternário estão o binário e a unidade.
O maçom orgulha-se de apor três pontos ao seu nome. Esses três
pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são um dos nossos mais
respeitados emblemas, e representam todos os ternários conhecidos.
Representam especialmente as três qualidades indispensáveis ao maçom:
V________________
S_________________ I ________________ ou A ____________
São essas qualidades inseparáveis, que devem existir em equilíbrio
perfeito. Experimentem-se separá-las e teremos o desequilíbrio.
O homem dotado de __________________ , mas sem intelecto e
desprovido de afeto, será um ser brutal.
O homem dotado de _______________ , porém sem vontade e sem
sabedoria, que é expressão do amor, será egoísta e inútil.
O homem dotado de _____________ (______), mas sem vontade e
sem inteligência, será inútil, pois suas aspirações estarão condenadas à
esterilidade.
Vejamos, aos pares, tais qualidades:

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Poderemos Ter um homem genial, a quem não falte vontade nem
inteligência. Se faltar-lhe _____________ ou ______________ , será um
monstro de egoísmo, e, como tal, condenado a desaparecer.
Um ser dotado de ______ e ___________ , se não tiver vontade, será
um caráter passivo, com ideais elevados, belas aspirações, mas incapaz de
realizar quaisquer delas, por falta de energia, tornando-se um inútil.
A _________ unida ao ______ daria um melhor resultado, mas a falta
de inteligência impedirá sempre o ser bom e ativo de realizar uma obra
verdadeiramente útil, porque lhe faltará discernimento.
Além disso, estudando diferentes culturas de diversos povos,
encontraremos sempre os ternários, com a figura de um Ser Supremo,
manifestando-se sob três aspectos diferentes, porém unitários. Mais uma vez
como expressão do equilíbrio.
O Delta Sagrado da Loja, talvez o mais puro de nossos emblemas, é
nas Lojas Maçônicas também simbolizado pelos três grandes pilares:
__________, ________ e __________ , que representam as Três Grandes
Luzes colocadas sob o Painel da Loja. A primeira no _______ , a segunda no
_______ e a terceira no _____ , de acordo com a orientação das Três Portas
de Salomão.

O Número Quatro
No centro do Delta Sagrado, está colocada a letra "iod", inicial do
___________ (4 letras), a saber "iod", "he", "vau", "he".
Apesar de o Tetragrama ser composto por quatro letras, apenas ____
são diferentes, para simbolizar as _____ dimensões dos corpos, a saber:
__________, _________ e _________ ou profundidade. A letra "vau", cujo
valor numérico é 6, indica as _____ faces dos ________.
O Tetragrama., com suas quatro letras, tem afinidade com a ________,
pois 4 e 1 são quadrados perfeitos, porém só há _____ letras diferentes, para
indicar que, a partir de 3, os números entram numa nova fase.
Finalmente, o Tetragrama lembra ao Aprendiz que ele passou pelas
Quatro Provas dos Elementos: ___________, _________, ______________ e
_____________. Colocado a Nordeste da Loja, ele vai recomeçar essas Quatro
Provas no caminho para o segundo grau, porém, desta vez, tendo recebido a

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Luz, e podendo caminhar só no Templo, enfim, responsável por si mesmo,
seus pensamentos, suas palavras e atos.

O ternário pode ser estudado sob múltiplos pontos de vista: do tempo,
da família, da Trindade Cristã, etc. Cite a constituição dos ternários pedidos,
seguindo o exemplo:
Exemplo: do tempo – passado, presente e futuro.
Do movimento diurno do Sol: ________, _________ e Ocaso
Da constituição oculta do Ser: ______, ______ e Corpo
Da Kabbalah Hebraica, da qual são tirados as pp∴ ss∴ e de p∴ da
Maçonaria: _____ (Coroa), ________ (Sabedoria) e ______ (Inteligência)
Da Trindade Cristã: ______, ________ e __________
Da Trimurti hindu: ________, ________ e ________
Sat Chit Ananda.

Guia de Aplicação – XVIII - Síntese da Matéria Aplicada


• Trabalho: Aplicação de Questionário
_____________________________________________________________

Questionário
1. O que é a Maçonaria?
É uma associação de homens esclarecidos e virtuosos que se
consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, ligados
intimamente por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-
se, uns aos outros, na prática da virtude. É, pois, um sistema moral velado por
alegorias e ilustrado por símbolos.

2. Quais são os princípios fundamentais da Maçonaria?


a) A existência de um princípio criador: G∴A∴D∴U∴,
b) a livre investigação da verdade, exigindo de todos tolerância como
garantia desta liberdade,
c) livre acesso de todos os homens livres e de bons costumes,

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d) divisão em três graus, adotados universalmente: Aprendiz,
Companheiro e Mestre,
e) a lenda do terceiro grau ou de H∴ A∴.
f) combater a ignorância, obedecer as leis do País, viver segundo os
ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente
para a felicidade do gênero humano e conseguir sua emancipação progressiva
e pacífica,
g) a presença imprescindível do Livro da Lei Sagrada, do Esquadro e
do Compasso, que se constituem nas três Grande Luzes emblemáticas da
Maçonaria, colocados sobre o Altar dos Juramentos sempre que os Irmãos
estiverem reunidos em Loja,
3. Quais são os postulados que regem a Maçonaria?
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
4. Qual a resposta a ser dada quando perguntado se “sois maçom”?
MM∴ IIr∴ C∴T∴M∴RR∴
5. Que simboliza o Avental Maçônico?
O trabalho. É a verdadeira vestimenta maçônica.
6. Quais os instrumentos de trabalho do Aprendiz?
A régua de 24 polegadas (sabedoria), o maço (força) e o cinzel
(beleza).
7. Que representam estes instrumentos?
Representam o conjunto da vida manifestada em três aspectos de
Cognição, Emoção e Atividade. Conhecemos com a régua de 24 polegada,
sentimos com o cinzel e agimos com o maço.
8. Qual é a forma de uma Loja?
É a de um quadrilongo.
9. Qual a dimensão de uma Loja?
Seu comprimento é do Oriente ao Ocidente, sua largura, do norte ao
sul, sua profundidade, da superfície ao centro da terra, sua altura da terra ao
céu.
10. Qual a orientação de uma Loja?
Do oriente ao ocidente.
11. Quais as três grandes colunas de sustentação da Loja?

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Sabedoria, força e beleza.
12. Que representam essas colunas?
A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a força nos animar
e sustentar em todas as dificuldades e a Beleza adornar todas as nossas
ações, nosso caráter e nosso espírito.
13. A que ordem arquitetônica pertencem essas Colunas?
A Jônica (sabedoria), Dórica (força) e a Coríntia (beleza).
14. Que representa o teto de uma Loja Maçônica?
A abóboda celeste, de cores variadas.
15. Qual o caminha para atingir o Céu ou o Infinito?
A Escada de Jacó.
16. Quais as três virtudes teológicas que devem compor o espírito dos
maçons?
Fé, esperança e caridade.
17. Quais os ornamentos de uma Loja?
O pavimento mosaico (fraternidade), a estrela flamejante (caridade) e a
orla dentada (amor).
18. Quais os paramentos de uma Loja?
O Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro.
19. Quais as joias móveis e as fixas de uma Loja?
Joias móveis: O Esquadro (Venerável), Nível (1º Vig∴) e o Prumo (2º
Vig∴)
Joias fixas: a Prancheta da Loja (Mestre), a Pedra Polida
(Companheiro) e a Pedra Bruta (Aprendiz).
20. Qual o nome dado pelos maçons ao Princípio Criador?
Grande Arquiteto do Universo, abreviadamente G∴A∴D∴U∴
21. Que vos exigiram para ser Maçom?
Ser livre e de bons costumes.
22. Como fostes recebido Maçom?
Nem nu, nem vestido. Despojaram-me de todos os metais e vendaram-
me os olhos, a fim de que ficasse privado da visão.
23. Quantas Viagens são praticadas na Iniciação?

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Três viagens. A primeira por um caminho escabroso, a segunda por
outra estrada menos difícil, ouvindo o retinir incessante de armas e a terceira,
por caminho plano e suave, envolto no maior silêncio, significando o estado de
paz.
24. Como terminou cada uma das Viagens?
Terminou em uma porta. Na primeira, ao sul, mandaram-me passar, na
segunda, no ocidente, fizeram-me purificar pela água e na terceira, no Oriente,
fui purificado pelo fogo.
25. Como vos ligaste à Ordem Maçônica?
Por um juramento.
26. Como se reconhece um Maçom?
Além dos atos que praticam, revelando o influxo da moral ensinada em
nossos templos, eles se reconhecem por sinais, toques e palavras.
27. Como é dada a Palavra Sagrada?
Após o sinal e o toque, sussurrando-a, soletrada e silabada, ao ouvido
esquerdo inicialmente.
28. Qual o significado da Palavra Sagrada de Aprendiz?
Beleza e também Força e Apoio.
29. Qual o significado simbólico da Pedra Bruta?
Representa o homem sem instrução, com suas asperezas do caráter,
devido a ignorância em que se encontra e as paixões que o dominam.
30. Qual o significado da Pedra Polida?
Representa o homem instruído, que dominando as paixões e
abandonando os preconceitos, se libertou das asperezas da Pedra Bruta, a
qual poliu.
31. Que se faz em Loja?
Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vício.
32. Que é preciso para que uma Loja seja Justa e Perfeita?
Que três a governem, cinco a componham e sete a completem.
33. Que é uma Loja Regular?
É a que sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência Regular e
pratica rigorosamente todos os princípios básicos da maçonaria.
34. Qual é a idade do Aprendiz?
Três Anos.

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35. Que representam as duas colunas J∴ e B∴?
Representam os pontos solsticiais. A Coluna “B∴” o Trópico de Câncer
e a Coluna “J∴” o de Capricórnio.
36. Qual a divisão universal da Maçonaria Simbólica?
Três graus: aprendiz, companheiro e mestre.
37. Que representa o Livro da Lei?
O Código de Moral que cada um de nós respeita e segue, a filosofia
que cada um adota e a fé que nos governa e anima.
38. Qual o trecho bíblico lido em Sessão de Aprendiz no R∴E∴A∴A∴?
É o Salmo 133 (ou 132), VVers∴ 1,2 e 3. Em outras Obediências,
encontramos a leitura em São João Capítulo 1º, VVers∴ 1 a 5.
39. O que é uma Obediência ou Potência Maçônica?
É o conjunto de três ou mais lojas maçônicas, federadas, exercendo
sua jurisdição em determinado território, sendo uma organização independente
e soberana da maçonaria universal.
40. Qual o rito mais praticado no Brasil?
É O Rito Escocês Antigo e Aceito, abreviadamente - R∴E∴A∴A∴.
41. Como são colocados em Sessão de Aprendiz o Esquadro e o
Compasso?
São colocados sobre o L∴ da L∴, no local apropriado, o compasso
com as pontas voltadas para o Ocidente e sobreposto a este o Esquadro, com
os ramos voltados para o Oriente.
42. Qual a ordem dos trabalhos em uma Sessão Maçônica?
a) Abertura ritualística.
b) Decifração do balaustre.
c) Decifração do expediente.
d) Saco de Propostas e Informações.
e) Ordem do Dia.
f) Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular.
g) Conclusões do Orador.
h) Encerramento ritualístico dos trabalhos.
i) Cadeia de União (se for o caso).
j) Juramento.

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43. Que representa no Templo a Corda de 81 Nós?
A união fraterna que liga entre si, de maneira indissolúvel, todos os
maçons do universo. Seus nós representam o símbolo do infinito que nos
mostra que o número de M∴M∴ não é finito e suas pontas abertas porque
sempre tem lugar para um profano livre e de bons costumes.
44. Qual a indumentária adequada ao Maçom?
Trajes de cores escuras, de preferência pretas. Para as sessões
magnas, traje preto, camisa branca e gravata preta. Nas sessões econômicas
pode ser usado balandrau.
45. O que são Landmarks?
São as antigas práticas da Ordem, as quais embora gradualmente
impostas como regra de ação, ou imediatamente decretadas por autoridade
competente, o foram em época remota que não teriam deixado notícia alguma
nos anais de nossa história. São práticas universais, limites, princípios
essenciais. Em nossa Obediência acata-se a classificação compilada por
Mackey.
46. Que árvore simboliza a Maçonaria?
A acácia.
47. Quais as religiões que são aceitas pela Maçonaria?
Todas as religiões.
48. Qual o significado do termo Loja Mãe?
É a Loja em que um maçom foi iniciado.
49. Que é a Espada Flamígera ou Flamejante?
É a espada (representação estilizada do raio) que, podendo ser
somente manuseada por um M∴I∴, é utilizada na Sagração de um maçom.
(Flamígero, que apresenta chamas. Flamejante, que é ostentoso, vistoso, que
imita chamas).
50. O que significa o termo “Entre Colunas”?
Estar “entre colunas” é se encontrar no local compreendido entre as
colunas do norte e do sul, preferencialmente na linha representativa do
Equador (eixo do Templo), e não entre as colunas “B∴” e “J∴”.

61
Bibliografia recomendada:
- Aslan, Nicola – Comentários ao Ritual de Aprendiz, vol. I, II e III, Ed. A Trolha,
1995.
- Castellani, José – Cartilha do Aprendiz, Ed. A Trolha, 1992.
- Castellani, José – O Rito Escocês Antigo e Aceito, Ed. A Trolha,1988.
- Gédalce, Améilie-André, Manual Interpretativo do Simbolismo Maçônico Dic.
Rhéa, 1921.
- Oliveira, Walter Dias de – A Maçonaria e seus Conceitos, Ed. A Trolha,1999
- Rodrigues, Raimundo – Cartilha do Rito Escocês, Ed. A Trolha, 2010.
- Salomão, Lutffala – Conhecendo o Que é a Maçonaria – Ed. A trolha, 2002

62

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