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SONO DA ALMA... NISTO NÃO CREMOS!

INTRODUÇÃO

Muitos grupos religiosos, como os Adventistas do Sétimo Dia e as


Testemunhas de Jeová, acreditam que quando o homem morre, ele fica inconsciente,
não percebendo o que se passa ao seu redor. Para nós evangélicos, tirando algumas
implicações, essa problemática doutrinária não é tão relevante – sono da alma ou
imortalidade. Agora, para os Adventistas e Testemunhas de Jeová, devido às suas
doutrinas exóticas, isso é realmente uma problemática. Para os Adventistas seria a
questão da doutrina do Juízo Investigativo, sem sono da alma essa doutrina fica
irreparavelmente quebrada. Para as Testemunhas de Jeová é a questão da doutrina
do paraíso na Terra, afinal onde seria o paraíso?

Porém, a Bíblia não ensina a doutrina do “Aniquilacionismo”, vulgarmente


chamada de “Sono da Alma”. O fato de que a alma dos cristãos vai imediatamente
para a presença de Deus (Filipenses 1.23) mostra que a doutrina do sono da alma
está equivocada.

Essa doutrina ensina que quando os cristãos morrem, eles entram em um


estado de inexistência e que voltarão à consciência somente quando Cristo voltar e
ressuscitá-los para a vida eterna.

As Escrituras quando falam da morte como “dormir”, trata-se apenas de uma


metáfora usada para indicar que a morte é apenas temporária para os cristãos, como
é temporário o sono. Isso é visto claramente, por exemplo, quando Jesus fala a seus
discípulos sobre a morte de Lázaro – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para
despertá-lo” (João 11.11). Devemos notar que Jesus não diz aqui que alma de Lázaro
adormeceu, nem qualquer texto bíblico de fato afirma que a alma de alguém está
dormindo ou inconsciente (declaração necessária para provar a doutrina do sono da
alma). Em vez disso Jesus diz apenas que Lázaro adormeceu. João prossegue,
explicando: “Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do
repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11.13,
14). Os outros versículos que falam sobre dormir após a morte são igualmente
metáforas que ensinam que a morte é temporária.

Já os textos que indicam que os mortos não louvam a Deus, ou que a atividade
consciente cessa depois da morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida
nesse mundo. De nossa perspectiva, uma vez que a pessoa esteja morta, ela não se
envolve mais com atividades como essas. Mas o Salmo 115 apresenta a perspectiva
bíblica plena sobre essa posição. O texto diz: “Os mortos não louvam o Senhor (na
congregação aqui na terra), nem os que descem à região do silêncio”.
Prossegue, porém, no próximo versículo com um contraste indicando que aqueles que
crêem em Deus bendirão o Senhor para sempre: “Nós, porém, bendiremos o Senhor,
desde agora e para sempre.” (Salmo 115.17,18).

A Bíblia mostra que as almas dos cristãos vão imediatamente à presença de


Deus e desfrutam da comunhão com Ele ali (II Coríntios 5.8; Filipenses 1.23 e
Hebreus 12.23). Jesus não disse: “Hoje já não terás mais consciência de nada que
esta acontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43).
Certamente o conceito de paraíso naquela época não era de existência inconsciente,
mas sim de existência de grande bênção e de regozijo na presença de Deus. Paulo
não disse: “Tenho o desejo de partir e ficar inconsciente por muito tempo”, mas sim
“tenho o desejo de partir e estar com Cristo” (Filipenses 1.23) — e sem dúvida ele
sabia que Cristo não era um Salvador inconsciente, adormecido, mas sim alguém que
está vivo, ativo e reinando no céu. Estar com Cristo era desfrutar a bênção da
comunhão da sua presença, e é essa a razão por que partir e estar com ele era
incomparavelmente melhor. Foi por isso que ele disse: “Preferindo deixar o corpo e
habitar com o Senhor” (II Coríntios 5.8).

Apocalipse 6.9-11 e 7.9-10 também mostram claramente as almas dos mortos


que foram para o céu orando e adorando a Deus: “Clamaram em grande voz, dizendo:
Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso
sangue dos que habitam sobre a terra?”. E eles foram vistos “em pé, diante do trono e
diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e
clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao
Cordeiro, pertence a salvação” (Apocalipse 7.9-10).

Todos esses versículos negam a doutrina do “aniquilacionismo” ou “sono da alma”,


pois deixam claro que a alma do cristão experimenta comunhão consciente com
Deus no céu imediatamente após a morte.

REFUTAÇÃO DE JEREMIAS 51.39, 57

Adventistas ensinam: A morte é um sono. Acreditam que morte significa um


“estado de inconsciência temporária enquanto a pessoa aguarda a ressurreição.”
Afirmam: “Quando um cristão morre, ele não ira se encontrar com o Senhor no céu,
ele deixará de existir”.
Assim, o crente é separado de Deus pela morte, ao contrário do que Romanos 8.38,39
e 2 Coríntios 5.8 nos dizem.

Creio que essa doutrina conhecida como Sono da Alma, a qual não entende a
natureza do espírito humano, seja uma das razões para adventistas não
compreenderem realmente a vida no Espírito e se apegarem ao concerto das letras
gravadas em pedras, o qual foi por Cristo abolido (2 Coríntios 3).

Esta doutrina foi posteriormente também adotada por seitas como


Testemunhas de Jeová e Cristadelfianos.

DORMIRÃO UM SONO ETERNO…

A Bíblia com frequência fala da morte como sendo um sono. Jesus disse:
“Nosso amigo Lázaro adormeceu” (João 11.11), quando na realidade ele estava morto
(cf. João 11.14). Paulo fala dos crentes “que dormem” no Senhor (1 Tessalonicenses
4.13; cf. 1 Coríntios 15.51). Analisaremos agora dois versículos utilizados como apoio
a sua crença:
“… E os embriagarei, para que andem saltando; porém dormirão um
perpétuo sono, e não acordarão”,
“E embriagarei os seus príncipes... e dormirão um sono eterno, e não
acordarão” Jeremias 51.39, 57.
Essa passagem de Jeremias é frequentemente citada como argumento de que
não há existência consciente depois da morte – “dormirão um sono eterno”, afirmam
eles.

ESTES VERSÍCULOSA APOIAM A DOUTRINA DO SONO DA ALMA?

Será que estes versos foram escritos para instruir os leitores sobre a condição
dos mortos? É esta a mensagem que Jeremias quis nos transmitir? Ou será que os
Adventistas extraem destas palavras uma idéia que ultrapassa o que o escritor (e
divino Autor) tinha em mente?

Se estes versículos forem simplesmente tirados de seu contexto e citados


como prova, tem-se a impressão de que os adventistas estão certos. Mas tirar esta
passagem de seu contexto pode ser muito perigoso. Precisamos entender seu
contexto.

O CONTEXTO

O capítulo 51 de Jeremias fala sobre a queda e assolação perpétua da


Babilônia. Essa passagem nada diz sobre o estado dos mortos. Os versículos
descrevem sucintamente a queda de Babilônia conforme registrada em Daniel 5:
“O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus senhores, e bebeu vinho na
presença dos mil.” “Naquela noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus.” Daniel 5.1 e 30
(Leia todo o capítulo).
Na hora em que Babilônia mais precisava de que os seus homens se encontrassem
absolutamente em forma, a ira de Deus embriagou-os. Na hora da invasão, estando
embriagados, dormiram, e desse sono nunca mais acordaram, pois foram mortos
pelos Medos enviados pelo SENHOR Deus, o Todo-Poderoso.

Outras Traduções:

(NTLH) “Será que eles são esganados? Farei uma festa para eles. Eu os
embriagarei e alegrarei. Aí eles dormirão e nunca mais acordarão”.
“Farei com que os seus governantes fiquem bêbados... e os seus soldados. Eles vão
dormir e nunca mais vão acordar...”

(NVI) “Mas, enquanto estiverem excitados, prepararei um banquete para eles


e os deixarei bêbados, para que fiquem bem alegres e, então, durmam e jamais
acordem, declara o Senhor”.
“Embebedarei os seus líderes e os seus sábios... os seus guerreiros. Eles dormirão
para sempre e jamais acordarão”.
(VIVA) “Quando estiverem entusiasmados de tanto vinho, prepararei para
eles um outro tipo de festa. Eles beberão o vinho do meu julgamento, até cair em um
sono eterno, do qual nunca acordarão, diz o Senhor.”
“Deixarei os príncipes, …e os soldados completamente bêbados com o vinho do
meu julgamento. Todos eles cairão em sono eterno, para nunca mais acordar!…”

Três coisas são ressaltadas: A bebedeira (festa), o sono (devido a ingestão


exagerada) e a morte (não acordarão). Parafraseando os versículos: “Farei uma festa
para eles. Vou embriagá-los na minha ira, eles ficarão bêbados, irão dormir e desse
sono jamais despertaram, pois serão mortos”.

Quando todo o capitulo 51 é lido em seu contexto, se torna óbvio que os


versículos 39 e 57 não descrevem a vida depois da morte, mas a morte durante o
sono causado pela embriaguez. Foram surpreendidos e mortos enquanto dormiam.
Adventistas distorcem este versículo ao tirá-lo de seu contexto.

E NÃO ACORDARÃO...

Porém vamos supor que esse texto esteja realmente falando sobre a doutrina
do sono da alma. Qual o problema com essa interpretação?
Os Adventistas do Sétimo Dia negam a sobrevivência da alma por ocasião da
morte do corpo. Dizem, “A Morte é um Sono. Morte não é aniquilação completa; é
apenas um estado temporário de inconsciência enquanto a pessoa aguarda a
ressurreição. A Bíblia identifica repetidamente esse estado intermediário como um
sono.” (NISTO CREMOS, p. 457 – 1a edição – CPB) (grifo nosso)
Como visto acima, a doutrina do sono da alma diz respeito ao estado
intermediário, ou seja, o estado dos mortos antes da ressurreição. Porém o texto
afirma que “dormirão um sono eterno, e não acordarão”. Se depois da morte não
acordarão, pois estariam num sono eterno, significaria que não ressuscitarão.
Contrariando assim sua própria crença que diz que “é apenas um
estado temporário” e não eterno como afirma o texto de Jeremias. Assim, podemos
afirmar com toda certeza que essa não pode ser a interpretação correta de Jeremias
51. Pois é uma ideia totalmente contrária ao resto das Escrituras. (1 Coríntios
15.13; Atos 24.15; João 5.29)
– Pergunte a um Adventista se ele acredita que os mortos que se foram não
acordarão/ ressuscitarão. Ele irá responder que não, porque assim como nós, ele
acredita em uma futura ressurreição. “Multidões que dormem no pó da terra
acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo
eterno”. Daniel 12.2.
Portanto, fica claro que além de não servir como prova, muito pelo contrário, o
texto faz da doutrina do sono da alma uma heresia maior ainda ao negar a
ressurreição.

É preciso esclarecer também a aplicação do verbo “dormir”, uma referência ao


corpo, não à alma. E “dormir” é uma figura de linguagem (eufemismo) apropriada para
o corpo, uma vez que a morte é apenas temporária, aguardando apenas a
ressurreição, ocasião em que o corpo será “despertado” desse sono. Além disso, tanto
o ato de dormir quanto a morte possuem a mesma postura — o corpo permanece
deitado. Outra coisa a explicar é a confusão que Adventistas fazem com a palavra
“morte”. Eles creem que ela significa inconsciência ou o fim da existência. Contudo, a
ideia básica na palavra “morte” é separação. A morte material significa separação do
corpo e do espírito. A morte espiritual significa a separação do homem e de Deus.
Quando eu morro, eu não deixo de existir, mas de fato minha alma e meu corpo são
separados (Eclesiastes 12.7). Porém, algumas pessoas realmente se encontram numa
espécie de “sono da alma” e é preciso que despertem do seu sono espiritual para a
vida que há em Cristo Jesus: “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te
dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Efésios 5.14.

OS MORTOS ESTÃ DORMINDO OU ESTÃO CONSCIENTES?

As evidências bíblicas de que a alma, tanto de crentes como incrédulos, fica


consciente entre a morte e a ressurreição são muito fortes. Os incrédulos ficam em
consciente aflição e os crentes, numa consciente felicidade, porém que fique claro que
isso não significa que já receberam as suas penas (ímpios) ou galardões (crentes).
A Bíblia ensina que a alma do crente sobrevive à morte (Lucas 12.4).
Apocalipse 6.9,10 refere-se a almas desprovidas de corpos sob o altar de Deus (não
teria sentido interpretar a referência a “alma” nesses versos como “ser vivente” — “Vi
debaixo do altar as almas dos que foram mortos”). Ela está conscientemente presente
com o Senhor (2 Coríntios 5.8) em um lugar melhor (Filipenses 1.23), onde outras
almas estão conversando (Mateus 17.3).
De um modo semelhante, a alma do descrente está em um lugar de tormento
consciente (Lucas 16.22-26). As Escrituras, como um todo, ensinam que cada pessoa
é possuidora de uma alma que sobrevive à morte. (cf. Isaías 14.9,10; Ezequiel 32.21,
30,31; Lucas 23.43, 46; Hebreus 12.23 ).

CONCLUSÃO

O texto é uma clara alusão à morte e postura do rei da Babilônia (Belsazar), e


de seus príncipes que quando sua cidade foi tomada estavam bebendo vinho nas
taças que foram trazidos do templo de Jerusalém. Quando diz que “dormirão um
perpétuo sono, e não acordarão,” fala profeticamente da morte física e não do estado
pós-morte deles. Jamais acordariam do sono causado pela embriaguez, pois seriam
surpreendidos, mortos pelos Medos.

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