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FCRIA-AP

O espaço natural do Amapá (noções de relevo, clima, vegetação e hidrografia do estado). ................ 1
A população do Amapá: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos ........................................ 8
O espaço econômico: atividades agropecuárias, extrativistas e industriais. O desenvolvimento
econômico do Amapá ............................................................................................................................. 12
O estado do Amapá no contexto brasileiro ........................................................................................ 15

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Apostila gerada especialmente para: ALANA DOS SANTOS OLIVEIRA 000.134.032-81


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O espaço natural do Amapá (noções de relevo, clima, vegetação e hidrografia do
estado)

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conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
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Divisões fisiográficas:

Relevo:

A geomorfologia do Amapá combina formações muito antigas com outras bem jovens, divididas por
uma estreita faixa de idade intermediária. Existem duas “zonas geomorfológicas” principais. Uma delas é
a das “Depressões da Amazônia Setentrional”, cobrindo mais de 70% do Estado, correspondendo às suas
seções central e oeste. Ela se compõe da porção oriental do chamado Escudo Guianense e de suas
franjas dissecadas. Sua morfologia é em parte montanhosa, porém a maior parte é composta por seções
levemente onduladas. As duas principais porções montanhosas do Escudo Guianense dentro do Amapá
têm o nome de Serras do Tumucumaque e Lombarda. Alguns dos seus morros ou picos superam a
altitude de 600 m, sendo que o ponto culminante do Estado do Amapá, localizado na Serra do
Tumucumaque, alcança 701m.
As bordas dissecadas do escudo apresentam encostas abruptas e vales profundos que geram três
grupos de rios relativamente curtos (para os padrões amazônicos): (1) Araguari-Amapari, Amapá Grande,
Calçoene, Cassiporé e outros, que correm para leste, diretamente para o oceano Atlântico; (2) os rios Vila
Nova, Maracá, Matapi e Cajari e outros, drenando para o sul e desaguando no delta do Rio Amazonas;
(3) os rios Iratapuru e Mapari, entre outros, correm para oeste e são afluentes da margem esquerda do
rio Jari, afluente do Amazonas. Deve-se mencionar ainda o rio Oiapoque, que drena as extremidades do
platô no oeste do Amapá, com seu curso predominantemente para nordeste, desaguando no Oceano
Atlântico. O rio Oiapoque e o primeiro grupo de rios acima citados, não fazem parte da área de drenagem
da Bacia Amazônica, constituindo uma bacia distinta, denominada Atlântico Norte, responsável por quase
dois terços do território do Amapá (98.583,5 km2). O restante (44.870,2 km2) enquadra-se dentro dos
domínios da Bacia Amazônica propriamente dita.

A outra zona geomorfológica principal do Amapá é chamada de Planície Costeira, a qual compreende
cerca de 25% do Estado. Trata-se de uma faixa litorânea relativamente estreita, baixa e quase sempre
plana, que se estende de norte a sul, formada por depósitos fluviais e fluviomarinhos a qual ocupa todo o
leste do Estado. Em termos geológicos, essa formação é muito recente, pois a sua maior parte data do

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Quaternário, com uma idade máxima de 100.000 anos, e com uma idade média não muito superior a
15.000 anos. As partes litorâneas da Planície Costeira, ao longo do Oceano Atlântico e do delta do rio
Amazonas, são formadas por depósitos de areia e argila, com partes alagadas, além de bancos de areia,
dunas, ilhas, pequenas baías e reentrâncias, estuários, meandros, lagoas, litorais rasos e lamacentos,
bem como lagos temporários e permanentes. É uma paisagem geomorfologicamente jovem, sujeita a
mudanças perceptíveis ao testemunho humano.
As águas dos rios que fazem parte deste sistema (como o Amapari-Araguari, o Amapá Grande e o
Calçoene), vindos das Serras de Tumucumaque e Lombarda, conforme chegam aos terrenos mais baixos
dessa planície, desaceleram os seus fluxos e formam meandros e banhados, em frequente mudança do
leito em alguns trechos. A baixa altitude em relação ao nível do mar e as inúmeras conexões entre
diversos tipos de corpos d´água fazem com que muitos trechos da Planície Costeira sejam sujeitos a
enchentes, tanto de água doce como salgada, esta última decorrente do ciclo das marés. É em tal planície
que vive a grande maioria dos amapaenses e instalou-se a maior parte dos empreendimentos produtivos
do Estado.
Entre essas duas formações principais ocorre uma sequência de sedimentos da Formação Barreiras,
de idade geológica Terciária, distribuída numa estreita faixa de norte a sul do Estado. Ela se situa nas
extremidades desgastadas e fraturadas das terras mais elevadas do Planalto das Guianas, na transição
para a Planície Costeira. Cobre apenas 5% do Estado e assume, na sua maior parte, a forma de cadeias
de pequenos morros arredondados, próximos uns dos outros, num tipo de paisagem a que os geógrafos
chamam “mares de morros”. Sob essa sequência geológica encontra-se o principal eixo de ligação
terrestre do Amapá (BR-156).
Notável, entretanto, na geologia do Amapá, são os cinturões de rochas verdes (greenstone belt), que
ocorrem em domínios geotectônicos antigos (Pré-Cambriano), responsáveis por múltiplas ocorrências
minerais, com destaque para importantes depósitos de ouro, cromo, ferro, manganês, entre outros. Sobre
esse aspecto, o Amapá foi o primeiro Estado a abrigar um empreendimento de mineração de grande porte
na Amazônia, nos idos dos anos 1950, para extração de depósitos de manganês na região de Serra do
Navio.

Resumindo:
O relevo do Estado é pouco acidentado,
Pode ser dividido em 2 grandes regiões:
a) uma interna, de relevo suavemente ondulado, com alturas médias de 100 a 200m, mas que podem
atingir extremos de mais de 500m, constituída por rochas cristalinas metamórficas e cobertas de floresta
densa, onde encontramos os planaltos cristalinos (porção oeste do Estado) com grandes extensões de
colinas e morros dominados por cristais montanhosos como: a Serra do Tumucumaque (540m), Serra
Lombarda, Serra Estrela, Serra Agaminuara ou Uruaitu, Serra do Naucouru, Serra do Navio, Serra do
Irataupuru, Serra das Mungubas, Serra da Pancada, Serra do acapuzal, Serra do Culari, Serra do Aru,
dentre outras.
b) A outra porção é formada por região costeira de planície, que se estende até o Atlântico, ao leste e
até o Amazonas ao sul. Formada por terrenos baixos e alagadiços e por planícies aluviais nos baixos e
médios cursos dos rios. O relevo do Estado do Amapá é pouco acidentado.

Clima:

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A classificação oficial do clima do Amapá é “Equatorial”. O Estado possui duas regiões climáticas
principais. Uma delas é “úmida com um ou dois meses secos (setembro e outubro)”, e predomina sobre
a maior parte do interior do Estado - oeste, sul, norte e toda a parte central. A outra é “úmida com três
meses secos (setembro, outubro e novembro)”, registrada na maior parte do litoral, a leste. A precipitação
anual média cai significativamente do litoral para o interior. A costa atlântica, incluindo Macapá, registra
uma média de 3.250 mm de chuva por ano, enquanto Serra do Navio, no coração do Estado, recebe
2.250 mm anuais - uma diferença de 1.000 mm para uma distância de cerca de 200 km. Além dessa
diferença regional, o regime pluviométrico apresenta uma periodicidade (estacionalidade): o período de
julho a novembro registra os menores índices de chuva, sendo os meses de setembro, outubro e
novembro os mais secos. De dezembro a junho, registram-se usualmente 20 ou mais dias de chuva e
pelo menos 250 mm de chuvas por mês.
Os ventos no Amapá são classificados como moderados e não são raros os registros de “calmaria”
(ausência de vento). No período estudado por Nimer (1990), as temperaturas médias anuais são as
seguintes: média geral de 26º C (leste do Estado) e 25º C (restante da área), média das máximas de
30,4º C, média das mínimas de 23,1º C. As temperaturas máximas absolutas registradas foram de 36º C
(leste do estado) e 38º C (nas demais áreas). A mínima absoluta registrada foi de 16º C. A umidade
relativa média anual fica em torno de 85%. Outra característica notável do clima amapaense é a cobertura
relativamente densa de nuvens sobre muitas partes do seu território.

Solos:
A configuração de solos do Amapá diz muito sobre a sua natureza e sobre o potencial das atividades
econômicas agropecuárias. A ordem predominante é a de “Solos com B Latossólico”, sub-ordem “LV -
Latossolo Vermelho Amarelo 2”, cobrindo cerca de 50% do Estado. Eles são muito antigos, submetidos
a longos processos de intemperismo e lixiviação, o que acarretou em baixos níveis de nutrientes e de
capacidade de troca catiônica (CTC). Também têm alto teor de ferro e podem formar nódulos (lateritas).
São cobertos por florestas densas. A maior parte dos nutrientes desse sistema reside nos tecidos das
plantas e numa fina camada orgânica sub-superficial, não sendo reciclada nem incorporada pelas demais
porções do solo.
Aproximadamente 15% do Estado são cobertos por solos relativamente similares, da ordem “Solos
com B Latossólico”, sub-ordem “LA - Latossolo Amarelo 1”. Embora a estrutura física desses dois tipos
de solo seja favorável à agricultura, a pobreza de nutrientes exige rotações de ciclo curto, ou adições
constantes de adubos.
Vinte por cento dos solos do Amapá são da ordem “Solos com B Textural, Não-Hidromórficos”, sub-
ordem “PV - Podzólico Vermelho Amarelo 9”. São característicos dos terrenos hidromórficos mais antigos.
Quando sujeitos a altos índices pluviométricos, são profundos, altamente intemperizados e muito
lixiviados. Comumente são ácidos e a fertilidade natural também é baixa, o que exige que se adicionem
adubos para permitir o aproveitamento agrícola continuado. Uma limitação a mais é o excesso de
alumínio, que interfere na nutrição das plantas. Solos da ordem “Hidromórficos Pouco Desenvolvidos”,
sub-ordem “HGP e HG” cobrem 8% do Amapá. São solos de desenvolvimento incipiente, afetados por
erosão frequente ou seguidos episódios de deposição de novos materiais, em decorrência de enchentes.
Eles correspondem às várzeas periódica ou sazonalmente inundadas, sistematicamente aproveitadas na
Amazônia para a agricultura de plantas de ciclo curto, tanto no passado quanto no presente. A
acessibilidade e a fertilidade natural fazem com que muitos estudiosos considerem tais solos como os
mais apropriados para a expansão da agricultura familiar na Amazônia, apesar de suas limitações para
os cultivos permanentes.
Cerca de 3% dos solos do Amapá são da ordem dos “Solos Concrecionários”. Os nódulos
característicos deste tipo de solo são adversos à agricultura. Uma outra ordem de solos do Amapá é a
dos “Solos Halomórficos”, sub-ordem “SM Solos Indiscriminados de Mangues 18”. Eles cobrem cerca de
2% do Amapá, nas terras do litoral oceânico afetadas pelas marés e geralmente cobertas por manguezais.
O último tipo de solo por citar é o da ordem dos “Solos Hidromórficos com B Textural”, sub-ordem “GG-
HL - Laterita Hidromórfica 14 Pl”, que cobre apenas 1% do Estado. Como os três primeiros tipos, esse
solo tem baixa fertilidade natural e alumínio em excesso. Freqüentemente, ele é mal drenado, o que
prejudica a fixação de plantas cultivadas.

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Hidrografia:

O Estado possui uma rica e vasta rede hidrográfica com concentração de lagos ao norte do Rio
Araguari, (região de lagos - com cerca de 300 Km²).
O estado possui uma rica rede fluvial, com rios caudalosos e perenes, sendo grande parte deles
constituintes da Bacia Hidrográfica Amazônica, e outros, como é o caso do rio Oiapoque, formando bacias
secundárias conhecidas como bacias do Norte ou do Amapá.
As bacias hidrográficas dos rios Araguari, Oiapoque e Jari, são as maiores do estado.
Nos últimos anos o potencial hidrelétrico das bacias amapaenses tem sido explorado com a construção
de usinas hidrelétricas, duas construídas no rio Araguari (Cachoeira Caldeirão e Ferreira Gomes, que
junto com a usina de Coaraci Nunes formam o conjunto de usinas hidrelétricas do Araguari), e uma no rio
Jari, a usina de Santo Antônio.
Os lagos têm sua origem em antigas depressões limitadas por barreiras, que foram se formando pela
deposição de sedimentos que estancaram a água.
À medida que a sedimentação continua, esses lagos deverão tornar-se, mesmo que muito lentamente,
cada vez mais rasos.
O grande problema da região dos lagos é a degradação (rebanho bubalino) compactação dos solos,
pisoteamento do gado, a salinização das águas dos lagos, a erosão dos solos, a devastação de trechos
para abertura de pastos, dentre outros.

Pororoca:
Consiste num fenômeno peculiar do Estado. Ocorre quando há o encontro das forças contrárias da
maré do Oceano Atlântico, proveniente da Corrente do Golfo que vem das regiões caribenhas, e o fluxo
das águas doces dos Rios do Estado por ocasião das luas cheias.
O fenômeno natural é um dos espetáculos mais edificantes da natureza que conjuga beleza e força,
no encontro das águas do mar com as águas do Rio. Etimologicamente, a pororoca significa “grande
onda” na língua indígena; há outra vertente que explica que o termo é oriundo de um termo indígena
onomatopéico “poroc-poroc”, referência ao barulho da força das ondas. É uma onda que ocorre em
épocas de grande marés oceânicas. Tais ondas de águas doce, formam-se em rios e baias pouco
profundas, onde existe uma grande variação entre a maré alta e maré baixa, com maior propensão da
massa líquida dos oceanos, força que na Amazônia é sentida, calculadamente, há cerca de mil
quilômetros.
Infelizmente, o fenômeno da pororoca vem sendo prejudicado pela redução do volume de água do leito
dos rios, provocado dentre outros fatores, pela abertura de canais em propriedades rurais, em alguns
casos os canais são mais largos que o leito do rio; pela construção de grandes hidrelétricas, e o
consequente represamento das águas; além das mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento
global.

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Vegetação:
A vegetação natural do Amapá, em seu conjunto, tem ao menos duas características notáveis. Em
primeiro lugar, destaca-se o baixo grau de alterações antrópicas em quase todas as formações. A única
exceção são os cerrados, principalmente em torno de Macapá, que sofreram um elevado nível de
modificação em função de atividades humanas no passado e ainda comuns no presente (como fogo,
transformação em pastagens, reflorestamentos e extração de madeira). No entanto, muitos campos
cerrados mais afastados de Macapá ainda parecem conservar quase integralmente as condições
florísticas e fitofisionômicas primitivas. Quanto aos campos inundados, ainda relativamente bem
preservados, existe a preocupação com os efeitos ambientais da pecuária bubalina, em função do regime
de criação extensiva, de sua resistência e do grande crescimento que os rebanhos demonstraram nos
últimos anos. Os manguezais do Amapá são, aliás, considerados os mais preservados de todo o litoral
brasileiro. Florestas nativas pouco ou muito pouco alteradas são a regra comum no Estado.

O caráter relativamente remoto do Amapá, aliado a uma população pequena e concentrada, contribuiu
para esse notável grau de preservação da integridade ecológica de grandes extensões das comunidades
vegetacionais nativas. Quando se realizou o Zoneamento Ecológico e Econômico do Amapá, que
começou em meados da década de 1990, a interpretação das imagens de satélite (por meio de técnicas
de sensoriamento remoto) revelou que o total de florestas nativas perdidas do Amapá, desde a década
de 1970, fora pouco acima de 1%. O grupo executor do Zoneamento descobriu que toda a vegetação
nativa do Amapá, e não apenas as suas florestas, foi a menos alterada entre todos os Estados
amazônicos.
Um segundo aspecto notável da vegetação nativa do Amapá é que o seu alto grau de diversidade está
distribuído em áreas relativamente próximas entre si. Em muitos lugares, uma linha reta imaginária
traçada da costa atlântica para o interior, de leste para oeste, em poucas dezenas de quilômetros
atravessa manguezais, restingas, campos inundados, cerrados, florestas ciliares e florestas de palmeiras,
até chegar às primeiras formações mais densas de florestas. Como a distância é sempre uma variável
importante em quaisquer empreendimentos na Amazônia, em virtude das dificuldades logísticas inerentes
aos deslocamentos na região, essa combinação de variedade ecológica com proximidade, faz do Amapá
um local ideal para programas de pesquisas em biologia e ecologia, especialmente sobre diversidade
genética, biológica e ecossistêmica. É, também, um facilitador de atividades de turismo ecológico e
projetos de educação ambiental. O Amapá é um verdadeiro laboratório.
A cobertura florística nativa do Amapá apresenta uma forte correlação com as duas zonas morfológicas
em que o Estado é dividido. Existem pelo menos seis grandes tipologias de vegetação (ou comunidades
vegetacionais) a serem destacadas: florestas tropicais úmidas latifoliadas de folhagem permanente;
cerrados (ou campos naturais, ou campos cerrados); manguezais; restingas costeiras; lagoas e alagados
de água doce ou salgada, (ou “campos inundados”, ou “campos de várzea”); e as florestas de palmeiras.

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Para quem viaja ao norte de Macapá pela BR-156, que atravessa a Planície Costeira, a paisagem se
apresenta como uma combinação de cerrados, entremeados em suas partes mais baixas por matas
ciliares densas, florestas de palmeiras e freqüentes “ilhas” de florestas densas (geralmente localizadas
em meandros fluviais abandonados). Para o leste, mais longe da estrada, ou então mais ao norte, nos
arredores da cidade de Amapá, os cerrados fazem contato com os campos inundados, que, por sua vez,
são substituídos pelas restingas e pelos manguezais. Essas duas tipologias litorâneas, no entanto, não
podem ser avistadas por quem viaja pela rodovia. Seu acesso somente é possível por estradas
secundárias em sentido leste (algumas das quais particulares), ou seguindo os rios até o litoral. A região,
cortada pelos últimos 150 km da BR-156, antes de chegar à cidade de Oiapoque, é dominada por
contínuas florestas de terra firme, situadas em pontos mais altos. A mesma tipologia ocupa os terrenos
situados às margens da BR-210, trecho inacabado da chamada “Perimetral Norte”, e do último trecho da
linha férrea Santana-Serra do Navio, o que pode ser apreciado por quem viaja por elas.
As florestas do Amapá se subdividem em pelo menos cinco categorias básicas, de acordo com a sua
localização: montanas, sub-montanas, ciliares (ou aluviais), de terras baixas não-inundáveis e as de terras
baixas inundáveis. As diferentes classes de florestas têm estruturas e floras variadas. No entanto, são
insuficientemente estudadas, sendo que os poucos inventários realizados até o presente momento são,
em geral, baseados em amostras relativamente pequenas. No seu conjunto, os cinco tipos de florestas
cobrem cerca de 80% do Amapá, a oeste, norte, centro, centro-sul e partes do leste, compondo, assim,
a vegetação dominante do Estado.
Os cerrados (ou savanas) do Amapá subdividem-se em dois tipos: “parque” (com numerosos arbustos
e árvores baixas) e “abertos” (com menor incidência de arbustos e árvores baixas). Os dois tipos têm um
estrato herbáceo permanente. Esses cerrados ocorrem nas seções bem drenadas da Planície Costeira,
longe do mar. Cobrem apenas cerca de 6% da área do Estado e têm sido usados historicamente para os
mesmos fins dados aos cerrados mais secos (e muito mais extensos) do Brasil central: pastagens naturais
para bovinos, agricultura de pequena escala e exploração florestal. Eles são a formação vegetal de maior
impacto e exploração do Estado, em função da pecuária, dos extensos reflorestamentos com árvores
exóticas (pinus e eucalipto), da coleta de madeira para queima e de outras pressões oriundas da “Grande
Macapá” e de várias cidades menores situadas na Planície Costeira.
Os manguezais e as restingas localizadas junto ao litoral atlântico e à foz do rio Amazonas. Juntos,
eles cobrem cerca de 11% do Amapá. Os manguezais marinhos se instalam em depressões e lamaçais
litorâneos saturados por sais, sujeitos à influência das marés. Formam comunidades densas, de folhagem
permanente, de plantas lenhosas, gramíneas e herbáceas especializadas, resistentes à salinidade do
solo. As restingas são comunidades compostas principalmente por gramas e ervas (por vezes contendo
árvores e arbustos de pequeno porte), localizadas em terrenos litorâneos um pouco mais elevados (como
dunas), bem drenados, em geral arenosos, menos saturados por sais e fora do alcance das marés. Ao
longo do tempo, as restingas tendem a substituir os manguezais, à medida que novos depósitos marinhos
e fluviomarinhos ampliam os terrenos não recobertos regularmente por marés.
As restingas e os manguezais formam duas comunidades vizinhas, por vezes denominadas
“formações pioneiras”, As florestas de palmeiras são formações associadas aos terrenos influenciados
por água doce, seja ao longo dos meandros dos rios ou nos terrenos planos e alagados da Planície
Costeira. Diversas espécies de palmeiras (como açaizeiro e buritizeiro) adaptam-se à água doce parada
ou em lento movimento, a qual forma bosques relativamente densos que conseguem nascer e prosperar
mesmo em águas com até 50 cm de profundidade. Ainda não há estimativas quanto ao percentual de
área ocupado por este tipo de floresta, mas é possível afirmar que sua representatividade é pequena,
apesar de sua marcante expressão fisionômica na paisagem.
Os campos inundados (ou “campos de várzea”) formam uma área relativamente extensa (cobrem
cerca de 8% da área do Estado) marcada por um complexo labirinto de lagos de água doce e salobra,
por vezes interligados por meio de canais e furos. A flora é composta principalmente por gramas e ervas,
mas existem também ilhas de florestas densas, florestas de palmeiras e até de manchas de cerrados (em
terrenos mais drenados).
Diferentes pontos do Estado são ocupados por sistemas de transição, marcados pela zona de contato
entre tipos distintos de vegetação. Exemplos desse tipo de situação podem ser observados quando as
florestas densas dos terrenos mais elevados se estendem até as altitudes mais baixas da Planície
Costeira, o que faz contato com o cerrado ou quando estes margeiam os campos inundados e as
restingas. Dependendo dos fatores do meio (chuvas, inundações, fogo), estes sistemas podem se
apresentar instáveis, quando se justifica a designação de “Área de Tensão Ecológica”. Nesta condição,
verifica-se normalmente o avanço de um tipo vegetacional em detrimento do outro. Essas áreas cobrem
cerca de 3% da área do Estado.

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Resumindo:

Formações florestais
a) Floresta Densa de Terra Firme: Ocupa aproximadamente 70% do espaço amapaense,
Concentra-se na porção Oeste do Estado.
É o tipo de vegetação mais expressivo do Estado.
Destaca-se pela sua alta biodiversidade.
Ainda não apresenta um quadro crítico de devastação, tendo em vista a abrangência territorial desse
ecossistema.
As espécies que se destacam são: angelim, acapu, sucupira, castanha do Brasil, sapucaia, matamatás,
breus, louros, copaíba, cipó titica, etc.

b) Floresta de Várzea:
Configuram um ambiente primário florestal, de alto porte em plantas trepadeiras e epífitas.
É o segundo maior ambiente florestado do Estado.
O estrato emergente é formado por árvores de 30 a 35m de altura.
Ex. o Açaí, Bacaba, andiroba, buriti, Ucuúba ou Virola, seringueira, ubuçu, arumã, etc...
Economicamente é pressionada pela extração seletiva de madeiras, de palmitos e de outros elementos
típicos.
Representa cerca de 4,8% do Estado,
Compreende o canal do Norte do Rio Amazonas e áreas dos principais rios da região sujeitas à
inundações por ocasião do movimento das marés.

c) Mata de Igapó:
São representados por áreas disjuntas, de difícil precisão de seus limites e dimensões, com grandes
limitações naturais em termos de uso e ocupação, e por conseqüência, não ressentindo, até o momento
de grandes pressões. Caracteriza-se pelo regime de alagamento permanente ou pelo menos com alto
grau de encharcamento do solo durante a maior parte do ano.

Manguezal:
Ocupa parte do litoral do Estado.
Vegetação pneumatófila (raízes aéreas),
Solos halófilos (com influência salina).
Ocorre na Costa amapaense de influência salgada (devido ao Oceano Atlântico).
Espécies típicas: mangal, tintal, siriubal, etc.
A catação indiscriminada do caranguejo gera problema ambiental.
É um dos ecossistemas mais ativos, pois participa intensamente no aumento da produtividade primária
dos mares e estuários, constituindo berçário de espécies marinhas, crustáceos, peixes, aves, dentre
outros

Cerrado:
É um ambiente não amazônico.
Sua presença nesta região é consequência de drásticas alterações climáticas que marcaram a história.
Sua vegetação é do tipo savanítica (cobertura vegetal aberta),
Vegetação esparsa, estrato herbáceo-arbustivo.
Presença de capões (porção de mata isolado no meio dos campos).
Características morfológicas: raízes profundas, troncos retorcidos com casca grossa e solos ácidos.
Árvores típicas: Sucuuba, barbatimão, Murici-vermelho, caimbé, Caju, Murici-branco, etc.
Ocupa 6,0% do estado em uma faixa norte-sul.
Algumas críticas vêm sendo levantadas contra o projeto CHAMPION (CHAMFLORA)instalado neste
ecossistema, principalmente quanto à utilização de agrotóxicos no manejo da vegetação de pinnus e
eucaliptos (vegetação exótica) em substituição à vegetação original e consequente contaminação dos
mananciais, lagos e igarapés.

Campo de várzea (ou inundáveis):


Ambiente influenciado pelo regime pluvial sazonal, e de marés cíclicas.
Os campos de Várzea são influenciados pelas águas das chuvas e pelo regime de marés.
Áreas deprimidas, interligadas por uma intensa rede de canais com inúmeros pequenos lagos
temporários ou permanentes.

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Ocorre com maior intensidade na região que vai do Rio Araguari até o Cabo Orange, no Oiapoque.

Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE:


O processo de elaboração do ZEE é considerado exemplar no país: foi implantado pelo laboratório de
Geoprocessamento do Instituto de Estudos e Pesquisas do Estado do Amapá (IEPA), viabilizando a
capacitação de uma equipe multidisciplinar local; teve um custo financeiro menor do que os realizados
por empresas de consultorias e está associado ao sistema Estadual de Planejamento. Avaliação de
Potencial de Recursos Naturais. Avaliação das limitações Naturais, desempenho socioeconômico e
Ocupação Territorial. Estas cartas proporcionaram uma análise integrada da dinâmica natural e
socioeconômica, condições necessárias para o planejamento do uso sustentável dos recursos a médio e
longo prazo.

A população do Amapá: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos

População

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Trabalho e Rendimento
Em 2016, o salário médio mensal era de 1.7 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em
relação à população total era de 9.2%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as
posições 13 de 16 e 5 de 16, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na
posição 3453 de 5570 e 3444 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos
mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 46.5% da população nessas condições, o que o
colocava na posição 6 de 16 dentre as cidades do estado e na posição 1952 de 5570 dentre as cidades
do Brasil1.

Educação
Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média de 3.7 no IDEB.
Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 2.9. Na comparação com cidades do mesmo estado, a
nota dos alunos dos anos iniciais colocava esta cidade na posição 8 de 16. Considerando a nota dos
alunos dos anos finais, a posição passava a 14 de 16. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14
anos) foi de 95.8 em 2010. Isso posicionava o município na posição 11 de 16 dentre as cidades do estado
e na posição 4692 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

1
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/amapa/panorama

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. 9
Economia

Saúde
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de - para 1.000 nascidos vivos. As internações devido
a diarreias são de 4.5 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica

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. 10
nas posições 1 de 16 e 1 de 16, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas
posições são de 1 de 5570 e 764 de 5570, respectivamente.

Território e Ambiente
Apresenta 33.9% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 47.7% de domicílios urbanos
em vias públicas com arborização e 6.4% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização
adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros
municípios do estado, fica na posição 2 de 16, 7 de 16 e 3 de 16, respectivamente. Já quando comparado
a outras cidades do Brasil, sua posição é 2939 de 5570, 4212 de 5570 e 3229 de 5570, respectivamente.

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O espaço econômico: atividades agropecuárias, extrativistas e industriais. O
desenvolvimento econômico do Amapá

A participação do Amapá na economia brasileira é de aproximadamente 0,2%. A população do estado


é predominantemente urbana, como sua base econômica: o setor de serviços responde por cerca de 89%
do PIB, o setor secundário por 8% e o setor primário por apenas 3,2%. Quase metade (48,7%) do PIB é
proveniente da administração governamental e gastos sociais, 14,5% são advindos do setor de comércio
e serviços, e 11% de atividades imobiliárias e aluguéis. Em 2016, o PIB do Amapá foi de R$16.968
milhões de reais (IBGE, 2012)2.
Os principais setores produtivos do Amapá respondem atualmente por pequenas porções do PIB: a
construção civil é responsável por 3,8%; a indústria de transformação por 3,1%; a agricultura, silvicultura
e produtos florestais por 2,3%; pecuária e pesca por cerca de 1%; e mineração por 1,4%. A indústria de
transformação no Amapá gerou R$155 milhões em 2011, e centra-se na transformação de produtos
minerais.
Os minérios são os principais produtos de exportação do Amapá: em 2013, o principal produto
exportado foi ouro, responsável por 50,7% do total das exportações, seguido por minério de ferro, com
34,6% (SECEX, 2014). Cerca de 99% do ferro, caulim, ouro e cromita produzidos no Estado foram
destinados para os mercados externos (nacionais e internacionais), e as quatro indústrias empregaram
cerca de 1.190 pessoas em 2009.
A área de floresta plantada no estado do Amapá em 2012 foi de 49.951 ha, colocando-o como o 14º
estado brasileiro em termos de área de plantações florestais. As florestas plantadas geraram 1.762.169
m³ de madeira em tora em 2012. 531.491 m³ de madeira em tora e 320.862 m³ de lenha foram legalmente
retiradas de florestas nativas em 2012 (IBGE, 2013b). A participação de madeira e produtos de madeira
nas exportações do Amapá foi de 4,5% em 2012 e subiu para 11,2% em 2013 (SECEX, 2014).
O PIB não consegue medir a contribuição dos ativos ambientais ao bem-estar. Assim, apesar de sua
baixa contribuição para o PIB, a extração de recursos florestais não-madeireiros, a agricultura familiar e
a pesca são vitais para garantir os meios de subsistência e a segurança alimentar à população do Amapá.
Em 2007, a produção de pescados foi responsável por mais de R$50 milhões. 63% do pescado foi
extraído de águas continentais e 35% de águas marinhas (IBAMA, 2007). Em 2012, o principal produto
florestal não madeireiro extraído no Amapá foi o açaí (gerando R$2.234 mil para os produtores), seguido
da castanhado-Brasil (R$319 mil), borracha (R$210 mil) e palmito (R$26 mil) (IBGE, 2013b). No entanto,
grande parte da produção e do comércio de produtos não-madeireiros ocorre no mercado informal; este
não é capturado por dados oficiais mas precisa ser melhor avaliado caso se pretenda aumentar seu
potencial econômico.
A cadeia produtiva do açaí movimenta um total de R$500 milhões/ano. Existem cerca de 2.300
amassadeiras de açaí em Macapá e Santana, dois dos principais municípios produtores de açaí. Além
disso, o açaí é um importante produto de exportação do estado, sendo que em 2013 respondeu por cerca
de 3,2% das exportações amapaenses, e 3,9% em 2012. Cerca de 90% do açaí consumido no Amapá é
extraído de áreas de várzea no estuário do rio Amazonas, em ilhas pertencentes ao estado do Pará. O
apoio do governo ao setor está crescendo: a Embrapa e o IEPA desenvolveram técnicas para o manejo
sustentável e processamento do açaí a partir das quais o IEF treinou mais de 2.000 pequenos produtores.
O SEBRAE e empresas como a Sambazon também trabalham com o fortalecimento da cadeia produtiva,
melhoria da qualidade do açaí e do processo de beneficiamento, além de apoiar o acesso a inovações e
incentivos financeiros. Programas governamentais, como o PRONAF, oferecem financiamento para
pequenos agricultores e populações extrativistas.
De acordo com instituições de pesquisa (Embrapa, IBGE, SUDAM), entre 60 e 70% dos solos das
regiões oeste e central do Amapá são inadequados para a agricultura, sendo mais adequados para a
proteção de florestas ou extração de produtos florestais não madeireiros. O Amapá não é um grande
produtor agrícola. Sua produção está voltada principalmente para o consumo interno, tendo como
principais produtos a mandioca (12.800 ha plantados em 2012), o milho (2.600 ha plantados) e o arroz
(2.500 ha plantados) (IBGE, 2013a). O estado tem rebanhos significativos de búfalo (254.046 indivíduos)
e bovinos (142.825 indivíduos), ambos criados em sistema extensivo (IBGE, 2013c).
Entre a área de floresta e várzea, há uma faixa de cerrado no sentido norte-sul que ocupa cerca de
6,9% do território do Amapá, ou 986 mil hectares. Atualmente, essa área tem sido utilizada por florestas
plantadas (principalmente eucalipto), e para a produção agropecuária. Essa área é apontada como sendo
de grande aptidão para a produção de soja, ainda que os preços dos insumos ainda dificultem a
2
VIANA, E. VIANA, C. et al. Economia Verde no Estado do Amapá, Brasil. http://pubs.iied.org/pdfs/16575PIIED.pdf

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viabilidade da produção. No entanto, existe um setor do agronegócio emergente, com grande perspectiva
de expansão, que compreende principalmente investidores oriundos do Mato Grosso e outros estados.
Até 2012 não houve registro de produção de soja no Amapá (IBGE, 2013a), mas a perspectiva de
adequação do porto de Santana para escoar a produção de soja do Mato Grosso e de municípios ao
longo da BR 163, juntamente com a crescente demanda internacional, indicam que a soja pode vir a ser
um produto atraente para a região.
Não menos importante é a riqueza armazenada nas florestas, notadamente a biodiversidade, o
estoque de carbono e outros serviços ambientais. Esses recursos estão se tornando cada vez mais
escassos na escala global, e estão começando a formar a base de uma determinada classe de ativos
financeiros verdes, notadamente a compensação de carbono. No total, o estado do Amapá tem cerca de
70% do seu território em áreas protegidas, o que corresponde a 9.981.538 hectares. Oito áreas pertencem
a categorias de proteção integral: parques nacionais, reservas biológicas ou estação ecológica, o que
representa quase 60% de toda a área protegida. Onze áreas são classificadas como de uso sustentável,
distribuídas em Reserva Extrativista Nacional (RESEX), Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN), Floresta Nacional, Floresta Estadual, Área de Proteção Ambiental, Reserva de Desenvolvimento
Sustentável (RDS) e Parque Natural Municipal. Existem ainda cinco terras indígenas demarcadas,
totalizando 1.183.498.31 hectares.
Existe um enorme potencial de participação do Amapá na mitigação das mudanças climáticas globais
por meio da preservação das florestas: apenas 2% da área do estado foram desmatadas. A emergente
economia do mercado de carbono representa uma oportunidade para o Amapá ser pago pela provisão
de serviços de conservação de carbono florestal, ou por ser ‘recompensado’ por manter suas florestas
em pé. O mecanismo internacional de REDD+2 está em negociação há alguns anos, mas decisões
importantes sobre seu desenho e operação foram feitas na Conferência das Partes da UNFCCC no final
de 2013. Além disso, o mercado voluntário de carbono tem por vários anos permitido que empresas,
indivíduos ou territórios compensem suas emissões de GEE através da compra de créditos de projetos
de conservação da floresta. No quadro emergente de REDD+, as estimativas de estoque e fluxo de
carbono devem seguir rigorosos critérios de medição, relato e verificação (MRV), a partir de um nível de
referência da floresta, de modo a garantir que as reduções de emissões sejam genuínas e adicionais. Há
também salvaguardas para garantir a participação social na repartição de benefícios. No Amapá, os
moradores da RESEX ou RDS e populações extrativistas podem ser os primeiros a se beneficiar de um
mecanismo desse tipo, pois eles são dependentes, e guardiões, das florestas.
Os critérios utilizados para a geração de créditos de carbono enfatizam a adicionalidade, ou seja, a
compensação exige a retenção de mais carbono do que de teria ocorrido na ausência daquele
determinado projeto. Isso poderia resultar em um pequeno volume de créditos de carbono para o Estado
do Amapá, apesar de sua extensa área de floresta intacta – isto porque a conversão da floresta, com
base em taxas passadas de desmatamento, não é uma ameaça tão grave como em outras áreas do país.
No entanto, existe no Brasil o reconhecimento de que um sistema que premia apenas as áreas onde o
desmatamento tem sido alto pode resultar em incentivos perversos, e de que, portanto, faz-se necessário
incentivar estados como Amapá, que tem elevados estoques de carbono, a mantê-los. O governo do
Amapá está ciente deste potencial se adiantou através da discussão da Política Estadual de Mudanças
Climáticas e da participação no Fórum Global dos Governadores para Clima e Floresta, entre outras
iniciativas.
Existe portanto o potencial do carbono no Amapá, mas as oportunidades também precisam ser
ampliadas para incluir outros serviços ambientais prestados pelas florestas preservadas – notadamente
a conservação da biodiversidade, regulação hídrica e conservação cultural.
O cenário do Amapá reflete uma tendência nacional no Brasil. O agronegócio tem crescente
importância para o PIB nacional, aumentando também sua influência política. Em 2012, o Congresso
brasileiro aprovou uma legislação florestal que foi tida pela maioria dos ambientalistas como um
retrocesso dos compromissos ambientais ao render-se à agricultura insustentável. O Código Florestal
define regras gerais de ocupação de terras no Brasil, e passou a permitir a consolidação de áreas
desmatadas antes de 2008. Isto é percebido como uma anistia aos desmatamentos feitos ilegalmente, e
pode encorajar mais desmatamento. Em 2013, houve um tenso debate no Congresso sobre terras
indígenas, que pode resultar em outro revés para a conservação e o direito de povos indígenas. A
tendência de crescimento não-inclusivo e com poucas considerações ambientais é liderada por
organizações pró-agricultura e alguns membros do Congresso Nacional.
Ao mesmo tempo, uma importante iniciativa está sendo liderada pelo IEF. Ao incentivar a exploração
legal em áreas florestais pequenas, médias e grandes por cooperativas locais e pelo setor privado através
de concessões florestais, espera-se que a extração ilegal de madeira diminua. O primeiro edital foi
lançado em dezembro de 2013, oferecendo 150 mil hectares de floresta nativa. Audiências públicas foram

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realizadas em março em três municípios envolvendo representantes de vários setores da sociedade
(estudantes, comunidades locais, populações tradicionais, funcionários do governo, setor privado). O
leilão está previsto para ocorrer em abril de 2014. De acordo com um zoneamento concluído
recentemente, o Amapá tem cerca de 1 milhão de hectares de florestas com potencial de concessão.
As atividades de mineração também estão aumentando no Amapá, e o desenvolvimento do setor é
visto como central para o futuro da economia do estado. No entanto, os interesses de expansão da
atividade mineradora também podem representar uma ameaça para áreas protegidas como a FLOTA. Há
uma crescente pressão política por parte da Assembleia do Estado para reduzir a área sob proteção
ambiental. Além disso, grandes interesses do setor da mineração estão pressionando por mais
desenvolvimento em infraestrutura (especialmente estradas). O garimpo de ouro é um importante vetor
de degradação ambiental, especialmente em Lourenço, Vila Nova e Oiapoque, e a poluição por mercúrio
é um importante contaminante de pescados e uma questão que merece atenção. Garimpeiros brasileiros
também têm entrado ilegalmente na Guiana Francesa, criando problemas semelhantes.
Há uma pressão crescente pela instalação de grandes infraestruturas para viabilizar o crescimento de
outros setores. A conexão com a Guiana Francesa oferece grandes oportunidades comerciais para o
Amapá; nesse sentido, a BR-156 está sendo pavimentada e a ponte binacional está sendo concluída. Há
também a intenção de pavimentar as seções restantes da BR210. A readequação do porto de Santana
pretende expandi-lo para escoar a produção de grãos de outras partes do Brasil. O Amapá poderá receber
produtos para a Guiana Francesa, bem como promover maiores relações comerciais com este e os
demais países do escudo da Guiana, abrindo perspectivas para seus produtos agrícolas e pecuários,
entre outros. Assim, espera-se que a consolidação da infraestrutura logística do estado melhore o
desempenho econômico do Amapá. Ao mesmo tempo, diversos estudos indicam que estradas,
especialmente as pavimentadas, são importantes vetores de desmatamento. Portanto, é essencial pensar
em estratégias para controlar o desmatamento e a degradação ao longo das estradas.
O Governo do Amapá recebeu um empréstimo de R$ 2 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) para investir na construção e pavimentação de estradas. O Governo
Federal também garantiu financiamento para a pavimentação da BR-210. Esses investimentos
representarão uma ameaça para a terra indígena (UEÇA) e áreas protegidas (RESEX Cajari) se não
forem acompanhados de medidas que garantam o controle ambiental e programas de desenvolvimento
sustentável.
Enquanto uma economia verde propõe uma matriz energética limpa, 70% da geração de energia no
Amapá atualmente é feita a partir da queima de óleo diesel (Eletronorte 2012). No entanto, esforços estão
sendo feitos para reverter esta situação. A integração do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) é
um exemplo; outro são as hidroelétricas planejada para gerar 1.000 MW (Figura 5). Essas alternativas
irão substituir o fornecimento de energia da usina termelétrica de Santana e poderão até transformar o
estado em um exportador de energia através do SIN (CEA, 2012). Por outro lado, esses empreendimentos
irão aumentar a pressão sobre os ecossistemas naturais e comunidades tradicionais, que estão sujeitas
a inundações e outros impactos associados a projetos hidrelétricos na Amazônia. Alternativas verdes, tais
como a utilização de resíduos, energia solar, eólica, biomassa e pequenas ou micro hidrelétricas, podem
ser soluções inteligentes para a questão, ao menos em determinadas localidades. Além disso, elas
poderiam gerar créditos de carbono através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O projeto
hidrelétrico Ferreira Gomes já está desenvolvendo um projeto de MDL, com base nas emissões evitadas
pela substituição do diesel para geração de energia.
A agricultura, silvicultura, mineração, infraestrutura e energia são, portanto, claramente os motores do
desenvolvimento futuro do Amapá. Cada um destes setores é intimamente ligado à qualidade ambiental.
É possível, pelo menos no curto prazo, desenvolver esses setores sem respeitar essas relações
ambientais. Mas, se o desenvolvimento do Amapá pretende ser produtivo, duradouro e resiliente, tanto
para esta geração quanto para as outras que virão, a política econômica deve cuidar dos ativos
ambientais, tais como as florestas; limitar riscos ambientais como a poluição; e visar mercados que
estejam dispostos a pagar por esses benefícios. Além disso, é importante abordar o desenvolvimento
econômico de forma a promover a inclusão das pessoas que mais dependem de recursos ambientais e
estão mais vulneráveis a riscos ambientais (populações pobres) e, ao mesmo tempo, recompensar
aquelas que detêm mais conhecimento sobre como administrar esses recursos (de grupos indígenas na
floresta até empresas de mineração com boas práticas). Isso pode ser chamado de “economia verde
inclusiva”. Para ser verdadeiramente incorporado nessa abordagem, é necessário que a agenda verde
seja fundamentalmente uma agenda humana – de modo a fazer a conexão com as realidades cotidianas
de trabalho, os meios de vida, a saúde e o bem-estar.
Existem precedentes – a agenda da sustentabilidade é amplamente apoiada, ao menos em teoria, pela
população do Amapá. Embora a maioria da população seja urbana, há fortes laços familiares e culturais

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com as populações da floresta, consideradas conhecedoras da natureza mas empobrecidas e carentes
de apoio especial por parte das políticas públicas. Isso cria um ambiente favorável para o sucesso de
políticas verdes como o Programa Pro-Extrativismo. O grau de sucesso deste programa pode tornar-se
um fator importante para as eleições estaduais em 2014, que irão coincidir com as eleições presidenciais.
A administração do governo tem promovido uma agenda pró-verde. Este cenário pode mudar caso os
grandes interesses da mineração, agricultura e energia promovam uma cisão política e econômica no
Amapá. O desafio é evitar ou diminuir essas discrepâncias, identificando formas de conciliar o
crescimento econômico convencional (mineração, agricultura e energia) com agendas sociais e
ambientais inovadoras.
A economia verde inclusiva, como uma maneira de obter o valor ambiental e social de toda a produção
econômica, parece ser uma opção atraente O governador do Amapá e alguns membros do governo
fizeram uma importante visita ao Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), em Washington, em
maio de 2013. Em dezembro de 2013, o BID aprovou um financiamento não-reembolsável de 300 mil
dólares para a realização de inventário florestal, elaboração de planos de manejo e capacitação dos
produtores em manejo florestal, bem como o desenho de mecanismos que garantam a sustentabilidade
do projeto a longo prazo – incluindo REDD+. Isso compõe um projeto de US$ 7 milhões, dos quais US$2
milhões são na forma de financiamento não-reembolsável (visando a capacitação para serviços
ambientais) e US$5 milhões como empréstimo ao Governo do Estado.
O empréstimo será utilizado como crédito para produtores florestais na segunda fase do Programa
ProExtrativismo; a Agência de Fomento do Amapá (AFAP) concederá empréstimo aos produtores
florestais a taxas abaixo da média, baseado nos “serviços bioclimáticos” gerados pelo aprimoramento das
práticas de manejo florestal. A AFAP receberá os direitos sobre esses serviços como uma compensação
pelas taxas de juros subsidiadas. Então os créditos destes serviços bioclimáticos serão transferidos para
o BID, que os utilizará como abatimento da dívida do empréstimo. O Estado do Amapá dará uma
contrapartida adicional de R$ 3,5 milhões.
Esta iniciativa pode gerar um avanço conceitual e potencialmente incentivar o BID a avançar na agenda
verde. No entanto, existe uma necessidade de melhorar a quantificação e valoração desses serviços
bioclimáticos.
Além disso, o Fundo Amazônia, com recursos provenientes da Noruega e gerido pelo BNDES, aprovou
um projeto de R$ 40 milhões que vai dar um enorme impulso para as cadeias produtivas da
‘sociobiodiversidade’ no Amapá, com ênfase no açaí, madeira, castanha-do-Brasil e fibras. O Instituto
Estadual de Pesquisas do Amapá (IEPA) também fará um investimento significativo para auxiliar na
prospecção da biodiversidade visando novos produtos farmacêuticos e terapêuticos. Todos esses são
passos importantes no sentido de gerar uma nova e inclusiva economia de base florestal.

O estado do Amapá no contexto brasileiro

A região onde hoje se encontra o estado do Amapá foi doada ao português Bento Manuel Parente, em
1637, com o nome de capitania da Costa do Cabo do Norte. No final do mesmo século, a região sofreu
incursões de ingleses e holandeses, que foram expulsos pelos portugueses.
No século XVIII, os franceses também reivindicaram a posse da área e em 1713, o Tratado de Utrecht
estabeleceu os limites entre o Brasil e a Guiana Francesa, os quais não foram respeitados pelos
franceses.
Os portugueses construíram então a fortaleza de São José do Macapá, para proteger seus limites das
incursões dos franceses.
O povoamento do território começou a se intensificar no século XIX, com a descoberta de ouro na área
e o crescimento da extração da borracha, que havia atingido altos preços internacionais na época.
A descoberta de riquezas, no entanto, fez crescer as disputas territoriais que culminaram com a
invasão dos franceses em maio de 1895.
A Comissão de Arbitragem, em Genebra, em 1º de janeiro de 1900, deu a posse da região ao Brasil e
o território foi então incorporado ao estado do Pará com o nome de Araguari.
Em 1943, o território passou à administração do Governo Federal, com o nome de Amapá. Em 1945,
a descoberta de ricas jazidas de manganês na serra do Navio, revolucionou a economia local.
Procedeu-se a nova divisão territorial, passando a parte do Amapá ao norte do rio Cassiporé a
constituir o município de Oiapoque. Foi mais uma vez desmembrado em dezembro de 1957, com a
criação do município de Calçoene e a cessão de terras ao norte dos rios Amapá Grande e Mutum.

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A nova Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, elevou o território do Amapá à categoria
de estado da Federação.

Questões

01. (Prefeitura de Padre Bernardo/GO – Contador – Itame) Capital do Estado do Amapá:


(A) Roraima.
(B) Rio Branco.
(C) Belém
(D) Macapá.

02. (TCE/AP – Analista – FCC) Uma característica importante da geografia física do Amapá é o fato
de que
(A) cerca de 80% seu território é banhado por afluentes do rio Amazonas.
(B) o relevo é formado predominantemente por planícies fluvio-lacustres.
(C) as antigas florestas que recobriam o estado foram substituídas por cerrados.
(D) mais da metade do seu território é formado por terrenos de origem vulcânica.
(E) apresenta clima equatorial com forte influência da zona de convergência intertropical

03. (TCE/AP – Analista – FCC) Segundo o censo de 2010, o Amapá


(A) foi um dos estados do país que mais aumentou sua população em termos relativos.
(B) é um dos poucos estados brasileiros com predomínio de população rural.
(C) manteve a condição de segundo estado mais populoso da região Norte.
(D) apresentou um fraco crescimento da densidade demográfica no seu território.
(E) apresenta uma das mais elevadas taxas de envelhecimento da população do país.

04. (TCE/AP – Analista – FCC) Segundo o Censo 2010, o estado do Amapá


(A) é considerado o de maior taxa de mortalidade infantil do país.
(B) manteve como característica o fraco crescimento demográfico.
(C) apresenta predomínio de adultos e idosos no conjunto da população.
(D) apresenta mais de 80% da população residindo nas áreas urbanas.
(E) apresenta pequeno número de migrantes na sua população.

05. (TCE/AP – Técnico – FCC) Sobre o meio físico do Amapá é correto afirmar que
(A) a floresta equatorial está praticamente extinta devido à ocupação do solo.
(B) o seu território é formado por rochas sedimentares e pelos dobramentos recentes.
(C) o seu relevo tem, em média, altitudes abaixo de 300 metros e é pouco acidentado.
(D) o clima predominante é tropical com maiores precipitações entre maio e agosto.
(E) a dinâmica atmosférica do estado é comandada pela massa Tropical continental (mTc).

06. (TCE/AP – Técnico – FCC) Considere as seguintes afirmações sobre a agropecuária do Amapá.
I. O rebanho bovino do estado é o maior da região amazônica.
II. Os bubalinos são mais numerosos que os bovinos.
III. A área destinada a pastagens é mais extensa que a destinada aos cultivos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) II.
(E) II e III.

07. (TJ/AP – Analista – FCC) Sobre a economia do Amapá, é correto afirmar que, atualmente,
(A) a mineração do ouro e do manganês continua sendo, desde os anos 1950, o carro-chefe da
economia local, sendo empreendida por dezenas de mineradoras estrangeiras.
(B) as atividades agrícolas vêm crescendo em grande escala, sendo responsáveis pela maior parte
das exportações do Estado.
(C) a indústria de bens de consumo provocou considerável crescimento do PIB do Estado desde a
criação de zonas francas em Macapá.

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(D) o extrativismo vegetal vem despontando como uma alternativa econômica viável para o meio
ambiente e capaz de atrair investimentos industriais.
(E) o turismo voltado à pesca artesanal é a principal fonte de ingressos no Estado, uma vez que o
Amapá possui vasta hidrografia e abundante variedade de peixes.

08. (TJ/AP – Titular de Serviços – FCC) O Censo realizado no Brasil, em 2010, indica que o Estado
do Amapá:
I. apresentou o maior índice de crescimento populacional entre os estados do país, com 40,18%, entre
2000 e 2010.
II. é o segundo estado do país com menor população, atrás apenas de Roraima.
III. concentra mais da metade de sua população na zona rural.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.

09. (TJ/AP – Analista – FCC) A criação do Território Federal do Amapá


(A) ocorreu após a Guerra da Lagosta, conflito militar entre Brasil e França, que terminou com a vitória
brasileira e foi motivado pela disputa desses países pelo direito à pesca na região.
(B) concretizou-se após a arbitragem internacional realizada pelo governo da Suíça, depois de o Barão
do Rio Branco ter apresentado documento que reivindicava a posse brasileira da região disputada pela
França.
(C) recebeu o aval da França e o reconhecimento internacional durante a Segunda Guerra Mundial,
período em que a região foi considerada geograficamente estratégica pelos aliados.
(D) resultou da compra, pelo Estado do Pará, da região que até então era parte da Guiana Francesa,
mas que possuía maioria de população brasileira e vivia da exploração da cana-de-açúcar.
(E) efetivou-se com o Tratado de Utrecht, assinado pelos governos do Brasil e da França, que
reconhecia o rio Oiapoque como fronteira entre os domínios territoriais dos dois países.

Gabarito

01.D / 02.E / 03.A / 04.D / 05.C / 06.E / 07.D / 08.A / 09.B

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