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Laura Maldaner
Natalie Levandoski
Itapiranga – SC
(2018)
Laura Maldaner
Natalie Levandoski
Itapiranga – SC
2018
1. INTRODUÇÃO
O estudo dos escoamentos através de orifícios, bocais e vertedores, se dá através de uma base
teórica simples. Trata-se de um assunto de grande importância na disciplina de hidráulica,
devido a sua aplicação em diversas estruturas hidráulicas, como por exemplo: projetos de
irrigação, estações de tratamento de água, medição de vazão de efluentes industriais e cursos
d’água, projetos hidroelétricos entre outros.
O objetivo deste trabalho é uma revisão bibliográfica e estudo dos orifícios, bocais e
vertedores, e sua aplicação na disciplina.
2. ORIFÍCIOS
De acordo com Rodrigo de Melo Porto, orifícios são aberturas de perímetro fechado e
forma geométrica definidas, feitas abaixo da superfície livre da água, pelo qual o líquido em
repouso ou em movimento escoa, devido a sua energia potencial ou cinética. O escoamento
pode se dar para um ambiente sob pressão atmosférica ou para uma região onde o líquido
ocupa. São utilizados em estruturas hidráulicas: como projetos de irrigação, bacias de
detenção para controle de cheias, estações de tratamento de água, medição de vazão de cursos
d’água, entre outros.
Conforme Azevedo Netto, são classificados de acordo com sua forma geométrica,
onde podem ser circulares, triangulares, retangulares, etc, segundo ao seu tamanho, onde
podem ser pequenos ou grandes, quanto à orientação do plano do orifício em relação à
superfície livre do líquido: verticais, horizontais ou inclinados, e quanto à natureza da parede,
onde podem ser de parede delgada ou espessa.
São considerados pequenos, no qual as dimensões do orifício são menores que a
profundidade em que se encontram: dimensão vertical igual ou menor a um terço da
profundidade, e grandes quando a dimensão vertical do orifício for maior que um terço da
carga.
Quanto à natureza da parede, podem ser de parede delgada ou espessa, ou seja,
delgada quando o jato líquido apenas toca a perfuração em uma linha do perímetro do orifício,
e espessa, quando nota-se a aderência do jato, como se pode observar na figura 01.
𝐴2
𝐶𝑐 =
𝐴
Os valores de Cc podem ser encontrados em tabela (tabela 01), onde o valor médio
usado é 0,62, variando com as dimensões do orifício e com a carga.
PA VA2 PB VB2
+ +hA= + +hB
Y 2g Y 2g
VB2
hA-hB= VBt=√2gH
2g
A vazão será dada então, por Q= A.V= A2. V2, substituindo A2 e V2:
Cd= Cc. Cv
Um orifício está afogado quando a veia escoa em massa liquida, como observa-se na
figura 03. A expressão de Torricelli pode ser mantida, mas a carga H deve ser a diferença
entre as cargas de montante e jusante. O coeficiente de descarga é ligeiramente inferior aos
indicados para orifícios com descarga livre.
dQ= Cd.L.d.h√2𝑔ℎ