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Educação
Patrimonial
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EDITORIAL
O
inventário, descrição e valoração do Património cultural imóvel preservado
nos diferentes municípios portugueses é uma obrigação legal que, felizmente,
tem tradução crescente em levantamentos que actualizam, sistematizam e
enriquecem o conhecimento local e regional. Aqui e ali ainda realizados a contragosto,
apenas para satisfazer essas obrigações e garantir a aprovação de planos directores e outros
instrumentos sujeitos à tutela da administração central, a verdade é que muitos deles aspiram
transformar-se no essencial: poderosas ferramentas de integração plena dos recursos patrimoniais
na gestão do território e nas políticas e estratégias que não menosprezam a importância da
Capa | Jorge Raposo Cultura, da História e do Património para dar sustentabilidade e qualidade de vida às
Imagem do lagar rupestre de São João I comunidades do presente e às gerações futuras.
com o castelo de Moreira de Rei em pano
de fundo, captada em trabalho de campo
Este tomo da Al-Madan Online é particularmente rico de exemplos e reúne projectos desse
para a Carta Arqueológica do Município tipo nos municípios de Trancoso, Penamacor e Cinfães, que passam a dispor de informação
de Trancoso.
também indispensável para, conhecendo o existente, minimizar o impacto de pequenas e grandes
Foto © João Carlos Lobão, obras públicas e privadas. A Arqueologia preventiva em ambiente urbano está também presente
Maria do Céu Ferreira e Rui Parente
de Figueiredo. através de intervenções nas cidades de Óbidos e de Portalegre, e no balanço do que a investigação
arqueológica vem acrescentando à interpretação da transformação histórica de Leiria.
Noutro plano, as páginas da Al-Madan Online apresentam o que dados preliminares apontam
ser um dos mais importantes sítios arqueológicos submersos até agora localizados em Portugal,
no caso junto à praia de Belinho, a Norte de Esposende. Podem ainda ler-se abordagens
metodológicas ao estudo da cerâmica fina da Idade Moderna, à análise de pastas cerâmicas
II Série, n.º 21, tomo 3, Julho 2017 por recozedura e à reavaliação das centuriações romanas propostas para o território de
Conimbriga, bem como a proposta de aplicação de um modelo estatístico preditivo para
Proprietário e Editor | localização de povoados pré-históricos da Beira interior.
Centro de Arqueologia de Almada,
Apartado 603 EC Pragal,
Outros trabalhos compõem um conjunto de grande diversidade. Um deles aborda a temática
2801-601 Almada Portugal da espiritualidade islâmica que marcou os séculos X a XII na região costeira entre a serra da
NIPC | 501 073 566 Arrábida e Sines, intensificada e conjugada com as medidas defensivas impostas pelas incursões
Sede | Travessa Luís Teotónio vikings. Outro relata um curioso incidente na tentativa de inspecção técnica a duas locomóveis
Pereira, Cova da Piedade,
2805-187 Almada
a vapor, em 1931, na zona de Linda-a-Pastora (Oeiras), e realça o papel da análise documental
Telefone | 212 766 975 na Arqueologia industrial. Por fim, um último artigo fala-nos de etnografia e erudição nos
E-mail | c.arqueo.alm@gmail.com artefactos de couro, num testemunho pessoal que interage com a obra de Gil Vicente e histórias
Internet | www.almadan.publ.pt de vida de vários artesãos, até ao Museu dos Samarreiros, em Vila Verde (Seia). A terminar,
ISSN | 2182-7265 faz-se balanço de encontros de Zooarqueologia e Arqueomalacologia recentes e listam-se
Estatuto editorial | vários outros eventos em agenda para datas próximas ou de médio prazo.
www.almadan.publ.pt
E não esqueça que, na mesma data deste tomo digital, iniciou a sua distribuição o
Distribuição | http://issuu.com/almadan
N.º 21 da Al-Madan impressa, com um dossiê especial dedicado ao Património Cultural
Patrocínio | Câmara M. de Almada
Parceria | ArqueoHoje - Conservação
Subaquático de Época Contemporânea e vários outros motivos de interesse.
e Restauro do Património Na Internet ou nas páginas impressas, votos de boa leitura.
Monumental, Ld.ª
Apoio | Neoépica, Ld.ª Jorge Raposo
Director | Jorge Raposo
(director.almadan@gmail.com)
Publicidade | Centro de Arqueologia
de Almada (c.arqueo.alm@gmail.com) Resumos | Jorge Raposo (português), Carvalho, Tânia Manuel Casimiro, Manuel Resende, J. A. Severino
Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel dos Filipe Castro, Cláudia Costa, Cleia Rodrigues, Helena Santos, João Luís
Conselho Científico | Santos (francês) Detry, José d’Encarnação, Marta Sequeira, Maria João Valente e
Amílcar Guerra, António Nabais, Estanqueiro, Maria do Céu Ferreira, Chia-Chin Wu
Luís Raposo, Carlos Marques da Silva Modelo gráfico, tratamento de imagem
e paginação electrónica | Jorge Raposo Sara Ferro, João Figueiredo, Rui
e Carlos Tavares da Silva Parente de Figueiredo, Bruno R. Os conteúdos editoriais da Al-Madan Online
Redacção | Centro de Arqueologia de Revisão | Fernanda Lourenço Bairrão de Freitas, Luís Gomes, Sofia não seguem o Acordo Ortográfico de 1990.
No entanto, a revista respeita a vontade dos
Almada (sede): Vanessa Dias, Colaboram neste número | de Melo Gomes, Eliana Goufa, Marco autores, incluindo nas suas páginas tanto
Ana Luísa Duarte, Elisabete Alexandre Monteiro, Ana Almeida, Liberato, João Carlos Lobão, Ivone artigos que partilham a opção do editor
Gonçalves e Francisco Silva Guilherme Cardoso, António Rafael Magalhães, Franklin Pereira, Jorge como aqueles que aplicam o dito Acordo.
3
ÍNDICE
EDITORIAL ...3
Arqueologia em Leiria:
CRÓNICAS análise do seu contributo para
a compreensão da evolução
A Arqueologia e o Rigor | histórica da cidade |
José d’Encarnação...8 Luís Gomes...65
ARQUEOLOGIA
ARQUEOLOGIA
SUBAQUÁTICA
Análise de Pastas de
Cerâmica Através de Recozedura |
Reavaliação das Centuriações Guilherme Cardoso...108
Propostas para o Território
de Conimbriga: uma abordagem
arqueogeográfica | Bruno
Ricardo Bairrão de Freitas...115 OPINIÃO
PATRIMÓNIO
O Despertar da Espiritualidade
- de al-Qasr / Alcácer
Islâmica no Sahil
. .
[do Sal] entre o emirato andalusi
e o califado almóada |
António Rafael Carvalho
e Chia-Chin Wu...128 Modelos Preditivos em
Arqueologia: uma aplicação
aos povoados proto-históricos
da Beira Interior | Marta
Estanqueiro...122
“Retire-se Que Isto Não Acaba Bem”: o caso do
processo n.º 3062 da 3.ª Circunscrição Industrial
e a importância das Circunscrições Industriais
para a Arqueologia Industrial | João Luís
Sequeira, Tânia Manuel Casimiro e
João Figueiredo...145
EVENTOS
Zooarqueologia e
Arqueomalacologia da Península
Ibérica | Cleia Detry, Cláudia
De Gil Vicente ao Museu Costa e Maria João Valente...179
dos Samarreiros: etnografia e
erudição nos artefactos em couro | Agenda...182
Franklin Pereira...157
5
CRÓNICA
A Arqueologia
e o Rigor
“ Há, pois, necessidade
de uma educação para o
rigor, que deve ser cada
vez mais incentivada,
José d’Encarnação
[Catedrático de História, aposentado, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra].
sobretudo agora que os
Por opção do autor, o texto não segue as regras do Acordo Ortográfico de 1990. meios tecnológicos colocados
ao nosso dispor se revelam
susceptíveis de nos facilitar
a vida, diminuindo em
muito o tempo necessário,
aqui há duas décadas atrás,
para levar a cabo com êxito
A
miúde se sublinha quanto o verdadeiro estudante
de Arqueologia se apercebe da importância do rigor,
mormente na observação. Um tijolo é diferente de uma
telha, ainda que, por vezes, seja tão diminuto o fragmento nos propusemos fazer.
“
e perfeição a tarefa que
Essa facilitação propiciadora de maior tempo livre deve ou a digital podem ficar muito bonitos, mas não são desenhos técnicos
ser encarada como tal; ou seja, eu tenho esta tarefa para cumprir; fiáveis, no sentido de reproduzirem fielmente estruturas e outros
vou conseguir fazê-la em muito menos tempo do que fazia outrora; contextos identificados no terreno. Não há noção do erro
conclusão: posso dedicar-lhe muito mais atenção, e das suas consequências.
que não sairei daí prejudicado. E assusta-me também a perda de qualidade das técnicas de registo
Ora, reside aí o perigo e a tentação: custa-me menos, fotográfico, agora substituídas por múltiplos disparos de máquinas
faço mais depressa, não preciso de lhe dedicar tanta reflexão! digitais (ou de smartphones), na esperança de que algum fique bom.
E era precisamente o inverso que deveria suceder: Há gente a trabalhar muito bem nestes domínios e a tirar bom partido
tenho mais tempo livre, vou reflectir mais, vou analisar melhor, das novas tecnologias. Mas vejo coisas que me deixam perplexo
vou estudar todos os aspectos que se me afigurarem de interesse; e que parecem não afligir quem assim procede”…
mesmo que as não saiba resolver, vou levantar as questões
que ora me surgem. 2. O “ASSUNTO” DAS MENSAGENS
Ainda que uma citação de teor religioso possa ser considerada
intrusa aqui, não resisto a transcrever o que Jesus Cristo terá dito Todos nós usamos o correio electrónico e, sabiamente,
aos Seus discípulos, na sequência do Sermão da Montanha: o inventor dessa modalidade de comunicação criou um campo
“Ninguém acende uma candeia e a coloca em lugar onde fique que tem toda a razão de ser: o “assunto”. Vale a pena darmos uma
escondida, nem debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no olhadela à nossa caixa de correio para verificar quanta vez
velador, para que assim alumie todos os que estão em casa” a falta de rigor aí existe. Recebes uma mensagem do teu amigo,
(Mateus, 5, 15). mas queres aproveitar a circunstância para tratar com ele doutra
Na verdade, as nossas reflexões as não guardamos para nós: questão; pensa, pois, em mudar o “assunto”, caso se trate, de facto,
difundimo-las, publicamo-las, a fim de que essa partilha redunde de um assunto diferente. Fico perplexo quando recebo uma
em eficaz progresso científico. Não há que ter vergonha nem receio mensagem de França e vem no assunto “aucun”, “nenhum”!
de vir a ser refutado. Desde que haja boas razões assim se progride,
no respeito pela opinião de cada um. E mau será se, vistas essas boas
razões contrárias às nossas, não tivermos a humildade de aceitar.
Podemos, por vezes, ser mal interpretados e, nesse caso,
há duas opções: ou nos explicamos melhor ou deixamos que o
assunto de per si se esclareça. Recordo que um oficial do mesmo
ofício houve por bem publicar na Al-Madan violenta diatribe
contra mim, resultante de má interpretação de um dos meus textos;
essa diatribe é uma das primeiras referências que aparece sob
o meu nome quando se abre o Google; optei por não alimentar
a discussão, que porventura algum dia se esclarecerá por si.
É, porém, sobre o modo de publicação que hoje gostaria de
reflectir, na sequência do tal rigor que, por norma, caracteriza o
arqueólogo. Há sintomas – penso eu, mas posso estar errado –
de que poderia haver ainda maior reflexão. Exemplifico:
1. DESENHOS E FOTOGRAFIAS
7
CRÓNICA
RESUMO
1. Inventário ABSTRACT
RÉSUMÉ
A
região interior do Centro e Norte de Portugal é um dos espaços peninsulares
com maior concentração de lagares escavados na rocha (PEÑA CERVANTES, MOTS CLÉS: Plan archéologique;
Pressoirs rupestres.
2010: 90-91; ALMEIDA, 2011-2012: 489 e 492-493). No entanto, tendo em
consideração os dados publicados, o Concelho de Trancoso contrastava com esta realida-
de, já que, para o seu território, eram escassas as estruturas deste tipo mencionadas na
bibliografia.
Assim, e ainda que, por oposição,
1 2
a existência de lagares rupestres Na globalidade, os lagares O seu número ascenderá,
nesta área administrativa seja há rupestres são os vestígios seguramente, à centena e meia
arqueológicos mais facilmente de exemplares. De facto, a par
muito localmente reconhecida 1, reconhecíveis e dos que mais dos cinco lagares referenciados
o número exponencial de exem- curiosidade despertam entre a para a freguesia de Valdujo
plares identificados no decurso das comunidade local, motivando a que não foram identificados
sua divulgação, fortemente (COSTA, 2011: 100), existem,
prospecções para actualização da incrementada, nos últimos anos, pelo menos, mais dez por localizar:
Carta Arqueológica concelhia não com o surgimento das redes um na freguesia de Aldeia Nova,
sociais. Infelizmente, o crescente quatro na freguesia de Moreira
deixa de ser, de certo modo, sur-
interesse popular por estes sinais de Rei (no aro das aldeias de
preendente, tendo-se procedido, do passado, sendo uma condição Moreirinhas, Casas, Zabro e
até ao momento, ao registo de 135 essencial para a preservação dos Golfar), dois na freguesia de Rio
mesmos, revela-se também de Mel, um nas imediações de
estruturas, distribuídas por 123 lo-
prejudicial, pois a remoção de Benvende (Palhais), um na
cais 2. terras para colocação integral das Quinta do Salgado (Tamanhos),
I
Arqueólogo (jclobao@yahoo.co.uk).
II
estruturas à vista é uma prática e um em Monte Zebro Arqueóloga, Câmara Municipal de Trancoso
que se tem vulgarizado e que, (União das Freguesias (maria.ferreira@cm-trancoso.pt).
em vários casos, poderá conduzir de Freches e Torres). III
Câmara Municipal de Trancoso.
(e ter já conduzido) a uma
irreversível perda de Por opção dos autores, o texto não segue as regras
informação científica. do Acordo Ortográfico de 1990.
9
ARQUEOLOGIA
CATÁLOGO DE SÍTIOS
Na sequência do já efectuado para os restantes sítios arqueológicos do O catálogo encontra-se organizado por ordem alfabética de freguesias
concelho (LOBÃO e FERREIRA, 2016), concluída a elaboração da Carta e, em cada uma delas, por ordem geográfica, segundo um sentido
de Património Cultural do Plano Director Municipal (PDM), que se geral Norte-Sul e Oeste-Este. Por sua vez, a identificação e caracteri-
encontra em fase de revisão, apresenta-se, neste artigo, o inventário zação dos sítios com lagares rupestres é feita de acordo com o seguinte
dos sítios correspondentes a laga- esquema:
3
res escavados na rocha . N.º de inventário.
3 5
As descrições constantes do catá- Dezanove dos sítios Designação / topónimo Sempre que numa freguesia
logo procedem única e exclusiva- catalogados foram registados na (outras designações) ;5 exista mais de um sítio com a
base de dados do Gabinete de mesma designação, a esta
mente da observação dos vestí- Arqueologia Municipal depois de Folha CMP: número da folha da acrescenta-se um número,
gios, pois o trabalho desenvolvi- terminada a Carta de Património Carta Militar de Portugal em algarismos romanos, atribuído
do, em função dos objectivos e Cultural do PDM, pelo que, (CMP) à escala 1/25.000 do por ordem geográfica ou de
por enquanto, não constam descoberta; no caso de se
metodologia delineados, não pre- desse documento. Instituto Geográfico do desconhecer a sua designação,
conizava a limpeza e levantamen- 4
Sobre o âmbito, objectivos e Exército (IGeoE); o sítio é denominado pelo
to gráfico dos lagares, nem a des- metodologia das prospecções que Coordenadas ETRS89 ; 6 acrónimo da freguesia e por um
estão na origem do presente número de ordem; perante as
matação do seu local de implanta- inventário, veja-se LOBÃO e
Altitude média; dificuldades e incongruências
4
ção . Deste modo, para além de FERREIRA, 2016: 11-12. Contextualização geomorfológica verificadas na identificação dos
topónimos de alguns locais,
ser susceptível de incorrecções e, e hidrográfica;
este campo deve ser encarado
sobretudo, omissões, a caracteri- Descrição sumária do(s) lagar(es); como meramente indicativo,
zação dos lagares está longe de ser pormenorizada, o que inviabiliza a Observações complementares; prevalecendo, sobre ele,
a informação geográfica.
realização de um estudo detalhado e abrangente sobre os mesmos. Referências bibliográficas 7. 6
Respeitantes ao ponto central,
Pela sua natureza, os trabalhos de prospecção também não possibili- no Sistema de Referência
taram a recolha de informações significativas para um conhecimento Europeu 1989 (European
mais fundamentado e aprofundado desta temática e das principais Terrestrial Reference System),
com base na projecção Transversa
questões que a mesma encerra – algo que só poderá ser conseguido de Mercator ajustada ao território
com a promoção de escavações arqueológicas, quer em lagares que continental português desde
possam preservar contextos estratigráficos primários, quer na envol- 2006 – PT-TM06/ETRS89.
7
vente imediata destes vestígios. Sempre que este campo
esteja ausente, o sítio é
Apesar das limitações supra-evidenciadas, considerado inédito.
tendo por base os dados coligidos neste in-
ventário e os estudos existentes acerca desta BIBLIOGRAFIA
temática, encontra-se em ultimação um es-
tudo preliminar sobre os lagares rupestres ALMEIDA, Carlos A. Brochado (2011-2012) – GORJÃO, Sérgio (2009) – Cogula. Apontamentos
do Concelho de Trancoso (a publicar pos- “Estruturas Vinárias da Lusitânia e Gallaecia para a monografia de uma freguesia de Trancoso.
Meridional”. In De Vino et Oleo Hispaniae. Trancoso: Junta de Freguesia de Cogula.
teriormente nesta mesma revista), no qual Áreas de Producción y Procesos Tecnológicos del Vino LOBÃO, João Carlos e FERREIRA, Maria do Céu
se procede ao estabelecimento de um qua- y el Aceite en la Hispania Romana. Murcia: (2016) – “Pontos no Mapa: notícia preliminar
dro tipológico para os exemplares identifi- Universidad, pp. 485-494 (AnMurcia, Anales de sobre a Carta Arqueológica do Concelho de
Prehistoria y Arqueología, 27-28, actas de colóquio Trancoso”. Al-Madan Online. Almada: Centro
cados, bem como à realização de breves internacional, Museo Arqueológico de Murcia, de Arqueologia de Almada. 21 (1): 11-33.
considerações sobre algumas das problemá- 5-7 Maio 2010). Em linha. Disponível em https://issuu.com/almadan/
ticas que envolvem este tipo de estruturas, COSTA, Santos (1999) – Breve Monografia docs/al-madanonline21_1.
de Trancoso. Trancoso: Almanaque Bandarra. PEÑA CERVANTES, Yolanda (2010) – Torcularia.
nomeadamente sobre o seu modo de fun- COSTA, Santos (2011) – Valdujo: três povoados, La Producción de Vino y aceite en Hispania.
cionamento, implantação e cronologia. um povo. Trancoso: ed. do autor. Tarragona: Institut Català d’Arqueologia Clàssica
FERREIRA, Maria do Céu (2000) – “Contributos para (Documenta, 14).
a Carta Arqueológica do Concelho de Trancoso”. TEIXEIRA, Irene Avilez (1982) – Trancoso:
In Beira Interior: História e Património. Guarda: terra de sonho e maravilha. Trancoso: ed. da autora.
ARA / Câmara Municipal da Guarda, pp. 361-373
(Actas das I Jornadas de Património da Beira
Interior, Guarda, 1998).
11
ARQUEOLOGIA
CONCELHO DE
TRANCOSO
MOREIRA DE REI
14. MR-2
Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89:
70118.665, 131443.630
Altitude:723 m
Contextualização: pequena elevação
rochosa, em encosta de declive
moderado e sobranceira a um ribeiro.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
correspondente a uma estrutura inacabada,
que ostenta um tanque quase totalmente Povoações
delineado com uma linha picotada, estando já
numa fase de rebaixamento quer dos limites da Limites de Freguesia
superfície interna, ao longo de uma faixa com Estradas
largura e profundidade variáveis, quer da zona
central, onde são visíveis duas linhas de desbaste IP.2
da rocha; o segundo constituído por um tanque 0 1,5 km
Sítios Arqueológicos
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
laterais rectangulares para fixação da prensa e
com orifício de escoamento, que comunica
com um pio semicircular.
14. Vista geral, com o lagar 1, inacabado, em primeiro plano. 16. MR-5
Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89: 69254.164, 130738.032
15. FONTE SECA I Altitude: 771 m
Folha CMP: 160 Contextualização:pequena elevação,
Coordenadas ETRS89: 68207.434, 130797.606 escoamento, com dois buracos laterais em encosta de relevo irregular e junto
Altitude: 823 m rectangulares para fixação da prensa, a uma linha de água.
Contextualização: encosta suave com vários dotados de entalhes para cunhas (o direito Descrição: lagar rupestre constituído por
afloramentos e blocos graníticos, no sopé possui ainda um canal direccionado para o um tanque de pisa/prensagem rectangular,
de uma imponente elevação rochosa e exterior da rocha), e com quatro cavidades com dois buracos laterais rectangulares para
sobranceira a um ribeiro. nos cantos do tanque (rectangulares no flanco fixação da prensa, um dos quais dotado de
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque direito e circulares no esquerdo) talvez para entalhes para cunhas, com três fossetes/entalhes
de pisa/prensagem subrectangular invertido e instalação de uma cobertura ou outra na lateral direita e com orifício/canal de
bastante profundo, com orifício/canal de estrutura complementar. escoamento, que comunica com
um pio semicircular.
13
ARQUEOLOGIA
CONCELHO DE
TRANCOSO
Povoações
Estradas
IP.2
Povoações
Limites de Freguesia
Estradas
IP.2
24. SORTES II
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68420.753, 129802.320
Altitude: 822 m FIG. 4 − Lagares rupestres do Descrição:lagar rupestre constituído por um tanque
Contextualização:ver n.º 23. Concelho de Trancoso. de pisa tendencialmente quadrangular e com
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque orifício de escoamento, que comunica com um
de pisa/prensagem moldurado e tendencialmente pio rectangular na base e semicircular no topo.
quadrangular, com um buraco rectangular
na lateral esquerda para fixação da prensa, 30. LUCAS
e com orifício de escoamento que comunica Folha CMP: 170
com um pio semicircular. 27. TAPADA GRANDE I Coordenadas ETRS89: 69409.894, 129486.321
Folha CMP: 170 Altitude: 707 m
25. PILRAL Coordenadas ETRS89: 68021.529, 129713.955 Contextualização:encosta suave com vários
Folha CMP: 170 Altitude: 822 m afloramentos graníticos, em área de relevo
Coordenadas ETRS89: 69274.088, 129805.288 Contextualização: vertente suave de um pequeno irregular e sobranceira a um ribeiro.
Altitude: 749 m vale, irrigada por pequenas linhas de água. Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Contextualização:encosta suave com inúmeros Descrição: lagar rupestre de que se conservam constituído por um tanque de pisa/prensagem
afloramentos e blocos graníticos, em área de somente – e de forma parcial – o tanque de subrectangular, sem parede frontal, mas com
relevo irregular e sobranceira a uma linha de pisa/prensagem rectangular, o buraco lateral entalhes nas laterais para encaixe de um
água. esquerdo, de formato rectangular, para fixação barrote/tábua que rematasse o tanque,
Descrição: lagar rupestre constituído por um da prensa, e o canal de escoamento. com um conjunto de dois/três buracos
tanque de pisa/prensagem tendencialmente rectangulares em cada uma das laterais para
subquadrangular, com buracos laterais para 28. TAPADA GRANDE II fixação da prensa e com canal de escoamento,
fixação da prensa (apenas visível o lateral Folha CMP: 170 que comunica com um pio rectangular;
esquerdo, de formato rectangular) e com Coordenadas ETRS89: 68116.049, 129675.527 o segundo composto por um tanque de
orifício de escoamento junto ao canto direito, Altitude: 824 m pisa/prensagem tendencialmente quadrangular,
que comunica com um pio descentrado Contextualização: vertente moderada de uma elevação com dois buracos laterais rectangulares para
de configuração em “L”. rochosa, sobranceira a uma linha de água. fixação da prensa e com canal de escoamento.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Observações: junto ao primeiro lagar, encontrava-se
26. FREIXINHOS DE BAIXO de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos um peso subparalepipédico em granito, com
Folha CMP: 170 laterais rectangulares para fixação da prensa cavidade circular central nas faces anterior e
Coordenadas ETRS89: 67524.410, 129759.736 e com orifício de escoamento, que comunica posterior e com dois entalhes nas laterais
Altitude: 859 m com um pio igualmente rectangular. (actualmente à guarda da Junta de Freguesia).
Contextualização: planalto com ligeiras elevações
e alguns afloramentos graníticos destacados. 29. VALE (Chães de Moreira) 31. MR-3
Descrição: lagar rupestre constituído por um Folha CMP: 170 Folha CMP: 170
tanque de pisa/prensagem subrectangular, Coordenadas ETRS89: 68383.271, 129529.351 Coordenadas ETRS89: 67540.413, 129458.511
com entalhes laterais para fixação da prensa Altitude: 810 m Altitude: 860 m
(apenas visível o lateral direito, de formato Contextualização: encosta de declive acentuado com pequena elevação em encosta de
Contextualização:
rectangular), com orifício de escoamento e inúmeros afloramentos e blocos graníticos, relevo ondulado suave com muitos afloramentos
com a rocha afeiçoada na zona frontal a este. sobranceira a uma linha de água. graníticos, sobranceira a uma linha de água.
15
ARQUEOLOGIA
Povoações
Limites de Freguesia
Estradas
IP.2
0 1,5 km
Sítios Arqueológicos FIG. 5 − Lagares rupestres do Concelho de Trancoso.
Descrição:lagar rupestre constituído por um tanque 34. TOSCANA II sob um dos dois orifícios de escoamento da
de pisa/prensagem subquadrangular, com buracos Folha CMP: 170 estrutura (o outro situa-se no canto direito).
laterais para fixação da prensa (apenas visível Coordenadas ETRS89: 67987.220, 129264.546
o lateral direito, de formato rectangular), Altitude: 810 m 36. CORREDOURA
com orifício de escoamento e com a rocha Contextualização:cabeço alongado e de encostas Folha CMP: 170
afeiçoada na zona frontal a este. suaves, com muitos afloramentos e blocos Coordenadas ETRS89: 68863.506, 129271.565
graníticos. Altitude: 752 m
32. MR-4 Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro Contextualização: encosta de declive moderado
Folha CMP: 170 constituído por um tanque de pisa/prensagem com várias plataformas e cabeços rochosos
Coordenadas ETRS89: 67254.960, 129298.904 tendencialmente quadrangular, com dois buracos e inúmeros afloramentos e blocos graníticos.
Altitude: 870 m laterais rectangulares para fixação da prensa Descrição: lagar rupestre de pequena dimensão,
Contextualização:encosta em área de relevo ondulado e com dois orifícios/canais de escoamento, constituído por um tanque de pisa/prensagem
com vários afloramentos e blocos graníticos um na parede frontal, que comunica com um tendencialmente quadrangular, com dois buracos
dispersos, junto a uma linha de água. pio subrectangular invertido, e outro na parede laterais rectangulares para fixação da prensa,
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque posterior; o segundo composto por um tanque um dos quais dotado de entalhes para cunhas,
de pisa/prensagem tendencialmente de pisa/prensagem tendencialmente com uma fossete junto ao canto inferior
subquadrangular, com dois buracos laterais quadrangular, com um buraco na lateral direita esquerdo e com canal de escoamento no canto
rectangulares para fixação da prensa, dotados para fixação da prensa, junto ao qual se encontra direito, que comunica com um pio descentrado,
de entalhes para cunhas, com duas pequenas uma fossete, e com bica de escoamento no de formato indeterminado (soterrado).
cavidades circulares junto ao buraco lateral canto direito, que comunica com um pio
direito e com orifício/canal de escoamento. descentrado, de configuração subtriangular 37. LAGAR DO CASTELO
irregular. Folha CMP: 170
33. TOSCANA I Coordenadas ETRS89: 68573.020, 129169.660
Folha CMP: 170 35. TOSCANA III Altitude: 780 m
Coordenadas ETRS89: 67733.584, 129343.134 Folha CMP: 170 Contextualização: plataforma aplanada com diversos
Altitude: 830 m Coordenadas ETRS89: 67724.500, 129142.990 afloramentos e lajes graníticas, em encosta de
Contextualização:pequena elevação em encosta suave Altitude: 810 m relevo irregular (interior da povoação).
com vários afloramentos e blocos graníticos, Contextualização:topo de uma pequena elevação Descrição: lagar rupestre inacabado, com um
sobranceira a pequenas linhas de água. em encosta de relevo ondulado com muitos tanque de pisa/prensagem ligeiramente
Descrição: lagar rupestre constituído por um afloramentos e blocos graníticos, irrigada por rebaixado, estando apenas perfeitamente
tanque de pisa/prensagem tendencialmente pequenas linhas de água. delineadas a parede lateral esquerda e parte
quadrangular, com um buraco rectangular para Descrição: lagar rupestre constituído por um da parede frontal, com dois buracos laterais –
fixação da prensa, uma pequena cavidade circular tanque de pisa/prensagem subrectangular desalinhados e de formato rectangular –
e duas fossetes na lateral direita e com irregular, com três buracos para fixação da para fixação da prensa e com uma cavidade
orifício/canal de escoamento, que comunica prensa, dois rectangulares nas laterais e um de circular de função indeterminada, junto à
com um pio subtriangular irregular. formato elaborado no centro da parede frontal, face frontal da estrutura.
39. CASAL
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68005.268, 129026.751
Altitude: 796 m
Contextualização:afloramento granítico destacado,
em área plana e irrigada por pequenas linhas
de água.
Descrição: lagar rupestre (?) delimitado por um
sulco de perímetro rectangular, com cerca de
10-15 cm de largura e profundidade, e com
uma pequena cavidade ovalada descentrada,
no interior do espaço definido por aquele.
43. Lagar 2, com apoios para a prensa nas quatro faces e com base circular para assentamento de um peso.
17
ARQUEOLOGIA
rectangulares para fixação da prensa nas quatro 47. LAPAS 51. QUINTAS DOS MOSQUEIROS II
faces, um deles dotado de entalhes para cunhas Folha CMP: 170 Folha CMP: 170
e o frontal aberto sobre o orifício/canal de Coordenadas ETRS89: 68471.027, 128091.912 Coordenadas ETRS89: 70289.634, 127245.465
escoamento, que comunica com um pio Altitude: 717 m Altitude: 563 m
tendencialmente quadrangular e pouco Contextualização:vertente moderada de um Contextualização: pequena elevação rochosa,
profundo; à esquerda do segundo lagar, pequeno vale com inúmeros afloramentos e em área de relevo ondulado suave.
no alinhamento dos buracos laterais, blocos graníticos, frequentemente aglutinados, Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro, oculto
encontra-se um rebaixamento circular e junto a uma linha de água. pela vegetação, parece ser constituído por um
aplanado, possivelmente, para melhor Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque tanque de pisa/prensagem muito incipiente ou
assentamento de um peso de lagar. de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos inacabado, com buracos laterais para fixação
laterais rectangulares para fixação da prensa, da prensa (apenas visível o lateral esquerdo,
44. PICOTO com uma fossete no rebordo da parede lateral de formato rectangular) e com canal de
Folha CMP: 170 direita e com orifício de escoamento, escoamento, que comunica com um pio
Coordenadas ETRS89: 67319.304, 128335.607 que comunica com um pio trapezoidal. semicircular; o segundo composto por um tanque
Altitude: 793 m Observações: sítio denominado na Carta de Património de pisa/prensagem tendencialmente quadrangular,
Contextualização:vertente de uma pequena elevação Cultural do PDM por Chão da Presa. com buracos rectangulares para fixação da prensa
com inúmeros afloramentos e blocos graníticos, nas faces anterior e posterior e com dois canais
irrigada por pequenas linhas de água. 48. CHÃO DA EIRINHA de escoamento junto ao canto direito, um dos
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Folha CMP: 170 quais rematado por uma bica, que comunicam
de pisa/prensagem subquadrangular irregular, Coordenadas ETRS89: 67615.942, 127593.604 com um pio irregular e profundo; o tanque de
com buracos rectangulares para fixação da Altitude: 760 m pisa/prensagem do segundo lagar é também muito
prensa nas quatro faces, com vários entalhes e Contextualização: aglomerado de afloramentos e incipiente, pois está apenas parcialmente escavado
cavidades nas paredes frontal e lateral direita blocos graníticos no topo de uma pequena e, no lado esquerdo, onde a rocha foi somente
para apoio na instalação do sistema de elevação, em encosta de declive irregular e nivelada, exibe dois entalhes para colocação de um
prensagem e/ou de outras estruturas sobranceira a uma ribeira. barrote/tábua de madeira que servisse de parede.
complementares, com canal de escoamento Descrição: lagar rupestre constituído por um
no canto inferior esquerdo (?) e com tanque de pisa/prensagem tendencialmente 52. BARRIO
a rocha afeiçoada junto a este. subquadrangular, com buracos laterais para Folha CMP: 170
fixação da prensa e com bica de escoamento, Coordenadas ETRS89: 68604.151, 127135.229
45. CORDAVEIRA II (Lapas) que comunica com um pio ovalado. Altitude: 677 m
Folha CMP: 170 Contextualização:encosta de declive irregular com
Coordenadas ETRS89: 67979.840, 128216.750 49. RUA DAS MOITAS I diversos afloramentos graníticos destacados e
Altitude: 771 m Folha CMP: 170 junto a uma linha de água.
Contextualização: pequena elevação rochosa, Coordenadas ETRS89: 67633.161, 127550.341 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
em área de relevo irregular com diversos Altitude: 749 m de pisa/prensagem subrectangular, com dois
afloramentos e blocos graníticos. Contextualização: encosta de declive moderado, buracos laterais rectangulares para fixação da
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque sobranceira a uma ribeira (interior da prensa e com canal de escoamento, que comunica
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos povoação). com um pio subquadrangular irregular.
laterais rectangulares para fixação da prensa, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
um dos quais dotado de entalhes para cunhas, de prensagem rectangular, com dois buracos 53. TERRAS DE FORA I (Peto)
com longo orifício/canal de escoamento e laterais rectangulares para fixação da prensa, Folha CMP: 170
com um rasgo no alçado da parede frontal, e por um tanque de pisa com o mesmo formato, Coordenadas ETRS89: 69925.805, 126543.594
à esquerda do canal, que na base da rocha que comunicam com um pio igualmente Altitude: 571 m
parece delinear o canto de um pio (soterrado?). rectangular, o qual corresponde ao ângulo Contextualização: extensa laje, no topo de uma
do “L” resultante da disposição dos três tanques; pequena elevação com diversos afloramentos e
46. CORDAVEIRA I a separação entre estes é, aparentemente, blocos graníticos.
Folha CMP: 170 efectuada por pequenas reentrâncias, isto é, Descrição: lagar rupestre constituído por um
Coordenadas ETRS89: 68207.380, 128099.543 por paredes que não encerram por completo tanque de pisa/prensagem rectangular, com
Altitude: 755 m cada compartimento. buracos laterais para fixação da prensa
Contextualização: encosta de relevo irregular (apenas visível o lateral direito), com um
com diversos afloramentos e blocos graníticos, 50. QUINTAS DOS MOSQUEIROS I pequeno entalhe no rebordo da parede frontal
por vezes aglutinados. Folha CMP: 170 e com orifício/canal de escoamento,
Descrição: lagar rupestre constituído por um Coordenadas ETRS89: 70367.529, 127431.186 que comunica com um pio rectangular.
tanque de pisa/prensagem subrectangular Altitude: 565 m Observações: junto ao lagar, identificaram-se
invertido, com um buraco de formato em “U” Contextualização: pequena elevação, em área de dois pesos em granito: um de formato cilíndrico,
no flanco posterior para fixação da prensa e relevo ondulado suave. com cavidade circular no topo; o outro cónico,
com orifício de escoamento no canto esquerdo, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque com dois entalhes laterais.
que comunica com um pio descentrado, de pisa/prensagem trapezoidal, com dois buracos
de configuração rectangular invertida. laterais rectangulares para fixação da prensa,
dotados de entalhes para cunhas, e com
orifício/canal de escoamento.
57. BARREIRA
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 58174.423, 127952.291
Altitude: 704 m
Contextualização:encosta de relevo irregular,
irrigada por pequenas linhas de água.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa rectangular alongado, com orifício de
escoamento, e por um prato ou base de prensa
circular e pouco profundo, com canal de
escoamento, dispostos lado-a-lado e
55. Lagar 1, que apresenta um par de buracos em cada lateral para fixação da prensa. direccionados para uma zona em que o
contorno da rocha se apresenta afeiçoado;
no flanco oposto do tanque de pisa, regista-se
54. TERRAS DE FORA II (Peto) de entalhes para cunhas, e com canal de ainda um rebaixamento quadrangular com canal,
Folha CMP: 170 escoamento, que comunica com um pio de função indeterminada.
Coordenadas ETRS89: 69922.416, 126477.494 descentrado de configuração rectangular;
Altitude: 569 m o segundo formado por um tanque de 58. SENHORA DA RIBEIRA I
Contextualização: vertente suave de uma pequena pisa/prensagem tendencialmente Folha CMP: 169
elevação com inúmeros afloramentos e blocos subquadrangular e talvez inacabado Coordenadas ETRS89: 57784.667, 127578.552
graníticos, em área de relevo ondulado suave e (superfície interna muito irregular), Altitude: 657 m
sobranceira a um ribeiro. com dois buracos laterais rectangulares para Contextualização: extensa laje granítica sobrelevada,
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque fixação da prensa e com canal de escoamento, em encosta suave com vários afloramentos e
de pisa/prensagem rectangular invertido, com que comunica com um pio rectangular. blocos graníticos, frequentemente aglutinados,
bica de escoamento junto ao canto esquerdo, junto a uma linha de água.
que comunica com um pio descentrado, Descrição: lagar rupestre constituído por um
tendencialmente quadrangular e com uma das tanque de pisa tendencialmente subquadrangular,
paredes rematada com uma pedra rectangular
PALHAIS com orifício/canal de escoamento, com a rocha
alongada; integra-se num edifício que conserva a afeiçoada na zona frontal a este e com uma
estrutura intacta, estando apenas sem cobertura; 56. CARVALHOSA pequena cavidade circular pouco profunda,
de perímetro rectangular e acessível por uma Folha CMP: 169 escavada num afloramento junto à parede
única porta, o interior do imóvel é um espaço Coordenadas ETRS89: 58309.825, 128066.288 lateral direita.
amplo, que detém somente uma possível lareira Altitude: 700 m Observações: situa-se nas imediações de uma
no canto posterior esquerdo (acima da qual se encosta suave com alguns
Contextualização: sepultura rupestre e de um sítio com ocupação
observa uma pilheira) e o lagar, que ocupa todo afloramentos e blocos graníticos, junto a romana e medieval (?) (LOBÃO e FERREIRA, 2016:
o flanco à direita da entrada; o tanque de pisa uma linha de água. 19, n.ºs 39-40).
tem a face posterior encostada ao alçado lateral
do imóvel e – por oposição ao pio, que está ao
nível do chão – encontra-se numa posição
sobrelevada, sendo o acesso a ele facultado
pela presença de um degrau escavado no
extremo da rocha; sensivelmente a eixo do
tanque de pisa, observa-se ainda, na base da
parede lateral do imóvel, uma perfuração
para fixação da cabeça da vara de lagar.
55. BARROCAL
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68886.162, 126460.671
Altitude: 650 m
Contextualização:vertente moderada de um
cabeço rochoso, sobranceira a uma ribeira.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
constituído por um tanque de pisa/prensagem
quadrangular irregular, com um par de buracos
rectangulares em cada uma das laterais para
fixação da prensa, estando os exteriores dotados 57. Lagar com tanque de pisa alongado e prato.
19
ARQUEOLOGIA
59. PL-1
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 58943.470, 126756.034
Altitude: 664 m
bloco granítico, em encosta suave.
Contextualização:
lagar rupestre constituído por uma base
Descrição:
de prensa de superfície convexa, definida por um
sulco de perímetro ovalado, com canal de
escoamento.
RIO DE MEL
61. Lagar com tanque de pisa e pio.
60. RUA DAS LAGINHAS
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 62400.911, 127063.382
Altitude: 780 m 62. MOINHO DO JOSÉ FORCA Descrição:lagar rupestre constituído por uma
Contextualização: encosta suave, junto a uma linha Folha CMP: 169 plataforma de prensagem (inclinada e de
de água (interior da povoação). Coordenadas ETRS89: 61411.325, 126224.267 superfície regular), definida por um sulco de
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Altitude: 742 m perímetro subtriangular irregular e com uma
de pisa rectangular invertido e com orifício de Contextualização: aglomerado de extensas lajes reentrância em forma de meia-lua no alçado
escoamento junto ao canto direito, que graníticas, em encosta suave e sobranceiro à frontal, para encaixe de uma telha.
comunica com um pequeno pio descentrado, ribeira de Rio de Mel.
de formato irregular. Descrição: lagar rupestre constituído por uma
plataforma de prensagem (ligeiramente inclinada
61. BARROCA e de superfície regular), definida por um sulco de
TAMANHOS
Folha CMP: 169 perímetro ovalado e afunilado na zona de
Coordenadas ETRS89: 59796.930, 126731.544 escoamento. 64. TM-1
Altitude: 700 m Folha CMP: 170
Contextualização:sopé de uma pequena elevação com 63. LANTEJANO Coordenadas ETRS89: 69846.874, 123898.480
alguns afloramentos graníticos, em encosta de Folha CMP: 169 Altitude: 646 m
relevo ondulado suave. Coordenadas ETRS89: 60479.183, 126019.632 Contextualização:vertente suave de um cabeço,
Descrição: lagar rupestre constituído por um Altitude: 677 m junto a um ribeiro.
tanque de pisa trapezoidal e com orifício de pequena elevação rochosa,
Contextualização: Descrição: lagar rupestre oculto por um
escoamento, que comunica um pequeno em área de relevo irregular e junto à ribeira amontoado de madeira, de que se observam
pio semicircular. de Rio de Mel. somente parte do tanque de pisa/prensagem
e os dois buracos laterais para fixação da prensa.
70. Lagar com tanque de pisa/prensagem, apoios laterais para a prensa e pio.
21
ARQUEOLOGIA
74. VALES IV 76. QUINTA DAS CORGAS II lagar rupestre constituído por um
Descrição:
Folha CMP: 181 Folha CMP: 181 tanque de pisa/prensagem rectangular e pouco
Coordenadas ETRS89: 66426.478, 116177.227 Coordenadas ETRS89: 66637.643, 116064.553 profundo, com buracos laterais para fixação da
Altitude: 481 m Altitude: 480 m prensa (apenas visível o lateral direito), com bica
Contextualização:encosta com alguns afloramentos Contextualização: afloramento granítico destacado, de escoamento e com o afloramento afeiçoado
e blocos graníticos, em área de relevo ondulado em área de relevo ondulado suave e junto na zona frontal a esta.
suave. a uma linha de água.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: lagar rupestre que aproveita uma ligeira 78. PLAMES
de pisa rectangular invertido e com bica de depressão natural como área de pisa/prensagem, Folha CMP: 160
escoamento; integrava um edifício, de que se possuindo dois pequenos buracos rectangulares Coordenadas ETRS89: 65376.244, 133504.572
observam, apesar da vegetação, as ruínas de três no lado direito para fixação da prensa e uma Altitude: 797 m
paredes, uma delas adossada à face posterior bica de escoamento, que comunica com um Contextualização:encosta suave com alguns afloramentos
do lagar e outra correspondente a uma tanque de recolha irregular, rudemente afeiçoado graníticos destacados.
divisória interna. e também ele com um canal de escoamento, Descrição: lagar rupestre constituído por
que escorre para o exterior da rocha e é um tanque de pisa/prensagem rectangular,
75. QUINTA DAS CORGAS I ladeado por dois entalhes semi-rectangulares; com um buraco rectangular junto à lateral
Folha CMP: 181 detém ainda um terceiro canal, que tem início esquerda para fixação da prensa e com bica de
Coordenadas ETRS89: 66801.118, 116176.909 junto à bica, dirigindo-se para o limite da rocha. escoamento, que comunica com um pio igualmente
Altitude: 490 m Observações: junto ao lagar encontram-se gravadas rectangular, ao qual liga ainda um canal de função
Contextualização: afloramento granítico sobrelevado, duas cruzes; situa-se nas imediações do sítio indeterminada, que se processa paralelo à
em área de relevo ondulado suave. romano e medieval (?) da Quinta dos Corgos parede frontal do tanque.
Descrição: provável lagar rupestre integrado (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 24, n.º 86).
num edifício, de que, face à vegetação existente, 79. CABEÇO DO LAGAR (Lagariça do Pedro)
são somente perceptíveis dois pequenos Folha CMP: 160
alinhamentos pétreos perpendiculares a Coordenadas ETRS89: 64205.900, 133389.998
flanquear um tanque (?) escavado na rocha UNIÃO DE FREGUESIAS DE TORRE Altitude: 913 m
e entulhado com pedra aparelhada ou DO TERRENHO, SEBADELHE DA Contextualização: afloramento granítico destacado,
rudemente afeiçoada; junto a estes vestígios, SERRA E TERRENHO em área planáltica de relevo ondulado suave com
encontra-se outra estrutura rupestre, vários afloramentos e blocos graníticos.
de formato rectangular e pouco profunda. Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque de
Observações: situa-se nas imediações do sítio 77. ROSMANINHO pisa rectangular, com várias fossetes junto à parede
romano e medieval (?) da Quinta dos Corgos Folha CMP: 160 posterior e com bica de escoamento, que comunica
(LOBÃO e FERREIRA, 2016: 24, n.º 86). Coordenadas ETRS89: 66067.363, 134087.862 com um pio semicircular com uma concavidade
Altitude: 730 m circular pouco profunda no interior.
Contextualização: cabeço rochoso, junto a um ribeiro. Bibliografia: TEIXEIRA, 1982: 321.
23
ARQUEOLOGIA
87. LAGINHAS 92. QUINTA DA FONTE DA MERENDA Contextualização:planalto com alguns afloramentos
Folha CMP: 170 Folha CMP: 170 e blocos graníticos dispersos.
Coordenadas ETRS89: 68020.596, 125473.913 Coordenadas ETRS89: 69399.151, 125253.113 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Altitude: 770 m Altitude: 650 m de pisa/prensagem rectangular, com um conjunto
Contextualização:elevação pouco pronunciada, Contextualização: encosta de declive moderado, de três buracos/entalhes rectangulares em cada
em encosta de declive irregular. sobranceira a um ribeiro. uma das laterais para fixação da prensa e
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque com orifício/canal de escoamento.
de pisa/prensagem quadrangular irregular, com de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
dois buracos laterais rectangulares para fixação laterais rectangulares para fixação da prensa, 97. QUINTA DA FONTE
da prensa e com orifício/canal de escoamento, dotados de entalhes para cunhas, e com Folha CMP: 170
que comunica com um pio semicircular irregular. orifício/canal de escoamento, que comunica Coordenadas ETRS89: 69245.653, 124761.891
com um pio trapezoidal e profundo. Altitude: 664 m
88. SM-1 Contextualização: sopé de uma encosta de declive
Folha CMP: 170 93. LAGARINHO moderado com vários afloramentos e blocos
Coordenadas ETRS89: 68755.262, 125491.736 Folha CMP: 169 graníticos.
Altitude: 699 m Coordenadas ETRS89: 61785.822, 125167.595 Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Contextualização:encosta de declive moderado Altitude: 774 m constituído por um tanque de pisa/prensagem
com diversos afloramentos e blocos graníticos. Contextualização:vertente suave, em encosta de relevo rectangular, com buracos laterais para fixação
Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se irregular, irrigada por pequenas linhas de água. da prensa (apenas visível o lateral esquerdo,
apenas o contorno superior de um tanque, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque de formato rectangular) e com canal de
provavelmente o de pisa/prensagem. de pisa trapezoidal, com orifício de escoamento escoamento, que comunica com um pio
no canto direito e com uma pequena cavidade rectangular; e o segundo composto por um
89. BILROTA circular pouco profunda, a cerca de um metro tanque de pisa/prensagem tendencialmente
Folha CMP: 170 da parede frontal. quadrangular, com dois buracos laterais
Coordenadas ETRS89: 70935.527, 125503.182 rectangulares para fixação da prensa e
Altitude: 652 m 94. QUINTA DO SAMEIRO III com canal de escoamento, que comunica
Contextualização:aglomerado de blocos e lajes Folha CMP: 169 com um pio rectangular.
graníticas, na encosta suave de um monte Coordenadas ETRS89: 61927.318, 125048.451
aplanado, sobranceira à ribeira do Freixo. Altitude: 747 m 98. QUINTA DA CORTELHA
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Contextualização: encosta suave com alguns Folha CMP: 170
de pisa/prensagem subrectangular, com buracos afloramentos e blocos graníticos, por vezes Coordenadas ETRS89: 70127.852, 124745.874
laterais para fixação da prensa (apenas visível aglutinados, sobranceira a um ribeiro e irrigada Altitude: 625 m
o lateral direito, de formato rectangular) e com por várias linhas de água. Contextualização: encosta suave com vários
orifício/canal de escoamento no canto direito. Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se afloramentos graníticos, sobranceira à ribeira
apenas parte do contorno do tanque de pisa e do Freixo.
90. QUINTINHAS I o respectivo orifício/canal de escoamento Descrição: lagar rupestre constituído por um
Folha CMP: 170 no canto esquerdo. tanque de pisa/prensagem rectangular e pouco
Coordenadas ETRS89: 69515.304, 125470.231 Observações: situa-se no limite da área de profundo, com buracos laterais para fixação
Altitude: 625 m dispersão de vestígios do sítio romano/medieval da prensa (apenas visível o lateral direito,
Contextualização: encosta de declive moderado da Quinta do Sameiro II (LOBÃO e FERREIRA, de formato rectangular) e com canal de
com diversos afloramentos e blocos graníticos, 2016: 27, n.º 111). escoamento, que comunica com um
sobranceira a um ribeiro. pio rectangular irregular.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque 95. LAGARINHO
de pisa/prensagem trapezoidal, com dois buracos Folha CMP: 170 99. TERRA-CRUZ
laterais rectangulares para fixação da prensa Coordenadas ETRS89: 68646.799, 125086.693 Folha CMP: 170
e com orifício/canal de escoamento. Altitude: 730 m Coordenadas ETRS89: 69627.135, 124349.299
Contextualização:extensa laje granítica, na transição Altitude: 630 m
91. QUINTINHAS II de uma área aplanada para uma encosta de Contextualização:encosta suave, sobranceira à ribeira
Folha CMP: 170 declive moderado (interior da povoação). do Freixo.
Coordenadas ETRS89: 69384.236, 125389.596 Descrição: lagar rupestre constituído por um Descrição: lagar rupestre parcialmente destruído (?)
Altitude: 646 m pequeno tanque de pisa subrectangular irregular, e soterrado, do qual se observam somente parte
Contextualização: ver n.º 90. pouco profundo e com canal de escoamento, do tanque de pisa/prensagem, de formato
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque que comunica com um rebaixamento natural irregular, um dos buracos laterais para fixação
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos da rocha de configuração irregular, à direita do da prensa, de configuração rectangular,
laterais rectangulares para fixação da prensa, qual se encontram ainda dois pequenos e o canal de escoamento.
com um entalhe rectangular junto ao canto buracos circulares interligados.
direito e com orifício/canal de escoamento, 100. LAJÃO
que comunica com um pio trapezoidal. 96. RECHÃ (Alto de Souto Maior) Folha CMP: 170
Folha CMP: 170 Coordenadas ETRS89: 66680.979, 123927.769
Coordenadas ETRS89: 67666.443, 124761.849 Altitude: 784 m
Altitude: 830 m
104. PRAZO II
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 66784.819, 122565.429
Altitude: 734 m
vertente de uma pequena elevação
Contextualização:
rochosa, em encosta suave e junto a um ribeiro.
25
ARQUEOLOGIA
109. VS-1
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72275.373, 124667.960
Altitude: 608 m
Contextualização:pequena elevação rochosa,
em encosta de declive moderado e sobranceira
a um ribeiro.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
laterais rectangulares para fixação da prensa e
com canal de escoamento no canto direito,
que comunica com um pio de formato irregular.
110. OUTEIRO I
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72213.640, 124598.977
Altitude: 619 m
Contextualização:encosta de declive moderado, 112. Lagar com tanque de pisa de pequena dimensão.
com o afloramento granítico visível em grande
parte da área.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem tendencialmente quadrangular Observações: englobado na área de dispersão de buracos também rectangulares na lateral oposta
e pouco profundo, com dois buracos laterais vestígios do sítio romano e medieval (?) do Casal para fixação da prensa e com canal de
rectangulares para fixação da prensa, dotados de da Fonte Grande I (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 30, escoamento, que comunica com um pio
entalhes para cunhas, e com bica de escoamento, n.º 142). rectangular.
que comunica com um pio subrectangular e Bibliografia: COSTA, 1999: 122 e FERREIRA, 2000:
sem parede frontal (destruída?). 365-366, n.º 10. 115. OITEIRO
Folha CMP: 181
111. SOITO DAS CINCO VILAS Coordenadas ETRS89: 71969.404, 115912.028
Folha CMP: 170 Altitude: 519 m
Coordenadas ETRS89: 72018.257, 124181.866 UNIÃO DE FREGUESIAS Contextualização: elevação pouco pronunciada,
Altitude: 664 m DE VILARES E CARNICÃES em encosta de declive moderado com vários
Contextualização: pequena elevação com vários cabeços rochosos e sobranceira à ribeira
afloramentos e blocos graníticos, em área de de Vilares.
relevo ondulado suave. 113. CEREJO Descrição: lagar rupestre constituído por um
Descrição: lagar rupestre constituído por um Folha CMP: 181 tanque de pisa rectangular, com canal de
tanque de pisa (?) e prensagem subrectangular, Coordenadas ETRS89: 72064.971, 117212.949 escoamento no canto direito.
com dois buracos laterais rectangulares para Altitude: 596 m Observações: esta estrutura parece decorrer
fixação da prensa e com uma depressão (?) Contextualização:afloramento granítico destacado, da transformação de uma sepultura rupestre.
na parede frontal, que o interliga com um tanque em encosta de declive moderado, modelada por Bibliografia: LOBÃO e FERREIRA, 2016: 31, n.º 156.
de pisa ou pio também subrectangular, o qual, socalcos e junto a uma linha de água.
por sua vez, comunica com um possível terceiro Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque 116. RODO
tanque (pio?), através de uma bica. de pisa (e prensagem?) subrectangular irregular, Folha CMP: 181
com dois orifícios de escoamento, abertos em Coordenadas ETRS89: 72455.185, 115887.176
paredes e planos altimétrico distintos, e, Altitude: 493 m
possivelmente, com dois entalhes laterais de Contextualização:encosta suave com vários
UNIÃO DE FREGUESIAS DE VILA pequena dimensão para fixação da prensa. afloramentos graníticos, sobranceira à ribeira
FRANCA DAS NAVES E FEITAL de Vilares.
114. DEPROMOIRO Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Folha CMP: 181 constituído por um tanque de pisa/prensagem
112. CASAL DA FONTE GRANDE II Coordenadas ETRS89: 70885.341, 116583.132 rectangular, sem parede frontal, mas provido
Folha CMP: 181 Altitude: 499 m de entalhes laterais para colocação de um
Coordenadas ETRS89: 73026.869, 119711.041 Contextualização: laje granítica em encosta suave, barrote/tábua que fechasse o tanque,
Altitude: 660 m junto a um ribeiro. com buracos laterais (apenas visível o lateral
Contextualização: encosta suave com alguns Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque esquerdo, de formato rectangular) e um entalhe
afloramentos e blocos graníticos, junto a de pisa/prensagem rectangular e, aparentemente, na parede posterior para fixação da prensa e
uma linha de água. inacabado (superfície interna não delimitada ou com bica de escoamento, que comunica com um
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque escassamente desbastada e irregular), com um pio trapezoidal; o segundo composto por um
de pisa trapezoidal e com bica de escoamento. buraco rectangular na lateral direita e um par de tanque de pisa/prensagem igualmente rectangular
119. SERPE
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72190.371,
129876.245
Altitude: 626 m
123. Lagar com tanque de pisa/prensagem, apoios laterais para a prensa e pio.
27
ARQUEOLOGIA
RESUMO
RÉSUMÉ
A
de la région. elaboração da Carta Arqueológica do Concelho de Penamacor surgiu por inicia-
Le catalogue inclut la localisation, la description
et l’encadrement chronologique des 53 sites inédits. tiva da Câmara Municipal, num momento em que se aproximava a revisão do
La liste complète et une brève description des 279 archéosites Plano Diretor Municipal. Tendo como principais objetivos inventariar o patri-
connus, jusqu’à présent, sont également publiées.
mónio arqueológico e promover a sua salvaguarda, estudo e divulgação, pretendeu-se
MOTS CLÉS: Plan archéologique; Patrimoine. com este levantamento criar um instrumento de gestão do património arqueológico do
concelho.
A metodologia seguida baseou-se na Circular do Instituto Português de Arqueologia de
10 de setembro de 2004 sobre os Termos de Referência para o Descritor Património Arqueo-
lógico em Estudos de Impacte Ambiental, nomeadamente a “Caracterização da Situação de
Referência”, adaptada ao tipo de projeto. Foi considerado para este inventário apenas o
património arqueológico, conforme definido nos n.ºs 1 e 2 do art.º 74.º da Lei n.º 107/
/2001, de 8 de setembro, que estabelece as bases da política e do regime de proteção e
valorização do património cultural.
Os trabalhos desenvolveram-se em duas fases, uma primeira de janeiro a agosto de 2013,
tendo sido feito o levantamento documental e bibliográfico até abril desse ano. A recolha
de informação oral, análise toponímica e fisiográfica da cartografia, bem como as prospe-
ções, realizaram-se essencialmente em maio e junho, fazendo-se nos dois meses seguintes
a sistematização do trabalho desenvolvido. A segunda fase decorreu de maio a outubro
de 2015, tendo-se concluído os trabalhos de prospeção, e sistematizado o trabalho desen-
volvido.
A pesquisa documental e bibliográfica foi constituída essencialmente pela consulta de
bibliografia arqueológica, bibliografia especializada, nomeadamente história local e regio-
I
nal, bases de dados da Direção-Geral do Património Cultural, cartografia geológica
Arqueóloga (sara.ferro@sapo.pt).
(Carta Geológica de Portugal), cartografia militar (Carta Militar de Portugal) e sítios na
Por opção da autora, o texto segue as regras
Internet com informação sobre a história e o património locais, nomeadamente o site da
do Acordo Ortográfico de 1990. Câmara Municipal.
29
ARQUEOLOGIA
1. CANCHAL DA NORA
Tipologia: Núcleo de povoamento o concelho de Idanha-a-Nova, freguesia de
Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste da aldeia Medelim. O acesso faz-se por caminho em terra
das Águas, no vale do Ribeiro do Monte a batida a sudoeste, que sai da Aldeia de João Pires
ocidente da Serra (Serrinha), no sítio do Canchal em direção à Serrinha, passando pela Fonte da
da Nora, também conhecido por Águas Velhas. Lapa e depois seguindo pelo cume da Serra até
O acesso faz-se por caminho de terra batida em ao alto do Dongalinho. Para sudeste corre a
direção à Serra (Serrinha), virando-se para sul Ribeira de Aldeia de João Pires / Medelim e a
em direção ao Ribeiro do Monte e Sítio da oeste o Ribeiro do Monte. Altitude: 510 m.
ALDEIA DE JOÃO PIRES
Tenda. Fica numa zona plana, à cota de 451 m O substrato geológico é constituído por
e próximo de linhas de água (Ribeiro do Lagar granitos. 3. BROSQUE / LAJINHA
de Água). O substrato geológico é constituído Coordenadas WGS84: 40º 5’ 10.21” N; 7º 11’ 2.19” W Tipologia: Lagar
por granitos. Folha CMP: 258. Localização e ambiente: Localiza-se a oriente da Aldeia
Coordenadas WGS84: 40º 5’ 36.69” N; 7º 11’ 24.23” W Descrição: Segundo informação de Silvina Silvério, de João Pires, numa encosta suave (426 m),
Folha CMP: 258 são visíveis restos de paredes de habitações de num afloramento granítico na margem direita
Descrição: Segundo tradição local, seria aqui o local planta circular ou oval e troços de possível área da ribeira da Aldeia de João Pires. Tomando a
de povoamento mais antigo da aldeia das Águas, fortificada no cabeço, numa área de cerca de estrada que liga Aldeia de João Pires às Aranhas,
abandonado devido a um ataque de formigas e 3000 m2 de dispersão de vestígios. Foram segue-se por um caminho de terra batida para
transferido para a aldeia atual. No local pudemos identificados fragmentos de cerâmica manual e o sítio da Lajinha. A estrutura fica junto a um
observar restos de muros em pedra seca de artefactos líticos. No local, devido à vegetação, muro de pedra próximo de um palheiro.
possíveis habitações e ombreiras de portas. não nos foi possível observar essas possíveis Coordenadas WGS84: 40º 6’ 20.09” N; 7º 8´12.92” W
São visíveis também em toda a zona fragmentos estruturas. Contudo, é abundante a cerâmica de Folha CMP: 258
de cerâmica comum a torno. fabrico manual. Entre as zonas mais altas de Descrição: Lagar rupestre com dois tanques com
Cronologia: Indeterminado penedos graníticos, há uma naturalmente abertura para o pio de menores dimensões.
Bibliografia: Inédito protegida que deve corresponder ao local onde São ambos trapezoidais, tendo o maior as
se teria desenvolvido o povoado, ficando grande dimensões 188 x 137 x 188 x 120 cm, e o mais
2. DONGALINHO parte da área já na freguesia de Medelim. pequeno 77 x 94 x 69 x 75 cm. A abertura para
Tipologia: Povoado fortificado (?) Cronologia: Neolítico Final-Calcolítico / Idade do o pio é oval e tem um diâmetro interno de
Localização e ambiente: Localiza-se a sudoeste da Bronze (?) cerca de 6 cm. Está em bom estado de
Aldeia de João Pires, no promontório mais a sul Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís conservação.
da Serra (Serrinha), no limite de fronteira com Cristóvão e da Dr.ª Silvina Silvério. Cronologia: Indeterminado
Bibliografia: Inédito. Informação da Dr.ª Silvina Silvério.
4. CHÃO DA EIRA
Tipologia: Sepultura
Localiza-se a ocidente da Aldeia
Localização e ambiente:
de João Pires e fica muito próximo da aldeia.
Tomando um caminho de terra batida em
direção à Serrinha, situa-se numa pequena
encosta à cota de 436 m, próximo de uma eira
e de um palheiro. Está junto da sepultura do
Chão do Monsanto, mas do lado oposto da
estrada, a ocidente desta. O substrato geológico
é constituído por granitos.
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 7.44” N; 7º 9’ 25.14” W
Folha CMP: 258
31
ARQUEOLOGIA
ARANHAS
33
ARQUEOLOGIA
35
ARQUEOLOGIA
37
ARQUEOLOGIA
n.º inv. topónimo tipologia cronologia freguesia coordenadas [WGS84] CMP bibliografia
ϭ ĂŶĐŚĂůĚĂEŽƌĂ EƷĐůĞŽĚĞƉŽǀŽĂŵĞŶƚŽ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ŐƵĂƐ ϰϬǑϱ͛ϯϲ͘ϳϵ͟E͖ϳǑϭϭ͛Ϯϱ͘ϰϵ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
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>E/ZK͕ϭϵϵϱ͗ Ϯϭϰ
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Ϯϭ ŚĂƉĂƌƌĂů DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯϱ
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Ϯϯ ŽŝƚŽϮ sĞƐƚşŐŝŽƐĚŝǀĞƌƐŽƐ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯϯ
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ϯϱ DŽŝŶŚŽĚŽDĞŝŽϭ &ƵƐƚĞĚĞĐŽůƵŶĂ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϳ
ϯϲ DŽŝŶŚŽĚŽDĞŝŽϮ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϴ
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ϯϴ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϮ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ WĂůĞŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϱ
ϯϵ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϯ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ EĞŽͲĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϲ
ϰϬ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϰ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ EĞŽͲĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϳ
ϰϭ EĂǀĞĚĞĂŝdžŽϭ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϱ
ϰϮ EĂǀĞĚĞĂŝdžŽϮ sŝůůĂ;͍Ϳ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϲ
ϰϯ EĂǀĞĚĞŝŵĂ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϰ
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ĞŵƉŽƐƚĂͬ&ŽƌĐĂ
ϰϴ YƵŝŶƚĂĚĂDĞŝũŽĂŶĂ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϵ
ϰϵ ZĂŵĂůŚĂϭ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϭϬ
* Localização aproximada; ** Localização desconhecida; *** Coordenadas omitidas por decisão dos arqueólogos responsáveis pelos sítios.
CNS ‐ Código Nacional de Sítio no sistema Endovélico (DGPC); GE ‐ Georreferenciado no Endovélico; GEI ‐ Georreferenciado no Endovélico Incorretamente.
n.º inv. topónimo tipologia cronologia freguesia coordenadas [WGS84] CMP bibliografia
ϱϬ ZĂŵĂůŚĂϮ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϭ
sŝůůĂ;͍ͿͬsĞƐƚşŐŝŽƐ >/dK ĞZd͕ϭϵϴϬ͖,EZ/Yh^
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