Você está na página 1de 184

PUBLICIDADE

[travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada]


[212 766 975 | 967 354 861]
[secretariado@caa.org.pt]
[http://www.caa.org.pt]
[http://www.facebook.com]

... contacte-nos

Educação
Patrimonial
PUBLICIDADE
EDITORIAL

O
inventário, descrição e valoração do Património cultural imóvel preservado
nos diferentes municípios portugueses é uma obrigação legal que, felizmente,
tem tradução crescente em levantamentos que actualizam, sistematizam e
enriquecem o conhecimento local e regional. Aqui e ali ainda realizados a contragosto,
apenas para satisfazer essas obrigações e garantir a aprovação de planos directores e outros
instrumentos sujeitos à tutela da administração central, a verdade é que muitos deles aspiram
transformar-se no essencial: poderosas ferramentas de integração plena dos recursos patrimoniais
na gestão do território e nas políticas e estratégias que não menosprezam a importância da
Capa | Jorge Raposo Cultura, da História e do Património para dar sustentabilidade e qualidade de vida às
Imagem do lagar rupestre de São João I comunidades do presente e às gerações futuras.
com o castelo de Moreira de Rei em pano
de fundo, captada em trabalho de campo
Este tomo da Al-Madan Online é particularmente rico de exemplos e reúne projectos desse
para a Carta Arqueológica do Município tipo nos municípios de Trancoso, Penamacor e Cinfães, que passam a dispor de informação
de Trancoso.
também indispensável para, conhecendo o existente, minimizar o impacto de pequenas e grandes
Foto © João Carlos Lobão, obras públicas e privadas. A Arqueologia preventiva em ambiente urbano está também presente
Maria do Céu Ferreira e Rui Parente
de Figueiredo. através de intervenções nas cidades de Óbidos e de Portalegre, e no balanço do que a investigação
arqueológica vem acrescentando à interpretação da transformação histórica de Leiria.
Noutro plano, as páginas da Al-Madan Online apresentam o que dados preliminares apontam
ser um dos mais importantes sítios arqueológicos submersos até agora localizados em Portugal,
no caso junto à praia de Belinho, a Norte de Esposende. Podem ainda ler-se abordagens
metodológicas ao estudo da cerâmica fina da Idade Moderna, à análise de pastas cerâmicas
II Série, n.º 21, tomo 3, Julho 2017 por recozedura e à reavaliação das centuriações romanas propostas para o território de
Conimbriga, bem como a proposta de aplicação de um modelo estatístico preditivo para
Proprietário e Editor | localização de povoados pré-históricos da Beira interior.
Centro de Arqueologia de Almada,
Apartado 603 EC Pragal,
Outros trabalhos compõem um conjunto de grande diversidade. Um deles aborda a temática
2801-601 Almada Portugal da espiritualidade islâmica que marcou os séculos X a XII na região costeira entre a serra da
NIPC | 501 073 566 Arrábida e Sines, intensificada e conjugada com as medidas defensivas impostas pelas incursões
Sede | Travessa Luís Teotónio vikings. Outro relata um curioso incidente na tentativa de inspecção técnica a duas locomóveis
Pereira, Cova da Piedade,
2805-187 Almada
a vapor, em 1931, na zona de Linda-a-Pastora (Oeiras), e realça o papel da análise documental
Telefone | 212 766 975 na Arqueologia industrial. Por fim, um último artigo fala-nos de etnografia e erudição nos
E-mail | c.arqueo.alm@gmail.com artefactos de couro, num testemunho pessoal que interage com a obra de Gil Vicente e histórias
Internet | www.almadan.publ.pt de vida de vários artesãos, até ao Museu dos Samarreiros, em Vila Verde (Seia). A terminar,
ISSN | 2182-7265 faz-se balanço de encontros de Zooarqueologia e Arqueomalacologia recentes e listam-se
Estatuto editorial | vários outros eventos em agenda para datas próximas ou de médio prazo.
www.almadan.publ.pt
E não esqueça que, na mesma data deste tomo digital, iniciou a sua distribuição o
Distribuição | http://issuu.com/almadan
N.º 21 da Al-Madan impressa, com um dossiê especial dedicado ao Património Cultural
Patrocínio | Câmara M. de Almada
Parceria | ArqueoHoje - Conservação
Subaquático de Época Contemporânea e vários outros motivos de interesse.
e Restauro do Património Na Internet ou nas páginas impressas, votos de boa leitura.
Monumental, Ld.ª
Apoio | Neoépica, Ld.ª Jorge Raposo
Director | Jorge Raposo
(director.almadan@gmail.com)
Publicidade | Centro de Arqueologia
de Almada (c.arqueo.alm@gmail.com) Resumos | Jorge Raposo (português), Carvalho, Tânia Manuel Casimiro, Manuel Resende, J. A. Severino
Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel dos Filipe Castro, Cláudia Costa, Cleia Rodrigues, Helena Santos, João Luís
Conselho Científico | Santos (francês) Detry, José d’Encarnação, Marta Sequeira, Maria João Valente e
Amílcar Guerra, António Nabais, Estanqueiro, Maria do Céu Ferreira, Chia-Chin Wu
Luís Raposo, Carlos Marques da Silva Modelo gráfico, tratamento de imagem
e paginação electrónica | Jorge Raposo Sara Ferro, João Figueiredo, Rui
e Carlos Tavares da Silva Parente de Figueiredo, Bruno R. Os conteúdos editoriais da Al-Madan Online
Redacção | Centro de Arqueologia de Revisão | Fernanda Lourenço Bairrão de Freitas, Luís Gomes, Sofia não seguem o Acordo Ortográfico de 1990.
No entanto, a revista respeita a vontade dos
Almada (sede): Vanessa Dias, Colaboram neste número | de Melo Gomes, Eliana Goufa, Marco autores, incluindo nas suas páginas tanto
Ana Luísa Duarte, Elisabete Alexandre Monteiro, Ana Almeida, Liberato, João Carlos Lobão, Ivone artigos que partilham a opção do editor
Gonçalves e Francisco Silva Guilherme Cardoso, António Rafael Magalhães, Franklin Pereira, Jorge como aqueles que aplicam o dito Acordo.

3
ÍNDICE

EDITORIAL ...3
Arqueologia em Leiria:
CRÓNICAS análise do seu contributo para
a compreensão da evolução
A Arqueologia e o Rigor | histórica da cidade |
José d’Encarnação...8 Luís Gomes...65

ARQUEOLOGIA

Lagares Rupestres do Concelho


de Trancoso. 1. Inventário |
João Carlos Lobão, Maria do
Céu Ferreira e Rui Parente
de Figueiredo...9

Forno Cerâmico de Época


Moderna em Santo André (Portalegre) |
Contribuição para a Sofia de Melo Gomes...72
Carta Arqueológica de
Penamacor: sítios inéditos |
Sara Ferro...28

ARQUEOLOGIA
SUBAQUÁTICA

O Projeto IAC (Inventário


Arqueológico de Cinfães): um
sistema de informação arqueológica
municipal | Jorge Manuel
Resende...46

O Naufrágio Quinhentista de Belinho,


Quatro Intervenções de Esposende: resultados preliminares |
Arqueologia Preventiva em Ana Almeida, Filipe Castro, Alexandre
Óbidos | Marco Liberato, Monteiro e Ivone Magalhães...80
Helena Santos e Eliana
Goufa...54

4 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
ESTUDOS

Cerâmica Fina da Idade


Moderna: proposta de um novo
conceito | J. A. Severino
Rodrigues...96

Análise de Pastas de
Cerâmica Através de Recozedura |
Reavaliação das Centuriações Guilherme Cardoso...108
Propostas para o Território
de Conimbriga: uma abordagem
arqueogeográfica | Bruno
Ricardo Bairrão de Freitas...115 OPINIÃO

PATRIMÓNIO

O Despertar da Espiritualidade
- de al-Qasr / Alcácer
Islâmica no Sahil
. .
[do Sal] entre o emirato andalusi
e o califado almóada |
António Rafael Carvalho
e Chia-Chin Wu...128 Modelos Preditivos em
Arqueologia: uma aplicação
aos povoados proto-históricos
da Beira Interior | Marta
Estanqueiro...122
“Retire-se Que Isto Não Acaba Bem”: o caso do
processo n.º 3062 da 3.ª Circunscrição Industrial
e a importância das Circunscrições Industriais
para a Arqueologia Industrial | João Luís
Sequeira, Tânia Manuel Casimiro e
João Figueiredo...145
EVENTOS
Zooarqueologia e
Arqueomalacologia da Península
Ibérica | Cleia Detry, Cláudia
De Gil Vicente ao Museu Costa e Maria João Valente...179
dos Samarreiros: etnografia e
erudição nos artefactos em couro | Agenda...182
Franklin Pereira...157

5
CRÓNICA

A Arqueologia
e o Rigor
“ Há, pois, necessidade
de uma educação para o
rigor, que deve ser cada
vez mais incentivada,
José d’Encarnação
[Catedrático de História, aposentado, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra].
sobretudo agora que os
Por opção do autor, o texto não segue as regras do Acordo Ortográfico de 1990. meios tecnológicos colocados
ao nosso dispor se revelam
susceptíveis de nos facilitar
a vida, diminuindo em
muito o tempo necessário,
aqui há duas décadas atrás,
para levar a cabo com êxito

A
miúde se sublinha quanto o verdadeiro estudante
de Arqueologia se apercebe da importância do rigor,
mormente na observação. Um tijolo é diferente de uma
telha, ainda que, por vezes, seja tão diminuto o fragmento nos propusemos fazer.

e perfeição a tarefa que

encontrado que se torna difícil optar; cá está, porém, um dos casos


em que o rigor assume importância maior, dado que a telha implica
cobertura de um edifício, enquanto o tijolo se prende com a
construção de uma parede ou, até, poderá ter exercido
mera função de ladrilho, a pavimentar um espaço.
E, concomitantemente, se assinala a necessidade da prática,
como, aliás, acontece com a maioria das ciências: num dia de
escavação, o futuro arqueólogo aprende mais e mais facilmente do
que em muitas sessões teóricas, onde, por exemplo, nem sequer
tenha acesso aos materiais concretos de que se está a falar.
É, de facto, curioso verificar como – por mais deficiências que,
porventura, tenham surgido – nisso se nota a diferença entre o
estudante de História e o de Arqueologia. Numa maior atenção
ao pormenor. Se a moeda foi encontrada num estrato claramente
remexido, não pode ser usada, sem mais nem menos,
como indicador cronológico seguro… O contexto assume,
em Arqueologia, um papel determinante, mais do que
em qualquer outra ciência.
ILUSTRAÇÃO: José Luís Madeira.

Há, pois, necessidade de uma educação para o rigor,


que deve ser cada vez mais incentivada, sobretudo agora
que os meios tecnológicos colocados ao nosso dispor se revelam
susceptíveis de nos facilitar a vida, diminuindo em muito o tempo
de que nos era necessário dispor, aqui há duas décadas atrás,
para levar a cabo com êxito e perfeição a tarefa
que nos propusemos fazer.

6 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017 6


online
UM PERIGO A EVITAR

Essa facilitação propiciadora de maior tempo livre deve ou a digital podem ficar muito bonitos, mas não são desenhos técnicos
ser encarada como tal; ou seja, eu tenho esta tarefa para cumprir; fiáveis, no sentido de reproduzirem fielmente estruturas e outros
vou conseguir fazê-la em muito menos tempo do que fazia outrora; contextos identificados no terreno. Não há noção do erro
conclusão: posso dedicar-lhe muito mais atenção, e das suas consequências.
que não sairei daí prejudicado. E assusta-me também a perda de qualidade das técnicas de registo
Ora, reside aí o perigo e a tentação: custa-me menos, fotográfico, agora substituídas por múltiplos disparos de máquinas
faço mais depressa, não preciso de lhe dedicar tanta reflexão! digitais (ou de smartphones), na esperança de que algum fique bom.
E era precisamente o inverso que deveria suceder: Há gente a trabalhar muito bem nestes domínios e a tirar bom partido
tenho mais tempo livre, vou reflectir mais, vou analisar melhor, das novas tecnologias. Mas vejo coisas que me deixam perplexo
vou estudar todos os aspectos que se me afigurarem de interesse; e que parecem não afligir quem assim procede”…
mesmo que as não saiba resolver, vou levantar as questões
que ora me surgem. 2. O “ASSUNTO” DAS MENSAGENS
Ainda que uma citação de teor religioso possa ser considerada
intrusa aqui, não resisto a transcrever o que Jesus Cristo terá dito Todos nós usamos o correio electrónico e, sabiamente,
aos Seus discípulos, na sequência do Sermão da Montanha: o inventor dessa modalidade de comunicação criou um campo
“Ninguém acende uma candeia e a coloca em lugar onde fique que tem toda a razão de ser: o “assunto”. Vale a pena darmos uma
escondida, nem debaixo de uma vasilha. Ao contrário, coloca-a no olhadela à nossa caixa de correio para verificar quanta vez
velador, para que assim alumie todos os que estão em casa” a falta de rigor aí existe. Recebes uma mensagem do teu amigo,
(Mateus, 5, 15). mas queres aproveitar a circunstância para tratar com ele doutra
Na verdade, as nossas reflexões as não guardamos para nós: questão; pensa, pois, em mudar o “assunto”, caso se trate, de facto,
difundimo-las, publicamo-las, a fim de que essa partilha redunde de um assunto diferente. Fico perplexo quando recebo uma
em eficaz progresso científico. Não há que ter vergonha nem receio mensagem de França e vem no assunto “aucun”, “nenhum”!
de vir a ser refutado. Desde que haja boas razões assim se progride,
no respeito pela opinião de cada um. E mau será se, vistas essas boas
razões contrárias às nossas, não tivermos a humildade de aceitar.
Podemos, por vezes, ser mal interpretados e, nesse caso,
há duas opções: ou nos explicamos melhor ou deixamos que o
assunto de per si se esclareça. Recordo que um oficial do mesmo
ofício houve por bem publicar na Al-Madan violenta diatribe
contra mim, resultante de má interpretação de um dos meus textos;
essa diatribe é uma das primeiras referências que aparece sob
o meu nome quando se abre o Google; optei por não alimentar
a discussão, que porventura algum dia se esclarecerá por si.
É, porém, sobre o modo de publicação que hoje gostaria de
reflectir, na sequência do tal rigor que, por norma, caracteriza o
arqueólogo. Há sintomas – penso eu, mas posso estar errado –
de que poderia haver ainda maior reflexão. Exemplifico:

1. DESENHOS E FOTOGRAFIAS

Falava eu neste assunto com um colega e, de imediato,


ILUSTRAÇÃO: José Luís Madeira.

me alertou, precisamente no que à Arqueologia diz respeito,


para a falta de rigor que observa tanto em desenho de campo
como nas fotografias que acompanham os relatórios dos trabalhos
arqueológicos: “A mim assusta-me também a falta de rigor com que,
por vezes, se fazem desenhos de campo. Depois de passados a papel

7
CRÓNICA

Ora, se a mensagem não tem assunto para que é que se enviou?


Corre-se, por outro lado, o risco de o nosso interlocutor pensar
que se trata da mesma polémica que já anda no ar há vários dias
J á estou por tudo, como sói dizer-se; mas permita-se-me
um derradeiro desabafo: tal qual nas ciências ditas exactas,
em que todos os membros de um laboratório assinam o artigo de
(e que vem no “assunto”) e apaga a mensagem mesmo sem a ler; uma descoberta porque, em teoria, todos – sejam cinco ou dez ou
sucede, por vezes, que, afinal, apenas se aproveitara a “deixa” mais – contribuíram para ela e têm o direito de assinar o artigo
e se partira noutra direcção completamente diferente. em que a revelam, também agora há a moda de que todos os
participantes de uma escavação, quando se apresentam os resultados
3. OS ANEXOS obtidos, tenham direito a ver o seu nome consignado como autores.
O artigo pode ter dez páginas e serem dez os participantes na
São outro quebra-cabeças. Primeiro, porque não se repara campanha; não há problema, é como se cada um assinasse uma
na (muitas vezes, estranha) identificação com que nos foram página! Não, não quero voltar ao tempo em que o estudante fazia o
transmitidos; depois, porque não se tem em atenção o seu tamanho, trabalho e era o professor que assinava; acho, porém, que também
o que dificulta o acesso; e em terceiro lugar, para que se há-de aqui se manifesta incrível falta de rigor. Pode haver quem estudou
partilhar um cartaz com mais de um metro de altura, quando os as cerâmicas, quem tratou dos vidros, quem leu as inscrições...
seus dizeres já vêm no programa, que também vai em anexo? Tudo bem. Nesse caso, explicitem-se as autorias. E, como mandam
Dou apenas um exemplo: recebi, a 2016-10-28, as regras, quando há mais de três autores, indicam-se os três
uma mensagem que trazia anexo assim identificado: primeiros e os demais citam-se com a expressão latina et alii,
FEIRANOJARDIM_FolhetoFinalA5-MAIO2016. “e outros”, que no corpo do artigo se verão. Agora, o que me
Era… um folheto relativo a uma feira a realizar-se… causou perplexidade foi um editor pedir que essa expressão
a 5 de Novembro de 2016!... (que, insisto, deveria vir escrita assim, por extenso e em itálico)
viesse escrita ET AL, em versaletes, em itálico, em abreviatura
4. AS CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS sem ponto e tudo em maiúsculas – quase como se fosse
o nome de uma revista de país árabe ou equivalente!...
1
Já tive ensejo, noutra crónica 1, “O Quebra-Cabeças Mais estranho creio que será difícil de se ver!...
de vituperar contra a enxurrada de dos Investigadores”. Termino, pois, como comecei: é nas pequenas coisas,
Al-Madan Online. 21 (1).
regras que os editores de revistas Julho de 2016, pp. 9-10. e devidamente justificadas, que o rigor – apanágio maior do
impõem aos autores, que nos levam Acessível também em: arqueólogo – se deve manifestar!
um tempão a cumprir. Não volto ao http://hdl.handle.net/10316/
31681 (consultado em
assunto, porque – ao que parece – 2017-06-11). José d’Encarnação,
é chover no molhado e cada editor 8 de Março de 2017
se preza de engendrar os maiores
preciosismos para, se calhar, ser diferente.
Hoje, que, a um simples clique no Google,
tudo sabemos num ápice acerca de uma publicação
(editor, lugar de edição, data de edição… tudo!),
faz-me confusão obrigarem-nos a fornecer pormenores facilmente
dispensáveis. E, confesso, continuo – e sei que muitos confrades
meus na Academias das Ciências de Lisboa me acompanham
nesta reivindicação – a pedir, por favor, que não se submetam
aos senhores que vivem em mundos diferentes dos nossos:
não ponham em mera sigla o primeiro nome do autor!
T. pode ser Teresa, Torquato, Tito, Tânia!... Isso justifica-se
em países como a França, em que a mulher, quando casa,
ILUSTRAÇÃO: José Luís Madeira.

deixa de ter nome próprio e passa a ser a Sra. Michoux!


Nós, em Portugal, só na tropa ou na polícia é que nos designam
pelo apelido! Sempre pugnámos por ser tratados como pessoas,
como indivíduos – e este é um passo importante dessa luta
pela igualdade do género!

8 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
ARQUEOLOGIA

RESUMO

Lagares Rupestres Apresenta-se o inventário dos 135 lagares


escavados na rocha identificados em Trancoso,
no decurso dos trabalhos de prospecção realizados para
actualizar a Carta Arqueológica desse município.

do Concelho de O catálogo localiza todos os sítios com lagares (123)


e integra a descrição sumária das estruturas
observadas em cada um deles.

Trancoso PALAVRAS CHAVE: Carta arqueológica;


Lagares rupestres.

1. Inventário ABSTRACT

Presentation of the inventory of 135 olive oil presses


excavated in the rocks which were identified in Trancoso
during the survey carried out to update the Municipal
Archaeological Map. The catalogue lists all oil press
sites (123) and includes a brief description
João Carlos Lobão I, Maria do Céu Ferreira II of the structures they contain.

e Rui Parente de Figueiredo III KEY WORDS: Archaeological map;


Rupestral oil presses.

RÉSUMÉ

On présente l’inventaire des 135 pressoirs creusés


dans la roche identifié à Trancoso, tout au long des
travaux de recherche réalisés pour actualiser le
Plan Archéologique de cette municipalité.
NOTA INTRODUTÓRIA
Le catalogue localise tous les sites avec pressoirs (123)
et intègre la description sommaire des structures
observées dans chacun d’eux.

A
região interior do Centro e Norte de Portugal é um dos espaços peninsulares
com maior concentração de lagares escavados na rocha (PEÑA CERVANTES, MOTS CLÉS: Plan archéologique;
Pressoirs rupestres.
2010: 90-91; ALMEIDA, 2011-2012: 489 e 492-493). No entanto, tendo em
consideração os dados publicados, o Concelho de Trancoso contrastava com esta realida-
de, já que, para o seu território, eram escassas as estruturas deste tipo mencionadas na
bibliografia.
Assim, e ainda que, por oposição,
1 2
a existência de lagares rupestres Na globalidade, os lagares O seu número ascenderá,
nesta área administrativa seja há rupestres são os vestígios seguramente, à centena e meia
arqueológicos mais facilmente de exemplares. De facto, a par
muito localmente reconhecida 1, reconhecíveis e dos que mais dos cinco lagares referenciados
o número exponencial de exem- curiosidade despertam entre a para a freguesia de Valdujo
plares identificados no decurso das comunidade local, motivando a que não foram identificados
sua divulgação, fortemente (COSTA, 2011: 100), existem,
prospecções para actualização da incrementada, nos últimos anos, pelo menos, mais dez por localizar:
Carta Arqueológica concelhia não com o surgimento das redes um na freguesia de Aldeia Nova,
sociais. Infelizmente, o crescente quatro na freguesia de Moreira
deixa de ser, de certo modo, sur-
interesse popular por estes sinais de Rei (no aro das aldeias de
preendente, tendo-se procedido, do passado, sendo uma condição Moreirinhas, Casas, Zabro e
até ao momento, ao registo de 135 essencial para a preservação dos Golfar), dois na freguesia de Rio
mesmos, revela-se também de Mel, um nas imediações de
estruturas, distribuídas por 123 lo-
prejudicial, pois a remoção de Benvende (Palhais), um na
cais 2. terras para colocação integral das Quinta do Salgado (Tamanhos),
I
Arqueólogo (jclobao@yahoo.co.uk).
II
estruturas à vista é uma prática e um em Monte Zebro Arqueóloga, Câmara Municipal de Trancoso
que se tem vulgarizado e que, (União das Freguesias (maria.ferreira@cm-trancoso.pt).
em vários casos, poderá conduzir de Freches e Torres). III
Câmara Municipal de Trancoso.
(e ter já conduzido) a uma
irreversível perda de Por opção dos autores, o texto não segue as regras
informação científica. do Acordo Ortográfico de 1990.

9
ARQUEOLOGIA

CATÁLOGO DE SÍTIOS

Na sequência do já efectuado para os restantes sítios arqueológicos do O catálogo encontra-se organizado por ordem alfabética de freguesias
concelho (LOBÃO e FERREIRA, 2016), concluída a elaboração da Carta e, em cada uma delas, por ordem geográfica, segundo um sentido
de Património Cultural do Plano Director Municipal (PDM), que se geral Norte-Sul e Oeste-Este. Por sua vez, a identificação e caracteri-
encontra em fase de revisão, apresenta-se, neste artigo, o inventário zação dos sítios com lagares rupestres é feita de acordo com o seguinte
dos sítios correspondentes a laga- esquema:
3
res escavados na rocha . N.º de inventário.
3 5
As descrições constantes do catá- Dezanove dos sítios Designação / topónimo Sempre que numa freguesia
logo procedem única e exclusiva- catalogados foram registados na (outras designações) ;5 exista mais de um sítio com a
base de dados do Gabinete de mesma designação, a esta
mente da observação dos vestí- Arqueologia Municipal depois de Folha CMP: número da folha da acrescenta-se um número,
gios, pois o trabalho desenvolvi- terminada a Carta de Património Carta Militar de Portugal em algarismos romanos, atribuído
do, em função dos objectivos e Cultural do PDM, pelo que, (CMP) à escala 1/25.000 do por ordem geográfica ou de
por enquanto, não constam descoberta; no caso de se
metodologia delineados, não pre- desse documento. Instituto Geográfico do desconhecer a sua designação,
conizava a limpeza e levantamen- 4
Sobre o âmbito, objectivos e Exército (IGeoE); o sítio é denominado pelo
to gráfico dos lagares, nem a des- metodologia das prospecções que Coordenadas ETRS89 ; 6 acrónimo da freguesia e por um
estão na origem do presente número de ordem; perante as
matação do seu local de implanta- inventário, veja-se LOBÃO e
Altitude média; dificuldades e incongruências
4
ção . Deste modo, para além de FERREIRA, 2016: 11-12. Contextualização geomorfológica verificadas na identificação dos
topónimos de alguns locais,
ser susceptível de incorrecções e, e hidrográfica;
este campo deve ser encarado
sobretudo, omissões, a caracteri- Descrição sumária do(s) lagar(es); como meramente indicativo,
zação dos lagares está longe de ser pormenorizada, o que inviabiliza a Observações complementares; prevalecendo, sobre ele,
a informação geográfica.
realização de um estudo detalhado e abrangente sobre os mesmos. Referências bibliográficas 7. 6
Respeitantes ao ponto central,
Pela sua natureza, os trabalhos de prospecção também não possibili- no Sistema de Referência
taram a recolha de informações significativas para um conhecimento Europeu 1989 (European
mais fundamentado e aprofundado desta temática e das principais Terrestrial Reference System),
com base na projecção Transversa
questões que a mesma encerra – algo que só poderá ser conseguido de Mercator ajustada ao território
com a promoção de escavações arqueológicas, quer em lagares que continental português desde
possam preservar contextos estratigráficos primários, quer na envol- 2006 – PT-TM06/ETRS89.
7
vente imediata destes vestígios. Sempre que este campo
esteja ausente, o sítio é
Apesar das limitações supra-evidenciadas, considerado inédito.
tendo por base os dados coligidos neste in-
ventário e os estudos existentes acerca desta BIBLIOGRAFIA
temática, encontra-se em ultimação um es-
tudo preliminar sobre os lagares rupestres ALMEIDA, Carlos A. Brochado (2011-2012) – GORJÃO, Sérgio (2009) – Cogula. Apontamentos
do Concelho de Trancoso (a publicar pos- “Estruturas Vinárias da Lusitânia e Gallaecia para a monografia de uma freguesia de Trancoso.
Meridional”. In De Vino et Oleo Hispaniae. Trancoso: Junta de Freguesia de Cogula.
teriormente nesta mesma revista), no qual Áreas de Producción y Procesos Tecnológicos del Vino LOBÃO, João Carlos e FERREIRA, Maria do Céu
se procede ao estabelecimento de um qua- y el Aceite en la Hispania Romana. Murcia: (2016) – “Pontos no Mapa: notícia preliminar
dro tipológico para os exemplares identifi- Universidad, pp. 485-494 (AnMurcia, Anales de sobre a Carta Arqueológica do Concelho de
Prehistoria y Arqueología, 27-28, actas de colóquio Trancoso”. Al-Madan Online. Almada: Centro
cados, bem como à realização de breves internacional, Museo Arqueológico de Murcia, de Arqueologia de Almada. 21 (1): 11-33.
considerações sobre algumas das problemá- 5-7 Maio 2010). Em linha. Disponível em https://issuu.com/almadan/
ticas que envolvem este tipo de estruturas, COSTA, Santos (1999) – Breve Monografia docs/al-madanonline21_1.
de Trancoso. Trancoso: Almanaque Bandarra. PEÑA CERVANTES, Yolanda (2010) – Torcularia.
nomeadamente sobre o seu modo de fun- COSTA, Santos (2011) – Valdujo: três povoados, La Producción de Vino y aceite en Hispania.
cionamento, implantação e cronologia. um povo. Trancoso: ed. do autor. Tarragona: Institut Català d’Arqueologia Clàssica
FERREIRA, Maria do Céu (2000) – “Contributos para (Documenta, 14).
a Carta Arqueológica do Concelho de Trancoso”. TEIXEIRA, Irene Avilez (1982) – Trancoso:
In Beira Interior: História e Património. Guarda: terra de sonho e maravilha. Trancoso: ed. da autora.
ARA / Câmara Municipal da Guarda, pp. 361-373
(Actas das I Jornadas de Património da Beira
Interior, Guarda, 1998).

10 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Lagares Rupestres do Concelho de Trancoso
encosta suave com blocos graníticos
1. INVENTÁRIO Contextualização:
dispersos, modelada por socalcos e sobranceira
a um ribeiro.
J. C. Lobão, M. C. Ferreira e R. P. Figueiredo Descrição: lagar rupestre constituído por
um tanque de pisa/prensagem pentagonal,
com dois buracos laterais rectangulares
para fixação da prensa e com orifício
de escoamento.
4. CASEIRO DE BAIXO Bibliografia: GORJÃO, 2009: 7.
ALDEIA NOVA Folha CMP: 180
Coordenadas ETRS89: 57484.808, 116885.518 7. VINHA DAMA
1. FEIJÃ I (Quinta dos Parentes) Altitude: 542 m Folha CMP: 170
Folha CMP: 180 Contextualização: encosta de declive moderado com Coordenadas ETRS89: 72330.893, 127556.068
Coordenadas ETRS89: 57767.914, 117160.231 vários afloramentos graníticos, junto a uma linha Altitude: 544 m
Altitude: 510 m de água. Contextualização:elevação pouco pronunciada,
Contextualização: pequena elevação com vários Descrição: lagar rupestre constituído por um em área de relevo ondulado suave, junto a
afloramentos graníticos, na base de uma encosta tanque de pisa semicircular, com canal de um ribeiro e sobranceira à ribeira das Moitas.
de declive moderado e sobranceira a uma ribeira. escoamento e com a rocha afeiçoada na Descrição: lagar rupestre (parcialmente destruído)
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro zona frontal a este. constituído por um tanque de pisa/prensagem
constituído por um tanque de pisa ovalado, rectangular invertido, com orifício de
com bica de escoamento, a meio da qual ligam escoamento e com um buraco na lateral
dois canais curvos que contornam a parede esquerda para fixação da prensa, também
frontal do tanque; o segundo (parcialmente
CASTANHEIRA com orifício de escoamento.
destruído) composto por um tanque de pisa
tendencialmente quadrangular, com orifício 5. DA FAGUEIRO 8. VINHA NOVA
de escoamento. Folha CMP: 160 Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 64194.095, 131687.330 Coordenadas ETRS89: 71286.861, 126729.499
2. FEIJÃ II Altitude: 840 m Altitude: 625 m
Folha CMP: 180 Contextualização:pequena elevação rochosa, Contextualização:pequena elevação, em área
Coordenadas ETRS89: 57389.117, 117091.163 em encosta suave e sobranceira ao ribeiro de relevo ondulado suave.
Altitude: 560 m do Boco. Descrição: lagar rupestre constituído por um
Contextualização:encosta de declive acentuado, Descrição: lagar rupestre de que se conservam tanque de pisa/prensagem tendencialmente
junto a um ribeiro. somente parte do tanque de pisa, quadrangular, sem parede frontal, com dois
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque tendencialmente quadrangular, e uma estrutura buracos laterais rectangulares para fixação
de pisa rectangular alongado, com orifício/canal rectangular pouco profunda adossada da prensa, dotados de entalhes para cunhas,
de escoamento, ao qual liga um canal à lateral direita deste. e com canal de escoamento, que comunica
proveniente de uma cavidade quadrangular com um pio rectangular irregular, também
pouco profunda adossada à lateral esquerda sem parede frontal.
do tanque.
COGULA
3. QUINTA DAS ÁGUAS-BOAS
Folha CMP: 180 6. CG-1
FIÃES
Coordenadas ETRS89: 57561.539, 117036.068 Folha CMP: 170
Altitude: 506 m Coordenadas ETRS89: 73388.189, 127836.229 9. RUA DA CARREIRA VELHA
Contextualização: cabeço rochoso, Altitude: 533 m Folha CMP: 181
em encosta de declive Coordenadas ETRS89: 64190.021, 118384.634
moderado e sobranceiro Altitude: 773 m
a uma ribeira. Contextualização: afloramento granítico destacado,
Descrição: lagar rupestre constituído em área aplanada e sobranceira a uma ribeira
por um tanque de pisa (interior da povoação).
rectangular alongado, com bica Descrição: lagar rupestre constituído por uma
de escoamento, e por um prato plataforma de prensagem (aplanada e de
ou base de prensa circular e superfície regular), definida por um sulco de
pouco profundo, com longo perímetro ovalado, que se interliga com uma
canal de escoamento, os quais cova natural de formato circular irregular e
se dispõem lado-a-lado e pouco profunda, a partir da qual se desenvolve
comunicam com um pio ovalado. um longo canal de escoamento de remate
Observações: junto ao prato, trapezoidal.
encontra-se gravada uma cruz. 3. Lagar com tanque de pisa alongado, prato e pio.

11
ARQUEOLOGIA

FREGUESIAS DE CASTANHEIRA, GUILHEIRO,


PALHAIS, REBOLEIRO, RIO DE MEL E
TORRE DO TERRENHO / SEBADELHE DA SERRA / TERRENHO

FIG. 1 − Lagares rupestres do


Concelho de Trancoso.

CONCELHO DE
TRANCOSO

MOREIRA DE REI

10. ESPARTAÇÕES I (Perlacões)


Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89: 71354.130, 132823.742
Altitude: 688 m
Contextualização: encosta suave com vários
afloramentos e blocos graníticos,
junto a uma linha de água.
Descrição: lagar rupestre constituído
Povoações
por um tanque de pisa rectangular,
com orifício/canal Limites de Freguesia
de escoamento.
Estradas
11. ESPARTAÇÕES II (Perlacões) IP.2
Folha CMP: 160
0 1,5 km
Coordenadas ETRS89: 71087.951, 132691.046 Sítios Arqueológicos
Altitude: 704 m
Contextualização: Ver n.º 10.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
constituído por um tanque de pisa/prensagem
rectangular, com dois buracos laterais 12. MARIANAS 13. MR-1
rectangulares para fixação da prensa, Folha CMP: 160 Folha CMP: 160
com orifício de escoamento e com Coordenadas ETRS89: 68070.404, 131620.951 Coordenadas ETRS89: 70081.593, 131651.920
outro tanque – rectangular e sem Altitude: 801 m Altitude: 720 m
parede frontal (destruída?) – no flanco Contextualização:encosta suave com alguns Contextualização:encosta em área de relevo ondulado
oposto, que, deste modo, não comunica afloramentos graníticos e irrigada por pequenas suave, com vários afloramentos graníticos e
com o compartimento de pisa/prensagem; linhas de água. irrigada por pequenas linhas de água.
o segundo correspondente a uma Descrição: lagar rupestre constituído por um Descrição: lagar rupestre constituído
estrutura inacabada, notando-se somente tanque de pisa/prensagem rectangular, com dois por um tanque de pisa/prensagem
um sulco profundo a definir a lateral esquerda buracos laterais rectangulares para fixação da tendencialmente quadrangular, com buracos
do tanque de pisa e um rasgo a delimitar prensa, um dos quais dotado de entalhes para laterais para fixação da prensa (apenas visível
as paredes laterais e posterior do pio. cunhas, e com dois canais de escoamento junto o lateral direito, de formato rectangular),
Observações: situa-se entre os núcleos de sepulturas aos cantos da parede frontal, comunicando com orifício de escoamento e com duas
rupestres de Espartações III e Espartações IV o da direita com um pio descentrado, cavidades circulares no alçado da parede frontal,
(LOBÃO e FERREIRA, 2016: 16, n.º 25-26). de formato rectangular. a ladear o orifício.

12 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
FREGUESIAS DE COGULA,
CÓTIMOS, MOREIRA DE REI,
VALE DO SEIXO / VILA GARCIA
E VALDUJO

FIG. 2 − Lagares rupestres do


Concelho de Trancoso.
CONCELHO DE
TRANCOSO

14. MR-2
Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89:
70118.665, 131443.630
Altitude:723 m
Contextualização: pequena elevação
rochosa, em encosta de declive
moderado e sobranceira a um ribeiro.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
correspondente a uma estrutura inacabada,
que ostenta um tanque quase totalmente Povoações
delineado com uma linha picotada, estando já
numa fase de rebaixamento quer dos limites da Limites de Freguesia
superfície interna, ao longo de uma faixa com Estradas
largura e profundidade variáveis, quer da zona
central, onde são visíveis duas linhas de desbaste IP.2
da rocha; o segundo constituído por um tanque 0 1,5 km
Sítios Arqueológicos
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
laterais rectangulares para fixação da prensa e
com orifício de escoamento, que comunica
com um pio semicircular.

16. Lagar com tanque de pisa/prensagem, apoios laterais


para a prensa e pio.

14. Vista geral, com o lagar 1, inacabado, em primeiro plano. 16. MR-5
Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89: 69254.164, 130738.032
15. FONTE SECA I Altitude: 771 m
Folha CMP: 160 Contextualização:pequena elevação,
Coordenadas ETRS89: 68207.434, 130797.606 escoamento, com dois buracos laterais em encosta de relevo irregular e junto
Altitude: 823 m rectangulares para fixação da prensa, a uma linha de água.
Contextualização: encosta suave com vários dotados de entalhes para cunhas (o direito Descrição: lagar rupestre constituído por
afloramentos e blocos graníticos, no sopé possui ainda um canal direccionado para o um tanque de pisa/prensagem rectangular,
de uma imponente elevação rochosa e exterior da rocha), e com quatro cavidades com dois buracos laterais rectangulares para
sobranceira a um ribeiro. nos cantos do tanque (rectangulares no flanco fixação da prensa, um dos quais dotado de
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque direito e circulares no esquerdo) talvez para entalhes para cunhas, com três fossetes/entalhes
de pisa/prensagem subrectangular invertido e instalação de uma cobertura ou outra na lateral direita e com orifício/canal de
bastante profundo, com orifício/canal de estrutura complementar. escoamento, que comunica com
um pio semicircular.

13
ARQUEOLOGIA

FREGUESIAS DE ALDEIA NOVA, FIÃES


E FRECHES / TORRES

CONCELHO DE
TRANCOSO

Povoações

Limites de Freguesia 0 1,5 km

Estradas

IP.2

Sítios Arqueológicos FIG. 3 − Lagares rupestres do Concelho de Trancoso.

17. FONTE SECA II


Folha CMP: 160 lagar rupestre sem tanque de
Descrição: perto do lagar, localiza-se outra
Observações:
Coordenadas ETRS89: 68407.496, 130610.364 pisa/prensagem, sendo constituído por dois estrutura rupestre, também muito destruída e,
Altitude: 800 m buracos rectangulares para fixação da prensa aparentemente, de formato ovalado.
Contextualização: planalto com ligeiras elevações e por um canal de escoamento; a área de
e alguns afloramentos graníticos, junto a um prensagem encontra-se ligeiramente 22. TAPADA DO FILIPE
ribeiro. desbastada na zona posterior. Folha CMP: 160
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Coordenadas ETRS89: 67697.853, 130159.282
de pisa/prensagem subrectangular, com três 20. FONTE SECA III Altitude: 843 m
buracos rectangulares para fixação da prensa, Folha CMP: 160 Contextualização: pequeno aglomerado de
dois nas laterais e um na parede frontal, Coordenadas ETRS89: 68257.437, 130405.991 afloramentos e blocos graníticos, em área
com canal de escoamento no canto esquerdo Altitude: 810 m planáltica de relevo ligeiramente ondulado,
e com a rocha afeiçoada na zona frontal a este. Contextualização: encosta suave com alguns irrigada por pequenas linhas de água.
afloramentos e blocos graníticos, sobranceira Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
18. ESPORÕES II a um ribeiro. de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
Folha CMP: 160 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque laterais rectangulares para fixação da prensa
Coordenadas ETRS89: 69566.285, 130487.198 de pisa/prensagem subrectangular, com dois e com orifício/canal de escoamento,
Altitude: 739 m buracos laterais rectangulares para fixação da que comunica com um pio igualmente
Contextualização:encosta suave com alguns prensa, os quais possuem canais direccionados rectangular.
afloramentos graníticos, junto a um ribeiro. para o exterior da rocha, com um entalhe
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque bastante profundo junto ao buraco lateral 23. SORTES I
de pisa/prensagem tendencialmente esquerdo, com orifício de escoamento e com Folha CMP: 160
quadrangular, com dois entalhes laterais dois rasgos no alçado da parede frontal, Coordenadas ETRS89: 68470.652, 130030.556
rectangulares para fixação da prensa, com dois um em cada lado do orifício. Altitude: 820 m
orifícios de escoamento, um dos quais aberto no Contextualização:planalto de relevo ligeiramente
entalhe lateral esquerdo, com três fossetes no 21. ESPORÕES I ondulado, com diversos afloramentos e blocos
rebordo da parede frontal e com pequenas Folha CMP: 160 graníticos.
cavidades circulares nos afloramentos adjacentes Coordenadas ETRS89: 69559.347, 130316.027 Descrição: lagar rupestre constituído por um
às faces posterior e lateral direita do tanque. Altitude: 736 m tanque de pisa/prensagem tendencialmente
Contextualização:encosta suave, na base de um quadrangular, com dois buracos laterais
19. FONTE SECA IV imponente cabeço rochoso e junto a uma linha rectangulares para fixação da prensa
Folha CMP: 160 de água. (o esquerdo possui um canal direccionado
Coordenadas ETRS89: 68573.985, 130418.375 Descrição: lagar rupestre (bastante destruído) para o exterior da rocha) e com orifício de
Altitude: 815 m constituído por um tanque de pisa/prensagem escoamento, que comunica com um pio
Contextualização: pequena elevação, em área de relevo rectangular, com dois buracos laterais semicircular, ao qual liga ainda um canal,
ondulado com diversos afloramentos e blocos rectangulares para fixação da prensa alongado e curvo, que tem início junto
graníticos dispersos. e com bica de escoamento. ao buraco lateral esquerdo.

14 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
CONCELHO DE
TRANCOSO

Povoações

Limites de Freguesia

Estradas

IP.2

Sítios Arqueológicos FREGUESIAS DE GRANJA,


MOIMENTINHA, PÓVOA DO CONCELHO,
VILA FRANCA DAS NAVES / FEITAL
0 1,5 km E VILARES / CARNICÃES

24. SORTES II
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68420.753, 129802.320
Altitude: 822 m FIG. 4 − Lagares rupestres do Descrição:lagar rupestre constituído por um tanque
Contextualização:ver n.º 23. Concelho de Trancoso. de pisa tendencialmente quadrangular e com
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque orifício de escoamento, que comunica com um
de pisa/prensagem moldurado e tendencialmente pio rectangular na base e semicircular no topo.
quadrangular, com um buraco rectangular
na lateral esquerda para fixação da prensa, 30. LUCAS
e com orifício de escoamento que comunica Folha CMP: 170
com um pio semicircular. 27. TAPADA GRANDE I Coordenadas ETRS89: 69409.894, 129486.321
Folha CMP: 170 Altitude: 707 m
25. PILRAL Coordenadas ETRS89: 68021.529, 129713.955 Contextualização:encosta suave com vários
Folha CMP: 170 Altitude: 822 m afloramentos graníticos, em área de relevo
Coordenadas ETRS89: 69274.088, 129805.288 Contextualização: vertente suave de um pequeno irregular e sobranceira a um ribeiro.
Altitude: 749 m vale, irrigada por pequenas linhas de água. Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Contextualização:encosta suave com inúmeros Descrição: lagar rupestre de que se conservam constituído por um tanque de pisa/prensagem
afloramentos e blocos graníticos, em área de somente – e de forma parcial – o tanque de subrectangular, sem parede frontal, mas com
relevo irregular e sobranceira a uma linha de pisa/prensagem rectangular, o buraco lateral entalhes nas laterais para encaixe de um
água. esquerdo, de formato rectangular, para fixação barrote/tábua que rematasse o tanque,
Descrição: lagar rupestre constituído por um da prensa, e o canal de escoamento. com um conjunto de dois/três buracos
tanque de pisa/prensagem tendencialmente rectangulares em cada uma das laterais para
subquadrangular, com buracos laterais para 28. TAPADA GRANDE II fixação da prensa e com canal de escoamento,
fixação da prensa (apenas visível o lateral Folha CMP: 170 que comunica com um pio rectangular;
esquerdo, de formato rectangular) e com Coordenadas ETRS89: 68116.049, 129675.527 o segundo composto por um tanque de
orifício de escoamento junto ao canto direito, Altitude: 824 m pisa/prensagem tendencialmente quadrangular,
que comunica com um pio descentrado Contextualização: vertente moderada de uma elevação com dois buracos laterais rectangulares para
de configuração em “L”. rochosa, sobranceira a uma linha de água. fixação da prensa e com canal de escoamento.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Observações: junto ao primeiro lagar, encontrava-se
26. FREIXINHOS DE BAIXO de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos um peso subparalepipédico em granito, com
Folha CMP: 170 laterais rectangulares para fixação da prensa cavidade circular central nas faces anterior e
Coordenadas ETRS89: 67524.410, 129759.736 e com orifício de escoamento, que comunica posterior e com dois entalhes nas laterais
Altitude: 859 m com um pio igualmente rectangular. (actualmente à guarda da Junta de Freguesia).
Contextualização: planalto com ligeiras elevações
e alguns afloramentos graníticos destacados. 29. VALE (Chães de Moreira) 31. MR-3
Descrição: lagar rupestre constituído por um Folha CMP: 170 Folha CMP: 170
tanque de pisa/prensagem subrectangular, Coordenadas ETRS89: 68383.271, 129529.351 Coordenadas ETRS89: 67540.413, 129458.511
com entalhes laterais para fixação da prensa Altitude: 810 m Altitude: 860 m
(apenas visível o lateral direito, de formato Contextualização: encosta de declive acentuado com pequena elevação em encosta de
Contextualização:
rectangular), com orifício de escoamento e inúmeros afloramentos e blocos graníticos, relevo ondulado suave com muitos afloramentos
com a rocha afeiçoada na zona frontal a este. sobranceira a uma linha de água. graníticos, sobranceira a uma linha de água.

15
ARQUEOLOGIA

CONCELHO DE FREGUESIAS DE TRANCOSO / SOUTO MAIOR


TRANCOSO E TAMANHOS

Povoações

Limites de Freguesia

Estradas

IP.2
0 1,5 km
Sítios Arqueológicos FIG. 5 − Lagares rupestres do Concelho de Trancoso.

Descrição:lagar rupestre constituído por um tanque 34. TOSCANA II sob um dos dois orifícios de escoamento da
de pisa/prensagem subquadrangular, com buracos Folha CMP: 170 estrutura (o outro situa-se no canto direito).
laterais para fixação da prensa (apenas visível Coordenadas ETRS89: 67987.220, 129264.546
o lateral direito, de formato rectangular), Altitude: 810 m 36. CORREDOURA
com orifício de escoamento e com a rocha Contextualização:cabeço alongado e de encostas Folha CMP: 170
afeiçoada na zona frontal a este. suaves, com muitos afloramentos e blocos Coordenadas ETRS89: 68863.506, 129271.565
graníticos. Altitude: 752 m
32. MR-4 Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro Contextualização: encosta de declive moderado
Folha CMP: 170 constituído por um tanque de pisa/prensagem com várias plataformas e cabeços rochosos
Coordenadas ETRS89: 67254.960, 129298.904 tendencialmente quadrangular, com dois buracos e inúmeros afloramentos e blocos graníticos.
Altitude: 870 m laterais rectangulares para fixação da prensa Descrição: lagar rupestre de pequena dimensão,
Contextualização:encosta em área de relevo ondulado e com dois orifícios/canais de escoamento, constituído por um tanque de pisa/prensagem
com vários afloramentos e blocos graníticos um na parede frontal, que comunica com um tendencialmente quadrangular, com dois buracos
dispersos, junto a uma linha de água. pio subrectangular invertido, e outro na parede laterais rectangulares para fixação da prensa,
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque posterior; o segundo composto por um tanque um dos quais dotado de entalhes para cunhas,
de pisa/prensagem tendencialmente de pisa/prensagem tendencialmente com uma fossete junto ao canto inferior
subquadrangular, com dois buracos laterais quadrangular, com um buraco na lateral direita esquerdo e com canal de escoamento no canto
rectangulares para fixação da prensa, dotados para fixação da prensa, junto ao qual se encontra direito, que comunica com um pio descentrado,
de entalhes para cunhas, com duas pequenas uma fossete, e com bica de escoamento no de formato indeterminado (soterrado).
cavidades circulares junto ao buraco lateral canto direito, que comunica com um pio
direito e com orifício/canal de escoamento. descentrado, de configuração subtriangular 37. LAGAR DO CASTELO
irregular. Folha CMP: 170
33. TOSCANA I Coordenadas ETRS89: 68573.020, 129169.660
Folha CMP: 170 35. TOSCANA III Altitude: 780 m
Coordenadas ETRS89: 67733.584, 129343.134 Folha CMP: 170 Contextualização: plataforma aplanada com diversos
Altitude: 830 m Coordenadas ETRS89: 67724.500, 129142.990 afloramentos e lajes graníticas, em encosta de
Contextualização:pequena elevação em encosta suave Altitude: 810 m relevo irregular (interior da povoação).
com vários afloramentos e blocos graníticos, Contextualização:topo de uma pequena elevação Descrição: lagar rupestre inacabado, com um
sobranceira a pequenas linhas de água. em encosta de relevo ondulado com muitos tanque de pisa/prensagem ligeiramente
Descrição: lagar rupestre constituído por um afloramentos e blocos graníticos, irrigada por rebaixado, estando apenas perfeitamente
tanque de pisa/prensagem tendencialmente pequenas linhas de água. delineadas a parede lateral esquerda e parte
quadrangular, com um buraco rectangular para Descrição: lagar rupestre constituído por um da parede frontal, com dois buracos laterais –
fixação da prensa, uma pequena cavidade circular tanque de pisa/prensagem subrectangular desalinhados e de formato rectangular –
e duas fossetes na lateral direita e com irregular, com três buracos para fixação da para fixação da prensa e com uma cavidade
orifício/canal de escoamento, que comunica prensa, dois rectangulares nas laterais e um de circular de função indeterminada, junto à
com um pio subtriangular irregular. formato elaborado no centro da parede frontal, face frontal da estrutura.

16 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
imponentes elevações rochosas e sobranceira
a uma ribeira.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem subrectangular, com dois
buracos laterais rectangulares para fixação da
prensa, com orifício/canal de escoamento e com
uma estrutura rupestre trapezoidal, de função
indeterminada, junto à lateral esquerda.
Observações: situa-se num dos extremos da
necrópole de sepulturas rupestres de
Mouragos II (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 18, n.º 36).

42. MOURAGOS III


Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 67406.311, 128446.371
Altitude: 791 m
Contextualização: ver n.º 41.
Descrição: lagar rupestre (muito destruído?), de que
38. Lagar com o castelo de Moreira de Rei em pano de fundo. se observam somente parte do tanque de
pisa/prensagem, tendencialmente
subquadrangular, e um dos buracos laterais para
Observações:a dois-três metros do lagar, 40. FORCAS fixação da prensa.
observam-se diversos entalhes e cavidades de Folha CMP: 170 Observações: situa-se num dos extremos da
formato e dimensão variáveis, que, pelo seu Coordenadas ETRS89: 68126.646, 128633.264 necrópole de sepulturas rupestres de Mouragos
posicionamento e alinhamento, poderão não Altitude: 780 m II (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 18, n.º 36).
estar relacionados com aquela estrutura, Contextualização:encosta suave, pontuada
mas com outro lagar rupestre que as por pequenas elevações e com diversos 43. LAVADOURO
informações orais afirmam existir no local; afloramentos e blocos graníticos. Folha CMP: 170
situa-se no interior da vila amuralhada de Descrição: lagar rupestre constituído por um Coordenadas ETRS89: 67696.050, 128412.325
Moreira de Rei, junto ao castelo da mesma tanque de pisa/prensagem tendencialmente Altitude: 780 m
(LOBÃO e FERREIRA, 2016: 17-18, n.ºs 31 e 34). quadrangular, com três buracos rectangulares Contextualização:pequena elevação rochosa,
para fixação da prensa, dois nas laterais em área plana, junto a um ribeiro e a várias
38. SÃO JOÃO I e um sobre o orifício de escoamento. linhas de água.
Folha CMP: 170 Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Coordenadas ETRS89: 68738.136, 128966.697 41. MOURAGOS I constituído por um tanque de pisa/prensagem
Altitude: 740 m Folha CMP: 170 tendencialmente quadrangular, com dois buracos
Contextualização:encosta suave com alguns Coordenadas ETRS89: 67561.913, 128594.342 laterais rectangulares para fixação da prensa e
afloramentos e blocos graníticos, junto a Altitude: 789 m com orifício/canal de escoamento, que comunica
extensas lajes e elevações rochosas e encosta de relevo ondulado suave
Contextualização: com um pio rectangular; o segundo composto
sobranceira a uma linha de água. com muitos afloramentos e blocos graníticos, por um tanque de pisa/prensagem
Descrição: lagar rupestre constituído por um frequentemente aglutinados, situada no sopé de tendencialmente quadrangular, com buracos
tanque de pisa/prensagem rectangular e
profundo, com dois buracos laterais
rectangulares para fixação da prensa e
com orifício de escoamento.
Observações: englobado na área de dispersão
de vestígios do sítio medieval-moderno de
São João II (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 18, n.º 35).

39. CASAL
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68005.268, 129026.751
Altitude: 796 m
Contextualização:afloramento granítico destacado,
em área plana e irrigada por pequenas linhas
de água.
Descrição: lagar rupestre (?) delimitado por um
sulco de perímetro rectangular, com cerca de
10-15 cm de largura e profundidade, e com
uma pequena cavidade ovalada descentrada,
no interior do espaço definido por aquele.
43. Lagar 2, com apoios para a prensa nas quatro faces e com base circular para assentamento de um peso.

17
ARQUEOLOGIA

rectangulares para fixação da prensa nas quatro 47. LAPAS 51. QUINTAS DOS MOSQUEIROS II
faces, um deles dotado de entalhes para cunhas Folha CMP: 170 Folha CMP: 170
e o frontal aberto sobre o orifício/canal de Coordenadas ETRS89: 68471.027, 128091.912 Coordenadas ETRS89: 70289.634, 127245.465
escoamento, que comunica com um pio Altitude: 717 m Altitude: 563 m
tendencialmente quadrangular e pouco Contextualização:vertente moderada de um Contextualização: pequena elevação rochosa,
profundo; à esquerda do segundo lagar, pequeno vale com inúmeros afloramentos e em área de relevo ondulado suave.
no alinhamento dos buracos laterais, blocos graníticos, frequentemente aglutinados, Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro, oculto
encontra-se um rebaixamento circular e junto a uma linha de água. pela vegetação, parece ser constituído por um
aplanado, possivelmente, para melhor Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque tanque de pisa/prensagem muito incipiente ou
assentamento de um peso de lagar. de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos inacabado, com buracos laterais para fixação
laterais rectangulares para fixação da prensa, da prensa (apenas visível o lateral esquerdo,
44. PICOTO com uma fossete no rebordo da parede lateral de formato rectangular) e com canal de
Folha CMP: 170 direita e com orifício de escoamento, escoamento, que comunica com um pio
Coordenadas ETRS89: 67319.304, 128335.607 que comunica com um pio trapezoidal. semicircular; o segundo composto por um tanque
Altitude: 793 m Observações: sítio denominado na Carta de Património de pisa/prensagem tendencialmente quadrangular,
Contextualização:vertente de uma pequena elevação Cultural do PDM por Chão da Presa. com buracos rectangulares para fixação da prensa
com inúmeros afloramentos e blocos graníticos, nas faces anterior e posterior e com dois canais
irrigada por pequenas linhas de água. 48. CHÃO DA EIRINHA de escoamento junto ao canto direito, um dos
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Folha CMP: 170 quais rematado por uma bica, que comunicam
de pisa/prensagem subquadrangular irregular, Coordenadas ETRS89: 67615.942, 127593.604 com um pio irregular e profundo; o tanque de
com buracos rectangulares para fixação da Altitude: 760 m pisa/prensagem do segundo lagar é também muito
prensa nas quatro faces, com vários entalhes e Contextualização: aglomerado de afloramentos e incipiente, pois está apenas parcialmente escavado
cavidades nas paredes frontal e lateral direita blocos graníticos no topo de uma pequena e, no lado esquerdo, onde a rocha foi somente
para apoio na instalação do sistema de elevação, em encosta de declive irregular e nivelada, exibe dois entalhes para colocação de um
prensagem e/ou de outras estruturas sobranceira a uma ribeira. barrote/tábua de madeira que servisse de parede.
complementares, com canal de escoamento Descrição: lagar rupestre constituído por um
no canto inferior esquerdo (?) e com tanque de pisa/prensagem tendencialmente 52. BARRIO
a rocha afeiçoada junto a este. subquadrangular, com buracos laterais para Folha CMP: 170
fixação da prensa e com bica de escoamento, Coordenadas ETRS89: 68604.151, 127135.229
45. CORDAVEIRA II (Lapas) que comunica com um pio ovalado. Altitude: 677 m
Folha CMP: 170 Contextualização:encosta de declive irregular com
Coordenadas ETRS89: 67979.840, 128216.750 49. RUA DAS MOITAS I diversos afloramentos graníticos destacados e
Altitude: 771 m Folha CMP: 170 junto a uma linha de água.
Contextualização: pequena elevação rochosa, Coordenadas ETRS89: 67633.161, 127550.341 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
em área de relevo irregular com diversos Altitude: 749 m de pisa/prensagem subrectangular, com dois
afloramentos e blocos graníticos. Contextualização: encosta de declive moderado, buracos laterais rectangulares para fixação da
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque sobranceira a uma ribeira (interior da prensa e com canal de escoamento, que comunica
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos povoação). com um pio subquadrangular irregular.
laterais rectangulares para fixação da prensa, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
um dos quais dotado de entalhes para cunhas, de prensagem rectangular, com dois buracos 53. TERRAS DE FORA I (Peto)
com longo orifício/canal de escoamento e laterais rectangulares para fixação da prensa, Folha CMP: 170
com um rasgo no alçado da parede frontal, e por um tanque de pisa com o mesmo formato, Coordenadas ETRS89: 69925.805, 126543.594
à esquerda do canal, que na base da rocha que comunicam com um pio igualmente Altitude: 571 m
parece delinear o canto de um pio (soterrado?). rectangular, o qual corresponde ao ângulo Contextualização: extensa laje, no topo de uma
do “L” resultante da disposição dos três tanques; pequena elevação com diversos afloramentos e
46. CORDAVEIRA I a separação entre estes é, aparentemente, blocos graníticos.
Folha CMP: 170 efectuada por pequenas reentrâncias, isto é, Descrição: lagar rupestre constituído por um
Coordenadas ETRS89: 68207.380, 128099.543 por paredes que não encerram por completo tanque de pisa/prensagem rectangular, com
Altitude: 755 m cada compartimento. buracos laterais para fixação da prensa
Contextualização: encosta de relevo irregular (apenas visível o lateral direito), com um
com diversos afloramentos e blocos graníticos, 50. QUINTAS DOS MOSQUEIROS I pequeno entalhe no rebordo da parede frontal
por vezes aglutinados. Folha CMP: 170 e com orifício/canal de escoamento,
Descrição: lagar rupestre constituído por um Coordenadas ETRS89: 70367.529, 127431.186 que comunica com um pio rectangular.
tanque de pisa/prensagem subrectangular Altitude: 565 m Observações: junto ao lagar, identificaram-se
invertido, com um buraco de formato em “U” Contextualização: pequena elevação, em área de dois pesos em granito: um de formato cilíndrico,
no flanco posterior para fixação da prensa e relevo ondulado suave. com cavidade circular no topo; o outro cónico,
com orifício de escoamento no canto esquerdo, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque com dois entalhes laterais.
que comunica com um pio descentrado, de pisa/prensagem trapezoidal, com dois buracos
de configuração rectangular invertida. laterais rectangulares para fixação da prensa,
dotados de entalhes para cunhas, e com
orifício/canal de escoamento.

18 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
lagar rupestre constituído por um tanque
Descrição:
de pisa rectangular, com orifício de escoamento,
e, provavelmente, por um pio, do qual são
somente perceptíveis os arranques das
paredes laterais (soterrado?).

57. BARREIRA
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 58174.423, 127952.291
Altitude: 704 m
Contextualização:encosta de relevo irregular,
irrigada por pequenas linhas de água.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa rectangular alongado, com orifício de
escoamento, e por um prato ou base de prensa
circular e pouco profundo, com canal de
escoamento, dispostos lado-a-lado e
55. Lagar 1, que apresenta um par de buracos em cada lateral para fixação da prensa. direccionados para uma zona em que o
contorno da rocha se apresenta afeiçoado;
no flanco oposto do tanque de pisa, regista-se
54. TERRAS DE FORA II (Peto) de entalhes para cunhas, e com canal de ainda um rebaixamento quadrangular com canal,
Folha CMP: 170 escoamento, que comunica com um pio de função indeterminada.
Coordenadas ETRS89: 69922.416, 126477.494 descentrado de configuração rectangular;
Altitude: 569 m o segundo formado por um tanque de 58. SENHORA DA RIBEIRA I
Contextualização: vertente suave de uma pequena pisa/prensagem tendencialmente Folha CMP: 169
elevação com inúmeros afloramentos e blocos subquadrangular e talvez inacabado Coordenadas ETRS89: 57784.667, 127578.552
graníticos, em área de relevo ondulado suave e (superfície interna muito irregular), Altitude: 657 m
sobranceira a um ribeiro. com dois buracos laterais rectangulares para Contextualização: extensa laje granítica sobrelevada,
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque fixação da prensa e com canal de escoamento, em encosta suave com vários afloramentos e
de pisa/prensagem rectangular invertido, com que comunica com um pio rectangular. blocos graníticos, frequentemente aglutinados,
bica de escoamento junto ao canto esquerdo, junto a uma linha de água.
que comunica com um pio descentrado, Descrição: lagar rupestre constituído por um
tendencialmente quadrangular e com uma das tanque de pisa tendencialmente subquadrangular,
paredes rematada com uma pedra rectangular
PALHAIS com orifício/canal de escoamento, com a rocha
alongada; integra-se num edifício que conserva a afeiçoada na zona frontal a este e com uma
estrutura intacta, estando apenas sem cobertura; 56. CARVALHOSA pequena cavidade circular pouco profunda,
de perímetro rectangular e acessível por uma Folha CMP: 169 escavada num afloramento junto à parede
única porta, o interior do imóvel é um espaço Coordenadas ETRS89: 58309.825, 128066.288 lateral direita.
amplo, que detém somente uma possível lareira Altitude: 700 m Observações: situa-se nas imediações de uma
no canto posterior esquerdo (acima da qual se encosta suave com alguns
Contextualização: sepultura rupestre e de um sítio com ocupação
observa uma pilheira) e o lagar, que ocupa todo afloramentos e blocos graníticos, junto a romana e medieval (?) (LOBÃO e FERREIRA, 2016:
o flanco à direita da entrada; o tanque de pisa uma linha de água. 19, n.ºs 39-40).
tem a face posterior encostada ao alçado lateral
do imóvel e – por oposição ao pio, que está ao
nível do chão – encontra-se numa posição
sobrelevada, sendo o acesso a ele facultado
pela presença de um degrau escavado no
extremo da rocha; sensivelmente a eixo do
tanque de pisa, observa-se ainda, na base da
parede lateral do imóvel, uma perfuração
para fixação da cabeça da vara de lagar.

55. BARROCAL
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 68886.162, 126460.671
Altitude: 650 m
Contextualização:vertente moderada de um
cabeço rochoso, sobranceira a uma ribeira.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
constituído por um tanque de pisa/prensagem
quadrangular irregular, com um par de buracos
rectangulares em cada uma das laterais para
fixação da prensa, estando os exteriores dotados 57. Lagar com tanque de pisa alongado e prato.

19
ARQUEOLOGIA

59. PL-1
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 58943.470, 126756.034
Altitude: 664 m
bloco granítico, em encosta suave.
Contextualização:
lagar rupestre constituído por uma base
Descrição:
de prensa de superfície convexa, definida por um
sulco de perímetro ovalado, com canal de
escoamento.

RIO DE MEL
61. Lagar com tanque de pisa e pio.
60. RUA DAS LAGINHAS
Folha CMP: 169
Coordenadas ETRS89: 62400.911, 127063.382
Altitude: 780 m 62. MOINHO DO JOSÉ FORCA Descrição:lagar rupestre constituído por uma
Contextualização: encosta suave, junto a uma linha Folha CMP: 169 plataforma de prensagem (inclinada e de
de água (interior da povoação). Coordenadas ETRS89: 61411.325, 126224.267 superfície regular), definida por um sulco de
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Altitude: 742 m perímetro subtriangular irregular e com uma
de pisa rectangular invertido e com orifício de Contextualização: aglomerado de extensas lajes reentrância em forma de meia-lua no alçado
escoamento junto ao canto direito, que graníticas, em encosta suave e sobranceiro à frontal, para encaixe de uma telha.
comunica com um pequeno pio descentrado, ribeira de Rio de Mel.
de formato irregular. Descrição: lagar rupestre constituído por uma
plataforma de prensagem (ligeiramente inclinada
61. BARROCA e de superfície regular), definida por um sulco de
TAMANHOS
Folha CMP: 169 perímetro ovalado e afunilado na zona de
Coordenadas ETRS89: 59796.930, 126731.544 escoamento. 64. TM-1
Altitude: 700 m Folha CMP: 170
Contextualização:sopé de uma pequena elevação com 63. LANTEJANO Coordenadas ETRS89: 69846.874, 123898.480
alguns afloramentos graníticos, em encosta de Folha CMP: 169 Altitude: 646 m
relevo ondulado suave. Coordenadas ETRS89: 60479.183, 126019.632 Contextualização:vertente suave de um cabeço,
Descrição: lagar rupestre constituído por um Altitude: 677 m junto a um ribeiro.
tanque de pisa trapezoidal e com orifício de pequena elevação rochosa,
Contextualização: Descrição: lagar rupestre oculto por um
escoamento, que comunica um pequeno em área de relevo irregular e junto à ribeira amontoado de madeira, de que se observam
pio semicircular. de Rio de Mel. somente parte do tanque de pisa/prensagem
e os dois buracos laterais para fixação da prensa.

65. CHÃO DAS LAJES


Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 69481.934, 123813.614
Altitude: 663 m
Contextualização: área aplanada com muitos
afloramentos graníticos, sobranceira à ribeira
do Freixo.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
laterais rectangulares para fixação da prensa,
dotados de entalhes para cunhas, e com bica de
escoamento, que comunica com um pio
rectangular irregular e sem parede frontal
(destruída?).

63. Lagar com plataforma de prensagem definida por um sulco.

20 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
66. QUINTA DO SALGADO II Contextualização:vertente de uma pequena tanque de pisa, que, em parte, está já
Folha CMP: 170 plataforma com muitos afloramentos e blocos ligeiramente rebaixada e, no restante, exibe
Coordenadas ETRS89: 70396.286, 123793.596 graníticos, em encosta de declive acentuado apenas vários rasgos aleatórios com a mesma
Altitude: 710 m e sobranceira a um ribeiro. profundidade da zona parcialmente escavada.
Contextualização: planalto de relevo ondulado suave Descrição: lagar rupestre constituído por
com diversos afloramentos e blocos graníticos, um tanque de pisa/prensagem rectangular, 72. QUINTA DO MOURÃO III
por vezes aglutinados. com buracos laterais para fixação da prensa Folha CMP: 181
Descrição: lagar rupestre constituído por um (apenas visível o lateral esquerdo, de formato Coordenadas ETRS89: 64820.261, 116132.889
tanque de pisa tendencialmente subquadrangular, rectangular e dotado de entalhes para cunhas), Altitude: 484 m
com bica de escoamento saliente junto ao canto com bica de escoamento no canto direito e Contextualização: encosta de relevo irregular com
esquerdo, com o afloramento afeiçoado junto com a rocha afeiçoada na zona frontal a este. várias plataformas e pequenas elevações e com
a esta e com um buraco rectangular escavado inúmeros afloramentos e blocos graníticos,
no perfil vertical da rocha, junto à parede 70. QUINTA DO MOURÃO II sobranceira a um ribeiro.
esquerda do tanque. Folha CMP: 181 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Observações: situa-se junto a duas sepulturas Coordenadas ETRS89: 64580.865, 116609.763 de pisa tendencialmente quadrangular e com
rupestres da necrópole da Quinta do Salgado I Altitude: 537 m bica de escoamento, que comunica com um pio
(LOBÃO e FERREIRA, 2016: 20, n.º 56). Contextualização: extensa laje granítica, em encosta rectangular; integrava um edifício, de que se
de declive moderado e junto a um ribeiro. conservam os alicerces de três paredes,
67. PILRO Descrição: lagar rupestre constituído por um duas delas adossadas às faces posterior e
Folha CMP: 170 tanque de pisa/prensagem rectangular irregular, lateral esquerda do lagar; a cerca de 5 m
Coordenadas ETRS89: 69602.147, 123006.346 com dois buracos laterais rectangulares para para a direita, regista-se ainda uma cavidade
Altitude: 719 m fixação da prensa, um dos quais dotado de rupestre quadrangular, certamente relacionada
Contextualização:aglomerado de afloramentos entalhes para cunhas, e com bica de escoamento com estas estruturas.
e blocos graníticos, em encosta de declive junto ao canto esquerdo, que comunica com
moderado, sobranceira a um ribeiro. um pio igualmente rectangular irregular. 73. VALES III
Descrição: lagar rupestre constituído por um Observações: exteriormente, ao longo das paredes Folha CMP: 181
tanque de pisa/prensagem tendencialmente posterior e lateral esquerda do tanque de pisa, Coordenadas ETRS89: 66535.566, 116212.474
quadrangular, com dois buracos laterais observa-se uma linha incisa que parece Altitude: 490 m
rectangulares para fixação da prensa e corresponder ao desenho inicialmente gizado Contextualização:topo de uma pequena elevação
com orifício/canal de escoamento, para esta estrutura, o qual terá, assim, sofrido com vários afloramentos e blocos graníticos,
que comunica com um pio rectangular. uma alteração na fase de escavação da rocha. em área de relevo ondulado suave.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
71. QUINTA DA REGADA de pisa/prensagem subrectangular, com dois
Folha CMP: 181 buracos laterais rectangulares para fixação da
UNIÃO DE FREGUESIAS DE Coordenadas ETRS89: 65792.542, 116366.703 prensa e com bica de escoamento, que comunica
FRECHES E TORRES Altitude: 453 m com um pio subrectangular irregular, sendo ainda
Contextualização: área plana, junto à ribeira do visível uma cavidade circular pouco profunda
Frechão. na parede que separa os dois tanques.
68. FR-1 Descrição: lagar rupestre inacabado (?), sendo visível Observações: situa-se nas imediações do sítio
Folha CMP: 181 um sulco a delimitar uma área de configuração romano e medieval (?) da Quinta dos Corgos
Coordenadas ETRS89: 65630.134, 118430.992 irregular, hipoteticamente correspondente ao (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 24, n.º 86).
Altitude: 610 m
Contextualização:topo de uma pequena elevação
rochosa, em encosta de declive irregular
e sobranceira a um ribeiro.
Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
constituído por um tanque de pisa/prensagem
rectangular, com buracos laterais rectangulares
para fixação da prensa e com canal de
escoamento; o segundo composto por
um tanque de pisa rectangular com
canal de escoamento.
Observações: a cerca de 4-5 m do canto superior
esquerdo do primeiro lagar, regista-se uma
pequena cavidade circular escavada na rocha.

69. QUINTA DO MOURÃO I


Folha CMP: 181
Coordenadas ETRS89: 64661.643, 116674.393
Altitude: 550 m

70. Lagar com tanque de pisa/prensagem, apoios laterais para a prensa e pio.

21
ARQUEOLOGIA

FOTO: João Andrade.


79. Lagar com tanque de pisa e pio.

74. VALES IV 76. QUINTA DAS CORGAS II lagar rupestre constituído por um
Descrição:
Folha CMP: 181 Folha CMP: 181 tanque de pisa/prensagem rectangular e pouco
Coordenadas ETRS89: 66426.478, 116177.227 Coordenadas ETRS89: 66637.643, 116064.553 profundo, com buracos laterais para fixação da
Altitude: 481 m Altitude: 480 m prensa (apenas visível o lateral direito), com bica
Contextualização:encosta com alguns afloramentos Contextualização: afloramento granítico destacado, de escoamento e com o afloramento afeiçoado
e blocos graníticos, em área de relevo ondulado em área de relevo ondulado suave e junto na zona frontal a esta.
suave. a uma linha de água.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: lagar rupestre que aproveita uma ligeira 78. PLAMES
de pisa rectangular invertido e com bica de depressão natural como área de pisa/prensagem, Folha CMP: 160
escoamento; integrava um edifício, de que se possuindo dois pequenos buracos rectangulares Coordenadas ETRS89: 65376.244, 133504.572
observam, apesar da vegetação, as ruínas de três no lado direito para fixação da prensa e uma Altitude: 797 m
paredes, uma delas adossada à face posterior bica de escoamento, que comunica com um Contextualização:encosta suave com alguns afloramentos
do lagar e outra correspondente a uma tanque de recolha irregular, rudemente afeiçoado graníticos destacados.
divisória interna. e também ele com um canal de escoamento, Descrição: lagar rupestre constituído por
que escorre para o exterior da rocha e é um tanque de pisa/prensagem rectangular,
75. QUINTA DAS CORGAS I ladeado por dois entalhes semi-rectangulares; com um buraco rectangular junto à lateral
Folha CMP: 181 detém ainda um terceiro canal, que tem início esquerda para fixação da prensa e com bica de
Coordenadas ETRS89: 66801.118, 116176.909 junto à bica, dirigindo-se para o limite da rocha. escoamento, que comunica com um pio igualmente
Altitude: 490 m Observações: junto ao lagar encontram-se gravadas rectangular, ao qual liga ainda um canal de função
Contextualização: afloramento granítico sobrelevado, duas cruzes; situa-se nas imediações do sítio indeterminada, que se processa paralelo à
em área de relevo ondulado suave. romano e medieval (?) da Quinta dos Corgos parede frontal do tanque.
Descrição: provável lagar rupestre integrado (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 24, n.º 86).
num edifício, de que, face à vegetação existente, 79. CABEÇO DO LAGAR (Lagariça do Pedro)
são somente perceptíveis dois pequenos Folha CMP: 160
alinhamentos pétreos perpendiculares a Coordenadas ETRS89: 64205.900, 133389.998
flanquear um tanque (?) escavado na rocha UNIÃO DE FREGUESIAS DE TORRE Altitude: 913 m
e entulhado com pedra aparelhada ou DO TERRENHO, SEBADELHE DA Contextualização: afloramento granítico destacado,
rudemente afeiçoada; junto a estes vestígios, SERRA E TERRENHO em área planáltica de relevo ondulado suave com
encontra-se outra estrutura rupestre, vários afloramentos e blocos graníticos.
de formato rectangular e pouco profunda. Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque de
Observações: situa-se nas imediações do sítio 77. ROSMANINHO pisa rectangular, com várias fossetes junto à parede
romano e medieval (?) da Quinta dos Corgos Folha CMP: 160 posterior e com bica de escoamento, que comunica
(LOBÃO e FERREIRA, 2016: 24, n.º 86). Coordenadas ETRS89: 66067.363, 134087.862 com um pio semicircular com uma concavidade
Altitude: 730 m circular pouco profunda no interior.
Contextualização: cabeço rochoso, junto a um ribeiro. Bibliografia: TEIXEIRA, 1982: 321.

22 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Contextualização:encosta suave com alguns
afloramentos graníticos.
Descrição: lagar rupestre sem tanque de
pisa/prensagem, sendo constituído por três
buracos rectangulares para fixação da prensa –
um no lado direito da área de prensagem,
dotado de entalhes para cunhas, e dois de
menor dimensão no lado oposto –, por um
canal de escoamento comprido e de remate
quadrangular e ainda por duas pequenas
cavidades circulares, laterais ao canal, talvez para
apoio na instalação do sistema de prensagem
ou de alguma estrutura complementar.
Observações: situa-se nas imediações do sítio
romano de Aldeia Velha I (LOBÃO e FERREIRA,
2016: 26, n.º 106).
82. Lagar com tanque de pisa e pio.
85. SOITO PORCO
Folha CMP: 170
80. A-DO-PISCO 83. SOITO DAS FREIRAS Coordenadas ETRS89: 68040.267, 125677.720
Folha CMP: 160 Folha CMP: 160 Altitude: 752 m
Coordenadas ETRS89: 65189.302, 132290.575 Coordenadas ETRS89: 65040.736, 131918.692 Contextualização: encosta suave.
Altitude: 784 m Altitude: 760 m Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se
Contextualização:encosta de declive moderado, Contextualização: área de relevo ondulado suave com apenas parte do canal de escoamento
junto a um ribeiro. vários afloramentos graníticos, sobranceira ao pertencente ao tanque de pisa e o afeiçoamento
Descrição: lagar rupestre inacabado, tendo-se ribeiro do Boco. da rocha na zona frontal e lateral ao canal.
procedido ao delineamento e ligeiro Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
rebaixamento de um tanque de pisa rectangular, de pisa tendencialmente quadrangular e com 86. BICA DA CORREIA
com o respectivo canal de escoamento, bica de escoamento. Folha CMP: 170
e de um pio de formato irregular, Coordenadas ETRS89: 70612.170, 125626.805
com uma concavidade circular ao centro. Altitude: 679 m
Contextualização: topo aplanado de um monte com
81. QUINTA DO BOCO I UNIÃO DE FREGUESIAS DE alguns afloramentos e blocos graníticos isolados.
Folha CMP: 160 TRANCOSO E SOUTO MAIOR Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Coordenadas ETRS89: 65205.203, 132170.349 de pisa/prensagem tendencialmente
Altitude: 761 m quadrangular, com dois buracos laterais
Contextualização: encosta de declive moderado 84. SERRA rectangulares para fixação da prensa e com
com vários afloramentos e blocos graníticos, Folha CMP: 170 canal de escoamento, que comunica com um
sobranceira a um ribeiro. Coordenadas ETRS89: 70879.549, 125948.749 pio descentrado, de configuração irregular
Descrição: lagar rupestre constituído por um Altitude: 650 m e sem parede frontal (destruída?).
tanque de pisa rectangular e com orifício de
escoamento.

82. QUINTA DO BOCO IV


Folha CMP: 160
Coordenadas ETRS89: 65209.717, 131965.435
Altitude: 750 m
Contextualização: pequena elevação com vários
afloramentos e blocos graníticos, sobranceira
ao ribeiro do Boco.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa rectangular e com bica de escoamento,
prolongada, num plano altimétrico inferior,
por dois canais, que comunicam com um pio
descentrado, de configuração semioval invertida
e com uma concavidade circular pouco
profunda no interior.

84. Lagar apenas com apoios para fixação do mecanismo de prensagem.

23
ARQUEOLOGIA

87. LAGINHAS 92. QUINTA DA FONTE DA MERENDA Contextualização:planalto com alguns afloramentos
Folha CMP: 170 Folha CMP: 170 e blocos graníticos dispersos.
Coordenadas ETRS89: 68020.596, 125473.913 Coordenadas ETRS89: 69399.151, 125253.113 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Altitude: 770 m Altitude: 650 m de pisa/prensagem rectangular, com um conjunto
Contextualização:elevação pouco pronunciada, Contextualização: encosta de declive moderado, de três buracos/entalhes rectangulares em cada
em encosta de declive irregular. sobranceira a um ribeiro. uma das laterais para fixação da prensa e
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque com orifício/canal de escoamento.
de pisa/prensagem quadrangular irregular, com de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
dois buracos laterais rectangulares para fixação laterais rectangulares para fixação da prensa, 97. QUINTA DA FONTE
da prensa e com orifício/canal de escoamento, dotados de entalhes para cunhas, e com Folha CMP: 170
que comunica com um pio semicircular irregular. orifício/canal de escoamento, que comunica Coordenadas ETRS89: 69245.653, 124761.891
com um pio trapezoidal e profundo. Altitude: 664 m
88. SM-1 Contextualização: sopé de uma encosta de declive
Folha CMP: 170 93. LAGARINHO moderado com vários afloramentos e blocos
Coordenadas ETRS89: 68755.262, 125491.736 Folha CMP: 169 graníticos.
Altitude: 699 m Coordenadas ETRS89: 61785.822, 125167.595 Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Contextualização:encosta de declive moderado Altitude: 774 m constituído por um tanque de pisa/prensagem
com diversos afloramentos e blocos graníticos. Contextualização:vertente suave, em encosta de relevo rectangular, com buracos laterais para fixação
Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se irregular, irrigada por pequenas linhas de água. da prensa (apenas visível o lateral esquerdo,
apenas o contorno superior de um tanque, Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque de formato rectangular) e com canal de
provavelmente o de pisa/prensagem. de pisa trapezoidal, com orifício de escoamento escoamento, que comunica com um pio
no canto direito e com uma pequena cavidade rectangular; e o segundo composto por um
89. BILROTA circular pouco profunda, a cerca de um metro tanque de pisa/prensagem tendencialmente
Folha CMP: 170 da parede frontal. quadrangular, com dois buracos laterais
Coordenadas ETRS89: 70935.527, 125503.182 rectangulares para fixação da prensa e
Altitude: 652 m 94. QUINTA DO SAMEIRO III com canal de escoamento, que comunica
Contextualização:aglomerado de blocos e lajes Folha CMP: 169 com um pio rectangular.
graníticas, na encosta suave de um monte Coordenadas ETRS89: 61927.318, 125048.451
aplanado, sobranceira à ribeira do Freixo. Altitude: 747 m 98. QUINTA DA CORTELHA
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Contextualização: encosta suave com alguns Folha CMP: 170
de pisa/prensagem subrectangular, com buracos afloramentos e blocos graníticos, por vezes Coordenadas ETRS89: 70127.852, 124745.874
laterais para fixação da prensa (apenas visível aglutinados, sobranceira a um ribeiro e irrigada Altitude: 625 m
o lateral direito, de formato rectangular) e com por várias linhas de água. Contextualização: encosta suave com vários
orifício/canal de escoamento no canto direito. Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se afloramentos graníticos, sobranceira à ribeira
apenas parte do contorno do tanque de pisa e do Freixo.
90. QUINTINHAS I o respectivo orifício/canal de escoamento Descrição: lagar rupestre constituído por um
Folha CMP: 170 no canto esquerdo. tanque de pisa/prensagem rectangular e pouco
Coordenadas ETRS89: 69515.304, 125470.231 Observações: situa-se no limite da área de profundo, com buracos laterais para fixação
Altitude: 625 m dispersão de vestígios do sítio romano/medieval da prensa (apenas visível o lateral direito,
Contextualização: encosta de declive moderado da Quinta do Sameiro II (LOBÃO e FERREIRA, de formato rectangular) e com canal de
com diversos afloramentos e blocos graníticos, 2016: 27, n.º 111). escoamento, que comunica com um
sobranceira a um ribeiro. pio rectangular irregular.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque 95. LAGARINHO
de pisa/prensagem trapezoidal, com dois buracos Folha CMP: 170 99. TERRA-CRUZ
laterais rectangulares para fixação da prensa Coordenadas ETRS89: 68646.799, 125086.693 Folha CMP: 170
e com orifício/canal de escoamento. Altitude: 730 m Coordenadas ETRS89: 69627.135, 124349.299
Contextualização:extensa laje granítica, na transição Altitude: 630 m
91. QUINTINHAS II de uma área aplanada para uma encosta de Contextualização:encosta suave, sobranceira à ribeira
Folha CMP: 170 declive moderado (interior da povoação). do Freixo.
Coordenadas ETRS89: 69384.236, 125389.596 Descrição: lagar rupestre constituído por um Descrição: lagar rupestre parcialmente destruído (?)
Altitude: 646 m pequeno tanque de pisa subrectangular irregular, e soterrado, do qual se observam somente parte
Contextualização: ver n.º 90. pouco profundo e com canal de escoamento, do tanque de pisa/prensagem, de formato
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque que comunica com um rebaixamento natural irregular, um dos buracos laterais para fixação
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos da rocha de configuração irregular, à direita do da prensa, de configuração rectangular,
laterais rectangulares para fixação da prensa, qual se encontram ainda dois pequenos e o canal de escoamento.
com um entalhe rectangular junto ao canto buracos circulares interligados.
direito e com orifício/canal de escoamento, 100. LAJÃO
que comunica com um pio trapezoidal. 96. RECHÃ (Alto de Souto Maior) Folha CMP: 170
Folha CMP: 170 Coordenadas ETRS89: 66680.979, 123927.769
Coordenadas ETRS89: 67666.443, 124761.849 Altitude: 784 m
Altitude: 830 m

24 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Contextualização:vertente de declive moderado Descrição:lagar rupestre constituído por um tanque
com vários afloramentos e blocos graníticos, de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos UNIÃO DE FREGUESIAS DE
sobranceira a uma ribeira. laterais rectangulares para fixação da prensa, VALE DO SEIXO E VILA GARCIA
Descrição: lagar rupestre soterrado, visualizando-se com uma pequena cavidade rectangular junto
apenas parte do contorno do tanque de ao canto inferior esquerdo e com canal de
pisa/prensagem e um dos buracos laterais escoamento, que comunica com um pio 107. QUINTÃ I
rectangulares para fixação da prensa. trapezoidal. Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 74547.957, 125706.412
101. TC-1 105. AVELEIRAS Altitude: 588 m
Folha CMP: 170 Folha CMP: 170 Contextualização: bloco granítico, em área de
Coordenadas ETRS89: 67694.590, 123681.327 Coordenadas ETRS89: 66200.263, 122552.179 relevo ondulado suave, sobranceira a pequenas
Altitude: 762 m Altitude: 783 m linhas de água.
Contextualização:extensa laje granítica, em área Contextualização:encosta de declive moderado Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
planáltica de relevo ligeiramente ondulado com diversos afloramentos graníticos, irrigada de pisa rectangular e com bica de escoamento
com alguns afloramentos e blocos graníticos. por pequenas linhas de água. saliente, que comunica com um pio semicircular,
Descrição: lagar rupestre sem tanque de Descrição: lagar rupestre constituído por um sendo ainda visíveis algumas fossetes no
pisa/prensagem, sendo constituído por dois tanque de pisa/prensagem tendencialmente rebordo das paredes.
buracos rectangulares para fixação da prensa quadrangular, com dois buracos laterais Observações: situa-se junto ao conjunto de sepulturas
e por um longo canal de escoamento, rectangulares para fixação da prensa, rupestres da Quintã II (LOBÃO e FERREIRA, 2016:
que comunica com um pio rectangular um dos quais dotado de entalhes para cunhas, 30, n.º 136).
e pouco profundo. e com orifício/canal de escoamento, Bibliografia: FERREIRA, 2000: 370, n.º 35.
que comunica com um pio trapezoidal.
102. QUINTA DA VERDADINHA 108. QUINTA DO CRISTÓVÃO
Folha CMP: 170 106. QUINTA DAS EIRAS (Quinta do Amaral) Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 66952.700, 123516.249 Folha CMP: 170 Coordenadas ETRS89: 72004.158, 125517.487
Altitude: 745 m Coordenadas ETRS89: 64539.853, 122367.920 Altitude: 579 m
Contextualização: extensa laje, em encosta de declive Altitude: 805 m Contextualização: encosta suave com inúmeros
moderado com alguns afloramentos graníticos e Contextualização: encosta de relevo irregular com afloramentos e blocos graníticos, sobranceira
sobranceira a um ribeiro. várias elevações rochosas. à ribeira do Freixo.
Descrição: lagar rupestre constituído por Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: lagar rupestre constituído
um tanque de pisa/prensagem rectangular, de pisa/prensagem subrectangular, com dois por uma plataforma de prensagem
com um buraco rectangular na lateral esquerda buracos laterais rectangulares para fixação da (aplanada e de superfície irregular),
para fixação da prensa, com orifício de prensa e com canal de escoamento; a cerca de definida por dois sulcos curvilíneos,
escoamento, que comunica com um pio 8 m, encontra-se outro tanque (soterrado), que convergem para um canal de
rectangular, e com dois rasgos pouco profundos que poderá corresponder ao pio. escoamento igualmente curvo.
a unir os cantos dos dois compartimentos. Observações: o rebordo das paredes do tanque Observações: insere-se num conjunto de
de pisa/prensagem exibe várias cavidades e construções muito arruinadas, onde se
103. PRAZO I rebaixamentos resultantes da acção da chuva, encontram outras duas cavidades rupestres,
Folha CMP: 170 embora o do canto inferior esquerdo pareça de formato rectangular.
Coordenadas ETRS89: 66547.735, 122917.035 artificial.
Altitude: 775 m
Contextualização:encosta de declive moderado
com vários afloramentos e blocos graníticos.
Descrição: lagar rupestre constituído por um
tanque de pisa/prensagem tendencialmente
quadrangular, com dois buracos laterais
rectangulares para fixação da prensa,
com duas pequenas cavidades circulares
interligadas no rebordo da parede frontal
e outras duas no flanco direito e com
orifício/canal de escoamento, que comunica
com um pio tendencialmente quadrangular.

104. PRAZO II
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 66784.819, 122565.429
Altitude: 734 m
vertente de uma pequena elevação
Contextualização:
rochosa, em encosta suave e junto a um ribeiro.

107. Lagar com tanque de pisa e pio.

25
ARQUEOLOGIA

109. VS-1
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72275.373, 124667.960
Altitude: 608 m
Contextualização:pequena elevação rochosa,
em encosta de declive moderado e sobranceira
a um ribeiro.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
laterais rectangulares para fixação da prensa e
com canal de escoamento no canto direito,
que comunica com um pio de formato irregular.

110. OUTEIRO I
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72213.640, 124598.977
Altitude: 619 m
Contextualização:encosta de declive moderado, 112. Lagar com tanque de pisa de pequena dimensão.
com o afloramento granítico visível em grande
parte da área.
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
de pisa/prensagem tendencialmente quadrangular Observações: englobado na área de dispersão de buracos também rectangulares na lateral oposta
e pouco profundo, com dois buracos laterais vestígios do sítio romano e medieval (?) do Casal para fixação da prensa e com canal de
rectangulares para fixação da prensa, dotados de da Fonte Grande I (LOBÃO e FERREIRA, 2016: 30, escoamento, que comunica com um pio
entalhes para cunhas, e com bica de escoamento, n.º 142). rectangular.
que comunica com um pio subrectangular e Bibliografia: COSTA, 1999: 122 e FERREIRA, 2000:
sem parede frontal (destruída?). 365-366, n.º 10. 115. OITEIRO
Folha CMP: 181
111. SOITO DAS CINCO VILAS Coordenadas ETRS89: 71969.404, 115912.028
Folha CMP: 170 Altitude: 519 m
Coordenadas ETRS89: 72018.257, 124181.866 UNIÃO DE FREGUESIAS Contextualização: elevação pouco pronunciada,
Altitude: 664 m DE VILARES E CARNICÃES em encosta de declive moderado com vários
Contextualização: pequena elevação com vários cabeços rochosos e sobranceira à ribeira
afloramentos e blocos graníticos, em área de de Vilares.
relevo ondulado suave. 113. CEREJO Descrição: lagar rupestre constituído por um
Descrição: lagar rupestre constituído por um Folha CMP: 181 tanque de pisa rectangular, com canal de
tanque de pisa (?) e prensagem subrectangular, Coordenadas ETRS89: 72064.971, 117212.949 escoamento no canto direito.
com dois buracos laterais rectangulares para Altitude: 596 m Observações: esta estrutura parece decorrer
fixação da prensa e com uma depressão (?) Contextualização:afloramento granítico destacado, da transformação de uma sepultura rupestre.
na parede frontal, que o interliga com um tanque em encosta de declive moderado, modelada por Bibliografia: LOBÃO e FERREIRA, 2016: 31, n.º 156.
de pisa ou pio também subrectangular, o qual, socalcos e junto a uma linha de água.
por sua vez, comunica com um possível terceiro Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque 116. RODO
tanque (pio?), através de uma bica. de pisa (e prensagem?) subrectangular irregular, Folha CMP: 181
com dois orifícios de escoamento, abertos em Coordenadas ETRS89: 72455.185, 115887.176
paredes e planos altimétrico distintos, e, Altitude: 493 m
possivelmente, com dois entalhes laterais de Contextualização:encosta suave com vários
UNIÃO DE FREGUESIAS DE VILA pequena dimensão para fixação da prensa. afloramentos graníticos, sobranceira à ribeira
FRANCA DAS NAVES E FEITAL de Vilares.
114. DEPROMOIRO Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro
Folha CMP: 181 constituído por um tanque de pisa/prensagem
112. CASAL DA FONTE GRANDE II Coordenadas ETRS89: 70885.341, 116583.132 rectangular, sem parede frontal, mas provido
Folha CMP: 181 Altitude: 499 m de entalhes laterais para colocação de um
Coordenadas ETRS89: 73026.869, 119711.041 Contextualização: laje granítica em encosta suave, barrote/tábua que fechasse o tanque,
Altitude: 660 m junto a um ribeiro. com buracos laterais (apenas visível o lateral
Contextualização: encosta suave com alguns Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque esquerdo, de formato rectangular) e um entalhe
afloramentos e blocos graníticos, junto a de pisa/prensagem rectangular e, aparentemente, na parede posterior para fixação da prensa e
uma linha de água. inacabado (superfície interna não delimitada ou com bica de escoamento, que comunica com um
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque escassamente desbastada e irregular), com um pio trapezoidal; o segundo composto por um
de pisa trapezoidal e com bica de escoamento. buraco rectangular na lateral direita e um par de tanque de pisa/prensagem igualmente rectangular

26 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
e com entalhes laterais para colocação de Contextualização: planalto de relevo ondulado suave Contextualização:extensa laje granítica, em encosta
um barrote/tábua a servir de parede frontal, com alguns afloramentos graníticos, sobranceiro suave e sobranceira a um ribeiro.
que se encontra ausente, com buracos laterais a um ribeiro. Descrição: lagar rupestre (inacabado ou parcialmente
para fixação da prensa (apenas visível o lateral Descrição: lagar rupestre constituído por um destruído) constituído por um tanque de pisa
esquerdo, de formato rectangular) e com canal tanque de pisa/prensagem rectangular invertido, tendencialmente quadrangular e com orifício
de escoamento, que comunica com um com dois buracos laterais rectangulares para de escoamento, que comunica com um pio
pio rectangular. fixação da prensa (o direito com uma pequena descentrado e de configuração indeterminada.
cavidade circular adossada e o esquerdo com
entalhes para cunhas) e com bica de escoamento 122. BARREIRO II
no canto direito, que comunica com um pio Folha CMP: 170
VALDUJO descentrado, de configuração irregular. Coordenadas ETRS89: 72290.924, 128660.474
Bibliografia: COSTA, 2011: 100. Altitude: 567 m
117. SÃO SEBASTIÃO Contextualização:pequena elevação, em encosta
Folha CMP: 160 120. LIMPAS suave com vários afloramentos e blocos
Coordenadas ETRS89: 72403.476, 132663.707 Folha CMP: 170 graníticos dispersos.
Altitude: 590 m Coordenadas ETRS89: 72880.652, 129341.232 Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Contextualização: encosta suave com alguns Altitude: 610 m de pisa/prensagem rectangular invertido, com um
afloramentos graníticos destacados, junto à Contextualização: aglomerado de blocos graníticos, buraco rectangular na parede frontal para
ribeira do Prado. em área de relevo ondulado suave. fixação da prensa e com canal de escoamento
Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque Descrição: dois lagares rupestres: o primeiro junto ao canto direito, que comunica com um
de pisa/prensagem rectangular, com um buraco correspondente a uma estrutura inacabada, pio algo afastado do tanque, tendencialmente
rectangular na lateral direita e dois pequenos de que são visíveis o tanque de pisa/prensagem quadrangular e com orifício de escoamento.
buracos subquadrangulares na lateral oposta e o canal de escoamento apenas parcialmente
para fixação da prensa e com bica de delineados e os dois buracos laterais 123. BARREIRO I
escoamento, que comunica com um rectangulares para fixação da prensa Folha CMP: 170
pio semicircular. aparentemente já concluídos; o segundo Coordenadas ETRS89: 71715.493, 128349.976
constituído por um tanque de pisa/prensagem Altitude: 553 m
118. CASAL subquadrangular irregular, com bica de Contextualização: área aplanada de relevo ligeiramente
Folha CMP: 160 escoamento e com dois buracos laterais ondulado com vários afloramentos e blocos
Coordenadas ETRS89: 71785.818, 130212.172 rectangulares para fixação da prensa. graníticos, irrigada por pequenas linhas de água.
Altitude: 633 m Bibliografia: COSTA, 2011: 100. Descrição: lagar rupestre constituído por um tanque
Contextualização:encosta de declive moderado de pisa/prensagem rectangular, com dois buracos
com vários afloramentos e blocos graníticos, 121. VALE DA BARREIRA laterais rectangulares para fixação da prensa e
sobranceira à ribeira de Valdujo. Folha CMP: 170 com bica de escoamento, que comunica com
Descrição: lagar rupestre constituído por uma Coordenadas ETRS89: 71760.970, 129121.474 um pio rectangular e bastante profundo.
plataforma de prensagem (aplanada e de Altitude: 587 m Bibliografia: COSTA, 2011: 100.
superfície regular), definida por
dois sulcos, que, depois de um
trajecto paralelo, descrevem
uma curva ou ângulo de 45º,
convergindo para uma pequena
cavidade circular e pouco
profunda.

119. SERPE
Folha CMP: 170
Coordenadas ETRS89: 72190.371,
129876.245
Altitude: 626 m

123. Lagar com tanque de pisa/prensagem, apoios laterais para a prensa e pio.

27
ARQUEOLOGIA

RESUMO

Apresentam-se os resultados das prospeções


realizadas no concelho de Penamacor, entre 2013 e 2015,
tendo em vista elaborar a carta arqueológica concelhia.
Contribuição para
O catálogo compreende 53 sítios até agora inéditos,
com localização, descrição e enquadramento cronológico
dos mesmos. Em complemento, divulga-se também lista
completa e informação sumária dos 279 arqueossítios
a Carta Arqueológica
conhecidos até ao momento.

PALAVRAS CHAVE: Carta arqueológica; Património.


de Penamacor
ABSTRACT
sítios inéditos
Presentation of the results of surveys carried out
between 2013 and 2015 in the municipality of Penamacor
in order to draw up the council's archaeological map.
The catalogue comprises 53 as yet unknown sites,
including their location, description and chronology.
In addition, it divulges the comprehensive list and a brief Sara Ferro I
summary of the 279 archaeosites known so far.

KEY WORDS: Archaeological map; Heritage.

RÉSUMÉ

Cet article présente les résultats des prospections ENQUADRAMENTO


archéologiques menées dans la municipalité de Penamacor,
entre 2013 et 2015, visant à élaborer le plan archéologique

A
de la région. elaboração da Carta Arqueológica do Concelho de Penamacor surgiu por inicia-
Le catalogue inclut la localisation, la description
et l’encadrement chronologique des 53 sites inédits. tiva da Câmara Municipal, num momento em que se aproximava a revisão do
La liste complète et une brève description des 279 archéosites Plano Diretor Municipal. Tendo como principais objetivos inventariar o patri-
connus, jusqu’à présent, sont également publiées.
mónio arqueológico e promover a sua salvaguarda, estudo e divulgação, pretendeu-se
MOTS CLÉS: Plan archéologique; Patrimoine. com este levantamento criar um instrumento de gestão do património arqueológico do
concelho.
A metodologia seguida baseou-se na Circular do Instituto Português de Arqueologia de
10 de setembro de 2004 sobre os Termos de Referência para o Descritor Património Arqueo-
lógico em Estudos de Impacte Ambiental, nomeadamente a “Caracterização da Situação de
Referência”, adaptada ao tipo de projeto. Foi considerado para este inventário apenas o
património arqueológico, conforme definido nos n.ºs 1 e 2 do art.º 74.º da Lei n.º 107/
/2001, de 8 de setembro, que estabelece as bases da política e do regime de proteção e
valorização do património cultural.
Os trabalhos desenvolveram-se em duas fases, uma primeira de janeiro a agosto de 2013,
tendo sido feito o levantamento documental e bibliográfico até abril desse ano. A recolha
de informação oral, análise toponímica e fisiográfica da cartografia, bem como as prospe-
ções, realizaram-se essencialmente em maio e junho, fazendo-se nos dois meses seguintes
a sistematização do trabalho desenvolvido. A segunda fase decorreu de maio a outubro
de 2015, tendo-se concluído os trabalhos de prospeção, e sistematizado o trabalho desen-
volvido.
A pesquisa documental e bibliográfica foi constituída essencialmente pela consulta de
bibliografia arqueológica, bibliografia especializada, nomeadamente história local e regio-
I
nal, bases de dados da Direção-Geral do Património Cultural, cartografia geológica
Arqueóloga (sara.ferro@sapo.pt).
(Carta Geológica de Portugal), cartografia militar (Carta Militar de Portugal) e sítios na
Por opção da autora, o texto segue as regras
Internet com informação sobre a história e o património locais, nomeadamente o site da
do Acordo Ortográfico de 1990. Câmara Municipal.

28 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Atendendo ao tempo disponível para a realização do projeto, foi ciação. Foram inventariadas 279 ocorrências arqueológicas, das quais
necessário fazer opções relativamente às zonas a prospetar e, nomea- 53 correspondem a sítios inéditos que a seguir se apresentam no catá-
damente, às relocalizações. Assim, foram à partida excluídas as áreas logo (ver Fig. 1 e Tabela 1).
já prospetadas por Silvina Silvério e, grosso modo, as freguesias de
Meimoa, Benquerença e Vale da Senhora da Póvoa, alvo de trabalhos
de prospeção para o período romano por José Luís CRISTÓVÃO CATÁLOGO DE SÍTIOS
(1992) e mais recentemente por Pedro CARVALHO (2007). Foram fei-
tas prospeções nessas freguesias nos casos em que havia informação de O registo foi feito por freguesias, organizando estas por ordem alfa-
possíveis sítios de outras cronologias. bética. Todos os arqueossítios foram numerados de 1 a n. Foram con-
Optámos por selecionar as zonas a prospetar em função da informa- siderados os seguintes descritores:
ção recolhida, nomeadamente em bibliografia e na documentação do – Número de ordem, topónimo;
Museu Municipal, bem como em informação oral. Foi fundamental – Tipologia;
a colaboração, em termos de informação e disponibilidade, do Dr. – Localização geográfica, ambiente geomorfológico (relevo, altitude,
José Luís Cristóvão, arqueólogo da Câmara Municipal de Idanha-a- hidrografia e geologia) e condições de acesso, em alguns casos;
Nova, do Dr. Joaquim Nabais, técnico superior da Autarquia na área – Coordenadas geográficas (datum WGS84 - World Geodetic System
da História, e da Dr.ª Silvina Silvério, arqueóloga que realizou alguns de 1984);
trabalhos no concelho. Sem eles, este inventário ficaria sem dúvida – Folha da Carta Militar de Portugal (1:25 000) onde se insere;
mais incompleto. Assim, foram privilegiadas também as relocaliza- – Descrição e trabalhos arqueológicos efetuados;
ções de sítios referidos em bibliografia, mas ainda não inventariados – Cronologia;
no Endovélico, e ainda os sítios dessa base de dados sem georreferen- – Bibliografia.

FIG. 1 − Mapa geral dos sítios


arqueológicos inventariados
no concelho de Penamacor.

29
ARQUEOLOGIA

Sítios Arqueológicos Inéditos do Concelho de Penamacor


CATÁLOGO
Sara Ferro
FIG. 3 − Lagar rupestre do
Brosque / Lajinha, Aldeia
de João Pires (n.º 3).
ÁGUAS

1. CANCHAL DA NORA
Tipologia: Núcleo de povoamento o concelho de Idanha-a-Nova, freguesia de
Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste da aldeia Medelim. O acesso faz-se por caminho em terra
das Águas, no vale do Ribeiro do Monte a batida a sudoeste, que sai da Aldeia de João Pires
ocidente da Serra (Serrinha), no sítio do Canchal em direção à Serrinha, passando pela Fonte da
da Nora, também conhecido por Águas Velhas. Lapa e depois seguindo pelo cume da Serra até
O acesso faz-se por caminho de terra batida em ao alto do Dongalinho. Para sudeste corre a
direção à Serra (Serrinha), virando-se para sul Ribeira de Aldeia de João Pires / Medelim e a
em direção ao Ribeiro do Monte e Sítio da oeste o Ribeiro do Monte. Altitude: 510 m.
ALDEIA DE JOÃO PIRES
Tenda. Fica numa zona plana, à cota de 451 m O substrato geológico é constituído por
e próximo de linhas de água (Ribeiro do Lagar granitos. 3. BROSQUE / LAJINHA
de Água). O substrato geológico é constituído Coordenadas WGS84: 40º 5’ 10.21” N; 7º 11’ 2.19” W Tipologia: Lagar
por granitos. Folha CMP: 258. Localização e ambiente: Localiza-se a oriente da Aldeia
Coordenadas WGS84: 40º 5’ 36.69” N; 7º 11’ 24.23” W Descrição: Segundo informação de Silvina Silvério, de João Pires, numa encosta suave (426 m),
Folha CMP: 258 são visíveis restos de paredes de habitações de num afloramento granítico na margem direita
Descrição: Segundo tradição local, seria aqui o local planta circular ou oval e troços de possível área da ribeira da Aldeia de João Pires. Tomando a
de povoamento mais antigo da aldeia das Águas, fortificada no cabeço, numa área de cerca de estrada que liga Aldeia de João Pires às Aranhas,
abandonado devido a um ataque de formigas e 3000 m2 de dispersão de vestígios. Foram segue-se por um caminho de terra batida para
transferido para a aldeia atual. No local pudemos identificados fragmentos de cerâmica manual e o sítio da Lajinha. A estrutura fica junto a um
observar restos de muros em pedra seca de artefactos líticos. No local, devido à vegetação, muro de pedra próximo de um palheiro.
possíveis habitações e ombreiras de portas. não nos foi possível observar essas possíveis Coordenadas WGS84: 40º 6’ 20.09” N; 7º 8´12.92” W
São visíveis também em toda a zona fragmentos estruturas. Contudo, é abundante a cerâmica de Folha CMP: 258
de cerâmica comum a torno. fabrico manual. Entre as zonas mais altas de Descrição: Lagar rupestre com dois tanques com
Cronologia: Indeterminado penedos graníticos, há uma naturalmente abertura para o pio de menores dimensões.
Bibliografia: Inédito protegida que deve corresponder ao local onde São ambos trapezoidais, tendo o maior as
se teria desenvolvido o povoado, ficando grande dimensões 188 x 137 x 188 x 120 cm, e o mais
2. DONGALINHO parte da área já na freguesia de Medelim. pequeno 77 x 94 x 69 x 75 cm. A abertura para
Tipologia: Povoado fortificado (?) Cronologia: Neolítico Final-Calcolítico / Idade do o pio é oval e tem um diâmetro interno de
Localização e ambiente: Localiza-se a sudoeste da Bronze (?) cerca de 6 cm. Está em bom estado de
Aldeia de João Pires, no promontório mais a sul Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís conservação.
da Serra (Serrinha), no limite de fronteira com Cristóvão e da Dr.ª Silvina Silvério. Cronologia: Indeterminado
Bibliografia: Inédito. Informação da Dr.ª Silvina Silvério.

4. CHÃO DA EIRA
Tipologia: Sepultura
Localiza-se a ocidente da Aldeia
Localização e ambiente:
de João Pires e fica muito próximo da aldeia.
Tomando um caminho de terra batida em
direção à Serrinha, situa-se numa pequena
encosta à cota de 436 m, próximo de uma eira
e de um palheiro. Está junto da sepultura do
Chão do Monsanto, mas do lado oposto da
estrada, a ocidente desta. O substrato geológico
é constituído por granitos.
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 7.44” N; 7º 9’ 25.14” W
Folha CMP: 258

FIG. 2 − Povoado do Dongalinho,


Águas (n.º 2).

30 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Descrição: Sepultura aparentemente antropomórfica 8. RONCEIRO 1
fragmentada na zona da cabeceira (?). Tipologia: Mancha de ocupação / povoado (?)
Medidas: 140 x 60 cm. Possui rebordo com Localização e ambiente: Localiza-se a sudoeste da
cerca de 12 cm e tem 45 cm na zona Aldeia de João Pires, próximo do limite do
fragmentada (cabeceira?). concelho com Idanha-a-Nova, freguesia de
Cronologia: Alta Idade Média Medelim, num pequeno outeiro de afloramento
Bibliografia: Inédito. Informação da Dr.ª Silvina Silvério. granítico, em zona de carvalhos, à cota de
425 m. Fica junto a linhas de água, correndo
5. CHÃO DO MONSANTO a ribeira da Aldeia de João Pires a sudeste.
Tipologia: Sepultura O acesso faz-se pela estrada que liga a Aldeia de
Localização e ambiente: Localiza-se a ocidente da João Pires a Medelim, seguindo para oeste em
Aldeia de João Pires, próximo da povoação, direção ao sítio do Ronceiro.
num pequeno outeiro, à cota de 433 m. Coordenadas WGS84: 40º 5’ 21.34” N; 7º 9’ 55.2” W
O acesso faz-se por caminho agrícola em Folha CMP: 258
direção à Serrinha, ficando junto à sepultura do Descrição: As pedras parecem dispor-se de forma
Chão da Eira, mas do lado oposto da estrada, não natural, aparentando haver um corredor e
a oriente desta. O substrato geológico é uma zona central, com pedras mais pequenas a
constituído por granitos. circundar as maiores. Observámos abundantes
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 6.46” N; 7º 9’ 16.62” W fragmentos de cerâmica indeterminada grosseira,
Folha CMP: 258 de pastas alaranjadas, aparentemente manual,
Descrição: Sepultura escavada na rocha, nas zonas mais altas junto das pedras
antropomórfica e trapezoidal. Medidas: (possível estrutura amuralhada?), mas também FIG. 4 − Sepultura antropomórfica da Tapada
comprimento máximo: 188 cm; largura média: na encosta suave. Identificou-se também escória do Cabeço I, Aldeia de João Pires (n.º 11).
50 cm; largura na cabeceira: 43 cm; profundidade de fundição. Próximo deste sítio há uma
máxima: 45 cm. Possui ressalto com cerca de sepultura escavada na rocha.
2,5 cm. Encontra-se em bom estado de Cronologia: Romano (?) 11. TAPADA DO CABEÇO 1
conservação. Bibliografia: Inédito Tipologia: Sepultura
Cronologia: Alta Idade Média Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste da
Bibliografia: Inédito 9. SOBREIRAL Aldeia de João Pires, num outeiro pouco
Tipologia: Achado isolado / povoado (?) pronunciado, próximo da ribeira da Aldeia de
7. RONCEIRO Localização e ambiente: No topo da Serra do Gago, João Pires, à cota de 427 m. O acesso faz-se pelo
Tipologia: Sepultura entre Aldeia do Bispo e Aldeia de João Pires, caminho agrícola que liga a Aldeia de João Pires
Localiza-se a sudoeste da
Localização e ambiente: junto a linhas de água e à cota de 528 m. a Salvador, seguindo para sudoeste em caminho
Aldeia de João Pires, próximo do limite do O acesso é feito por um caminho de terra de terra batida para o local de Tapada do
concelho com Idanha-a-Nova, freguesia de batida antes da Aldeia de João Pires, em direção Cabeço. O substrato geológico é constituído
Medelim, numa pequena encosta, à cota de ao Sobreiral até à antena da rede de telemóvel. por granitos.
425 m. O acesso faz-se pela estrada nacional que O substrato geológico é constituído por Coordenadas WGS84: 40º 6’ 04.89” N; 7º 8’ 3.24” W
liga a Aldeia de João Pires a Medelim, virando a granitos. Folha CMP: 258
oeste antes de passar a fronteira do concelho, Coordenadas WGS84: 40º 6’ 39.31” N; 7º 9’ 0.11” W Descrição: Sepultura antropomórfica escavada na
em direção à Serrinha, para o sítio do Ronceiro. Folha CMP: 258 rocha com delimitação de cabeceira e pés,
Fica junto a linhas de água, correndo a ribeira Descrição: O proprietário do terreno recolheu possuindo rebordo. Está muito bem conservada
da Aldeia de João Pires a sudeste. O substrato no local um moinho manual (dormente) que e apresenta as seguintes medidas: 180 x 58 cm
geológico é constituído por granitos. guarda em sua casa. Referiu ainda que foi (comprimento e largura máximos). A zona da
Coordenadas WGS84: 40º 5’ 19.37” N; 7º 9’ 53.45” W encontrada no local uma ponta de lança em cabeceira mede 35 cm de largura e a dos pés
Folha CMP: 258 sílex, mas desconhece o seu paradeiro. 30 cm. A sepultura foi talhada numa rocha tipo
Descrição: Sepultura escavada na rocha, No topo da elevação são visíveis derrubes de bancada que aparenta ter sido afeiçoada
antropomórfica. Apresenta as seguintes muros (?), mas que poderão corresponder a verticalmente, criando uma zona arredondada.
medidas: comprimento máximo: 175 cm; estruturas de divisão de propriedade; foi ainda Nessa zona, tem em baixo uma espécie de
largura máxima: 60 cm; largura na cabeceira: identificada uma pia retangular em granito, degrau e em cima apresenta quatro covinhas
25 cm; largura nos pés: 40 cm; profundidade fragmentada. Segundo informação de José Luís que não parecem naturais. É possível que o local
máxima: 37 cm. Possui um rebordo de cerca de Cristóvão, trata-se de um povoado pré-histórico, tivesse uma função ritual / sagrada mais antiga,
15 cm, sendo o seu estado de conservação bom. mas o mesmo assinala-o na zona de encosta, tendo sido mais tarde reaproveitado em
Nas imediações é visível cerâmica indeterminada com a coordenada ED 50 UTM 657600 período medieval.
algo grosseira, de pastas alaranjadas. 4441525, que difere da nossa. Optámos por Cronologia: Indeterminado / Alta Idade Média
Próximo deste sítio há uma mancha de localizar o sítio no topo da elevação, apesar de Bibliografia: Inédito
ocupação possivelmente romana, no cimo de um não termos observado aí vestígios pré ou
outeiro com carvalhos, delimitado por uma proto-históricos, e baseamo-nos na informação
estrutura em pedra. dada pelo Sr. João Frazão, proprietário do
Cronologia: Alta Idade Média terreno.
Bibliografia: Inédito Cronologia: Calcolítico / Idade do Bronze Final (?) /
/ Indeterminado
Bibliografia: Inédito

31
ARQUEOLOGIA

Descrição: São visíveis à superfície uma rosácea hexapétala em baixo relevo


ALDEIA DO BISPO abundantes fragmentos de cerâmica romana com um diâmetro máximo de 20 cm.
(tegulae, imbrices, etc.), desde a zona de olival Medidas: 44 x 29 x 26 cm.
13. FONTE SALGUEIRA 4 mais baixa até aos penedos graníticos em zona Cronologia: Romano
Tipologia: Lagar de carvalhos, a uma cota um pouco superior. Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
Localização e ambiente: A oriente da Aldeia do Bispo, Cronologia: Romano Cristóvão.
na base da serra do Gago, próximo de várias Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
linhas de água. Altitude: 448 m. O substrato Cristóvão. 85. RODEIO 1
geológico é constituído por granitos. Tipologia: Achado Isolado / Povoado (?)
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 57.58” N; 7º 9’ 12.33” W Localização e ambiente: Próximo da ermida da
Folha CMP: 248 Senhora da Quebrada, a leste, no topo de
Descrição: Lagar rupestre com zonas para pisa de
BENQUERENÇA uma modesta colina, à cota de 468 m.
uvas e recolha do líquido. O tanque superior Substrato geológico constituído por xistos
mede 240 x 185 cm. É visível o orifício para 59. BENQUERENÇA 4 e grauvaques.
suporte do peso de lagar. Localiza-se na zona do Tipologia: Miliário (?) / Fuste de coluna (?) Coordenadas WGS84: 40º 14’ 17.91” N; 7º 14’ 39.22” W
sítio romano Lameira Larga / Fonte Salgueira Localização e ambiente: Encontra-se na aldeia da Folha CMP: 236.
1, 2 e 3. Benquerença, reaproveitado na arrecadação de Descrição: José Luís Cristóvão recolheu uma lasca
Cronologia: Indeterminado uma casa, junto ao portão do quintal da antiga de sílex neste local. Observámos fragmentos de
Bibliografia: Inédito casa paroquial, na rua da Praça. cerâmica manual junto ao caminho de terra
Coordenadas WGS84: 40º 13’ 35.6” N; 7º 14’ 13.64” W batida e foi recolhido um machado de pedra
15. TAPADA DO BRAGÃO 2 Folha CMP: 236. polida em anfibolite.
Tipologia: Lagar Descrição: Parece tratar-se de marco miliário, Cronologia: Calcolítico / Idade do Bronze (?).
Localização e ambiente: Localiza-se a nordeste da mas poderá também corresponder a um fuste Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
Aldeia do Bispo, próximo da Tapada do Clero. de coluna, reaproveitado numa das paredes Cristóvão.
O acesso faz-se pelo caminho de terra batida da casa e que se vê no interior de uma
para a Fonte Melão e a Tapada da Ginja. arrecadação. Apresenta 31 cm de diâmetro. 97. TERRA DA POUCA FARINHA
Fica do lado direito do caminho, próximo de um Não é possível saber o comprimento. Tipologia: Mancha de ocupação
grupo de casas com um forno. Foi construído Cronologia: Romano Localização e ambiente: Localiza-se num terreno
numa zona plana, à cota de 445 m, junto a várias Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís plano / chã a oriente da aldeia da Benquerença.
linhas de água e à ribeira da Aldeia do Bispo. Cristóvão. O acesso faz-se pelo caminho agrícola que vai
O substrato geológico é constituído para a Cascalheira, junto à ribeira da Meimoa.
por granitos. 60. BENQUERENÇA 5 Altitude: 474 m. Substrato geológico
Coordenadas WGS84: 40º 7’ 16.52” N; 7º 9’ 0.36” W Tipologia: Pulvinus (Benquerença) constituído por xistos e grauvaques.
Folha CMP: 248 Localização e ambiente: Encontra-se na aldeia da Coordenadas WGS84: 40º 13’ 26.77” N; 7º 13’ 6.72” W
Descrição: Lagar rupestre de tanque trapezoidal Benquerença, reaproveitada numa casa em Folha CMP: 236
com uma bica, apresentando do lado direito uma ruinas na rua Corregedor Lopes Dias, n.º 15. Descrição: São observáveis à superfície alguns
zona circular com rebordo marcado de 115 cm Coordenadas WGS84: 40º 13’ 35.99 N; 7º 14’ 10.93” W fragmentos de cerâmica de construção romana
de diâmetro para o peso. Medidas: 207 x 112 x Folha CMP: 236 (tegulae).
x 200 x 87 cm. Deve existir outro tanque para Descrição: Elemento arquitetónico (pulvinus) Cronologia: Romano
recolha do líquido, mas não se consegue ver fragmentado pertencente a um monumento Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
devido à terra e vegetação no local. funerário. Apresenta como elemento decorativo Cristóvão.
Cronologia: Indeterminado
Bibliografia: Inédito

ARANHAS

18. TAPADA DO ROBERTO


Tipologia: Mancha de ocupação
Localização e ambiente: Localiza-se a ocidente de
Aranhas, numa encosta suave, próximo de linhas
de água, à cota de 451 m. O acesso faz-se pela
estrada que liga Aranhas a Aldeia de João Pires,
virando para norte em direção à Tapada do
Roberto.
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 51” N; 7º 7’ 57.37” W
Folha CMP: 248 e 258.

FIG. 5 − Pulvinus da Benquerença


(Benquerença 5, n.º 60).

32 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 19.38” N; 7º 14’ 44.65” W Descrição: Observam-se abundantes fragmentos
MEIMOA Folha CMP: 257 de cerâmica de construção (tegulae, imbrices e
Descrição: Conjunto constituído por moinho e outras tijolos) e dolia em toda a zona plana a meia
134. SANTO ANDRÉ 3 / CUDELÔBO dependências de apoio. Um dos pilares de uma encosta. No Museu Tavares Proença Júnior
Tipologia: Mancha de ocupação porta apresenta a data 1799 sob uma cruz. (Castelo Branco) há uma ara em granito
Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste da Cronologia: Moderno. dedicada a Trebaruna que se diz provir do
Benquerença, no topo e encosta este de um Bibliografia: Inédito. Informação da Dr.ª Silvina Silvério. Cabeço dos Tiros (Penha Garcia, Idanha-a-Nova)
pequeno cabeço na base da vertente norte da e que tem a seguinte inscrição: Trebaron/na
serra de Santo André. Altitude: 501 m. Substrato 146. POLDRAS DA BEIRA / LAJINHAS Protae / Tancini f(iliae) / [s]acer[dos] / d(e) s(uo)
geológico constituído por xistos e grauvaques. Tipologia: Poldras p(osuit) mo(numentum) G(aius) / Fron(tonius)
Coordenadas WGS84: 40º 12’ 54.54” N; 7º 12’ 2.9” W Localização e ambiente: Localiza-se sobre a Camal(us).
Folha CMP: 236 Ribeira de Ceife, a noroeste de Pedrogão, Cronologia: Romano
Descrição: São visíveis à superfície fragmentos de próximo do sítio das Lajinhas. Altitude: 368 m. Bibliografia: Inédito; AE, 1977: n.º 381 (inscrição).
cerâmica de construção romana. Substrato geológico constituído por terrenos
Cronologia: Romano alagadiços, de matriz granítica. 165. CABEÇO DOS TIROS 1
Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís Coordenadas WGS84: 40º 5’ 55.18” N; 7º 15’ 10.24” W Tipologia: Povoado (?)
Cristóvão. Folha CMP: 257 Localização e ambiente: Localiza-se próximo da
Descrição: Vinte poldras, algumas novas em fronteira com Espanha e na linha divisória do
cimento, mas veem-se caídas na ribeira as concelho de Penamacor com o concelho de
originais em granito. Uma das poldras apresenta Idanha (freguesia de Penha Garcia), numa
PEDROGÃO a data de 1709. elevação denominada Cabeço do Tiros,
Cronologia: Medieval (?) / Moderno à cota de 438 m, junto ao rio Bazágueda.
143. ESTACAL / VALE DE CABRITO / MATERNOTE Bibliografia: Inédito. Informação da Dr.ª Silvina Silvério. O substrato geológico é constituído por xistos.
Tipologia: Mancha de ocupação Coordenadas WGS84: 40º 5’ 46.71” N; 6º 56’ 59.46” W
Localização e ambiente: Localiza-se a norte de Pedrogão, Folha CMP: 259
entre a estrada que liga Pedrogão a Penamacor Descrição: Segundo informação oral de José Luís
e à ribeira de Ceife, numa encosta suave à
PENAMACOR Cristóvão, trata-se de um sítio com ocupação
cota de 403 m. Substrato geológico constituído pré ou proto-histórica. No local apenas
por granitos. 149. ÁGUAS FÉRREAS - PENAMACOR identificámos dois fragmentos de cerâmica
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 27.38” N; 7º 13’ 56.6” W Tipologia: Calçada de fabrico manual.
Folha CMP: 257 Localização e ambiente: Localiza-se na vila, Cronologia: Calcolítico (?) / Idade do Bronze (?) /
Descrição: São visíveis numa área considerável numa encosta entre a zona próxima do Largo / Indeterminado
abundantes vestígios de cerâmica de construção do Município e a rotunda da Piscina Municipal Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
(tegulae, imbrices e tijolos), dolia e cerâmica Coberta. Altitude: 565 m. O substrato geológico Cristóvão.
comum. Foi observado ainda um possível é constituído por granitos.
troço de muro num caminho. Coordenadas WGS84: 40º 9’ 54.81” N; 7º 10’ 22.22” W / 167. CALÇADA - CAMINHO DO SABUGAL
Cronologia: Romano / 40º 10’ 1.95” N; 7º 10’ 19.14” W Tipologia: Calçada
Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís Folha CMP: 248 Localização e ambiente: Na saída nordeste de
Cristóvão. Descrição: Calçada (com cerca de 313 metros de Penamacor. Este troço foi cortado pela
extensão) entre quintais que ascende do vale Estrada Nacional 233 junto ao sítio da Quinta
144. FEITEIRA para a zona urbana, sendo parcialmente murada da D. Carlota (Instituto Pina Ferraz).
Tipologia: Poldras em ambos os lados. Apresenta uma divisão Altitude: 501 m. O substrato geológico é
Localiza-se a noroeste de
Localização e ambiente: central com pedras retangulares alinhadas. constituído por granitos.
Pedrogão, na ribeira de Ceife, próximo da Fonte Devido a obras no centro da vila já sofreu Coordenadas WGS84: 40º 10’ 20.22 N; 7º 9’ 58.12” W
dos Cales. Altitude: 375 m. Substrato geológico afetação, tendo sido praticamente toda Folha CMP: 248
constituído por terrenos alagadiços, levantada e reposta. Descrição: Troço de calçada entre muros,
de matriz granítica. Cronologia: Medieval (?) / Moderna com cerca de 115 metros de extensão,
Coordenadas WGS84: 40º 6’ 15.98” N; 7º 14’ 44.59” W Bibliografia: Inédito constituído por pedras de granito de média a
Folha CMP: 257 grande dimensão. É dividida ao centro por
Descrição: Vinte e quatro poldras em granito que 164. CABEÇO DOS TIROS um alinhamento de pedras maiores.
atravessam a ribeira de Ceife. Numa delas tem Tipologia: Mancha de ocupação, Inscrição Cronologia: Medieval (?) / Moderno
a data de 1840. Localização e ambiente: Localiza-se próximo da Bibliografia: Inédito
Cronologia: Moderno / Contemporâneo fronteira com Espanha e na linha divisória do
Bibliografia: Inédito concelho de Penamacor com o concelho de 179. FONTE DAS FREIRAS
Idanha, encontrando-se no local o marco n.º 14 Tipologia: Lagar
145. FEITEIRA 1 de delimitação da freguesia de Penha Garcia. Localização e ambiente: Localiza-se próximo da estrada
Tipologia: Moinho Situa-se numa plataforma a meia encosta do que liga Penamacor a Pedrogão de S. Pedro.
Localiza-se a noroeste de
Localização e ambiente: Cabeço dos Tiros, à cota de 397 m, Num barroco (à cota de 451 m) cerca de 40 m
Pedrogão, junto às poldras da Feiteira na ribeira nas proximidades do rio Bazágueda. a noroeste da Fonte das Freiras e próximo de
de Ceife, à cota de 375 m. Substrato geológico O substrato geológico é constituído por xistos. linhas de água. O substrato geológico é
constituído por granitos. Coordenadas WGS84: 40º 5’ 42.87” N; 6º 56’ 42.15” W constituído por granitos.
Folha CMP: 259

33
ARQUEOLOGIA

Coordenadas WGS84: 40º 9’ 30.25” N; 7º 11’ 10.46” W


Folha CMP: 248
Descrição: Lagar escavado na rocha com delimitação
de duas zonas, uma para depósito das uvas e
outra para esmagamento das mesmas, com
canais de escoamento e buracos retangulares
para encaixe da prensa. Medidas: zona de
depósito: 740 x 740 cm; zona de pisagem:
520 x 350 cm. São visíveis vestígios de derrubes
na zona de depósito. O líquido que saía do
tanque seguia por um canal para uma zona mais
baixa, onde era recolhido.
Cronologia: Indeterminado
Bibliografia: Inédito

FIG. 7 − Povoado do Pego do Mocho, Penamacor (n.º 199).


180. FONTE DAS FREIRAS 1
Tipologia: Lagar
Localização e ambiente: No antigo caminho de Municipal, à cota de 378 m. O substrato Cronologia: Medieval Cristão
Penamacor para as Águas, um pouco adiante geológico é constituído por xistos. Bibliografia: Inédito
da Fonte das Freiras, encontra-se um barroco à Coordenadas WGS84: 40º 7’ 47.48” N; 7º 4’ 16.04” W
direita, logo a seguir à Quinta do Pomar. Folha CMP: 248 187. LARGO DE SANTA MARIA 2
Fica próximo de linhas de água e à cota de Descrição: Sepultura retangular escavada no xisto. Tipologia: Arte Rupestre - Jogo Gravado
447 m. O substrato geológico é constituído Medidas: 180 x 52 cm. Localização e ambiente: No Largo de Santa Maria,
por granitos. Cronologia: Alta Idade Média Cimo de Vila, em Penamacor, à cota de 597 m.
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 19.46” N; 7º 11’ 25.5” W Bibliografia: Inédito O substrato geológico é constituído por
Folha CMP: 248 granitos.
Descrição: Lagar rupestre bem conservado com 186. LARGO DE SANTA MARIA - CIMO DE VILA Coordenadas WGS84: 40º 10’ 3.52” N; 7º 10’ 1.45” W
dois tanques retangulares, um pio onde se Tipologia: Sepultura Folha CMP: 248
pisavam as uvas (290 x 230 cm) e outro mais Localização e ambiente: Junto a um afloramento de Descrição: Foi encontrada uma pedra de jogo
pequeno num plano inferior, ligados por um granito, local da antiga igreja de Santa Maria, de tabuleiro (jogo do moinho), em granito,
canal no qual se recolhia o sumo. São bem no Largo de Santa Maria, Cimo de Vila, nas proximidades da antiga igreja de Santa Maria,
visíveis os encaixes para a prensa. em Penamacor, à cota de 597 m. O substrato hoje desaparecida.
Cronologia: Indeterminado geológico é constituído por granitos. Cronologia: Indeterminado
Bibliografia: Inédito Coordenadas WGS84: 40º 10’ 3.81” N; 7º 9’ 59.7” W Bibliografia: Inédito
Folha CMP: 248
183. FREIXIAL - BAZÁGUEDA Descrição: Sepultura retangular parcialmente 199. PEGO DO MOCHO
Tipologia: Sepultura talhada na rocha, localizada no sítio onde existiu Tipologia: Povoado
Localização e ambiente: A cerca de 50 m da margem a igreja de Santa Maria, hoje desaparecida. Localização e ambiente: Próximo da fronteira com
esquerda do rio Bazágueda, no sítio do Freixial e Medidas: 182 x 56 cm. Possui um rebordo de Espanha, junto ao rio Bazágueda. O acesso faz-se
em frente do paredão do Parque de Campismo 12 cm. Está orientada a nascente. pela estrada nacional de Penamacor em direção
a Espanha. Antes da fronteira, toma-se o caminho
de terra batida em direção ao marco geodésico
do Freixo, e segue-se depois em direção ao
Muro da Rebela até ao rio. O sítio fica no topo
de uma elevação, na margem esquerda do rio
Bazágueda, com a cota de 355 m. O substrato
geológico é constituído por xistos.
Coordenadas WGS84: 40º 7’ 34.0” N; 7º 1’ 18.07” W
Folha CMP: 248
Descrição: No topo da elevação e também na
encosta voltada para o rio, observou-se cerâmica
de fabrico manual pré ou proto-histórica.
Junto ao Bazágueda foi encontrado um seixo
com entalhes laterais (peso de rede).
Na encosta ocidental são visíveis amontoados
de pedras (derrubes?)
Cronologia: Calcolítico / Idade do Bronze Final (?)
Bibliografia: Inédito

FIG. 6 − Sepultura no local da antiga Igreja


de Santa Maria, Cimo de Vila, Penamacor (n.º 186).

34 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
200. PEGO DO MOCHO 1 Descrição: Foram identificados troços de muros 220. SARRABECA 4 / SEREBECA 4
Tipologia: Mina perpendiculares e um circular, pedras Tipologia: Mancha de ocupação
Localização e ambiente: Próximo da fronteira com aparelhadas e uma ombreira de porta em Localização e ambiente: O acesso faz-se saindo de
Espanha, junto ao rio Bazágueda. O acesso faz-se granito, cerâmica comum (alguma vidrada Penamacor em direção ao Fundão pela estrada
pela estrada nacional de Penamacor em direção no interior) e fragmentos de telhas. nacional 346. Fica entre os km 27 e 28, do lado
a Espanha. Antes da fronteira, toma-se o caminho Cronologia: Moderno esquerdo, a norte do Monte do Conde, no topo
de terra batida em direção ao marco geodésico Bibliografia: Inédito de uma pequena colina, em zona de pinhal,
do Freixo, e segue-se depois em direção ao sobranceiro à ribeira da Leitosa, com a cota
Muro da Rebela até ao rio. O sítio fica na 217. SARRABECA 1 / SEREBECA 1 de 400 m. Geologia: zona de xistos.
margem esquerda do rio, com a cota de 351 m. Tipologia: Mancha de ocupação Coordenadas WGS84: 40º 9’ 20.0” N; 7º 14’ 16.0” W
O substrato geológico é constituído por Localização e ambiente: Localiza-se a sul da estrada Folha CMP: 247
depósitos aluviais. nacional 346, próximo do km 27 e a nordeste Descrição: São visíveis abundantes vestígios
Coordenadas WGS84: 40º 7’ 33.01” N; 7º 1’ 23.98” W do Monte do Conde. O acesso faz-se por esta de materiais romanos de construção
Folha CMP: 248 propriedade. Fica numa pequena encosta, (tegulae, imbrices, tijolos) e cerâmica comum
Descrição: Vestígios de antiga mineração. São visíveis próximo de várias linhas de água, à cota de (dolia). Existem também alguns blocos
os amontoados de pedras (conheiras). 402 m. Geologia: zona de xisto. de granito aparelhado.
Cronologia: Indeterminado (?) Coordenadas WGS84: 40º 9’ 19.83” N; 7º 14’ 32.06” W Cronologia: Romano
Bibliografia: Inédito Folha CMP: 247 Bibliografia: Inédito
Descrição: São visíveis à superfície alguns silhares de
206. QUINTA DA MARIA LUIS 1 granito, tegulae, tijolos e cerâmica comum. 221. SARRABECA 5 / SEREBECA 5
Tipologia: Sepultura Cronologia: Romano Tipologia: Mancha de ocupação
Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste de Bibliografia: Inédito Localização e ambiente: O acesso faz-se saindo de
Penamacor, na base sudoeste da Serra Pedreira / Penamacor em direção ao Fundão pela estrada
/ Ramalhão, numa zona plana, à cota de 449 m 218. SARRABECA 2 / SEREBECA 2 nacional 346. Fica entre os km 27 e 28, do lado
e próximo de linhas de água. O substrato Tipologia: Mancha de ocupação esquerdo, a norte do Monte do Conde, no topo
geológico é constituído por granitos. Localização e ambiente: A Nordeste do Monte do de uma pequena colina, em zona de pinhal,
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 5.08” N; 7º 9’ 34.67” W Conde. O acesso faz-se pelo caminho desta sobranceiro à ribeira da Leitosa, com a cota
Folha CMP: 248 propriedade a partir da estrada nacional 346. de 409 m. Geologia: zona de xistos.
Descrição: Sepultura escavada na rocha de Fica no topo de uma elevação sobranceira Coordenadas WGS84: 40º 9’ 36.0” N; 7º 14’ 22.0” W
configuração retangular. Medidas: 170 x 68 cm. à ribeira da Artilhosa, à cota de 400 m. Folha CMP: 247
Está orientada sensivelmente Norte-Sul e Geologia: zona de xisto. Descrição: São visíveis à superfície algumas cerâmicas
possui rebordo. Coordenadas WGS84: 40º 9’ 13.14” N; 7º 14’ 42.23” W de construção (tijolos) e dolia, loiça de cozinha
Cronologia: Alta Idade Média Folha CMP: 247 indiferenciada e escória. Os materiais não estão
Bibliografia: Inédito Descrição: Abundantes vestígios de cerâmica de muito concentrados, mas antes dispersos pela
construção (tijolos, tegulae, imbrices), cerâmica zona de sobreiros, prolongando-se até à zona
207. QUINTA DA MARIA LUIS 2 comum (dolia) e escória. Foi também identificado de Sarabeca 3, onde se concentram mais.
Tipologia: Sepultura um fragmento de granito trabalhado, que faria Cronologia: Romano
Localização e ambiente: Localiza-se a sudeste de parte de uma construção. Existe um amontoado Bibliografia: Inédito
Penamacor, na base sudoeste da Serra Pedreira / de pedras mais ou menos circular com cerca de
/ Ramalhão, numa zona plana, à cota de 449 m 10 m de diâmetro, na zona central da elevação. 222. SARRABECA 6 / SEREBECA 6
e próximo de linhas de água. O substrato Desconhece-se a sua função. Tipologia: Mancha de ocupação
geológico é constituído por granitos. Cronologia: Romano / Indeterminado Localização e ambiente: Próximo da estrada nacional
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 10.58” N; 7º 9’ 28.92” W Bibliografia: Inédito 346, de Penamacor para o Fundão, ao km 27,
Folha CMP: 248 do lado esquerdo da estrada. Nas proximidades
Descrição: Sepultura escavada na rocha de 219. SARRABECA 3 / SEREBECA 3 fica a ribeira da Leitosa. Altitude: 419 m.
configuração trapezoidal. Medidas: 50 x 205 x Tipologia: Mancha de ocupação Geologia: zona de xistos.
x 40 x 205 cm. Apresenta rebordo. Localização e ambiente: Localiza-se a sul do km 28 da Coordenadas WGS84: 40º 9’ 47.86” N; 7º 14’ 22.68” W
Cronologia: Alta Idade Média estrada nacional 346 (Penamacor-Fundão) e a Folha CMP: 247
Bibliografia: Inédito norte do Monte do Conde. Fica numa pequena Descrição: Escassos fragmentos de cerâmica,
elevação, próximo de várias linhas de água, aparentemente romana.
213. RAMALHÃO 1 à cota de 425 m. Geologia: zona de xistos. Cronologia: Romano (?)
Tipologia: Núcleo de povoamento Coordenadas WGS84: 40º 9’ 42.86” N; 7º 15’ 1.54” W Bibliografia: Inédito
Localização e ambiente: Localiza-se a sudoeste de Folha CMP: 247
Penamacor, na base nordeste da Serra Pedreira, Descrição: Foram identificados à superfície alguns 231. SOBREIRAL DO AREEIRO / Q. CÂNDIDO
à cota de 478 m e próximo de linhas de água. O silhares aparelhados, em granito, um fragmento MONO
substrato geológico é constituído por granitos. de fuste de coluna, também em granito, Tipologia: Sepultura
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 39.71” N; 7º 9’ 17.79” W tegulae e tijolos. Localização e ambiente: Localiza-se próximo da estrada
Folha CMP: 248 Cronologia: Romano que liga Penamacor a Pedrogão de S. Pedro,
Bibliografia: Inédito ao km 62, do lado direito da estrada, num

35
ARQUEOLOGIA

afloramento granítico de grandes dimensões 234. TAPADA 1 239. TAPADA DO ROBALO 1


numa suave encosta, à cota de 451 m e próximo Tipologia: Sepultura Tipologia: Sepultura
de linhas de água. O substrato geológico é Localiza-se numa pequena
Localização e ambiente: Localização e ambiente: Na zona do Ferrador.
constituído por granitos. elevação, na base da vertente este do cabeço de O acesso faz-se por caminho em direção à
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 25.0” N; 7º 11’ 31.0” W Penamacor, à cota de 479 m, próximo de linhas Fonte Melão e à Tapada da Ginja, subindo depois
Folha CMP: 248 de água e junto ao caminho para a estação a encosta para o lado direito. Fica numa pequena
Descrição: Sepultura retangular escavada na rocha, elevatória. O substrato geológico é constituído plataforma da encosta do lado da Tapada da
com as seguintes medidas: 140 x 60 cm. por granitos. Rita Peneda, não muito longe do caminho,
Está orientada sensivelmente a nascente. Coordenadas WGS84: 40º 9’ 53.88” N; 7º 9’ 40.72” W; à cota de 472 m e próximo de linhas de água.
Cronologia: Alta Idade Média 40º 9’ 54.32” N; 7º 9’ 40.54” W O substrato geológico é constituído por
Bibliografia: Inédito Folha CMP: 248 granitos.
Descrição: Conjunto de duas sepulturas escavadas Coordenadas WGS84: 40º 7’ 42.73” N; 7º 8’ 7.03” W
232. SOBREIRAL DO AREEIRO 1 / na rocha, retangulares, distando cerca de 14 m Folha CMP: 248
/ Q. CÂNDIDO MONO entre si. Medidas: Sepultura 1: 168 x 42 cm; Descrição: Duas sepulturas constituídas por blocos
Tipologia: Sepultura Sepultura 2: 160 x 50 cm. Nas suas imediações de granito. A de maior dimensão é trapezoidal e
Localização e ambiente: Localiza-se próximo da estrada existem materiais romanos (sítio da Tapada). apresenta as medidas 150 x 40 x 150 x 30 cm.
que liga Penamacor a Pedrogão de S. Pedro, Cronologia: Alta Idade Média A mais pequena é retangular e mede 77 x 28 cm.
ao km 62, do lado direito da estrada, num Bibliografia: Inédito Poderá corresponder à zona de necrópole da
afloramento granítico de grandes dimensões villa da Tapada do Robalo, dada a proximidade e
numa pequena elevação, à cota de 451 m e 237. TAPADA DO BRAGÃO 1 a morfologia deste tipo de enterramento.
próximo de linhas de água. O substrato Tipologia: Lagar Cronologia: Romano, Baixo-Império
geológico é constituído por granitos. Localização e ambiente: Localiza-se a oriente da Bibliografia: Inédito
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 22.0” N; 7º 11’ 38.0” W Aldeia do Bispo, próximo da Tapada do Clero.
Folha CMP: 247 O acesso faz-se pelo caminho do Alto do
Descrição: Sepultura trapezoidal escavada na rocha, Ferrador, que vai para a Aldeia do Bispo.
com as seguintes medidas: 125 x 48 x 135 x Fica numa pequena encosta, à cota de 450 m,
SALVADOR
x 74 cm. Está orientada sensivelmente a próximo de várias linhas de água e da ribeira da
nascente. Aldeia do Bispo. O substrato geológico é 244. CANOS
Cronologia: Alta Idade Média constituído por granitos. Tipologia: Sepultura
Bibliografia: Inédito Coordenadas WGS84: 40º 7’ 21.24” N; 7º 8’ 52.28” W Próximo do lugar de
Localização e ambiente:
Folha CMP: 248 Canos, propriedade do Sr. Beirão, no limite de
233. TAPADA Descrição: Bloco de granito escavado no interior, Idanha-a-Nova, na linha divisória entre os
Tipologia: Vestígios diversos formando uma pia mais ou menos retangular concelhos. O acesso faz-se tomando o caminho
Localização e ambiente: Localiza-se a nascente do com um canal para saída de líquido (vinho?). do Salvador para o Carvalhal. Fica numa zona
cabeço de Penamacor, próximo da variante e Apresenta um orifício quadrangular no exterior, plana, junto ao caminho e à cota de 499 m.
junto da estação elevatória, numa zona de chã e possivelmente para suporte de uma trave de Substrato geológico constituído por granitos.
topo e pequena encosta, variando as cotas entre apoio. Medidas internas máximas: 215 x 122 cm; Coordenadas WGS84: 40º 4’ 44.16” N; 7º 7’ 5.73” W
os 472 e os 480 m. O substrato geológico é abertura para saída do líquido: 40 cm. Folha CMP: 258
constituído por granitos. Cronologia: Indeterminado Descrição: Conjunto de duas sepulturas escavadas
Coordenadas WGS84: 40º 9’ 50.53” N; 7º 9’ 42.13” W Bibliografia: Inédito na rocha, sendo uma delas antropomórfica e a
Folha CMP: 248
Descrição: São visíveis à superfície abundantes
fragmentos de cerâmica de construção
(tegulae, imbrices, tijolos) e dolia, bem como
pedaços de opus signinum (circunscritos a uma
área delimitada). Foi identificado um possível
troço de muro de época romana (coordenada:
40º 9’ 49.08” N; 7º 9’ 42.53” W). Apresenta um
comprimento de 17 m e uma largura de 80 cm,
parecendo existir argamassa a ligar as pedras.
Dada a proximidade com o Olival Queimado,
é possível que seja a continuação do sítio
já anteriormente identificado.
Cronologia: Romano
Bibliografia: Inédito

FIG. 8 − Lagar rupestre


da Tapada do Bragão 1,
Penamacor (n.º 237).

36 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
outra retangular. A primeira tem orientação Descrição: À superfície são visíveis fragmentos
sensivelmente a nascente e apresenta as medidas de cerâmica romana de construção (tegulae e
VALE DA SENHORA DA PÓVOA
180 x 50 cm. Tem a delimitação da cabeceira imbrices) e dolia. O sítio fica dividido pela
(40 x 20 cm) e dos pés. A segunda, de estrada que liga Salvador ao Sidral, 279. VALE DO MOREIRO
configuração retangular, mede 170 x 45 cm e mas a maior concentração de materiais Tipologia: Mancha de ocupação
tem orientação sensivelmente norte-sul. está do lado oriental da estrada. Localização e ambiente: Localiza-se a nordeste da
Cronologia: Alta Idade Média Cronologia: Romano aldeia da Benquerença, entre as ribeiras da
Bibliografia: Inédito Bibliografia: Inédito. Inf. do Dr. José Luís Cristóvão. Meimoa e do vale da Senhora da Póvoa,
no sopé da Cabeça Galega, à cota de 491 m.
245. CANOS 1 / LAJE BRANCA 252. MINA O substrato geológico é constituído por xistos
Tipologia: Sepultura Tipologia: Mancha de ocupação metamórficos e corneanas.
Localização e ambiente: Próximo do lugar de Localização e ambiente: A sul de Salvador, do lado Coordenadas WGS84: 40º 14’ 36.67” N; 7º 13’ 1.17” W
Canos, propriedade do Sr. Beirão, no limite de poente da estrada municipal que liga Salvador Folha CMP: 236
Idanha-a-Nova, na linha divisória entre os ao Sidral. Numa zona aplanada no cimo de uma Descrição: Manchas de dispersão de materiais de
concelhos. O acesso faz-se tomando o caminho encosta acentuada, próximo de várias linhas de construção de época romana (tegulae e imbrices
do Salvador para o Carvalhal. Fica numa zona água e à cota de 501 m. O substrato geológico sobre os solos) na encosta e sobre o cabeço
plana, junto a uma casa e a um tanque, à cota de é constituído por granitos. mais elevado. Inclui ainda material lítico
507 m, conhecida como Vinha da Laje ou Laje Coordenadas WGS84: 40º 4’ 33.91” N; 7º 5’ 47.08” W pré-histórico, tendo sido recolhida uma lâmina
Branca. Substrato geológico constituído Folha CMP: 258 retocada e truncada, em sílex (informação
por granitos. Descrição: São visíveis alguns fragmentos de da Dr.ª Silvina Silvério).
Coordenadas WGS84: 40º 4’ 42.12” N; 7º 6’ 58.58” W cerâmica de construção romana, bem como Cronologia: Neo-Calcolítico / Idade do Bronze;
Folha CMP: 258 cerâmica comum de pastas grosseiras e escória. Romano.
Descrição: Sepultura antropomórfica escavada na No Museu Municipal encontram-se um Bibliografia: Inédito
rocha, com as seguintes medidas: comprimento fragmento de moinho manual em granito
máximo: 178 cm; largura máxima: 50 cm; (mina I) e um bloco de escória de ferro
largura da cabeceira: 40 cm; largura dos pés: (mina III) recolhidos por J. Cristóvão neste local.
35 cm. Possui rebordo. Cronologia: Romano
Cronologia: Alta Idade Média Bibliografia: Inédito. Inf. do Dr. José Luís Cristóvão.
Bibliografia: Inédito

247. FONTE LEITEIRA PUBLICIDADE


Tipologia: Mancha de ocupação / Villa (?)
Localização e ambiente: Localiza-se a sudoeste da
aldeia do Salvador, a sul do cabeço da Gulosa
e próximo da fronteira com o concelho de
Idanha-a-Nova. Fica numa encosta suave,
Al-Madan
próximo de linhas de água, à cota de 518 m. também em papel...
O substrato geológico é constituído
por granitos.
Coordenadas WGS84: 40º 4’ 27.98” N; 7º 06’ 12.77” W
Folha CMP: 258
Descrição: Abundantes fragmentos de cerâmica distribuição no circuito
comum, cerâmica de construção (tegulae, comercial e venda directa
imbrices), dolia e escória dispersos por uma (portes de correio gratuitos *)
área muito vasta de olival e vinha.
* no território nacional continental
Cronologia: Romano
Bibliografia: Inédito. Informação do Dr. José Luís
Cristóvão. Pedidos:
Centro de Arqueologia de Almada
250. JUNTA DO RIBEIRO Tel. / Telm.: 212 766 975 / 967 354 861
Tipologia: Mancha de ocupação E-mail: c.arqueo.alm@gmail.com
Localização e ambiente: Localiza-se a sul do Salvador,
junto à estrada que liga Salvador ao Sidral,
muito próximo da fronteira entre os concelhos
de Penamacor e Idanha-a-Nova. Fica numa chã
(altitude: 476 m), próximo de linhas de água,
outra revista...
numa zona de contacto entre xistos e granitos.
Coordenadas WGS84: 40º 4’ 12.12” N; 7º 5’ 43.81” W
edição ...o mesmo cuidado editorial
Folha CMP: 258
[http://www.almadan.publ.pt]

37
ARQUEOLOGIA

TABELA 1 – Total de ocorrências inventariadas em Penamacor. Síntese


ocorrências inventariadas nos trabalhos de levantamento documental / bibliográfico e de prospeção no concelho

n.º inv. topónimo tipologia cronologia freguesia coordenadas [WGS84] CMP bibliografia
ϭ ĂŶĐŚĂůĚĂEŽƌĂ EƷĐůĞŽĚĞƉŽǀŽĂŵĞŶƚŽ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ŐƵĂƐ ϰϬǑϱ͛ϯϲ͘ϳϵ͟E͖ϳǑϭϭ͛Ϯϱ͘ϰϵ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
ĂůĐŽůşƚŝĐŽͬ
Ϯ ŽŶŐĂůŝŶŚŽ WŽǀŽĂĚŽĨŽƌƚŝĨŝĐĂĚŽ;͍Ϳ ŐƵĂƐ ϰϬǑϱ͛ϭϬ͘Ϯϭ͟E͖ϳǑϭϭ͛Ϯ͘ϭϵ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
/ĚĂĚĞĚŽƌŽŶnjĞ;͍Ϳ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϯ ƌŽƐƋƵĞͬ>ĂũŝŶŚĂ >ĂŐĂƌ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ϰϬǑϲ͛ϮϬ͘Ϭϵ͟E͖ϳǑϴ͛ϭϮ͘ϵϮ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
WŝƌĞƐ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϰ ŚĆŽĚĂŝƌĂ ^ĞƉƵůƚƵƌĂ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ϰϬǑϲ͛ϳ͘ϰϰ͟E͖ϳǑϵ͛Ϯϱ͘ϭϰ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
WŝƌĞƐ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϱ ŚĆŽĚĞDŽŶƐĂŶƚŽ ^ĞƉƵůƚƵƌĂ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ϰϬǑϲ͛ϲ͘ϰϲ͟E͖ϳǑϵ͛ϭϲ͘ϲϮ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
WŝƌĞƐ
/ŶƐĐƌŝĕƁĞƐĚĂůĚĞŝĂ ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϲ /ŶƐĐƌŝĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ϰϬǑϲ͛ϭϱ͘ϱϯ͟E͖ϳǑϵ͛ϲ͘ϵ͟tΎ Ϯϱϴ hZK͕ϭϵϴϲ
ĚĞ:ŽĆŽWŝƌĞƐ WŝƌĞƐ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϳ ZŽŶĐĞŝƌŽ ^ĞƉƵůƚƵƌĂ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ϰϬǑϱ͛ϭϵ͘ϯϳ͟E͖ϳǑϵ͛ϱϯ͘ϰϱ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
WŝƌĞƐ
DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽͬ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳͬ ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϴ ZŽŶĐĞŝƌŽϭ ϰϬǑϱ͛Ϯϭ͘ϯϰ͟E͖ϳǑϵ͛ϱϱ͘Ϯ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
ͬWŽǀŽĂĚŽ;͍Ϳ ͬ/ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ WŝƌĞƐ
ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽͬ ĂůĐŽůşƚŝĐŽͬ/ĚĂĚĞĚŽ ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϵ ^ŽďƌĞŝƌĂů ϰϬǑϲ͛ϯϵ͘ϯϭ͟E͖ϳǑϵ͛Ϭ͘ϭϭ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
ͬWŽǀŽĂĚŽ;͍Ϳ ƌŽŶnjĞ&ŝŶĂů WŝƌĞƐ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϭϬ dĂƉĂĚĂĚŽĂďĞĕŽ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ϰϬǑϲ͛ϲ͘ϰ͟E͖ϳǑϴ͛ϳ͘ϲϳ͟t Ϯϱϴ >/dK͕ϭϵϴϯ͗ϭϬ͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
WŝƌĞƐ
ůĚĞŝĂĚĞ:ŽĆŽ
ϭϭ dĂƉĂĚĂĚŽĂďĞĕŽϭ ^ĞƉƵůƚƵƌĂ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ϰϬǑϲ͛ϰ͘ϴϵ͟E͖ϳǑϴ͛ϳ͘ϲϳ͟t Ϯϱϴ /ŶĠĚŝƚŽ
WŝƌĞƐ
ϭϮ ůĚĞŝĂĚŽŝƐƉŽ ĐŚĂĚŽƐŝƐŽůĂĚŽƐ EĞŽůşƚŝĐŽ ůĚĞŝĂĚŽŝƐƉŽ ϰϬǑϳ͛ϵ͘ϳ͟E͖ϳǑϭϬ͛ϭ͘ϳϵ͟tΎ Ϯϰϴ WZKE:jE/KZ͕ϭϵϭϬ͗ Ϯ
ϭϯ &ŽŶƚĞ^ĂůŐƵĞŝƌĂϰ >ĂŐĂƌ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ůĚĞŝĂĚŽŝƐƉŽ ϰϬǑϲ͛ϱϳ͘ϱϴ͟E͖ ϳǑϵ͛ϭϮ͘ϯϯ͟t Ϯϰϴ /ŶĠĚŝƚŽ
^EdK^ZK,͕ϭϵϬϵ͗ϰϰͲϰϵ͘
>ĂŵĞŝƌĂ>ĂƌŐĂͬ&ŽŶƚĞ dĞƐŽƵƌŽĨƵŶĞƌĄƌŝŽͬsŝůůĂ͖ ZŽŵĂŶŽ͖EĞŽůşƚŝĐŽͬ
ϭϰ ůĚĞŝĂĚŽŝƐƉŽ ϰϬǑϲ͛ϱϵ͘ϭϱ͟E͖ϳǑϳ͛ϭϮ͘Ϭϱ͟t Ϯϰϴ E^ϮϲϯϲϬ͖ϰϰϴϮ͖ϮϲϱϮϱĞϮϲϰϭϵ͘
^ĂůŐƵĞŝƌĂϭ͕ϮĞϯ ĐŚĂĚŽƐŝƐŽůĂĚŽƐ ͬ/ĚĂĚĞĚŽƌŽŶnjĞ
ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ϭϱ dĂƉĂĚĂĚŽƌĂŐĆŽϮ >ĂŐĂƌ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ůĚĞŝĂĚŽŝƐƉŽ ϰϬǑϳ͛ϭϲ͘ϱϮ͟E͖ϳǑϬ͟Ϭ͘ϯϲ͟t Ϯϰϴ /ŶĠĚŝƚŽ
/ĚĂĚĞĚŽƌŽŶnjĞ&ŝŶĂůĞ WZ/Z͕ϭϵϬϵ͗ ϭϳϯ͘
ϭϲ ƌĂŶŚĂƐ ĐŚĂĚŽƐŝƐŽůĂĚŽƐ ƌĂŶŚĂƐ ϰϬǑϲ͛ϰϭ͘Ϯϱ͟E͖ϳǑϳ͛ϭϬ͘ϭϭ͟tΎ Ϯϱϴ
/ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ E^ϮϭϵϮ
>E/ZK͕ϭϵϵϱ͗ ϭϳϰ͘
ϭϳ ƚĂůĂŝĂ ƚĂůĂŝĂ DŽĚĞƌŶŽ ƌĂŶŚĂƐ ϰϬǑϳ͛Ϯϰ͘ϰϴ͟E͖ϳǑϳ͛ϰϱ͘ϳϰ͟t Ϯϰϴ
E^ϮϲϱϮϲ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ϭϴ dĂƉĂĚĂĚŽZŽďĞƌƚŽ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ƌĂŶŚĂƐ ϰϬǑϲ͛ϱϭ͘ϯϴ͟E͖ϳǑϳ͛ϱϳ͘ϯϳ͟t Ϯϰϴ /ŶĠĚŝƚŽ
ϭϵ ĞŵƉŽƐƚĂ ^ĞƉƵůƚƵƌĂ ůƚĂ/ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϯ͛ϱϳ͘Ϭϲ͟E͖ ϳǑϭϮ͛ϰϭ͘Ϯϯ͟t Ϯϱϳ E^ ϮϮϱϱϰ͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
>E/ZK͕ϭϵϵϱ͗ Ϯϭϰ
ϮϬ ĂƐƚĞůŽĚĂĞŵƉŽƐƚĂ dŽƌƌĞ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛Ϯ͘ϭϱ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϰϭ͘ϴϱ͟t Ϯϱϳ
ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
Ϯϭ ŚĂƉĂƌƌĂů DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯϱ
ϮϮ ŽŝƚŽϭ WŽůĚƌĂƐ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϯϮ
Ϯϯ ŽŝƚŽϮ sĞƐƚşŐŝŽƐĚŝǀĞƌƐŽƐ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯϯ
Ϯϰ ƐƚĞůĂƐĚĂĞŵƉŽƐƚĂ ƐƚĞůĂƐĨƵŶĞƌĄƌŝĂƐ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛ϱ͘ϭ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϰϮ͘ϰϴ͟tΎ Ϯϱϳ ǁǁǁ͘ĐŵͲƉĞŶĂŵĂĐŽƌ͘Ɖƚ
Ϯϱ &ŽŶƚĂŝŶŚĂƐ ƐƚĞůĂ;͍ͿͬDĂƌĐŽ;͍Ϳ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϯ
Ϯϲ &ŽŶƚĞĚŽƐĂĕĂĚŽƌĞƐ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ;͍Ϳ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮ
ZŽŵĂŶŽͬDŽĚĞƌŶŽͬ
Ϯϳ &ŽƌĐĂϮ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϮ
ͬŽŶƚĞŵƉŽƌąŶĞŽ
Ϯϴ &ƌĂŐƵŝůϭ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭ
Ϯϵ &ƌĂŐƵŝůϮ sŝĂͲĨſƐƐŝů /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯ
ϯϬ 'ƌĞŐſƌŝŽƐϭ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϯϰ
/ŶƐĐƌŝĕƁĞƐĚĂ
ϯϭ /ŶƐĐƌŝĕƁĞƐ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛ϱ͘ϭ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϰϮ͘ϰϴ͟tΎ Ϯϱϳ >D/͕ϭϵϲϱ͗ϮϬͲϮϭ
ĞŵƉŽƐƚĂ
ϯϮ DĞŝũŽĂŶĞƐϭ ƐƚƌƵƚƵƌĂŝŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚĂ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϲ
ϯϯ DĞŝũŽĂŶĞƐϮ >ĂŐĂƌ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϳ
ϯϰ DĞŝũŽĂŶĞƐϯ >ĂŐĂƌ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϴ
ϯϱ DŽŝŶŚŽĚŽDĞŝŽϭ &ƵƐƚĞĚĞĐŽůƵŶĂ ZŽŵĂŶŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϳ
ϯϲ DŽŝŶŚŽĚŽDĞŝŽϮ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϴ
ϯϳ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϭ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϰ
ϯϴ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϮ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ WĂůĞŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϱ
ϯϵ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϯ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ EĞŽͲĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϲ
ϰϬ DŽŝŶŚŽĚŽsĞŶƚŽϰ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ EĞŽͲĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϳ
ϰϭ EĂǀĞĚĞĂŝdžŽϭ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϱ
ϰϮ EĂǀĞĚĞĂŝdžŽϮ sŝůůĂ;͍Ϳ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϲ
ϰϯ EĂǀĞĚĞŝŵĂ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϰ
WĞůŽƵƌŝŶŚŽĚĂ
ϰϰ WĞůŽƵƌŝŶŚŽ /ĚĂĚĞDĠĚŝĂ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛ϯ͘ϳϱ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϰϭ͘Ϯϱ͟t Ϯϱϳ >E/ZK͕ϭϵϵϱ͗ϮϭϮ͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ĞŵƉŽƐƚĂ
ϰϱ WĞƌĞŝƌŽ ƌƚĞZƵƉĞƐƚƌĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϯϬ͘
WŽŶƚĞĚĂĞŵƉŽƐƚĂͬ hZK͕ϭϵϴϮ͘ E^ϭϬϯϱϴ͘
ϰϲ WŽŶƚĞ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛ϭϴ͘ϴϯ͟E͖ϳǑϭϯ͛ϯϳ͘ϭϯ͟t Ϯϱϳ
ͬZŝďĞŝƌĂĚĂƐdĂůŝƐĐĂƐ ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
WŽǀŽĂĚŽĚĂ
ϰϳ WŽǀŽĂĚŽ;͍Ϳ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ϰϬǑϰ͛ϰ͘ϴϮ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϱϰ͘ϭϳ͟t Ϯϱϳ E^ϮϲϳϮϳ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ĞŵƉŽƐƚĂͬ&ŽƌĐĂ
ϰϴ YƵŝŶƚĂĚĂDĞŝũŽĂŶĂ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϵ
ϰϵ ZĂŵĂůŚĂϭ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϭϬ

* Localização aproximada; ** Localização desconhecida; *** Coordenadas omitidas por decisão dos arqueólogos responsáveis pelos sítios.
CNS ‐ Código Nacional de Sítio no sistema Endovélico (DGPC); GE ‐ Georreferenciado no Endovélico; GEI ‐ Georreferenciado no Endovélico Incorretamente.

38 II SÉRIE (21) Tomo 3 JULHO 2017


online
TABELA 1 – Total de ocorrências inventariadas em Penamacor. Síntese [continuação]
ocorrências inventariadas nos trabalhos de levantamento documental / bibliográfico e de prospeção no concelho

n.º inv. topónimo tipologia cronologia freguesia coordenadas [WGS84] CMP bibliografia
ϱϬ ZĂŵĂůŚĂϮ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ;͍Ϳ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϭ
sŝůůĂ;͍ͿͬsĞƐƚşŐŝŽƐ >/dK ĞZd͕ϭϵϴϬ͖,EZ/Yh^
ϱϭ ZĞƉƌĞƐĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ
ĚŝǀĞƌƐŽƐͬƌĂ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϵ
ϱϮ ^ĂŶƚĂŽŵďĂϭ ƌŵŝĚĂ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘Ǒϭϵ
ϱϯ ^ĂŶƚĂŽŵďĂϯ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϳ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϮϱ
ϱϰ dĂƉĂĚĂĚĂƐDſƐ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŵƉŽƐƚĂ ΎΎΎ Ϯϱϴ ,EZ/Yh^ Ğ^EdK^͕ϮϬϭϰ͗Ŷ͘ǑϭϮ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϯϯ͘
ϱϱ ĂƌƌŽƋƵŝŶŚŽƐ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϱϴ͘ϵϮ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϭϮ͘Ϭϵ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϲϴ'
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϱϭ͘
ϱϲ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϮ͘ϴϯ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϴ͘ϳϮ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϲϵ'
ϱϳ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂϮ ĐŚĂĚŽƐĚŝǀĞƌƐŽƐ EĞŽůşƚŝĐŽ ͬ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϬ͘ϰϵ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϯ͘ϳϴ͟tΎ Ϯϯϲ WZKE:jE/KZ͕ϭϵϭϬ͗ ϯ
ϱϴ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂϯ ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞ EĞŽůşƚŝĐŽ ͬ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϯ͘Ϯϲ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϵ͘Ϭ͟t Ϯϯϲ s/>͕ϮϬϬϴ͗ ϮϮ
DŝůŝĄƌŝŽ;͍Ϳ ͬ
ϱϵ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂϰ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϱ͘ϲ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϭϯ͘ϲϰ͟t Ϯϯϲ /ŶĠĚŝƚŽ
ͬ&ƵƐƚĞĚĞĐŽůƵŶĂ
ϲϬ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂϱ ƐƚĞůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϱ͘ϵϵ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϭϬ͘ϵϯ͟t Ϯϯϲ /ŶĠĚŝƚŽ
ƌƚĞƌƵƉĞƐƚƌĞͲ :ŽŐŽ
ϲϭ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂϲ /ŶĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϰ͘ϱϵ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϭϲ͘ϲϵ͟t Ϯϯϲ &ZEE^Ğ>ZdK͕ϮϬϬϵ͗ϲ
ŐƌĂǀĂĚŽ
ĂďĞĕŽĚĂ K>/s/Z͕ϭϵϵϮ͘E^ϳϱϭϯ͘
ϲϮ WŽǀŽĂĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϰϴ͘ϭϭ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϰϰ͘ϵϲ͟t Ϯϯϲ
DĂůŚŽĞŝƌĂ ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ĂďĞĕŽĚĂ Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϳ͘
ϲϯ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϰϰ͘Ϭϯ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϰϱ͘ϳϰ͟t Ϯϯϲ
DĂůŚŽĞŝƌĂϭ E^ϮϲϮϳϬ'͘EĆŽŝĚĞŶƚŝĨŝĐĂĚŽ
ĂďĞĕŽĚĂ Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϵ͘
ϲϰ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϰ͘Ϯϰ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϱϭ͘ϮϮ͟t Ϯϯϲ
DĂůŚŽĞŝƌĂϮ E^ϮϲϮϳϭ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϱϬ͘
ϲϱ ĂƌĂƉƵĕĂ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϱ͘Ϭϴ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϰϵ͘ϵϭ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϳϯ'
ĂƐĂůĚŽ
DKEd/ZK͕ϭϵϳϴ͗ϴϵ͘
ϲϲ :ŽƐĠ&ƌĂŶĐŝƐĐŽĚŽ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϰϬ͘Ϯϵ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϰϱ͘ϯϲ͟t Ϯϯϲ
E^ϭϱϵϱϭ'
ŶĂƐĐĞƌϭ
ĂƐĂůĚŽ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϭ͘
ϲϳ :ŽƐĠ&ƌĂŶĐŝƐĐŽĚŽ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϯϬ͘ϰ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϱϲ͘Ϯ͟t Ϯϯϲ
E^ϭϱϵϲϰ'
ŶĂƐĐĞƌϮͬ^ĂůŝŶŚĞŝƌĂƐ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϱϰ͘
ϲϴ ĞƌƌŽĚĂƐsŝŶŚĂƐ DĂŶĐŚĂĚĞŽĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛Ϯϭ͘ϱϴ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϭϱ͘ϯϲ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϳϱ'
ĂůĐŽůşƚŝĐŽͬ
ϲϵ ŽǀƁĞƐ ĐŚĂĚŽƐŝƐŽůĂĚŽƐ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϭϮ͘Ϭϱ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϮϮ͘Ϯϰ͟t Ϯϯϲ s/>͕ϭϵϴϵ͗Ϯϳ
ͬ/ĚĂĚĞƌŽŶnjĞ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ Ϯϵ͘
ϳϬ &ŝŐƵĞŝƌĂƐƌĂǀĂƐ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϱ͛ϮϮ͘ϴϵ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϰϮ͘ϭϲ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϳϲ'
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϯϴ͘
ϳϭ &ŽŶƚĞĂůĚĞŝƌĂϭ sŝůůĂ;͍Ϳ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϰϮ͘ϭϳ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϭϳ͘ϲϭ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϳϳ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϯϵ͘
ϳϮ &ŽŶƚĞĂůĚĞŝƌĂϮ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϰϮ͘ϴϴ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϭϭ͘Ϭϯ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϳϴ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
&ŽŶƚĞĚĂ^ĞƌƌĂ Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϯϬ͘
ϳϯ sĞƐƚşŐŝŽƐĚŝǀĞƌƐŽƐ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϱ͛ϭϰ͘ϳϱ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϰϲ͘Ϯϴ͟t Ϯϯϲ
ĚĂ>ĂŐŽĂ E^ϮϲϮϴϭ'͘
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ Ϯϳ͘
ϳϰ 'ĂůĞŐĂƐ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϱ͛ϯϲ͘ϱϱ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϯϰ͘ϰ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϴϮ'͘
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϯϯ͘
ϳϱ 'ĂůĞŽƚĂ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϱ͛Ϯ͘ϭϳ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϭϵ͘Ϭϵ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϴϯ'͘
sĞƐƚşŐŝŽƐĚĞ EĞŽůşƚŝĐŽͬĂůĐŽůşƚŝĐŽ ͬ >ZdK^&/ZDd ĞEdK͕ϭϵϳϳ͗
ϳϲ >ĂŐŽĂ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϱ͛Ϭ͘ϰ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϯϲ͘ϯ͟t Ϯϯϲ
ƐƵƉĞƌĨşĐŝĞͬsŝůůĂ ͬZŽŵĂŶŽ ϭϭϵϳ͘E^ϰϲϵ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϱϲ͘
ϳϳ >ĂŵĞŝƌĂDŽůŚĂĚĂ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϭϳ͘ϳϯ͟E͖ϳǑϭϱ͛ϮϮ͘ϵ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϴϱ'͘
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͘
ϳϴ >ŝŵŝƚĞƐ DĂŶĐŚĂĚĞKĐƵƉĂĕĆŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϱϭ͘ϭϴ͟E͖ϳǑϭϯ͛ϰϵ͘ϳϱ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϴϳ';͍Ϳ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϭ͘
ϳϵ DĂƌǀĆŽ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϯϬ͘ϴϰ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϰϲ͘ϳϯ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϴϴ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
EĞŽůşƚŝĐŽͬĂůĐŽůşƚŝĐŽͬ
ϴϬ DĂƌǀĆŽϭ ĐŚĂĚŽŝƐŽůĂĚŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛Ϯϵ͘ϰϰ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϱϱ͘ϭϭ͟t Ϯϯϲ sŝůĂĕĂ͕ϭϵϴϵ͗Ϯϳ͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ͬ/ĚĂĚĞƌŽŶnjĞ;͍Ϳ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϱϬ͘
ϴϭ DĂƐƚƌĂŐĂ sŝůůĂ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϮ͘ϱϲ͟E͖ϳǑϭϮ͛ϰϯ͘ϯϵ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϯϭϮ'͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
DŽŝŶŚŽͬĂďĞĕŽĚŽ ĂůĐŽůşƚŝĐŽͬ ƌŽŶnjĞ Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϲ͘
ϴϮ WŽǀŽĂĚŽ͖ĂďƌŝŐŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϰϯ͘ϳϰ͟E͖ϳǑϭϯ͛ϮϮ͘ϯ͟t Ϯϯϲ
DŽŝŶŚŽ &ŝŶĂů;͍ͿͬZŽŵĂŶŽ E^ϮϲϮϵϭ'/͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ ϱϬ͘
ϴϯ WƌĂĚŝŶŚŽ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϯ͛ϯϳ͘ϵ͟E͖ϳǑϭϯ͛Ϯϵ͘ϰϱ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϵϮ'
Z/^dMsK͕ϭϵϵϮ͗ϰϰ͘
ϴϰ ZĂƐĂĚŽƐĂŶƚŽƐ ďƌŝŐŽ ZŽŵĂŶŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϭϮ͘Ϭϭ͟E͖ϳǑϭϯ͛ϯϬ͘ϭϴ͟t Ϯϯϲ
E^ϮϲϮϵϰ'/͘ZĞůŽĐĂůŝnjĂĚŽ
ĂůĐŽůşƚŝĐŽ;͍Ϳ ͬ
ϴϱ ZŽĚĞŝŽϭ WŽǀŽĂĚŽ ĞŶƋƵĞƌĞŶĕĂ ϰϬǑϭϰ͛ϭϳ͘ϵϭ͟E͖ϳǑϭϰ͛ϯϵ͘ϮϮ͟t Ϯϯϲ /ŶĠĚŝƚŽ