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ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO [ATITUDES ACERCA DA

SEXUALIDAJ)[ E1\1 ESTUDOS SOBRE JOVENS BRASILEIROS

MARIA ALICE D'AMORIM


UniversidudeGamuFilha

Ao estudar estereótipos de gênero é necessário definir o que vem a ser u


papel de gênero. O primeiro passo neste sentidu é o de tomar claros conceitos de
sexo c gênero. O tcnno sexo cstá ligado â composição cromossômica do indivi-
duo e ao tipo de aparelho reprodutor dela resultante. O seu significado foi porém
alargado de modo a ahrangercaracteristicas intrapsiquicas e cumportamen tais.
consideradas típicas dc homcns e mulheres. O que se verifica é que, embora se
fale de diferenças de scxoao nos referinnos a detenninados traços de personali-
dade, estamos. na verdade, utilil.1no.lo um construto simbólico de canilCr social.
cuja base são os valores do grupo. Esta confusão le\"ou os autorcs mais rece ntcsa
preferirem o tenno gênero, ao falarem de aspectos psicológicos e comporta-
mentais;adistinçãotomamenosprovavelaatribuiçãosistematicadas diferenças
encontradas entre mulheres e homens a faton:s biológicos.
Chegamos assim ii definição do gênero como a soma das características
psicossociaisconsiderddasapropriadasacadagruposexual,sendoaidentidade
de gênero o conjunto destas cxpectativas, intcmalizado pelo individuo em
resposta aos estimulos biológicos e sociais (Unger, 1979).
o construto de identio.ladc de genero é visto atual mente comoo conju nto
das crenças, atitudes e estereótipos do individuo; Kmz (1986) o explica a partir
deseusantccedentesbiopsicus-soeiaisedesua inOuência sobre o comporta·
mento. StcinescL ibby, (1986)afirmamqueopapel degêneropodesofrerdu as
interpretações; na perspectiva tradicional o gênero é um tipo de papel com
apenas duas categorias - masculino ou feminino. Ao detemlinar essas duas
alteolativas o enfoque tradicioual procura responder a seguinte pergunta: como
o gênero do individuo define a série de papéis soeiais que dcverá exercerpara
merecer a aprovação do grupo'? Para responder a essa pergunta a pesquisa de
eunho tradicionalista procura delimitar tres aspectos do papel de gênero,
através das respostas a pcrguntas especifieas:
, Como as pessoas acham que os homens e as mulheres devem comportar-se?
, Como as pessoas acham quc se comportarão mulheres ehomerls?
, Como, na realidade. se comportam os homens e as mulhcres?

Temas e", P,irologia (}9'J7). n' J


Estas três dimensões do papel de gênero a preseritiva, a preditiva e a
observável, têm sido muito estudadas, constituindo a primeira a base dos este-
reótipos de gênero
O segulldo enfoque no estudo dos papeis de g':nero focaliza os inúmeros
papéis sociais que podem ser exercidos por pessoas de ambos os sexos tai~
como o de trabalhador, conjuge e genitor, procurando \'crificar ate que pomo o
gênero do individuo introduz diferenças no exercício destcs papéis. Alguns
papéis são panieularmente sensíveis à influência do gênero, dadas as expectativas
do grupo c da própria pessoa, para a maneira "correta" de exercer o papel em
questão. Este enfoque busca situações específicas, já que é atraves delas que
mclhor se pode constatar as diferenças na expectativa social. Esta última pode
influenciar o auto-eSlcre6tipodcfinido por Abatc c Bcrricn (1967) como a acei-
tação pelo grupo das características que lhe sãoatribuidas. Esses autores verifi-
cardm a cxisténcia de uma concordância entre os auto-estereótipos e aqueles
apresentados pelo outro grupo, numa pesquisa com estudantes japoneses e
americanos. Esta concordância foi também encontrada em D'Amorim (1985)
O estereótipo de gênero é, pois, o conjunto de crenças acerca dos atri-
butos pessoais adequados a homens e mulheres, sejam estas crenças individuais
ou partilhadas. Adotando um cnf<.Xjue cognitivo c social Ashmorc c Del Boca.
(1986). consideram os estereótipos de gênero corno parte da teoria implicita da
personalidade construida pelo individuo e conservada na memória. como parte
do scu siSlema geral de valores
Em 1972 alguns autorcs avaliaram os trabalhos anteriores sobre o assunto,
chegando à conclusão de que as caracTerísticas atribuídas a homens e mulheres
>.lo constantes, através das variações de sexo, idade, nível educacional e estado
civil dos avaliadores (BrOllcrman, Vogcl, Oroverman, Clarkson &
RosenkrantL. 1972). Esses autores fornecem urna lista das características que
compõem o ideal de competência ma5culina (atividade, competitividade,
independência. decisão e autoconfinnça, entre outras). Para as mulheres,
predomina a dimensão expressividade-afeição, que inclui a emocionalidade. a
gentileza, a compreensão c li dedicação.
No caso da atitude, inicialmente. a preocupação dos pesquisadores
estcve ligada à definição deste constTllto c à investigação das dimcnsões quc o
integravam. Assim, li atilllue foi definida. ora corno uma disposição comporta-
mental capaz de prever e cxplic:lr llS ações humanas, (Doob, 1947), ora como
uma avaliação favorável ou desfavorável de um objeto social (Thurstone.
1931). Esta última posição não implica, ncçessariamente, uma ligação entrc li
atitude e comportamcnto já que uma pessoa podc agir ou não de acordo com os
seus sentimentos. Na década de 1960 tentou-se uma definição tridimensional

Te",ase",P.i~"I"gia(l997).,, · J
da atitude, na qual da era vista como abrangendo as crenças, elemento cogni-
tivo, os sentimentos, elemento afetivo, e as tendências para a ação, elemento
conativo (Rosembcrg, Hovland, Me Guire, t\bclson e Brehm, 1960). Esta
ambigüidade eonceitual resultou em uma variedade de medidas, eonstl1,Jídas
com base em presslIpostos teóricos diversos, o que dificultou a comparação dos
resuhadosdas várias pesquisas. As revisões de literatura, realizadas por Wicker
em 1969 e Schuman e Johnson em 1976, apresemaram um conjllnto de eorrela-
ções muito baixas entre as medidas de atitude e de eomportamt!Tlto.
No inicio dos anos 1970, este quadro começa a se alterar com uma
mudança de enfoque nas pesquisas sobre a relação geral entre atitude e compor-
tamento. Pergunta-se quandoe em que circunstânciasa relação se verifica. Este
novo enfoque constillli o que Zanna c Fázio chamam de segunda geração de
pesquisas (lanna e Fázio, 1982). Nesta fase pode-se incluir o trabalho de
Fishbein e Ajzen. (1975), que buscam estabelec<:r os limites metodológicos da
medida de atitude. de modoa que seu conhecimento leve à previsão do compor-
tamento. Em seusesllIdos, osaUlores afinnam a necessidade de uma correspon-
dência entre os div<:rsos o:!ementos medidos, .:renças, atitudes e intenção,
mantendo o mesmo grau de generalidade para os diversos aspectos: o alvo a scr
alcançado. a açilo prcvista, o contexto onde e!a irá realizar-se c o momento em
que ~erá executada. Quando são respeitadas estas nOnllU, metodológicas. quc
especi ficam as condições empiricas de correspondência entre atitude e cOlnpor-
tamento, as correlações obtidas entre as variáveis são elevadas.
Finalmente, na terceira geração de pesquisas surge a pergunta. como a
atitude sc relaciona com o comportamento? O enfoque está agorn dirigido <lO
processo psicológico que serve de suporte a esta relaçlio; entramos na fase dos
modelos explicativos. A Teoria da Açào Racional de Ajzcn e Fishhcin (1980)
afinna que a ação humana pode ser pre\'ista através de seu principal componenlt:,
a intenção, a partir de duas variáveis básicas, a atitude ea llorma subjetiva. Uma
descrição resumida desta tcoria pode scr vista em D'Amorim (1995). Mais
recentemente, esta teoria foi ampliada com a introdução de oma terccim variável
que afeta a i mcnção comportamental; o controle percebido. Uma ação humana,
em circunstâncias especificas. seria o fCsultado da intenção comportamental;
esta, por sua vez, sofreria a inlluência da atitude da pessoa em relação ao ato, de
sua consciência das nonnas sociais a ele ligadas e de sua pereepção do próprio
controle sobre o comportamento cm q\lcstão (Ajzen. 1988)
Os estudos sobre atitude, no Brasil ou no exterior, representam exemplos
da~ três gerações de pesquisa, desde simples levantamentos até o teste de
modelos teóricos complexos.

Te"",se",Ps,c%g'" (J997). n' 3


Scgundo Thorton c Freernan, (1979), os estercótipos dc gênero não pare-
cem ter-se modificado durante os anos setenta, embora as atitudes em relação
ao comportamento scxualtenham, em gera!. manifestado alguma evolução
Ruble(1987)procuraverificaraafirmaçãoacimacomI28universitários
de ambos os sexos. Elc define a atitude como a dcscjabilidade da caractcrística
para cada sexo e o estcrcótipo a pcrcepção da tipicabilidadc do traço segundoo
sexo. O instrumento utilizado foi o Questionário de AtribUlOS Pessoais dc
Spence Helmreich e Slapp (1975). Os 128 alunos foram divididos em 4 grupos
de 32; cada grupo avaliava uma descrição que podia ser de homem ou mulher
devendo dizer até onde os tmços fornecidos pelo QAP er.lm desejáveis
(atilude),ou típicos (estereótipo) da pessoa dcserita. Os resultados compro-
varam a pennanência dos cstereótipos de gênero embora as atitudes accrca da
descjabilidade dos vãrios traços tenha-se tornado menos polariuda.
No BrasiL Rodrigues (l984) estudou atitudes e crenças acerca da
mulher, em universitários, n1íuencontramos nos sujeitos evidén eiasdeestcreó-
tipode gcnero. cmbora exista uma crença na existência. em nossa sociedade, dc
discriminação contra a mulher

ESTUDOS 13RAS1LEIROS

A percepção do papel feminino foi investigada através da pergunta "Em


sua upinião, o que é a mulher?" As respostas foram classificadas num continuo,
qu~ ia do tradicional ao modcrno (Goldbcrg_ Aatista, Á1TUda, Barreto c
Menezes, 1975). Entrc as respostas tradicionais apareceram "doçura, meiguice,
destinada a agradar, consolar,cdllcar, rainha dolar",e outras, ac entuandooseu
papel domestico. Entre as moderna.~, surgiram respostas afirmando a igualdade
dc direitos entr;;: homem e mulher, c indical1do uma maior consciência da
históric:! do papel feminino. Embora os sujeitos fossem jovcns, de cursinhos
pré-vestibulares, 64% deles mantiveram a oricntação tradicional.
Sa1em (1980) cncontra similaridade na dcliniçào do papel feminino
pclas mulheres de classe alta, médiaebaixa. Segundo a autora, cst e acordo tem
como basea importãncia do papel doméstico da mulher, seja qual for sua classc
social, "de tal forma que, mesmo quando desempenhando at ividades
extradomésticas,amulhertendeapcrsistir,localizandonestenúcleosuaiden-
tidadeprineipal"(Salem, 1980).
Em pesquisa posterior, com mulheres faveladas cariocas, Salem, (1981),
indagou como seriam as suas imag~ns, do homem e da mulher. Ao sexo mascu-
linoforamatribuidascaracteristicasdeliberdade,irresponsabilidade para com
a familia c maior possibilidade de ganhar dinheiro. As mulheres foram vistas

T~",(JS~mPJirologi(l(l997).,,·3
como mais fracas, necessitando de proteção, tendo maior responsabilidade para
com os fi lhos, e sofrendo mais. Parece à autora que a mulher espera do homem a
administração dos bens e o sustento da família, enquanto a ela caberiam a pro-
criação, a sociali1:açllo dos fi1hos e as tarefas domesticas.
Em 1985 foi realizada em Bra~ília uma pesquisa acerca dos estereótipos
sexuais dos favelados, com 400 sujeitos de ambos os St:xos, pertencentes a dois
grupos de idade (Raiser, 1985). Em sua rt:visão dalitcratura a autora constatou
que o estereótipo masculino favorável apresenta, em geral. características de
competência, destreza e vigor e o desfavorável. de teimosia, imprudência,
egoísmo e ganância. O estereótipo feminino favorável inclui a graça, a habili-
dade social e o apoio emocional fornecido, e o desfavorável salienta e vaidade.
a futilidade e o descontrole emocional. No estudo de Raiser, (1985), os e-stereó-
tipos foram medidos com o Questionário de Estereótipos Sexuais, construido
t:specialmente, e que, em sua forma final, constou de 30 itens podendo 26
avaliarem homens ou mulheres e sendo quatro deles específkos, dois mascu-
linos e dois femininos
Os resultados destacam a grande concordância enlre os sexos, e entre as
duas faixas etárias, quanto aos estereótipos. o que confirma os achados dc
Brovermam e colaboradores. (1972). A mulher foi dcfinida segundo quatro
dimensões; a casa. o marido, os filhos e o corpo; a execução das tarefas domes-
tica5 e a caracteristica mais atrihuíd<l. mdependentc do s~ xoe da idade. Mesmo
o truba lho fora de casa é visto como uma extensão das tarefas diárias, já que,
este trabalho é o de doméstica. As dimensões de marido c filhos rCHlam a
submissão. devida ao cônjuge. e li responsabilidade pela procriação e cuidado
com os filhos. A dimensiíocorpo, na qual predominam as respostas dos homens
jovens. cnvolve os aspectos cróticos da nudcz feminina. Aos homens foram
atribuidos estereótipos ligados a três dimt:nsões: trabalho. poder t: liberdade,
compreendendo a obrigação dt: sustentar a familia, sua autoridadc no lar. e a
possibilidade de fazer o que quiser, inclusive abandonar a mulhcre os filhos. A
autoru conclui que '"a mulher e definida em função do homem e das dimensões
quc se originam no seu relacionamento com ele, ou seja, li cas<l, filhos e
corpo"(Raiser, 1985, p. 71)
No Nordeste brasileiro, aexistênciade estereótipos de gênero foi estuda-
da por Radice. (1987). Três grupos de estudantes universitários receberam uma
lista dt: 136 descrições curtas para escolher aquelas que melhor se adaptassem
ao homem, ã. mulher e li um adulto. segundu o grupo. Para cada conceito.
homem, mulher ou adulto as 20 descriçõcs mais escolhidas (75% dos sujeitos)
foram eombinadasem um instmmento com 60 itens. Outro grupo de 21 rapazes
e 29 moças cI<lssificou as 60 dt:scriçõcs de acordo com a sua descjabilidade para

Temas ~'" P.'icologiu (1997) . n' 3


uma pessoa cujo scxo não foi dcfinido. Antcs de s.crem passadas aos sujeit osas
60 descriçõcs sofreram uma análise fatorial sendo as masculinas consideradas
como pane de uma dimensão instrumental e sexual; as femininas foram vistas
como penencendo à dimcnsãoemocional-expressivae submissa. Os resultados
foram analisados segundo sexo do sujeito; em ambos os gnlpoS, o maior nível
de desejabilidade foi encontmdo nas descrições masculinas que foram conside-
radas ideais, tanto para homens quanto para mulheres. E uma expressão de
maturidade. As de$crições menos desejáveis foram aquclas contendo estereóti-
pos de gênero. As moças rejeitaram um total de II descrições, três masculinas.
d01l1inador,individualistaecompetitivoeoitofemininas,taiscomosub1l1issas,
obedientes e religiosas. Os rapazesconsidera1l1 indesejáveis as mesmas descri-
çõcs femininas acrescentando "não gostam de matemática". Eles também
consideram indesejável serem moralistas, dominadores e bons-políticos. Esses
resultados il1dieam que embora existam no Brasil os estereótipos de gênero,
esteseomeçama serrejcitados
Um estudo amplo dos estereótipos e auto-estereótipos masculinos e
femininos, hem como da metapercepç~o foi realizado pelo casal Tamayo, com
estudantes universitários de Brasilia. Para a avaliação do esterc6tipo foi usado
o difL"Teneial semântico (Osgood. Suei e Tannenbaum, 1957). com 79 estimulos
bipolares, combinados em seis fatores: autoconfiança, atitude soci al,3mocon-
trole, abenurasocial,dimensaoêticaeaparênciafisiea. Esses estimulos dcvc-
riam ser utilizados pclos sujcitos para avaliarcm trêSCOl1ceitos. ohomem,a
mulher, e o modo como o slljeitose julga percebido pelo scxo oposto. Esses três
tipos de respostas fornecem o estereótipo, o auto-esten:6tipo e a mctapcrcepção
(Tamayoe Tamayo, 1989)
Os estere6tipos feminino e masculino obtidos foram bastante diversos.
A mulher foi vista pelo homem como tendo um alto nível de autocontrole,
atitudc social, dimcnsão ética e aparência fisica. A mulher pcrccbcl.l quc o
homem como tipicamente autoconl1ante. Pode-se notar que o estereótipo
maseulino caracteriza-se pela inslrumentalidade, o que confínna da dos obtidos
em várias pesquisas anteriores; cntretanto, o estereótipo feminino abrangeu
caracteristicas, tanto expressivas quanto instrl.lmcntaís, oquedi fere dos rcsul-
tadosde Brovennanne colaooradores(1972).
Os auto-estereótipos assemelham-se aos estere6tipos, com as mulheres
atribuindo-se um nível mais alto em atitudc social, aparência fisica. amocon-
trolc c dimensão ética, e os homens, em autoconfiança. A complementaridade
dos papéis. masculinoe feminino . pode explicar, em parte, a concordância entre
estereótipo e auto-estereótipo

Te",ruemPsirologio(/99i).,,· j
Quanto 11 metapercepção, isto é, como os sujeitos se julgam percebidos
pelo sexo oposto, os homens esperam ser vistos pelas mulheres como possui-
dores dc maior aocrtura social e melhoraparC-neia fisiea do que eles próprios se
atribuem. As mulheres estimam que os homens as percebem mais bonitas do
que se consideram, porém acham que sào percebidas como menos éticas, auto-
confiantes e autocontroladas do que se auto-avaliam. As mctapercepçõcs
feminina e masculina são bastante realistas COrTespondendo li maneira como
homens e mulheres são percl"bidos pelo sexo oposto.
Segundo os autores, os resultados das pesquisas não cOrTl"spondem à
tendência geral de outros estudos
LOI rt'~·II!tados rt'Velaron 1ma direcc!on nitidamente
difereme, puesto que los IlOmbre~· percibieron o la muja
más fX1.litivamellte/fUeasi mismos, Cabe recordar lamhi!!1I
/fUI' eI estereolipo y eI aulu-eJlereolipo de la mlljer no
!1I('ro/l definidos exdu.\'i\'amenle li par/ir de rGS$!OS eX{Jre,~­
sivos sino /file e/los inlegrurun Ii/mbién la dimensión
inslmmenla/"· (Ti/mayo e Tamayo, 1989. p. /3).

Podemos vl"rificar que os estereótipos de gênero incluem características


lisicas e psicológica;;, comportamemais e ocupacionais. Esses diversos aspectos
do estereótipo de gênero sofrem IJma influência determinante da infornlaçào
recebida, sendo entrl"tanto indl"pendentes entre si. (Deaux e Lewis, 1984).
D' Amorim (19RR) testaram essas duas infonnaçõcs com universitários de
ambos os sexos que receberam três descrições eomponamentais (maseulina,
feminina e mista), a fim d~ avaliarem a probabilidade de a pessoa descrita
possuir cada um de doze traços de pc:rwnalidadc e ocupar uma dc dez profis-
sões. A descriçãu masculina dizia ··A pessoa em questão é o suporte financeiro
da família, lidera as suas atividades, chefia a casa e é responsável pelos consertos
necessários··. A descrição feminina afinnava "A pessoa em qllcstilo é o suporte
emocional da familia, cuida das crianças, dirige a casa l" é respons:ivcl pela sua
decoração". Finalmente, uma descrição mista foi claooradacom a combinação
de elementos de duas anteriores. "A pessoa em questão é o suporte financeiro e
emocional da família, lidera as atividades e cuida das crianças". Essas descri-
ções foram ulili7.adas por Dcaux c Lewis (1984). Os traços de personalidade
foram apresentados no feminino. em ordem alfabética, precedidos da frase "a
pessoa é: autoconfiante, ativa, boa, competitiva, compreensiva, decidida, dedi-
cada, disponivel, emocional, genti!, independente e persistente. As profissõcs
utili7.adas for.lm: arquiteto, corretor, de"ti sta. enfermeiro, professor. psicólogo,
químico, seeretário, telefonista e vendedor. Os resultados mostraram que os

Tema. em ?icalogia (1997) , n' J


sujeitos que leram ~ lh:scriçllo feminina considerardm a pessoa descrita gen1il,
emocional e compreensiva, I:om ,dta probabilidade de ser uma enfermeira, pro-
fessoraoupsicóloga.Adescriçlomasculinaevocouostr~çosdeautoconfiança
competilividade, independencia e pttsistencia, trabalhando provavelmente
como dentist~. wrretor, químico ou vendedor. A descrição mista combinava
com uma pessoa decidida tendo mais traços masculinos do que femininos,
podendo trabalhar em profissões tanto masculinas quanto femininas. O resulta-
do mostrou a manutenção do estcrcótipo, aliada a uma atitude mais pernlissiva
quantoaocomportarnento,eonsideradomasculino. masjá pcnnitido àsmulhcrcs
Um novo conceito, ligado ao estereótipo. foi recentemente sugerido por
G1i1k e Fiske (1995), o de sexismo ambiyalente, composto de dois elementos:
sexismo hostil e benevolente, que devem ter entre si uma correlação positiva.
Como um estereótipo o sexismo tende a ver todas as earaeteristieas femininas
como inatase ponanto estáveis. porém sujeitasa avaliações diferentes. O sexis-
mo hostil percebe de modo negativo os traços e compünamentos femininos
porém o benevolente apresenta uma atitude positiva, conservando porém a
imprcss:lo da mulher como alguém que deve ser protegido (paternalismo),
embora seja diferente do homem (diferenças de gênero) aindae. para a maioria,
a parceiro sexual idc:a[(intimidadeheterossexual). Basem.la no inventário de
Sexismo Amhivalcnte, elaborado pelos autores. D'Alllorim (1996) eOlllbinou
esta variável com a noçllodediscrirninaç!lopcssoalegeneralizadad e Ruggicro
e Taylor (1995). Os autores propõem dois tipos de sentimentos de discrimina-
ç:lo, uma avaliação pessoal e outra como membro do sell gênero. Os suj~itos. (n
.. 417),estudantes uniycrsitários responderam aos dois instnJlllentos. ln\'cnta-
rio de sexismo ambivalente continha 22 itens, [I de sexismo hostil e I[ de
benevolente. Os homens manifestaram maior sexismo hostil em g dos II itens;
dois deles que aprovavam as atividades das feministas foram mais apoiados
pelas mulheres e um não apresentou diferenças significativas. No caso do
sexismo benevolente apenas 5 dos II itens apresentaram diferenças de sexo
scndo que dois dos itellS alcançaram maiores valores entre os homens. "a
mulher deve ser protegida pelos homens" "estes nllo se completam sem o amor
de uma mulher" e 3 foram pref~ridos pelas mulheres ao afirmarem que elas têm
uma maior pureza, moral e cultura qlle os homens. Quanto ã discriminação, o
sentimento geral de discriminação é maior que o pessoal. para ambos os sexos.
As mulheres apresentam maior sentimento de discriminação 4ue os homens
nos 2 tipos de discriminação pessoal e geral. envo[vendoll opinião dos homens.
As atitlldcs diante da sexualidade foram investig~d~s por Souza, (1982),
com estudantes universitáriosedesegundograu, de ambos os sexos, utilizando

TemaJemPJicalogia(J997). ,,· j
a Escala de Atitude diante da Sexualidade (Pasquali, Souza e T aniuki, 1985).
Esta escala consta de 69 itens, sobre seis aspectos da sexualidade:
I. O sexo como algo vergonhoso, perigoso e inútil;
2. A legitimidade das relações pré e extramatrimoniais;
3. O sexo como um envolvimento consciente e livre;
4. A legitimidade da homos.sexllalidade;
5. A legitimidade da masturbação;
6. A gravidez como um transtorno.

Os resultados obtidos mostram a inlluência do sexo nas atitudes, com as


mulheres sendo, em geral, mais lavoráveis
A escolaridade teve também inlluéncia sobre as atitudes, com os Ullivcr-
sitários sendo mais positivos que os estudantes de segundo grau, diante dos
vários aspectos medidos, o que confirma os resultados de Singh (1980). A idade
não aprcsentou diferenças significativas. A pcrmissividadc ~exual parece nllo
ser unidimemional; a atitude pode variar segundo u aspecto cm questão. Esta
variabilidade pode ser facilmente explicada pela complexibilidade do compor-
tamento sexual, cuja diversidade de manifcstações nilo pennitc posiciona-
mentos c atitudinais generaliudos
Um aSpt'cto especifico do comportamento sexual, o das relações sexuais
pré-maritais, foi estudado por Tanizaki (1984) c por D'Amorim e Gomide,
(1986), usando o modelo eonceitual da TeoriJ da Ação Racional (Ajzcn c
Fishbein, 1980)
Na primeira pcsquisa, estudantes secundários responderam a um ques-
tionário, que apresentava dois tipos de instruções, descrevendo as relações pré-
maritais como vividas com ou sem ~nvolvimento afetivo. Os resultados dessa
pesquisa mostraram um quadro bem dh'erso do que seria esperado, diante dos
debates atuais acerca da posição social da mulher e da sua liberação sexual,
aprescntados, quase diariamente, pelos vários meios de comunicaçào. Poder-
se-ia esperar (jue, nestas cireunstâncias, as atitudes dc rapazes e moças acerca
das relações sexuais pré-maritais fossem semelhantes, senão iguais. Entretanto,
difcrenças significantes de sexo foram encontradas pela autora, sendo a.~ moças
ainda bastante conservadoras em suas atitudes. A preocupação com a opinião
de parentes e amigos apareceu de modo claro, afetando as previsões feitas pdo
modelo teórico. Uma correlação positiva, nào prevista_ entre as variáveis
atitude e nonna subjetiva mostra que, para as moças, uma das conseqüências
importantes deste tipo de comportamento. é a de "fiear falada", e ser reprovada,
não só pelos pais, mas pelas amigas. Estes resultados foram confinnados com
outros grupos de adolescentes. Tem-se, portanto, de reconhecer que, ado-

T<,mas em I'.irologia (1997). ,,' )


lescentes de Brasili~, pelo menos aqueles dos grupos estudados, são mais
conservadores do que SI: podnia pensar, especialmente no caso das
moças (D'Amorim e Gomide, 1986)
Uma pesquisa utilizando a Escala de Atitude diante da Scxualidadl:,
acimadescrita,relaeionouesta medida com o Invcntário de Papéis Sex uaisde
Bem, (1974), buscando verificara influénciada lipificação das atitudes de
eSlUdantes universitários de quatro cidades brasileiras, diante da sexualidade
(D'Amorim, 1989)
Os estudos anteriores pcnnitem prever uma atitude de maior aceitação,
diante de vários temas conlrovenidos da sexualidade humana, por pane
daqueles sujeitos cuja tipificação sexual e menos estrita. Essa hipótese foi
teSlada, especificamemc em relação à libcrdade de cseolhado parcciro se xual,
manifcstaatra\'ésdahomossexua1idadeedasrclaçõespréeextra~onjllgais.Os
Slueitosdebaixatipifieação de gênero, andróginos e indiferenci ados,deveriam
mostrarmaioraccitaçãodestescomportamentosdoqucaquelescujatipificação
éalta(masculinosefcmininos)
O invent~rio de papéis sex uais de Bem (1974), na Adapta~ão de Oliveira
(1983), foi utilizado para obterus escores de tipificação de gênero dos parti ci-
pantcs. Este instrumcnto apresenta aos sujeitos 60 características comporta-
mentais, sendo 20 delas consideradas maseulínas, 20 femininas c 20 neutras;
destas últimas. dez 5110 vistas como positivas c dez como negativas. O partici-
pante rcsponde numa escala de 7 pontoS o quanto a caracteristica é verd adeira,
quando a ele aplicada, sendo o valor 1 igual a "!1unca verdadcira" e o valor 7
significando que é "sempre verdadcirn". A mediana dos escort:S obtidospelos
suj~itos nas escalas masculina e feminina pennitc a classificação de cada
panicipante. segundo o seu eseorc individual, em um dos quatro tipos de papel
sexual; masculino (escore acim~ da mediana na escala masculina e abaixo na
feminina), feminino, (situação inversa), andrógino, (acima da mediana ~m
amhus e indiferenciados, (abaixo de ambas as medianas).
Aeomparaçãocmreasatiludesdossujeitosdealtoebaixoní"eldetipifi-
cação sexual quanto lÍs relações sexuais pré e ~xtraconjugais furneceu resulta-
dos cuja interpretaç:lo não apresenta dificuldades. Os itens refercntes ao
componamento sexual pré-marital tiveram um alto grau de aceitaçãu por parte
dossuj~itos,semque fossem observadas diferenças entre os grupus
Foramobscrvadasdifercnçasestatisticamcntcsignificantesentrcas
atitudesquallloàsrelaçõcsextraconjugaisexibidaspe1ossujeitoseomaltograu
dc tipificaç:lo de gênero e as exibidas pelos andrógcnos c indifcre ncíados.
A aceitação da legitimidade da homossexualidade apresenta um proble-
ma, bem mais sério, de intcrpretação. Dos 15 itcns que compõem o fator, seis

T~,,,,,,.,,,P$Ícologia(J997),,,·J
apresentaram diferenças na direção prevista, isto é, foram mais acdlOs pelos
individuos cujo nível de tipificação sexual era mais baixo, sobretudo aqueles
que tinham um earátt:r bastante extremo, na ~ua reprovação da homossexuali-
dade. Os outros itens, que apresentam diferenças, sempre na direção prevista,
afirmam o direito dos homossexuais de serem como são e li homossexualidade
como preferível à castidade. Nos demai~, que abrangem a accitabilidade da
homossexualidade em homens e mulheres, das mudanças de sexo, do compor-
tamento homossexual nos adolescentes e da atração por pessoas do mesmo
sexo, as atitudes dos dois grupos não apresentaram diferenças significativas.

CONCLUSÀO

O tema dos esto:re6tipos de gênero e das atitudes relacionadas à st:xuali-


dade está basicamente ligado àatribuição de papéis sexuais. A situação criada no
inkio do século pdas duas guerras européias forçando as mulheres a enfrentarem
novos papéis, substituindo os homens em diver.:;os trabalhos, muitos dos quais
nunca antes por elas realizados, poderia levar a mudanças nos estereótipos dos
papéis femininos. Entretanto pesquisas realizadas na segunda parte do século e
até bem recentes mostram a pcnnanéncia do estereótipo feminino ligado à
expressividadc e o dos homens à instromentalidade (Bro"erman, VogeL Clarkson
& BrovermanJ972; Tanizaki,!984; Raiser,1985; Glick & Fiske, 1995].
Entretanto, para os comportamentos que deveriam servir de base às
crenças que formam os estereótipos, tem havido uma mlldança em nivd de
atitude. O modo de vestir-se de homens e mulheres, a maneira de falar usando
palavras de gíria e as escolhas profi>sionais outrora consideradas inadequadas
sào atualmente aceitas e até aprovadas. A independência no agir, sem considerar
as opiniõcs familiares têm sido mais toleradas e até valori1..adas, principalm~nte
no caso das mulheres. O componente cognitivo dos estereótipos parece ser mais
resistente à mudança que o componente afetivo que serve de base às atitudes.
Mesmo os esforços das feministas embora tenham prodl.lzido efeitos legais nas
oportunidades escolares e de trabalho nos ~asos de assédio sexual (D'Amo-
rim, 1997) e de agressão contra as mlllheres não conseguem eliminar o estereó-
tipo de gênero que apresenta a mulher como um ser fraco necessitando de
proteção. Este tipo de estereótipo está clar,lmente presente na Escala dc Sexismo
Ambivalente de Glick & Fiske [19951 e os autores preparam llm instrumento
semelhante referente aos homens. Esta permanência do estereótipo de gênero,
em Sllas características fisicas, deve-se, em parte, il midia, que valoriza ajuven-
tude e a beleza como características desejáveis nos homens porém essenciais
nas mulheres. Do mesmo modo a inteligência, a persistência e a capacidade são

TemO$em l'$icolog;Q(l997).,,'j
indispensáveis ao homem c descjáveis na mulher que deve, depreferên cia,ser
ed ucada, culta e possuir aptidões artísticas. O comportamento sexual, embora
aparentemente liberado, continua diferenciado _(D'Amorim & Gomidc. 1986)
Essascondiçõcs, presentes atualmentc nos países ocidentais e rapidamente
invadindo os orientais. levam a uma contradição entre os papéis de gênero
desejados por homens e mulheres e aqueles que lhes são atribuídos, como bem
mostra a pesquisa de Tamayo & Tamayo [1992].

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