Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Janaína R Ribeiro
1. INTRODUÇÃO
A noção de que o trabalho pode (e, muitas vezes, deve) ser organizado em grupo é tão
antiga quanto à própria humanidade. Analisando a trajetória da organização do trabalho a
partir da Revolução Industrial no final do século XVIII, onde o trabalho era individualizado e
sob rígido controle externo, até os dias atuais, que aborda o trabalho em grupos enriquecidos
ou grupos semi-autônomos sob um conjunto de estratégias e pressupostos empresariais, nota-
se a evolução do crescimento da autonomia dada a estes grupos, não apenas no âmbito da
gestão da produção como também nos aspectos estratégico-financeiros da organização. Dessa
forma, a autonomia começa a ser vislumbrada como parte integrante de um projeto
empresarial em busca de competitividade, desempenho e flexibilidade. Esse relatório irá
mensurar a autonomia de grupos de trabalho, através da aplicação de questionários, em uma
empresa do ramo alimentício. Com isso, será possível avaliar o grau de autonomia dos
trabalhadores em alguns pontos no que diz respeito à gestão da produção e gestão de RH.
O conceito de autonomia utilizado nesse relatório será apresentado através do conceito
de Grupos Semi-autônomos (GSA), que segundo Marx (1998) são alternativas
organizacionais potencialmente capazes de possibilitar melhoria no desenvolvimento
operacional. Uma vez que enfatizam a autonomia e a flexibilidade, possuem maior potencial
de crescimento profissional dos componentes do grupo para discussão e melhoria de
resultados locais e globais da organização, incluindo até mesmo a própria inovação
organizacional, de produtos e processos.
TPM busca a conquista da Quebra Zero/Falha Zero das máquinas e equipamentos. Uma
máquina sempre disponível e em perfeitas condições de uso propicia elevados rendimentos
operacionais, diminuição dos custos de fabricação e redução dos níveis de estoques
(Nakajima, 1989).
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
Etapa 5 - Inspeção Autônoma. Nesta etapa são elaboradas folhas de verificação (check-
lists) para que o operador monitore o equipamento utilizando o conhecimento ganho nos
treinamentos realizados na etapa 4, e a habilidade de pequenos reparos adquirida ao longo do
tempo. Um operador deve ser capaz de detectar um ritmo inadequado ou diferente. Esta
sensação será reforçada através da limpeza, do aperto de porcas e parafusos e da lubrificação.
Etapa 6 – Organização e Ordem. Até a etapa 5 houve um trabalho muito forte focado no
equipamento. Na etapa 6, o operador passa a se preocupar com tudo aquilo que está na
“periferia” do equipamento, tais como: bancadas, ferramentas manuais, dispositivos,
ferramentas de corte (quando for o caso), condições do piso, iluminação, lay-out, quadros de
aviso, arquivos, desenhos, procedimentos operacionais etc.
3. METODOLOGIA DE TRABALHO
Para o presente estudo que objetiva detalhar, analisar e mensurar o grau de autonomia
presente em grupos de trabalho nesta indústria propõe-se à utilização do questionário proposto
por Roberto Marx, (Marx, 1998) endereçado aos operadores. A idéia aqui é avaliar, sob as
divergentes visões dos atores envolvidos, os aspectos de características da autonomia que os
grupos de trabalho podem apresentar. O questionário aplicado na empresa foi respondido por
31 funcionários, nos 1º e 2º turnos, divididos como mostra a Tabela 2:
Operadores Ajudantes
1ª Turno 6 11
2º Turno 7 7
CARACTERÍSTICA PONTUAÇÃO
GESTÃO DA PRODUÇÃO
Você pode fazer a divisão de trabalho entre seus colegas? 0....................................10
Você pode interromper a produção? 0....................................10
Você pode definir ritmo de produção? 0....................................10
Você pode definir/redefinir seqüenciamento da produção? 0....................................10
Você pode negociar metas de produção? 0....................................10
Você pode definir indicadores de desempenho do 0....................................10
grupo/individuo?
Você pode acionar manutenção? 0....................................10
Você pode rejeitar matéria-prima não conforme? 0....................................10
Você pode responsabilizar-se por manutenções primárias? 0....................................10
SUBTOTAL
GESTÃO DE RH
Você pode planejar escala de treinamento? 0....................................10
Você pode planejar escala de férias? 0....................................10
Você pode reunir-se quando necessário com seus colegas? 0....................................10
Você pode influenciar na entrada e saída de membros? 0....................................10
Você pode controlar freqüência e abonar faltas? 0....................................10
SUBTOTAL
A indústria utilizada para os estudos realizados possui por volta de 800 funcionários,
trabalhando nos três turnos. A planta está dividida em duas manufaturas, sendo uma de
alimento de soja e outra de caldos e sopas. A manufatura de caldos é subdividida em blocos
onde cada um possui um coordenador.
Para o presente estudo foi escolhido um bloco na planta. Esse bloco possui seis linhas de
envase, e cada uma dessas linhas possui um operador responsável. No final da linha, no
encaixotamento dos produtos acabados, trabalham os ajudantes, e são doze no bloco. Além
dos operadores fixos de cada linha, existem dois operadores, que revezam as folgas e,
portanto, tem que conhecer pelo menos três linhas. O coordenador tem como uma de suas
responsabilidades, avaliar os trabalhadores e os lideres de equipe, estabelecer as relações com
as áreas de apoio a produção (como manutenção e qualidade), monitorar/controlar indicadores
de desempenho e servir como elo entre o chão-de-fábrica com a gerência.
Políticas de RH
Os ajudantes do 2º turno também têm pontos em comum com os operadores do 1º, como
por exemplo, eles se consideram autônomos para fazerem a divisão de atividades entre eles,
se reunirem quando necessário e também rejeitarem matéria prima não conforme, que como já
foi citado anteriormente, é inclusive incentivado que se faça isso. Em compensação eles se
consideram com mais autonomia para interromperem a produção quando necessário em
relação aos ajudantes do 1º turno.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS