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De acordo com o tratado de Tordesilhas estabelecido em 1494, quase todo o território atual
da região Sul do Brasil pertencia à Espanha. Por essa razão, o Rio Grande do Sul foi colonizado
primeiramente por jesuítas espanhóis.
Nos anos seguintes, outras reduções foram estabelecidas. As reduções eram pequenos
aldeamentos indígenas. Eles eram frequentemente atacados e destruídos por bandeirantes,
interessados em escravizar indígenas.
Em meio a esse processo de colonização, surgiram os gaúchos, filhos de índias com espanhóis
ou portugueses. Com o passar do tempo, o termo gaúcho se tornou usual para designar
também os habitantes do Rio Grande do Sul.
Em 1750, por meio do Tratado de Madri, a Espanha cedeu parte do Rio Grande do Sul a
Portugal.
Nessa época Portugal e Espanha se sentiram ameaçados pelo crescimento das reduções. Então
começaram a perseguir os jesuítas e os indígenas. Mesmo acuados, a maioria deles decidiu
não abandonar o lugar, deflagrando, em 1756, a Guerra Guaranítica. Nesse conflito, Portugal e
Espanha se uniram e destruíram definitivamente as reduções.
No fim do século XIX, diante das denúncias de maus-tratos sofridos aqui pelos colonos de
origem germânica, a Alemanha estabeleceu mecanismos rigorosos de controle para impedir a
ida de seus cidadãos para o Brasil.
Uma corrente imigratória expressiva no Paraná foi a dos eslavos. Os eslavos se dedicaram
principalmente à agricultura de subsistência, baseada no cultivo de milho, feijão, repolho e
batata.
A região Sul também se destaca por apresentar um dinâmico setor primário, que surgiu no
século XIX, quando imigrantes europeus foram estimulados pelos incentivos do governo
brasileiro, que precisava povoar esse vasto território. Tal liderança da agropecuária sulista
produziu grandes receitas, que foram aplicadas, em grande parte, nas áreas sociais,
consequentemente a região Sul passou a ter alguns dos melhores indicadores sociais.
Em grande parte, essa boa qualidade de vida se deveu às pequenas propriedades agrícolas das
famílias europeias. A economia agrária de origem familiar gerou características socias
específicas da região Sul. Como essa agricultura gerava renda, permitiu que os jovens tivessem
maior acesso à escolarização.
A modernização do espaço rural do Sul pode ser notada, hoje, pela enorme quantidade de
indústrias especializadas no beneficiamento e na transformação dos produtos fornecidos pela
agricultura e pela pecuária. Os aspectos naturais também são importantes para a
compreensão do espaço geográfico dessa região.
Porém a industrialização da região Sul vai muito além do beneficiamento de recursos naturais.
Sua diversificação favoreceu, por exemplo, a formação de grandes centros urbanos, nos quais
empresas do setor terciário também geram milhares de empregos.
REGIAO CENTRO-OESTE
No princípio da colonização, as monoculturas transformaram o espaço geográfico brasileiro
em um arquipélago econômico. Apenas alguns lugares isolados, foram ocupados por enormes
latifúndios, onde prevaleceu o sistema de plantation.
Para garantir a posse dessa vastidão quase despovoada, o governo português ergueu, no
século XVIII, fortes militares nas fronteiras do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. Poucos
indivíduos optaram por povoar o Centro-Oeste, indígenas e garimpeiros perambulavam pela
região. Uma decisão tomada em 1737 por Portugal contribuiu para manter o Centro-Oeste
relativamente isolado das demais regiões brasileiras, trata-se da proibição da navegação pelos
rios Araguaia e Tocantins para deter o contrabando do ouro.
O isolamento do Centro-Oeste perdurou até 1782, no fim do século XVIII, uma drástica queda
do volume de produção das minas trouxe o declínio econômico ao Centro-Oeste. Pouco a
pouco os campos naturais em meio ao Cerrado foram se transformando em enormes fazendas
de gado bovino, que passaram a atrair levas e mais levas de tropeiros. Esse novo afluxo
populacional coincidiu com a retomada da navegação pela bacia do Rio Tocantins, tais fatores
proporcionaram a fundação de novas cidades. Outro fator que impulsionou a ocupação mais
recente dessa região foi a implantação, em 1917, da estrada de ferro Noroeste do Brasil.
O espaço agrário dessa região é dominado por uma agricultura extremamente avançada, que
emprega fatores e máquinas modernas em larga escala.
Ao mesmo tempo que essas modernas construções se expandem, surge também maior
demanda por trabalhadores qualificados, como engenheiros agronômicos, técnicos
especializados na manutenção e conserto de maquinas e equipamentos agrícolas, veterinários,
que, ao lado de médicos e advogados, contribuem para a diversificação e o aprimoramento
dos serviços no campo. Portanto, no espaço geográfico do Centro-Oeste, apesar de todo o seu
dinamismo econômico, não têm sido superadas as gritantes contradições sociais, tão comuns
em nosso país.
REGIAO NORTE
*Crise da borracha: início do século XX
- Atividade policultura