- A invasão da comunicação.
- Sociedade e comunicação.
- A estrutura do silogismo.
- O que é argumentar.
- Argumentação e persuasão.
Comunicar e informar
3 codificada ou simbólica);
seguir as indicações do polícia de trânsito (comunicação gestual);
ler um anúncio num jornal (comunicação escrita);
pedir um café ao empregado de mesa (comunicação oral).
Sabemos que o ser humano é um animal social, que vive em comunidade, inserido num
determinado contexto político, cultural e económico e, enquanto tal, tem possibilidade
de se exprimir e emitir as suas opiniões. Deste modo, todo o indivíduo deve ter o direito
e o dever a informar e ser informado.
Informar é transmitir a outra pessoa algo que ela desconhece.
Para informar, podemos escolher a informação mais importante, usando a linguagem
mais apropriada e a mensagem mais eficaz para o recetor que se pretende informar. No
entanto, também podemos não informar convenientemente nem escolher a mensagem
mais adequada, deixando o recetor com dúvidas ou mesmo mal informado.
Atualmente, o poder dos meios de informação é tão grande que a comunicação tanto
pode servir para informar como para enganar, ou manipular, ou ocultar a informação,
fazendo passar por verdadeiro aquilo que é falso, e vice-versa.
Informar e comunicar são, portanto, conceitos que se complementam. Na verdade, a
comunicação é mais efetiva quando a informação é útil e verdadeira. Mas, ainda que
não o sendo, a informação pode ser importante se permitir ao recetor retirar dela
A linguagem que usamos com mais frequência chama-se linguagem verbal. Esta
recorre ao uso de signos linguísticos, que são vulgarmente chamados palavras.
Geralmente, as palavras apresentam duas componentes:
uma componente material (sequência de letras e sons) denominada significante,
uma componente não material (que se refere a um ser, objeto ou ideia)
denominada significado.
Contudo, nem sempre uma palavra significa a mesma coisa, podendo variar de
significado de acordo com o contexto e com o uso que uma determinada pessoa dela
possa fazer.
Deste modo, as palavras podem ser entendidas a dois níveis:
ARGUMENTAÇÃO E PERSUASÃO
A Comunicação Argumentativa
Quem possui o domínio da informação tem ao seu dispor enormes possibilidades que,
sem existência de um controlo rigoroso, influenciam poderosamente a opinião pública.
Muitos meios de comunicação, especialmente a televisão, promovem a distração e
alienação das pessoas, transmitindo intensivamente telenovelas, desporto, concursos
degradantes ou imagens de fanatismo religioso. Por outro lado, apresentam-se "heróis"
efémeros, que são meros produtos artificiais, e a publicidade surge em larga escala.
Deste modo, verificando-se uma quase total ausência de programas de carácter cultural,
estes meios de comunicação fomentam a degradação do indivíduo enquanto ser
pensante e possuidor de espírito crítico, contribuindo em larga medida para a
formatação da sua mente.
Será que a televisão nos mostra tudo que poderia mostrar? Será que esconde
informação? Com que critérios se decide o que mostrar e não mostrar? Será que existem
pressões políticas e amizades ou conveniências que se fazem sentir na abordagem das
notícias?
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Podem enunciar-se alguns crimes que, de certa forma, é possível atribuir à publicidade:
crime de inutilidade social (às grandes empresas falta o sentido moral de
intervir socialmente no sentido de combater flagelos como a sida, o alcoolismo
ou o racismo);
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crime contra a linguagem (pelo uso de slogans, frases feitas e frases curtas que
nada dizem ou complicam o sentido das palavras).
A Opinião Pública
Chama-se opinião pública ao juízo dos cidadãos sobre qualquer assunto da atualidade.
A opinião pública pode revelar conhecimento sobre um assunto, mas também pode
corresponder a uma total ignorância, estando sujeita aos efeitos da manipulação.
A opinião pública tem a sua importância mas não se sobrepõe ao voto dos cidadãos.
A formação da opinião pública é um fenómeno complexo que está dependente de vários
fatores, nomeadamente os rumores, os grupos, a comunicação interpessoal, os guias
de opinião e a nossa tendência a escolher a informação que está de acordo com a
14 nossa opinião.
Será que a opinião pública é mesmo aquela que se publica nos meios de comunicação?
A quem convém manter os cidadãos mal informados?
Porque é que não existem mais programas culturais e de informação e os que existem
são todos semelhantes?
Porque é que o poder político e o poder dos grupos que controlam os meios de
comunicação tem estado na mão de tão poucos?
Porque é que, em termos políticos e comunicacionais, quase não se debatem temas que
interessam aos mais desfavorecidos e às minorias?
Bibliografia
15 Esta sebenta como fonte direta e indireta de textos, opiniões, classificações e demais
explicações, da seguinte obra/manual:
SILVA, Elsa, MOINHOS, Rosa, Área de Integração, Vol. II, Lisboa, Plátano
Editora, 2007
Foi, ainda, utilizada a internet como fonte de pesquisa constante em diversos pontos da
atualidade e para esclarecimento pontual de informações e recolha de imagens
ilustrativas.