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A Assembleia
Por setenta e cinco anos os puritanos
vinham insistindo para que a Igreja da
Inglaterra tivesse uma forma de governo,
doutrinas e culto mais puros. Assim, o
parlamento convocou a Assembleia de
Westminster, composta de 121 dos mais
Assembleia de Westminster capazes pastores da Inglaterra, 20
membros da Casa dos Comuns e 10
membros da Casa dos Lordes. Todos os 121 teólogos eram ministros da
Igreja da Inglaterra e quase todos eram calvinistas.
Os Escoceses
Tão logo a Assembleia iniciou os seus trabalhos, as forças parlamentares
começaram a sofrer reveses na guerra. O parlamento buscou o auxílio da
Escócia, que concordou em ajudar sob uma condição – que todos os
membros da Assembleia de Westminster e do parlamento assinassem um
pacto solene comprometendo-se a manter e defender a Igreja Presbiteriana
da Escócia e a reformar a Igreja da Inglaterra e da Irlanda em sua doutrina,
governo, culto e disciplina, de acordo com a Palavra de Deus. Isso foi
aceito. Os presbiterianos escoceses também puderam enviar
representantes à Assembleia de Westminster, quatro pastores e dois
presbíteros, que participaram dos trabalhos sem direito a voto. Eles
exerceram uma influência desproporcional ao seu número. Logo que
chegaram e foi assinado o pacto solene (setembro de 1643), houve uma
mudança radical no trabalho da Assembleia. Até então, a ideia era revisar
os Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana. Agora, passou-se a fazer uma
reforma completa da Igreja.
Os Documentos
A Assembleia de Westminster caracterizou-se
não somente pela erudição teológica, mas por
uma profunda espiritualidade. Gastava-se muito
tempo em oração e tudo era feito em um espírito
de reverência. Cada documento produzido era
encaminhado ao parlamento para aprovação, o
que só acontecia após muita discussão e estudo.
Os chamados “Padrões Presbiterianos”
elaborados pela Assembleia foram os seguintes:
Consequências
Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares derrotaram o rei
Carlos I, que foi decapitado em 1649. O comandante vitorioso, Oliver
Cromwell, assumiu o governo. Porém, em 1660, Carlos II subiu ao trono e
restaurou o episcopado na Igreja da Inglaterra. Teve início uma nova era
de perseguições contra os presbiterianos. Na Escócia, a Assembleia Geral
da Igreja Presbiteriana adotou os Padrões de Westminster logo que foram
aprovados, deixando de lado os seus próprios documentos de doutrina,
liturgia e governo que vinham da época de John Knox. Isso é ainda mais
surpreendente diante do fato de que somente quatro pastores escoceses
participaram da Assembleia de Westminster (Alexander Henderson,
Robert Baillie, George Gillespie e Samuel Rutherford). As razões para isso
foram os méritos dos padrões de Westminster e o desejo de maior unidade
entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Da Escócia, esses padrões
foram levados para outras partes do mundo.[1]
Referências
LINGLE, Walter L. Presbyterians: their history and beliefs.
Richmond: John Knox Press, 1960.
Ligações externas
Portal Mackenzie - A Assembleia de Westminster parte 1
Portal Mackenzie - A Assembleia de Westminster parte 2