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ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de
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Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, a Turma, por
unanimidade, negar provimento ao recurso especial, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Sidnei Beneti, Vasco Della Giustina
(Desembargador convocado do TJ/RS), Paulo Furtado (Desembargador convocado
do TJ/BA) e Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília, 09 de fevereiro de 2010(data do julgamento)
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.109.177 - SP (2008/0279527-8)
É o relatório.
RECURSO ESPECIAL Nº 1.109.177 - SP (2008/0279527-8)
EMENTA
RECURSO ESPECIAL - DIREITO DO CONSUMIDOR -
OBRIGAÇÃO DE FAZER - CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE
BEM MÓVEL E CONTRATO DE FINANCIAMENTO - ART. 535 DO
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CPC - OMISSÃO - NÃO OCORRÊNCIA - ART. 46 DO CDC -
CONHECIMENTO PRÉVIO DAS CONDIÇÕES DO CONTRATO DE
FINANCIAMENTO - OCORRÊNCIA - PRETENSÃO DE REFORMA -
SÚMULA N. 7/STJ - FINANCIAMENTO CONTRAÍDO NO
INTERIOR DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL DA EMPRESA
FORNECEDORA - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ENTRE AS
EMPRESAS - DIREITO SUBJETIVO DO CONSUMIDOR DE
BUSCAR A TUTELA CONSUMERISTA CONTRA O BANCO,
PORÉM, APENAS EM RELAÇÃO AO CONTRATO DE
FINANCIAMENTO - RECURSO IMPROVIDO.
1. Não há omissão no acórdão recorrido relacionada ao art. 46 do
CDC, porquanto, enfrentando o tema, a Corte de origem esclareceu
que o recorrente teve prévio conhecimento das condições do
contrato de financiamento.
2. Rever a conclusão da Corte de origem no sentido de aferir se
houve, ou não, o prévio conhecimento do consumidor das condições
do financiamento, implicaria rever matéria fático-probatória em sede
de recurso especial (Súmula n. 7/STJ).
3. O consumidor tem direito subjetivo de buscar a tutela jurisdicional
amparado pela lei consumerista contra o banco, porém, apenas em
relação a questões envolvendo o contrato de financiamento, tendo
em vista a natureza diversa das relações contratuais entre o contrato
de compra e venda e o contrato de financiamento.
4. No caso dos autos, a instituição financeira não é parte legítima
para figurar no pólo passivo da ação de obrigação de fazer ajuizada
pelo consumidor porque busca discutir apenas a relação jurídica
decorrente do contrato de compra e venda, sem qualquer relação
com o contrato de financiamento.
5. Recurso especial improvido.
VOTO
Com efeito.
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observa-se que a Corte estadual efetivamente manifestou-se acerca do tema, não
se verificando, por conseguinte, a ocorrência de omissão, conforme pretende o
recorrente.
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para figurar no pólo passiva da demanda.
É o voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro MASSAMI UYEDA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SIDNEI BENETI
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. FRANCISCO DIAS TEIXEIRA
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CARLOS ALBERTO GRANERO
ADVOGADO : ANTÔNIO DE PÁDUA FARIA
RECORRIDO : BANCO ABN AMRO REAL S/A
ADVOGADO : ACÁCIO FERNANDES ROBOREDO
ASSUNTO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Liquidação / Cumprimento / Execução -
Obrigação de Fazer / Não Fazer
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso especial, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Sidnei Beneti, Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do
TJ/RS), Paulo Furtado (Desembargador convocado do TJ/BA) e Nancy Andrighi votaram com o Sr.
Ministro Relator.
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