INTRODUÇÃO
DESARTICULAÇÃO DE JOELHO
A remoção total da tíbia caracteriza a desarticulação de joelho, nível que tem vantagens
funcionais em relação às amputações transfemorais. As próteses para este nível de amputação
devem contar com joelho mecânico.
Uma das principais metas de inicio do programa pós-operatório é a prevenção de
complicações secundárias, como as contraturas de articulações adjacentes. Estas podem surgir
em decorrência do desequilíbrio muscular, ou como resultado de alguma posição inadequada,
como a posição sentada por períodos longos.
As causas mais freqüentes de desarticulação de joelho são traumatismos ortopédicos
irreversíveis, anomalias de tíbia/fíbula e alguns tumores mais distais. As vantagens em relação
às transfemorais são: maior braço de alavanca, maior força muscular, possibilidade de
descarga distal, bom controle rotacional sobre as próteses, melhor suspensão protética,
facilidade para colocação/remoção da prótese, menor gasto energético durante a deambulação
e menor tendência as deformidades. Nesse tipo de amputação, preconiza-se a preservação da
patela, a cicatrização é póstero-inferior do coto e indica-se descarga distal para maior
propriocepção.
Na desarticulação de joelho, observa-se que não há desequilíbrios musculares, nem
deformidades importantes, porém alguns pacientes podem apresentar uma leve flexão de
quadril causado por posturas inadequadas. (DE LUCCIA, 2003)
Os cotos de desarticulação de joelho são rígidos, bulbosos, longos e resistentes, tendo
excelente controle muscular do membro artificial. Os ganhos funcionais excedem o problema
estético com o uso de joelhos policêntricos com fricção hidráulica e acessórios para extensão
encurtam a prótese na posição sentada, melhorando as características de balanceio. O
estreitamento dos côndilos tem provado ser insensato. (KOTTE, 1994)
OBJETIVOS
METODOLOGIA
CASO CLÍNICO
Paciente P.F.G.A.F. de sexo feminino, com 30 anos de idade, cor branca. Chegou à
clínica no dia 14 de setembro de 2006. A queixa principal era dor e déficit funcional. O
histórico da doença pode ser descrita da seguinte forma: o paciente sofreu um acidente
automobilístico, havendo a mutilação do membro inferior direito. No hospital, se submeteu a
uma intervenção cirúrgica para a amputação em nível de desarticulação de joelho, pois o
paciente sofreu um esmagamento transtibial. No acidente, chegou, também, a fraturar o úmero
direito, que ficou imobilizado por 30 dias. O imobilizador do úmero foi uma tala gessada.
Como o tempo o braço direito foi evoluindo com mão caída e dificuldade para movimento
fino dessa mão. O paciente referiu-se a dificuldade em flexão do ombro afetado. Quando foi
atendido, já na clínica fisioterápica, relatou que estava usando os seguintes medicamentos:
baclofeno 10mg., 3 vezes ao dia; atecina, amitriptilina 10 mg; complexo B e calcitonina nasal.
Fez tratamento de acupuntura. Paciente se referiu a sensação de membro fantasma e está em
preparação de cirurgia do coto à 21 dias.
EXAME FÍSICO
Hipotrofia de região satélite no ombro direito, cicatriz cirúrgica no braço direito, edema
residual com cianose distal.
Áreas na região anterior da coxa para enxerto no coto. Edema residual na região distal
do coto.
Hiperestesia na região medial e anterior da coxa direita.
Discreta rotação externa e abdução do membro residual.
Hipotrofia de glúteo Maximo e musculatura proximal da coxa direita.
EVOLUÇÃO
No inicio, a paciente encontrava-se em cadeira de rodas, hoje, utiliza muleta tipo axilar.
Redução da atrofia de quadríceps e refere a dor fantasma. Com o enfaixamento e drenagem
linfática foi drenado o edema.
Paciente encontra-se em tratamento, evoluindo em marcha. Está com uma redução do
quadro álgico e uma melhor modelagem do coto (na forma cônica) para protetização. Está em
preparação para ser protetizado, vez que foi prescrita uma prótese para desarticulação de
joelho, com soquete (encaixe), joelho auto-freio, kit para amputação transtibial em titânio e pé
dinâmico plus.
O enfaixamento constituiu parte fundamental, pois reduziu o edema, auxiliou na
modelagem do coto, preveniu a estase venosa, protegeu a pele de traumas e diminui o
desconforto causado por neuromas e pela sensação fantasma.
Está sendo submetido à eletroanalgesia com TENS (estimulação elétrica nervosa
transcutânea) de baixa freqüência, menor que 50Hz e largura do pulso menor que 200µ/s com
efeito VIF para controle da dor.
Alongamento de ílio-psoas, glúteo médio.
Fortalecimento muscular de adutores e extensores da coxa direita, utilizando
cinesioterapia resistida com teraband e com tornozeleiras de 2 e 3 Kg.
Descarga de peso no coxim do coto favorecendo a maturação do mesmo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS