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INTRODUÇÃO

O conhecimento da absorção da luz pele matéria é a forma mais usual


de determinar a concentração de compostos presentes em solução. A
maioria dos métodos utilizados em Bioquímica Clínica envolve a
determinação espectrofotométrica de compostos corados. Os métodos
que se baseiam nesse princípio são denominados métodos
calorimétricos, os quais geralmente são específicos e muito sensíveis. A
grande vantagem em utilizar compostos coloridos deve-se ao facto de
eles absorverem luz visível (região visível do espectro electromagnético).

A espectrofotómetria é a medida de absorção ou transmissão de luz, é


uma das mais importantes técnicas analíticas amplamente utilizadas em
laboratórios de área básica, bem como em análises clínicas. Por meio da
espectrofotómetria, componentes componentes desconhecidos de uma
solução podem ser identificados por seus espectros característicos ou
ultravioleta, visível ou infravermelho.

Quando um feixe de luz monocromática atravessa uma solução com


moléculas absorventes, parte da luz é absorvida pele solução e o
restante é transmitido. A absorção de luz depende basicamente da
concentração das moléculas absorventes e da espessura da solução.

Alguns componentes do espectrofotómetro são comuns a todos, a luz ,


habitualmente fornecida por uma lâmpada, é fraccionada pelo prisma
ou rede de difracção nos comprimentos de onda que a compõem. O
comprimento de onda seleccionado é dirigido para a solução contida
em um recipiente transparente (cubeta). Parte da luz é absorvida e parte
é transmitida. A redução da intensidade da luminosa é medida pelo
detector.

A razão pela qual a lei de Beer é expressa pela equação A=εbC, é


porque a Absorvância é directamente proporcional aos outros
parâmetros. Esta lei diz o seguinte: A absorvância aumenta conforme
aumenta qualquer um dos três parâmetros, b e C.
OBJECTIVO
Familiarizar-se com a manipulação de um espectrofotómetro e
compreender a proporcionalidade entre a absorvência e a
concentração, estabelecida pela lei de Beer.
MATERIAIS & REAGENTES

Materiais Utilizados

a) 6 Balões Volumétrico de 100mL


b) Pipetas
c) Copo de precipitação de 50mL
d) Espectrofotómetro

Reagentes Utilizados

a) Soluções Padrão de KMnO4 e K2Cr2O7 (a 0,01M)


b) Água Destilada
FUNDAMENTO TEÓRICO
Quando uma solução de um dado composto é submetida a leituras de
absorvência ao longo de uma faixa de comprimento de onda
electromagnética, passa-se a ter informações referentes à capacidade
do composto em absorver luz. A representação gráfica dos valores de
comprimento de onda (𝝺) versus absorvência (A) é denominado
espectro de absorção.

Como a intensidade da luz com a matéria depende da estrutura química


dos compostos, o espectro de absorção é uma forma de caracterização
que permite verificar qual faixa de comprimento de onda em que um
dado composto apresenta sua maior afinidade de absorção.

A absorvância, é a capacidade dos materiais em absorver radiações em


frequência específica. Usualmente, tal propriedade é empregada na
análise de soluções em química analítica.

Em espectroscopia, a absorvência (A) é definida como:

A𝝺 = -log (I/I0) onde I é a intensidade da luz com um comprimento de


onda específico 𝝺 e que é passada por uma amostra (intensidade da luz
transmitida) e I0 é a intensidade da luz antes que entre na amostra
(intensidade da luz incidente).

Na óptica e espectroscopia, Transmitância é a fracção da luz incidente


com um comprimento de onda específico, que atravessa uma amostra
de matéria.

É um fenómeno relacionado directamente à Absorvância. Consiste na


passagem inalterada de radiação pela matéria, ocasionada pela
saturação desta energia. Uma pequena fracção da
radiação pode passar pelos dois estágios, sendo primeiramente
absorvida e depois liberada como numa transmissão ininterrupta. Esse
tipo de radiação é denominada espúria.

A transmitância pode ser utilizada para classificar os diferentes tipos


atómicos, uma vez que cada um possui uma capacidade distinta de
absorver ou transmitir radiação. Esses conceitos são a base da
espectrometria.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Preparou-se por diluição uma série de soluções de concentrações


conhecidas (2×10-4M, 2×10-4M, 3×10-4Me 6×10-4M), a partir da solução
padrão, já que se conhecia a concentração e volume da solução
padrão, pipetou-se três volumes diferentes para cada série de solução
isto é, 1mL, 2mL e 3mL e diluiu-se as mesmas até a capacidade do balão
volumétrico 50mL. A partir do Espectrofotómetro determinou-se a
absorvância de cada uma das series de solução, colocando a solução
numa cubeta e depois colocar a cubeta no aparelho
(Espectrofotómetro). Determinou-se a absorvância para cada solução
três vezes, isto para cada volume calculado. Fez-se a leitura das
absorvâncias em função do comprimento de onda da mistura da
solução de.
RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela 1: Dados das séries de Solução 2

KMnO4
V= 0.6 mL V=1.2 mL V= 2 mL V=3mL
λ(nm) A λ(nm) A λ(nm) A λ(nm) A
524.0 0.059 524.0 0.110 524.0 0.194 524.0 0.292
524.5 0.059 524.5 0.110 524.5 0.195 524.5 0.293
525.0 0.059 525.0 0.110 525.0 0.195 525.0 0.293
525.5 0.059 525.5 0.110 525.5 0.196 525.5 0.294
526.0 0.059 526.0 0.110 526.0 0.195 526.0 0.293
526.5 0.059 526.5 0.110 526.5 0.194 526.5 0.292
527.0 0.058 527.0 0.109 527.0 0.193 527.0 0.291

Tabela 5: Dados do Permanganato de Potássio com as maiores absorvâncias

A [KMnO4] (M)
0.110 1.2*10-4
0.196 2×10-4
0.294 3×10-4
0.059 6×10--5

Permanganato de Potássio
1.6
1.4 y = 2382.5x + 0.0193
R² = 1
1.2
1
0.8
A

Series1
0.6
Linear (Series1)
0.4
0.2
0
0 0.0001 0.0002 0.0003 0.0004 0.0005 0.0006 0.0007
C(M)

Gráfico 2: Absorvância vs Concentração


Neste gráfico o valor de R=1 mostrando assim uma forte correlação
entre absorvância e a concentração, e provou-se que o método usado
é apropriado para a experiencia.

Dados:

C1=2x10-4M

C2=4x10-4M

C3=6x10-4M

Fórmulas:

C1V1=C2V2 V1= C2V2/ C1

Resolução:

V1=2x10-4 Mx50mL/0,01M V1=1mL

V2=2mL

V3=3mL

Cálculo das concentrações na mistura:

Aplicando a lei da diluição temos:

C1×V1=C2×V2 C2= 4×10-4 ×2mL/20mL C2= 4×10-5 =K2Cr2O7

C1×V1=C2×V2 C2=6×10-4×3mL/20mL C2= 9×10-5M= KMnO4


CONCLUSÃO
Pode-se dizer que o trabalho realizado correspondeu com as
expectativas, os resultados obtidos não fugiram dos esperados o erro
absoluto que calculou-se é aceitável, e sobre o mesmo (prática), pode-
se concluir que:

a) Se a luz passa através de uma solução sem absorção nenhuma, a


absorvância é nula, e a transmitância é máxima (100%).
b) Se toda a luz é absorvida, a transmitância é mínima (0%),e
absorvância é infinita.
c) Comprovou-se na prática a correlação linear existente entre a
absorvância e a concentração.
d) Verificou-se que a absorvância e a transmitância são inversamente
proporcionais.
e) Na mistura as concentrações das substâncias reduzem, porque
durante a reacção os reagentes são consumidos e a
concentração do Dicromato na mistura é menor que a
concentração do permanganato de potássio, porque fez-se uma
mistura de concentrações diferentes a volumes diferentes o
reagente limitante é o dicromato de Potássio porque a quantidade
de substância dele é menor com relação ao Permanganato.

BIBLIOGRAFIA
SKOOG,R..&. D. W. Fundamentos de Química Analítica 8º.ed. São Paulo:
Thompson, 2006.

HAGER, D .. &. J. C. Química Analítica e Analise Quantitativa. 1ª. ed. São


Paulo: Pearson, 2012.

CHANG, R. . &. G. K. Química. 11º. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.

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