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1.c - “A história das categorias no panorama da história intelectual que hoje se faz”
O texto busca, de modo sintético, estabelecer uma linha histórica dos estudos da
história das categorias. Primeiro, aponta o contexto da história tradicional das ideias, um
modo de estudo a que pretende se opor mais frontalmente. Paulatinamente, o texto
constrói as contribuições de diversas correntes de pensamento das ciênciais sociais e
humanas que contribuirão para uma história das categorias. Passa pelas contribuições da
filosofia analítica, que dá centralidade ao tema da linguagem, e chega a contribuições como
a de Foucault; em Foucault, encontramos um descentramento da linguagem no sujeito,
para um estudo da linguagem como discurso social, produto de um espaço-tempo.
Privilegia-se o discurso como produtor de sentidos. Essa contribuição de Foucault nos leva
a autores como Koselleck, principal autor da escola da “história dos conceitos”. A história
dos conceitos é história das palavras, não dos discursos dos autores ou mesmo da
sociedade. Em Koselleck, a história das categorias quer levar a sério o contexto e a
conjuntura, o espaço no qual as categorias efetivamente são produzidas. Por fim, são
apresentadas três frentes de combate para a qual uma história das categorias deve se
preparar. Deve combater uma mera história social, que despreza o estudo das categorias e
ideias, por entender que elas “se dobram” aos contextos sociais. Deve combater uma
história das ideias concebida como história biográfica de autores canônicos. E deve, por
fim, combater, uma história que aprisiona os conceitos do passado no olhar do presente,
que cristaliza os conceitos de modo anacrônico.