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1- Em primeiro lugar para que BCA cobre todas as suas dividas temos que fazer uma
diferenciação entre a sociedade e compropriedade. O artº 977 c.c dá-nos a noção de
sociedade onde diz-nos que” contrato de sociedade é aquele em que duas ou mais pessoas
se obrigam a4 digg contribuir com bens ou serviços para o exercício em comum de certa
atividade económica de não seja de mera fruição o fim de repartirem os lucros resultantes
dessa atividade”. E dessa definição tiremos tipos de elementos constitutivos da sociedade
que são: sujeito, substrato patrimonial, objeto e o fim da sociedade. A diferença existente
entre a compropriedade e sociedade reside nos seguintes: na compropriedade os
comproprietários podem usufruir de forma livre os bens da compropriedade, na sociedade
isso não acontece, na compropriedade não existe a separação entre o património do
comproprietário e da compropriedade, enquanto que na sociedade há uma autonomização
do património do socio e da sociedade etc…
O que me leva a fazer essa diferença e que no primeiro momento em que A,B,C
contraíram a divida eles tinham restaurante em compropriedade uma vez que a atividade
exercida era de mera fruição e o intuito deles não era vir a explorar o restaurante mas sim
manter a exploração por um período apenas de um mês com o propósito de não perder
valor comercial e vir vender a E. então nesse caso, sabendo que A contraiu uma divida de
um milhão de escudos, B e C também contraíram uma divida de 500 mil escudos cada
enquanto tinham o restaurante em compropriedade e sabendo que uma das caraterísticas
da compropriedade é a não autonomização do património do bem em compropriedade e
os comproprietários, o BCA vai cobrar a divida aos devedores enquanto comproprietários
pelo que tanto os seus patrimónios como o da compropriedade ira responder pela divida
contraída junto ao BCA pelos motivos supracitados.
Uma vez que E não iria mais não iria comprar mais o restaurante decidiram eles próprios
a exploração do restaurante escolhendo com modelo legal societário uma sociedade por
quotas, como sabemos temos vários modelos de sociedade (artº104nº3 cec), onde agora
sendo ou formando uma sociedade a sociedade a sociedade contraiu uma divida junto ao
BCA no valor de oito milhões de escudos. Para ser uma sociedade tem que ter os 4
elementos (sujeito ou sujeitos, objeto da sociedade, fim da sociedade e o património
social) e todos estes estão visivelmente incorporados. Nesse caso para vermos como é
que BCA ira cobrar os seus oito milhões de escudos temos que ver qual é o regime da
responsabilidade das dividas da sociedade perante os credores socias nas sociedades por
quotas. Em regra, os sócios das sociedades por quotas não serão responsáveis pelas
dividas sociais, mas pode estipular-se no contrato social que algum ou alguns dos sócios
respondem solidariamente ate determinado montante pelas dividas sociais (artº272º nº6 e
273º nº1 cec), mas como no caso não foi estipulado que nenhum dos sócios ira responder
pela divida da sociedade, apenas a sociedade ira ser responsabilizado pela divida
contraída junto do BCA.
4- Iria dizer-lhes que a sociedade atua através de órgãos que podem ser facultativos e
obrigatórios ou necessários em alguns, etemos três tipos de órgãos que são: órgãos
deliberativos internos que tomam decisões, apresentando a vontade social, mas quase
nunca o manifestam para o exterior, não tratam com terceiros. Eles existem em todas as
sociedades e as vezes é denominado de assembleia geral, mas o mais correto seria órgão
deliberativo interno, uma vez que existem sociedade formado por um único socio e
dizendo assembleia geral internos cingir-nos apenas as sociedades compostos por dois ou
mais sócios; um outro órgão da sociedade é o órgão da representação e administrçao que
gerem a atividade sociais e representam as sociedades perante terceiros a quem fazem e
de quem recebem declarações de vontade e nas sociedades por quotas soa denominados
de gerentes que podem ser sócios ou não desde que tenham a capacidade jurídica plena(
artº 323 cec); e por ultimo temos órgãos de fiscalização ou controlo que fiscaliza sobre
tudo a atuação dos membros dos órgãos de administração e representação, este pode
existir em algumas, tem que existir em outras e não é necessário em outros. Na sociedade
por quotas poderá prever um concelho de fiscalização ou fiscal único, mas quando
ultrapassa determinadas dimensões deve ter concelho fiscal.
2º Teste
Em face este caso apresentado, estamos perante a sociedade anónima com apelo a
subscrição publica, que vem previsto no artº348ºcec. Como sabemos, no processo do ato
constitutivo em regra o ato constituinte vem sempre em primeiro lugar e temos um único
ato constituinte em regra a espécie do ato constituinte é o contrato de sociedade, uma vez
que na maioria dos casos as sociedades são constituídas com base no cec e são
pluripessoais. Também temos uma outra espécie do ato constituinte que é exceção a regra,
que negocio jurídico unilateral que é o caso das sociedades unipessoais, também temos
uma outra espécie do ato constituinte que é o ato constituinte não negociais.
1- O socio Heldon pode opor-se a pagar a divida ao credor Paulo uma vez que a sociedade
ainda se encontra irregular, estamos perante uma sociedade irregular pelo que ele pode
exigir a previa execussão do património social caso não for suficiente para liquidar a
divida com o credor Paulo, uma vez que os sócios também respondem perante terceiros
de forma solidária e ilimitadamente( artº 139nº 1e2) mas ainda caso o contrato de
sociedade vier a ser considerado nulo o socio Heldon sendo incapaz ele pode se eximir
de responsabilidade perante terceiros e ainda pode exigir a sociedade que ele tenha
prestado nomeadamente a sua entrada( artº140º nº 2 invalidade do contrato antes do
registo), pelo que ele não será obrigado a pagar a divida ao credor Paulo uma vez que ele
será isento das responsabilidades perante terceiros.