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O ESTADO COMO FORMA DE VIDA


(Prefácio e Estrutura do livro)1

RUDOLF KJELLÉN

Prefácio
Este livro representa um escrito significativo para o destino, o que o autor como
homem de ciência, por quase duas décadas tem procurado com admirável objetivo: um
Sistema de Política com base puramente empírica sobre a concepção do Estado.
Deste modo, os estudos prévios do autor sobre “As grandes potências do presente” e
“Os problemas políticos das guerras mundiais” são como preparação e tentativa prática
(ensaios práticos). De fato, este livro surge das preleções científicas popular sob o mesmo
título, em que o autor no ano de 1908 após seu primeiro tratamento dos Problemas práticos
das grandes potências (1905), como problemas teóricos de investigação tomou-os de
imediato. Aquelas lições significam o rompimento definitivo com o ponto de vista jurídico
do Estado e um esboço provisório do sistema. Todas as idéias básicas que agora, por meio
de estudos profundos posteriores devam ser comunicados a um público mais amplo, já
estavam expostas de forma clara.
Caso o presente estudo, de vez em quando, apresente a forma “itálica” que lhe é
comum como rigor aparentemente compatível de ciência, bem como durante seu
surgimento por suas lições populares quanto ao seu esclarecimento – assim como também
por pontos de vistas dos autores, cujo conteúdo científico de uma representação tornar-se-á
determinado mais por seu núcleo fixo do que pela força osmótica.

Uppsala, dezembro de 1916.

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KJELLÉN, Rudolf. Der Staat als lebensform. Zweite Auflage. Leipzig: Verlag von S. Hirzel, 1917, pp. I-
IX. 340p. Staten som lifsform. Stockholm: Hugo Gebers Förlag, 1916, pp. I-XII, 188p. (Politiska
Handböcker; III). Traduzido de uma edição gótica alemã (3ª edição) de 1917 e da edição original sueca de
1916. Tradução de Marquessuel Dantas de Souza.
Deve-se ressaltar que a obra em questão não apresenta efetivamente subseções ao longo do texto. As
subseções são apresentadas apenas no sumário, porém, inexistem na seqüência textual. Não há como saber
em qual parágrafo começam ou terminam. O que existem ao longo do texto são seções (capítulos). Assim
sendo, optou-se por traduzir, no momento, apenas o prefácio e os tópicos apresentados no conteúdo, porém,
inéditos. – A obra como um todo demonstra um alto grau de intelectualidade por parte do autor. Lamentamos
por não traduzir o livro por completo, no momento apenas o apresentado. Mais adiante – posteriormente,
pretendemos traduzir passagens inéditas da obra em referência (tradução em andamento). Algo ousado e
original. Acréscimo do tradutor.

ISSN 2595-1653, v. 1, n. 2, 2018.


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Organização da obra – plano geral detalhado

Prefácio

CONTEÚDO

Introdução – Auto-reflexão da ciência política

1º Capítulo – A natureza geral do Estado

Análise de experiência I: o conceito de Estado como direito público. Estado como sujeito
legal. Estado como governo e sociedade. Análise de experiência II: o conceito de Estado
como direito internacional. Estado como reino e nação. O direito da ciência política nesse
estudo. A unidade orgânica do Estado. O sistema e o plano de investigação.

2º Capítulo – O Estado como reino (Geopolítica)

O reino como componente integrante dos Estados. Diversos modelos jurídicos: cidade e
campo. O Estado como “servo” das leis. Concepção orgânica de estado. Direito
internacional e consequencias políticas. Individualidade geográfica. Fronteiras naturais;
tipos diversos. Regiões naturais e seus modelos. Soluções dos problemas jurídicos.
Resultados retroativos dos Estados sobre os direitos. Transitoriedade dos Estados e a
imortalidade das leis. Problemas legais das propriedades privadas. Geopolítica especial:
confluência dos espaços, forma e situação. “Transformações” e “páginas históricas”.

3º Capítulo – O Estado como nação (Demopolítica)

Entrelaçamento dos povos com o Estado. Relações dos povos através dos tempos.
Lealdade e nacionalidade. Os problemas da nação: o genealógico, o linguístico e a solução
fisiológica. A solução biológica: um indivíduo ético. O nacional como ente da natureza.
Sua origem. Sua maturidade: o princípio de nacionalidade. Realidade adversária e suas
garantias. Necessidade interna dos Estados Nacionais. A questão racial. O grau dos

ISSN 2595-1653, v. 1, n. 2, 2018.


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problemas especias e o modo de nacionalidade, a abrangência física e as condições


matemáticas ente o reino e a nação.

4º Capítulo – O Estado como governo, sociedade e regimento (Política econômica –


Sociopolítica – Política de Poder)

O conceito de governo e seus variados modelos. A concepção de Autarquia e sua práxis. A


luta de auto conservação dos Estados nas áreas de comércio e produção. O conceito de
sociedade e seus modelos sucessivos. Sociedade natural e sociabilidade. Funções do
Estado na luta social. O conceito de soberania. Suas raízes no solo. Promoção da
personalidade (o direito de voto geral = sufrágio universal). A representação natural.
Lealdade e tarefas relacionadas ao Estado. O espírito da época e o espírito nacional no
regimento.

5º Capítulo – O Estado sob a lei da vida

O efêmero (transitório) no Estado. O nascimento dos Estados: acontecimento primário e


sucundário. A recepção na formação dos Estados. A morte dos Estados: afrouxamento
físico da nacionalidade (Polônia), separação física da nação (Roma). Necessidade e librade
na vida dos Estados.

Conclusão – A finalidade dos Estados

Não é o bem estar dos indivíduos, mas o bem estar da nação. Materialismo e idealismo na
doutrina dos Estados. Retorno a natureza. Não é sorte, mas aperfeiçoamento da
personalidade.

ISSN 2595-1653, v. 1, n. 2, 2018.

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