http://dx.doi.org/10.1590/1982-370301202012
Artigo
de vítimas. Embora não se saiba quantos diferentes proporções. São tragédias que
indivíduos precisamente viviam em zonas deflagram a fragilidade do ser humano e,
urbanas inadequadas, a Federação estima muitas vezes, ocasionam um grande desam-
que seja um número considerável. paro associado a traumas mais ou menos
permanentes para sobreviventes e familiares
No entanto, a lista de tragédias coletivas não que perderam seu ente querido, sejam elas
se resume aos grandes desastres naturais, ainda provocadas pela natureza ou por pessoas.
que estes tomem uma grande proporção
pela velocidade em que as informações são Nesta perspectiva, se pode enumerar outros
passadas hoje, podendo comover qualquer eventos dentro do território brasileiro que o
pessoa, em qualquer lugar do mundo, sem colocam em um patamar de um país que
que esta possua envolvimento direto com a precisa urgentemente se preocupar com as
população atingida. Infelizmente, situações consequências durante e após situações desen-
de emergências e acidentes também fazem cadeadoras de intensa crise e potencialmente
parte de um grupo de acontecimentos que geradoras de sobrecarga a saúde da sociedade
são geradores de crise e que podem golpear e das pessoas diretamente envolvidas. Dentre
com intensa violência um grupo de pessoas, elas é possível citar incêndios, sequestros
uma comunidade, um sistema ou uma nação. relâmpagos, tráfico de drogas, acidentes de
Neste sentido, para Gárcia e Gil (2004), se transporte, entre outros. Especificamente os
pode propor um continuum de maior ao acidentes de transporte, por exemplo, foram,
menor estresse coletivo, estando os desas- em 2008, a 8º causa de morte no país, repre-
tres e catástrofes em um extremo, passando sentando 3,5% do total de 1.066.842 óbitos
pelas emergências até chegar aos acidentes, registrados no Sistema de Informações sobre
ou seja, situações de menor estresse coletivo. Mortalidade (Ministério da Saúde, 2010). Já o
Fernández (2007) faz ainda uma diferenciação tráfico de drogas tornou-se literalmente uma
quanto aos recursos que cada evento exige, guerra civil travada entre governo e traficantes,
diferenciando-se assim a gravidade destes. As em que a população, sem opções, permanece
emergências seriam situações que poderiam em meio aos ataques iniciados pelos dois lados
ser resolvidas com serviços assistenciais locais, combatentes. Prova disso foi a situação viven-
tanto de médicos como de resgate. Exemplo ciada no Rio de Janeiro no final de 2010 em
disso são os acidentes de tráfico. Os desastres, que o exército tomou a frente para a retomada
para os autores, exigem maior infraestrutura do controle de diversos pontos da cidade que
para prestar ajuda aos feridos que se encontram antes eram controlados por traficantes. Outra
em maior quantidade, bem como já existe problemática que também merece atenção é
um grau de destruição em uma área maior, a questão dos desabamentos de construções
levando também a um custo socioeconômico civis, que, precisamente no início de 2012,
mais elevado. Já as catástrofes, consideradas atingiram fisicamente, emocionalmente e eco-
os eventos mais graves nesta escala, tratam-se nomicamente uma série de pessoas no Rio de
de um desastre massivo, que irá acionar mais Janeiro. Lamentavelmente é de conhecimento
recursos humanos e materiais em um esforço de todos que esta não foi a primeira ocorrência
coordenado para sanar as necessidades das no país. Mais recentemente, é possível citar
pessoas envolvidas. também a situação ocorrida em janeiro de
2013 no centro do estado do Rio Grande do
Situações de desastres, catástrofes, emergên- Sul, na cidade de Santa Maria, onde centenas
cias ou acidentes podem ser classificados de jovens perderam suas vidas após um incên-
como eventos desencadeadores de estresse, dio em uma boate, convertendo-se assim em
por seu caráter imprevisível e pelo perigo uma das maiores tragédias do país, levando
imediato que representam à integridade física a discussões importantes sobre a segurança
e emocional das pessoas envolvidas, reque- em locais como este.
rendo, desta forma, ações imediatas. Todos
são fontes de destruição em graus diferentes Neste sentido, sabe-se que, de forma geral,
e causam danos materiais e humanos em qualquer emergência e desastre é resultado
de um risco não manejado, ou seja, a pro- com a descoberta de que pessoas podem
babilidade de que um perigo impacte sobre manifestar, individualmente ou coletivamente,
um sistema socioeconômico com certo nível alterações psicológicas, em decorrência do
de vulnerabilidade. Gárcia e Gil (2004) afir- trauma, físico e/ou emocional, produzido
mam que a convergência destes dois fatores, por um evento externo. Estudos e guias de
ameaça e vulnerabilidade, em um momento e práticas (Kraemer, Wittmann, Jenewein &
lugar, quando não administrado, gera o acon- Schnyder, 2009; North, Hong, Suris & Spit-
tecimento. Medidas preventivas de percepção znagel, 2008; Organización Panamericana de
do risco são vitais, pois, como refere Gómez la Salud, 2004, 2006; Panagioti, Gooding &
(2006), seu desconhecimento ou percepção Tarrier, 2009) têm demonstrado que a saúde
errônea aprofundam a vulnerabilidade, bem mental de pessoas que passaram por eventos
como, quando a situação de emergência ou de desastres é fortemente abalada, podendo
desastre se concretiza, os planos para lidar desenvolver manifestações de estresse agudo,
com o evento são falhos, os profissionais não estresse pós-traumático, luto complicado,
se encontram habilitados e pode haver uma quadros depressivos, comportamento suicida,
maximização dos efeitos causados. condutas violentas, consumo indevido de
substâncias psicoativas, entre outros. Krae-
Em se tratando das sequelas deixadas após mer et al. (2009), por exemplo, encontraram
entre 342 turistas que foram atingidos direta
catástrofes, tradicionalmente, conforme Robles
e indiretamente pelo tsunami de 2004 na Ásia
e Medina (2002), a resposta em situações como
que, quando da avaliação em 2007, 16,8%
estas incluem primeiros socorros, provimento
preenchiam critérios para TEPT, bem como
de refúgios, alimentos e vestuários. No entanto,
havia evidências de ansiedade e depressão em
nos últimos anos, já é notório a importância
17,8% e 8,0%, respectivamente. Mais recente
e inclusão do apoio psicológico tanto para
ainda é o conhecimento de que quaisquer
vítimas envolvidas diretamente na situação,
manifestações, patológicas ou não, serão
assim como cada vez mais se tem dedicado
mediadas por diversos fatores, entre eles a
especial atenção aos trabalhadores e volun-
própria natureza do evento, as características
tários que atuam nestes eventos.
de personalidade e a vulnerabilidade indivi-
dual e social dos sobreviventes (OPAS, 2004,
O olhar para as necessidades psicológicas 2006). Todavia, o interesse por este campo
de pessoas que foram atingidas por eventos de atuação é bastante antigo.
traumáticos abriu para a Psicologia um novo
campo de atuação e como todo processo Ainda no século XX, James (1968), em sua
que é novo, esta prática também convida obra “Memories and Studies”, descreve
os profissionais de saúde mental, em geral, suas observações sobre o terremoto de São
a apropriar-se de seu papel em situações Francisco em 1906. O mesmo aponta dois
críticas, incluindo todo o contexto e implica- comportamentos que o impressionaram
ções que permeiam estas. Para uma melhor naquele evento: a rapidez de improvisação
capacitação do profissional que se propõe a para colocar ordem no caos e a atitude positiva
atuar nesta área se faz necessário a compre- e de tranquilidade dos sobreviventes. Lomeña
ensão dos pilares que norteiam as chamadas (2007) e Valero (2001) citam o trabalho de
intervenções em situações de emergência e Stierlim (1909) com sobreviventes de um
catástrofes, delimitando assim os objetivos acidente em uma mina, também no ano de
destas e o conhecimento necessário para tal. 1906, e depois em 1908 em um terremoto
em Messina, na Itália. Coelho (2006), tam-
Breve história da Psicologia bém fazendo um histórico desta disciplina,
refere como a primeira pesquisa científica da
das Emergências área, o estudo de Samuel Prince, em 1920,
no Canadá, a partir do desastre marítimo
A necessidade da Psicologia em situações ocasionado pela colisão entre dois navios,
de emergências e desastres está intimamente um deles carregando explosivos, provocando
relacionada, de acordo com Lomeña (2007) a um tsunami na Nova Escócia.
Assim, norteados pelo CFP, o Conselho Regio- estudo, sobre a visão de homem que esta
nal de Psicologia da 12ª Região – SC, em prática traz consigo, assim como seus pres-
2008, assinou o termo de Cooperação com supostos epistemológicos. Neste sentido,
a Secretaria Executiva de Justiça e Cidadania Lorente (2003) define Psicologia das emergên-
do Estado de Santa Catarina, em que estão cias como o “campo psicológico que abarca
propostas ações a serem desenvolvidas em o conjunto da emergência” (p. 32) o qual
conjunto com a Defesa Civil deste estado. compreende a circunstância (a própria emer-
Em março de 2011, o Conselho Regional de gência atendida), o curso temporal (antes,
Psicologia da 6º região – SP protagonizou durante e depois do evento) e os sujeitos
oficinas de práticas de Psicologia em Emer- implicados (as vítimas, os intervencionistas
gências e Desastres em algumas cidades de e as organizações que se inserem).
São Paulo, bem como criou um Grupo de
Trabalho de Emergências e Desastres (GTED). Assim, a intervenção em situações trágicas,
como as já citadas anteriormente, visa, sobre-
E em novembro do mesmo ano, Brasília tudo, a busca por auxiliar o sujeito (vítimas
sediou mais uma vez o Seminário Nacional de e/ou intervencionistas) em sua reorganização
Psicologia das Emergências e dos Desastres, psíquica e social, com o intuito de minimizar
na sua segunda edição, também promovido possíveis agravos da saúde, física e emocional.
pelo Conselho Federal de Psicologia. Naquela Para isso, se utiliza da ideia que pessoas que
ocasião foi realizada uma reunião entre os sofrem um abalo em sua estrutura, ocasionado
psicólogos presentes e que assistiam ao evento por um evento interno ou externo, entram
por videoconferência para a constituição em uma situação denominada crise que, de
de um ator social relacionado à Psicologia acordo com Slaikeu (1996, p. 16), é “um
em emergências e desastres. Encerrou-se estado temporal de transtorno e desorga-
o encontro com a proposta de criação de nização, caracterizado principalmente por
uma Associação Brasileira de Psicologia nas uma incapacidade do indivíduo para manejar
Emergências e Desastres (ABRAPEDE), que situações particulares utilizando métodos
começa a dar os primeiros passos para sua comumente conhecidos para a solução de
concretude no ano seguinte. Em setembro problemas, e pelo potencial para obter um
de 2012, durante a 2ª Mostra Nacional de resultado radicalmente positivo ou negativo”.
Práticas em Psicologia, realizada em São Desta forma, o ponto chave de qualquer
Paulo, é formalizada, através de uma Assem- intervenção psicológica em um momento
bleia Geral, a fundação da ABRAPEDE com de crise, que pode ser decorrente de um
a eleição de sua diretoria e conselho fiscal. acontecimento catastrófico, está calcado no
conhecimento de que a pessoa possui habi-
Apesar de ainda serem recentes as iniciativas lidades e condições de superação de forma
no país de aproximação com a Psicologia nas positiva do estresse desencadeador e que a
emergências, este é um campo fértil que merece intervenção possui seu foco na prevenção
ser cuidado pela categoria. Neste sentido se para que o caminho já disponível ocorra da
faz iminente o conhecimento de bases teóricas melhor forma possível.
que sustentem a prática proposta, auxiliando
desta forma na criação de uma plataforma mais Este entendimento encontra eco na proposta
sólida para a formação de psicólogos para a científica que vem sendo desenvolvida desde
área de emergências e catástrofes. 1998, por Martin Seligman – a Psicologia
Positiva (Seligman & Csikszentmihalyi, 2000).
Tal conjectura faz uma tensão com os modelos
Teoria da Crise e Intervenções mais tradicionais da Psicologia, centrados em
em Crise sua maioria apenas na intervenção em pato-
logias instauradas. Esta abordagem, de acordo
Ainda que não se tenham teorias ou modelos com alguns autores (Paludo & Koller, 2007;
unificadores para este campo da Psicologia, Snyder & Lopez, 2009), faz um convite a se
é possível refletir, a partir de seu objeto de pensar nas potencialidades do ser humano,
Salikeu (1996), por exemplo, propõe cinco franca prevenção dos efeitos negativos para
passos: realizar contato, examinar dimensões o desfecho da crise. Tampouco é um tipo
do problema, analisar possíveis soluções, de intervenção que só possa ser oferecida
assistir à execuções de ações concretas por profissionais, pode ser realizada pelos
e seguimento. Já Martín e Muñoz (2009) próprios membros da comunidade. Neste
referem sobre o protocolo ACERCARSE, sentido, cabe mencionar que tal capacita-
utilizado na Espanha durante os atentados ção pode ser oferecida por profissionais da
terroristas de 11 de março de 2004. Este Psicologia, ainda que não exclusivamente,
trata do ambiente, contato, avaliação, res- que devem se inserir no contexto enunciado
tabelecimento emocional, compreensão da como mais um recurso humano integrante no
crise, ativar, recuperação do funcionamento sistema de coordenação e gestão, avaliando
e seguimento. A National Child Traumatic quando, como e que tipo de intervenção
Stress Network e National Center for Post- pode ser necessária em cada caso. Trata-se
traumatic Stress Disorder (2006) preconiza de desempenhar um papel de assistente,
como ações básicas do núcleo dos PAP o principalmente aos profissionais que ali
contato e engajamento, segurança e con- trabalham. Sua contribuição é no olhar para
forto, estabilizar (se necessário), coleta de a subjetividade em meio a uma situação,
informações (necessidades atuais e preocu- muitas vezes, caótica e não como detentor
pações), assistência prática, conexão com das intervenções de cunho psicológico ou
apoios sociais, informações sobre como lidar como um especialista em patologia.
e articulação com serviços de colaboração.
E, no informe da OPAS de 2010, é enfatizado
Outro ponto fundamental para a aplicabi-
os passos de realizar contato, analisar o
lidade dos Primeiros Auxílios Psicológicos
problema, analisar as possíveis soluções,
é o respeito à cultura e crenças dos locais
executar ações concretas, dar seguimento,
e pessoas com quem o trabalho ocorrerá.
estimulação e dar informação. No entanto,
Sendo assim, qualquer protocolo de atuação
é necessário mencionar que a utilização
de protocolos, ainda que seja interessante deve se adaptar as normas sociais e culturais
pois orienta e baliza as ações, deve estar para o contexto que se insere.
articulada com os planos de contingência
traçados e debatidos com a comunidade. Para muitos profissionais de saúde, o dano
Estes devem ser moldados de acordo com psicológico associado a uma experiência de
a realidade a que se pretende empregar, desastre, como bem lembra Rubio (2011),
para que não se torne algo impositivo de é identificado por meios de sintomas que
alguns profissionais e que não cumpre com indiquem a presença de algum transtorno,
seu objetivo primordial – ajudar da melhor como o Transtorno de Estresse Agudo ou
forma a quem precisa. Transtorno de Estresse Pós-Traumático, assim
mesmo não se deve perder o propósito de
É importante diferenciar que os PAP não pre- trabalhar com a saúde e com a parte pre-
tende ser um aconselhamento profissional, e servada desta e não apenas com a doença.
que ainda que convide o sujeito a falar sobre A intervenção em crise, baseada nos PAP,
o ocorrido, não implica necessariamente a busca este objetivo, sem desconsiderar
discussão detalhada sobre o evento em si que algumas pessoas, mesmo com toda a
ou sua análise. Não deve jamais haver uma ajuda fornecida, podem vir a desenvolver
pressão para que se fale dos sentimentos e dificuldades relativas à experiência que, sem
reações diante da situação. Assim, não se dúvida, é traumática. No entanto, a clareza
constituem também em uma forma de terapia, é que no momento do evento, ainda não se
por isso não é um procedimento exclusivo de pode prever quem pode adoecer e o trabalho
profissionais de saúde mental, pelo contrário, deve ser focado para evitar este desfecho.
qualquer intervencionista de emergências Mais ainda, como a WHO (2011) afirma,
deveria estar capacitado para tal, levando todas as pessoas possuem pontos fortes e
em consideração a questão da comunicação habilidade para lidar com os mais diferentes
com afetados como ponto essencial para uma desafios da vida.
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