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Apostila Frango Caipira Afrânio
Apostila Frango Caipira Afrânio
MELHORADA
Supervisão de Profissionalização
Goiânia, Goiás
2007
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EDITOR
Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário
AUTORES:
Esmeralda Arcanjo de A. Araújo
Médica Veterinária – CRMV-GO 1747 – Mossâmedes – GO
DIGITAÇÃO:
Esmeralda Arcanjo de A .Araújo
Médica Veterinária – CRMV –GO 1747 - Mossâmedes – GO
Márcio Mesquita Lobo
Médico Veterinário - Buriti de Goiás
COLABORAÇÃO:
Email : afrânio@agenciarural.go.gov.br
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CRIAÇÃO DE GALINHA CAIPIRA
MELHORADA
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I – Introdução
Os consumidores vêm dando preferência a produtos naturais e saudáveis e
mostram preocupação com os possíveis efeitos da criação industrial. Por esse
motivo, o frango de fundo de quintal tradicional está novamente no mercado, com
carne de sabor silvestre, com menor teor de gordura, menos colesterol e mais
proteína, atendendo um mercado diferenciado, que paga mais por essas
características.
A criação de galinhas caipira é bastante representativa no Estado de Goiás,
visto que quase a totalidade dos produtores possui pequenas criações em suas
propriedades. Porém, apesar de sua alta rusticidade, o rendimento é baixo, devido à
precariedade do manejo e baixa qualidade genética das aves.
Para que a criação seja viável, é necessário que se atenda a alguns cuidados.
Devemos dar alimentação de boa qualidade, instalações e equipamentos
adequados, controle sanitário rigoroso e melhoramento genético das aves.
Alguns fatores são importantes para iniciar uma criação, como por exemplo, a
escolha do local: .Deve ser de fácil acesso
. Evitar baixadas (umidade)
. Rede elétrica próxima
. Água potável com disponibilidade
. Local arejado e arborizado.
Apresentaremos nesta apostila, sugestões para melhorar o desempenho da
criação de fundo de quintal, viabilizando economicamente sua atividade.
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escolhida, na hora de selecionar as aves é bom lembrar que não comemos crista,
barbela ou penas. Não adianta ser apenas bonita. Algumas características
desejáveis deverão estar presentes como: rusticidade, boa conversão alimentar,
empenamento precoce, pele amarela, bom aprumo, sem defeitos físicos, ter dorso
reto, coxas grossas e peito aberto, precocidade, baixa disposição para briga e bom
índice de cobertura e boa postura. Além disso, se a opção do produtor for utilizar
chocadeira, deverá escolher matrizes com baixa incidência de choco.
É muito importante que o produtor entenda, que não basta cruzar animais
com as características desejáveis. Os animais resultantes dos cruzamentos deverão
ser selecionados, eliminando os que se encontram abaixo da média. Isso deverá ser
feito por várias gerações sucessivas.
Em criações industriais, selecionamos características para corte ou postura.
Nos caipiras, o ideal é que tenha uma combinação das duas finalidades, pois em
criações caipira aproveitaremos os frangos e venderemos o excedente de ovos que
não foram para incubação ou consumo. Além das características já citadas acima,
outras deverão ser observadas como: bom ganho de peso, carcaça com boa
cobertura de carne, mas não redonda, pele amarela e penas coloridas, boa postura,
com ovos de bom tamanho com casca de cor da característica e gema bem
amarela.
Por serem híbridos, o label rouge e o paraíso pedrês não são indicados para
cruzamento com aves caipiras. No entanto, não poderíamos deixar de citar, tendo em vista que
têm sido muito utilizados na prática e com resultados satisfatórios.
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Diferenças produtivas entre aves caipiras, melhoradas e de granja:
CAIPIRA
PARÂMETRO CAIPIRA GRANJA
MELHORADO
GANHO DE PESO 1,8 kg 2,0 kg 2,3 kg
IDADE ABATE 200 dias 90 – 100 dias 42 dias
MORTALIDADE 1% 4% 3%
CONVERSÃO ALIMENTAR - 2,40 1,90
Nº DE OVOS 80/ano 260/ano 310/ano
PESO DOS OVOS 50 g 55 g 60 g
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construção vão variar de acordo com sua disponibilidade. O ideal é que se aproveite
ao máximo, materiais existentes na propriedade, visando diminuir os custos. As
instalações devem ser funcionais e confortáveis para as aves. Devem permitir bom
manejo e perfeita higienização. Preferencialmente deverão ser de alvenaria, com
piso de cimento e telhas de barro. No entanto, outras alternativas poderão ser
utilizadas.
Sua área deverá ser definida em função do número de aves a serem
criadas. A densidade a ser utilizada é de 8-10 aves/m². A largura mínima é de 3
metros. A largura máxima recomendada é de 12 metros, levando-se em
consideração o tamanho das telhas e o comprimento do galpão. A altura do pé
direito deve ser de 2,7 a 3,0 metros. O galpão mais alto favorece a circulação de ar
diminuindo o calor e a concentração de gases de amônia liberados pelos
excrementos (fezes) das aves.
Alem disso, deverá ter uma mureta lateral de 40 a 60 cm de altura com
borda superior inclinada para evitar empuleiramento, cuja função é proteger as aves,
bem como sustentar as cortinas e telas.
Deve ser provido de calçadas laterais de 50 cm de largura e com
declividade de 3% para fora, um beiral de 1 a 2 m de largura para proteger as aves
do sol e principalmente das chuvas. Sua frente e laterais devem ser teladas e
recobertas com cortinas.
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III.3 - Fábrica de Ração:
Galpão utilizado para armazenar rações prontas ou nutrientes
necessários à fabricação de rações. Caso o produtor opte por fabricar sua ração
deverá contar com alguns equipamentos indispensáveis para este fim:
- triturador com ventoinha e ciclone;
- balança;
- misturador.
A capacidade de cada um vai variar com a quantidade que se pretende
produzir. Mas aqui também vale nossa lei básica: a instalação e os equipamentos
devem ser funcionais, mas não luxuosos. Não podemos perder o foco e devemos
sempre estabelecer uma relação custo/benefício.
III.4 – Instalação para chocadeiras e criadeiras de pintos:
Instalar em local arejado, fresco, sem corrente excessiva de ar, ao abrigo
do sol e seguro para evitar furtos.
III.5 - Reservatório de água:
Sua capacidade deve ser de 0,5l/ ave/dia.
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IV – Equipamentos:
Os equipamentos a serem utilizados vão variar de acordo com a
disponibilidade, tipo e fase da criação. Assim como já citado nos outros itens, o
avicultor poderá buscar alternativas mais baratas para sua criação desde que estas
sejam funcionais.
IV.1 – Comedouros:
– Tipo bandeja:
Usado para pintinhos na proporção de 1 comedouro /80 -100 pintos.
Serão totalmente substituídos até 12 a 15 dias. A substituição deve ser gradual, aos
poucos, para que os pintinhos vão se acostumando.
– Tipo tubular:
Utilizado para aves acima de 28 dias de idade, na proporção de 1
comedouro /40 - 50 aves. Ir introduzindo gradativamente a partir da 2ª semana de
vida. Sua altura deve ser regulada periodicamente em função da altura do dorso da
ave.
– Calha:
A metragem recomendada é de 10 cm / ave.
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IV.2 – Bebedouros:
- Copos de pressão:
Usados para pintinhos até 12-15 dias, na proporção de 1 bebedouro /80 -
100 pintos. Possuem geralmente 4 l de capacidade.
- Pendular:
Utilizados na proporção de 1 bebedouro / 80 - 100 aves, a partir da 2ª
semana de vida até o abate. Regula-se a altura 2 cm acima do dorso das aves a
cada 5 dias.
Tipo de
Equipamentos (bebedouros)
“Nippie” sem copo “Nippie” com copo Pendular
Consumo água vs 1,6 litros/kg de ração 1,7 litros/kg de ração 1,8 litros/kg de ração
ração
Idade das aves (dias) a 21 º C a 30 º C a 21º C a 30 º C a 21º C a 30º C
7 53 93 56 98 59 103
14 98 173 104 183 110 193
21 152 267 162 285 171 300
28 211 371 224 394 238 418
35 253 445 269 473 284 499
42 290 510 308 542 326 573
49 312 549 332 584 351 617
56 318 559 338 594 358 630
Obs.: A ingestão de água bebida aumenta em 6-7% para cada grau centígrado de
temperatura ambiental acima de 21º C.
Água – adicionar hidratante ou polivitamínicos na fase incial da criação.
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IV.3 – Campânula a gás:
Utilizada nos primeiros dias de vida para controle da temperatura. Sua
capacidade vai depender da recomendação do fabricante. Geralmente se usa a para
500 pintinhos. Deve ser colocada inicialmente a 80 cm do solo, regulando-se
posteriormente de acordo com o comportamento das aves. É importante lembrar que
o botijão de gás deverá ficar do lado de fora do círculo de proteção.
Também encontra-se no mercado campânulas elétricas e a lenha.
IV.4 – Chocadeiras:
Existem no mercado diversos modelos disponíveis. Na hora de adquirir,
verificar se tem ventilação forçada, controle de abastecimento de água, a
capacidade ideal para o que se pretende e principalmente se a firma é idônea.
IV.5 – Cortinas:
É utilizada para proteção contra ventos, chuvas e controle de temperatura
do galpão. Deve ser instalada do lado de fora do galpão, afixada na mureta e
roldana, de forma que para fechar a cortina deve-se levantá-la. Geralmente se usa
as de lona encerada. Pode-se improvisar com sacos de farelo, costurados. O
problema é a durabilidade que é baixa, mas em compensação o custo é mínimo.
IV.6 – Poleiros:
Roliços em forma de escada a 30-40 cm do chão e a 40 cm um dos
outros. Cada galinha ocupa cerca de 30 cm de poleiro.
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IV.7 – Ninhos:
A dimensão recomendada é de 30 x 30 x 30 cm ou 40x40x40 cm para
aves muito pesadas, com uma ripa de 10-12 cm na entrada, para segurar a cama.
Devem ser colocados a 45 cm do chão, localizados na parte mais escura do galpão,
para evitar que a ave permaneça no seu interior quando não esteja botando;
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As aves devem ser criadas separadas por idade. Preferencialmente um
box por lote. Se não for possível, juntar duas idades com diferença de no máximo
uma semana. As matrizes e os galos devem ser criados separados dos pintos e
frangos.
V.1-Cria:
O manejo na fase de cria, que vai do nascimento até os 28 dias de idade,
vai variar de acordo com o sistema escolhido. Pode ser feito no piso ou em gaiolas
chamadas baterias.
a. Piso
O manejo no piso inicia-se antes da chegada dos pintinhos, seja de outra
granja ou da eclosão de ovos de postura própria. O galpão deve ser preparado para
o recebimento dos pintinhos. A densidade a ser utilizada será de acordo com a
capacidade da campânula. As providencias a serem tomadas são:
- Limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos (ver item VIII.1).
O galpão será limpo e desinfetado antes de se começar a criação e após cada saída
de lote. Deverá permanecer vazio no mínimo 10 dias.
- Preparar cama, geralmente uma camada de maravalha com 5-6 cm de
espessura e o círculo de proteção. Este pode ser de maderit, duratex, papelão ou
folha de zinco, com altura de mais ou menos 60-70 cm, e 3,5 m de diâmetro. Para
isso, pode-se usar 4 folhas de eucatex com 2,75m de comprimento.
Manejo do círculo de proteção: amplia-se no 4º e no 8º dia aproveitando
as paredes do galpão.
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aderidas, má formação. Fornecer água com açúcar na proporção de 1 colher das de
sopa para cada litro de água. Trocar 2 vezes por dia.
Depois de 2 horas da chegada a granja, fornecer a ração inicial. Para os pintos
nascidos na propriedade não precisa dar água com açúcar e a ração pode ser
dada 6-10 horas após o nascimento.
- Observar comportamento dos pintos para regular a campânula. A
regulagem será feita de acordo com o movimento e comportamento dos pintos:
Se estiverem amontoados debaixo da campânula, estão com frio. Deve-
se abaixar a campânula e/ou fechar um pouco as cortinas.
Se estiverem amontoados junto ao cercado, estão com calor. Deve-se
levantar a campânula e/ou abrir as cortinas.
Se estiverem amontoados junto ao cercado de um lado só, estão fugindo
de uma corrente de ar.
- As cortinas deverão estar fechadas no momento da chegada dos
pintinhos e a partir daí o manejo será conforme a temperatura
ambiente, umidade, ventos, chuvas, presença de gases, idade e
comportamento das aves.b- Bateria
Quando a opção for pela utilização de baterias, a densidade será
estabelecida pela capacidade recomendada pelo fabricante. Geralmente usamos
uma com capacidade de 60 pintos/andar. A grande vantagem da criação em baterias
é a economia de espaço físico. A grande desvantagem é o risco de aparecimento de
doenças quando a higiene é mal feita ou na ocasião de soltar para o piso na fase de
crescimento. Recomenda -se que quando for soltar para o chão, fazer premunição
contra coccidiose, dentro do seguinte esquema: Dar coccidiostático durante 3 dias
em doses preventivas antes de soltar o pinto. Depois de 3 dias de solto, dar
coccidiostático mais 2 dias só que em doses curativas.
Alguns cuidados com os pintinhos devem ser tomados independente do
sistema adotado:
- Higiene:
É importante manter o local de criação dos pintos bastante limpo e seco.
A falta de higiene causa doenças, mortalidade e atraso no crescimento.
Lavar os bebedouros todos os dias, fornecendo água limpa e fresca.
Desinfetar as instalações a cada entrada de lote. Os equipamentos podem ser
desinfetados semanalmente com creolina, lisoformio ou água sanitária.
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A renovação da cama só será feita com a saída do lote, ou se estiver
muito emplastada. Caso esteja molhada de forma localizada, basta retirar a área
umedecida e completar a cama.
- Calor:
Não pode faltar ou exceder. O desequilíbrio no aquecimento provoca
estresse, diarréia, doenças respiratórias, atraso no crescimento, etc.
- Alimentação:
Nunca deixar faltar água limpa e fresca.
Não pode deixar faltar ração. Evitar mudanças bruscas na formulação da
mesma. De 6 a 10 horas após o nascimento, já pode entrar com ração inicial.
CÍRCULO DE PROTEÇÃO
Tem com função básica proteger os pintinhos de correntes de ar, frio,
predadores e ainda delimitar a área mais próxima possível da fonte de aquecimento,
comedouros e bebedouros. Pode ser de eucatex, duratex, chapas galvanizadas ou
folhas de papelão. A altura é variavel, indo de 30 até 70 cm. Deve ter uma
circunferência de 5 a 7 m2, para alojar 500 pintinhos. No inverno recomenda juntar 2
círculos (1000 pintinhos).
V.2- Recria e engorda
A fase de recria e engorda vai dos 28 dias aos 100 dias de idade. Nessa
fase usaremos o sistema semiconfinado, em que as aves passarão parte do dia
presas no galpão e parte soltas no piquete. Dormirão no galpão, onde tem
comedouros, bebedouros e poleiros e serão soltas pela manhã.
Permanecerão num mesmo galpão até a pega para o abate. A pega e
carregamento são serviços que devem ser feitos com muito cuidado para evitar
batidas, machucados e amontoamento.
A cama só é retirada, quando sair o lote, se não emplastar.
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de idade tanto para os galos quanto para as galinhas. Após este período, deve-se
descartar as aves, devido a muda das penas e queda na produção. Não é
recomendável esperar as galinhas mudarem as penas porque encarece o custo de
produção e os ovos do segundo ciclo de produção não servem para serem
colocados para chocar.
A ração será fornecida somente à tarde e numa quantidade média de
130g./ave. Não conta o macho. Deve-se fazer o controle do consumo evitando
perdas de ração e engorda das aves. Galinhas e galos gordos são piores
reprodutores.
Construir um ninho para cada 4 galinhas, com a dimensão recomendada,
a 50 cm do chão, com uma ripa de 10-12 cm para proteção da cama.
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O período de incubação é sempre de 21 dias, independente do método de
incubação escolhido, natural ou artificial. Na natural, as próprias aves chocam seus
ovos e na artificial, utiliza-se chocadeiras. Preferencialmente trabalharemos com a
artificial, devido a melhor utilização das galinhas e a dificuldade de sincronização do
choco das mesmas, que dificulta a obtenção de lotes homogêneos.
Na incubação natural deveremos colocar em média 12 ovos/galinha. Esse
número varia de acordo com o tamanho das aves entre 10-14 ovos. É importante
selecionar as aves que chocam melhor. Observar sempre o estado dos ninhos e dos
ovos. Deixar água e alimentos disponíveis em local próximo.
Na incubação artificial, o importante é seguir o que determina o manual de
sua chocadeira. No entanto, vale lembrar alguns cuidados essenciais como: manter
a chocadeira sempre limpa e desinfetada, certificar do abastecimento de água no
reservatório, fazer a viragem dos ovos, transferir os ovos para a bandeja de
nascimento ou eclosão no 19º dia.
- Desinfecção da chocadeira:
Deve ser feita com uma solução contendo uma parte de formol para nove
partes de água. Colocar em uma bandeja plástica no fundo da chocadeira, fechar a
porta e deixar por 20 minutos, com as aberturas de ventilação fechadas. Abrir a
ventilação e deixar por mais 4 horas.
As condições ideais para incubação são as mesmas, independente de ser
natural ou artificial, são elas: temperatura, umidade, ventilação e viragem dos ovos.
Na natural, a galinha se responsabiliza pelo trabalho, bastando deixar água por
perto.
INCUBAÇÃO ECLOSÃO
PARÂMETRO
(1º AO 18º DIA) 19º AO 21º DIA)
TEMPERATURA 37 a 38º C 37ºC
UMIDADE 65 a 68% 68 a 74%
VENTILAÇÃO Contínua Contínua
VIRAGEM DOS OVOS No mínimo 5 vezes ao dia Não virar
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TABELA – TEMPERATURA DE CONFORTO:
idade..........................................................................Temperatura
1 a 7 dias....................................................................32 ºC
8 a 14 dias..................................................................29 ºC
15 a 21 dias................................................................26 ºC
22 a 30 dias................................................................23 ºC.
- idade das aves: as aves velhas ou novas demais não são boas
reprodutoras.
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poucos machos acabam fazendo com que algumas galinhas não sejam cobertas.
Em ambos os casos, o número de ovos não galados aumenta.
Uma avaliação rotineira das galinhas será feita visando saber se a ave
está ou não em postura, através de um teste chamado Culling. Lembrem-se! Este
informa se a ave está em postura ou não. Não determina a freqüência, nem a
quantidade.
Os critérios avaliados são:
AVE EM POSTURA AVE FORA DE POSTURA
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VI - Alimentação
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A água é outro fator de extrema importância a ser considerado. Constitui
60-70% do peso corporal de 1 frango. Uma ave bebe de 2 a 3 l de água/Kg de ração
consumida ou 4%do seu peso vivo por dia. Deve ser de boa qualidade e estar
sempre a disposição das aves.De preferência, deve ser tratada utilizando produtos a
base de cloro. Usualmente podemos utilizar 25 ml de água sanitária a 2% em 500
litros de água.
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PROPOSTA PARA FORMULAÇÃO DE RAÇÃO CRESCIMENTO E ENGORDA
Composição Alimentar/Custo
Cal virgem:
Modo de usar:
usado nos pedilúvios.
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Solução de formalina a 2%:
- água: 19 litros
- solução de formalina(40%): 1 litro
Modo de usar:
pulverização das instalações. Não utilizar nas cortinas, porque o formol as
resseca diminuindo sua vida útil.
No mercado existe uma diversidade de produtos indicados para este fim.
Citamos estes por serem encontrados com maior facilidade e por terem baixo custo.
As aves que morrerem deverão ser enterradas fundo, queimadas ou jogadas em
fossa séptica, longe do galinheiro, independente da causa da morte..
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Esquema simplificado de vacinação sob sistema caipira:
Local de
Doença Idade (Dias) Via de aplicação Dosagem
aplicação
Bouba Alta incidência:
1, 10, Amostra suave: subcutânea Pescoço 0,2 ml
28 Amostra forte: tópica asa ou coxa
Baixa asa ou coxa
incidência: 20 Amostra forte: tópica
Newcastle 10,28 Ocular ou nasal Olho ou nariz 1 gota
120 Intramuscular (oleosa) Músculo do peito 0,5 ml
Cólera e Tifo 80,100 Intramuscular Músculo do peito 0,5 a 2,0 ml
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VACINAÇÃO
1º dia...............................................Marek/Bouba
7/10º dia..........................................Newcastle/Gumboro
21/25º dia........................................Newcastle/Gumboro
32/38º dia........................................Bouba forte
Bronquite infecciosa
A bronquite infecciosa é uma doença de origem viral, altamente
contagiosa que acomete aves de diferentes idades. A disseminação da doença se dá
por contato direto e indireto entre as aves.
Dificilmente ocorrerá sozinha, estando na maioria dos casos, associada a
outras doenças de origem bacteriana que vão agravar o quadro.
As aves doentes apresentarão corrimento nasal e dificuldade respiratória.
Podem apresentar diarréia, desidratação, e lesões renais.
O controle da bronquite infecciosa está relacionado à prevenção através
de vacinações, controle do fluxo de pessoas e acesso de veículo na criação. Evitar a
introdução de aves doentes no plantel.
Não tem tratamento específico. Em alguns casos há a necessidade de se
utilizar antibióticos para controlar as infecções secundárias.
Influenza aviária
É uma doença infecciosa das aves, causada por um vírus. Tem severidade
variável podendo ir de uma infecção leve ou assintomática do trato respiratório e
intestinal a infecções sistêmicas fatais e com altas taxas de mortalidade. As aves
acometidas apresentavam rinite, conjuntivite e nos casos mais graves pneumonia
mortal, considerada altamente patogênica para o homem.
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O surto em galinhas e perus podem causar grandes perdas de produção e limitar
seriamente o acesso industrial aos mercados internacionais.
As possíveis fontes de infecção primária são: aves selvagens, aves
domésticas e mamíferos. Os únicos mamíferos reconhecidos como possíveis fontes
de infecção para as aves são os suínos e os humanos.
É uma doença de comunicação obrigatória. Todo produtor ou técnico que souber da
ocorrência da doença é obrigado a comunicar ao órgão de defesa. Entre as medidas
de controle estabelecidas pela Defesa Sanitária Animal estão as seguintes:
- notificação da suspeita do foco;
- assistência ao foco;
- medidas de desinfecção;
- sacrifício sanitário;
- vazio sanitário de 21 dias.
Doença de Newcastle
É uma doença causada por um vírus, que acomete aves de todas as
idades. Apresenta grande importância econômica pelos prejuízos que podem causar
à avicultura nacional. Um surto de Newcastle fecha as portas para o comercio
internacional. Por outro lado, tem grande importância para o criador de aves caipiras
devido à queda na produção e mortalidade das aves.
A Newcastle pode se apresentar de três formas que podem aparecer
isoladas ou associadas: respiratória, digestiva e nervosa.
A forma respiratória é mais comum nas aves jovens e se manifesta com
dificuldade respiratória, espirros e tosse.
Na forma digestiva ocorre perda de apetite, papo distendido por um
conteúdo verde escuro, diarréia verde azulada.
A forma nervosa apresenta tremores, paralisia das asas, patas ou
pescoço, levando a um quadro de torcicolo.
A mortalidade em animais jovens pode chegar a 80%. A morte se
estabelece em aproximadamente uma semana.
Não há tratamento para a doença. Por se tratar de uma enfermidade de
notificação obrigatória, a qualquer suspeita deve-se comunicar a Agencia Goiana de
Defesa Agropecuária-AGRODEFESA, para que sejam tomadas as medidas
cabíveis, entre elas:
- notificação da suspeita do foco;
- assistência ao foco;
- medidas de desinfecção;
- sacrifício sanitário;
- vazio sanitário de 21 dias;
- vacinação dos plantéis;
- introdução de aves sentinelas, etc.
Em nível de propriedade, o que o avicultor pode fazer para evitar o
aparecimento da doença é manter a higiene dos equipamentos e instalações,
isolamento da criação e vacinação.
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As aves acometidas apresentam espirros, dificuldade respiratória,
ronqueira, baixa eficiência produtiva do lote, aumento de volume das articulações,
manqueira, caquexia e morte.
As formas de controle são a higiene, isolamento, comprar pintos de
granjas livres e evitar corrente de ar e estresse. A vacinação não é recomendada em
galinhas caipiras.
Pulorose
É uma doença causada por uma bactéria, que acomete qualquer espécie
de aves, e que apresenta forma distinta nas aves jovens e adultas. Os pintos
desenvolvem uma diarréia branca cujas fezes ficam aderidas as penas da cloaca.
Estes casos têm mortalidade elevada. Nas aves adultas ocorre uma queda na
postura.
A transmissão se dá através do ovo, pelo contato entre as aves e com
objetos contaminados.
A vacinação não é indicada. O controle deve ser feito através da higiene
das instalações e equipamentos, isolamento da criação, eliminação das aves
doentes.
As aves quando se curam tornam-se portadoras e continuam eliminando a
bactéria contaminando todo o plantel. Por este motivo, quando acontecer a doença o
ideal é eliminar todo o plantel, desinfetar todas as instalações e equipamentos, dar
um vazio sanitário e depois reiniciar a criação com aves livres da doença.
Os ovos contaminados, quando consumidos podem provocar um quadro
de intoxicação no homem.
Tifo aviário
É uma doença que ataca principalmente aves adultas. Seu agente
etiológico é uma bactéria, adquirida pela ingestão de alimento ou água
contaminados.
As aves doentes apresentam cristas e barbelas pálidas, febre e diarréia
esverdeada. À necropsia podemos observar que o músculo do peito fica com
aparecia de cozido. A morte ocorre em 1 a 2 dias após o aparecimento dos primeiros
sintomas.
O controle se faz através da higiene, isolamento e vacinação.
O tratamento pode ser feito utilizando antibióticos e polivitamínicos.
Cólera aviária
Doença altamente contagiosa, com grande mortalidade, conhecida como a
peste das aves. Seu agente causador é uma bactéria.
A infecção se dá por via respiratória ou digestiva.Uma vez penetrando no
organismo, a bactéria lesa principalmente o fígado, os pulmões, o coração, os vasos
e serosas, levando à morte por pneumonia, por hemorragias ou por enterite grave.
Após os primeiros sinais da doença, a morte pode vir em poucos minutos, algumas
horas e às vezes, até 1 a 2 dias. As aves apresentam diarréia verde-amarelada, pus
nas articulações, barbela, cavidade peritonial e cianose da crista devido à
septicemia. O fígado se apresenta à necropsia com pontos necróticos e aparência
de cozido.
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Quando a doença se instala o melhor é não tratar, sacrificar todas as aves
e iniciar nova criação, após desinfecção e vazio sanitário.
Coccidiose
É uma doença grave e comum, provocada por um protozoário do gênero
Eimeria, com alta mortalidade devido às lesões intestinais. Pode afetar aves de
qualquer idade, mas as jovens são as mais afetadas.
Os animais doentes apresentam diarréia preta ou com sangue, fraqueza
progressiva, anemia e desidratação.
O controle da doença é feito através, principalmente, da higiene e
isolamento. Temporariamente pode-se usar na ração, produtos conhecidos por
coccidiostáticos, quando não for possível manter o controle da doença de outras
formas ou em condições de estresse intenso e higiene deficitária.
Coriza
Também conhecida como pevide, é uma doença bacteriana, altamente
contagiosa, afeta principalmente galinhas. O agente da doença pode ser transmitido
por aerosóis, moscas, contato direto entre as aves, água contaminada, etc.
A ave doente apresenta corrimento nasal e ocular, conjuntivite, inchaço da
cabeça e barbela.
Botulismo
Caracterizada por um quadro de intoxicação provocada por uma
neurotoxina, em que o animal apresenta debilidade, prostração, paralisia e morte.
O principal meio de produção de toxinas botulínicas são os alimentos
deteriorados, como forragem, carcaças, camas úmidas, larvas, etc. A toxina é
produzida nos tecidos de animais mortos, como conseqüência do crescimento do
Clostridium botulinum. As aves que consumirem estas carcaças contaminadas pela
toxina adoecerão.
Não existe tratamento. A prevenção é feita através da higiene das
instalações e equipamentos, evitar contato das aves com carcaças e principalmente,
alimentação de boa qualidade.
Gumboro
É uma doença viral de galinhas jovens, altamente contagiosa, que ataca o
sistema imunológico das aves fazendo com que elas fiquem mais sensíveis às
doenças e não respondam bem as vacinações.
As galinhas doentes apresentam prostração intensa, incoordenação,
diarréia aquosa com penas cloacais sujas, canibalismo e inflamação da cloaca.
Não tem tratamento. O controle é feito com higiene, isolamento,
vacinação.
Marek
Doença viral que atinge as aves antes que elas alcancem a maturidade
sexual. Transmite facilmente de uma ave para a outra.Uma vez infectadas, as
galinhas tornam-se portadoras do vírus por longos períodos e atuam como fonte de
infecção.
As aves doentes podem apresentar paralisia, andar inseguro, posição de
apoio do peito contra o solo com uma perna estirada para frente e outra para trás,
tumores na pele, músculos, fígado, baço, rins, coração, pulmão, proventrículo,
ovários e testículos. Não tem tratamento. O controle se baseia na higiene,
isolamento, vacinação no primeiro dia de vida e criação de aves geneticamente
resistentes à doença.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOENÇAS INFECCIOSAS
DOENÇA AGENTE PRINCIPAIS SINTOMAS CONTROLE TRATAMENTO
bouba aviária vírus Verrugas, placas amarelas na garganta controle de moscas, sulfas, antibióticos,
vacinação polivitamínicos
bronquite infecciosa vírus dificuldade respiratória vacinação não existe
cólera bactéria diarréia verde-amarela, fígado com vacinação sulfas, antibióticos,
aparência de cozido c/ pontos escuros, pus polivitamínicos
nas articulações, barbela, cavidade
abdominal
coccidiose protozoário diarréia de sangue ou escura, fraqueza, coccidiostático sulfas e polivitamínicos
desidratação
coriza bactéria corrimento nasal e ocular, inflamação de proteger aves do frio antibiótico e
olhos e barbela polivitamínico
gumboro vírus aparecimento repentino, hemorragias nos vacinação não existe
músculos e tecidos subcutâneos
marek vírus paralisia dos membros, lesões tumorais, vacinação no incubatório não existe
peito apoiado no chão, perna p/ frente e
outra p/ trás
micoplasmose (DCR) bactéria dificuldade. respiratória, aumento das comprar pintos de granjas antibiótico e
articulações, baixa eficiência produtiva, livres, vacinação em granjas polivitamínico,
caquexia, morte de reprodutores positivos difícil e prolongado
new castle vírus dificuldade respiratória, paralisia, torcicolo, vacinação não existe
diarréia verde escura
tifo bactéria diarréia verde amarela, músculo do peito c/ vacinação sulfas, antibióticos,
aparência de cozido, alta mortalidade polivitamínicos
pulorose bactéria diarréia branca eliminar portadores, sulfas, antibióticos,
vacinação planteis postura e polivitamínicos
reprodução
outras salmoneloses bactéria diarréia amarela esverdeada eliminar portadores sulfas, antibióticos,
crista caída e azulada polivitamínicos
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VIII.4- Principais doenças parasitárias
- Parasitas externos (ectoparasitas):
- Ácaros
- Carrapatos
- Percevejos
- Piolhos
- Parasitas internos (endoparasitas):
- Ascaris
- Capilária
- Heterakis
- Tênias
Parasitos externos:
Os prejuízos provocados pelos ectoparasitas são:
- Propagação de doenças;
- Contaminação dos alimentos;
- Ataque direto aos animais.
1- Ácaros:
Estes parasitas causam a sarna, que se caracteriza por lesões na pele e
nas penas. As aves ficam irritadas, comem mal, ficam debilitadas e podem até
morrer, dependendo do grau de infestação.
O combate é feito o uso de acaricidas nas aves e instalações. A higiene
das instalações e equipamentos é de suma importância para evitar seu
aparecimento.
2- Carrapatos:
São parasitas que sugam o sangue das aves, levando a um quadro de
anemia. Pintos e frangos atacados apresentam asas caídas, cristas e barbelas
pálidas.
A prevenção é a mesma da sarna e o combate é feito através de
pulverizações com carrapaticida nas aves e nas instalações.
3- Percevejos:
Causam danos semelhantes aos carrapatos e são combatidos da mesma
forma. São de difícil percepção porque atacam a ave à noite e se escondem nas
instalações durante o dia.
4- Piolhos:
Os piolhos provocam irritação intensa podendo causar a morte de pintos.
Parasitam as penas e a pele das aves.
A prevenção se baseia na higiene e o combate é feito com pulverização
ou polvilhamento de produtos inseticidas nas aves e instalações. Pode-se adotar o
sistema de colocar o inseticida em uma caixinha com areia dentro do galpão,
deixando que as próprias aves façam a pulverização.
5- Moscas:
Sua importância deve-se ao fato de contaminarem a ração com vermes e
outros agentes causadores de doenças, devido ao fato de pousarem nas fezes e
depois no alimento. Devemos controlar sua infestação utilizando inseticidas
aplicados na cama e instalações. É importante tomar cuidado em sua utilização para
não aplicar na ração, na água e nem nas aves, devido ao risco de intoxicação.
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Parasitas internos
Os parasitas internos concorrem pelos nutrientes com as aves, lesam a
parede dos órgãos afetados, dificultam a absorção dos nutrientes devido às lesões
provocadas na parede do intestino. Provocam debilidade, anemia, diminuem a
resistência das aves às doenças e dependendo da severidade, podem levar a morte.
Apresentam formas semelhantes de controle.Um bom manejo, evitando
principalmente superpopulações, aliado a higiene das instalações e equipamentos,
garante um controle da infestação. A utilização periódica de vermífugos também se
apresenta como boa alternativa. Recomenda-se a utilização de vermífugos a base
de mebendazol ou oxibendazol, na dosagem recomendada pelo fabricante.
Geralmente, vamos utilizar 60 g mebendazol/100 Kg de ração, durante 5 dias, a
partir dos 45 dias de idade. Em criações novas pode-se fazer a vermifugação
anualmente, em criações já estabelecidas o ideal é fazer uma a cada 4 meses.
Vermífugos naturais como sementes de abóbora e de mamão também
podem ser utilizados.
Os vermes mais importantes para a avicultura caipira são:
Ascaris:
A espécie Ascaridia galli é a mais comum. É um verme redondo de até 10
cm e que ataca o intestino delgado da ave, podendo levar a obstrução intestinal.
Capilaria:
Este gênero engloba várias espécies de vermes redondos e finos. Podem
infestar o esôfago, papo, proventrículo, duodeno, ceco.
Heterakis:
Verme redondo, branco, pequeno(1 cm) que ataca o ceco das aves.
Controla-se com higiene das instalações. O tratamento é feito com
vermífugos à base de fenotiazina ( 2 a 3g/Kg de ração).
Tenia:
Conhecidas como solitária, são vermes achatados, em forma de fitas
segmentadas e que se hospedam no intestino delgado. Os animais infestados
apresentam cansaço, comem pouco e perdem peso.
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IX – Avaliação econômica da criação
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ÍNDICES ZOOTÉCNICOS EFICIÊNCIA( % )
BAIXA ÓTIMA MÉDIA
ECLODIBILIDADE 70 90 80
APROVEITAMENTO PINTOS 92 98 95
SOBREVIVÊNCIA ATÉ 28 DIAS 95 98 97
CUSTO DO OVO R$ 0,17 R$ 0,15 R$ 0,15
CUSTO DO PINTO R$ 0,43 R$ 0,31 R$ 0,35
CUSTO DO FRANGO R$ 4,64 R$ 4,60 R$ 4,65
PREÇO DE VENDA DO FRANGO R$ 7,00 R$ 7,00 R$ 7,00
PRODUÇÃO DE FRANGOS MÊS 220 311 265
LUCRATIVIDADE /MÓDULO / MÊS 519,20 746,40 R$ 622,75
1
CUSTO DO PINTO
Valor da máquina /60 meses R$ 17,26
Energia Valor estimado R$ 30,00
Ovos incubados/mês Capacidade chocadeira x valor ovo R$ 54,00
TOTAL DO CUSTO MENSAL R$ 101,26
Produção 101,26/ 288 pintos (80% de nascimento) R$ 0,35
CUSTO DO FRANGO
Pinto R$ 0,35
Ração 6,5 Kg x R$ 0,55 R$ 3,58
Vacinas e outros R$ 0,30
SUBTOTAL R$ 4,23
Perdas e consumo 10% R$ 0,42
CUSTO TOTAL DO FRANGO R$ 4,65
CUSTO DO PINTO
Valor da máquina /60 meses R$ 17,26
Energia Valor estimado R$ 30,00
Ovos incubados/mês Capacidade chocadeira x valor ovo R$ 54,00
TOTAL DO CUSTO MENSAL R$ 101,26
Produção 101,26/ 324 pintos (90% de nascimento) R$ 0,31
CUSTO DO FRANGO
Pinto R$ 0,31
Ração 6,5 Kg x R$ 0,55 R$ 3,58
Vacinas e outros R$ 0,30
SUBTOTAL R$ 4,19
Perdas e consumo 10% R$ 0,41
CUSTO TOTAL DO FRANGO R$ 4,60
1
Se um manejo adequado não for adotado, teremos uma eficiência baixa e na melhor
das hipóteses os custos ficarão assim:
CUSTO DO OVO
Valor da ave (galinha) R$ 12,00 / 12 meses de produção R$ 1,00
Custo com ração p/ 30 130 g/cabeça /dia X 30 dias = 3,9 Kg x R$ R$ 2,30
dias 0,59/Kg
Mão-de-obra e outros Salário R$ 240,00 / 1053 cabeças R$ 0,23
TOTAL DO CUSTO MENSAL POR AVE R$ 3,53
Produção 70% em 30 dias = 21 ovos/mês = R$ 3,53 / 21 ovos R$ 0,17
Custo da dúzia de ovos (R$): 2,04
CUSTO DO PINTO
Valor da máquina /60 meses R$ 17,26
Energia Valor estimado R$ 30,00
Ovos incubados/mês Capacidade chocadeira x valor ovo R$ 61,20
TOTAL DO CUSTO MENSAL R$ 108,46
Produção 108,46/252pintos ( 70% de nascimento) R$ 0,43
CUSTO DO FRANGO
Pinto R$ 0,43
Ração 6,5 Kg x R$ 0,55 R$ 3,58
Vacinas e outros R$ 0,30
SUBTOTAL R$ 4,31
Perdas e consumo 10% R$ 0,43
CUSTO TOTAL DO FRANGO R$ 4,74
X – Noções de abate:
Abordaremos neste item, noções de abate, para que o produtor possa
entender melhor como a ave é processada após abatida e também para que possa
adotar alguns cuidados necessários em seu abate para consumo próprio, visando a
obtenção de um produto melhor.
O abate comercial, com o objetivo de vender os frangos já processados,
só é permitido em abatedouros registrados no serviço de defesa oficial. O abate
clandestino é crime.
Para que se possa compreender melhor o abate pode ser dividido em 12
fases, que se iniciam antes mesmo da morte do animal. As etapas são:
01 – Dieta Hídrica
Consiste em 12 horas antes do abate deixar as aves sem ração, dando-lhes apenas
água., visando esvaziar o trato digestivo e diminuir o risco de contaminação das
carcaças.
02 – Recepção e sangria
A recepção deve ser feita em área ventilada e sombreada, deixando as aves em
repouso por algum tempo.
A sangria aumenta a durabilidade do produto. Deve-se deixar sangrar de cabeça
para baixo por 3 minutos, de preferência em funis de sangria.
1
No meio rural, muitas pessoas gostam de matar torcendo o pescoço. Porém esta
forma só pode ser utilizada para consumo próprio e imediato.
03 – Escaldagem
A escalda tem a função de facilitar a remoção das penas, impurezas e sangue. Deve
ser feita com temperatura em torno de 70º C. Não deixar a água ferver. Na prática,
quando começar a subir as primeiras bolinhas. A água muito quente cozinha a carne
e danifica a pele.
04 – Depenagem
Consiste na remoção das penas. Pode ser feita manual ou com utilização de
depenadeiras.
05 – Evisceração
Remoção das vísceras.
06 – Pré-resfriamento
Tem o objetivo de lavar e resfriar as carcaças.
07 – Gotejamento
Deixar as carcaças escorrer a água por 3 a 5 minutos.
08 – Embalagem
Em abatedouros comerciais o frango abatido deve ser embalado respeitando estas
exigências:
- embalagem de polietileno de baixa densidade, pigmentada, com fundo
arredondado.
- Miúdos e sangue devem ser embalados separados em sacos de polietileno liso e
colocados dentro do frango.
1
Perguntas mais frequentes sobre incubação de aves:
11- Retirados os ovos não fecundados posso colocar outros ovos no espaço
daqueles retirados?
Não recomendamos pois geralmente altera as condições de temperatura, umidade e
oxigenação naquele momento.
1
12- Perto do dia do nascimento o que devo fazer?
Na véspera do dia da eclosão evite mexer os ovos, pois os pintos já buscam a posição
adequada para eles nascerem. Após o nascimento, deixe-os no mínimo duas horas
dentro da chocadeira e no máximo 6 horas (eles podem atrapalhar o nascimento dos
demais pintos, apesar de terem reserva nutritiva para até 48 horas sem comida).
Aqueles que possuirem uma nascedeira, devem utilizá-la para evitar a infecção da
chocadeira com as fezes dos pintinhos.
14- Após a retirada dos ovos que não nasceram, posso colocar imediatamente
novos ovos na chocadeira?
Não recomendamos. A chocadeira deve ser limpa com solução anti-séptica e em seguida
permanecer de 8 a 12 horas sob ventilação (com as gavetas retiradas e a porta inferior
aberta).
15- Depois de tirados da chocadeira quais os cuidados que devemos ter com os
recém nascidos?
Se você não tem o pinteiro (ou criadeira) poderá improvisar um utilizando uma caixa de
papelão ou madeira com piso abrasivo (para evitar o aleijamento das aves). Uma fonte
de calor (lâmpada de 40W) e um ou mais bebedouro de passarinho são essenciais para
evitar altos índices de mortalidade, bem como ração de crescimento de boa qualidade
(rica em proteínas). A água do bebedouro tem que ser trocada diariamente pois a higiene
nos primeiros dias é muito importante.
18- Quanto tempo pode faltar energia elétrica sem prejudicar a chocada?
Durante as primeiras 48 horas no máximo 15 minutos, após esse tempo, é tolerada até
quatro horas a partir de então começam as perdas (que depende da ave).
19- Podemos anotar nos ovos a data que eles estão indo para a chocadeira?
Sim, mas somente com carvão vegetal ou lápis grafite. Nunca com tinta ou esmaltes,
pois o ovo respira pela casca.
Dicas
1
- A estocagem dos ovos não deve ser superior a sete (7) dias.
- A temperatura para estocagem é de 12,7o C, e a umidade de 75%.
- Os ovos estocados devem ser girados no minimo duas vezes por dia.
- Os ovos devem ser estocados com a ponta para baixo.
- O transporte dos ovos deve ser feito com bastante cuidado, evitando que não
haja impactos, abafamento ou exposição sol.
- A coleta dos ovos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia para evitar que
as aves antecipem a incubação.
- O controle sanitário, a idade e a alimentação das matrizes, devem ser
rigorosos. Vermifugar o plantel anualmente,usar água limpa e fresca e ração
balanceada, são também imprescindíveis.
- As regulagens de temperatura e umidade são muito importantes.
- Para chocadeiras que trabalham com cargas múltiplas, recomendamos o uso
do nascedouro (eclodidor), para que não haja contaminação dos ovos durante o
nascimento.
- Em chocadeiras que não dispõe do giro automático, os ovos deverão ser
virados, no mínimo, três vezes ao dia.
- Recomendamos lavar os ovos de ganso, pato e marreco com bombril e água,
antes de colocar para chocar
- Evite ficar abrindo a chocadeira. Só abra quando necessário e no máximo três
vezes ao dia.
- Havendo dúvida quanto a procedencia dos ovos, recomendamos que se faça
uma ovoscopia antes de colocá-los na chocadeira.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
Apostila Principais Enfermidades de Aves – AGENCIARURAL – 2003
Legislação de Defesa Sanitária animal/Programa Estadual de Sanidade
Avícola.
1
VENDA PROIBIDA