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RESUMO N1 – ESTRADAS DE RODAGEM I

1. Importância de ter um órgão federal responsável pelo setor rodoviário no Brasil

Organização das rodovias, criação de normas e procedimentos, fiscalização das obras,


fiscalização do uso da rodovia. Por ser um órgão federal é possível garantir um padrão de
desenvolvimento e execução de obras por todo o país.

2. Qual a função do DNIT e do DER (QUESTÃO DE PROVA)

DNIT:

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, órgão federal responsável por


desempenhar as funções relativas à construção, manutenção e operações de infraestrutura
dos segmentos do Sistema Federal de Viação.

DER:

Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, órgão estadual responsável por executar os


serviços de implantação, pavimentação, conservação e recuperação nas rodovias estaduais,
fiscalização e controle das atividades relacionadas ao setor rodoviário do estado.

3. Classificação das rodovias

Nomenclatura:
0 (radial – sai de Brasília);
1 (longitudinal – norte/sul);
2 (transversal – leste/oeste);
3 (diagonal);
4 (ligação).

Funcional:
Arterial: função de mobilidade, poucos acessos. Rodovias federais.
Coletor: propicia um misto de funções, mobilidade e acessos. Rodovias estaduais.
Local: função de acessos, baixa mobilidade. Avenidas, etc.

Técnica:
Feita com base em dois parâmetros principais, volume de tráfego e o relevo da região.

Questões de prova:
a) Qual é a classificação de uma rodovia de quem trafega do triângulo mineiro para o
mato grosso? BR-262 – transversal

b) Qual o tipo de sistema que propicia muitos acessos? LOCAL

c) O que é volume de tráfego? Número de veículos que passam em uma determinada


seção por unidade de tempo.
d) Sobre as classificações funcional e técnica, qual a importância de se classificar
corretamente a rodovia? Classificação funcional: determina o tipo de serviço
oferecido em relação ao volume de tráfego, conforme características de mobilidade
e acessibilidade (arterial, coletor e local). Classificação técnica: determina o
dimensionamento do projeto, baseado no volume de tráfego e relevo da região.

4. Características de tráfego

O tráfego de uma rodovia deve ser classificado por: Velocidade, volume e densidade.

Volume médio diário: Média dos volumes de veículos que circulam durante 24hrs. Usado para
indicar necessidade de novas vias ou melhorias, calcular taxas de acidentes, prever receitas
dos postos de pedágio.

Volume horário: Número de veículos trafegando em uma determinada hora.

Velocidades:
 Instantânea: velocidade de um veículo ao passar por um trecho cujo comprimento
tende a zero
 Pontual: velocidade instantânea de um veículo ao passar por um determinado ponto
 Média no tempo: médias das velocidades pontuais de todos os veículos que passam
por um determinado ponto ou seção da via.
 Média de viagem: velocidade em um trecho da via determinada pela razão do
comprimento do trecho pelo tempo gasto incluindo o tempo do veículo parado.
 Média de percurso: média de viagem sem contar o tempo parado.
 Percentual N%: velocidade abaixo da qual trafegam N% dos veículos.
 Fluxo livre: velocidade média dos veículos quando não há trânsito nem restrição.
 Diretriz ou de projeto: velocidade máxima que um veículo pode percorrer em
segurança.
 De Operação: mais alta velocidade que um veículo pode percorrer.

Densidade:
Dt = FMT[veic/h]/VMT[km/h] = [veic/km]

Questões de prova:

a) O que é o Volume horário de projeto? Volume correspondente a picos que possam


ser regularmente observados em um ano de operação admitindo-se que, nas N horas
mais carregadas do ano é permitido uma qualidade de serviço inferior. No Brasil
utiliza-se o VH50.

b) O que significa VH30? Corresponde ao trigésimo maior volume horário computado


de todas as horas do ano.

5. Estudos de Tráfego:

Determinação do tráfego atual: são realizados estudos de volume médio diário e matrizes de
origem/destinos. Feito isto é feito a alocação do tráfego atual obedecendo o critério de menor
impedância que representa a resistência que o usuário enfrenta para atingir o seu destino
(preço, distância, trânsito, etc). Após todos estes estudos é feita a calibragem da rede atual, ou
seja, são realizadas, quando necessário, mudanças.

Determinação do tráfego futuro: feita através de uma projeção com base nos seguintes
tráfegos:
 Existente ou normal: tráfego comum do trecho independente da realização do
investimento ou não
 Desviado: por razão de melhorias o tráfego é induzido para um trecho alternativo.
 Gerado: definido como sendo aquele constituído por viagens criadas pelas obras
realizadas no trecho.
 Induzido: criado por modificações socioeconômicas de uma região.

Este estudo também segue o manual do DNIT que segue as seguintes etapas:
 Determinação do período de análise
 Caracterização da natureza da demanda
 Identificação das variáveis socioeconômicas relevantes
 Formulação dos modelos de projeção
 Projeção do tráfego com base em séries históricas

Questão de prova:

a) Qual a importância do estudo de tráfego para o planejamento de obras nas


rodovias? Conhecer informações sobre os veículos (quantidade, dimensões e pesos)
que circulam por uma via. Este estudo é feito para determinar a capacidade de uma
rodovia. São realizadas contagens, pesquisas, pesagens e verificações.

6. Capacidade e Níveis de Serviço:

Capacidade da via: Refere-se ao número de veículos que podem circular e o intervalo de


tempo desta circulação. Esta determinação permite uma análise técnica e econômica de
medidas que asseguram escoamento daqueles volumes em condições aceitáveis.
1700 ucp/h para cada sentido;
3200 ucp/h para o conjunto dos dois sentidos;
3400 ucp/h para os dois sentidos em trechos curtos, túneis e pontes.

Classe I: Maiores velocidades – tráfego de longa distância


Classe II: Menores velocidades – viagens curtas

Níveis de serviço
As medidas que definem os níveis de serviço são: tempo gasto seguindo e velocidade média de
viagem.
Os níveis variam de A ate F sendo A a condição ideal e F a condição severa (NSA até NSF)

Fatores que influenciam na determinação do nível de serviço da via para uma pista simples
 Largura da faixa de tráfego: influi na velocidade pois quanto mais estreita menor a
velocidade e o mesmo acontece com a largura do acostamento, quanto mais largo é o
acostamento maior a sensação de segurança do motorista.
 Quantidade de locais de Ultrapassagem: Menor tempo trafegando atrás de veículos
lentos.
 Caminhões e ônibus: prejudica o tráfego pois são veículos lentos e acabam diminuindo
a velocidade diretriz da pista.
 Quantidade de acessos: está diretamente ligada com a quantidade de veículos que
acessa a pista prejudicando o tráfego local.
 Tipo de terreno: o relevo plano é possível trafegar em velocidade mais altas já em
regiões montanhosas esta mesma velocidade não é mantida devido ao número de
curvas, subidas e descidas.

Estudo de Traçado:

Permite avaliar onde é necessário a instalação de uma rodovia e por onde ela deve passar
levando em conta principalmente os fatores econômicos e o relevo de cada região.

As etapas de um estudo de traçado são:


 Reconhecimento: delimitar locais convenientes para a passagem da rodovia e fazer
uma caracterização geométrica desses locais.
 Exploração: Levantamento detalhado da diretriz, visando a obtenção de uma planta
plani-altimétrica da faixa de terreno que constitui essa diretriz. Topografia
 Definição do traçado: Estudar o melhor traçado da pista a fim de que se possa
aumentar o conforto e a segurança de quem irá utilizar a rodovia.

Questões de prova:

a) Qual a importância das etapas de reconhecimento e exploração de um estudo de


traçado? A etapa de reconhecimento é importante para delimitar os locais
convenientes para a passagem da rodovia já a etapa de exploração, é importante
para definir a diretriz, e assim, a planta plani-altimétrica de faixa de terreno que
constitui esta diretriz, em escala adequada, com precisão topográfica.

b) O que é uma planta plani-altimétrica? Trata-se de um recurso técnico básico sobre o


qual se poderá desenvolver o projeto geométrico da rodovia. É essencial pois nesta
planta contém os detalhes do terreno e a representação da altimetria do terreno.

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