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No hist�rico, pode-se ver que ganhei esse livro em fevereiro de 99.

Ganhei junto
com um livrinho do Calvin, O Amor � Fodido, Retrato de Dorian Gray. Seu volume
gigante e p�ginas fininhas me levaram a optar por ler todos primeiro, antes desse.
Acabou que li todos e quando comecei "Tambores", deixei de lado. S� retomei agora,
em 2005, j� morando na minha casa. E nem esses 6 anos ouvindo cr�ticas do meu pai
por n�o ter lido essa obra-prima, diminu�ram o valor do livro. A primeira coisa que
destaca no livro � a linguagem escorreita e a capacidade descritiva do autor. Vai
passando a hist�ria e isso fica em segundo plano. A capacidade narrativa, no ir e
vir do passado em simples pensamentos � plena, absoluta, maestral. A op��o por
contar a hist�ria de forma remissiva, que n�o deixa de ser um capricho, poderia
tornar o livro confuso, chato, masturba��o liter�ria. Mas n�o. Montello vai e volta
quando quer, deixando sempre em suspense o que aconteceu em seguida e tornando o
tempo presente um mero acess�rio do restante da obra e o �nico par�metro para saber
que a hist�ria de se aproxima do fim. A hist�ria � extensa, passa cuidadosamente
por 70 anos de vida do protagonista. Protagonista bem descrito, denso, complexo e
coerente com seu passado, com seus antepassados, com o contexto. O contexto tamb�m
se abre � medida que os horizontes do protagonista se ampliam, saindo de um
microcosmo de casa-grande e senzala, para o Brasil no final do s�c. XIX.
Obrigat�ria aula de hist�ria e de literatura.

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