O documento discute as doutrinas metodistas centrais, como a santificação, justificação, graça e pecado original. Apresenta as visões de Wesley sobre essas doutrinas, enfatizando que a santificação é um processo de amor a Deus e ao próximo conduzido pela graça, e que a justificação precede a santificação. As boas obras provenientes da fé fortalecem a justificação e santificação, mas não salvam.
Descrição original:
Perguntas que trarão simples direcionamentos sobre a doutrina metodista.
O documento discute as doutrinas metodistas centrais, como a santificação, justificação, graça e pecado original. Apresenta as visões de Wesley sobre essas doutrinas, enfatizando que a santificação é um processo de amor a Deus e ao próximo conduzido pela graça, e que a justificação precede a santificação. As boas obras provenientes da fé fortalecem a justificação e santificação, mas não salvam.
O documento discute as doutrinas metodistas centrais, como a santificação, justificação, graça e pecado original. Apresenta as visões de Wesley sobre essas doutrinas, enfatizando que a santificação é um processo de amor a Deus e ao próximo conduzido pela graça, e que a justificação precede a santificação. As boas obras provenientes da fé fortalecem a justificação e santificação, mas não salvam.
O que caracteriza um metodista? Nos tempos de Wesley, os metodistas eram conhecidos por suas práticas, seus costumes, suas doutrinas. E no nosso tempo, os metodistas são conhecidos por suas práticas, costumes e doutrinas? Em nosso tempo, o metodismo não é tão relevante em suas ações sociais, em sua evangelização e em suas doutrinas. Sobre as práticas, basta lermos algum livro sobre história do metodismo e vermos a significância do movimento metodista na Inglaterra e nos EUA. Destaque para: forte ênfase social (criação de escolas, orfanatos etc.); forte ênfase evangelística (grande número de conversões na Inglaterra e nos EUA); forte ênfase doutrinária e discipuladora. Vejamos, pois, as doutrinas básicas dos metodistas: Qual foi a doutrina mais enfatizada por John Wesley e os metodistas? Sem dúvidas, a santificação e a perfeição cristã. Wesley entendia que o ser humano precisava buscar a perfeição em amor e atingir a maturidade cristã. E quais eram as doutrinas fundamentais dos metodistas? Graça, pecado, justificação, santificação, novo nascimento, plena santificação. O que os metodistas entendiam como pecado original? Artigo 7: O pecado original não está em imitar a Adão, como erradamente dizem os pelagianos, mas é a corrupção da natureza de todo o descendente de Adão, pela qual o homem está muito longe da retidão original e é de sua própria natureza inclinado ao mal e isto continuamente. Os metodistas acreditavam em livre arbítrio? Vamos ler o 8º artigo de religião da Igreja Metodista: A condição do homem, depois da queda de Adão, é tal que ele não pode converte-se e preparar-se pelo seu próprio poder e obras, para a fé e invocação de Deus; portanto, não temos forças para fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus sem a Sua graça por Cristo, predispondo-nos para que tenhamos boa vontade e operando em nós quando temos essa boa vontade. Quais são os tipos de graça? Preveniente, justificadora e santificadora. Quando dizemos que a graça preveniente nos traz o livre arbítrio, temos que explicar de que maneira isso acontece. Se entendemos que o livre arbítrio é dado pelo anúncio da mensagem, então estamos seguindo a mesma lógica de Armínio, isto é, a de que o Espírito Santo nos dá a liberdade mediante a pregação do evangelho. Isso quer dizer que o livre arbítrio não é algo da natureza humana, mas algo concedido mediante a pregação. Quando entendemos que o livre arbítrio nos é dado mediante o novo nascimento, então passamos a entender que o livre arbítrio opera em nós quando o Espírito Santo atua em nossas vidas efetivamente. Como o ser humano pode se arrepender dos seus pecados? Ele não pode. É o Espírito Santo nos convence do pecado. Portanto, sem o Espírito, somos escravos do pecado. As Notas de Wesley sobre João 16.8-9 falam que “o mesmo Espírito que convence do pecado passará a habitar o pecador ou a pecadora arrependida e que creia em Cristo” (REILY, 1990, p.10). Todo ser humano é filho de Deus? Todo ser humano tem o Espírito Santo? Não. “Se o Espírito não testifica, no presente, com teu espírito, seres filho de Deus, que Ele te convença, a ti, pobre pecador ainda não despertado, pela demonstração do seu poder, de que tu és filho do diabo!... E não endureçais vossos corações, resistindo ao Santo Espírito, que agora vem convencer-vos do pecado (CHARLES WESLEY, REILY, 1990, p.10). “O Espírito convence de pecado, o primeiro passo num verdadeiro arrependimento. A graça preveniente possibilita ao pecador a produzir ‘frutos dignos de arrependimento’ (Lc 3.8-14). Então o Espírito conduz as pessoas arrependidas ao Cristo Redentor; mediante a fé em Cristo, que é dom de Deus, vem o perdão (justificação), que é eminentemente a obra de Cristo, o Filho. Qual a diferença entre a justificação e a santificação? “Uma implica no que Deus faz por nós através de seu Filho; a outra se prende ao que o mesmo Deus opera em nós pelo seu Espírito” (Sermão V, sermões, I, 112). Como sabemos se temos o Espírito? Testemunho do Espírito. “O Espírito Santo dentro de nós é a certeza da nossa salvação; ele é também o penhor dela, e assegura nossos espíritos que temos a garantia da felicidade eterna. ‘O Espírito de Deus testemunha com nossos espíritos que somos filhos de Deus’ (Rm 8.16)” (Sermão “O Entristecer do Espírito Santo”). “O Testemunho do Espírito é uma impressão íntima feita sobre o meu espírito que sou filho de Deus; que Jesus Cristo me amou e deu-se a si mesmo por mim; e que todos os meus pecados são cancelados e eu, sim, eu, sou reconciliado com Deus” (sermões, I, 205). O que vem primeiro, a justificação ou a santificação? Os que crêem que a santificação precede a justificação acabam crendo em salvação por obras, isto é, que podemos ser salvos mediante o nosso esforço e o cumprimento da Lei. Mas isso é absolutamente contrário ao Novo Testamento. Wesley acreditava que a justificação (o perdão dos pecados) precedia a santificação.
Qual é o papel das obras na teologia wesleyana?
É muito comum ouvirmos falar sobre obras de piedade (oração, jejum, leitura devocional etc) e obras de misericórdia (ajuda, ação social etc.) em Wesley. Mas pouco falamos sobre a relação entre fé e obras em Wesley. Para Wesley, há obras que precedem a fé e obras que provém da fé. As primeiras não possuem valor algum, não nos justificam nem mesmo contribuem para a nossa santificação, pois não somos justificados por obras. As obras que provém da fé, por sua vez, as quais Tiago trata em sua carta, compõem a fé e, portanto, atuam em nossa justificação e santificação. “A fé que faz obras impulsionada pelo amor é tudo quanto Deus exige do homem, pois ele substituiu (não a sinceridade, mas) com o amor a perfeição angélica” (WESLEY, Explicação clara da perfeição cristã).
“Igualmente, o Espírito Santo opera em nossos corações, não simplesmente criando
desejos de santidade em geral, mas inclinando-nos fortemente a cada graça em particular, e guiando-nos a pôr em prática o que é compreendido nas palavras “tudo que é amável.” Desta maneira o Espírito Santo nos dirige com a mais absoluta propriedade, pois “com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou” (Tg 2.22). Assim também podemos ver que os nossos atos de obediência ou desobediência podem fortalecer ou diminuir a fé, trazer o favor ou o desagrado de Deus sobre nós” (WESLEY, Explicação clara da Perfeição cristã). As obras não salvam, mas, sem elas, não podemos herdar a vida eterna. Por que razão devemos praticar boas obras? “Devemos fazê-lo por três razões: primeira, para oferecer-Lhe o que temos recebido d’Ele; segunda, para evitar a tentação do orgulho que nasce da própria bondade da obra; terceira, para unir o nosso ser a Deus, à quem a alma se derrama em oração, juntamente com a graça recebida e as boas obras que temos feito, a fim de receber d’Ele novas forças contra os maus efeitos que estas mesmas obras possam produzir em nós, senão fizermos uso dos antídotos que Deus ordenou contra estes venenos. A maneira de ser cheio novamente da Sua graça, é esvaziar-nos de nossos próprios méritos; pois cheios deles somos inclinados a abandonar a prática das boas obras” (WESLEY, Explicação clara da Perfeição Cristã). Como acontece a nossa santificação? O que é a perfeição cristã? A santificação é um processo que ocorre por meio da graça de Deus. Esta, por sua vez, nos leva a amar a Deus e praticar obras de piedade e de misericórdia. “(1) Que a Perfeição Cristã é o amor a Deus e ao próximo, que implica libertação de todo o pecado. (2) Que é recebida simplesmente pela fé. (3) Que é dada instantaneamente. (4) Que a cada momento devemos esperá-la; que não devemos esperar até a hora da morte para obtê-la, mas que agora é o tempo aceitável, hoje é o dia da salvação” (Explicação Clara da Perfeição Cristã”.