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Por muitas vezes ficamos em dúvida sobre a grafia correta das seguintes palavras:

“encima” e “em cima”. Qual é a correta ou qual devo usar?

A palavra “encima” vem do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular


do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem significado de “colocar
em cima de”, “coroar”, “algo situado acima de”, “elevar”. Observe:

1. O slogan criado encima toda a campanha.


2. O gerente foi encimado diretor do departamento financeiro.

Já a expressão “em cima” é um advérbio ou preposição e significa “na parte mais elevada”,
“na parte superior”, “sobre”, e é antônimo de “embaixo”. Veja:

1. Esse livro estava em cima da cômoda ou embaixo?


2. Pode colocar em cima da mesa, por favor.

Curiosidade: Por que embaixo se escreve junto e em cima separado? Isso ocorre por uma
questão de fonética e também de ortografia. Os fonemas bilabiais “m” e “b” se adaptam
facilmente na língua portuguesa, além de ser admitida a união entre eles. Agora, no caso
de “em cima” seria necessária a troca do “m” pelo “n”, o que não é aceito ortograficamente,
contudo, é muito comum encontrarmos “encima”.

Nas correlações "tanto... como..." e "tanto... quanto...", o verbo concorda no plural: "Tanto João
como José participaram do debate"; "Tanto a minha empresa quanto a sua não atrasam
pagamento de salário".

A VISTA = refere-se ao substantivo vista; olho; órgão visual; paisagem.


Exemplos: - A vista daquele homem parece triste. - Ela tem uma bela vista de seu quarto.

À VISTA = na presença de; a dinheiro; pagamento da mercadoria adquirida; diante.


Exemplos: - Você vai pagar à vista? - Eu me sinto bem à vista da luz solar. - À vista dele você fica
esquisito.

"De nada OU Por nada"?


Quero ler mais sobre... MORFOLOGA: Escreva Corretamente

E a resposta ao agradecimento? Já que obrigado significa sentir-se obrigado a alguém por algo, pode-se
responder à pessoa por nada.

Pode-se usar também a locução não há de quê.

No Brasil, há o costume de retribuir o agradecimento com um Obrigado você, que é inadequado.

Se se quiser responder dessa maneira, deve-se usar Obrigado eu, ou, se for mulher, Obrigada eu,
Obrigados nós, ou Obrigadas nós, ou ainda Obrigado a você ou Obrigada a você.
Se não quiser usar expressão alguma das apresentadas, pode responder com a frase Eu que
agradeço, que é a minha preferida.

" Vou me indo " - essa construção fere a norma culta da língua, porque há dois verbos iguais
nessa flexão verbal ( vou ( verbo ir ) -----indo ( verbo ir )
O correto é você usar apenas o verbo " ir " uma vez só:

Ex: Eu VOU
Nós IREMOS
Eles VÃO

Penso que (em Portugal) as expressões não são usadas indistintamente em todos
os contextos, mas há contextos em que se podem usar as duas.

Se passamos entre duas pessoas que estão a falar(à frente delas), "com licença",
se arrotamos, "com licença"/"perdão", se queremos passar na multidão, "com
licença"...

Se queremos entrar num local, "Dá(-me) licença (que entre)? / Posso?", se


queremos abrir passagem na multidão "dá-me licença?"...

Quando interpelamos alguém na rua para pedir alguma indicação, penso que
dizemos mais frequentemente "Desculpe,..." , "Olhe, se faz favor/por favor,...".

Porem ou porém
As duas palavras existem na língua portuguesa. A
palavraporém é uma conjunção coordenativa
adversativa e porem é o verbo pôr conjugado na
3ª pessoa do plural do infinitivo pessoal. A
pronúncia das duas palavras é diferente. Em
porém (po-rém) a sílaba tônica é o rém e em
porem (po-rem) a sílaba tônica é o po.

Assim, se quisermos transmitir uma ideia de


contraste, usamos a conjunção coordenativa
adversativa porém. As conjunções coordenativas
adversativas relacionam orações com a mesma
função, mas transmitem uma ideia de contrário.
Como exemplos de conjunções coordenativas
adversativas temos: porém, mas, contudo,
todavia, entretanto.

Exemplos:
Ela ficou de comprar os balões, porém estavam
esgotados.
Eu gostaria muito de conversar, porém estou
ocupadíssima!

Atenção!
A palavra porém pode também assumir a forma
de um substantivo comum masculino quando
utilizada com sentido de impedimento, de
obstáculo.
Exemplo: Em tudo que eu faço você encontra um
porém!

Relativamente ao verbo pôr, conjugado na 3ª


pessoa do plural do infinitivo pessoal, devemos
utilizar a palavra porem.

Exemplos:
Peça aos senhores para porem a mesa no centro
da sala.
Acho melhor vocês não porem as pastas na
prateleira

Junto ou juntos?
Num supermercado, li um aviso, na zona dos vinhos, que dizia
qualquer coisa como isto: "Visite a feira de queijos e enchidos, juntos
aos frescos."

De facto, a palavra junto pode ser um adjectivo, concordando em


género e número com o nome que qualifica. Por exemplo, na frase:
"Guardei as fotografias das férias todas juntas."

Contudo, junto, tal como próximo, ou perto, também pode ser um


advérbio de lugar. E, no aviso, é o advérbio que deve constar. Tal
como não diríamos que os queijos e enchidos estão "*pertos dos
frescos", também não devemos dizer que estão "*juntos aos frescos".

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