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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISOCIESC

GRADUACÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

RAINER LODETTI; WESLEY MACIEL; FABRICIO DELGADO; VINICIUS


RAMOS; BRUNO COELHO

REAPROVEITADOR DE GASES

Um gerador de energia elétrica, a partir da coleta do gás carbônico, pós


combustão

Joinville
2018
RAINER LODETTI; WESLEY MACIEL; FABRICIO DELGADO; VINICIUS
RAMOS; BRUNO COELHO

REAPROVEITADOR DE GASES

Um gerador de energia elétrica, a partir da coleta do gás carbônico, pós


combustão

Projeto Interdisciplinar 3A
submetido aos Colegiados
do Curso de Engenharia
Mecânica, com o objetivo
de criar um produto para
atuar na área de
sustentabilidade.

Orientadora: Daniele da
Silva.

Joinville
2018
RESUMO

Basicamente nosso processo consiste na substituição de um componente


de exaustão, com fácil substituição e manutenção, tendo como um
aproveitamento do gás de combustão, e transformado em energia elétrica. Como
um motor de qualquer veículo movido a combustível (Álcool, Gasolina e Diesel)
gera uma turbulência e muita pressão nos dutos de exaustão, com alta
velocidade, nós resolvemos aproveitar e implantar, um sistema semelhante a
capitação de energia eólica, criar um sistema robusto, com baixo atrito, para que
pudesse ser aproveitado ao máximo, podendo gerar muita energia para demais
componentes periféricos do carro, até mesmo em carros híbridos (elétrico e a
combustão) onde podemos manter alguns quilômetros a mais no trajeto com
essa espécie de “alternador”, ambos iriam trabalhar lado a lado para suprir ainda
mais.

Palavras-chave: energia, rotores, sustentabilidade


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Objetos a serem montados ............................................................. 13


Figura 2 – Eixo de rotor ................................................................................... 14
Figura 3 – Eixo montado nos rolamentos ........................................................ 15
Figura 4 – Aletas montadas ............................................................................. 16
Figura 5 – Direcionador de fluxo ...................................................................... 17
Figura 6 – Detalhamento Mancal ..................................................................... 20
Figura 7 – Detalhamento Catavento ................................................................ 20
Figura 8 – Detalhamento Tubo coletor ............................................................ 21
Figura 9 – Visão explodida .............................................................................. 21
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 6
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................. 7
3 CAUSA ................................................................................................ 8
3.1 Gases do escapamento na atmosfera ............................................ 8
3.1.1 CO (monóxido de carbono) ............................................................ 8
3.1.2 NOx (Óxidos de nitrogênio) ............................................................ 8
3.1.3 HC (hidrocarbonetos) ..................................................................... 8
3.1.4 CH4 (metano) ................................................................................. 9
3.1.5 CHO (aldeídos) .............................................................................. 9
3.1.6 MP (material particulado) ............................................................... 9
3.1.7 CO2 (dióxido de carbono) .............................................................. 9
3.2 Problemas dos ácidos no meio ambiente ..................................... 10
3.2.1 O efeito no meio ambiente ............................................................. 11
4 CONFECCÃO .................................................................................... 12
4.1 Materiais utilizados ........................................................................ 12

5 FUNCIONAMENTO .......................................................................... 17
5.1 Função de cada componente ...........................................................17
5.1.1 Tubo principal e eixo do rotor .......................................................... 17
5.1.2 Direcionador de fluxo ..................................................................... 17
5.1.3 Aletas ............................................................................................. 17
5.1.4 Função do gerador ......................................................................... 18
5.2 Funcionamento geral ..................................................................... 18

6 VANTAGENS ..................................................................................... 18
6.1 Diminuir o esforço do motor .......................................................... 18
6.2 Economia ...................................................................................... 19
6.3 Meio ambiente ............................................................................... 19

7 DESENHOS ........................................................................................ 20

8 REFERÊNCIAS ................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos apresentar um produto confeccionado pelos autores,


explicando detalhadamente todo seu processo de criação e aquisição de
materiais. Também deixaremos previamente escrito e detalhado todos os
motivos mais importantes para criação desde produto. Desenvolvemos um
reaproveitador de gases do escapamento dos veículos, com o objetivo de gerar
energia pela rotação que os gases vão gerar dentro do escapamento, seria
como um segundo alternador, mais fraco, porém com o mesmo objetivo que
ele, já que os gases do escapamento serve apenas para poluir o ambiente.

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1. JUSITIFICATIVA

O motivo de ter montado um projeto de reaproveitar gases do escapamento


foi que mesmo nos dias de hoje, no mercado não há tanto investimento ou
pesquisa nessa área, um dos exemplos que se podem que ser citados é o
turbocompressor que é basicamente um reaproveitador de gás que o próprio
motor gera, para se conseguir mais potência, através de um sistema de rotores
que induz mais ar na admissão do motor; é uma coisa que foi criada a muito
tempo e é utilizado ate hoje e nada além disso foi explorado nessa área de
exaustão do veiculo e pensando nisso tivemos a idéia.
Dentro do que fizemos existem muitas vertentes e possibilidades para se
aprofundar no assunto, mas pegamos uma ideia superficial de gerar energia
elétrica para o próprio veiculo diminuindo o esforço do motor e prolongando a
vida útil da bateria.

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3. CAUSA

3.1. Gases do escapamento na atmosfera

Os principais gases tóxicos emitidos pelos automóveis são:

3.1.1 CO (monóxido de carbono)

É um gás asfixiante. Diminui a oxigenação no sangue, causando tonturas,


vertigens e alterações no sistema nervoso central. Uma vez na corrente
sanguínea, transforma-se em CO2 e participa de reações fotoquímicas. Agrava
problemas cardíacos e respiratórios. Em concentrações muito elevadas, leva à
morte. São emitidos por todos os veículos, e sua emissão foi reduzida em mais
de 90% desde o início do programa de redução de emissões (PROCONVE), em
1988.

3.1.2 NOx (Óxidos de nitrogênio)

São gases irritantes. Provocam desconforto respiratório, diminuição da


imunidade e alterações celulares. Agrava os problemas respiratórios, como
alergias, asma e bronquite. Sua emissão é feita majoritariamente por veículos
movidos a diesel. Sua emissão foi reduzida em mais de 95% desde o início dos
controles ambientais.

3.1.3 HC (hidrocarbonetos)

Assim como os óxidos de nitrogênio, provocam irritação nos olhos, nariz, pele e
aparelho respiratório. São cancerígenos. Sua emissão é feita pelos motores de
ciclo Otto (álcool e gasolina) e diesel. Sua emissão foi reduzida em 99% para os
primeiros e em 80% para os demais.

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3.1.4 CH4 (metano)

Apesar de não trazer grandes malefícios ao corpo humano, é um gás estufa. Seu
excesso de emissão contribui para o aquecimento global. Não é avaliado pelo
PROCONVE.

3.1.5 CHO (aldeídos)

Também é um gás irritante e provoca os mesmos efeitos do HC e NOx, e também


é cancerígeno. Pelo fato de sua emissão ser menor que a dos demais poluentes,
foi reduzida em 70% desde o início do programa de emissões veiculares.
Aparece em ambos os ciclos de combustão.

3.1.6 MP (material particulado)

É a famosa fumaça, a qual aparece principalmente nos motores diesel. Além de


causarem grandes danos ao sistema respiratório, pois ficam retidas nos alvéolos
pulmonares, causando grande irritação e desconforto, também contribuem para
agravar o efeito estufa. Desde o início do PROCONVE, sua emissão foi cortada
em 95% para veículos novos.

3.1.7 CO2 (dióxido de carbono)

Assim como o metano, não é prejudicial à saúde, mas é o principal causador do


efeito estufa, por ser o gás emitido em maior quantidade. Do ponto de vista da
engenharia de motores, um aumento em seu volume costuma ser visto como
algo positivo, pois ele é resultado de combustão completa, ou seja, o motor está
trabalhando de maneira eficiente. A melhor forma de reduzir sua emissão reside
na redução de consumo de combustível.

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3.2 Problemas dos ácidos no meio ambiente.

Como foi abordado nos itens anteriores, pode-se notar que o número e a
quantidade de gases emitidos é muito grande, por isso é importante que
possamos reaproveitá-los promovendo a sustentabilidade.

Outro fator são as baterias dos carros, que a mais comum é a chumbo-ácido que
é composta por: chumbo, ácido sulfúrico e materiais plásticos. O impacto
ambiental desse tipo de bateria deve ser analisado desde a sua produção; o
chumbo pode afetar muito a saúde das pessoas, causando disfunções no
sistema nervoso, problemas, ósseos, circulatórios etc..; sendo assim a saúde de
quem trabalham com isto é comprometida e deve ter acompanhamento médico.

Então pôde-se concluir que com a ajuda do nosso produto no sistema elétrico do
carro, ao longo do tempo possamos reduzir o tamanho das baterias e sendo
assim a utilização de chumbo nas indústrias será menor.Com está condição,
reduzimos os riscos a saúde das pessoas e a contaminação do chumbo no ar e
na água, promovendo mais uma vez a sustentabilidade no meio ambiente.

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3.2.1 O efeito no meio ambiente

O efeito da produção de baterias sobre o ambiente pode ser dividido em dois


aspectos: ocupacional, devido à contaminação do ambiente interior à fábrica e
ambiental, devido à emissão de efluentes para as regiões externas à fábrica.

O risco de exposição a compostos de chumbo no interior das fábricas de


baterias existe em praticamente todos os setores diretamente ligados à
produção. Com isto, em praticamente todos os setores o uso de equipamento
de proteção individual é obrigatório. Além disto, por questões da legislação
trabalhista um acompanhamento do nível de chumbo na circulação sanguínea
é realizado periodicamente em todos as pessoas que trabalham com chumbo.
Para um melhor entendimento destes riscos, vejamos o fluxograma de
produção: O chumbo metálico em lingotes praticamente não apresenta risco de
contaminação. Em sua primeira etapa, a produção de óxido de chumbo,
surgem aspectos aonde a relação tecnologia/meio ambiente é evidenciada. O
processo de produção de óxido de chumbo à partir de chumbo metálico e
oxigênio é extotérmico e em princípio, não deveria consumir energia.

Existem basicamente dois processos para a realização desta oxidação. No


processo Barton, chumbo fundido é agitado na presença de ar. Em moinhos de
atrito, pedaços de chumbo são atritados em um tambor, na presença de ar. As
características físico-químicas dos óxidos obtidos pelos dois processos são
distintas, cada uma apresentando suas vantagens e desvantagens.
Os europeus utilizam mais frequentemente o óxido de atrito, enquanto que os
americanos empregam o óxido de Barton. Como o chumbo precisa ser fundido
neste processo, existe um custo adicional de energia e a emissão de vapores
de chumbo que necessitam ser contidos em coifas. O isolamento térmico do
cadinho aonde o chumbo é fundido é fundamental para uma eficiência
energética do processo. Os dois processos resultam em um pó que necessita
ser corretamente armazenado. Este pó possui uma fração apreciável de
chumbo não oxidado, e portanto é um material sujeito a posterior oxidação no
ambiente.

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4. CONFECCÃO

Para a confecção do protótipo utilizamos peças em inox, devido à grandes


resistências mecânicas, alta temperatura, corrosão e gerando alta durabilidade
para o produto.
4.1. Materiais utilizados:

 90mm de tubo inox 2’ ½'’ - (tubo principal)


 60mm de tubo inox 3/8” - (eixo do rotor)
 30mm de tubo inox ¾" - mancais dos rolamentos)
 50mm de chapa inox 1mm – (direcionador de fluxo)
 100mm de chapa inox 0,5mm - (confecção das aletas do rotor)
 2 rolamentos 206zz

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Figura 1: Objetos a serem montados

Fonte: produção própria, 2018

Para obtenção dos diâmetros necessário para a instalação do rolamento (6mm


interno e 17mm externo), necessitou a usinagem do eixo do rotor (como mostra
na figura 2) e o mancal, que respectivamente tinham diâmetros de ¼" e 5/8”.

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Figura 2: Eixo de rotor

Fonte: produção própria, 2018

Depois obter eixo e mancais prontos, precisamos furar o tubo principal para
alojar o eixo do rotor. então, após centralização e medições necessárias,
furamos utilizando broca de aço rápido 12mm. E logo após centralizamos eixo,
mancais e fixamos os rolamentos (como mostra na figura 3). para a fixação
dos mancais utilizou-se a solda TIG ou GTAW, pois apresenta grande
vantagem em:

 Soldas de excelente qualidade


 Acabamento do cordão de solda
 Menor aquecimento da peça soldada
 Baixa sensibilização à corrosão intergranular.

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Figura 3: Eixo montado nos rolamentos

Fonte: produção própria, 2018

Após eixos e rolamentos fixos foi a vez de fixar as aletas, que foram fixados de
chapas inox 0,5mm.
Para a sua confecção, necessitamos de ½ circunferência de uma tubulação 1’
½" com o comprimento de 60mm que utilizamos como gabarito para a chapa
de 0,5mm. Após desenhá-las e cortá-las com a utilização da lixadeira manual,
efetuou a sua fixação do eixo através da solda TIG ou GTAW, (como mostra na
figura 4).

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Figura 4: Aletas montadas

Fonte: produção própria, 2018

Na confecção do direcionador de fluxo, necessitou uma chapa de 1mm com


comprimento de 50m. após desenhar e cortar com lixadeira manual, fixou
utilizando a solda TIG ou GTAW (como mostra na figura 5).

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Figura 5: Direcionador de fluxo montado

Fonte: produção própria, 2018

5. FUNCIONAMENTO

5.1 Função de cada componente

Essa será uma explicação básica de cada componente onde depois do projeto
todo ser confeccionado

5.1.1 Tubo principal e eixo do rotor

A função do tubo principal é ligar as aletas ao eixo do rotor para gerar energia
e por sua vez o eixo do rotor é ligado ao gerador de energia.

5.1.2 Direcionador de fluxo

O direcionador de fluxo como o próprio nome já diz tem a função de direcionar


todo o fluxo de gases paras as aletas.

5.1.3 Aletas

As aletas são uma das partes mais importantes do projeto onde ela que define
o quão eficiente é o produto final ou não pois ela que rotaciona o eixo.

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5.1.4 Função do gerador

A função do gerador é transformar a energia de rotação em energia elétrica


para componentes do carro, um exemplo básico dos veículos de hoje são
baterias mais fracas (menor custo) e um alternador de maior Amperagem.
Sabemos que o alternador gera uma grande resistência a correia do veiculo
pois precisa gerar bastante energia para manter a bateria sempre carregada.

5.2 Funcionamento geral

O funcionamento dele é simples e eficiente, o motor gera seus gases


normalmente em funcionamento e temos duas opções de onde colocar o
protótipo, logo na saída do coletor de escapamento ou no final do sistema de
escape, ambos teriam funções diferentes, no caso, trabalhar em alta rotação e
gerar uma energia superficial ou ter uma rotação com mais pressão podendo
colocar um gerador mais forte em ambos os casos são benéficos para o
veiculo.O direcionador de fluxo direcionará todos os gases para as aletas que
obrigatoriamente irão girar pela força do fluxo, passando essa rotação pelo eixo
que está interligado aos rolamentos e ao gerador de energia que por sua vez
gera a energia necessária para ligar alguns componentes do veiculo.

6. VANTAGENS

As vantagens do produto são:

6.1 Diminuir o esforço do motor

Com o auxílio desse protótipo o motor consegue girar mais “livre” pois usando
um alternador de menor amperagem consequentemente alivia o sistema de
correia ou corrente do veículo.

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6.2 Economia

Como acontece em carros turbos, um carro turbo é mais econômico que um


carro aspirado, usando potência equivalente, ou seja, usando melhor os gases
do escapamento para ter um carro mais forte consequentemente você pode
montar um veículo com motor menor, então como diminui o esforço do motor ele
consumirá menos.

6.3 Meio ambiente

E um dos principais motivos e o mais importante de todos é a sustentabilidade


como já falamos acima o ácido das baterias são bem prejudiciais ao meio
ambiente e eliminando uma pequena parte do uso desse ácido já é uma grande
ajuda para o meio ambiente.

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7. DESENHOS

Figura 6: Detalhamento Mancal

Figura 7: Detalhamento Catavento

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Figura 8: Detalhamento Tubo coletor

Figura 9: Visão explodida

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8. REFERÊNCIAS

https://maua.br/files/monografias/aproveitamento-da-energia-termica-
dos-gases-do-sistema-de-exaustao.pdf

https://educacaoautomotiva.com/2015/07/25/conheca-os-gases-
poluentes-que-seu-carro-emite/

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/bateria-automovel.html

https://www.maosaoauto.com.br/2015/07/alternador-mitos-que-todo-
motorista-deveria-saber/
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