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2004
Análise Epistemológica do P.E. do Agrupamento de Escolas do Monte
2004
Análise Epistemológica do P.E. do Agrupamento de Escolas do Monte
Resumo
Provérbio Africano
“ Uma parte substancial dos nossos problemas futuros têm origem no medo do que é
novo”
Siglas
Abreviaturas
ed.= edição
p. = página (s)
Introdução
Desta feita, a escola é uma organização que tem de interagir com outras
instituições, fontes de informação e de formação, clarificando qual o seu papel neste
contexto. Do ponto de vista do desenvolvimento das competências dos alunos, pertence-
lhe a sua promoção de modo a torná-los mais autónomos.
Neste contexto, surge o Projecto Educativo da Escola aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 115-A/98, de 4 de Maio (regime de autonomia, administração e gestão das Escolas)
como um projecto global de toda uma escola, reflectido, concebido, elaborado e
executado por todos os que intervêm no processo educativo. Assim, a escola não é
unicamente o local de aplicação de uma política nacional de educação, mas é também o
local de elaboração e realização de uma política educativa local. A especificidade de
cada estabelecimento de ensino, a diversidade dos seus públicos escolares, e as formas
pelas quais é possível assegurar o cumprimento dos grandes objectivos nacionais para a
educação, expressos na Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86 de 14 de
Outubro), permitem que cada escola forje a sua própria identidade, expressa no seu
Projecto Educativo, cabendo aos professores adaptá-lo às características e perfis dos
seus alunos, através do Projecto Curricular de Turma, consagrado pelo Decreto-Lei n.º
6/01 de 18 de Janeiro.
Não é demais frisar que, no respeito pela legislação geral e específica do sector, as
escolas têm a capacidade de definir uma política própria, em campos decisivos, como,
por exemplo: a gestão dos tempos e espaços escolares; a organização e a gestão
curricular; a formação do pessoal; a orientação e acompanhamento dos alunos; a ligação
à comunidade.
É com base nestes pressupostos que o presente trabalho se desenvolve. Sendo
preponderante a investigação educativa “ uma actividade de natureza cognitiva que
consiste num processo sistemático, flexível e objecto de indagação e que contribui para
explicar e compreender os fenómenos educativos” (Pacheco, 1995, p.9). Portanto, é
mediante a investigação que podemos problematizar e reflectir acerca do processo de
ensino – aprendizagem. Segundo Gil (2002, p. 18-21):
“toda a investigação é desenvolvida atendendo a um projecto de pesquisa que
tem como ponto de partida uma problemática inicial que, de forma crescente e
cíclica, se vai complexificando, em interligações sistemáticas mediantes os novos
dados, até se alcançar uma interpretação válida, coerente e solucionadora”.
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reflectir; desafiar e lembrar que não existe um caminho único ao qual se equaciona a
responsabilidades dos Docentes para os futuros Homens do amanhã. Desta constatação,
ressalta o aspecto da dimensão social de educação, ou seja, “ a educação desenvolve-se
num plano com o recurso e intervenção da comunidade e instituições” (Freixo, 2002,
p.147).
Parte I – Fundamentação Teórica
1-O Projecto Educativo
1.1. O conceito de Projecto.
2.2.Conceito de Paradigma
Por sua vez aparece o par. Humanista este que se centra no desenvolvimento da
pessoa para que ela se sinta bem e que possa funcionar plenamente, favorecendo a
criação de uma sociedade centrada no “eu”. De acordo com esta visão, o aluno passa a
ser um agente activo na sua aprendizagem, esta que resulta da interacção entre ele
próprio e o ambiente (Bertrand & Valois, 1944, p.138).
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Conclusão
Concluir um trabalho é uma tarefa difícil, seja qual for a sua natureza, porque há
sempre muito mais para dizer. Contudo, fica a satisfação da sua realização, uma vez
que contribui para o crescimento de quem o faz.
Enviada por um espírito de partilha e reflexão, percorreu-se, mesmo que
sumariamente, os “trilhos” do Projecto Educativo da Escola e os efeitos que ele produz
nas práticas pedagógicas e na construção e gestão do Currículo.
Mediante a investigação feita, é necessário criarem-se ambientes de cooperação,
de inter-ajuda e de partilha. É num ambiente ecológico e interactivo que se deve
desenvolver o Projecto Educativo da Escola, o que exige debates e negociações,
desenvolvimento de atitudes partilhadas, identificação de objectivos comummente
assumidos, planificação conjunta, co-aprendizagem institucional, questionamento de
ideias e de práticas, manutenção de canais de comunicação abertos, avaliação conjunta
de produtos e processos, investigação conjunta, tempos e espaços.
Se na realidade o ensino é um processo interactivo-adaptativo permanente,
então, terá de se exigir da escola, no cumprimento do papel primordial que desempenha
no processo educativo, uma atitude de interrogação constante sobre as situações e
factores que podem e devem contribuir para a elaboração do Projecto Educativo da
Escola.
Para estas ideias converge, entre outras, a de que, em matéria curricular, é
necessário que as decisões sejam articuladas e partilhadas pelo corpo docente de cada
escola, a fim de dotarem de maior coerência as suas actuações, aceitando o princípio de
que é ao nível do Projecto Educativo da Escola que é possível respeitar os alunos reais
e articular a acção dos diversos professores, por forma a romper com a mera
acumulação de conhecimentos e propiciar uma visão interdisciplinar e integrada do
saber.
Outras ideias foram também expressas neste trabalho e que dão igualmente conta
do grau de abrangência de um Projecto Educativo da Escola, tal como a de que nos
cabe, como professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, construir uma articulação de
propostas, metodologias/estratégias, temas, conteúdos..., não apenas pressupondo que
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determinado conteúdo foi ensinado e aprendido, mas, pelo contrário, que tenha em
conta as situações reais dos nossos alunos, que estão em formação e que nos ajudam a
crescer pessoal e profissionalmente. Este trabalho é revelador da experiência de
Docente e do pensamento acerca do papel que se tem desempenhar com a
concretização do Projecto Educativo da Escola. Não se quer com isto dizer que se
chega ao fim de uma caminhada, mas que esta será apenas uma etapa de um longo
caminho que se terá ainda de percorrer.
De facto, ficou-se com uma ideia, que se considera primordial: o Projecto
Educativo da Escola é um centro de aprendizagens de “saber ser” e “saber fazer”,
essencialmente, uma forma partilhada e reflexiva de se encarar o processo de ensino-
aprendizagem, visando a optimização da formação global dos nossos alunos.
Conclui-se esta reflexão lembrando que não existe um caminho único, nem um
conjunto de receitas definidas por outrem para a construção e gestão do Projecto
Educativo da Escola, dado que se trabalha com uma heterogeneidade de alunos, com as
suas singularidades. No entanto, deve sempre existir um “guião” orientador que seja
reinterpretado e adequado a cada situação, a cada escola. Tudo isto porque os Projectos
Educativos de Escola não são exportáveis, constroem-se a partir de contextos com
características próprias, traduzindo aspirações de uma determinada comunidade
educativa.
O que os sustenta é sempre uma reflexão séria sobre a educação das
crianças/jovens que estão confiados à escola e a vontade de melhorar a qualidade do
serviço educativo que esta presta à comunidade.
Na sequência do que foi afirmado, construir um projecto educativo pode ser uma
forma de fortalecer redes de comunicação entre vários intervenientes da comunidade
educativa. Neste contexto, deixa-se um modelo para a melhoria das escolas e realçar
uma vez mais que a implicação da comunidade escolar/educativa é fundamental, tendo
como finalidade reflectirem as práticas da escola numa perspectiva de aperfeiçoamento
organizacional e de construção de uma identidade de escola.
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Contributos para uma abordagem à melhoria da escola (Eunice Góis, 2003, 1-ª ed.)
Anexo 2
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P.E.A.E.M.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CONHECIMENTO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO
INTERNA / EXTERNA
PROJECTOS
CURRICULARES
DE ESCOLA
DE TURMA ACTIVIDADES ACTIVIDADES
CULTURAIS RECREATIVAS
Anexo 1
Análise Epistemológica do P.E. do Agrupamento de Escolas do Monte
Bibliografia
DECKER, F (1996). Die Neuen Methoden des Lernens und der veränderung.
Lichtnau:AOL; München:Lexika.
MILES, Matthew B.; HUBERMAN, Michael (1984). Drawing valid meaning from
qualitative data: toward a shared craft. In Educacional researcher, p.20, cit por
LESSARD-HEBERT, Michelle; GOYETTE Gabriel; BOUTIN Gérald (1990).
Investigação qualitativa: fundamentos e práticas. Lisboa: Instituto Piaget.
POSTIC, Marcel; De Ketele, J.-M (1988a). Observer les situations éducatives. Paris :
PUF, cit. por PACHECO, José A. (1995). O pensamento e a acção do professor.
Porto: Porto Editora.
SANTOS, Boaventura Sousa (1993). Introdução a uma Ciência Pós-Moderna. 3.ª ed.
Porto: Ed. Afrontamento.
Análise Epistemológica do P.E. do Agrupamento de Escolas do Monte
Índice
Resumo -------------------------------------------------------------------------------------------- 4
Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------7
Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------- 22
Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------- 24
Anexos:
Anexo 1 do P.E.A.E.M. – Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas do
Monte
Anexo 2 – Um modelo para a melhoria efectiva da Escola.