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CURRICULAR
Allana de Melo
Mariana Maués
ABSTRACT:
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Posto isto, não podemos deixar de citar que o ato de alfabetizar precisa r
ser levado em consideração para que mais a frente a execução da leitura e o
processo de multiletramento sejam melhor compreendidos. Mendes e Brunoni
(2015), nos levam a entender que o sistema de leitura é construído
progressivamente, com base na capacidade de transformar letras em sons, bem
como na reflexão sobre a linguagem até chegar na compreensão textual.
Ante o exposto, Koch e Elias (2011, p. 10) anunciam que “a leitura de um
texto exige muito mais do que o simples conhecimento linguístico compartilhado
pelos interlocutores”. De fato, muitos são os apontamentos que assinalam as
marcas de compreensão de um texto seja ele oral ou escrito.
Ingedore Koch e Vanda EliasEssas autoras (ibidem, 2011) corroboram
que é de crucial importância cultivar o hábito da leitura na vida das crianças,
jovens e adultos. Tendo em vista que estes são os principais agentes na
elaboração e recepção de um texto, desta maneira as autoras distribuíram o foco
da leitura em três elementos distintos, sendo eles: o autor do texto, que carrega Commented [WAGPMES8]: Será que elementos é a
palavra que vocês querem aqui? Vejam que mais adiante
consigo uma subjetividade na representação de seus pensamentos; o texto, o vocês chamam isso de “concepção”.
Percebemos que a leitura é abordada por um viés crítico e que objetiva Commented [WAGPMES11]: Não gosto deste verbo...
2.4 MULTILETRAMENTO
Para compreendermos o conceito de multiletramento, julgamos
necessário revermos primeiramente a distinção existente entre os conceitos de
letramento e alfabetização. De acordo com Kleiman (1995), um sujeito
alfabetizado domina a tecnologia de ler e escrever através da decodificação de
letras. Já o indivíduo letrado se diferencia do primeiro por ler e escrever em
práticas sociais. Tal distinção foi possível ao notar que alguns sujeitos, apesar
de alfabetizados, não conseguem utilizar adequadamente o seu conhecimento
de leitura e de escrita para interagir em práticas sociais. Rojo e Moura (2014)
também verificaram que muitas pessoas não alfabetizadas, conseguem realizar
atividades sociais do cotidiano que envolvem a leitura e a escrita, tais como:
diferenciar placas de ônibus, identificar e escolher produtos no supermercado,
entre outras.
A partir de então, os estudos sobre letramento tiveram início no período Commented [WAGPMES12]: Este conector não funciona
aqui. Vocês não estão em um eixo temporal antes para se
pós-guerra nos Estados Unidos (KLEIMAN, 1998). No Brasil, iniciaram-se os usar “a partir de então”. Acho que dá para eliminar
simplesmente.
estudos na segunda metade da década de 80, com os estudos de Mary Kato,
especialista em educação e linguística, com sua obra intitulada “No mundo da
escrita: uma perspectiva psicolingüística” (1986). Commented [WAGPMES13]: Resolvam a repetição de
“estudos”...
Para Soares (2004), o termo letramento envolve um conjunto de
habilidades, conhecimentos individuais, competências e práticas
sociais. Geraldi (2014) acrescenta que, a partir desta percepção acerca do
conceito de letramento, mais recentemente, inúmeros termos utilizados para
designar habilidades específicas, estão emergindo, entre eles: letramento digital,
letramento jurídico, letramento matemático, entre outros.
Diante disso, destacamos que, há uma vasta gama de trabalhos sobre
letramentos, no entanto, não iremos discuti-los em detalhes neste trabalho, uma
vez que, nosso objetivo aqui é elucidar questões que diferenciam as noções de
letramentos dos conceitos de multiletramentos, sendo este último nosso objeto
de discussão.
Afinal, hoje, sabemos que outras habilidades estão sendo exigidas dos
sujeitos, tais como: enviar e receber e-mails, usar ferramentas de busca
corretamente, compreender a linguagem presente em redes sociais, gravar
áudios, produzir vídeos, editar textos colaborativamente, entre outras. Desta
forma, taisEssas habilidades envolvem a capacidade de lidar com as novas
linguagens e tecnologias, desenvolvendo uma postura participativa, reflexiva,
curiosa e crítica., sendo que eEstas habilidades não podem ser características
de sujeitos alfabetizados e/ou letrados, mas sim daqueles do que denominamos
de multiletrados.
Sendo assim, Soares (2004) define o conceito de multiletramento como
estado ou condição do indivíduo que usa bem a leitura e escrita levando em
consideração a diversidade dos usos da linguagem em suportes impressos e/ou
digitais. As práticas inerentes ao multiletramento exigem uma postura
protagonista dos sujeitos, além de uma consciência crítica e reflexiva acerca do
seu papel em sociedade, sobretudo das consequências de suas ações.
O conceito de multiletramento surgiu em 1996, em um artigo publicado
por dez americanos, ingleses e australianos, o qual foi intitulado “A Pedagogy of
Multiliteracies: Designing Social Features”, publicado na Harvard Education
Review. Para os autores, a vida das pessoas está mudando constantemente e
isto, proporciona mudanças na cultura e nos processos de comunicação.
Nesta direção, os autores enfatizam a existência de uma diversidade
linguística e cultural, a qual exige de seus usuários o reconhecimento e o domínio
de novas linguagens. É preciso superar a linguagem do texto escrito, pois
segundo os autores, há agora a fusão de meios semióticos, tais como imagens,
cores e sons.
Para os autores, as esferas pessoais, profissionais e públicas estão sendo
alteradas profundamente pelas Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs). Com o advento das tecnologias digitais há o surgimento de novos
espaços, ações e cultura. É nesta direção que, identificamos aqui a presença
de canais de multimídia e hipermídia, onde nos quais os membros compartilham
informações, criam materiais diversos, além de interagirem uns com os outros.
Para Cope e Kalantzis (2001), as tecnologias digitais oferecem inúmeras
oportunidades de autoria aos seus participantes, reconhecendo-se aqui a
multidimensionalidade do conceito de multiletramento. Para os autores, o termo
engloba vários outros, os quais discutiremos a seguir.
Destacamos primeiramente, o conceito de letramento digital, o qual
envolve estar familiarizado com as linguagens digitais, as práticas de leitura e
escrita em ambientes virtuais. Nesta direção, cCabe aqui ressaltarmos o Commented [WAGPMES14]: Esse “aqui” é um dêitico de
local que não cabe no texto. Resolvam na reescrita.
letramento crítico, o qual pode ser definido como o desenvolvimento de uma
consciência crítica acerca do que se lê e escreve, identificando ideologias e
propósitos, sendo consciente de seu papel na sociedade, da complexidade
existente nos processos de leitura e escrita.
Aqui, surge o termo multimodalidade, que também é inerente ao processo Formatted: Highlight
3 METODOLOGIA
Neste artigo empregamos a pesquisa bibliográfica como metodologia. Tal
pesquisa destaca-se pois “deve-se levar em consideração que os dados por si
só nada dizem, é preciso que o cientista os interprete, isto é, seja capaz de expor
seu verdadeiro significado e compreender as ilações mais amplas que podem
conter” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 49). Deste modo, buscamos aqui os
dados, a partir da leitura da BNCC, à luz das teorias de leitura e multiletramentos
propostas por Rojo e Moura (2012), pelo Grupo Nova Londres e Koch e Elias
(2011), identificando os conceitos de multiletramentos e suas aplicações nas
propostas do documento em questão.
Destacamos também que este trabalho se caracteriza pelo teor
qualitativo, definido por Flick (2009, p.14) como um "caminho da teoria ao texto
e outro caminho do texto de volta à teoria. A interseção desses dois caminhos é
a coleta de dados verbais ou visuais e a interpretação destes dentro de um plano
específico de pesquisa".
Os dados coletados serão interpretados à luz da pesquisa bibliográfica
acerca do conceito de leitura e mutiletramentos e suas proposições na BNCC.
Assim, além das discussões teóricas já apresentadas anteriormente, uma
análise crítica será apresentada a seguir. Commented [WAGPMES20]: Este não é um artigo
empírico, então a metodologia pode ser retirada.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BARTON, D.; LEE, C. Linguagem online: textos e práticas digitais. São Paulo: Commented [WAGPMES23]: Subtítulos não são
Parábola, 2015. negritados.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (versão final). 2017. Disponiv́ el
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/ BNCC_publicacao.pdf>
Acesso em: 25 out. 2018.
1984.
Comentários gerais:
Gostei mesmo do texto de vocês. Acho que agora é só reescrever várias vezes,
prestando atenção à linha argumentativa, vendo se um pensamento conduz a outro.
Na introdução, tentem uma estrutura de três parágrafos: 1) contextualiza o tema, 2)
define os objetivos do artigo em relação a esse tema, 3) orienta o leitor na
organização do texto que se seguirá.
Repensem os subnúmeros. Talvez, para um artigo teórico, seja melhor não haver
essas subseções de segundo nível.