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MARABÁ
2018/1
A EDUCAÇÃO FÍSICA PELO ESPORTE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL DE
CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIAS
Prof.ª Dr.ª
RESUMO
Tal trabalho propõe uma revisão bibliográfica, partindo da análise da educação física como
inclusão de crianças com necessidades especiais na educação física e seus benefícios
tanto mental como físico-motor nas suas diversas modalidades, tem como objetivo
possibilitar a permanência e o acesso das crianças com deficiência na atividade física
escolar, levar a criança com deficiência a entender a importância do profissional da
educação física e sua disciplina, assim como seus benefícios e a oportunidade de
inclusão social e escolar que ela proporciona. Conhecer como a disciplina de Educação
Física pode contribuir para a inclusão do aluno com deficiência na escola. A intervenção
profissional da educação física com pessoas com Deficiência possui elevado grau de
complexidade.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Para alunos surdos e com perda auditiva é importante que o Professor de Educação
Física utilize de diversas formas de comunicação para que o diálogo entre aluno e professor
ocorra de forma satisfatória, tais como: leitura labial, gestos e sinais, língua de sinais, para
que a compreensão por parte de todos seja o fator de destaque em suas aulas.
O desenvolvimento motor de pessoas surdas costuma seguir os padrões de
normalidade, não havendo, portanto, nenhuma restrição à prática de atividade física.
Quando a surdez é acompanhada de outra deficiência ou de algum outro comprometimento,
as possíveis restrições estarão relacionadas a esses(s) outro(s) problema(s).
A escolha de atividades físicas para pessoas surdas deve respeitar os mesmos
critérios usados para a seleção de atividades para pessoas sem deficiência (condições de
saúde, faixa etária, condicionamento físico, interesse etc.). As atividades aeróbicas são
muito importantes, pois as pessoas que não se utilizam da fala costumam ter uma respiração
“curta”, isto é, não enchem completamente os pulmões deixando, com isto, de expandir a
caixa torácica e de exercitar os músculos envolvidos na respiração. Assim sendo, além de
todos os benefícios cardiovasculares já conhecidos, no caso dos surdos, as atividades
aeróbicas também podem contribuir, indiretamente, para o aprendizado da emissão de sons
da fala.
Os surdos podem praticar qualquer tipo de esporte e de atividade rítmica. No caso
dos esportes, não há necessidade de qualquer adaptação na forma de ensinar, conduzir ou
arbitrar.
2.5 Educação Física para deficientes físicos
Esportes para cadeirantes podem ajudar, basta encontrar os eventos que incluem
basquete, tiro com arco, esgrima e muito mais. No Brasil diversas organizações não
governamentais e órgãos de atendimento especial ao deficiente físico podem ajudar a
encontrar programas de fitness que se adeque ao tipo de deficiência encontrada.
Alongamento e flexibilidade são também importantes para reduzir a chance de lesão.
Especificamente, deve esticar todos os principais músculos na parte superior do corpo,
incluindo os ombros, braços, costas e pescoço. Vídeos de exercícios para cadeirantes
oferecem exemplos de exercícios e alongamentos que você pode fazer pelo seu corpo
superior e incluem dicas sobre a forma adequada (figura 3 e 4).
É importante salientar que estimular a parte inferior do corpo também pode ser de
grande ajuda. Isso pode ser feito com massagens e alongamentos, principalmente. Alguns
tratamentos para recuperar os movimentos das partes inferiores do corpo envolvem estes
trabalhos e podem, em raros casos, devolver um pouco da sensibilidade aos membros
inferiores, principalmente para quem tem limitação de movimento dos membros superiores
ou algum dos membros superiores amputados ou inexistentes, como em casos de má
formação.
Diante das diversas formas pelas qual a deficiência mental se apresenta, fica muito
difícil determinar características de todos os indivíduos ou da maioria. Assim sendo,
optamos por fazer uma apresentação das principais e das mais comuns características
dessa população, enfatizando aquelas que trazem maiores implicações para os programas
de atividade física.
Os jogos e as atividades lúdicas são os meios mais utilizados pela Educação Física
para interferir positivamente na aprendizagem e no desenvolvimento geral dos alunos com
deficiência. O jogo e a brincadeira fazem parte do cotidiano de qualquer criança. Além de
terem um significado fundamental para o seu desenvolvimento global, contribuem para a
aquisição de habilidades que permitirão estabelecer relações sociais e ambientais, facilitando
sua convivência dentro do contexto familiar e social em que vivem.
Atualmente, considera-se que o jogo seja uma atividade essencial para o
desenvolvimento integral da criança, assim como também para o adolescente. Se
observarmos as primeiras vezes em que a criança joga, podemos constatar individualismo
e, principalmente, pouca participação daqueles com menos capacidade física, mesmo sem
serem considerados com deficiência. Dessa forma, o educador tem a chance de propor
estímulos sucessivos que enriqueçam o aluno nos aspectos motor, social e intelectual. É
necessário que, mediante o jogo, o indivíduo experimente, descubra e vá dando respostas
(corretas ou não) e as compare com outras apresentadas pelos companheiros (figura 5).
3 Conclusão
Conclui-se que existem desafios para a prática de atividades físicas, porém o
engajamento em práticas físicas, proporciona maiores possibilidades de potencial funcional.
A autonomia e a inclusão social são primordiais para a melhora da qualidade de vida dos
deficientes . Superar barreiras de vários tipos e intensidades que certamente lhe serão
impostas durante sua vida, parece ainda estar presente na prática da atividade física.
O processo de inclusão ocorre através de saberes, imaginários e representações
e práticas para que o educador possa fazer uma autoanalise do cotidiano escolar e assim
construindo esses saberes através do cotidiano. O processo de inclusão escolar da
pessoa com necessidades especiais deve ser oferecida com uma prática pedagógica
que traz a oportunidade de desenvolvimento cognitivo, para que ela possa raciocinar,
criar; a escola inclusiva precisa do máximo de interação verbal, lúdica, motivação a
participação na ação, criando situações em que o aluno possa expor seu esforço,
sentir prazer na compreensão e na descoberta da convivência.
Finalmente pode-se refletir essas considerações finais à luz do referencial teórico
de Vygotsky (1997), que ensina que antes de buscar saber que necessidades especiais a
criança possui, é necessário saber que criança possui necessidades especiais. É a partir
dessa compreensão que podemos destacar que a escola é o ambiente que pode favorecer
possibilidades para a criança, independente de suas necessidades especiais. Os
professores de educação física podem ser capacitados para potencializar as capacidades
da criança. É nessa perspectiva que a escola em sua totalidade pode prover um ambiente
propício à criança com necessidades especiais.
Para uma melhor abordagem do referido tema, seria necessário estudos amostrais
com maior tempo de estudo e com aplicação de diversas técnicas. Por tanto, sugere-se que
seja feito maiores estudos de caso sobre o assunto em escolas publicas e particulares.
BIBLIOGRAFIA
Site: www.ibge.gov.br
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