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ESCOLA DE MINAS DA UFOP


DETEF – DEPARTAMENTO DE TÉCNICAS FUNDAMENTAIS

INSTALAÇÕES PREDIAIS
HIDRO-SANITÁRIAS

 - ÁGUA FRIA
 - ESGOTO SANITÁRIO
 - ÁGUA QUENTE

NOTAS DE AULA:
Prof. Luiz Fernando Rispoli Alves
2

INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRO - SANITÁRIAS

1 - INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA (NBR - 5626)

ROTEIRO

A - MEMÓRIA DE CÁLCULO
A.1.1 - Estudo prévio do problema e ajuste dos dados (concepção)
A.1.2 - Reservatórios (Caixa de água)
1.2.1 - Período de armazenamento.
1.2.2 - Cálculo da população.
1.2.3 - Cálculo do consumo diário.
1.2.4 - Reserva técnica (combate a incêndio).
1.2.5 - Casos especiais.
1.2.6 - Dimensionamento dos reservatórios (concepçãoo)
1.2.7- Dimensionamento do alimentador predial.
1.2.8 - Dimensionamento do sistema de requalque.
1.2.9 - Dimensionamento dos extravasores (ladrão).
1.2.10 - Dimensionamento das tubulações de limpeza.
1.2.11 - Escolha das bombas.

A.1.3 - Distribuição de água fria


1.3.1 - Localização das peças de utilização.
1.3.2 - Consumo das peças e formas de uso.
1.3.3 - Lançamento dos sub-ramais.
1.3.4 - Lançamento dos ramais.
1.3.5 - Lançamento das colunas de distribuição.
1.3.6 - Lançamento do colar ou barrilete.
1.3.7 - Pré-dimensionamento das canalizações (tubulações).
1.3.8 - Verificação das perdas de carga.
1.3.9 - Correção dos cálculos necessários.
1.3.10 - Confirmação dos cálculos.

B – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
1.1.1 - Lançar conforme normas, as soluções do projeto (legenda).
1.1.2 - Detalhe dos pontos com problema de leitura.
1.1.3 - Diagramas, verticais, isométricos, etc..
1.1.4 - Completar o selo.
1.1.5 - Revisão final.

INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRO - SANITÁRIAS


1 - INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA (NBR - 5626)
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A -Memória de Cálculo Comentada do Projeto da Residência

PROJETO ANEXO

A.1.1 - Residência com 3 quartos, cozinha, área de serviço e dois banhos. O projeto
deverá ser elaborado de conformidade com os dados sugerido pela NBR 5626.

A.1.2 - Reservatório.

1.2.1 - A rede pública possui um funcionamento através de manobras, ou seja, o


abastecimento não é contínuo, portanto:

PERÍODO DE ARMAZENAMENTO - 2 DIAS

1.2.2 - Cálculo da população (* ver tabela de taxa de ocupação e ou lay-out).


Residência - 3 (três) quartos
Pelo lay-out - 2 pessoas por quarto (n também adotado quando não se
possui maiores informações).
População - 2 pessoas/quartos x 3 quartos.

POPULAÇÃO PREVISTA - 6 PESSOAS

1.2.3 - Cálculo de Consumo Diário (Estimativa de consumo diário).


Da tabela de estimativa de consumo predial diário tiramos:
Residências - 150 litros/per capta x dia/pessoa.

CONSUMO/DIA = 900 LITROS/DIA

1.2.4 
 - Para instalações de Prédios.
1.2.5 
1.2.6 - Dimensionamento e concepção dos reservatórios.
Período de armazenamento - 2 dias
Consumo diário - 900 litros/dia
Total a armazenar - 2 dias x 900 litros/dia
Capacidade mínima do reservatório - 1800 litros.

2 CAIXAS DE FIBRO CIMENTO 1000 LITROS CADA


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DETALHES DE INSTALAÇÃO DAS CAIXAS

1.2.7 - Dimensionamento do alimentador predial.


Para residências - (1 economia) - Mínimo (1/2’’) - DN - 15mm
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Prédios:

Cd
Q min 
t
sendo:

Qmin - Vazão Mínima em l/s


Cd - Consumo diário, em litros
t - Tempo de abastecimento por dia, em segundos.
* Abastecimento t = 86400/segundo/dia.

OUTROS DADOS:

Diâmetro Mínimo - (1/2’’) ou DN 15mm


Velocidade Mínima - 0,6 m/s
Velocidade - 1,0 m/s - para evitar ruidos.

Além dos “ábacos” existentes pode-se trabalhar com a “equação da continuidade”


para estes cálculos, ou seja;

Q = SV
onde:
Q - Vazão, em m3/s
S - Seção, em mm2
V - Velocidade, em m/s

.: D  4  Q Q
ou D  1,128
nV V

Sendo, D - Diâmetros em metros

* No caso do projeto em tela, temos:


1 Processo - 1 Economia - Ø 15mm
2° Processo - Verificação pela equação da continuidade
Tempo de abastecimento 4 horas por dia:

Q min Cd  1800 l / dia  0,125 l / s: Q min  0,125 l / s


t 4h / dia  3600s / h

Q
D  1128 P / V  1m / s temos D = 12,6mm - adotar Dmin
V

Dmin = 15mm (1/2’’)


1.2.8 - Dimensionamento do Sistema de Recalque:
No caso não é necessário pois a pressão da rua é suficiente para
abastecimento sem recalque auxiliar (DIRETO).
6

1.2.9 - Dimensionamento dos Extravasores (LADRÃO)


No presente projeto adotaremos um diâmetro acima do diâmetro do
alimentador predial, ou seja Dladrão = 20mm (3/4’’)

1.2.10 - Dimensionamento das tubulações de limpeza.


O que define o diâmetro das tubulações destinadas à limpeza é o tempo
necessário para o esvaziamento do(s) reservatório(s); na prática tem-se adotado o seguinte:

Até - 1800 l ----------- 1’’


5000 a 11000 l -------- 2’’
> 30000 l -------------- 4’’

+ Volumes e bitolas intermediárias


* Estudar casos particulares.

 No projeto anexo, adotaremos

Dlimp = 25mm (1’’)

A.1.3 - Distribuição de água fria.

Após os dimensionamentos anteriores, reservatórios, alimentação, limpeza e


extravasor, já podemos lança-los na planta de cobertura, segundo os critérios mínimos
abaixo:

1 - Em local previamente calculado para suportar a carga.


Normalmente em cima dos corredores para reduções de custos na parte estrutural
(Residência) e ou caixa de Escadas nos prédios.

2 - Em local próximo e ou no “Baricentro’ das colunas de distribuição, para se


reduzir custos de Barriletes bem como comprimentos de tubulações (menor perda de carga).

3 - Em local que permita a máxima elevação das caixas, para conseguir maior
pressão disponível para as peças de utilização.

* - Para o projeto em tela, ver planta do teto DESENHO (1)

1.3.1 - Localização das peças de utilização.


Conforme Lay-out do projeto - ver DESENHO (2)
Obs: Nesta etapa é que definimos, quais e onde serão localizadas as peças de
utilização de água fria.
DADOS PARA PROJETOS
Discriminação Taxa de ocupação
bancos uma pessoa por 5,00 m2 de área
escritórios uma pessoa por 6,00 m2 de área
pavimento térreo uma pessoa por 2,50 m2 de área
7

lojas do pavimento superior uma pessoa por 5,00 m2 de área


museus e bibliotecas uma pessoa por 5,50 m2 de área
salas de hotéis uma pessoa por 5,50 m2 de área
restaurantes uma pessoa por 1,40 m2 de área
salas de operações oito pessoas
teatros, cinemas e auditórios uma pessoa para cada 0,70 m 2 de área
residências:
- quarto social duas pessoas
- quarto de serviço uma pessoa
TABELA -1-

ESTIMATIVA DE CONSUMO PREDIAL DIÁRIO


PRÉDIO CONSUMO litros/dia
Alojamentos provisórios 80 per capta
Casa populares ou rurais 120 per capta
Residências 150 per capta
Apartamentos 200 per capta
Hotéis (s/cozinha e s/lavandeiria) 120 por hóspede
Escolas - internatos 150 per capta
Escolas - semi-internatos 100 per capta
Escolas externatos 50 per capta
Quartéis 150 per capta
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capta
Escritórios 50 per capta
Cinemas e teatros 2 por lugar
Templos 2 por lugar
Restaurantes e similares 25 por refeição
Garagens 50 por automóvel
Lavandeirias 30 por Kg de roupa seca
Mercados 5 por m2 de área
Matadouros - animais de grande porte 300 por cabeça abatida
Matadouros - animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida
Postos de serviço p/automóvel 150 por veículo
Cavalariças 100 por cavalo
Jardins 1,5 por m2
Orfanato, asilo, berçário 150 per capta
Ambulatório 25 per capta
Creche 50 per capta
Oficina de costura 50 per capta
TABELA –2-

DIÂMETRO MÍNIMO DOS SUB-RAMAIS


SOLDÁVEIS ROSCÁVEIS
PEÇAS DE BITOLAS DIÂMETRO DIÂMETRO
UTILIZAÇÃO EXTERNO EXTERNO
DN Ref. DE DE
mm mm
Aquecedor de alta 15 1/2 20 21,0
pressão
8

Aquecedor de 20 3/4 25 26,5


baixa pressão
Bacia sanitária 15 1/2 20 21,0
com caixa de
descarga
Bacia sanitária co 40 1.1/2 50 48,0
válvula de
descarga de bitola
1.1/4
Bacia sanitária 40 1.1/2 50 48,0
com válvula de
descarga de bitola
1.1/2
Banheira 15 1/2 20 21,0
Bebedouro 15 1/2 20 21,0
Bidê 15 1/2 20 21,0
Chuveiro *15 *1/2 *20 *21,0
Filtro de pressão 15 1/2 20 21,0
Lavatório 15 1/2 20 21,0
Máquina de lavar 20 3/4 25 26,5
pratos
Máquina de lavar 20 3/4 25 26,5
roupa
Mictório de 15 1/2 20 21,0
descarga contínua
por metro ou
aparelho
Pia de cozinha 15 1/2 20 21,0
Tanque de lavar 20 3/4 25 26,5
roupa
TABELA –3-

1.3.2 - CONSUMO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO


Adotaremos as vazões indicadas por norma (vazão de projeto tabela 1 ) bem
como seus respectivos pesos. (Pesos dos Pontos de utilização)

VAZÕES DE PROJETOS E PESOS RELATIVOS DOS PONTOS DE


UTILIZAÇÃO
Pontos de utilização para Vazão (l/s) Peso
Bebedouro 0,05 0,1
Bica de banheira 0,30 1,0
9

Bidê 0,10 0,1


Caixa de descarga para bacia sanitária ou mictório não 0,15 0,3
aspirante
Chuveiro 0,20 0,5
Máquina de lavar prato ou roupa 0,30 1,0
Torneira ou misturador (água fria) de lavatório 0,20 0,5
Torneira ou misturador (água fria) de pia de cozinha 0,25 0,7
Torneira de pia de despejo ou tanque de lavar roupa 0,30 1,0
Válvula de descarga para bacia sanitária 1,90 40,0
Válvula de descarga para mictório auto-aspirante 0,50 2,8
Válvula de descarga ou registro para mictório não 0,15 0,3
aspirante
TABELA –4-

Para este projeto montamos a tabela resumida abaixo:

*DADOS PARA USO NO PROJETO

PEÇAS DE UTILIZAÇÃO VAZÃO PESO


L/S
VAZO SANITÁRIO V.D 1,90 40,0
CHUVEIRO 0,20 0,5
BIDÊ 0,10 0,1
TORNEIRA LAVATÓRIO 0,20 0,5
TORNEIRA PIA COZINHA 0,25 0,7
MÁQUIMA DE LAVAR ROUPA 0,30 1,0
TORNEIRA DO TANQUE 0,30 1,0

* Em se tratando de uma residência, as probabilidades de uso simultâneo deverão ser


levados em conta, a fim de minimizarmos o custo das instalações sem prejuizo da qualidade
do projeto.

* As vazões recomendadas para um conforto mínimo são as indicadas na tabela


acima, e este é o nosso objetivo de projeto:

* Os dados acima serão utilizados nos cálculos dos trechos de canalizações.

1.3.3 - Lançamento dos Sub. Ramais


1.3.4 - Lançamento dos Ramais
1.3.5 - Lançamento das Colunas
1.3.6 - Lançamento dos Barriletes

* Com as peças devidamente localizadas e, após o estudo das probabilidades bem


como formas de uso, deverá ser efetuado o caminhamento dos itens acima (Distância e
distribuição, Técnica e Econômica) para posterior cálculo de Diâmetro conforme veremos a
seguir:
10

1.3.7 - Pré-dimensionamento das canalizações (tubulações)

De posse das informações contidas na tabela abaixo passamos aos


dimensionamentos de trecho por trecho.

Obs: O lançamento dos sub-ramais, ramais, colunas e barriletes já foi feito, ver
plantas anexas.

VELOCIDADE E VAZÕES MÁXIMAS


SOLDÁVEIS ROSCÁVEIS VELOCIDADE VAZÃO
BITOLAS DIÂMETRO DIÂMETRO
EXTERNO EXTERNO MÁXIMA MÁXIMA
DN Ref. DE DE m/s l/s
mm mm
15 1/2 20 21,0 1,60 0,2
20 3/4 25 26,5 1,95 0,6
25 1 32 33,2 2,25 1,2
32 1.1/4 40 42,0 2,50 2,5
40 1.1/2 50 48,0 2,50 4,0
50 2 60 60,0 2,50 5,7
60 2.1/2 75 75,5 2,50 8,9
75 3 85 88,3 2,50 12,0
100 4 100 113,1 2,50 18,0
125 5 140 139,3 2,50 31,0
150 6 160 164,4 2,50 40,0
TABELA –5-

PROJETANDO OS SUB RAMAIS

Pela tabela (1) e (2) podemos em princípio fixar o seguinte:

 Pia, Lavatório 0,20 l/s DN - 15


 Torneira p/ Filtro 0,15 l/s DN - 15
 Pia cozinha 0,25 l/s DN - 20
 Máquina de lavar 0,30 l/s DN - 20
 Torneira Tanque 0,30 l/s DN - 20
 Bidê 0,10 l/s DN - 15
 Chuveiro 0,20 l/s DN - 15 * p/ baixa pressão
e p. Carga DN - 20
 Vaso SAN - UD 1,9 l/s DN - 32 * Baixa pressão -
adotar -DN - 40
11

* Portanto, os Diâmetros dos sub-ramais são os acima grifados e já lançados em


planta (anexos).

PROJETANDO OS RAMAIS

 Para os ramais, pela tabela acima, podemos verificar que a vazão máxima para DN
- 15 (1/2’’) é de 0,2 l/s.
 Como podemos verificar pelo lançamento das tubulações, o maior uso e ou
solicitação dos ramais está situado na área de serviço com utilização simultânea de dois
pontos de Q = 0,30 l/s, ou seja 0,60 l/s.

* Portanto o diâmetro adotado para estes ramais será o de DN = 20mm (3/4’’)

DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS AF – 1 E AF - 2

COLUNA AF - 1:

* Banho - 1 e Banho - 2 serão alimentados pela coluna AF - 1. Portanto:

RELAÇÃO DE PEÇAS INSTALADAS

PEÇAS QUANT PESO PESO TOTAL VAZÃO VAZÃO


. UNIT. UNIT. TOTAL
VASSO SANIT. 2 40,0 80,0 1,9 l/s 3,8 l/s
CHUVEIRO 2 0,50 1,0 0,20 l/s 0,4 l/s
LAVATÓRIO 2 0,50 1,0 0,20 l/s 0,4 l/s
BIDÊ 2 0,10 0,2 0,10 l/s 0,2 l/s
   P1 = 82,2  Q = 4,8 l/s

Pela Norma estima-se a vazão possível pela seguinte fórmula:

Q  C P
onde:

Q - Vazão, em l/s
C - Coeficiente de descarga = 0,30 l/s
p - Soma dos pesos de todas as peças alimentadas p/ trecho

Portanto:

Q  0,03 82 ,2 .: Q = 2,72 l/s

Da tabela 2 tiramos: DN = 40mm ou 1.1/2’’ e V = 2,5 m/s

Cálculo pela “equação da continuidade”: (Verificação)

A maior probabilidade de uso simultâneo é de


12

1 V. Sant 1,9 l/s + 2 chuveiros 0,4 l/s , total Qp = 2,3 l/s


Q = VS
2
S  D
sendo: temos: 4Q
D
4 V

4  0,0023 .: Dc = 35mm ADOTAR Dmin = 40mm (1 ½”)


D
3,1416  2 ,5

* O que vem comprovar o cálculo acima.

COLUNA AF - 2

RELAÇÃO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO INSTALADAS

PEÇAS QUANT. PESO PESO VAZÃO VAZÃO


UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL
TOR. PIA 2 0,7 1,4 0,25 l/s 0,50 l/s
TOR. FILTRO 1 0,1 0,1 0,10 l/s 0,10 l/s
TOR. 2 1,0 2,0 0,30 l/s 0,60 l/s
TANQUE
MÁQ. LAVAR 1 1,0 1,0 0,30 l/s 0,30 l/s
   P2= 4,5  Q = 1,5 l/s

Pela mesma fórmula:

Q  C P .: Q  0,3 4 ,5 .: Q prov  0,63 l / s

Pela mesma tabela - 2, temos que o diâmetro necessário será:

DN = 25mm ou 1’’ Velocmax = 2,25m/s

Verificação pela “equação da continuidade”:

Probabilidade de uso simultâneo (MAX).


2 - torneira da pia 0,5 l/s
1 - torneira do tanque ou ML - 0,3 l/s

Probabilidade máxima: ---------- 0,8 l/s

4 Q ou 4  0,0008
Q = VS .: D D .:D =
V 3,1416  2 ,25
22mm
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Sabemos que a velocidade máxima dificilmente será atingida com a pressão


disponível, aconcelha-se pois, a confirmação do cálculo

DN = 25mm

BARRILETES

A exemplo das colunas, os barriletes deverão ser dimensionados por trechos,


somando os pesos nos topos das colunas e, em função destes, determinamos os diâmetros de
cada trecho.

DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE

Após a junção de saída da caixa, verifica-se e própria dispossição de lançamento


confirma:
 DN 40mm para o trecho de AF - 1;
 DN 25mm para o trecho de AF - 2.

* Vamos verificar no entanto o trecho que sai da caixa d’água para alimentar o
barrilete.

P1 = 82,2
 P2 = 4,5
P = 86,7 onde: Q  0,3 86,7 .: Q = 2,79 l/s

Valor este que garante que DN = 40mm (1 ½”) é suficiente para o BARRILETE
destinado a alimentação geral da casa.

Obs: GERAL

* Todos os cálculos acima já foram lançados nas plantas em anexo.

* Qualquer adaptação em obra com reduções dos diâmetros calculados implicarão


em reduções de vazões de projetos consequentemente, um grande desconforto para o
usuário.

1.3.8 - VERIFICAÇÃO DAS PERDAS DE CARGAS

* Por se tratar de um projeto simples e com caminhamento de tubulações sem


complicações, vamos a título de verificação analizar um ponto crítico que é o do chuveiro,
isto pela pouca altura Manométrica (mca) disponível em residências e últimos pavimentos de
prédios, (saída da chuveiro a 2,10m do piso).

METODO DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES


14

TRECHO AC

PEÇAS UNID. QUANT. L equiv L total


CANO DN - 20 m 2,7 2,7 2,7 *
TÊ SAÍDA 2 AT pç 1 2,4 2,4
TÊ PASS. DIREITA pç 1 0,8 0,8
JOELHO 90 pç 2 1,2 2,4
REG. PRESSÃO pç 1 11,4 11,4
SAÍDA CH un 1 0,9 0,9
L equivalente = 20,6 metros.

 Tirado do isométrico

REQUISITOS MÍNIMOS PARA A APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO

1 - Planta no plano da caixa d’água, barriletes / colocar, furação da laje p/ colunas


(descidas);
2 - Planta baixa com distribuição e ou caminhamento dos ramais e sub-ramais;
3 - Detalhe e isométrico;
4 - Simbologia e ou legenda;
5 - relação de materiais p/ cômodo e totalização;
6 - Observações escritas necessárias para garantir a qualidade do projeto;
15

7 - Planta de situação da obra, (se possível com indicação do norte, para


aquecimento solar);
8 – Sêlo

PROJETO INST. HIDRO. SANITÁRIA


VERSÃO
PROP.
FOLHA 1
ENG. CREA
DES. ESC.
INDICADA

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTOS SANITÁRIO

DADOS PARA PROJETOS

- ROTEIROS PARA PROJETOS

- MEMÓRIA COMENTADA

- TABELAS

- EXEMPLOS
16

- MODELO DE PROJETO

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO E VENTILAÇÃO

OBJETIVO:
* Retirar da edificação toda a água, bem como despejos, introduzidos
através dos projetos de água fria e água quente.

METAS:
- Permitir rápido escoamento dos despejos e fáceis desobstruções;
- Vedar a passagem de gases e animais das canalizações para o interior dos edifícios;
- Não permitir escapamento de gases;
- Impedir a contaminação da água de consumo e generos alimentícios.

PARTES COMPONENTES (TERMINOLOGIA)


- CANALIZAÇÃO PRIMÁRIA - Com acesso a gases do coletor público;
- CANALIZAÇÃO SECUNDÁRIA - Protegida de gases por desconector (sifão);
- COLETOR PREDIAL - Liga o sub-coletor à rede pública;
- SUB-COLETOR - Recebe tubos de queda ou ramais de esgoto;
- CAIXA COLETORA - Abaixo do nível do coletor público necessita bomba para o
seu esgotamento
- RAMAL DE DESCARGA - Canalização que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários;
- RAMAL DE ESGOTO - Recebe os efluentes dos ramais de descarga;
- TUBO DE QUEDA (TQ) - Canalização vertical que recebe os efluentes dos ramais
de esgoto;
- CAIXA DE GORDURA (CG) - Caixa detentora de gorduras;
- FECHO HÍDRICO (CS)- Coluna líquida que, em sifão veda a passagem de gases e
animais;
- RALO (R) - Recebe água de chuveiro e lavagem de piso;
- RALO SIFONADO (RS) - Dotado de grelha, recebe os mesmos acima mais
efluentes de aparelhos sanitários, exeto vaso sanitário;
17

- CAIXA DE INSPEÇÃO (CI) - Destinada a inspeção e desobstrução das


canalizações;
- TUBO OPERCULADO (TO) - Tubo com tampa removível com função
semelhante a (CI);
- TUBO VENTILADOR (TV) - Impedir ruptura do fecho hídrico;
- COLUNA DE VENTILAÇÃO (CV) - Tubulação vertical de equilíbrio atmosférico
e retirada de gases;
- VENTILADOR PRIMÁRIO (VP) - Ventilação do esgoto primário;
- VENTILADOR SECUNDÁRIO (VS) - Ventilador do esgoto secundário.

PROPOSTA DE ROTEIRO

Cada projetista possui uma metodologia própria para elaborar um projeto, atingindo
sempre um mesmo objetivo que é a qualidade global do referido projeto (concepção, norma,
etc...).

ROTEIRO

1 - Estudo do projeto de alimentação dos pontos;


(Projeto de água fria e água quente).
2 - Locação das peças e ou aparelhos;
(Vaso sanitário, pias, chuveiros, tanques, ML, etc...)
3 - Elaborar o caminhamento ideal das canalizações;
(Bem como locação das peças de apoio (ralos, CI, CP, TQ, etc...));
4 - Caracterizar as (UHC) Unidade Hunter de Contribuição;
5 - Dimensionar os ramais de descarga;
6 - Dimensionar os ramais de esgotos ( min = 100mm P/V.s)
7 - Dimensionar os tubos de queda (TQ);
8 - Dimensionar os sub-coletores prediais;
9 - Dimensionar os coletores prediais;
10 - Dimensionar o sistema de ventilação;
11 - Dimensionar as CP, CI, CG, etc...;
12 - Verificação final da memória de cálculo;
13 - Representação gráfica do projeto (1ª versão);
14 - Especificação dos materiais (Garantir a qualidade do projeto);
15 - Relação dos materiais para orçamento e compra;
(Por comodo e ou setor e totalização);
16 - Execução da obra (Norma para execução e orientações);
17 - Testes finais (Ver normas para testes);
18 - Plano de uso e manutenções (Principalmente para obras de uso coletivo).

OBS: Durante a execeção, varias são as modificações e ou ajustes feitos no projeto


(1ª versão).
18

Para manutenções é fundamental a execução do projeto versão final.

MEMÓRIA DE CÁLCULO (COMENTADA)

1 - ESTUDO DO PROJETO

1.1 - Verificação dos pontos de nível do coletor público (para projeto em


execução o mesmo está na cota - 1,4 com relação ao lado direito do lote - ok).

1.2 - Para se evitar cruzamento sob a edificação, adotou-se dois sub-


coletores, um de cada lado da casa, a 0,75 das vigas baldrame.

1.3 - Foi projetado, duas (2) caixas de passagem, duas (2) caixas de inspeção,
bem como a caixa de gordura.

1.4 - A ligação do coletor público foi feita na cota mais baixa e em uma única
ligação (menor cota para aumento da declividade dos sub-coletores).

2 - LOCAÇÃO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO

2.1 - Foi obedecido o projeto arquitetônico, uma vêz que as peças já estavam
“corretamente” lançadas, ou seja:

2.1.1 - Vaso sanitário (VS) sob janelas, portanto, com ventilação


natural próxima.

2.1.2 - Pia de cozinha sob janela, portanto, com iluminação e


ventilação natural.

2.1.3 - Demais peças foram instaladas dentro dos padrões técnicos e


de conforto.

3 - LOCAÇÃO E CAMINHAMENTO DAS PEÇAS DE APOIO E


TUBULAÇÃO

3.1 – R- Ralos de chuveiro nos cantos do box (proteção mecânica e


conforto).
19

3.2 - (RS) Ralos sifonados entre vaso e bidê, propiciando melhor estética,
proteção mecânica e no ponto de maior incidência de sugeiras, consequentemente, maior
facilidade para limpeza.

3.3 - (RS) Ralo sifonado para cozinha, entre fogão e pia, pelos mesmos
motivos acima.

3.4 - (RS) Ralo sifonado área de serviço, entre tanque e máquina de lavar,
motivos idênticos itens anteriores
3.5 - CAMINHAMENTOS - Foi utilizado o de menor distância para o
escoamento necessário, bem como um caminhamento que utilizou um menor consumo de
conexões.

4 - UHC - UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO

RECAPITULAÇÃO CONCEITUAL (UMA VISÃO PRÁTICA)


 “Toda água que entra em uma edificação deve ser retirada”.- Quando se trata de uma
situação projetada e ou planejada, a quantidade de água que entra na edificação já é
conhecida, pois, este foi o objetivo dos projetos de água fria e água quente.

 Sobre a água que entra, recordemos os seguintes fatos:


- Cada peça de utilização possui uma vazão nominal de projeto.
- A velocidade mínima de projeto, situa-se entre 1,5 a 2,5 m/s.
 Sobre a água que sai temos as seguintes considerações:
- A água que entrou pode ser armazenada até o limite do volume da peça alimentada,
Ex: Banheira, pia tamponada, etc... .
- A água já servida, é acrescida com detritos, sabão, cabelos, papéis, etc...
(obstruidores).
- A inclinação das redes de esgotamentos são baixas, consequentemente por falta de
“pressão hidráulica” a velocidade de escoamento horizontal é baixa. ( = 0,15 a 0,30 m/s).
- Por segurança, considera-se pois as tubulações horizontais como se fossem
“canais” cujo o funcionamento do mesmo é considerado a meia seção, ou seja, a vazão
máxima (Q) só ocupará meia seção (s/2).

CONCLUSÃO:

Com as considerações acima, torna-se possível efetuar o cálculo das redes de


esgoto, utilizando-se a “equação da continuidade”, ou seja:

Q = SV equação da continuidade

2Q
Seção utilizada = S .: Q  S  V ou S 
2 2 V

TABELA DE DIMENSÕES DE TUBOS


ESGOTO PREDIAL - EB - 608
ESPESSURA
20

BITOLA DE EB - 608
REF. mm mm
40 40,0 1,2
50 50,7 1,6
75 75,5 1,7
100 101,6 1,8

2 2 2Q
Sendo: S  D , temos, D 
8Q Q
 D  Q  1,6 sendo:
4 4 V V V

D = em metros * ( 10.000 = mm)


Q = m3/seg
V = m/Seg

 HUNTER:
- Após entendimento do funcionamento global de uma instalação destinada ao
ësgotamento” das águas e resíduos, “HUNTER” elaborou estudo probabilístico das diversas
contribuições e pelo estudo atribuiu pesos às mesmas.

 MÉTODO HUNTER:
- Hoje, o método Hunter, além de indicado pela norma é o método mais
utilizado para o dimensionamento das instalações prediais de esgoto sanitário e ventilações.

- Conforme podemos verificar nas tabelas a seguir, a cada aparelho foi


atribuido um número de unidades denominadas:
Unidades Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários - (UHC) bem como os
diâmetros nominais mínimos relacionados com as mesmas unidades.
21

UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO DOS UNIDADES HUNTER DE


APARELHOS SANITÁRIOS E DIÂMETRO NOMINAL CONTRIBUIÇÃO PARA
DOS RAMAIS DE DESCARGA APARELHOS NÃO
RELACIONADOS
NÚMERO DIÂMET. DIÂMETRO NÚMERO DE
DE UNID. NOMINAL NOMINAL DO UNIDADES
APARELHO HUNTER RAMAL RAMAL DE HUNTER DE
DE CONT. DE DESC. DESCAR. DN CONTRIB.
DN
BANHEIRA DE RESIDÊNCIA 3 40 40 2
BANHEIRA DE USO GERAL 4 40 50 3
BANHEIRA HIDROTERÁPICA 75 5
FLUXO CONTÍNUO 6 75 100 6
BEBEDOURO 0,5 40
BIDÊ 2 40
CHUVEIRO DE RESIDÊNCIA 2 40 TABELAS - 1
CHUVEIRO COLETIVO 4 40 . DIMENSIONAMENTO DOS
RAMAIS DE DESCARGA
DUCHA ESCOCESA 6 75 (RECORDAÇÃO) - ramal de
descarga é a “calização” que
LAVADOR DE COMADRE 6 100 recebe diretamente a
contribuição
LAVATÓRIO DE RESIDÊNCIA 1 40 (efluente)de aparelho sanitário.
LAVATÓRIO GERAL 2 40 . Fica claro que o diâmetro
LAVATÓRIO QUARTO DE mínimo recomendado para
INFERMARIA 1 40 instalações de esgoto é o de
40mm
LAVATÓRIO CIRÚRGICO 3 40
MICTÓRIO - VÁLVULA DE
DESCARGA 6 75
MICTÓRIO CAIXA DE
DESCARGA 5 50
MICTÓRIO - DESCARGA
AUTOMÁTICA 2 40
MICTÓRIO DE CALHA POR
METRO 2 50
PIA DE RESIDÊNCIA 3 40
PIA DE SERVIÇO (DESPE.) 5 75
PIA DE LAVATÓRIO 2 40
TANQUE DE LAVAR ROUPA 3 40
MÁQUI. DE LAVAR PRATOS 4 75
MÁQUI. DE LAVAR ROUPA
ATÉ 90 Kg 10 75
VASO SANITÁRIO 6 100
NOTA: O diâmetro nominal indicado nesta tabela e
relacionado com número de unidades Hunter de
22

contribuição é considerado como mínimo.

5 - DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE DESCARGA - (ESGOTO


SECUNDÁRIO)
- Após entendimento das (UHC) pelo item anterior bem como tabela 1,
continuaremos com o nosso projeto.
Exemplo: (comentado) - Projeto Anexo 1
. Como os ramais são utilitários, não há soma de UHC e sim, a definição dos
diâmetros e serem sdotados:
QUADRO - 1
DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE DESCARGA
APARELHOS UHC DIÂMETRO ADOTADO
Ø mm
B Chuveiro 2 40
A Lavatório 1 40
N Bidê 2 40
H Vaso Sanitário (valv.) 6 * 100 (Mínimo p/ vaso)
O 1
ST1 (11)
B Chuveiro 2 40
A Lavatório 1 40
N Bidê 2 40
H Vaso Sanitário (valv.) 6 * 100 (Mínimo p/ vaso)
O 2
ST2 (11)
C Pia Cozinha - 1 3 40
O Pia Cozinha - 2 3 40
Z.
ST3 (6)
Á Tanque 3 40
R Máquina de lavar roupa 10 75
E
ST4 (13)
TOTAL ((41))
Os diâmetros dos ramais de descarga anotados neste quadro serão
transpostos para o projeto. (Anexo - 1)

* Os dados acima facilmente “memorizáveis”, o que facilita em muito, não só para o


projetista, bem como para engenheiros responsáveis pela execução e fiscalização de obras.
23

6 - DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE ESGOTO - (ESGOTO


PRIMÁRIO)

. Após o dimensionamento dos ramais de descarga (item anterior) já temos anotados


no quadro 1, as (UHC) de cada aparelho.

DIMENSIONAMENTO DOS
RAMAIS DE ESGOTO
DIÂMETRO N° DE UNIDADE
NOMINAL DO HUNTER DE
TUBO DN CONTRIBUIÇÃO
40 3
...50... .....6.....
75 20
100 160
150 620

Tanto para o projeto que estamos calculando, bem como para o exemplo abaixo, que
é muito parecido com os do anexo 1, vemos o seguinte:

DO QUADRO - 1

BANHOS - 1, 2 e EX:

TABELA - 2
Soma das UHC (Sem v.s) --------------- (5) ------------------ 
 50mm
  100mm

Soma das UHC (Com v.s) --------------- (11) ----------------  DIÂM. MÍNIM. P /
 VASO SANITÁRIO

NOTA:
Mesmo a soma com o vaso dando 11 - não se adota Ø 75mm - prevalece
o diâmetro DN Ø 100mm para vaso sanitário.

. COZINHA . ÁREA DE SERVIÇO


- Ramal de descarga direto para CG - Tanque + M. Lavar - UHC = 13 - Ø
- UHC = 3 - Ø 40mm 75mm ou 75mm somente p/ M. Lavar e
- Se forem conectadas a um ramal de 40mm p/ tanque
esgoto - UHC = 6 - Ø DN 50mm.
OBS: - Em residências utiliza-se o ramal OBS: Ficar atento para ramais que
de descarga direto p/ C.G. atendam a máquina de lavar roupas
- Em apartamentos utiliza-se a segunda Ø = DN 75mm.
alternativa (Ramal de Esgoto).
24

7 - DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE QUEDA (TQ)

. Em residências com mais de um pavimento ou em prédios, a tubulação vertical que


recebe os efluentes dos ramais de esgoto, recebe a denominação de tubo de queda (TQ);
. A tabela 3 abaixo nos fornece os diâmetros mínimos dos tubos de queda (TQ) em
função da soma das (UHC) contribuições que deverão pelo menos;
* . Mesmo que a tabela nos forneça diâmetros inferiores às do esgoto, não é
permitida a reduão de seções. (No caso adotar a seção do ramal de esgoto).

TABELA – 3

DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE QUEDA


DIÂM. NÚMERO MÁXIMO DE UNIDADE HUNTER DE
CONTRIBUIÇÃO
NOMINAL PRÉDIO DE ATÉ PRÉDIO COM MAIS DE 3
3 PAVIMENTOS
DO TUBO - DN PAVIMENTOS EM 1 EM TODO
PAVIMENTO PAVIM.
40 4 2 8
50 10 6 24
75 30 16 70
100 240 90 500
25

150 960 350 1900

. A residência (um pavimento) da memória (completa) não possui TQ


. Abaixo vemos o exemplo do TQ de um prédio.

8 - DIMENSIONAMENTO DOS SUB-COLETORES PREDIAIS

. Os sub-coletores recebem os tubos de queda e ou os ramais de esgoto.


- . Edifícios e ou casas de dois ou mais pav. Interligam seus Tqs nos sub-coletores
via caixa de inspeção (C.I.) ou com a instalação de tubos operculados (TO);
- . Residências de um único pavimento, os ramais de esgoto interligam via (C.I.) com
os ramais ou sub-ramais de esgoto.
. A tabela 4, abaixo nos dá o diâmetro das canalizações dos coletores e sub-coletores
em função da soma das (UHC) unidade Hunter de contribuição bem como das declividades
adotadas e ou possível.

TABELA - 4

DIMENSIONAMENTO DE COLETORES PREDIAIS E SUBCOLETORES


DIÂM. NOMINAL NÚMERO MÁXIMO DE (UHC)
DO TUBO - DN DECLIVIDADES MÍNIMAS (%)
05% 1% 2% 4%
100  180 216 250
150  700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300

O exemplo da página - E - 8 e anexo terá o sub-coletor e coletor predial com Ø =


DN 100mm uma vez que a soma das UHC não ultrapassam a 180.

9 - DIMENSIONAMENTO DOS COLETORES PREDIAIS.

. O coletor predial é responsável pela ligação dos sub-coletores à rede pública;


. A mesma tabela 4 é utilizada para o dimensionamento do coletor predial (Ø min =
100mm)

Exemplo: (continuação da memória de cálculo projeto anexo)


Sendo a soma total das UHC igual a 41 UHC;
. Pela tabela 4 (acima) vemos que a tubulação do coletor predial será igual a
DN 100mm.

10 - DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Importante: - O correto dimensionamento das ventilações é o que garante a


qualidade do projeto.
26

* Devido ao incremento de custo na execução do projeto, é muito comum que


leigos e inescrupulosos, retirem esta parte “FUNDAMENTAL” do projeto.
- A consequência desse fato é o desequilíbrio atmosférico nos fechos Hídricos
(Sifões), com a sua ruptura. (A entrada de gases para o interior da edificação provoca
cheiros insuportáveis).

Conclusão: - Sem ventilação, “Adeus Conforto”.

* A metodologia adotada para o cálculo do sistema de ventilação de esgotos, é a


‘mesma’ adotada no cálculo das redes de esgoto.

DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE VENTILAÇÃO


GRUPO DE APAR. S/ VASOS GRUPO DE APAR. C/ VASOS
SANITÁRIOS SANITÁRIOS
NÚMERO DE DIÂMET.NOMINAL NÚMERO DE DIÂMET.NOMINAL
UNID. HUNTER DO RAMAL DE UNID. HUNTER DO RAMAL DE
VENTILAÇÃO - DN VENTILAÇÃO - DN
DE DE
CONTRIBUIÇÃO CONTRIBUIÇÃO
até 12 40 até 17 50 B
13 a 18 50 18 a 60 75
A 19 a 36 75 — —
A  = COZINHA + ÁREA B  = BANHO (1) + BANHO (2)

* Pela tabela acima e pelo cálculo do projeto anexo - 1, se formos adotar uma
ventilação para cada banheiro teremos que os ramais de ventilação terão DN = 50, pois o 
das UHC totalizam 12 (UHC) DN = 50mm p/ ramal p/ banho.

* Idem se adotarmos ramal único para cozinha e área de serviço - do quadro 1


tiramos:  (UHC) = 6 + 13 = 19 UHC, o que pela tabela 5 (acima), Grupos s/ v. S - DN =
75mm

* A distância máxima do conector (sifão) ao ramal ou coluna de ventilação é dado


pela tabela a seguir:

TABELA 5

DISTÂNCIA MÁXIMA DE UM DESCONECTOR AO TUBO


VENTILADOR
DIÂMETRO NOMINAL DO DE DISTÂNCIA MÁXIMA
DESCARGA - DN (M)
40 1,00
50 1,20
75 1,30
100 1,40
27

. Para o dimensionamento da coluna e barriletes de ventilação, utilizamos a tabela a


seguir:

TABELA 6

DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO


DIÂM. NOM. NÚM. DE DIÂM. NOM./MIN. DO TUBO DE
DO UNID. VENTILAÇÃO.
TUBO DE HUNTER DE 40 50 60 75 100 150
QUEDA
OU RAMAL CONTRIBUIÇÃO COMPRIM. MÁXIMO PERMITIDO (M)
DE (UHC)

ESG. DN
40 8 46
40 10 30
50 12 23 61
50 20 15 46
75 10 13 46 110 317
75 21 10 33 82 247
75 53 8 29 70 207
75 102 8 26 64 189
100 . 43  .11 26 76 299
100 140  8 20 61 229
100 320  7 17 52 195
100 530  6 15 46 177
150 500    10 40 305
150 1100    8 31 238
150 2000    7 26 201
150 2900    6 23 183

* Para ramal de esgoto com Ø = DN 100 - Ø mínimo da ventilação é de - 50

* Também na ventilação não permitido a redução de seção do ramal de ventilação


para coluna ou barrilete da mesma ventilação.
* A saída da coluna ou barrilete de ventilação deve preferencialmente ser no mínimo
20cm acima do telhado e sempre o mais longe de janelas, portas ou aberturas que possam
“carrear’ gases para o interior da edificação.

Cont.: Memória de cálculo (projeto anexo)


. VENTILAÇÃO DOS BANHOS 1 e 2
- Para os banhos 1 e 2 será suficiente uma coluna/ramal saindo da (CI) caixa de
inspeção que está localizada na faixa de 1,20m dos vasos sanitários e (RS) ralos sifonados.
28

 (UHC) B1 e B2 = 22 UHC

Da tabela 5 ---- UHC  17 temos, Ø ramal = DN - 75mm

Pela tabela 6 a coluna poderia ser (UHC  43) DN = 50mm, porém para se evitar
redução de Ø a coluna de ventilação será, também Ø col = DN - 75mm

Obs: Ver detalhamento na representação gráfica, projeto anexo.

Planta Baixa Esgoto Sanitário

- No projeto da página anterior podemos verificar os dimensionamentos da rede de


esgoto bem como ventilação.
. Para a ventilação (projetada na página anterior) temos:

A)  (UHC)

- Banheira --------------- UHC = 3 *


- Lavatório--------------- UHC = 1 * Banheira e ou
Chuveiro
- Bidê--------------------- UHC = 2
- Chuveiro--------------- UHC = 2 *
- Vaso sanitário--------- UHC = 6

 (UHC) = 14

Pela tabela 5 o ramal de ventilação deve ser de DN = 50mm.

B) COLUNA DE VENTILAÇÃO

Em se tratando de um prédio com mais de um pavimento, e pela tabela - 6


Ø ramal de esgoto ----------- DN 100mm, (também TQ/ 5 andares)
.:  (UHC) = 14 UHC  5 = 70 UHC (total) .:
CV (TAB - 6) = DN. 75mm coluna de ventilação da prumada de banheiros

11 - DIMENSIONAMENTO DAS CP, CI E CG.

Caixa de passagem (CP)


Dotada de grelha ou tampa cega, destinada a receber água de lavagem de
piso afluentes de tubulação secundária de uma mesma unidade autônoma.

Características:

- Cilíndricas com diâmetro mínimo de 0,15m;


- Primática, desde que permita a inscrição de um círculo de 0,15m em sua base;
- Altura mínima de 0,10m;
- Tubulação de saída com diâmetro mínimo = DN 50.
29

Caixa de inspeção (CI)


Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações.
Executadas em anéis de concreto, alvenaria de tijolos maciço, blocos de
concreto com parede mínima de 0,20m.

Características:

- Seção circular de 0,60m de diâmetro; quadrada ou retangular, de 0,60m de lado, no


mínimo;
- Profundidade máxima de 1,00,;
- Tampa de fácil remoção e com perfeita vedação;
- Fundo inclinado para fácil escoamento;
- Dictância máxima entre caixas, 25m.

Caixa retentora de gordura (CG)


Caixa destinada a reter gorduras para que as mesmas não obstruam, com o
tempo, as tubulações.
São classificadas em:

a) - CGP (Caixa Gordura Pequena)  Ø = 0,30, retenção 18 litros, saída DN 75.


b) - CGS (Caixa Gordura Simples)  Ø = 0,40, retenção 31 litros, saída DN 75 -
(duas pias).
c) - CGD (Caixa Gordura Dupla)  Ø = 0,60, retenção 120 litros, saída DN 100,
até 12 pias.
D) - CGE (Caixa Gordura Especial)  > 12 pias de cozinha ou cozinhas especiais.
Volume V = 2N + 20

V = Volume em litros
N = N° de pessoas servidas p/ cozinha.
Ø  Saída é o mínimo  Dn 100.

Obs: - Estudar com maiores detalhes os diversos tipos de caixas e suas formas
construtivas.

12 - VERIFICAÇÃO DA MEMÓRIA DE CÁLCULO.

Nesta etapa do roteiro, cabe uma revisão da memória de cálculo para ver se
existe coerência nos dados, ou, até mesmo se não ficou faltando nenhum cálculo.
Após esta verificação inicia-se a consolidação da parte gráfica

13 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA (PROJETO)


30

Além dos ítens anteriores o 1 ponto da representação gráfica é a


simbolização das instalações (Legenda).

EXEMPLO DE UM BANHEIRO COM BANHEIRA


31

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE


CONCEITOS MÍNIMOS

OBJETIVO DA INSTALAÇÃO - Alimentar os pontos de UTILIZAÇÃO de água


com a vazão (Q) e na temperatura (t) de PROJETO.

METAS:
32

1 - Definir o tipo de aquecimento e forma de energia.

2 - Definir o consumo para o projeto.

3 - Definir esquema de alimentação dos pontos de consumo e ou utilização.

4 - Dimensionar a instalação para que se tenha o objetivo da mesma.

5 - Explicitar as recomendações fundamentais para a instalação de água


quente.

REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE

“As instalações de ÁGUA QUENTE destinam-se a banhos, higiene, utilização em


cozinha, lavagem de roupas, finalidade médicas entre outras específicas. Elas devem
proporcionar garantia de fornecimento de água suficiente, sem ruído, com temperaturas
adequadas e sob pressão nescessária ao perfeito funcionamento das peças de utilização.”

1 REQUISITO - TEMPERATURAS USUAIS

ITÉM USO TEMP USUAIS


1 USO PESSOAL 35 a 50C
2 COZINHAS 60 a 70C
3 LAVANDERIAS 75 a 85C
4 HOSPITAIS / ESTERILIZAÇÃO *  100C

* Necessário a utilização de equipamentos para produção de vapor.

2 REQUISITO - VAZÃO DE PEÇAS DE UTILIZAÇÃO E PESO

ÁGUA QUENTE - VAZÃO - Q l/s e PESOS:


ITEM PEÇAS UTILIZAÇÃO VAZÃO l/s PESO
1 BANHEIRAS 0,30 1,0
2 BIDET 0,06 0,1
3 CHUVEIRO 0,12 0,5
4 LAVADOURA ROUPA 0,30 1,0
5 LAVATÓRIO 0,12 0,5
6 PIA DE DESPEJO 0,30 1,0
33

7 PIA DE COZINHA 0,25 0,7


* Para usos especiais, definições especiais conforme necessidade
do projeto.

3 REQUISITO -PRESSÃO MÁXIMA E MÍNIMA

À JUSANTE DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO A NORMA, bem como as


observações práticas, recomenda o seguinte:

 PRESSÃO MÁXIMA  40 mca (H2O) ou 400 Kpa

* Para pressões superiores a esta, utilizar redutores de pressão.

1,0 mca (H 2 O ) ou 10 Kpa  TORNEIRAS


 PRESSÃO MÍNIMA  
0,5 mca (H 2 O ) ou 5 Kpa  CHUVEIROS *
Obs: 1 * Atenção para o trajeto das tubulações, altura de instalação dos reservatórios,
perdas de cargas, pois em residências, estes fatores sempre provocam pressões mínimas
menores do que a pressão necessária para o bom funcionamento das peças de utilização.

Obs: 2 * Em residências, o maior problema, e o que gera o maior desconforto no que se


refere a baixa vazão é a instalação da CAIXA D’ÁGUA sem nenhuma elevação acima da laje
e ou telhado. (Ver ex. Anexo).

4 REQUISITO - CONSUMO DE ÁGUA QUENTE.

* CONSUMO PREDIAL.

A norma indica as bases para se determinar o consumo predial de ÁGUA QUENTE.


Conhecida a população da edificação, calcula-se o consumo predial pelas indicações
da tabela abaixo:

TABELA DE CONSUMO MÉDIO - NBR - 7198/82


PRÉDIO CONS. LITRO/DIA (60C)
ALOJAMENTO PROVISÓRIO OBRA 24 Litros/Pessoa
CASA POPULAR OU RURAL 36 Litros/Pessoa
RESIDÊNCIA 45 Litros/Pessoa
APARTAMENTO 60 Litros/Pessoa
QUARTEL E ESCOLA (INTERNATO) 45 Litros/Pessoa
HOTEL SEM LAVANDERIA 36 Litros/Hospede
HOSPITAL 125 Litros/Leito
34

RESTAURANTE OU SIMILAR 12 Litros/Refeição


LAVANDERIA 15 Litros/Kg Roupa
CD - CONSUMO DIÁRIO = População  consumo “Per Capta”.
População - Já calculada no projeto de ÁGUA FRIA.

Obs: Respeitando-se os requisitos acima citados, TEMPERATURA, VAZÃO, PRESSÃO E


CONSUMO, o projeto de ÄGUA QUENTE estará perfeito.
Resta-nos portanto a conceituação do mesmo no que se refere às “METAS” a serem
cumpridas.

- Antecipando, podemos afirmar que o dimensionamento das tubulações, no que se refere à


DIÂMETROS, segue o mesmo esquema dos métodos adotados nos cálculos de tubulações
para condução de água fria.

MUDA-SE SOMENTE O MATERIAL / ISOLAMENTO.

METAS A SEREM CUMPRIDAS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO.

1) DEFINIÇÃO DO TIPO DE AQUECIMENTO

1.1 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO:

O abastecimento de ÁGUA QUENTE é feito em encanamentos separados dos de


água fria e para efeito de organização de “conteúdo” pode ser feito por um dos seguintes
sistemas:

1.1.1 - INDIVIDUAL - (OU LOCAL):

Quando o aquecimento é feito para suprir um ou mais aparelhos em um setor de uma


unidade habitacional.
Ex: AQUECEDORES DE PASSAGEM, CHUVEIRO ELÉTRICOS, TORNEIRAS
ELÉTRICAS, etc...

1.1.2 - CENTRAL PRIVADO (DOMICILIAR):

Quando é feito para suprir vários aparelhos de mais de um cômodo de uma unidade
habitacional.

1.1.3 - CENTRAL COLETIVO (EDIFÏCIO):

Quando é feito para suprir vários aparelhos de mais de uma unidade habitacional.

1.2 - TIPOS DE AQUECIMENTO

Para cada sistema de abastecimento há um tipo adequado de equipamento a ser


utilizado, com diferentes tipos de energia.
35

* OBSERVAÇÃO GERAL: Existe uma ïnfinidade” de equipamentos para aquecimento de


água e sua armazenação.
Após a escolha do sistema de abastecimento, estudos mais apurados deverão ser
feitos para se definis equipamentos e energia a ser utilizada para o “fim” a que se destina o
projeto específico. “Não adotar regra geral”.

1.2.1 - ESCOLHA DO TIPO AQUECIMENTO

O GRAU de “sofisticação” (conforto) aliado com as disponibilidades globais


existentes, é que apontará a solução a ser projetada.

* “Sofisticação / conforto  garantia de abastecimento contínuo de água quente na


quantidade e temperatura ideal.
 Uma instalação que permita uma garantia do “conforto” exige um investimento inicial
grande, e uma análise econômica (período de amortização) mais apurada normalmente
inviabiliza sua execução.
“Conforto” normalmente custa caro.

* “DISPONIBILIDADES GLOBAIS”

 Formas de energia disponíveis na região do projeto


 Se é projeto inicial ou reforma
 Perfil da renda do(s) proprietário(s)
 Disponibilidade financeira para implantação
Disponibilidade mensal
 Análise de tendência do custo das energias disponíveis
 Outras.....

RESUMO:

Após análise do projeto quanto à sua utilização e entrevista com o proprietário e ou


responsável, a tomada de decisão técnica fica mais “REALISTA” e fácil.
E para facilitar temos a tabela abaixo:

* ESCOLHA DO TIPO DE AQUECIMENTO / FORMA DE


ENERGIA
SISTEMA TIPO DE ENERGIA
ELÉTRICO GLP-GÁS-RUA SOLAR ÓLEO COMB.
NAFTA SÓLIDO
INDIVIDUAL PASSAGEM PASSAGEM   SEMI-
SEMI- PASSAGEM   ACUMUL.
ACUMUL.
CENTRAL ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL.
PRIVADO
CENTRAL ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL. ACUMUL.
36

COLETIVO

* PODE-SE, TAMBÉM, PREVER SISTEMAS / ENERGIA MIXTOS.

2) CONSUMO PARA O PROJETO

2.1- Para pequenos projetos e ou projetos Convencionais, utiliza-se a tabela página Q = 3


(verificar página após digitação do trabalho) para o cálculo do consumo predial.
A rotina de cálculo é a mesma adotada para água fria.

2.2 - VOLUMES DOS RESERVATÓRIOS (FONTES CONVENCIONAIS)


Abaixo apresentamos algumas tabelas que podem auxiliar nos cálculos do volume dos
reservatórios (Fonte - Hélio CREDER).

CONSUMO DE ÁGUA QUENTE À 70C

A tabela abaixo nos fornece o volume do aquecedor (litros) e o valor da resistência


(média) dos mesmos para aquecer a água de 20C à 70C.

CONSUMO DIÁRIO A 70C (LITROS) VOLUME DO AQUECEDOR RESISTÊNCIA (KW)


60 50 0,75
95 75 0,75
130 100 1,0
200 150 1,25
260 200 1,5
330 250 2,0
37

430 300 2,5


570 400 3,0
700 500 4,0
850 600 4,5
1150 750 5,5
1500 1000 7,0
1900 1250 8,5
2300 1500 10,0
2900 1750 12,0
3300 2000 14,0
4200 2500 17,0
5000 3000 20,0

VALORES USUAIS DE CAPACIDADE DE RESERVATÓRIOS (BOILERS)


(BASEADA NA TABELA 70 DA REF. N DA BIBLIOGRAFIA) H. CREDER.
VALORES USUAIS DE AQUECEDORES ENCONTRADOS NO COMÉRCIO “VALORES
COMERCIAIS”
CAPACIDADE
DO
RESERVATÓRIO
(LITROS) 60 75 115 175 230 290
CONSUMO
DIÁRIO 115 - 230 230 - 380 380 - 760 760 - 1140 1140 - 1710 1710 - 2330
(LITROS)
PEQUENA FAMÍLIA FAMÍLIA FAMÍLIA FAMÍLIA CASAS
FAMÍLIA MÉDIA MÉDIA GRANDE GRANDE GRANDES
CASA UM SÓ DOIS LOJA PEQUENOS PEQUENOS
APLICAÇÕES PEQUENA BANHEIRO BANHEIROS PEQUENA EDIFÍCIOS EDIFÍCIOS
DE APT. DE APT.

PRÉDIO CONSUMO - LITRO / DIA 70C


ALOJAMENTO PROVISÓRIO 24 POR PESSOA
CASA POPULAR OU RURAL 30 POR PESSOA
RESIDÊNCIA 45 POR PESSOA
APARTAMENTO 60 POR PESSOA
QUARTEL 45 POR PESSOA
ESCOLA (INTERNATO) 45 POR PESSOA
HOTEL - SEM COZ. E SEM LAVAND. 36 POR HÓSPEDE
HOSPITAL 125 POR LEITO
RESTAURANTE E SIMILAR 12 POR REFEIÇÃO
LAVANDEIRIA 15 POR Kg DE ROUPA

TABELAS PARA AUXÍLIO NOS CÁLCULOS DO VOLUME DOS RESERVATÓRIOS.

CONSUMO DE AGUA QUENTE NOS EDIFÍCIOS, EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE PESSOAS


38

CONSUMO DURAÇÃO DE CAPAC. DO CAPAC. DE HORAR. DE


TIPO DE AGUA QUENTE NAS PEAK HORAS RES. EM FUNC. AQUEC. EM
EDIFÍCIO NECESSÁRIA OCASIÕES DE DE CARGA DO FUNC./USO/DIA
PEAK (L/H) CONS/DIAR.
RESIDÊNCIA 50 LITROS
APARTAMENTO PESSOA POR 1/7 4 1/5 1/7
S HOTÉIS DIA
EDIFÍCIOS 2,5 LITROS
ESCRITÓRIOS PES/POR/DIA 1/5 2 1/5 1/6
FÁBRICAS 6,3 LITROS
PES/POR/DIA 1/3 1 2/5 1/8
RESTAURANTE LIT/POR/REF
3ª CLASSE 1,9 1/10 1/10
2ª CLASSE 3,2
1ª CLASSE 5,6
RESTAURANTE 1/10 8 1/5 1/10
3 REF/DIA
RESTAURANTE 1/5 2 2/5 1/6
1 REF/DIA

EX: AQUECIMENTO ELÉTRICO PARA UMA RESIDÊNCIA DE 10 PESSOAS

1) - Consumo diário: ----------------------- 50  10 = 500 l.


2) - Nas ocasiões de peak: ----------------- 500 
1 = 75 l/h
7
1  500 = 100 l
3) - Capacidade do reservatório: ---------
5
4) - Capacidade do aquecimento: --------
1  500 = 75 l/h
7
Querendo elevar a temperatura da água de 15 para 60C, em uma hora

Q ef  75( 60  15)  3370 kcal úteis

Considerando o rendimento de 80%

Q ef  3370  4220 kcal.


0,8
Como 1 KWH = 860 Kcal, temos

W  4220  4 ,7 KWH.
860
Consumo de água quente nos edifícios, em função do número de Apto.

CONSUMO DE AGUA QUENTE NOS EDIFÍCIOS, EM FUNÇÃO DO N Apto / LIT / HORAS


60C

APARELHOS APTO CLUBE GINÁSI HOSPI HOTEI FÁBRI ESCRI RESID ESCOL
S OS TAIS S CAS TÓRIO ÊNCIA AS
S
LAVATÓRIO 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6 2,6
PRIVADO
LAVATÓRIO 5,2 7,8 10,4 7,8 10,4 15,6 7,8  19,5
PÚBLICO
39

BANHEIRO 26 26 39 26 26 39  26 
LAVADOR DE 19,5 65  65 65 26  19,5 26
PRATOS
LAVA - PÉS 3,9 3,9 15,6 3,9 3,9 15,6  3,9 3,9
PIA DE 13 26  26 26 26  13 13
COZINHA
TANQUE DE 26 36,4  36,4 36,4 36,4  26 
LAVAGEM
PIA / COPA 6,5 13  13 13   6,5 13
CHUVEIRO 97,5 195 292 97,5 97,5 292  97,5 292
CUNSUMO 30 30 10 25 25 40 30 30 40
MÁXIMO %
CAPAC. DO 125 90 100 60 80 100 200 70 100
RESERVAT. %

EXEMPLO

Edifício de apartamentos, com 20 unidades residenciais, com os seguintes


aparelhos, por unidade: banheiros, bidê, lavatório, chuveiro e pia de cozinha.

20 - Banheiros  26 = 520
20 - Bidês  2,6 = 52
20 - Lavatórios  2,6 = 52
20 - Chuveiros  97,5 = 1950
20 - Pias de cozinha  13 = 260__
2834 l/h

Consumo máximo provável: 0,30  2834 = 850 l/h


Capacidade do reservatório: 1,25  850 = 1060 l

OBS: VERIFICA-SE QUE ESTES VOLUMES SÃO EFICIENTES QUANDO A


TEMPERATURA ESTÁ ENTRE 60 E 70C.

2.3 - VOLUME DOS RESERVATÓRIOS: (Fontes alternativas).

Frente à tendência de aumento custos das energias convencionais (ELÉTRICAS e


DERIVADOS DO PETRÓLEO), é muito importante que o projeto oriente o cliente sobre a
possibilidade e até mesmo a vantagem da utilização das energias não convencionais
(alternativas).
Para tanto apresentamos abaixo dados e tabelas já comprovados pelo uso e prática.

2.3.1 - PREDIAIS: (Fontes PROCEL).

Para os coletores solares disponíveis no mercado, os melhores rendimentos


energéticos serão aqueles obtidos, trabalhando-se com grandes volumes de água
armazenados e a temperaturas menores (40C a 50C). Para tal, o reservatório térmico
deverá ter seu volume calculado de modo a conseguir armazenar toda água necessária, no
período de um dia.
Sendo assim não se deve economizar no tamanho do reservatório ou a eficiência do
aparelho será comprometida.
40

Levando-se em conta os níveis de insolação de Minas Gerais, pode-se dimensionar a


área necessária de coletores solares em função do volume do reservatório térmico. ESTA
RELAÇÃO DEVE SER DE 100 LITROS DE VOLUME DE ARMAZENAMENTO para
cada m2 de coletor solar.

EXEMPLO: UM AQUECEDOR SOLAR DE 400 LITROS DEVERÁ TER 4m2 de


área de captação, ou seja, 2 coletores de 2m2 cada.
 Em condições especiais, como hoteis onde a taxa de ocupação é muito própria,
esta relação pode aumentar, ou seja, 125 litros por m2 de captação.

2.3.2 - DIMENSIONAMENTO:
Para calcular o volume do reservatório para água
quente via aquecimento solar, considera-se a tabela abaixo:

ITEM PEÇAS DE UTILIZAÇÃO VAZÃO CONSUMO / DIA


1 Banheira pequena - 150 litros 0,30 150 litros / banho
2 Banheira dupla - 300 litros 0,60 300 litros / banho
3 Banheira circular - 400 litros 0,80 400 litros / banho
4 Bidet 0,06 20 litros / pessoa
5 Chuveiro elétrico de vazão pequena 0,05 30 litros / 10 min / pessoa
6 Chuveiro elétrico de vazão confortável 0,12 72 litros / 10 min / pessoa
7 Chuveiro elétrico de vazão farta 0,25 150 litros / 10 min / pessoa
8 Chuveiro ducha 0,50 300 litros / 10 min / pessoa
9 Lavadoura de roupa 0,30 15 litros / pessoa / dia
10 Lavatório 0,12 20 litros / pessoa / dia
11 Pia de despejo 0,30 30 litros / pessoa / dia
12 Pia de cozinha 0,25 25 litros / pessoa / dia

A PARTIR DOS DADOS DA TABELA ACIMA, PREENCHA O QUADRO A SEGUIR:

N DE BANHO DE CHUVEIRO / DIA  VAZÃO  DURAÇÃO DO BANHO


________BANHO / DIA  ________ LITROS / SEG  ________ SEG = ________LITROS
N DE PESSOA  CONSUMO LAVATÓRIO E BIDET
41

________ N DE BANHOS  ________ LITROS / PESSOA / DIA = ________ LITROS


N DE BANHO DE BANHEIRA / DIA  VOLUME BANHEIRA
________ N DE BANHOS  ________ LITROS ________ = ________LITROS
N DE PESSOA  CONSUMO / PESSOA NA COZINHA
________ N DE PESSOAS ________ LITROS / PESSOA / DIA = ________ LITROS
N DE PESSOA  CONSUMO / PESSOA P/ LAVANDERIA
________ N DE PESSOAS ________ LITROS / PESSOA / DIA = ________ LITROS
VOLUME DO RESERVATÓRIO TÉRMICO _________________ LITROS

- Os consumos pessoa / dia citados anteriormente não são retirados de normas, e


sim valores levantados a partir da experiência de fabricantes.

2.3.3 - OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

 - O dimensionamento para residências individuais é sempre mais crítico. Mudanças


nos hábitos de consumo de um dos moradores pode modificar de modo significativo a
demanda de água quente. Sendo assim, deve-se considerar no mínimo 6 (seis) habitantes
para os cálculos, mesmo que o número de moradores seja inferior;

 - O sistema de aquecimento solar para atender um número igual ou inferior a 10


(dez) usuários, deve ter resistência elétrica com potência entre 130 e 180 Wats para cada
100 litros de volume do reservatório. Para um número superior a 10 usuários, a potência
deve estar entre 100 e 150 Wats para cada 100 litros de reservatório. Estando o
equipamento bem dimensionado as potências citadas são suficientes.

 - Não se pode ajustar a vazão dos chuveiros unicamente no projeto. É imperioso


adequar a realidade aos valores projetados por meio de obstrução à passagem de água. Estas
deverão ser instaladas nos braços dos chuveiros de forma semelhante ao ajuste de pressão
dinâmica que se faz nos chuveiros elétricos;

 - As crianças de qualquer idade consomem água da mesma forma que os adultos;

 - Prever o possível crescimento da família;

 - Não é necessário levar em conta eventuais visitas de fins de semana. O aquecedor


solar deve ser dimensionado para cargas constantes e usuais;

 - Descidindo-se por um aquecedor solar único para banhos, cozinha e lavanderia,


empregar registros que possibilitem o controle de vazões ou mesmo da distribuição de água
a esses pontos;

 - Utilizar os menores trajetos possíveis, bem como menores diâmetros, para que o
volume de água que permanecer e resfriar dentro da tubulação não provoque desconforto da
esfera bem como aumento de consumo virtual.

 - Um equipamento bem dimensionado economiza, em um ano, cerca de 80% da


energia que seria necessária para efetuar o mesmo aquecimento via eletricidade.
42

3) - ESQUEMA DE ALIMENTAÇÃO DOS PONTOS DE CONSUMO E OU


UTILIZAÇÃO

 - O esquema de alimentação, desde que sinfonamentos sejam evitados e os trajetos


sejam os menores possíveis seguem os mesmos critérios utilizados no projeto de água fria.

 - Prever registros por área de atendimento.

4) DIMENSIONAMENTO DA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE

 - Adotar os mesmos critérios utilizados nos cálculos de água fria, somente


alterando as vazões conforme tabela constantes neste capítulo.

5) RECOMENDAÇÕES PARA INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE.

DOS MATERIAIS - COBRE, PVC e POLIPROPILENO, aço galvanizado em


alguns casos (fácil manutenção) e aço inox para instalações industriais.

DO ISOLAMENTO - Lã de vidro ou rocha ou vermiculita expandida com cimento,


em traço de 6:1 nas paredes.

RESUMINDO - A qualidade final de uma instalação, além do projeto e


dimensionamento correto, depende da especificação correta dos materiais e equipamentos a
serem utilizados. (Catálogos e experiências anteriores).

FINALMENTE - Os procedimentos bem como roteiro de projeto segue a mesma


rotina adotada para projetos de água fria.

OBS.: Torneiras de ágra quente à esquerda do usuário e torneira de água fria à direita.

FÓRMULAS E DADOS PARA AUXÍLIO DOS CÁLCULOS

EQUAÇÕES:

Q  1 RI 2 t Lei de Joule
j
Pem Wats = RI2
Q  1 Pt
J
Q  mc (TQ  TF ) ou
43

Q  mc t

Tm  Vm  VQ  TQ  TF  VF

1
R
S
ONDE:

Q - calor produzido e ou necessário em Kcal


R - resistência em 
I - correntes em ampéres
RI - potência em Wats
P - potência em Wats
J - joule - (4,18 W ou 4187 KW)
t - tempo, em segundos
m - massa da água em Kg ( 1 litro)
Kcal
C - calor específico, em
Kg  C
TQ - temperatura da água quente em C
TF - temperatura da água fria em C
Tm - temperatura mista em C
VQ - volume da água quente, em litros
VF - volume da água fria, em litros
Vm - volumemistura, em litros
2
 - resistividade, em .mm
m
l - comprimento da resistência em metros
S - seção da resistência, em mm2.

DADOS:

1 KWH = 860 Kcal.


* Com os dados acima, bem como fórmulas e tabelas de consumo, pode-se elaborar
um projeto de água quente através de um roteiro e conceitos próprios para projetos
específicos, desde que justificados e atendam requisitos mínimos de normas.

Os Aquecedores Solares são, ao mesmo tempo, captadores e armazenadores de uma


energia gratuita. Quando se instala um destes equipamentos, monta-se, na verdade, uma
micro-usina capaz de produzir energia sob a forma de aquecimento de água, no mesmo local
em que será instalada.

Compõem-se de um conjunto de Coletores Solares, um Reservatório Térmico, um


Sistema de Circulação de água (natural ou forçada) e um Sistema Auxiliar de Aquecimento
Elétrico.
44

A radiação solar aquece a água na serpentina de tubos de cobre, no interior da caixa


do Coletor Solar. A isolação térmica e o vidro que recobrem esta caixa impedem a perda do
calor para o ambiente. A água quente circula entre a Serpentina e o Reservatório
Termicamente isolado, carreando o calor que permanecerá armazenado. Em períodos
encobertos prolongados, se a temperatura tender a cair de 40 C, o termostato ligará a
resistência elétrica.

CIRCULAÇÃO NATURAL

Para as pequenas instalações, a circulação de água é natural, não havendo


necessidade de utilização de bomba elétrica.

A - ventilação (sispiro)
B - reservatório de água fria
C - admissão de água fria
D - água fria para consumo
E - reservatório térmico
F - resistência elétrica
G - tubulação de água quente isolada
H - coletores solares
I - tubulação de consumo de água quente isolada
J - termostato controlador da resistência

CIRCULAÇÃO FORÇADA

Nas instalações de médio e qrande porte, é normalmente utilizado o Sistema de


Circulação Forçada de Água compostto por uma pequena motobomba elétrica comandada
por um Controlador Diferencial. Quando a temperatura da água dentro do Coletor Solar for
aproximadamente 3 C à 10 C maior que a temperatura da água do Reservatório Térmico,
o Termostato ativa a bomba circuladora, levando água quente do coletor para o
reservatório.

A -coletores solares
B -reservatório térmico
C -termostato controlador da resistência
D -controlador diferencial
E -sensores de temperatura
F -bomba d’água
G -admissão de água fria
H -tubulação de consumo
I -isolamento térmico
J -ventilação (suspiro)
K - resistência elétrica

O diferencial de temperatura citado é normalmente utilizado, mas cada instalação


deve ser otimizada, partindo-se deste apenas como referência.

Alguns limites para instalação de sistemas com circulação natural


45

a) Desnível entre a parte inferior do reservatório de água fria e a parte superior do


reservatório de água quente.
Mínima: 0,15 m
Máxima: 5,00 m de coluna d’água (a partir do nível d’água)

b) Desnível entre a parte superior do coletor solar e a base do reservatório térmico:


Mínima: 0,20 m
Máxima: 4,00 m

c) Distância entre o coletor solar e o reservatório térmico:


- não deve ser superior a 10,0 m. Quanto maior a distância, maior a perda de carga e
portanto maior deve ser o desnível b. Mínimo de 10%, ou seja, para cada 1,00 m de c
(distância linear)será necessário 0,1 m de b (desnível).

OBS.: Para se trabalhar fora destes limites, os cuidados na instalação deverão ser
redobrados.

- Deve-se estar atento a sombreamento do Norte, Leste e Oeste. Ao Sul, pode-se ter
até mesmo uma obstrução na vertical. Cuidado especial deve-se ter com o crescimento das
árvores existentes. É recomendável a consulta a mais de um técnico para confrontar as
informações recebidas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

1- Manual Técnico de Instalações Hidráulicas e Sanitárias


2° Edição 187 - Editora Pini Ltda.

2- Ruthe e Welington Silveira


Instalações Hidro Sanitárias e de Gás
2° Edição /90 - Editora Pini Ltda.

3- Instalações Hidráulicas e Sanitárias


Hélio Creder
4° Edição - Livros Técnicos e Científicos.

4- Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais


Archibald Joseph Macintyrf
2° Edição / 80 - Editora Guanabara S.A.

5- Notas de Aulas do Autor.


46

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