Você está na página 1de 30

Os fiéis ministros e cristãos presbiterianos do período da Segunda Reforma são conhecidos

como Covenanters [Pactuantes]. Seu nome vem do Pacto Nacional (1638) e da Liga Solene e
Aliança (1643). Essas alianças [pactos] os obrigaram a manter a doutrina, a adoração e o
governo da igreja escocesa e a promovê-las em todas as Ilhas Britânicas. Os pactos e o governo
da igreja presbiteriana foram derrubados por Carlos II em 1662. Os Covenanters continuaram a
aderir a eles e se recusaram a submeter suas consciências a qualquer coisa contrária à Escritura.
Eles foram removidos de seus púlpitos, foram perseguidos e sofreram coisas como prisão,
multas e execução.

O que é Soberania Política?

Posted on Out 17, 2018

Samuel Rutherford (c.1600 – 1661) é mais conhecido por suas cartas devocionais, muitas das
quais foram escritas do exílio em Aberdeen. Ele desempenhou um papel importante na
Revolução Pactual da Escócia e na Assembleia de Westminster, na formulação dos Padrões de
Westminster. Ele foi um dos principais teólogos e apologistas do presbiterianismo no século
XVII. Seu “Lex, Rex” foi uma importante réplica à teoria do direito divino dos reis.

Nossas ideias de poder político e suas limitações foram significativamente moldadas pelos
escritores reformados. Tais princípios ajudaram os covenanters a resistir ao governo
autocrático. Eles permanecem relevantes hoje. Samuel Rutherford publicou uma declaração
chave desses princípios em Lex, Rex (A Lei e o Rei). Este livro é um golpe de martelo contra as
alegações de poder absoluto do estado.

Continha um argumento tão poderoso que Charles II ordenou que ele fosse queimado pelo
carrasco. Rutherford foi acusado de traição, demitido de seu cargo e colocado em prisão
domiciliar. Ele só escapou da execução por estar gravemente doente. Rutherford disse que
“morreria voluntariamente no cadafalso por causa daquele livro, com uma boa consciência”.
Por que ele arriscaria tanto por um livro complexo sobre governo político?
Soberania política flui de Deus

Soberania é o poder do governo por leis. Um aspecto importante do livro de Rutherford é que
Deus é, em última instância, soberano. “Soberania e todo poder e virtude estão em Deus
infinitamente”. A verdadeira soberania pertence a Deus e não ao homem. “Todo poder civil é
imediatamente de Deus em sua raiz”. Rutherford demonstra isso em Romanos 13:1: “as
potestades que há foram ordenadas por Deus”, assim como Romanos 13:5 e 1 Pedro 2:13. O
poder deve ser exercido para a glória de Deus: “todos com autoridade […] são obrigados a
procurar que seus súditos levem uma vida tranqüila e pacífica, com toda piedade e
honestidade”.

Soberania política flui de Deus para o povo

Deus deu esse poder de governo (limitado por Sua lei) não a um ou dois, mas ao povo como um
todo, “unido na sociedade”. “Embora este poder seja dado principalmente ao povo, não é dado
ao povo como se fosse o poder do povo e não de Deus, pois é o poder de Deus”. O povo pode
conceder e reter essa autoridade a seus governantes, mas é limitado por constituição e lei, não
é ilimitado. Os governantes estão sob o domínio da lei tanto quanto qualquer outra pessoa.

Soberania política flui de Deus e do povo para seus governantes

A soberania flui de Deus para o povo e dele para seus governantes. As pessoas não entregam
sua soberania ao governante, mas a delegam ao governo, dentro dos limites da lei e da
constituição. Assim, o governante só detém poder pela confiança do povo. Ele o exerce por um
período limitado de tempo e depois o devolve às pessoas, que o exercem mais uma vez.
Rutherford argumentou: “É falso que o povo faça, ou possa fazer, pela lei da natureza, a
renúncia de toda a sua liberdade nas mãos do rei. Eles não podem renunciar a outros aquilo
que eles não têm em si mesmos”. Outra implicação disso é que os governantes não podem
entregar a soberania a outros, uma vez que a mesma não lhes pertence para fazê-lo. A
soberania nunca pode se tornar propriedade exclusiva daqueles que governam.

Isso diverge completamente da tradição amplamente secular na Europa que moldou o


Iluminismo. Essa tradição considera cada indivíduo entregando sua soberania ao governante.
Pode implicar uma obediência quase cega ao governante. Isso refletiu uma ênfase exagerada
histórica em algumas partes da Europa sobre a “soberania” do governante.

Rutherford sustentou que a “lei, a constituição, tem a supremacia acima do rei”. A constituição
dá aos governantes seu poder: “portanto, ele deve ser rei por uma constituição e lei políticas; e
assim a lei, nessa consideração, está acima do rei […] O rei está debaixo da lei […] porque não
há nenhum poder absoluto dado a ele para fazer o que ele, como homem, diz”.

“Se você der a um rei uma prerrogativa acima de uma lei, é um poder para fazer tanto o mal
quanto o bem; mas não há poder lícito para fazer o mal”.

A soberania política deve ser capaz de fluir de volta ao povo

A soberania pode ser reivindicada pelo povo, uma vez que só foi emprestada. Intrínsica a essa
noção é que o povo deve ser capaz de retirar esse poder pelo exercício do voto. Este é o
método normal das pessoas exercendo sua soberania. Deve haver responsabilidade. Isso
significa uma capacidade para as pessoas responsabilizarem aqueles que exercem o poder em
seu nome.

“É o seu próprio poder na fonte; e se eles o entregam para seu próprio bem, eles têm poder
para julgar quando ele é usado contra eles mesmos e para o seu mal, e assim têm o poder para
limitar e resistir ao poder que eles deram”.

De acordo com essa visão, a ideia de “reunir soberania” de nações soberanas não é lícita, pois
não permite a total responsabilização. O poder corrompe e o poder absoluto corrompe
absolutamente. Rutherford disse que o poder é um vinho forte e os homens o bebem
facilmente. Se o poder é abusado dessa maneira, as pessoas devem recuperar o que lhes
pertence.
“Mas se o rei tem a realeza mediatamente, pelo livre consentimento do povo, da parte de Deus,
não há razão, porém, para as pessoas darem muito poder, mesmo que seja aparentemente
pouco (pois o poder é vinho forte e um grande escárnio), quando sabem até que ponto a
cabeça fraca de um homem suportará, e não mais. O poder não é uma herança imediata do céu,
mas um direito inato do povo que o tomou emprestado; eles podem entregar o poder para o
bem deles, e retomá-lo quando um homem estiver embriagado com ele”.

Isso significa que as pessoas devem ter sua consciência justamente informada e exercitada para
julgar a conduta daqueles a quem emprestam poder.

“O povo tem um trono natural de política em sua consciência para advertir, e concretamente
sentenciar contra o rei tirano, e assim, por natureza, o povo deve se defender”.

Conclusão

Rutherford estabeleceu os verdadeiros limites da liberdade dentro do estado de direito. Ele se


opunha à regra absoluta dos homens com suas decisões arbitrárias e inexplicáveis. Ainda
precisamos desses princípios inestimáveis. Como Rutherford concluiu o prefácio de seu tratado:
“Senhor, estabeleça a paz e a verdade”.

Os Covenanters Estavam Certos Em Se Defender?

Posted on Out 20, 2018


350 anos atrás, outros serviços, além do culto patrocinado pelo governo, foram proibidos.
Qualquer um que se recusasse frequentar a igreja estatal seria multado em excesso. As tropas
estavam estacionadas nas casas das pessoas e tinham liberdade para fazer o que quisessem
com a população local. A punição por conduzir cultos “ilegais” era a execução. Os senhorios,
magistrados e qualquer um em posição de autoridade tinham que apoiar e reforçar tais
medidas. As pessoas foram levadas ao desespero sob tal tirania. O que eles poderiam fazer? Em
novembro de 1666, eles se levantaram em legítima defesa, mas era certo fazê-lo?

Em 13 de novembro de 1666, um evento espontâneo surgiu de um caso particular de


brutalidade. Os soldados estavam exigindo “multas da igreja” e um pobre homem idoso estava
sendo ameaçado de ser assado vivo em seu próprio lar, porque ele não podia pagar. Quando
outros intervieram, os soldados atacaram com espadas, mas um dos covenanters [pactuantes]
disparou uma pistola ferindo um deles e os outros se renderam.

Percebendo que, tendo ido tão longe, seriam considerados rebeldes, eles decidiram erguer uma
força armada. Eles pretendiam ir a Edimburgo para pedir ao governo o alívio da opressão. No
caminho, eles renovaram o Pacto Nacional em Lanark e Gabriel Semple pregou. Em seu sermão
ele mencionou Provérbios 24:11-12, que condena o fracasso em libertar “aos que estão sendo
levados para a matança” (Provérbios 24:11). Ele aplicou isso em uma comovente referência ao
resgate em Dalry e ao contexto mais amplo.

Mas as tropas do governo os perseguiram aguardando o tempo para atacar. Pela marcha
noturna e as intempéries, quando chegaram a Edimburgo “pareciam mais homens agonizantes
do que soldados que iam para uma batalha […] cansados, desfalecidos, ofegantes, quase
mortos de fome”. Quando os portões de Edimburgo se fecharam contra eles, voltaram para o
oeste. Foi nesse ponto que o general Dalyell os envolveu com seu exército de cerca de 3.000
homens bem equipados. Os covenanters tinham cerca de 700 a 900 homens. Uma batalha se
seguiu em Rullion Green, nas colinas de Pentland, a cerca de 11 quilômetros de Edimburgo, na
quarta-feira, 28 de novembro. Cinquenta dos covenanters foram mortos e oitenta foram
capturados.

Sir James Stewart de Goodtrees (1635-1713) publicou uma defesa da Revolta de Pentland
juntamente com um ministro chamado James Stirling. O livro foi chamado Naphtali, or, The
wrestlings of the Church of Scotland for the kingdom of Christ [Naftali, ou, As Lutas da Igreja da
Escócia pelo Reino de Cristo]. Stewart foi um advogado, mais tarde Advogado Real. Ele descreve
as leis e eventos tirânicos que cercam a Revolta de Pentland. Ele então dá alguns argumentos
em defesa dos covenanters que estão resumidos abaixo.

1. Autodefesa

A Revolta foi um ato de autodefesa. Deus deu tanto o poder como o direito de autodefesa que
não podem ser postos de lado ou renunciados, pois fazem parte da lei de Deus (veja o sexto
mandamento no Breve Catecismo [de Westminster], perguntas 68 e 69).

2. Reconhecimento do Governo Ordenado por Deus

Eles não eram contra o governo, mas também não podiam aceitar que reis e governos não
poderiam errar. Os governos são ordenados por Deus em subordinação à Sua lei, para a
segurança de cada indivíduo. Se qualquer um deles for pervertido, o laço comum entre
sociedade, governo e lei é dissolvido. Governantes que comandam coisas diretamente
contrárias à lei de Deus podem ser justamente desobedecidos. Aqueles que destroem seu reino
podem ser legalmente resistidos.

3. Ação de Emergência Contra a Tirania

Quando o laço comum entre governo e sociedade é dissolvido, os indivíduos podem se juntar e
se associar para melhor defesa e preservação. Isto é o que acontece quando as sociedades são
formadas pela primeira vez. Eles podem se unir em legítima defesa.

4. A Lei de Deus é Suprema

Os reis e parlamentos da Escócia reconheceram a Palavra revelada e a vontade de Deus para


ser o estado de direito superior. Eles devem continuar a obedecer a isso mesmo se o atual
governo não o fizer.

5. Obrigação Contínua a Deus

Eles pertenciam a uma nação solene e expressamente empenhada em uma aliança com Deus, e
de uns com os outros, para o avanço dos objetivos do Pacto Nacional. Isso significava uma
reforma nacional e a “valente defesa da glória de Deus e de Sua obra e causa”. Eles tinham que
continuar a defender isso, não importando quem se afastasse dele, para que eles não ficassem
sob os julgamentos de Deus. Os Pactos foram queimados e deixados de lado pelo governo. O rei
e o governo assinaram pessoalmente os Pactos no passado e (como outros) realizaram seu
ofício assinando-os. No entanto, tais pactos sagrados não podem ser dissolvidos pelo homem,
essas obrigações permaneceriam até onde Deus estivesse interessado e as consciências
daqueles que temiam Seu nome e buscavam Sua glória.

6. Defendendo o Que é Mais importante

Eles estavam envolvidos na defesa e preservação da vida, das liberdades e da nação, “contra as
violências e lesões mais bárbaras e horríveis que podem ser imaginadas”. Eles também agiram
para a glória de Deus e do Senhor Jesus Cristo, na defesa e manutenção do bendito evangelho e
seu precioso ministério e ordenanças. Esses eram deveres e preocupações infinitamente mais
importantes que as liberdades civis. Fundamentos mais claros do que estes para a autodefesa e
reforma não podem ser imaginados.

Conclusão

A Revolta de Pentland não foi traição contra a autoridade legal. Revoltas e alianças contrárias à
lei são traidoras se elas “não são garantidas e comandadas pela lei superior e autoridade de
Deus”. Por esta razão, a Revolta “foi totalmente legal, justa e necessária”. Foi autodefesa contra
as autoridades que invadiram os direitos dos indivíduos tiranicamente, com violência física
brutal. Claramente, aplicar tais princípios em um contexto diferente requer muita consideração
cuidadosa e oração. Eles foram levados para este último recurso. É claro que esses covenanters
tinham uma compreensão clara das liberdades religiosas e civis que eles tanto estimavam.

Princípios da Segunda Reforma

Posted on Out 31, 2018


A Segunda Reforma aplicou os princípios da Palavra de Deus à igreja e à nação. A Escócia
floresceu sob a bênção de Deus como consequência. A seguir estão alguns dos principais
princípios afirmados e defendidos durante aquele período.

1. A Suprema Autoridade da Palavra de Deus em todos os assuntos de fé, adoração, governo e


prática.

2. O Princípio Regulador da Adoração. A adoração deve incluir apenas o que Deus designou em
Sua Palavra. Devemos excluir da adoração tudo o que Deus não designou em Sua Palavra.

3. Uniformidade. Deve haver uma forma de doutrina, adoração, governo e prática de acordo
com as Escrituras.

4. O Senhor Jesus Cristo é o único Rei e Cabeça sobre a Igreja. Ele concedeu o governo da igreja
aos presbíteros docentes e regentes. O Estado não tem o direito de interferir nisso.

5. As nações e seus governantes devem estar sujeitos a Deus e reconhecê-Lo, bem como Sua lei.
Eles têm uma obrigação com Deus de dar apoio à igreja de Cristo.

6. O dever das nações de fazerem um pacto com Deus e a obrigação contínua desses pactos
religiosos.

7. Nós devemos preservar e manter firme qualquer reforma já alcançada. Devemos avançar em
reforma e encorajar os outros no trabalho de reforma tanto quanto possível.

8. Reforma Pessoal em santidade e piedade, de acordo com a Palavra de Deus.

9. Reforma da Família de acordo com a Palavra de Deus. Isso envolve especialmente o culto
familiar diário e a catequese de crianças na verdade bíblica.
7 Razões Pelas Quais Precisamos da Segunda Reforma

Posted on Set 5, 2018

A Segunda Reforma compartilhava uma maturidade espiritual e um verdadeiro temor de Deus


em comum com os puritanos ingleses. Seus escritos e pregações também estavam saturados
com as Escrituras. Eles se concentram na eternidade, na guerra contra o pecado, na religião da
família e na piedade prática. Há outros aspectos-chave da verdade bíblica em que eles
alcançaram uma clareza significativa. Precisamos aprender de novo com o entendimento
preciso que eles trazem para essas áreas.

1. Visão clara sobre o caminho da salvação

Os ministros da Segunda Reforma deram muita atenção ao assunto da vinda de Cristo. Em sua
pregação James Durham garantiu que as ofertas da graça de Cristo estão ao alcance de
qualquer pessoa. Juntamente com David Dickson ele escreveu The Sum of Saving Knowledge [A
Soma do Conhecimento Salvífico] para explicar a base bíblica sobre a qual um pecador deve
crer. Também ajuda na questão de ter certeza de que realmente cremos.

George Gillespie também escreveu um resumo claro acerca dos encorajamentos para crermos,
com base nas Escrituras. Andrew Gray foi igualmente dotado na resolução de tais questões,
incentivando os crentes a uma maior santidade. O clássico The Christian’s Great Interest [O
Grande Interesse do Cristão], de William Guthrie, é outro guia valioso para quem tem dúvidas e
medos. Ele nos ajuda a saber se somos verdadeiramente salvos. Foi um livro favorito nos lares
escoceses por muitas gerações.

Precisamos dessa clareza em tempos de confusão sobre o evangelho e o caminho da salvação.


O evangelho está sendo diluído e alterado e precisamos recuperá-lo em sua pureza das
Escrituras.

2. Visão clara acerca da centralidade de Cristo


“Faça tudo por Cristo”, disse Samuel Rutherford em seu leito de morte. “Ore por Cristo. Pregue
por Cristo”. Os pregadores da Segunda Reforma fizeram de Cristo e Sua obra redentora o
centro de seus sermões. James Durham pregou e publicou 72 sermões sobre Isaías 53. Eles são
uma rica apresentação de Cristo crucificado como a “Medula do Evangelho”. Seu comentário
sobre o Cântico de Salomão explora as profundezas da comunhão com Cristo na experiência
cristã.

As cartas de Samuel Rutherford são bem conhecidas por exaltarem o Senhor Jesus Cristo ao
expressarem o mesmo tema. “Aproxime-se de Cristo e veja nEle um novo tesouro”, escreve ele.
“Entre, contemple e veja anjos maravilhados, céu e terra maravilhados de amor, doçura,
majestade e excelência diante dEle”. A observação a seguir é ainda mais precisa em nossos
próprios dias: “Tenho certeza de que os santos, no seu melhor, são apenas estranhos ao peso e
valor da doçura incomparável de Cristo”.

Havia uma profundidade e uma realidade na experiência cristã durante os tempos da Segunda
Reforma. Somos fracos em comparação. Seus escritos nos levam a uma maior maturidade
espiritual e piedade.

3. Visão clara acerca dos Pactos de Deus

Aliança com Deus foi uma ênfase chave. Os ministros da Segunda Reforma procuraram
aumentar a compreensão geral acerca dos Pactos de Deus. Eles acreditavam que esse era o
método de Deus de trazer as pessoas para um relacionamento com Ele mesmo. The Sum of
Saving Knowledge [A Soma do Conhecimento Salvífico] explica como os pactos de Deus
fundamentam o plano de redenção. Mostra como o crente entra no gozo dos privilégios do
pacto. Patrick Gillespie, Samuel Rutherford e John Nevay escreveram sobre esse assunto
extensamente. Eles procuraram expor a natureza e as bênçãos desses pactos.

A doutrina da aliança desapareceu em grande parte dos púlpitos da terra hoje. Precisamos
recuperar essa verdade que é tão central para a compreensão adequada das Escrituras.

4. Visão clara sobre a doutrina bíblica


Os ministros da Segunda Reforma acreditavam que todos precisavam de uma compreensão
completa da verdade bíblica. Eles seguiram um plano de catequese diligente para conseguir isso.
A igreja considerou um dever vital e chamou todos os ministros negligentes a prestar contas.

Uma compreensão clara da verdade era considerada essencial, assim como memorizá-la. Hugh
Binning explicou as principais doutrinas do Catecismo Menor em seu livro Common Principles
[Princípios Comuns]. A Soma do Conhecimento Salvífico destila de maneira semelhante os
ensinamentos centrais da Confissão e dos Catecismos.

David Dickson escreveu Truth’s Victory over Error [A Vitória da Verdade Sobre o Erro] para
defender a doutrina bíblica da Confissão de Fé de Westminster. No final de sua vida, ele viu a
obra da reforma revertida. Alguém perguntou o que tinha vindo de todo o sangue e orações
derramadas ao longo de muitos anos. “Há a Confissão de Fé e os Catecismos”, ele respondeu.
“Estes valem mais do que todo o sangue ou orações que foram apresentadas”.

Noções e ensinamentos equivocados são tão comuns hoje quanto antes. A Segunda Reforma
oferece uma herança que resume claramente o ensino da Bíblia.

5. Visão clara sobre o significado e a aplicação das Escrituras

David Dickson encorajou outros ministros a produzirem comentários simples e práticos sobre a
Bíblia. Essas exposições explicando livros difíceis como Jó, Eclesiastes e Apocalipse são de
grande valor. Homens como Alexander Nisbet, James Fergusson e George Hutcheson
trabalharam duro por muitos anos. Eles contribuíram com comentários que juntos cobriram
grandes áreas das Escrituras.

O analfabetismo bíblico é alto hoje, mesmo entre aqueles que mais valorizam as Escrituras. Tais
exposições são projetadas para edificar e beneficiar qualquer pessoa com o desejo de discernir
o significado da Bíblia.

6. Visão clara sobre a ordem e a adoração da igreja


Tudo quanto ao governo da igreja e a adoração a Deus deve vir das Escrituras. Os escoceses
mantiveram este princípio contra um rei que declarou guerra contra eles. George Gillespie e
Samuel Rutherford escreveram longamente justificando essas visões.

Isso influenciou as conclusões da Assembleia de Westminster. A Confissão de Fé de


Westminster declara que “só Deus é o Senhor da consciência”. Deus deixou a consciência “livre
das doutrinas e mandamentos dos homens, que são contrários à Sua Palavra ou que, em
matéria de fé ou culto, vão além dela”. Ficou claro que o louvor a Deus deveria ser apenas do
livro dos Salmos. A igreja escocesa produziu uma versão métrica do livro dos Salmos, para o
louvor da igreja, que permanece em uso hoje.

James Durham discutiu muitos aspectos práticos dos princípios e ordem da igreja. Seu Treatise
on Scandal [Tratado sobre o Escândalo] dá conselhos sábios sobre assuntos de disciplina e
governo da igreja. Seu ensaio sobre o chamado para o ministério também é dito ser um dos
tratamentos mais claros acerca do assunto.

Há indiferença em nossos dias sobre como a igreja deve ser organizada. Temos muito a
aprender com o intenso compromisso com a igreja expressado pelos Covenanters. Seu
entendimento das Escrituras pode ajudar a dissipar nossas ideias confusas sobre esse assunto.

7. Visão clara sobre igreja e Estado

A Escócia era quase única entre os países da Reforma em sua visão de igreja e Estado. Os
reformadores alcançaram e implementaram uma visão clara de como a igreja e o Estado
deveriam cooperar.

A Segunda Reforma guardava os direitos da coroa do Redentor. Eles afirmaram que o Senhor
Jesus Cristo é o único Rei e Cabeça sobre a igreja. Somente aqueles a quem Cristo designar
devem governar a igreja. O Estado não tem o direito de interferir na independência espiritual
da igreja. Eles acreditavam que os governantes tinham o papel de dar apoio à causa de Cristo
dentro de sua própria esfera limitada.
Como Samuel Rutherford colocou: “é a lei de Deus e não a lei do rei que é suprema”. Essas
visões sobre a natureza limitada do poder político opunham-se às reivindicações dos reis Stuart
ao poder absoluto. Os Covenanters estavam prontos para sofrer para manter tais convicções.
Isso contribuiu para estabelecer a importância da liberdade civil.

Vivemos em tempos em que o Estado está invadindo a consciência do cristão individual. A


Segunda Reforma nos dá um ensinamento bíblico claro sobre o papel apropriado do Estado.
Mostra-nos como a igreja deve responder em tais circunstâncias.

Nós Realmente Queremos a Reforma Hoje?

Posted on Nov 5, 2018

Entramos agora no mês da Reforma [outubro], o clímax do 501º aniversário. No meio da


comemoração, é possível olharmos tão extensamente mas nos esquecermos de olhar para
frente. Em outras palavras, podemos estar inclinados a pensar na Reforma como um evento no
passado, em vez de um imperativo presente. Este marco é um ponto para refletirmos sobre
onde estamos em relação à Reforma e o que ainda resta a ser alcançado como indivíduos,
igrejas e comunidades. Como nossas vidas, famílias e congregações correspondem às exigências
de Deus em Sua Palavra? Reforma é uma atividade difícil e inquietante. Desafia nossa
complacência e expectativas. Teríamos o apetite por essas coisas como pensamos ter?

A Palavra de Deus é a única regra para reforma. No entanto, o que queremos dizer com isso?
Anthony Burgess (1600-1663) explica como a Palavra de Deus tem um papel supremo na obra
da reforma. Burgess viveu durante um período de reforma e foi membro da Assembleia de
Westminster. Ele ministrou em Sutton Coldfield e escreveu muitos livros valiosos. Infelizmente,
estes foram comparativamente negligenciados. O que vem a seguir é um extrato atualizado de
um dos seus sermões pregados no Parlamento. Ele mostra que a reforma é difícil, talvez até um
trabalho desencorajador, mas também é uma prioridade absoluta que Deus abençoa.

1. O Padrão da Reforma

(a) Reforma na Doutrina


Uma fé sólida é a alma da religião; é como o sol no céu ou como o olho no corpo. O crer e o
viver errado andam juntos. Himeneu e Fileto fizeram naufrágio de sua fé e de uma boa
consciência (1 Timóteo 2:17). Não podemos edificar qualquer confissão de fé sem extrair os
materiais desta montanha. Erro e heresia não têm inimigos comparáveis às Escrituras. Podemos
ser tão ortodoxos quanto possível em nossa doutrina, mas se não acreditarmos nessas coisas
por causa das Escrituras, é uma fé meramente feita pelo homem. Uma fé meramente humana é
baseada na educação e na tradição humana e fica muito aquém da fé divina.

(b) Reforma na Adoração e Disciplina da Igreja

Uma igreja ortodoxa sem boa disciplina e adoração pura é como um campo de milho sem
cercas. Que bela igreja teríamos se os mandamentos das Escrituras fossem respeitados. Tudo
feito em adoração sem a Palavra de Deus é fazer “o que não sabeis” (João 4:22). A base sobre a
qual permitimos que um aspecto da adoração seja meramente de acordo com a nossa vontade,
será a mesma base para as demais coisas. Na disciplina e ordem da igreja, um homem profano
deveria ser tão raro na igreja quanto uma estrela cadente (2 Tessalonicenses 3:6; 1 Coríntios
5:11).

c) Reforma na Vida Cristã

Somos admoestados pelas Escrituras quanto à nossa vida exterior (Salmos 19:11). As Escrituras
são o antídoto contra o pecado. Um jovem pode purificar seus caminhos por elas (Salmos 119:
9). Muitos não consideram este uso das Escrituras; não ousam ter outra doutrina que não seja a
das Escrituras, mas ousam viver uma vida diferente daquilo que elas ensinam. Da mesma forma
que você acredita no que está escrito, assim você deve viver, tanto o medo quanto a alegria,
como está escrito.

(d) Reforma em nosso Coração e Consciência


A Escritura difere de todas as outras regras e leis. Estas apenas nos comprometem
exteriormente, mas as Escrituras alcançam o coração e a consciência; “a lei é espiritual”
(Romanos 7:14). A lei pode convencer até mesmo um fariseu admirador de si mesmo. Quando
esta luz do sol brilha, ela revela todos os pensamentos ocultos do coração, todos aqueles
argueiros que de outra forma não seriam vistos.

A Escritura é uma espada de dois gumes (Hebreus 4:12). A eloquência humana não aterroriza a
consciência, mas a Palavra de Deus o faz. Faz o coração gritar: “Fui subjugado, subjugado”. É
verdade que Deus faz uso da eloquência humana, mas todos devem estar subordinados à
Palavra. Como Deus é o Pai dos espíritos, a Palavra é uma palavra de espíritos. Embora o
mundo inteiro possa ameaçar, o coração se eleva se a Palavra o conforta; se ela o ameaça, o
coração fica desanimado.

(e) O Benefício de Honrar as Escrituras

A regra das Escrituras é o oposto da tradição e do raciocínio e opiniões dos homens. Na maioria
das vezes elas se opõem ao apelo e à opinião da maioria. Muitos nunca consideram o que as
Escrituras dizem, mas creem, adoram e vivem como a maioria das outras pessoas. Deus nos
proibiu explicitamente de “seguir uma multidão para fazer o mal” (Êxodo 23:2).

Se honrarmos as Escrituras como suprema, seremos:

(a) seguros e firmes em nosso caminho; (b) santos e espirituais em nossa vida; (c) teremos paz
(Gálatas 6:16); (d) ridicularizados como austeros; (e) considerados estranhos; e (f) odiados.

Para nos beneficiarmos das Escrituras, precisamos:

(a) estar nela frequentemente; (b) orar pela compreensão espiritual; (c) sermos humildes e
mansos em nos submetermos a ela; (d) amar a verdade de Deus.
2. Coisas que Impedem a Reforma

(a) Complacência

Há complacência em pensar que não há necessidade de reforma. Este foi o caso dos
laodiceianos; eles pensaram que estavam cheios e ricos (Apocalipse 3:18). Muitas igrejas teriam
sido mais puras e reformadas se não se considerassem suficientemente reformadas. Pode ser
assim com indivíduos. Como Paulo diz, eu não conheceria o pecado, se a lei não dissesse: Não
cobiçarás. Uma igreja pode dizer: eu não saberia que isso era um abuso, que isso era um erro,
se a Escritura não tivesse manifestado isso.

(b) Pragmatismo

Isso faz com que os homens variem em seus pontos de vista e consciência de acordo com as
mudanças de considerações. O que é boa teologia para eles hoje, amanhã é erro; a reforma de
hoje é, para eles, a desordem do amanhã.

(c) Moderação Pecaminosa

Como pode ser difícil não aceitar uma reforma coxa e pela metade? As pessoas acham que
devemos passar por cima de muitas coisas e prosseguir com cuidado. O rigor da Palavra de
Deus é completamente diferente disso. Há uma moderação lícita, mas isso é diferente da
moderação pecaminosa.

(d) O Amor pelas Coisas Terrenas

Em Ageu 1:2-10, descobrimos que a preocupação das pessoas em construir suas próprias casas
as fez negligenciarem a construção do templo de Deus. Para satisfazer sua cobiça, os fariseus
interpretavam as Escrituras de maneira falsa. Se as pessoas preferem perder seu Deus do que
sua riqueza, ou abrir mão de sua religião do que de suas riquezas, como elas podem promover
a causa de Deus, ou abrir caminho para a vinda de Cristo? Quando os homens podem deleitar-
se mais na glória de suas casas do que na beleza espiritual das ordenanças, ou ter mais alegria
em seus corações pelo aumento de vinho e azeite do que em Deus e Seus caminhos, não é de
admirar que poucos abram caminho para Cristo. Gregório de Nazianzo agradeceu a Deus
porque ele tinha alguma coisa a perder por causa de Cristo.

(e) Desejos Pecaminosos

As pessoas ficam muito perturbadas se não podem se satisfazer tanto em suas luxúrias e
pecados. Mas você deve se consolar no fato de que Cristo suportou a oposição de pecadores.

(f) Oposição Geral

Pode haver apenas alguns poucos para a reforma, contra muitos grandes e instruídos que se
opõem a isso. Lutero confessou que essa não era uma provação pequena para ele: “você é o
único sábio, todos os outros estão errados? ”. Mas se isso fosse considerado, então os profetas,
Cristo, Lutero, Calvino, nunca teriam começado nenhuma reforma, porque o mundo estava
contra eles. Reformas sempre foram julgadas coisas impossíveis. Foi dito a Lutero: “vá orar em
sua cela, você não fará nada por comoção”. As pessoas se enfurecem e consultam juntamente
para que Cristo não seja exaltado em Seu trono (Salmos 2:1). Mas isso não nos desculpará. É
melhor suportar a raiva das pessoas do que a ira de Deus. É melhor ter o olhar severo do
mundo do que o de Deus.

g) Novidade Aparente

A verdade vem antes do erro; é o pecado que torna a verdade nova. Ela mostra o quanto
apostatamos, tanto que os caminhos de Cristo são até considerados novos. Isto é agora como
foi desde o começo. A novidade está no erro e na superstição, quebrando o dia do descanso,
negligenciando a piedade.
h) Divisão Aparente

As divisões podem parecer surgir e os erros se multiplicam nesses momentos. Muitos reclamam
de várias seitas que surgiram, mas nunca culparam aqueles que as causaram. Esta sempre foi a
calúnia impingida à reforma: tantos homens, tantos evangelhos. À Lutero foi frequentemente
dito por seus oponentes para não dividir o manto sem emenda de Cristo. Não culpe a reforma
por isso (é a única coisa que pode remover essas coisas); culpe aqueles que causaram as
divisões.

(i) Problemas Externos e Comoção

Isso geralmente acompanha a reforma. Cristo predisse fogo e espada, pai contra filho e filho
contra pai. Isso aconteceria onde quer que Sua pregação pura e poderosa fosse estabelecida.
Ele não é a causa disso, mas sim o coração teimoso e rebelde dos homens. Não é o médico ou o
remédio que causa a dor que o doente sente, mas a doença que está nele há tanto tempo.

j) Ingratidão

As pessoas frequentemente não estimam ou valorizam aqueles a quem Deus envia para libertá-
las. Elas não foram agradecidas a Moisés e Arão. Essa ingratidão é um pecado grosseiro, mas
não deve ser desalento para aqueles que estão comprometidos com o bem público. Lutero nos
diz quão grande provação isso foi para ele. “Quando vejo isso (ingratidão), às vezes sou
quebrado com impaciência e resolvo seriamente: a menos que essa doutrina já estivesse
dispersa, eu preferiria ter feito qualquer outra coisa do que declará-la a esse mundo ingrato.
Mas estes são os pensamentos da carne ”.

3. Razões para Continuar na Reforma

Mas há muitas razões urgentes pelas quais os reformadores devem continuar.


(a) Deus Pune a Negligência

Porque Deus castigou severamente a negligência de qualquer ordem que Ele tenha dado à Sua
igreja. Eles podem ter feito muito, mas se não o fizeram completamente, Sua ira se acendeu. É
por isso que você lê tantas vezes sobre os reis: “No entanto, os altos não foram tirados”. O
julgamento sobre Nadabe e Abiú por oferecer fogo estranho, a ruptura feita em Uzá, deveriam
alertar os reformadores contra a concessão do menor dos mandamentos de Deus. Não pense
que você é livre para decidir quanto ou quão pouco deve ser feito para Deus, você é
responsável perante Deus por cada jota e cada til.

(b) Deus Odeia Adoração Falsa

Não há nada mais odioso para Ele do que a corrupção em Sua igreja. Que nomes detestáveis as
Escrituras dão aos ídolos! Jesus diz em João 4 que o Pai busca aqueles que o adoram em
espírito e verdade. Isso mostra quão precioso e agradável para Deus são aqueles que O adoram
a Seu próprio modo. Nosso Salvador disse aos fariseus que aquilo que era altamente estimado
entre eles como grande piedade e devoção, era uma abominação diante de Deus. Não façamos
coisas abomináveis!

(c) É a única maneira de alcançarmos bênçãos

É somente fazendo a vontade do Senhor que temos certeza de bênçãos. A bênção veio quando
Josafá estabeleceu aqueles que ensinavam o bom conhecimento de Deus. É verdade que
podemos estar no deserto por muito tempo e Deus pode permitir que inimigos prevaleçam por
causa dos pecados de Seu próprio povo. Sempre devemos nos lembrar de qual é o fim do
Senhor, e observar os fins de toda a reforma, e descobriremos que eles são a paz. Não é a
piedade de um homem piedoso que causa muitas de suas tristezas, mas é por ele não ter
piedade suficiente. Não é reforma que cria infelicidade em uma igreja ou Estado, mas é porque
não somos reformados o suficiente que não estamos dispostos a que isso aconteça.
Deus reformará a Sua igreja por outros meios, se não a promovermos. É a maior honra que
Deus já colocou em você. Nestes assuntos de Deus, não consulte a carne e o sangue. Lembre-se
de que Ele está comprometido com Sua verdade mais do que você; você tem sua vida e
riquezas em jogo, mas Deus tem Sua honra e verdade em jogo, o que vale mais do que o mundo
inteiro.

Como você vai responder a Deus no Dia do Julgamento se Ele tiver colocado uma oportunidade
em suas mãos e você não tiver feito o melhor uso dela? Tome o exemplo de Davi no Salmo 132,
quando ele jurou trazer a arca de volta a um lugar adequado. “Lembre-se de Davi e todos os
seus problemas” (literalmente “em toda a sua aflição”, em toda a sua angústia, medo e
preocupação quando Deus feriu Uzá e assim o atrapalhou em sua pretensa reforma). Ele não
dormia nem comia (hipérbole pelos esforços implacáveis que faria para trazer a arca).

Conclusão

A reforma é necessária em nossos dias, é uma ação e não apenas um acontecimento. Mas não
é de modo algum um trabalho fácil. Há muitos desafios, mas para a glória de Deus, nosso bem e
o bem da igreja, não devemos apenas querer que isso aconteça, mas nos empenharmos
ativamente nisso.

Os Covenanters eram Puritanos?

Posted on Jun 11, 2018

Os Covenanters [Pactuantes] compartilhavam certos princípios com os puritanos ingleses. Havia


uma ênfase na autoridade suprema da Palavra de Deus em assuntos de adoração e prática,
bem como nos de doutrina. Eles compartilharam o compromisso de aprofundarem o trabalho
da Reforma, que os uniu na Assembleia de Westminster. Seus escritos manifestaram a mesma
maturidade espiritual e o mesmo verdadeiro temor a Deus, e fizeram a mesma pregação fiel
das Escrituras. Eles se concentraram na eternidade, na guerra contra o pecado, no Culto
familiar e na prática da piedade. Não seria natural pensar nos Covenanters como sendo os
puritanos escoceses?

A resposta curta é: não, não seria exatamente isso. E há várias razões para isto.
1. O puritanismo é um termo impreciso

O puritanismo é um movimento notoriamente difícil de ter definido pelos estudiosos quanto a:


quando ele começou e quando terminou, quais os seus principais princípios e quem pode
receber este rótulo. Esta, portanto, não é uma maneira útil de se entender os Covenanters e os
seus princípios. Não é útil pensar na Nova Inglaterra como praticamente idêntica à Escócia
naquele momento.

Os puritanos poderiam ter diferentes pontos de vista ou posições doutrinárias sobre o governo
de igreja. O termo Covenanter, em contraste, é muito mais definido, pois fala de reforma
pactual e é preciso em termos de governo de igreja, Culto e doutrina.

O termo puritano não indica fidelidade a uma forma particular de governo de igreja. Os
Covenanters, no entanto, estavam muito comprometidos com o governo presbiteriano de
igreja, e sofreram imensamente em sua defesa. Para chamarmos os Covenanters de puritanos
deixamos de lado a importância que eles atribuíram aos princípios presbiterianos. Pode-se
muito bem dizer-se mais sobre a indiferença moderna com as questões do governo de igreja,
do que sobre uma indiferença desta da igreja escocesa do século XVII.

2. O puritanismo foi um termo de curta duração na Escócia

O termo puritano foi usado na Inglaterra a partir de 1564, mas nunca foi especialmente usado
na Escócia antes de 1618, quando foram trazidas as mudanças para o Culto da Igreja da Escócia,
para alinhá-lo com o da Igreja da Inglaterra. Aqueles que resistiam às mudanças defendiam o
status quo, ao invés de procurarem mudá-lo. Os puritanos na Inglaterra tentavam,
inversamente, mudar o status quo, para combinar com a prática na Escócia. Mas sim, havia
semelhança no que eles estavam defendendo. Os presbiterianos foram apelidados de puritanos
pelas autoridades da Igreja, a fim de manchar sua reputação. O nome caiu em desuso na
Escócia depois de 1638, quando os bispos e seus adeptos caíram do poder.

O movimento Covenanter na Escócia foi diferente do puritanismo inglês em seu propósito. A


Reforma, sob John Knox, não tinha sido um compromisso de meio termo, mas algo que os
puritanos admiravam. Os Covenanters estavam resistindo às mudanças que levariam a Igreja
para longe da sua posição original, ao invés de tentar efetuar mudanças. Os puritanos, no
entanto, visavam purificar a Igreja semirreformada da Inglaterra de suas práticas
católicorromanas. Esta é uma diferença significativa.

3. O puritanismo foi rejeitado na Escócia como um termo abusivo

Claro que, no início, também era um termo abusivo na Inglaterra. No entanto, os puritanos
ingleses chegaram a aceitá-lo. Robert Bolton falou de “Puritano” como “o apelido honrado dos
melhores e dos mais sagrados”. John Geree o celebrou em: “The Character of an Old English
Puritan, or Non-Conformist” [O Caráter de um Velho Puritano Inglês, ou Nãoconformista]
(1646).

Samuel Rutherford, no entanto, apenas usou essa palavra referindo-se a ela como um termo de
abuso, aplicado pelos inimigos dos presbiterianos (ver Cartas 11, 59 e 262). Em um sermão, ele
se refere a quem tinha medo de ser apelidado de puritano. Isso não significa, no entanto, que
eles o acolheram. George Gillespie se opôs ao fato de que “eles fazem cristãos piedosos e
zelosos serem zombados e apelidados de puritanos, exceto se puderem engolir o camelo da
conformidade”. Ele diz que esse era o termo aplicado a uma antiga heresia.

“Nossas consciências nos fazem testemunhar como, sem nenhuma razão, somos marcados com
o nome desses antigos hereges, de cujas opiniões e maneiras estamos à distância. E quanto a
nós mesmos, apesar de tudo isso, não nos repreendemos, por causa de Cristo. Sabemos que os
velhos valentes, antes de nós, também foram nomeados por seus adversários de cátaros ou
puritanos e que, sem motivo, esse nome foi dado tanto a eles quanto a nós.

Mas lamentamos muito que, por caminharem com humildade com Deus, por buscarem
ansiosamente os meios de graça e de salvação e por fazerem de boa consciência todos os seus
caminhos, devam ser odiados, e que a piedade, a humildade, o arrependimento, o zelo, a
consciência, etc. devam ser zombados, e tudo por ocasião das cerimônias.”

Conclusão
Pode não parecer um ponto de peso, mas é melhor evitar o crescente erro de se referir aos
Covenanters como puritanos ou puritanos escoceses. Em vez disso, deixem-nos apreciar a
distinta diferença.

Quão Bem Você Conhece a Verdade?

Posted on Nov 26, 2018

É-nos dito que a soma do conhecimento humano está aumentando exponencialmente. Isto é, a
quantidade total de conhecimento produzido e conhecido no mundo. Antes da Primeira Guerra
Mundial, a soma do conhecimento humano dobrou a cada 100 a 200 anos. Após a Segunda
Guerra Mundial, a soma do conhecimento humano dobrou a cada 25 anos. Atualmente, está
dobrando a cada ano. Até 2020, a soma do conhecimento humano dobrará a cada mês.
Podemos saber muitas coisas, mas sabemos as coisas certas? Mais do que isso, quão bem
sabemos as coisas certas? Esta é a maior necessidade nossa e das nossas crianças.

A igreja sempre usou um método bem conhecido para atender a esta necessidade. Ele é
chamado de catequese. Como William Bridge disse, a catequese tem dois objetivos. Em
primeiro lugar, aumentar o conhecimento. Em segundo lugar, testar o conhecimento. Devemos
“permanecerdes fundados e firmes na fé” (Colossenses 1:23). Em um sermão sobre esse
versículo, Thomas Watson mostra que a catequese é o melhor método para assegurar que
estamos ancorados e estabelecidos na fé.

Catequizar é ensinar a coisa mais importante da maneira mais memorizável. Um catecismo não
é apenas um documento ou declaração. É vivo e guardado na memória, e não apenas no papel.
Isso o torna inestimável para referência futura. A verdade está pronta, na ponta da língua (1
Pedro 3:15).

A palavra catequese é uma palavra grega para ensino, usada em Gálatas 6:6 e em outros
lugares. É vital que em particular as crianças, aprendam e se lembrem da verdade bíblica
(Deuteronômio 6:6-7). Nós as ensinamos “para que pusessem em Deus a sua esperança, e se
não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos” (Salmos 78:4-7).
A igreja provou a eficácia da catequese. John Owen observou isso: “Mais conhecimento é
comumente difundido, especialmente entre os jovens e ignorantes, por uma hora de exercício
catequético, do que por muitas horas de discurso contínuo”. Thomas Watson acreditava que:
“Pregar e não catequizar é edificar sem fundamento”.

Ensino Contracultural

As gerações recentes, no entanto, negligenciaram isso. Isso corre na contramão do pensamento


moderno. Esperamos ter um escravo digital para reter conhecimento para nós. Isto pode ser
útil em muitos contextos, mas com a verdade é diferente. Como o Salvador ensinou, as
verdades mais importantes devem ser “postas em nossos ouvidos” (Lucas 9:44). Eles estão
destinados a tomar conta de nossos corações, e da maneira como pensamos.

Memorização é diferente de meramente lembrar. Para memorizar a verdade é preciso se


envolver ativamente com ela. Também requer foco e atenção, coisas que são contrárias a uma
idade distraída e hiperestimulada. Em uma cultura que valoriza a autoexpressão emotiva, a
aprendizagem mecânica parece rígida e repressiva. No entanto, isto ignora a necessidade de
fundamentos e princípios básicos. Qualquer esfera de aprendizado ou atividade qualificada
requer isso.

Ensino a Longo Prazo

A memorização retém o conhecimento como uma preparação necessária para explicação e


compreensão. Como John Macleod observa, a abordagem da Reforma:

Visava a abertura do modelo de sãs palavras em que se expõem a verdade do evangelho. E


quando era memorizado o que foi demonstrado por professores amorosos, no lar ou na
congregação, o bem de ter aprendido a literatura de tais declarações, que eram uma exposição
valiosa da fé, vinha à tona
E, mais ainda, aqueles que nos anos imaturos da infância tinham suas mentes armazenadas
com o que naquele momento aprendiam a repetir, e que poderia estar além de seu alcance,
nos anos posteriores, quando suas capacidades chegavam a uma medida de amadurecimento,
era a chance de trabalharem em suas mentes o que eles aprenderam anteriormente apenas de
rotina. Eles carregavam com eles desde a infância um tesouro que eles conheciam há muito
tempo.

Muitas vezes aqueles que passaram por um curso de treinamento catequético em seus
primeiros dias descobrem como esse ensinamento é útil para eles, agora que, mais tarde,
chegaram a sentir o poder da verdade. Eles são como um moinho com todo o seu mecanismo
pronto, aguardando a ligação da água para que ele funcione. Uma vez que o poder é trazido a
eles, eles aprendem a se beneficiar com as conexões nas quais as várias partes da verdade
divina se sustentam. E assim eles começam sua nova vida de discipulado com ativos valiosos
para seu crédito. Quando o pão é lançado sobre as águas, pode ser encontrado quando é mais
necessário, isto é, em dias posteriores. Há isto que está além da bênção que frequentemente
acompanha a abertura e explicação dessas afirmações para a mente da criança. Para aqueles
que ensinam um Catecismo, é esperado que eles exponham seus ensinamentos e expliquem
seu significado” (Scottish Theology [Teologia Escocesa], pp.101-102).

Ensino Semelhante ao de Cristo

David Dickson mostra a importância de catequizar a partir do exemplo de Cristo ensinando seus
discípulos. Em Mateus 13:51, Cristo pergunta a eles: “entendestes todas essas coisas?”.

Cristo levava em conta se seus discípulos entendiam seus ensinamentos.

1. Aqueles que ouvem o evangelho devem trabalhar para entender o que ouvem. Cristo
pergunta se eles entenderam.

2. Os ministros devem usar o catecismo levando em conta se os seus ouvintes entenderam o


seu ensino. Isto é o que Cristo fez, ao fazer esta pergunta aos discípulos.
3. Não importa que capacidade eles tenham, todos devem estar dispostos a dar conta aos seus
mestres se progrediram em conhecimento. Os discípulos respondem: “Sim, Senhor”.

Conclusão

A instrução básica permanece necessária. A popularidade recente de cursos instrucionais como


o Curso Alpha demonstra isso. Infelizmente, ao reinventar a roda, esses cursos frequentemente
alteram ou diluem a verdade. O Catecismo Menor de Westminster engloba o corpo da verdade
de maneira abrangente, mas com um tratamento conciso. Estabelece o que devemos crer em
relação a Deus, e que dever Deus requer de nós. Não foi possível melhorar sua abordagem.
Qualquer cristão vai se beneficiar dele, e qualquer pai cristão vai valorizá-lo ao usá-lo com seus
filhos. Qualquer ministro descobrirá que isso ajuda a reforçar sua pregação.

Um folheto (em inglês) também explica sobre a catequese e o valor do Catecismo Menor de
Westminster. Entre outras questões, responde à seguinte pergunta sobre o catecismo: Por que
não apenas memorizar os versículos da Bíblia?

Do que nos Esquecemos ao Esquecermos a História da Igreja?

Posted on Jul 12, 2018

Não parece ser uma grande prioridade para muitos. Que relevância urgente os séculos
anteriores podem ter quando nosso mundo é tão diferente? Não é só para quem gosta desse
tipo de coisa? Não, porque Deus exige que nos lembremos de Suas obras feitas no passado
(Salmos 105:5). E achamos que Deus cessou Suas obras desde o tempo dos apóstolos? A
história da igreja glorifica a Deus. Devemos aprender, para nosso benefício, o que aconteceu
com o povo de Deus no passado (1 Coríntios 10:11; Romanos 15:4). Como entenderemos nossa
própria época, a menos que conheçamos as influências que moldaram nossa geração
(Eclesiastes 1:9-10)? Como podemos construir a igreja se não tivermos tempo para entender o
que ela é e para onde ela está indo?

Olharmos para trás e compreendermos o que Deus fez na igreja, nos dá um senso de
perspectiva. Vemos quão pequenos nós somos e quão rapidamente deixaram de existir ideias
que parecem tão poderosas. A ideia de que o novo e o de agora é sempre melhor é orgulhosa e
míope. Uma compreensão da história da igreja pode nos previnir quanto ao erro e nos dar
esperança e encorajamento para o futuro. Podemos ser humilhados quando tomamos tempo
para aprender sobre a coragem, a piedade e as falhas daqueles que foram antes de nós. David
Dickson coloca de forma memorável: “As antigas obras de Deus têm novo uso em todas as
épocas. Para o avanço da fé, paciência e conforto do crente”.

Robert Fleming diz que o que vemos na história da igreja é o cumprimento das Escrituras. Deus
fez promessas para a igreja e nós as vemos cumpridas repetidas vezes. Cristo diz que Ele
edificará a Sua Igreja, nós temos provas abundantes disso. Podemos admirar, desta maneira,
que a Palavra brilha em “todos os caminhos e passos do Senhor para a Sua Igreja em todas as
épocas”. “Uma geração deve declarar as obras do Senhor para a outra e transmitir a memória
de Sua bondade para as sucessivas gerações”. Cada período acrescenta algo a essa história, traz
“algo a mais para o mundo no que diz respeito ao conselho e propósito do Senhor para a Sua
Igreja” (Robert Fleming). Até mesmo nosso período da história da igreja, no qual estamos, faz
isso.

Estas são algumas das coisas de que nos esquecemos quando nos esquecemos das obras de
Deus em Sua Igreja no passado. David Dickson faz um resumo acerca de algumas delas ao

expor Salmos 66:5-7, que fala da relevância contínua das obras de Deus no passado. Ao fazê-lo,
Dickson mostra que as Escrituras exigem que compreendamos a história da igreja, para o nosso
bem e para a glória de Deus.

Dickson percebe que o salmista aponta especialmente as obras do Senhor já feitas para o Seu
povo. O Senhor trabalha para a libertação da igreja e para Sua própria glória. As pessoas são tão
descuidadas em observar Suas obras, no entanto, que há grande necessidade de nos
despertarmos da nossa preguiça. Devemos observar e fazer um uso correto das obras de Deus,
para o Seu louvor e nosso benefício. É por isso que o salmista diz: “Vinde, e vede as obras de
Deus” (Salmos 66:5).

1. Maravilhe-se diante das obras de Deus


Quem quer que observe as obras de Deus para o Seu povo será forçado a temer e admirar Seus
maravilhosos atos e a ter apreço por eles. “É tremendo nos seus feitos para com os filhos dos
homens” (Salmos 66:5).

2. As notáveis libertações de Deus

O trabalho de redimir Sua Igreja do Egito é digno de ser usado por todos até o fim do mundo. É
em si suficiente mostrar que, se necessário, Deus inverterá o curso da natureza. Ele fará isso
pelo bem do Seu povo e os livrará das dificuldades. “Converteu o mar em terra seca” (Salmos
66:6).

3. Deus é fiel às Suas promessas

Assim como o Senhor fez maravilhas ao libertar Seu povo da miséria, Ele também fará
maravilhas ao cumprir Suas promessas para eles. Ele fará o que for necessário para levá-los à
posse daquilo a que Ele lhes deu o direito por promessa. Secar o rio Jordão, para que o Seu
povo possa entrar para possuir a terra prometida, evidencia este propósito de Deus para todos
os tempos futuros. ”Passaram o rio a pé” (Salmos 66:6).

4. Nossa união com a igreja histórica

O povo de Deus, em sua inteireza, é um só corpo. Aquilo que é feito em uma era e para uma
geração diz respeito a todo ele. Todos devem fazer uso disso em sua geração. Todos, nos
tempos futuros, devem considerar-se um só corpo com o povo do Senhor das épocas anteriores.
Eles devem fazer uso do lidar de Deus com eles como se estivessem presentes com eles agora.
A igreja no tempo do salmista se une à igreja no tempo de Josué, desfrutando de Deus com eles
na entrada de Canaã. “Ali nos alegramos nele” (Salmos 66:6).

5. Deus pode fazer novamente o que fez no passado

O Senhor é capaz, e está disposto a fazer, em qualquer tempo futuro, o que quer que tenha
feito por Seu povo em qualquer tempo passado. Ele governa pelo Seu poder para sempre (v7).
Suas ações no passado são evidências perpétuas e promessas de ações similares que serão
feitas no futuro, se necessário.
6. Deus testemunha tudo o que acontece ao Seu povo

Nada é feito em qualquer lugar sem que o Senhor seja testemunha. Não há trama ou
movimento contra o Seu povo que Ele não veja. “Os seus olhos estão sobre as nações” (v7).

7. Aqueles que se opõem à igreja não prosperarão por muito tempo

Haverá, de tempos em tempos, uma geração que não se submeterá a esse governante
soberano. Eles se rebelam contra Ele e difamam Sua Igreja. No entanto, eles não prosperarão
por muito tempo, nem terão motivo para triunfar em sua rebelião: “Não se exaltem os rebeldes”
(v7).

Conclusão

Nos versículos de Salmos 66:8 em diante, o salmista exorta a igreja em seu tempo a louvar a
Deus. Ele os preservou de serem exterminados durante sua provação ardente e dolorosa aflição
sob a tirania e opressão de seus inimigos. Isso nos mostra que em todas as eras (além de todas
as razões para louvar a Deus por obras feitas no passado), o povo do Senhor tem suas próprias
razões únicas para louvar o cuidado, a providência e a bondade de Deus. Um dos propósitos das
aflições da igreja é testar as graças que o povo de Deus tem e eliminar as suas corrupções. É por
isso que Deus traz uma dificuldade após a outra, assim como o metal é colocado no fogo mais
de uma vez para ser refinado (v. 10).

Não há como escapar quando Deus leva a Sua Igreja a um tempo de provação (v. 11). Ele então
nos mostra se é mais fácil servir a Deus ou aos homens (v. 12). No entanto, quando Ele liberta o
Seu povo e dá a ele um tempo de liberação, há consolo na mesma medida que houve de
tristeza durante as provações (v.13). Essas considerações são úteis quando usamos a história da
igreja para refletir sobre nossa própria época. Podemos experimentar uma época em que os
rebeldes se exaltam, mas não será por muito tempo, comparativamente falando. “Porque o
cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos” (Salmos 125:3).

Esquecemos coisas vitais sobre Deus, Sua Igreja e Suas promessas quando nos esquecemos da
história da igreja. Precisamos fazer uso disso para informar, encorajar e nos fortalecermos, para
servirmos a Deus em nossa própria geração. É por isso que criamos alguns documentários
curtos, destacando um período da história esquecido não apenas nas escolas, mas também em
muitas igrejas. É chamado de A Histórida Esquecida da Escócia e as partes finais foram filmadas
durante a semana passada. Analisa o que podemos aprender com esse período, assim como o
que podemos aprender sobre isso. Juntamente com os vídeos, produzimos um guia de
discussão. Isto foi projetado para ajudar a pequenos grupos discutirem os princípios bíblicos
descritos nos vídeos, juntamente com as passagens relevantes das Escrituras. Estamos ansiosos
para poder liberar a série em breve, se Deus quiser.

Você também pode gostar