2018
NYEMAR ALVES ROCHA
OCUPAÇÃO EFÊMERA
VILA VELHA
2018
NYEMAR ALVES ROCHA
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________
Prof.° Dr. Giovanilton Ferreira
Universidade Vila Velha
Orientador
Às pessoas mais
importantes de minha vida:
Lincoln, meus pais, irmãos,
cunhados e sobrinhos.
AGRADECIMENTOS
À minha mãe e ao meu pai, Marta e Antoniel, pela educação, amor, carinho e
dedicação em todo o tempo para concretização dessa etapa de minha vida. Obrigado
por tudo meus pais!
Ao grande amor de minha vida, Lincoln, o qual devo essa realização. Nos instantes
de inquietude, fez-me enxergar os caminhos. Em todo momento acredita em mim.
À todos os mestres, que com grande afinco deixaram seus conhecimentos ao alcance
de todos que acreditam nessa profissão como ferramenta transformadora do mundo.
Ao meu orientador, Prof.° Dr.° Giovanilton Ferreira, o qual acreditou no tema proposto
como instrumento que vale o estudo e implementação aliado à outras pesquisas. A
quem também expresso minha admiração e respeito pelo que representa em minha
vida acadêmica.
Aos meus amigos de toda vida que sempre me incentivaram e acreditaram em minha
formação acadêmica.
E à todos que, de alguma maneira, somaram para a realização deste trabalho e para
minha graduação. Muito obrigado!
The objective of this research is to present and prove that Ephemeral Architecture can
be an induction tool for urban development, giving use to consolidated urban voids, so
that the social function of ownership of these spaces can be fulfilled on our society. For
this, the knowledge of the Architecture and Urbanism on which they are based to
explain the concept of Ephemeral Architecture, of Social Function of Property, as well
as what Urban Voids are explained. The area of analysis of this research is called
Region 01 (one) of the city of Vila Velha, a municipality located in the State of Espírito
Santo - Brasil, in order to show the benefits of occupying urban voids with potential
demand and infrastructure to recover areas left under the speculative retention logic
of urban land.
LISTA DE ABREVIATURAS
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2
A. FUNCIONALIDADE.....................................................................................11
C. ESCALA......................................................................................................22
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 46
2
1. INTRODUÇÃO
urbano deverá ter suas diretrizes fixadas em lei, a “ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”.
Como diz Pilati (2013), “a Função Social abre espaço à autotutela da Sociedade.”
Como instrumento de indução ao desenvolvimento urbano, pode-se destacar a
eficiência na utilização do "Parcelamento, Edificação ou Utilização
Compulsórios. IPTU Progressivo no Tempo. Desapropriação com Pagamento em
Títulos”. É um conjunto de instrumentos que servem para coibir e penalizar o
proprietário de terrenos urbanos que retém seus usos com finalidades de especulação
imobiliária, de mesmo modo, que não cumprem sua função social. A aplicação das
sanções previstas no instrumento serve para fazer com que terrenos vazios ou sub-
utilizados que se encontram em áreas dotadas de infra-estrutura (servidas de água,
rede de esgoto, sistema de transporte) e equipamentos (escolas, hospitais,
parques, centros culturais, etc.) sejam devidamente ocupados, enfraquecendo a
especulação imobiliária, por meio dos prazos estabelecidos por lei para cada uma das
induções. O proprietário que não cumprir esse prazo será penalizado pela
aplicação progressiva do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que deverá ser
aplicado por um período de cinco anos. Se, no caso de esgotamento do prazo, a área
ainda não tiver sido ocupada com os usos e densidades previstas, o imóvel poderá
ser desapropriado, e o proprietário será ressarcido com pagamento em títulos da
dívida pública.
Assim, pode-se retomar à questão anteriormente já citada se a Arquitetura Efêmera,
ao se apropriar de um espaço, contribui para o cumprimento da função social da
propriedade por meio do seu uso, considerando a localização, o público alvo, o tipo
dessa arquitetura, a infraestrutura e as demandas deste espaço para sua implantação.
De certo, a contribuição deste trabalho é de mostrar a necessidade de se pensar
“outside”, provocar o pensamento provando a eficácia da utilização da Arquitetura
Efêmera em vazios urbanos como elemento de cumprimento da função social da
propriedade. Dessa forma se pode considerar que, com o desenvolvimento e explosão
urbana de nossas cidades, a utilização desses instrumentos de indução do
desenvolvimento urbano é capaz sim de solucionar, não em sua totalidade, mas em
grande parte deles, os problemas que enfrentam as cidades na questão dos seus
vazios urbanos.
10
Figura 1 - Arquitetura Efêmera de caráter comercial: Modelo de stand de vendas, São Paulo -
Brasil. http://www.tammiranda.com.br/stand-vendas-container. Acesso em novembro 2018.
Figura 7 - Arquitetura Efêmera de caráter esportivo: Arena de Vôlei de Praia em Copacabana, Rio de
Janeiro – Brasil, Olimpíadas 2016. https://esporte.ig.com.br/olimpiadas/2016-08-22/elogios-criticas-rio-
2016.html . Acesso em novembro de 2018.
Figura 8 - Arquitetura Efêmera de caráter esportivo: Arena do Futuro, Rio de Janeiro – Brasil,
Olimpíadas 2016. https://olharolimpico.blogosfera.uol.com.br/2017/06/14/prefeitura-do-rio-volta-atras-
e-diz-que-nao-vai-transformar-arena-do-futuro-em-escolas/ . Acesso em novembro de 2018.
16
Figura 13 – Pavilhão de pesquisa fabricado totalmente por robôs a partir de componentes de fibra
de carbono e vidro: Pavilhão de Pesquisa ICD/ ITKE/ Universidade de Stuttgart, Alemanha, 2012.
https://www.archdaily.com.br/br/01-104457/pavilhao-de-pesquisa-icd-slash-itke-slash-universidade-
de-stuttgart-faculdade-de-arquitetura-e-urbanismo . Acesso em novembro de 2018.
Figura 14 – Através da aplicação de películas translúcidas nas cores ciano, magenta e amarelo nos
vidros, o pavilhão se transforma numa peça gráfica tridimensional: Pavilhão CMY, Shift Archtecture
and Urbanism, Groningen - Holanda, 2015. https://www.archdaily.com.br/br/771764/pavilhao-cmy-
shift-architecture-urbanism?ad_medium=widget&ad_name=category-installation-article-show .
Acesso em novembro de 2018.
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Figura 15 – Feita com 53.780 garrafas recicladas, os visitantes podem entrar e contemplar a luz e
cores; areia, água e armações curvas de alumínio garantem rigidez estrutural: Pavilhão Head in the
Clouds, STUDIOKCA, Nova York - EUA, 2013. https://www.archdaily.com.br/br/01-
141580/inauguracao-do-pavilhao-head-in-the-clouds-em-nova-iorque . Acesso em novembro de
2018.
Figura 16 – Em madeira, o projeto cria uma estrutura habitacional e de trabalho com mínimo impacto
e sustentável: Ovo de Exbury, PAD Studio, SPUD Group, Stephen Turner; Beaulieu River, Reino
Unido, 2013. https://www.archdaily.com.br/br/01-104457/pavilhao-de-pesquisa-icd-slash-itke-slash-
universidade-de-stuttgart-faculdade-de-arquitetura-e-urbanismo . Acesso em novembro de 2018.
21
Figura 17 – Com estrutura de madeira, esse abrigo de emergência para vítimas de desastres naturais
e provocados pelo homem com capacidade para controlar nível de interação com o exterior através
de uma pele flexível, translúcida e transparente: Abrigo de Emergência - Nick Gonsalves + Nick
Martoo, Austrália - 2013. http://www.archlife.blog.br/2016/06/arquitetura-efemera-6-projetos.html .
Acesso em novembro de 2018.
22
Figura 18 - Arquitetura Efêmera em menor escala: Serpentine Gallery Pavilion de SelgasCano, ‘’Saco
Plástico Barato’’ ou ‘’Parquinho Inflável Pop-Art’’, 2015 Londres - Inglaterra.
https://www.archdaily.com.br/br/769351/serpentine-pavilion-de-selgascano-caso-plastico-barato-ou-
parquinho-inflavel-pop-art . Acesso em novembro de 2018.
Figura 19 - Arquitetura Efêmera em maior escala: Pavilhão Brasileiro na Expo Milano - 2015, Arthur
Casas, Milão - Itália. https://emais.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,arquitetura-
efemera,1688381 . Acesso em novembro de 2018.
24
4. ÁREA DE ESTUDO
Área até 125 m² (referência de lote mínimo permitido pela legislação urbana federal);
Área acima de 125 m² até 360 m²;
Mobilidade Urbana:
Hierarquia viária:
Infraestrutura:
Drenagem Urbana: com base na informação disponibilizada pela PMVV sobre áreas
passíveis de alagamento na regional 1 foram identificados os vazios urbanos
existentes dentro dos polígonos de alagamento. Os lotes alagáveis foram
classificados com (A).
Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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MAPA 5 – SAÚDE
Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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MAPA 6 – SEGURANÇA
Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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Conclui-se de acordo com a pesquisa que, por meio dos mapas mostrados, a Região
Administrativa 1 concentra a melhor infraestrutura urbana em Vila Velha – ES.
Composta por 18 bairros, apresenta também a maior representatividade em termos
demográficos (35,5% da população) e no número de domicílios (38,4% do total da
cidade), assim possui os indícios de um número significante de vazios urbanos que
não cumprem a função social da propriedade urbana. Conhecida como “Grande
Centro’’, a Região 1 é detentora de uma maior quantidade de bairros dotados de
infraestrutura e composta tanto por edificações de uso comercial, quanto de uso
residencial, de mesma forma também se caracteriza pela variedade do poder
aquisitivo de sua população. É mais servida de itens de segurança, pontos de ônibus,
vias pavimentadas, ensino e lazer, apesar de possuir uma escassez no quesito social
e com a parte de drenagem das áreas alagáveis. Estes itens são levados em conta
para conhecimento e análise dos vazios urbanos da região.
MAPA 10 – RANKING
Fonte: ‘’Os Vazios Urbanos e a Aplicação do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória nas
Regiões 1 e 5 de Vila Velha, ES’’ (UVV, 2018).
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5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
Um paradigma pós modernista foi criado: vazios e cheios dão ritmo à cidade.
É possível! É da lei!
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6. REFERÊNCIAS