Manual
Presbiteriano
Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas
Editor: Cláudio Antônio Batista Marra
Sumário ................................................................................................................3
Apresentação .......................................................................................................7
PREÂMBULO .......................................................................................................9
PARTE I – CONSTITUIÇÃO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL ............... 10
CAPITULO I - NATUREZA, GOVERNO E FINS DA IGREJA ............................10
CAPÍTULO II - ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS ......................12
CAPÍTULO III - MEMBROS DA IGREJA ...........................................................14
Seção 1ª - Classificação, direitos e deveres dos Membros da
Igreja .......................................................................................... 14
Seção 2ª - Admissão de Membros ............................................. 15
Seção 3ª - Transferência de Membros ....................................... 15
Seção 4ª - Demissão de Membros ............................................. 16
CAPÍTULO IV .....................................................................................................17
Seção 1ª - Classificação............................................................. 17
Seção 2ª - Ministros do Evangelho ............................................ 18
Seção 3ª - Presbíteros e Diáconos ............................................ 23
CAPÍTULO V - CONCÍLIOS ...............................................................................26
Seção lª - Concílios em geral ..................................................... 26
Seção 2ª - Conselho da Igreja .................................................... 30
Seção 3ª - Presbitério................................................................. 33
Seção 4ª - Sínodo ...................................................................... 34
Seção 5ª - Supremo Concílio ..................................................... 35
CAPÍTULO VI - COMISSÕES E OUTRAS ORGANIZAÇÕES ...........................36
Seção lª - Comissões Eclesiásticas ........................................... 36
Seção 2ª - Comissões Executivas .............................................. 37
Seção 3ª - Autarquias................................................................. 38
Seção 4ª - Secretarias Gerais .................................................... 38
Seção 5ª - Entidades Para-eclesiásticas .................................... 38
CAPÍTULO VII - ORDENS DA IGREJA .............................................................38
Seção lª - Doutrina da vocação .................................................. 38
Seção 2ª - Eleições de Oficiais .................................................. 39
Seção 3ª - Ordenação e Instalação de Presbíteros e Diáconos . 39
Seção 4ª - Candidatura e Licenciatura para o Sagrado Ministério39
Seção 5ª - Ordenação de Licenciados ....................................... 41
Seção 6.a - Relação Pastoral ..................................................... 42
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................ 44
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS ............................................... 45
ÍNDICE REMISSIVO .................................................................. 47
PARTE II - CÓDIGO DE DISCIPLINA ......................................................................... 55
Capítulo 1 - NATUREZA E FINALIDADE ...........................................................55
Capitulo 2 - FALTAS...........................................................................................55
Capítulo 3 - PENALIDADES ...............................................................................56
Capítulo IV – TRIBUNAIS...................................................................................58
Capítulo 5 - DA SUSPEIÇÃO E DA INCOMPETÊNCIA ....................................59
Capítulo 6 - PROCESSO....................................................................................61
Seção 1ª - Disposições Gerais ................................................... 61
Seção 2ª - Do andamento do processo ...................................... 61
Seção 3ª - Do processo em que o Concílio ou Tribunal for parte64
Seção 5ª - Das testemunhas e da acareação ............................ 65
Seção 6ª - Do Secretário ............................................................ 66
Seção 7ª - Das citações ............................................................. 66
Seção 8ª - Da Intimação............................................................. 67
Seção 9ª - Da Sentença ou Acórdão .......................................... 67
Seção 10 - Do Processo Sumaríssimo perante Conselho ......... 68
Seção 11 - Do Processo Sumário .............................................. 68
Seção 12 - Do Processo Ordinário ............................................. 69
Capítulo 7 - DOS RECURSOS EM GERAL .......................................................69
Seção 1ª - Natureza dos Recursos ............................................ 69
Seção 2ª - Da Apelação ............................................................. 69
Seção 3ª - Da Revisão ............................................................... 70
Seção 4ª - Do Recurso Extraordinário........................................ 70
Capítulo 8 - DA EXECUÇÃO ..............................................................................71
Capítulo 9 – RESTAURAÇÃO ............................................................................71
ÍNDICE REMISSIVO ..........................................................................................72
PREÂMBULO .....................................................................................................78
PARTE III - PRINCÍPIOS DE LITURGIA ..................................................................... 79
Capítulo I - O DIA DO SENHOR ........................................................................79
Capítulo II - O TEMPLO ....................................................................................79
Capítulo III - CULTO PÚBLICO ..........................................................................80
Capítulo IV - CULTO INDIVIDUAL E DOMÉSTICO ...........................................80
Capítulo V - BATISMO DE CRIANÇAS ..............................................................80
Capítulo VI - PROFISSÃO DE FÉ E ADMISSÃO A PLENA COMUNHÃO COM
A IGREJA ......................................................................................................81
Capítulo VII - ADMINISTRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR .................................81
Capítulo VIII - BÊNÇÃO MATRIMONIAL ...........................................................82
Capítulo IX - VISITAÇÃO DE ENFERMOS ........................................................82
Capítulo X - FUNERAIS .....................................................................................83
Capítulo XI - JEJUM E AÇÕES DE GRAÇA ......................................................83
Capítulo XII - ORDENAÇÃO E INSTALAÇÃO DE PRESBÍTEROS E
DIÁCONOS ....................................................................................................83
Capítulo XIII - LICENCIATURA DE CANDIDATOS AO SANTO MINISTÉRIO ..84
Capítulo XIV - ORDENAÇÃO DE MINISTROS ..................................................84
4
Capítulo XV - POSSE E INSTALAÇÃO DE PASTORES ...................................84
Capítulo XVI - ORGANIZAÇÃO DA IGREJA LOCAL .........................................85
Capítulo XVII - DISPOSIÇÃO GERAL ...............................................................86
ÍNDICE REMISSIVO ..........................................................................................87
PARTE IV - ESTATUTOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL .................... 90
Capítulo I - DEFINIÇÃO E FINS .........................................................................90
Capítulo II - ADMINISTRAÇÃO ..........................................................................90
Capítulo III - ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS ..................................................90
Capítulo IV - REUNIÕES ....................................................................................91
Capítulo V - BENS ..............................................................................................91
Capítulo VI - DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................92
PARTE V - REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO CONCÍLIO ................................ 93
Capítulo I - DA VERIFICAÇÃO DE PODERES ..................................................93
Capítulo II - DAS SESSÕES ..............................................................................93
Capítulo III - DA MESA E FUNCIONÁRIOS .......................................................95
Capítulo IV - DO FUNCIONAMENTO ................................................................98
DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................101
PARTE VI - REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO SUPREMO
CONCÍLIO ................................................................................................... 102
Capítulo I - DA COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES GERAIS .............................102
Capítulo II - DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS .........................................103
Capítulo III - DAS REUNIÕES ..........................................................................104
Capítulo IV - DAS RESOLUÇÕES NOS INTERREGNOS ...............................105
DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................106
PARTE VII - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA OS SÍNODOS .............. 107
Capítulo I - DA VERIFICAÇÃO DE PODERES ................................................107
Capítulo II - DAS SESSÕES ............................................................................107
Capítulo III - DA MESA E FUNCIONÁRIOS .....................................................109
Capítulo IV - DO FUNCIONAMENTO ..............................................................111
DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................113
PARTE VIII - MODELO DE ESTATUTOS PARA O PRESBITÉRIO ......................... 114
PARTE IX - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA OS PRESBITÉRIOS ..... 116
Capítulo I - DA VERIFICAÇÃO DE PODERES ................................................116
Capítulo II - DAS SESSÕES ............................................................................116
Capítulo III - DA MESA E FUNCIONÁRIOS .....................................................118
Capítulo IV - DO FUNCIONAMENTO ..............................................................120
DISPOSIÇÕES FINAIS ....................................................................................123
PARTE X - INFORMAÇÕES DO PRESBITÉRIO À SECRETARIA EXECUTIVA DO
SUPREMO CONCÍLIO ................................................................................ 124
PARTE XI - MODELO DE ESTATUTOS PARA UMA IGREJA LOCAL ................... 127
PARTE XII - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA A JUNTA DIACONAL .. 131
5
PARTE XIII - LIVRO DE ATAS DOS CONCÍLIOS .................................................... 133
PARTE XIV - MANUAL PARA CONFECÇÃO DE ATAS ELETRÔNICAS ............... 136
6
APRESENTAÇÃO
Esta edição contém inserções das emendas aprovadas ao longo dos anos
pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, por decisão da CE/SC/99,
reunida no acampamento do Mackenzie, no Cabuçu, em São Paulo.
Constituição da Igreja
Presbiteriana do Brasil
PREÂMBULO
1 v. Estatutos da IPB. A sede da IPB é a Capital da República. CE-62E-046. Determinar que o escritório
administrativo da IPB sempre se localizará na cidade em que residir o presidente do SC. Não é necessário
aquisição de imóvel; poderá ser na Igreja do presidente ou locado. CE-2004-135.
2 Decisões sobre sua logomarca: Deve-se adotar como timbre uma sarça ardente com a inscrição “Nec
Tamem Consumbatur”; que na barra se leia Igreja Presbiteriana do Brasil. SC-51-038. Logomarca. Uso
determinado: CE-97-120; sua adoção: SC99E-18. Siglas. Que não sejam usadas em publicações que se
dirijam ao povo em geral. CE-56-107. Que a sigla seja escrita por extenso e depois entre parênteses. SC-
58-008.
3 v. art. 9º § 1º a-b.
4 v. art. 9º -e, art. 56-e.
10
comunidades5.
5 v. art. 69.
11
CAPÍTULO II - ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES LOCAIS
Art. 4º - A Igreja local é uma comunidade constituída de crentes professos
juntamente com seus filhos e outros menores sob sua guarda, associados para os
fins mencionados no art. 2º e com governo próprio, que reside no Conselho.
§ 1º - Ficarão a cargo dos Presbitérios, Juntas Missionárias ou dos
Conselhos, conforme o caso, comunidades que ainda não podem ter
governo próprio.
§ 2º - Essas comunidades serão chamadas pontos de pregação ou
congregações, conforme o seu desenvolvimento, a juízo do respectivo
Concílio ou Junta Missionária6.
§ 3º - Compete aos Presbitérios ou Juntas Missionárias providenciar para
que as comunidades, que tenham alcançado suficiente
desenvolvimento, se organizem em igrejas7.
Art. 5º - Uma comunidade de cristãos poderá ser organizada em Igreja, somente
quando oferecer garantias de estabilidade, não só quanto ao número de crentes
professos, mas também quanto aos recursos pecuniários Indispensáveis à
manutenção regular de seus encargos, Inclusive as causas gerais, e disponha de
pessoas aptas para os cargos eletivos8.
Art. 6º - As Igrejas devem adquirir personalidade jurídica9.
Parágrafo único - Antes de uma congregação constituir-se em pessoas
jurídica deve organizar-se em igreja.
Art. 7º - No caso de dissolver-se uma Igreja, ou separar-se da Igreja Presbiteriana
do Brasil, os seus bens passam a pertencer ao Concílio imediatamente superior e,
assim sucessivamente, até o Supremo Concílio, representado por sua Comissão
Executiva, que resolverá sobre o destino dos bens em apreço.
Parágrafo único - Tratando-se de cisma ou cisão em qualquer comunidade
presbiteriana, os seus bens passarão a pertencer à parte fiel à Igreja
Presbiteriana do Brasil e, sendo total o cisma, reverterão à referida
Igreja, desde que esta permaneça fiel às Escrituras do Velho e Novo
Testamento e à Confissão de Fé.
Art. 8º - O governo e a administração de uma Igreja local competem ao Conselho,
que se compõe de pastor ou pastores e dos presbíteros10.
§ 1º - O Conselho, quando julgar conveniente, poderá consultar os
diáconos sobre questões administrativas, ou incluí-los, pelo tempo que
6 “As congregações de Igreja devem ser administradas pelo Conselho em todas as suas dimensões, bem
como a Presbiterial pelo Presbitério”. SC-98-090.
7 Não compete às Juntas de Missões organizar Igrejas; devem elas convidar um Presbitério mais próximo
senão em matéria que faça parte da CI/IPB. No caso em questão cada igreja tem liberdade para adotar a
orientação que parecer mais conveniente”. SC-54-106.
10 v. art. 75.
12
julgar necessário, na administração civil11.
§ 2º - A administração civil não poderá reunir-se e deliberar sem a presença
de mais da metade de seus membros12.
Art. 9º - A assembléia geral da Igreja constará de todos os membros em plena
comunhão e se reunirá ordinariamente, ao menos uma vez por ano 13, e,
extraordinariamente, convocada pelo Conselho, sempre que for necessário,
regendo-se pelos respectivos estatutos.
§ 1º - Compete à assembléia:
a) eleger pastores e oficiais da Igreja14;
b) pedir a exoneração deles ou opinar a respeito, quando solicitada pelo
Conselho15;
c) aprovar os seus estatutos e deliberar quanto à sua constituição em
pessoa jurídica;
d) ouvir, para Informação, os relatórios do movimento da Igreja no ano
anterior, e tomar conhecimento do orçamento para o ano em curso16;
e) pronunciar-se sobre questões orçamentárias e administrativas, quando
isso lhe for solicitado pelo Conselho;
f) adquirir, permutar, alienar, gravar de ônus real, dar em pagamento
imóvel de sua propriedade e aceitar doações ou legados onerosos ou
não, mediante parecer prévio do Conselho e, se este julgar
conveniente também do respectivo Presbitério.
g) conferir a dignidade de pastor emérito, presbítero emérito e diácono
emérito.
§ 2º - Para tratar dos assuntos a que se referem as alíneas "c", "e" e "f" do
parágrafo anterior a assembléia deverá constituir-se de membros
civilmente capazes17.
Art. 10 - A presidência da assembléia da igreja cabe ao pastor e na sua ausência,
ou impedimento, ao pastor auxiliar, se houver18.
Parágrafo único - Na ausência ou impedimento dos pastores caberá ao
vice-presidente do Conselho assumir a presidência da assembléia.
11 (A inclusão é meramente facultativa em casos administrativos, pois o Conselho é soberano para tratar de
todos os assuntos da vida eclesial sem a presença dos diáconos).
12 v. art. 77 e nota s/ quorum.
13 Ano civil. “O SC resolve estabelecer a contagem do ano financeiro de janeiro a dezembro. SC-54-104.
“Informar a todos os concílios da IPB que os relatórios dos concílios devem respeitar o Ano Eclesiástico
estabelecido pela IPB”. CE-92-081.
14 v. art. 3º § 1º -a-b, 56-e, 138.
15 v. art. 3º § 1º -a-b, 56-e, 138.
16 Trata-se de reunião ordinária; v. art. 83-m.
17 v. art. 13 § 1º, 25 § 2º e 112.
18 v. 27 § 2º e 80 (Só preside a assembléia o pastor da igreja ou o auxiliar e na ausência deles o vice-
presidente do Conselho. Logo, não se convida pastor de fora para presidir a assembléia. Porém, quanto à
presidência do Conselho, o pastor presidente pode convidar outro ministro para presidi-lo, conforme art.
78 e §§).
13
CAPÍTULO III - MEMBROS DA IGREJA
Seção 1ª - Classificação, direitos e deveres dos Membros da Igreja
Art. 11 - São membros da Igreja Presbiteriana do Brasil as pessoas batizadas e
inscritas no seu rol, bem como as que se lhe tenham unido por adesão ou
transferência de outra Igreja Evangélica e tenham recebido o batismo bíblico.
Art. 12 - Os membros da Igreja são: comungantes e não-comungantes.
Comungantes são os que tenham feito a sua pública profissão de fé; não-
comungantes são os menores de 18 anos de idade, que, batizados na infância,
não tenham feito a sua pública profissão de fé.
Art. 13 - Somente os membros comungantes gozam de todos os privilégios e
direitos da Igreja.
§ 1º - Só poderão ser votados os maiores de 18 anos e os civilmente
capazes19.
§ 2º - Para alguém exercer cargo eletivo na Igreja é indispensável o
decurso de seis meses após a sua recepção; para o presbiterato ou
diaconato, o prazo é de um ano, salvo casos excepcionais, a juízo do
Conselho, quando se tratar de oficiais vindos de outra Igreja
Presbiteriana.
§ 3º - Somente membros de igreja evangélica, em plena comunhão,
poderão tomar parte na Santa Ceia do Senhor e apresentar ao
batismo seus filhos, bem como os menores sob sua guarda.
Art. 14 - São deveres dos membros da Igreja, conforme o ensino e o espírito de
Nosso Senhor Jesus Cristo20:
a) viver de acordo com a doutrina e prática da Escritura Sagrada;
b) honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra;
c) sustentar a Igreja e as suas instituições, moral e financeiramente;
d) obedecer às autoridades da Igreja, enquanto estas permanecerem
fieis às Sagradas Escrituras;
e) participar dos trabalhos e reuniões da sua igreja, inclusive
assembléias21.
19 v. art. 9º § 2º, 25 § 2º e 112. Quanto à eleição nas sociedades internas, estas têm o MUSI como
normativo. CE-2004-39.
20 Sobre vícios sociais: a) – Declarar que tudo o que destrói o corpo, que é templo do Espírito Santo, é
pecado e deve ser evitado... devendo os Conselhos esforçar-se por conseguir o melhoramento espiritual
de maneira amistosa e fraternal. AG. 1936/042; b) – Determinar aos Concílios que intensifiquem a
campanha contra o vício de fumar e os demais vícios sociais. Que não sejam ordenados ministros,
presbíteros ou diáconos que fumem. SC-51-015; c) – “Os vícios sociais, tais como o fumo, o álcool, o
jogo, inclusive a loteria esportiva, e também a freqüência a bailes, contribuem para a deterioração da
pessoa humana, cristã ou não. Recomendar que todos os concílios lutem contra os males acima
referidos”. CE-74E2-010; d) – Sobre o aborto. “Resolve repudiar a legalização do aborto, com exceção do
aborto terapêutico, quando não há outro meio para salvar a vida da gestante. Resolve repudiar os
métodos anticoncepcionais abortivos (como DIU). Recomendar que, na eventualidade de estupro, a
mulher seja imediatamente objeto de atenção médica”. SC-86-048.
21 A falta dos membros à assembléia constitui falta passível de censura, porém não invalida o resultado de
22 v. art. 20. A admissão por jurisdição a pedido não significa desconfiança, mas uma questão que envolve
acatamento de um novo sistema doutrinário e eclesiástico por aquele que deseja se tornar presbiteriano.
CE-70-029.
23 v. art. 20 único e 22 § 2º.
24 v. art. 16-d. 1) – Membros de igrejas pentecostais devem fazer profissão de fé. CE-73-055 in fine; 2) –
nossos símbolos de Fé e Constituição. Os casos individuais serão examinados pelo Conselho da Igreja”;
4) – Membros oriundos da IURD: “Determinar que essas pessoas sejam recebidas por pública profissão
de fé e batismo”. SC-98-097.
25 v. CD art. 42/47.
26 v. CD art. 9º.
27 v. art. § 1º. Quanto à readmissão de pessoas excluídas a pedido. Elas somente poderão ser recebidas
por analogia a letra “c” do art. 23 da CI-IPB, combinado com o § 2º do mesmo artigo”. SC-86-025.
16
b) - carta de transferência nos termos do § único, in fine do art. 19.
c) - haverem atingido a Idade de 18 anos;
d) - profissão de fé;
e) - solicitação dos pais ou responsáveis que tiverem aderido a outra
comunidade religiosa, a juízo do Conselho;
f) - falecimento.
CAPÍTULO IV
Seção 1ª - Classificação
Art. 25 - A Igreja exerce as suas funções na esfera da doutrina, governo e
beneficência, mediante oficiais que se classificam em:
a) ministros do Evangelho ou presbíteros docentes29;
b) presbíteros regentes;
c) diáconos30.
§ 1º - Estes ofícios são perpétuos, mas o seu exercício é temporário31.
§ 2º - Para o ofício de presbítero ou de diácono serão eleitos homens
maiores de 18 anos e civilmente capazes.
Art. 26 - Os ministros32 e os presbíteros33 são oficiais34 de concílios da Igreja
Presbiteriana do Brasil; os diáconos, da Igreja a que pertencem.
Art. 27 - O ministro é membro ex-officio do Presbitério, e do Conselho, quando
pastor da Igreja; do Sínodo e do Supremo Concílio, quando eleito representante; o
presbítero é membro ex-officio do Conselho e dos Concílios Superiores, quando
eleito para tal fim35.
§ 1º - Ministros e presbíteros, embora não sendo membros de um concílio,
Poderão ser Incluídos nas comissões de que trata o art. 99, itens 2 e
3, desde que jurisdicionados por aquele concílio36.
§ 2º - Para atender às leis civis, o ministro será considerado membro da
Igreja de que for pastor, continuando, porém, sob a jurisdição do
Presbitério37.
Art. 28 - A admissão a qualquer ofício depende:
29 “Que não sejam ordenados ministros, presbíteros ou diáconos pessoas que fumem”. SC-51-015, 54-119.
Quanto às alíneas “a” e “b”, ver também art. 30 e 1Tm 5.17.
30 “Uma senhora não pode ser eleita e ordenada diaconisa. Todavia é constitucional a eleição, pelo
Conselho, de senhora para cargos piedosos e de caridade, na Igreja”. AG. 1930-037. De acordo com a
legislação vigente, não se admite a eleição de diaconisas. SC-74-058.
31 v. art. 109. (O ofício é um estado contínuo e o cargo é o exercício temporário).
32 v. art. 36-g,
33 v. art. 52 e 67 § 4º.
34 Aprovar modelo de cédula de identificação de oficiais, sendo que a emissão da de Ministro é de
17
a) da vocação do Espírito Santo, reconhecida pela aprovação do povo de
Deus,
b) da ordenação e investidura solenes, conforme a liturgia38.
Art. 29 - Nenhum oficial pode exercer simultaneamente dois ofícios, nem pode ser
constrangido a aceitar cargo ou ofício contra a sua vontade39.
38 v. art. 109 e PL 26/30. Quanto à ordenação de oficiais de outras igrejas presbiterianas. Informar que todo
irmão eleito para o oficialato deve ser ordenado, exceto casos de reeleição dentro da IPB. CE-2005-19.
39 v. art. 109 § 2º.
40 v. analogia com art. 50.
41 v. atribuições gerais no art. 36.
42 v. PL 19/20 e jurisprudência sobre casamento.
43 “Tal liturgia deve ser feita dentro dos seguintes princípios: 1) – A Teocentricidade do culto; 2) – A
comemoração das festas religiosas não de ser esquecida; 3) – Cultuar com o espírito e com a mente, com
ordem e decência, sem abstrair as nossas emoções de um encontro com Deus, mas sem fabricar
emoções; 4) – Os verdadeiros (não falsos) adoradores adoram o Pai em Espírito e em verdade (não
através de símbolos), por meio do único mediador: Jesus Cristo; 5) – Os cânticos devem estar em
harmonia com a Teologia Bíblica e nossos Símbolos de Fé”. CE-95-124. (Sobre vestes eclesiásticas v.
nota ao Capítulo III dos PL).
44 v. analogia com o art. 55.
45 O efetivo eleito por uma Igreja tem a sua eleição julgada e aprovada pelo Presbitério, o que não ocorre
com o Pastor efetivo designado... O Pastor efetivo designado pelo Presbitério independe de qualquer
escolha prévia do Conselho... Quanto ao Pastor evangelista, difere dos anteriores no que diz respeito ao
prazo que de acordo com a praxe presbiteriana depende de aprovação anual do Presbitério. Diferencia-
se, também, quanto à origem do seu sustento; os primeiros recebendo das igrejas e, este último, do
concílio ao qual está jurisdicionado. CE-85-023.
18
Presbitério, por prazo definido, para uma ou mais igrejas, quando
estas, sem designação de pessoa, o pedirem ao Concílio46.
§ 2º - É pastor-auxiliar o ministro que trabalhe sob a direção do pastor, sem
jurisdição sobre a igreja, com voto, porém no Conselho, onde tem
assento ex-officio, podendo, eventualmente, assumir o pastorado da
igreja, quando convidado pelo pastor ou, na sua ausência, pelo
Conselho47.
§ 3º - É pastor-evangelista o designado pelo Presbitério para assumir a
direção de uma ou mais igrejas ou de trabalho incipiente48.
§ 4º - É missionário o ministro chamado para evangelizar no estrangeiro ou
em lugares longínquos na Pátria.
Art. 34 - A designação de pastores obedecerá ao que abaixo se preceitua:
a) O pastor-efetivo será eleito por uma ou mais igrejas, pelo prazo
máximo de cinco anos49, podendo ser reeleito, competindo ao
Presbitério julgar das eleições e dar posse ao eleito;
b) o pastor-efetivo, designado pelo Presbitério nas condições do artigo
anterior, parágrafo 1º in-fine, tomará posse perante o Presbitério e
assumirá o exercício na Primeira reunião do Conselho50;
c) o pastor-auxiliar será designado pelo Conselho por um ano, mediante
prévia indicação do pastor e aprovação do Presbitério, sendo
empossado, pelo pastor, perante o Conselho;
d) o pastor-evangelista será designado pelo Presbitério diante do qual
tomará posse e assumirá o exercício perante o Conselho, quando se
tratar de Igreja;
e) o missionário, cedido pelo Presbitério à organização que superintende
a obra missionária receberá atribuição para organizar igrejas ou
congregações na forma desta Constituição, dando de tudo relatório ao
Concílio.
Art. 35 - O sustento do pastor-efetivo e do pastor-auxiliar cabe às Igrejas que
fixarão os vencimentos, com aprovação do Presbitério; os pastores-evangelistas
serão mantidos pelos presbitérios51; os missionários, pelas organizações
responsáveis.
da CLT, com inscrição no INSS. CE-75-043. A função de evangelista leigo não está prevista na CI-IPB e
sua colocação nos campos é atribuição dos Presbitérios. CE-77-031.
49 v. art. 46, 83-e, 88-h. Não há um limite mínimo para o tempo de eleição pastoral. CE-2001-137. A
indicação de candidato e o tempo de duração do mandato são resolvidos pelo Conselho, posteriormente
julgados pelo Presbitério. A conveniência de consulta à Assembléia sobre a permanência do pastor
poderá ou não ser feita pelo Conselho. CE-2001-137.
50 Não pode o pastor efetivo exercer funções extra-eclesiásticas, salvo com permissão especial do seu
mesmo que esteja sem campo no concílio, conforme art. 35 da CI/IPB. Quanto ao padrão mínimo para o
sustento, continua em vigor o valor de cinco salários mínimos e casa, estabelecido pela Res. SC-74-007,
mantida pela CE-89-064. Informar que o concílio não pode dispensar o obreiro que não tiver campo, que o
Presbitério faça um levantamento administrativo do exercício ministerial do obreiro para informar as
19
Art. 36 - São atribuições do ministro que pastoreia Igreja:
a) orar com o rebanho e por este;
b) apascentá-lo na doutrina cristã;
c) exercer as suas funções com zelo52;
d) orientar e superintender as atividades da igreja, a fim de tornar
eficiente a vida espiritual do povo de Deus;
e) prestar assistência pastoral;
f) instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade, bem
como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados;
g) exercer, juntamente com os outros presbíteros, o poder coletivo de
governo.
Parágrafo único - Dos atos pastorais realizados, o ministro apresentará,
periodicamente, relatórios ao Conselho, para registro.
Art. 37 - Os ministros poderão ser designados para exercer funções na imprensa,
na beneficência, no ensino ou em qualquer outra obra de interesse eclesiástico.
Em qualquer destes cargos terão a superintendência espiritual dos que lhes forem
confiados53.
Art. 38 - A atividade do ministro deve ser superintendida pelo Presbitério, ao qual,
anualmente, prestará relatório dos seus atos.
Art. 39 - Para ausentar-se do seu campo de trabalho por prazo superior a dez dias,
o pastor necessitará de licença do Conselho; por prazo inferior basta comunicar ao
vice-presidente. O pastor-evangelista pedirá licença à Comissão Executiva do
Presbitério.
Art. 40 – É assegurado, anualmente, aos ministros em atividade o gozo de um
mês de férias, seguida ou parceladamente, com os vencimentos54.
Art. 41 - Conceder-se-á licença ao ministro, com vencimentos integrais, até um
ano, para tratamento de saúde; além desse prazo, com possíveis reduções de
vencimentos, a juízo do Presbitério, quando pastor-evangelista; e do Conselho,
quando pastor-efetivo.
Art. 42 - Ao ministro poderá ser concedida licença55, sem vencimentos, por um
ano, para tratar de interesses particulares; essa licença poderá ser renovada por
causas e tratar delas conforme o art. 88, alíneas “b”, “d”, “e”, “g” e “n” e art. 36, alínea “c”. SC-99E-59.
Tempo integral. Quando uma Igreja não provê os necessários recursos para o condigno sustento de seu
pastor, não é justo exigir dele tempo integral. O assunto em apreço não é primária e essencialmente de
TEMPO INTEGRAL, mas de CONSAGRAÇÃO INTEGRAL ao ministério evangélico na multiforme
maneira de sua realização. SC-66-073. 13º Salário. Que as Igrejas paguem a seus pastores o 13º salário
e o escriturem como gratificação pelo “Dia do Pastor Presbiteriano”. CE-94-098. Imposto de Renda. “Nos
termos da legislação vigente, as igrejas locais estão obrigadas a reter o Imposto de Renda na Fonte sobre
as importâncias pagas a terceiros com ou sem vínculo empregatícios, desde que atinjam o limite mínimo
exigido”. CE-87-073.
52 “Recomendar aos ministros da IPB que não confundam nem misturem o exercício pastoral com outras
direito”. SC-86-085. Estabelecer que, ao assegurar o gozo de férias, a CI/IPB omite a possibilidade de
acúmulo ou de remuneração de férias em atraso. Determinar que os Presbitérios orientem, fiscalizem e
façam cumprir o art. 40 da CI. CE-89-062.
55 “Os ministros em licença não podem representar seus Presbitérios em Concílios superiores, nem fazer
parte da Comissão Executiva do Presbitério”. SC-58-077. A licença não impede que o ministro, quando
20
mais um ano, findo o qual, se o ministro não voltar à atividade será despojado sem
censura56.
Art. 43 - Fica a Juízo dos Presbitérios conceder ou não licença57 aos seus
ministros para se ocuparem em trabalhos de assistência social ou de natureza
religiosa fora dos limites da Igreja Presbiteriana, devendo prestar relatório anual
Informativo aos Presbitérios58.
Art. 44 - Ao ministro que tenha servido, por longo tempo e satisfatoriamente, a
uma Igreja, poderá esta, pelo voto da assembléia e aprovação do Presbitério,
oferecer, com ou sem vencimentos, o título de Pastor-Emérito.
Parágrafo único - O pastor-emérito não tem parte na administração da
igreja, embora continue a ter voto nos concílios superiores ao
Conselho59.
Art. 45 - A passagem de um ministro para outro Presbitério 60 ou para outra
comunidade evangélica, far-se-á por meio de carta de transferência com destino
determinado61. Enquanto não for aceito continua o ministro sob jurisdição do
Concílio que expediu a carta62.
§ 1º - A carta de transferência é válida por um ano a contar da expedição.
§ 2º - Nenhum presbitério poderá dar carta de transferência a ministro em
licença para tratar de interesses particulares, sem que primeiro o
ministro regularize sua situação.
Art. 46 - A admissão de um ministro que venha de outro Presbitério dependerá da
conveniência do Concílio que o admitir, podendo, ainda, este último, procurar
conhecer suas opiniões teológicas63.
Art. 47 - A admissão de um ministro de outra comunidade evangélica ao ministério
da Igreja Presbiteriana do Brasil far-se-á por meio de carta de transferência;
recebida esta, o Presbitério examinará o ministro quanto aos motivos que o
levaram a tal passo, quanto à vocação ministerial, opiniões teológicas, governo e
candidatarem-se a cargos públicos eletivos deverão pedir licença a seu Presbitério, sem qualquer ônus
eclesiástico”. (Faltou revogar a res. SC-66-005 que reiterou a 51-013).
59 O pastor emérito pode, a convite, presidir eventualmente o Conselho da Igreja. SC-78-085. “Esclarecer
que à luz do art. 44 e seu parágrafo único, combinado com o art. 49 § 5º, o Ministro emérito, enquanto não
jubilado, terá direito a voto nos concílios superiores ao Conselho”. CE-90-074.
60 O Presbitério pode delegar poderes à CE para conceder transferência ou receber por transferência
de ministro para outro presbitério por tempo determinado é caso omisso a ser solucionado conforme art.
71. CE-84-055. 2) – “Empréstimos” ou “cessão” de ministros a outros Presbitérios. Determinar que os
presbitérios não façam uso de tais práticas, por não haver base constitucional e que regularizem a
situação de todos os “cedidos” ou “emprestados”. CE-2005-16.
62 v. art. 88-c. Quanto à transferência de ministro jubilado não há qualquer impedimento constitucional. CE-
98-163.
63 v. art. 34-a, 88-c,h, 133 ss, RI-Presb. 28-c.
21
disciplina da Igreja, e far-lhe-á, no momento oportuno, as perguntas dirigidas aos
ordenandos.
Art. 48 - Os ministros serão despojados do ofício por:
a) deposição64;
b) exoneração a pedido65;
c) exoneração administrativa nos termos do art. 42, in-fine.
§ 1º - Despojado o ministro por exoneração designará o Presbitério a Igreja
a que deva pertencer66.
§ 2º - O despojamento por exoneração a pedido só se dará pelo voto de
dois terços dos membros do Presbitério.
Art. 49 - O ministro poderá ser jubilado67 por motivo de saúde, idade, tempo de
trabalho ou invalidez.
§ 1º - Ao atingir trinta e cinco anos de atividades efetivas, inclusive a
licenciatura, o ministro terá direito à jubilação.
§ 2º - Ao completar setenta anos de idade a jubilação será compulsória68.
§ 3º - A lei ordinária regulamentará a Jubilação por motivo de saúde ou
invalidez.
§ 4º - A jubilação põe fim ao exercício pastoral; não importa, porém, na
perda dos privilégios de ministro a saber: pregar o evangelho, ministrar
os sacramentos, presidir Conselho, quando convidado, e ser eleito
secretário executivo ou tesoureiro de concílio.
§ 5º - O ministro jubilado, embora membro do Concílio, não tem direito a
voto; tê-lo-á se eleito secretário executivo ou tesoureiro69.
§ 6º - Cabe ao Presbitério propor a jubilação e ao Supremo Concílio efetivá-
la de acordo com a lei de jubilação70 que estiver em vigor71.
64 Para estes casos deve-se designar Igreja a que deva permanecer o despojado. CE-73-055. “Que o
Ministro despojado por deposição continua na condição de membro da Igreja, a não ser que lhe seja
aplicado o art. 9º, letra “c” do CD da IPB”. SC-86-039.
65 Idem.
66 v. art. 16-g.
67 Institui-se o Diploma de Jubilado e a Medalha de Mérito a todos os ministros em seu ato de jubilação pelo
concílio, estendendo-se a todos os anteriormente jubilados e ainda vivos no seio da IPB. CE-95-001.
68 É compulsória a partir do aniversário do ministro. SC-99E-57.
69 v. 67 § 5º. Não se aplica, em analogia, a presbítero regente em disponibilidade. SC-94-113. “Declarar que
anotação final e marcar um culto de ação de graças após efetivação do ato jubilatório). Sobre ministro
com mais de 70 anos, ainda não jubilado por estar disciplinado e é restaurado: v. nota ao art. 134 CD.
Carteira de jubilado. A Carteira de Ministro é documento pessoal, histórico, afetivo e intransferível. A
CE/SC não vê nenhum motivo para que o Presbitério retenha a Carteira de Ministros jubilados. CE-98-163
i.
71 Previdência Social: 1) – O SC determinou a inscrição de pastores no INSS visando beneficiá-los e
desobrigar a IPB e Presbitérios. Somente terão direito ao pagamento de pensões jubilados que naquela
ocasião não tinham condições de cumprir a resolução, por exigências do Instituto. CE-73-035 e 46. 2) – A
Res. 66-033 obriga a inscrição na previdência social e os Presbitérios devem supervisionar seu
cumprimento. CE-89-070; 3) – Determinar que Sínodos, Presbitérios e Igrejas trabalhem para que seus
pastores seja todos filiados à Previdência Social e busquem o plano de assistência complementar IPB-
Prev, e se possível, o plano IPB-Saúde (Unimed). CE-2001-111; 4) - Determinar que os Presbitérios
22
Seção 3ª - Presbíteros e Diáconos
Art. 50 - O Presbítero regente é o representante imediato do povo, por este eleito 72
e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com o pastor 73, exercer o governo e a
disciplina e zelar pelos interesses da igreja a que pertencer, bem como pelos de
toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado74.
Art. 51 - Compete ao Presbítero:
a) - levar ao conhecimento do Conselho as faltas que não puder corrigir
por meio de admoestações particulares;
b) - auxiliar o pastor no trabalho de vistas;
c) - instruir os neófitos, consolar os aflitos e cuidar da infância e da
juventude;
d) - orar com os crentes e por eles;
e) - informar o pastor dos casos de doenças e aflições;
f) - distribuir os elementos da Santa Ceia;
g) - tomar parte na ordenação de ministros e oficiais;
h) - representar o Conselho75 no Presbitério, este no Sínodo e no
Supremo Concílio.
Art. 52 - O presbítero tem nos concílios da Igreja autoridade igual à dos
ministros76,77.
Art. 53 - O diácono é o oficial eleito78 pela igreja e ordenado pelo Conselho79, para,
sob a supervisão deste, dedicar-se especialmente:
a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos:
b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;
c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao
assumam a partir deste SC o controle sobre o recolhimento previdenciário de seus pastores; que
inscrevam seus pastores na IPB-Prev conforme deliberações. SC-2002-78; 5) – Que os Presbitérios
exijam que os pastores façam sua contribuição para a previdência oficial-INSS, que é obrigatória. CE-
2004-75; 6) – Pensão a viúvas. Qualquer pedido de pensão para viúvas de ministro deve ser resolvido no
âmbito do Presbitério. CE-2002-184; CE-2003-204 e 205; 7) – Fundo de Assistência Pastoral. Trata de
valores depositados em conta vinculada (8% do sustento pastoral mensal) e só liberado na jubilação, na
transferência para outro campo, na aquisição de terreno e casa própria, no falecimento ou por outro
motivo julgado pelo concílio. Ver detalhes conforme instituição pela CE-85-022; definição e nome no SC-
94-101 e regulamentação, juntamente com o plano previdenciário para pastores pela CE-95-120; 8) –
Construção de casas para jubilados. Inicialmente o Instituto Gammon seria o responsável pela execução
do projeto, cedendo aos jubilados moradias conforme solicitação através dos presbitérios. Ver detalhes na
Res. CE-96-157.
72 Voto de oficiais por aclamação. É sempre recomendável que se proceda a eleição por escrutínio secreto;
que é inaceitável outra forma “para ganhar tempo”. SC-54-108. ver arts. 110/114.
73 v. analogia com o art. 30.
74 Resolve-se criar o Curso de Extensão Teológica para presbíteros e diáconos da IPB, ministrado em três
níveis: primário, secundário e superior, de acordo com o grau de instrução daqueles a quem se destina.
SC-70-005.
75 (Temos aqui uma impropriedade, pois o presbítero não representa o Conselho e sim, sua Igreja; v. art. 68
e 85 único).
76 v. art. 26, 36-g, 67 § 4º.
77 Os presbíteros podem ser designados tutores eclesiásticos de candidatos ao Sagrado Ministério. CE-84-
aceite a eleição o Conselho deve ordená-lo para o diaconato, e perderá todos os privilégios
constitucionais próprios do presbiterato. CE-72-036.
23
serviço divino;
d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e
suas dependências.
Art. 54 - O exercício do presbiterato e do diaconato limitar-se-á ao período de
cinco anos80, que poderá ser renovado.
§ 1º - Três meses antes de terminar o mandato, o Conselho fará proceder a
nova eleição.
§ 2º - Findo o mandato do presbítero e não sendo reeleito, ou tendo sido
exonerado a pedido. ou, ainda, por haver mudado de residência que
não lhe permita, exercer o cargo, ficará em disponibilidade81, podendo,
entretanto, quando convidado:
a) distribuir os elementos da Santa Ceia;
b) tomar parte na ordenação de novos oficiais.
Art. 55 - O presbítero e o diácono devem ser assíduos e pontuais no cumprimento
de seus deveres, irrepreensíveis na moral, sãos na fé, prudentes no agir, discretos
no falar e exemplos de santidade na vida.
Art. 56 - As funções de presbítero ou de diácono cessam quando:
a) - terminar o mandato, não sendo reeleito;
b) - mudar-se para lugar que o impossibilite de exercer o cargo;
c) - for deposto;
d) - ausentar-se sem justo motivo, durante seis meses, das reuniões do
Conselho, se for presbítero e da junta diaconal, se for diácono82;
e) - for exonerado administrativamente83 ou a pedido84, ouvida a igreja85.
Art. 57 - Aos presbíteros e aos diáconos que tenham servido satisfatoriamente a
uma Igreja por mais de 25 anos, poderá esta, pelo voto da Assembléia, oferecer o
título de Presbítero ou Diácono Emérito, respectivamente, sem prejuízo do
exercício do seu cargo, se para ele forem reeleitos86.
80 O art. 54 da CI define claramente cinco anos para o presbiterato e para o diaconato. CE-80-035. Não há
flexibilidade de mandato de oficiais e é de cinco anos. CE-98-163. Matéria já definida pela CE-80-035,
reafirmada pela CE-98-163. “O mandato é de 5 (cinco) anos”. CE-2000-130.
81 1) - Se o oficial se afasta para longe dos limites da Igreja, por motivo de função pública, saúde ou
negócio, deverá ser automaticamente declarado em disponibilidade pelos arts. 54 § 2º c.c. 56. SC-58-099;
2) – É ilegal a eleição de presbítero em disponibilidade para tesoureiro do Presbitério. SC-58-097; 3) –
Caso o presbítero fique em disponibilidade durante o exercício de suas funções conciliares, o cargo que
ocupa ficará vago a partir de sua disponibilidade. CE-98-XV.
82 Licença. Pode-se conceder licença ou não licença a um presbítero por tempo determinado ou mesmo
indeterminado, dentro dos limites de seu mandato, ficando a critério do Conselho julgar os motivos
alegados. SC-54-118.
83 Exoneração. A administrativa é feita sem processo disciplinar. Pode dar-se: por iniciativa da assembléia
(3º § 1º “a”); por iniciativa do Conselho (3º § 1º “b”); por iniciativa pessoal, ouvida a Igreja (Assembléia),
conforme 56 “e”. “Cessando, de acordo com o art. 56, alínea “e”, as funções de Presbítero, cessam, de
igual modo, as atividades para que foi eleito em virtude da função que exercia anteriormente (cargos nos
concílios). SC-58-096. v. também CE-87-083.
84 Exoneração por ser candidato ao ministério. “A decisão de exonerar presbítero por este se tornar
candidato ao Sagrado Ministério é nula”. CE-2000-124. v. também Res. SC-70-092. “Nada impede que os
aspirantes e candidatos ao Sagrado Ministério seja oficiais da Igreja, e, por via de conseqüência, de
participarem das reuniões dos concílios superiores, caso sejam eleitos representantes por seus pares”.
CE-98-159. Ver nota ao art. 116.
85 v. art. 3º § 1º -a-b; 9º § 1º-b.
86 Um presbítero eleito em uma Igreja a qual se desdobra em outra e nesta ele é eleito presbítero, poderá o
24
Parágrafo único - Os presbíteros eméritos, no caso de não serem
reeleitos, poderão assistir às reuniões do Conselho, sem direito a voto.
Art. 58 - A junta diaconal dirigir-se-á por um regimento aprovado pelo Conselho.
seu tempo ser acumulado entre as duas igrejas para a concessão da emerência. CE-96-110.
25
CAPÍTULO V - CONCÍLIOS
Seção lª - Concílios em geral
Art. 59 - Os Concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil são assembléias
constituídas de ministros e presbíteros regentes.
Art. 60 - Estes Concílios são: Conselho da Igreja, Presbitério, Sínodo e Supremo
Concílio.
Art. 61 - Os Concílios guardam entre si gradação de governo e disciplina; e,
embora cada um exerça jurisdição original e exclusiva sobre todas as matérias da
sua competência os inferiores estão sujeitos à autoridade, inspeção e disciplina
dos superiores.
Art. 62 - Os Concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil em ordem ascendente
são87:
a) o Conselho, que exerce jurisdição sobre a Igreja local;
b) o Presbitério, que exerce jurisdição sobre os ministros e conselhos de
determinada região;
c) o Sínodo, que exerce jurisdição sobre três ou mais Presbitérios;
d) o Supremo Concílio, que exerce jurisdição sobre todos os concílios.
Art. 63 - Nenhum documento subirá a qualquer Concílio88, senão por intermédio
do inferior competente, salvo quando este recusar-se a encaminhá-lo89.
Art. 64 - De qualquer ato de um Concílio, caberá recurso para o imediatamente
superior, dentro do prazo de 90 dias a contar da ciência do ato impugnado.
Parágrafo único - Este recurso não tem efeito suspensivo.
Art. 65 - Se qualquer membro de um concílio discordar de resolução deste, sem
contudo, desejar recorrer poderá expressar sua opinião contrária pelo90:
a) dissentimento;
b) protesto.
§ 1º - Dissentimento é o direito que tem qualquer membro de um Concílio
de manifestar opinião diferente ou contrária à da maioria.
§ 2º - Protesto é a declaração formal e enfática por um ou mais membros
de um Concílio, contra o julgamento ou deliberação da maioria,
considerada errada ou injusta. Todo protesto deve ser acompanhado
do seu próprio concílio, exceto em caso de recusa. O recorrente deverá exigir por escrito a negativa. CE-
2003-008. Documentos para conhecimento da CE e SC. “Determinar que os documentos a serem
analisados pela CE/IPB sejam enviados à Secretaria Executiva com antecedência mínima de 30 (trinta)
dias da data da reunião, sendo este prazo indicado pela data de postagem no correio”. CE-2003-79.
90 Trata-se de recurso administrativo, mediante petição, acompanhada de razões. No concílio superior o
91 “Não poderão ser reeleitos integrantes da Mesa não representantes, exceto o presidente da legislatura
anterior, até três mandatos, conforme art. 66-a”. SC-99E-89. v. nota ao art. 67 § 1º.
92 “Resolveu-se firmar jurisprudência de que membro ‘ex-officio’ pode ser votado, embora não tenha direito a
votar”. SC-54-098. “Os membros ex-officio só poderão tomar assento mediante apresentação de relatório
de trabalho ou encargo que lhes foi confiado pelo SC, devendo também, os ministros apresentarem sua
carteira ministerial”. SC-54-109. Ver também SC-58-116. Ex-officio e sessão privativa. “Das reuniões
privativas dos concílios, só participam os efetivos”. CE-96-107.
93 Os membros correspondentes devem apresentar a sua Carteira de Ministro à Mesa, para o devido
registro. SC-94-249.
94 Presidente do SC/IPB. Regras para Presbitérios proporem candidatos. SC-74-008.
95 Formação de chapas: Resolve considerar inconstitucional a formação de chapas para a eleição nos
concílios. CE-2001-096.
96 Que o presidente, em caso de empate, deve dar seu voto de desempate (RI-SC e outros, art. 8º e “I”),
ficando revogada a resolução SC-90-90 (a que considerava eleito, após três escrutínios, o mais idoso).
CE-2003-006.
97 Secretários temporários. Só os membros efetivos votam cf. art. 66 “a”. Votam Secretário Executivo e
Tesoureiro quando não representantes (CE-82-029). Resolve-se que os secretários temporais não têm
direito de votar, mas podem receber voto para Secretário Executivo e Tesoureiro, conforme art. 67 § 5º.
CE-89-056.
98 O presbítero não sendo presidente do Presbitério e não reeleito representante, não é membro efetivo, não
27
§ 3º - O Vice-presidente será o presidente da reunião ordinária anterior e,
na sua ausência, substitui-lo-á o secretário executivo100.
§ 4º - Quando o presidente eleito pelo Concílio, for presbítero, as funções
privativas de ministro serão exercidas pelo ministro que o presidente
escolher101.
§ 5º - Para os cargos de secretário executivo e tesoureiro poderão ser
eleitos ministros ou presbíteros que não sejam membros do Concílio,
mas que o sejam de Igrejas pelo mesmo jurisdicionadas, sem direito a
voto102.
Art. 68 - Só poderão tomar assento no plenário dos concílios os que
apresentarem à mesa as devidas credenciais juntamente com o livro de atas,
relatório e estatística das respectivas Igrejas, no caso de Presbitério; as
credenciais, os livros de atas e o relatório do Concílio que representarem, quando
se tratar de Sínodo ou do Supremo Concílio.
Art. 69 - A autoridade dos concílios é espiritual, declarativa e judiciária, sendo-lhes
vedado infligir castigos ou penas temporais e formular resoluções, que, contrários
a Palavra de Deus, obriguem a consciência dos crentes.
Art. 70 - Compete aos Concílios:
a) - dar testemunho contra erros de doutrina e prática;
b) - exigir obediência aos preceitos de Nosso Senhor Jesus Cristo,
conforme a Palavra de Deus;
c) - promover e dirigir a obra de educação religiosa e evangélica da
comunidade sob sua jurisdição, escolhendo e nomeando pessoas
idôneas para ministrá-las;
d) - velar pelo fiel cumprimento da presente Constituição;
e) - cumprir e fazer cumprir com zelo e eficiência as suas determinações,
bem como as ordens e resoluções dos concílios superiores;
f) - excetuados os sínodos, nomear representantes aos concílios
superiores e suplentes que correspondam ao número e ofício,
custeando-lhes as despesas de viagem;
g) - propor aos concílios superiores quaisquer assuntos que julguem
oportunos;
h) - determinar planos e medidas que contribuam para o progresso, paz e
pureza da comunidade sob sua jurisdição;
i) - receber e encaminhar ao concílio imediatamente superior os recursos,
documentos ou memoriais que lhes forem apresentados com esse fim,
uma vez redigidos em termos convenientes;
j) - fazer subir ao concílio imediatamente superior representações
integral ao exercício de seu cargo, desde que lhe possa votar verba necessária ao seu sustento e
representação. SC-62-037; 2) – Seja mantida a decisão que determina a função de SE exercida com
tempo integral. SC-74-073.
100 O vice-presidente quando assume a presidência em definitivo, não assume a vice-presidência na
legislatura seguinte, pois não foi o presidente da ordinária anterior, a qual se encerrou naturalmente sob a
direção do presidente eleito. CE-84-059.
101 v. art. 26, 36-g, 52.
102 v. art. 49 § 5º. Não há analogia entre ministro jubilado e presbítero em disponibilidade, sendo
103 Reunião pública do Conselho. Que os arts. 26, 27 e 28 PL se referem a reunião pública da Igreja. CE-98-
163. Ver, também, Res. SC-99E-LXXV. (Observamos que as resoluções interpretam mal os textos
invocados. A reunião pública do Conselho, no caso, é para situação específica – ordenação e
investidura de oficiais – uma exceção à regra do art. 72 da CI. Tanto isso é verdade, que a comissão
que elaborou o Manual do Culto, na forma para se observar a ordenação de oficiais, fala de “reunião do
Conselho em presença da Igreja”, e o SC aprovou isso e, realmente, é isso que dizem os PL).
104 v. art. 85.
105“O número mínimo de reuniões ordinárias do Presbitério é uma por ano, não havendo limitação quanto
ao número máximo”. CE-86-020.
29
dirigidos pela mesa da reunião ordinária anterior e só se tratará da
matéria indicada nos termos da convocação.
§ 2º - Na reunião extraordinária poderão servir os mesmos representantes
da reunião ordinária anterior, salvo se os respectivos concílios os
tiverem substituído.
eleição de pastor e oficiais, o quorum é de um terço, nunca menos de dois presbíteros e só poderá tratar
de assuntos administrativos, tais como elaborar orçamentos e outros com a maioria de seus membros.
SC-62-044. Ver nota ao art. 8º § 1º. (O Conselho é sempre soberano, com seu quorum simples, para
quaisquer situações, desde que não inclua os diáconos na administração da Igreja).
109 O ministro presbiteriano pode presidir o Conselho de qualquer igreja, desde que para isso tenha sido
anos, poderão ser sócias da SAF, sem prejuízo do trabalho da Mocidade, quando houver. SC-82-079; 3) –
Recomendar que nas Igrejas não hajá filiação a duas sociedades domésticas; que após um ano de
casamento, senhora ou cavalheiro não permaneça na UMP e sim na SAF ou UPH, conforme o caso, a
não ser em lugares onde não haja tais possibilidades. SC-54-026: 82-065; 4) – Que o limite de
permanência na UMP é de 35 anos. SC-99E-011; 5) – Que os livros de atas, relatórios e estatísticas serão
31
educativa em geral117 e quaisquer atividades espirituais;
i) exigir que os oficiais e funcionários sob sua direção cumpram fielmente
suas obrigações;
j) organizar e manter em boa ordem os arquivos, registros e estatística
da igreja118;
l) organizar e manter em dia o rol de membros comungantes e de não-
comungantes;
m) apresentar anualmente à igreja relatório das suas atividades,
acompanhado das respectivas estatísticas119;
n) resolver caso de dúvida sobre doutrina e prática, para orientação da
consciência cristã;
o) suspender a execução de medidas votadas pelas sociedades
domésticas da igreja que possam prejudicar os interesses espirituais;
p) examinar os relatórios, os livros de atas e os das tesourarias das
organizações domésticas, registrando neles as suas observações;
q) aprovar ou não os estatutos das sociedades domésticas da Igreja e
dar posse às suas diretorias120;
r) estabelecer pontos de pregação e congregações;
s) velar pela regularidade dos serviços religiosos;
t) eleger representante ao Presbitério121;
u) velar por que os pais não se descuidem de apresentar seus filhos ao
batismo;
v) observar e pôr em execução as ordens legais dos concílios superiores;
x) designar, se convier, mulheres piedosas para cuidarem dos enfermos,
dos presos, das viúvas e órfãos, dos pobres em geral, para alívio dos
que sofrem122.
examinados pelos respectivos conselhos. SC-2002-044; 6) – Dízimo das SAFs: O assunto é da alçada
dos Conselhos. SC-82-083; 7) – Conselheiro da UMP. É a pessoa que serve de elo de ligação entre o
departamento interno da Igreja e o Conselho, e quanto à doutrinação, a solução compete ao pastor. 8) –
Dia das Sociedades: a) – UPH – (Dia do Homem Presbiteriano) – 1º domingo de fevereiro; b) – SAF –
(Dia da Mulher Presbiteriana) – 2º domingo de fevereiro; c) – UMP – (Dia Nacional do Jovem
Presbiteriano) – 3º domingo de maio; d) – UPA – (Dia Nacional do Adolescente Presbiteriano) – 4º
domingo de julho; e) – 12 de outubro: Dia Nacional da Criança Presbiteriana. SC-2002-43.
116 Lembrar às Confederações e Federações que elas não são concílios, mas entidades especiais formadas
para estudar e orientar as atividades de suas respectivas sociedades. SC-54-030. Os livros das
Comissões Executivas e das diretorias das Confederações Nacionais serão examinados pelos congressos
nacionais. SC-2002-044. Pessoa jurídica. De acordo com o sistema presbiteriano de subordinação das
sociedades internas locais aos respectivos Conselhos, não é possível constituir-se qualquer sociedade
interna em pessoa jurídica. CE-55-070.
117 Escola Dominical: “Determinar que em todas as Escolas Dominicais da Igreja Presbiteriana do Brasil o 3º
trimestre seja dedicado ao estudo da doutrina, governo e programa da Igreja. A Junta de Educação
Religiosa preparará as lições para todos os departamentos”. SC-70-010. Recomendar aos Presbitérios
que incentivem em suas igrejas o estudo do Breve Catecismo. SC-54-038.
118 Determinar que os Conselhos providenciem a organização de um álbum histórico da comunidade,
constituído de fotografias, retratos, plantas, recortes e impressos de interesse da Igreja local, enviando-o
periodicamente à Comissão do Histórico da IPB. SC-54-054.
119 Em assembléia ordinária, v. art. 143-d.
120 v. art. 143-b in fine.
121 v. art. 51-h; art. 85 único.
122 v. nota ao art. 25-c.
32
Art. 84 - O Conselho elegerá anualmente um vice-presidente, um ou mais
secretários e um tesoureiro sendo este de preferência oficial da Igreja.
Parágrafo único - O pastor acumulará o cargo de secretário somente
quando não houver presbítero habilitado para o desempenho do
referido cargo.
Seção 3ª - Presbitério
Art. 85 - O Presbitério é o concílio constituído de todos os ministros e presbíteros
representantes de Igrejas de uma região determinada pelo Sínodo.
Parágrafo único - Cada igreja será representada por um presbítero, eleito
pelo respectivo Conselho123.
Art. 86 - Três ministros e dois presbíteros constituirão o quorum para o
funcionamento legal do Presbitério.
Art. 87 - Nenhum Presbitério se formará com menos de quatro ministros em
atividade e igual número de igrejas.
Art. 88 - São funções privativas do Presbitério:
a) admitir, transferir, disciplinar, licenciar e ordenar candidatos ao
ministério e designar onde devem trabalhar;
b) conceder licença aos ministros e estabelecer ou dissolver as relações
destes com as Igrejas ou congregações124;
c) admitir, transferir e disciplinar ministros e propor a sua jubilação125;
d) designar ministros para igrejas vagas e funções especiais126;
e) velar por que os ministros se dediquem diligentemente ao
cumprimento da sua sagrada missão;
f) organizar, dissolver, unir e dividir igrejas e congregações e fazer que
observem a Constituição da Igreja;
g) receber e julgar relatórios das igrejas, dos ministros e das comissões a
ele subordinadas127;
h) julgar da legalidade e conveniência das eleições de pastores,
promovendo a respectiva instalação128;
i) examinar as atas dos Conselhos, inserindo nas mesmas observações
que julgar necessárias;
j) providenciar para que as igrejas remetam pontualmente o dizimo de
sua renda para o Supremo Concílio129;
l) estabelecer e manter trabalhos de evangelização, dentro dos seus
próprios limites, em regiões não ocupadas por outros Presbitérios ou
missões presbiterianas;
123 Mesa do Presbitério constituída apenas de presbíteros é perfeitamente constitucional. Quanto ao quorum
das comissões executivas dos Presbitérios, estando presentes metade e mais um de seus membros,
estarão legalmente constituídos, ainda que, omissa nossa Constituição. CE-55-066.
124 v. art. 138-c.
125 v. art. 49.
126 v. art. 37 e 43.
127 v. art. 38 e 68.
128 v. PL 37/38.
129 v. art. 97-f. Todos os valores recebidos pelas igrejas devem ser dizimados, apenas as ofertas com fins
específicos, aqueles que a igreja local recebe e as repassa, não são dizimáveis. CE-2000-179.
33
m) velar por que as ordens dos concílios superiores sejam cumpridas;
n) visitar as igrejas com o fim de investigar e corrigir quaisquer males que
nelas se tenham suscitado;
o) propor ao Sínodo e ao Supremo Concílio todas as medidas de
vantagem para a Igreja em geral.
p) eleger representantes aos concílios superiores.
Art. 89 - A representação do Presbitério no Sínodo será constituída de três
ministros e três presbíteros até dois mil membros; e mais um ministro e um
presbítero para cada grupo de dois mil membros130.
Art. 90 - A representação do Presbitério ao Supremo Concílio131 será constituída de
dois ministros e dois presbíteros, até dois mil membros e mais um ministro e um
presbítero para cada grupo de dois mil membros132.
Seção 4ª - Sínodo
Art. 91 - O Sínodo é a assembléia de ministros e presbíteros que representam os
Presbitérios de uma região determinada pelo Supremo Concílio133.
Art. 92 - O Sínodo constituir-se-á de, pelo menos, três Presbitérios.
Art. 93 - Cinco ministros e dois presbíteros constituem número legal para
funcionamento do Sínodo, desde que estejam representados dois terços dos
presbitérios.
Art. 94 - Compete ao Sínodo:
a) organizar, disciplinar, fundir, dividir134 e dissolver Presbitérios;
b) resolver dúvidas e questões que subam dos Presbitérios;
c) superintender a obra de evangelização, de educação religiosa, o
trabalho feminino e o da mocidade, bem como, as instituições
religiosas, educativas e sociais, no âmbito sinodal, de acordo com os
padrões estabelecidos pelo Supremo Concílio135;
d) designar ministros e comissões para a execução de seus planos;
e) executar e fazer cumprir suas próprias resoluções e as do Supremo
Concílio;
130 A referência do art. 89 da CI, assim como o art. 90, só atinge a membros comungantes, pois são estes
que têm o direito de ser representados. SC-66-113. Não comungantes não devem ser computados; cada
grupo de dois mil membros corresponde ao total e não menos que este número. CE-93-015. v. também
SC-58-184.
131 (O representante ao SC-IPB é chamado deputado pelo RI-SC porque ele também tem o poder de legislar
035. O art. 29, letra c do RI-Sin considera-os com personalidade jurídica de fato ao estabelecer a
representação ativa e passiva, judicial extrajudicial, pela respectiva Mesa. SC-90-136. (A CE-76-056
entende que um Sínodo só pode se tornar pessoa jurídica após aprovação da própria CE e a Res. SC-98-
070, desconhecendo a decisão de 1951, informa que não há previsão constitucional para os sínodos se
tornarem pessoas jurídicas, e a Res. SC-78-039 não aprovou o estatuto do Sínodo da Guanabara).
134 Dividir. (O SC vem usando o eufemismo desdobrar).
135 Recomendar aos Sínodos e Presbitérios a criação mais rápida que lhes seja possível, de cursos de
Educação Religiosa ou Institutos Bíblicos para o preparo de obreiros leigos à obra de evangelização
nacional. SC-54-041. Informar que mesmo que a CI não atribua especificamente aos Sínodos a tarefa de
evangelizar, devem orientar e incentivar os presbitérios na busca de parcerias com as Juntas de Missões
Nacionais e o PMC na evangelização para que não fique nenhuma localidade sem trabalho presbiteriano.
CE-98-018.
34
f) defender os direitos, bens e privilégios da Igreja;
g) apreciar os relatórios e examinar as atas dos Presbitérios de sua
jurisdição, lançando nos livros respectivos as observações
necessárias136;
h) responder as consultas que lhe forem apresentadas,,
i) propor ao Supremo Concilio as medidas que julgue de vantagem geral
para a Igreja.
136 Os livros das atas das Comissões Executivas devem ser apresentados. CE-56-048.
137 O SC não é pessoa jurídica e sim a IPB, embora esta com aquele se identifique. SC-90-136 in fine.
138 G-12. Recomendar aos Presbitérios e Sínodos que não acolham o movimento. Determinar que os
Presbitérios orientem, quando necessário, as igrejas, pastores e líderes, quanto aos perigos oferecidos
pelo movimento chamado G-12.
139 Maçonaria. Posição da IPB na Res. CE-96-152. Alteração parcial. SC-2002-98.
140 v. art. 49 § 6º.
141 Os dízimos são calculados sobre o “total arrecadado no ano anterior”. SC-62-187. CE-63-130. São 10%
sobre a arrecadação total na forma da Res. 62-187. Ver também Res. SC-66-004.
142 v. art. 104 e RI-CE 3º.
35
m) colaborar, no que julgar oportuno, com entidades eclesiásticas, dentro
ou fora do país, para o desenvolvimento do reino de Deus, desde que
não seja ferida a ortodoxia presbiteriana;
n) executar e fazer cumprir a presente Constituição e as deliberações do
próprio Concílio;
o) receber, transferir, alienar ou gravar com ônus os bens da Igreja;
p) examinar as atas dos Sínodos, inserindo nelas as observações que
julgar necessárias;
q) examinar e homologar as atas da Comissão Executiva, inserindo nelas
as observações julgadas necessárias;
r) defender os direitos, bens e propriedades da Igreja;
Parágrafo único - Só o próprio Concilio poderá executar o preceituado nas
alíneas "a", "g", "h", "j" e "m".
CI. CE-56-040.
146 Eis as comissões permanentes da IPB: 1) – JMN – Junta de Missões Nacionais; 2) – APMT (ex JME) –
Conselho de Assistência Social; 11) – CNE – Comissão Nacional de Evangelização; 12) – CSM –
Comissão de Sistemas e Métodos; 13) – Comissão de Previdência, Saúde e Seguridade; 14) –
Comissão de Hinologia e Música; 15) – TR-SC – Tribunal de Recursos do SC-IPB.
147 Ao longo da história, SC e CE sempre delegaram atribuições à Mesa da CE com o objetivo de remir o
tempo e supervisionar os diversos órgãos da Igreja; que o RI-CE cita em vários artigos a existência de sua
Mesa... CE-200-155.
148 ver RI-CE, 3º.
149 Voto unânime. “Responder que deve haver, para o caso, o voto unânime dos presentes”. SC-2002-13.
37
Seção 3ª - Autarquias
Art. 105 - Podem os concílios organizar, sempre que julgarem oportuno,
autarquias150, para cuidar dos interesses gerais da Igreja.
§ 1º - As autarquias são entidades autônomas no que se refere ao seu
governo e administração interna, subordinadas porém, ao concílio
competente.
§ 2º - As autarquias se regem por estatutos aprovados pelos respectivos
concílios, aos quais deverão dar relatório das atividades realizadas.
150 Autarquias da IPB: 1) – Instituto Presbiteriano Gammon, Lavras, MG; 2) - Instituto Presbiteriano
Mackenzie, SP; 3) – Escola Presbiteriana de Alta Floresta, MT; 4) – Escola Presbiteriana de Juína, MT; 5)
– Escola Presbiteriana de Matupá, MT; 6) – Escola Presbiteriana Erasmo Braga, Dourados, MS; 7) –
Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, Recife, PE; 8) – Colégio Presbiteriano XV de Novembro,
Garanhuns, PE; 9) – Casa Editora Presbiteriana; 10) – Associação Nacional de Escolas Presbiteriana
ANEP; 11) – Instituto R. H. Camenish, Palmas, TO; 12) – Rede Presbiteriana de Comunicação; 13) -
Instituto Samuel Graham, Jataí, GO; 14) – Instituto Cristão de Castro, PR; 15) – Associação Beneficente
Douradense, Dourados, MS; 16) – Hospital Evangélico de Rio Verde, GO; 17) – Luz para o Caminho,
Campinas, SP.
151 Sobre as nomeações de secretários, declarar que não há impedimento legal para a eleição de membros
Aprendizes de Rubiataba, GO
153 A vocação religiosa do Ministério Cristão não torna o vocacionado um profissional de salário, pelo que
não compete à organização religiosa que ele serve estabelecer relação de emprego, para serviço cristão
que o obreiro presta à comunidade religiosa. CE-61-001.
38
§ 1º - Ordenar é admitir uma pessoa vocacionada ao desempenho do ofício
na Igreja de Deus, por imposição das mãos, segundo o exemplo
apostólico, e oração pelo concílio competente.
§ 2º - Instalar é investir a pessoa no cargo para que foi eleita e ordenada155.
§ 3º - Sendo vários os ofícios eclesiásticos, ninguém poderá ser ordenado e
instalado senão para o desempenho de um cargo definido.
– Ser membro da Igreja loca há mais de três anos; 2) – Ser arrolados pelo Conselho como aspirante; 3) –
Realizar trabalho específico com relatório; 4) – Fazer leituras e estudos que comprovem maturidade,
desenvolvimento sócio-cultural e eclesial; 5) – Facilidade para expor a Bíblia, dar aula na ED, pregar,
dirigir reuniões; 6) – Comprovar vocação pastoral nas atividades; 7) – Conclusão de ensino médio; 8) –
Encaminhar, oportunamente, o dossiê com o “curriculum vitae” ao presbitério. “Declarar que o prazo
39
a) de ser membro da igreja em plena comunhão;
b) do Conselho, declarando que, no trabalho da igreja, já demonstrou
vocação para o Ministério Sagrado;
c) de sanidade física e mental, fornecido por profissional indicado pelo
concílio.
Art. 116 - Aceitos os documentos de que trata o artigo anterior, o concílio
examinará o aspirante quanto aos motivos que o levaram a desejar o ministério; e,
sendo satisfatórias as respostas, passará a ser considerado candidato162.
Art. 117 - Quando o Presbitério julgar conveniente, poderá cassar a candidatura
referida no artigo anterior, registrando as razões do seu ato.
Art. 118 - Ninguém poderá apresentar-se para licenciatura sem que tenha
completado o estudo das matérias dos cursos regulares de qualquer dos
seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil.
§ 1º - Em casos excepcionais, poderá ser aceito para licenciatura candidato
que tenha feito curso em outro seminário idôneo ou que tenha feito um
curso teológico de conformidade com o programa que lhe tenha sido
traçado pelo Presbitério.
§ 2º - O Presbitério acompanhará o preparo dos candidatos por meio de
tutor eclesiástico163.
Art. 119 - O candidato, concluídos seus estudos, apresentar-se-á ao Presbitério
que o examinará quanto à sua experiência religiosa e motivos que o levaram a
desejar o Sagrado Ministério, bem como nas matérias do curso teológico164.
Parágrafo único - Poderá o presbitério dispensar o candidato do exame
das matérias do curso teológico; não o dispensará nunca do relativo à
experiência religiosa, opiniões teológicas e conhecimento dos
símbolos de fé, exigindo a aceitação integral dos últimos165.
Art. 120 - Deve ainda o candidato à licenciatura apresentar ao Presbitério:
a) uma exegese de um passo das Escrituras Sagradas, no texto original
em que deverá revelar capacidade para a crítica, método de
exposição, lógica nas conclusões e clareza no salientar a força de
expressão da passagem bíblica;
b) uma tese de doutrina evangélica da Confissão de Fé;
c) um sermão proferido em público perante o concílio, no qual o
candidato deverá revelar sã doutrina, boa forma literária, retórica,
referido na Res. 90-163, de três anos, refere-se à Igreja local. Se o aspirante tenha que se transferir,
poderá o Conselho, com a transferência, enviar um relatório do acompanhamento realizado”. CE-2003-
002.
162 1) Na votação observar RI-Presb. 6º e 28-c. O sustento do candidato ao ministério é de competência dos
40
didática e sobretudo, espiritualidade e piedade.
Parágrafo único - No caso do § 1º do art. 118, poderá ser dispensada a
exegese no texto original.
Art. 121 - O exame referente à experiência religiosa e quanto aos motivos que
levaram o candidato a escolher o ministério, bem como a critica do sermão de
prova, serão feitos perante o concílio somente166.
Art. 122 - Podem ser da livre escolha do candidato os assuntos das provas para a
licenciatura.
Art. 123 - Julgadas suficientes essas provas, procederá o Presbitério à licenciatura
de conformidade com a liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil167.
Parágrafo único - Poderá o presbitério delegar a uma comissão especial o
exame, a aprovação ou não, e licenciatura do candidato.
Art. 124 - O Presbitério, após a licenciatura, determinará o lugar e o prazo em que
o licenciado fará experiência de seus dons, designando-lhe também um tutor
eclesiástico sob cuja direção trabalhará.
§ 1º - O licenciado não poderá ausentar-se do seu campo Sem licença do
seu tutor.
§ 2º - O relatório das atividades do licenciado poderá ser apresentado ao
Presbitério pelo seu tutor ou pelo próprio candidato à ordenação,
mediante proposta do tutor e assentimento do concílio.
§ 3º - O período de experiência do licenciado não deve ser menos de um
ano, nem mais de três, salvo casos especiais, a juízo do Presbitério168.
Art. 125 - Quando o candidato ou licenciado mudar-se, com permissão do
Presbitério, para limites de outro concílio, ser-lhe-á concedida carta de
transferência.
Art. 126 - A licenciatura pode se cassada em qualquer tempo, devendo o
Presbitério registrar em ata os motivos que determinaram essa medida.
41
Art. 130 - Julgadas suficientes as provas, passará o Presbitério a ordená-lo, de
conformidade com a liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil170.
Art. 131 - Se o Presbitério julgar que o licenciado não está habilitado para a
ordenação, adia-la-á por tempo que não exceda de um ano, podendo esse prazo
ser renovado.
Parágrafo único - Se depois de três anos, o candidato não puder habilitar-
se para ordenação, ser-lhe-á cassada a licenciatura e
conseqüentemente a sua candidatura171.
Art. 132 - Haverá na secretaria Executiva do Presbitério um livro, em que o recém-
ordenado, logo após recebido como membro do concílio subscreverá o
compromisso de bem e fielmente servir no Ministério Sagrado172.
Parágrafo único - Essa exigência aplica-se também aos ministros que vêm
de outra igreja evangélica.
emissão pela Res. CE-2004-73. Em caso de transferência de ministro presbiteriano para outra
denominação, após termo de encerramento, inutilizar os espaços em branco restantes; devolver a carteira
ao Ministro por ser de sua propriedade. CE-2000-132.
173 Criado um Órgão Provedor de Informações de Campos e Obreiros, atribuindo-se à SE-SC receber e
fornecer informações sobre igrejas e pastores para possíveis transferências. As informações serão
enviadas e solicitadas à SE-SC através dos Presbitérios. SC-98-097.
174 ver art. 83-e; 45/46.
175 Tanto o eleito quanto para o designado, deve ser ouvida a assembléia. SC-94-110.
42
b) a pedido da Igreja, ouvido o pastor176;
c) administrativamente pelo concílio que tiver jurisdição sobre o ministro
depois de ouvidos este e a Igreja177.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 146 - Esta Constituição entrará em vigor a 31 de Outubro de 1950, data que
assinala o 433 aniversário da Reforma Religiosa do século XVI.
Parágrafo único - Até aquele dia estará em vigor a Constituição de 1937,
ressalvadas as partes já reformadas pelo Supremo Concílio, devendo
as Igrejas e os concílios, que até então se reunirem, reger-se por ela.
Art. 147 - Dentro do prazo de dois anos, a contar da data em que a presente
Constituição entrar em vigor, as igrejas e congregações deverão reformar os seus
estatutos, adaptando-os à nova Constituição.
Art. 148 - O prazo a que se refere o artigo 42 deverá contar-se a partir da reunião
ordinária dos presbitérios em 1951.
Art. 149 - O parágrafo segundo do artigo 49 só entrará em vigor a primeiro de
Janeiro de 1956.
Art. 150 - Os co-pastores porventura existentes no momento em que entrar em
vigor esta Constituição, continuarão em exercício até o término do mandato para o
qual foram eleitos por suas Igrejas.
Art. 151 - O Supremo Concílio reunir-se-á extraordinariamente em Fevereiro de
1951, com a mesma composição da assembléia de 1950, para concluir os
trabalhos constituintes, isto é, para votar as partes de Disciplina e Liturgia.
Art. 152 - Até que sejam promulgados o Código de Disciplina e os Princípios de
Liturgia, vigorarão as disposições da Constituição de 1937, nas partes que não
contrariem a Constituição ora promulgada.
45
E, assim, pela autoridade que recebemos, mandamos que esta Constituição
seja divulgada e fielmente cumprida em todo o território da Igreja Presbiteriana do
Brasil.
46
ÍNDICE REMISSIVO
As indicações referem-se a artigos, parágrafos e, alíneas da Constituição.
53
Parte II
Código de Disciplina
PARTE II - CÓDIGO DE DISCIPLINA
CAPITULO 2 - FALTAS
Art. 4º - Falta é tudo que, na doutrina e prática dos membros e concílios da Igreja,
não esteja de conformidade com os ensinos da Sagrada Escritura, ou transgrida e
prejudique a paz, a unidade, a pureza, a ordem e a boa administração da
comunidade cristã.
Parágrafo Único - Nenhum tribunal eclesiástico poderá considerar como
falta, ou admitir como matéria de acusação aquilo que não possa ser
provado como tal pela Escritura, segundo a interpretação dos
Símbolos da Igreja (Cons., Art.1º).
Art. 5º - A omissão dos deveres constantes do art. 3º constitui falta passível de
pena.
Art. 6º - As faltas são de ação ou de omissão, isto é, a prática de atos
pecaminosos ou a abstenção de deveres cristãos; ou, ainda, a situação ilícita.
Parágrafo Único - As faltas são pessoais se atingem a indivíduos; gerais,
se atingem a coletividade; públicas, se fazem notórias; veladas
quando desconhecidas da comunidade.
Art. 7º - Os concílios incidem em falta quando:
a) tomam qualquer decisão doutrinária ou constitucional que
flagrantemente aberra dos princípios fundamentais adotados pela
Igreja;
b) procedem com evidente injustiça, desrespeitando disposição
processual de importância, ou aplicando pena em manifesta
desproporção com a falta;
55
c) são deliberadamente contumazes, na desobediência às observações
que, sem caráter disciplinar, o Concílio superior fizer no exame
periódico do livro de atas;
d) se tornam desidiosos no cumprimento de seus deveres,
comprometendo o prestígio da Igreja ou a boa ordem do trabalho; e)
adotam qualquer medida comprometedora da paz, unidade, pureza e
progresso da Igreja.
CAPÍTULO 3 - PENALIDADES
Art. 8º - Não haverá pena, sem que haja sentença eclesiástica, proferida por um
Concílio competente, após processo regular.
Art. 9º - Os Concílios só podem aplicar a pena de:
a) Admoestação, que consiste em chamar à ordem o culpado,
verbalmente ou por escrito, de modo reservado, exortando-o a corrigir-
se;
b) Afastamento, que em referência aos membros da Igreja, consiste em
serem impedidos de comunhão; em referência, porém, aos oficiais
consiste em serem impedidos do exercício do seu ofício e, se for o
caso, da comunhão da Igreja. O afastamento deve dar-se quando o
crédito da religião, a honra de Cristo e o bem do faltoso o exigem,
mesmo depois de ter dado satisfação ao tribunal. Aplica-se por tempo
indeterminado, até o faltoso dar prova do seu arrependimento, ou até
que a sua conduta mostre a necessidade de lhe ser imposta outra
pena mais severa;
c) Exclusão, que consiste em eliminar o faltoso da comunhão da Igreja.
Esta pena só pode ser imposta quando o faltoso se mostra incorrigível
e contumaz;
d) Deposição é a destituição de ministro, presbítero ou diácono de seu
ofício.
Art. 10 - Os Concílios superiores só podem aplicar aos inferiores as seguintes
penas: repreensão, interdição e dissolução;
a) Repreensão é a reprovação formal de faltas ou irregularidades com
ordem terminante de serem corrigidas;
b) Interdição é a pena que determina a privação temporária das
atividades do Concílio;
c) Dissolução é a pena que extingue o Concílio.
§ 1º - No caso de interdição ou disso interdição ou dissolução do Conselho
ou Presbitério deverá haver recurso de ofício para o Concílio
imediatamente superior.
§ 2º - As penas aplicadas a um Concílio não atingem individualmente seus
membros, cuja responsabilidade pessoal poderá ser apurada pelos
Concílios competentes.
§ 3º - É facultado a qualquer dos membros do Concílio interditado ou
dissolvido recorrer da decisão para o Concílio imediatamente superior
àquele que proferiu a sentença.
56
Art. 11 - Aplicadas as penas previstas nas alíneas “b” e “c” do artigo anterior, o
Concílio superior, por sua Comissão Executiva, tomará as necessárias
providências para o prosseguimento dos trabalhos afetos ao Concílio disciplinado.
Art. 12 – No julgamento dos Concílios, devem ser observadas no que lhes for
aplicável, as disposições gerais do processo adotadas nesta Constituição.
Art. 13 - As penas devem ser proporcionais às faltas, atendendo-se, não obstante,
às circunstâncias atenuantes e agravantes, a juízo do tribunal, bem como à
graduação estabelecida nos artigos 9º e 10.
§ 1º - São atenuantes:
a) pouca experiência religiosa;
b) relativa ignorância das doutrinas evangélicas;
c) influência do meio;
d) bom comportamento anterior;
e) assiduidade nos serviços divinos;
f) colaboração nas atividades da Igreja;
g) humildade;
h) desejo manifesto de corrigir-se;
i) ausência de más intenções;
j) confissão voluntária.
§ 2º - São agravantes:
a) experiência religiosa;
b) relativo conhecimento das doutrinas evangélicas;
c) boa influência do meio;
d) maus precedentes;
e) ausência aos cultos;
f) arrogância e desobediência;
g) não reconhecimento da falta.
Art. 14 - Os Concílios devem dar ciência aos culpados das penas impostas:
a) Por faltas veladas, perante o tribunal ou em particular;
b) Por faltas públicas, casos em que, além da ciência pessoal, dar-se-á
conhecimento à Igreja.
Parágrafo Único - No caso de disciplina de ministro dar-se-á, também,
imediata ciência da pena à Secretaria Executiva do Supremo Concílio.
Art. 15 - Toda e qualquer pena deve ser aplicada com prudência, discrição e
caridade, a fim de despertar arrependimento no culpado e simpatia da Igreja.
Art. 16 - Nenhuma sentença será proferida sem que tenha sido assegurado ao
acusado o direito de defender-se178.
Parágrafo Único - Quando forem graves e notórios os fatos articulados
contra o acusado, poderá ele, preventivamente, a juízo do tribunal, ser
afastado dos privilégios da Igreja e, tratando-se de oficial, também do
exercício do cargo, até que se apure definitivamente a verdade.
Art. 17 - Só se poderá instaurar processo dentro do período de um ano a contar da
ciência da falta179.
CAPÍTULO IV – TRIBUNAIS
Art. 18 - Os Concílios convocados para fins judiciários funcionam como tribunais.
Art. 19 - Compete ao Conselho processar e julgar originariamente, membros e
oficiais da Igreja.
Art. 20 - Compete ao Presbitério:
I - Processar e julgar originariamente:
a) Ministros;
b) Conselhos.
II -Processar e julgar em recurso ordinário as apelações de sentenças dos
Conselhos.
Art. 21 - Compete ao Sínodo processar e julgar originariamente Presbitérios.
Parágrafo Único - Haverá no Sínodo um tribunal de recursos, ao qual
compete julgar os recursos ordinários das sentenças dos Presbitérios,
proferidos nos casos das alíneas “a” e “b” do item I do art. 20.
Art. 22 - Compete ao Supremo Concílio processar e julgar privativamente os
Sínodos.
Parágrafo Único - Haverá no Supremo Concílio um tribunal de recursos,
ao qual compete:
I - Processar e julgar:
a) Recursos extraordinários das sentenças finais dos Presbitérios (art.
20, item II);
b) Recursos extraordinários das sentenças finais dos tribunais dos
Sínodos (Parágrafo Único do art. 21).
Art. 23 - O Compete, ainda, aos Concílios e Tribunais, em geral, rever, em
benefício dos condenados, as suas próprias decisões em processos findos.
Art. 24 - Os tribunais de recursos, do Sínodo e do Supremo Concílio compor-se-ão
de sete membros, sendo quatro ministros e três presbíteros.
Parágrafo Único – O “quorum” destes tribunais é de cinco membros, sendo
três ministros e dois presbíteros.
Art. 25 - Os suplentes dos juizes, eleitos em número igual a estes, e na mesma
ocasião, substituirão os efetivos, em caso de falta, impedimento ou suspeição.
Art. 26 - A presidência do tribunal de recursos do Sínodo, ou do supremo Concílio,
caberá ao juiz eleito na ocasião pelo próprio tribunal.
179 Chama-se prescrição esse esgotamento de prazo concedido por lei, não podendo mais abrir processo
legal. Todavia, suspende-se a prescrição após o início do processo.
180 Trata-se do princípio jurídico da decadência, ou seja, o perecimento ou extinção de um direito por não ter
181Único caso em que membros de igrejas locais são julgados pelo Presbitério. Trata-se do princípio jurídico
do desaforamento (transferência de foro de julgamento).
59
testemunhas, seguindo o julgamento da alegação de suspeição
independente de outras alegações.
§ 2º-se a suspeição for de manifesta improcedência, o tribunal a rejeitará
imediatamente.
Art. 33 - Julgada procedente a suspeição, o juízo não mais funcionará. Rejeitada,
evidenciando-se segunda intenção ou má fé do que levantou a suspeição, constará
da decisão essa circunstância.
Art. 34 - Se a suspeição for levantada contra o tribunal e este não a reconhecer,
dará a sua resposta dentro de 10 dias, podendo instruí-la com documentos ou
oferecer testemunhas, sendo logo o processo remetido ao tribunal superior para
decidir da suspeição.
Parágrafo Único - Quando o Tribunal do Sínodo for suspeitado e este não
reconhecer a suspeição, dará a sua resposta dentro de 10 dias, e
serão convocados os juizes suplentes do mesmo tribunal para julgá-la.
Art. 35 – Julgada procedente a suspeição, o processo prosseguirá com os
suplentes; julgada improcedente a suspeição, o tribunal prosseguirá no feito.
Parágrafo Único - De maneira semelhante às suspeições do Tribunal do
Sínodo proceder-se-á com as levantadas contra o Tribunal do
Supremo Concílio.
Art. 36 - No caso de suspeição contra vários juizes do tribunal, reconhecidas pelos
próprios juizes deste ou por decisão judicial, serão eles substituídos pelos juizes
suplentes para completar-se o quorum.
Parágrafo Único - se acontecer que, dadas as suspeições reconhecidas, o
tribunal ficar sem quorum mesmo com a convocação dos suplentes, o
tribunal superior que tiver julgado a alegação de suspeição designará
juizes de tribunal de igual categoria às dos suspeitados, que
completem o quorum.
Art. 37 - Por incompetência entende-se a falta de autoridade de um Concílio ou
tribunal para instaurar processo ou julgar em grau de recurso.
Art. 38 - A alegação de incompetência de um tribunal deve ser apresentada dentro
do prazo de quinze dias, a contar da data em que o faltoso tiver recebido a citação.
Art. 39 - SE o tribunal se reconhecer incompetente, dará no processo os motivos e
remeterá sem demora o feito à instância competente.
Art. 40 - SE o tribunal não reconhecer a alegação de incompetência, prosseguirá
no feito.
Parágrafo Único - O faltoso que não se conformar com a decisão poderá,
dentro do prazo de dez dias, insistir por meio de petição dirigida ao
presidente do tribunal ou Concílio e instruída com documentos.
Art. 41 - O presidente mandará autuar a petição e documentos indo imediatamente
a julgamento do tribunal.
§ 1º - Se o tribunal ainda não atender à alegação, a parte vencida poderá
dentro do prazo de dez dias, recorrer à instância superior.
§ 2º Se o tribunal atender à alegação, remeterá os autos ao tribunal
competente.
60
CAPÍTULO 6 - PROCESSO
Seção 1ª - Disposições Gerais
Art. 42 - As faltas serão levadas ao conhecimento dos Concílios ou tribunais por:
a) queixa, que é a comunicação feita pelo ofendido;
b) denúncia que é a comunicação feita por qualquer outra pessoa.
§ 1º - Qualquer membro de Igreja em plena comunhão ou ministro pode
apresentar queixa ou denúncia perante o Conselho; os ministros e os
conselhos perante os presbitérios; estes, perante o Sínodo e este
perante o Supremo Concílio.
§ 2º - Toda queixa ou denúncia deverá ser feita por escrito.
Art. 43 - Os Concílios devem, antes de iniciar qualquer processo, empregar
esforços para corrigir as faltas por meios suasórios182.
Art. 44 - Em qualquer processo o ofendido e o ofensor podem ser representados
por procuradores crentes, a juízo do Concílio ou tribunal perante o qual é iniciada a
ação.
Parágrafo Único - A constituição de procurador não exclui o
comparecimento do acusado, para prestar depoimento, e sempre que
o Concílio ou tribunal o entender.
Art. 45 Se o acusado for o Conselho ou a maioria dos seus componentes será o
caso referido ao Presbitério, pelo dito Conselho ou por qualquer de seus membros.
Art. 46 - Terão andamento os processos intentados, somente quando:
a) o Concílio os julgue necessários ao bem da Igreja;
b) iniciados pelos ofendidos183, depois de haverem procurado cumprir a
recomendação de Nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 18.15,16;
c) o Concílio ou tribunal tenha verificado que os acusadores 184 não visam
interesse ilegítimo ou inconfessável na condenação dos acusados.
Art. 47 – Toda pessoa que intentar processo contra outra será previamente
avisada de que se não provar a acusação fica sujeita à censura de difamador, se
tiver agido maliciosa ou levianamente.
61
b) citação do acusado, marcando-se-lhe dia, hora e lugar para vir ver-se
processar;
c) enviar-lhe com a citação cópia da queixa ou denúncia.
§ 1º - O primeiro comparecimento do acusado será sempre pessoal, salvo
se o conselho o julgar dispensável.
§ 2º - O tempo marcado para o comparecimento do acusado não deverá
ser menos de oito dias e, para fixá-lo, tomar-se-á em consideração a
distância da sua residência, ocupação e outras circunstâncias.
Art. 49 - A autuação só conterá:
a) nome do tribunal;
b) número do processo;
c) nome do queixoso ou denunciante;
d) nome do acusado em letras destacadas;
e) embaixo a palavra autuação e, na linha seguinte, dia, mês, ano e local
e a expressão “AUTUO o relatório e papéis que seguem”.
Parágrafo Único - Quando forem dois ou mais os queixosos, denunciantes
ou acusados, na autuação, serão escritos os nomes dos dois primeiros
e as palavras “e outros”.
Art. 50 - A seguir, o secretário numerará e rubricará as folhas dos autos e dará
vista dos mesmos ao relator para examiná-los no prazo de dez dias, opinando por
escrito, pelo arquivamento do processo ou pelo seu seguimento.
Parágrafo Único – Com a possível brevidade o tribunal será convocado
para decidir sobre o relatório escrito precisando os fatos.
Art. 51 - O Presidente designará sempre um dos juizes para acompanhar o
processo e funcionar como relator.
Art. 52 - Ao iniciar-se qualquer processo devem os membros do Concílio ou
tribunal lembrar-se da gravidade das suas funções de juizes da Igreja, à vista do
disposto no Parágrafo Único do art. 2º.
Art. 53 - Toda e qualquer pena deve ser aplicada com prudência, discrição e
caridade a fim de despertar arrependimento no culpado e simpatia na Igreja.
Art. 54 - Se o tribunal receber a queixa ou denúncia designará dia, hora e lugar
para interrogatório do acusado. Se não receber, o queixoso ou denunciante terá
ciência e poderá dirigir-se diretamente à instância superior.
Art. 55 - O processo será redigido em linguagem moderada e clara, articulando-se
com precisão os fatos e circunstâncias de tempo, lugar e natureza da falta, dele
constando a qualidade do ofendido e do ofensor.
Parágrafo Único - Da qualificação devem constar nome, estado civil,
relação com a Igreja e residência.
Art. 56 - Em qualquer processo o ofendido e o ofensor podem ser representados
por procuradores crentes de idoneidade reconhecida pelo Concílio ou tribunal.
Parágrafo Único - A constituição do procurador não exclui o
comparecimento pessoal do acusado ou do queixoso, quando
chamados para restarem depoimento e nem os impede de comparecer
quando entenderem de fazê-lo.
62
Art. 57 - A falta do comparecimento do defensor ou procurador, ainda que
justificada, não determinará o adiamento de ato algum do processo, podendo o
presidente nomear defensor ad-hoc para funcionar na ausência do defensor
efetivo, para realização do ato.
Art. 58 - O procurador deve apresentar autorização escrita do seu constituinte; se
este não souber escrever, será a mesma assinada a rogo por pessoa crente, na
presença de duas testemunhas que também assinarão.
Parágrafo Único - se o acusado, por ocasião do interrogatório declarar o
nome do seu defensor que deverá ser membro de Igreja Evangélica, é
dispensável a autorização por escrito.
Art. 59 - Se o acusado for revel e não tiver apresentado defensor, o presidente
nomeará pessoa crente para defendê-lo.
Art. 60 - Ao acusado assiste o direito de quando não puder comparecer e não
quiser constituir procurador, defender-se por escrito, dentro dos prazos
estabelecidos no processo.
Art. 61 - No livro de atas de tribunal será feito o registro resumido do processo e o
da sentença, devendo os autos ser arquivados depois de rubricados pelo
presidente.
§ 1º O registro do processo limita-se a declarar:
a) hora, data, local, nome do tribunal, juizes presentes e ausentes, nome
do queixoso ou denunciante e do acusado, e natureza da queixa ou
denúncia;
b) oração inicial, declaração do ocorrido, (interrogatório, inquirição de
testemunhas de acusação ou de defesa, acareação, confissão,
julgamento de processo, julgamento de recurso ou de apelação);
c) se qualquer juiz ou parte chegou posteriormente, e algum outro fato
digno de registro;
d) hora e data da nova convocação e do encerramento do trabalho com
oração.
§ 2º No registro da sentença, apenas se declara ter sido recebida ou
rejeitada a denúncia por tantos votos a favor e tantos contra; ou o
recurso escrito ou a apelação com o resultado da votação, dando ou
negando provimento, ou aplicando pena, visto que do processo
constarão todos os elementos.
§ 3º Serão consignados os nomes dos juizes que votarem a favor ou
contra.
Art. 62 - Cada tribunal poderá ter um livro com registro das suas sentenças ou
suas decisões em recurso.
Art. 63 - Os autos só poderão ser examinados no arquivo do Concílio ou tribunal, e
com ordem expressa deste.
Art . 64 - Os prazos serão comuns quando no processo houver mais de um
acusado, de um queixoso ou denunciante.
63
Seção 3ª - Do processo em que o Concílio ou Tribunal for parte
Art. 65 - Quando um Concílio ou tribunal for parte num processo será ele
representado por procurador que promova a acusação ou faça a defesa.
Art. 66 - No processo contra Concílio ou tribunal, este será citado na pessoa de
seu presidente para, no prazo de dez dias, apresentar defesa escrita.
Parágrafo Único - As demais disposições processuais são aplicáveis no
processo contra Concílio ou tribunal.
Art. 67 - O presidente citado convocará imediatamente o Concílio ou tribunal para:
a) tomar conhecimento da citação;
b) designar procurador, que representará o Concílio ou tribunal no
processo, ou autorizar o presidente a acompanhá-lo.
Parágrafo Único - Ao presidente, mesmo que tenha sido constituído um
procurador, cabe o direito de, pessoalmente, acompanhar o processo
se assim o entender. Seção 4ª - Do interrogatório do acusado, da
confissão e das perguntas ao ofendido.
Art. 68 - Ao acusado, no dia designado para interrogatório, será perguntado pelo
presidente:
a) o seu nome, a que Igreja está filiado, qual a Igreja em que assiste ao
culto, lugar do nascimento, idade, estado civil, profissão e onde a
exerce, residência;
b) se conhece o queixoso ou denunciante e as testemunhas inquiridas ou
por inquirir, e desde quando e se tem alguma cousa a legar contra
elas;
c) se conhece os documentos que acompanham a queixa ou denúncia:
d) se é verdadeira a imputação;
e) se, não sendo verdadeira a imputação, tem motivo particular a que
atribuí-la;
g) se tem defensor e, caso afirmativo, qual o nome e residência dele;
caso negativo, se quer que lhe seja nomeado um defensor ou se fará a
própria defesa;
h) se já respondeu a processo, onde, qual a natureza e qual foi a
solução.
Parágrafo Único - Havendo mais de um acusado não serão interrogados
na presença um do outro.
Art. 69 - As respostas do acusado serão repetidas, em linguagem conveniente,
pelo juiz interrogante ao secretário, que as reduzirá a termo, o qual depois de lido e
achado conforme, é rubricado em todas as suas folhas e será assinado pelo
presidente e acusado.
§ 1º - Se o acusado não souber ou não puder assinar pedirá a alguém que
o faça por ele, e aporá à peça dos autos a sua impressão digital.
§ 2º - Se o acusado se recusar a assinar com ou sem a apresentação de
motivos, far-se-á constar em ata essa circunstância.
64
Art. 70 - A confissão do acusado quando feita fora do interrogatório, será tomada
por termo nos autos. Se feita por documento escrito, será verificada a sua
autenticidade pelo tribunal.
65
Art. 80 - Seu depoimento será reduzido a termo assinado pelo presidente, por ela,
e pelas partes. Se a testemunha não souber assinar o nome, ou não puder, ou não
quiser fazê-lo, assinará alguém por ela, consignando-se no termo essas
circunstâncias.
Art. 81 - Quando a testemunha residir longe do tribunal e não puder comparecer,
será inquirida por precatória, dirigida ao Concílio ou tribunal mais próximo de sua
residência.
Art. 82 - A acareação será admitida:
a) entre acusados;
b) entre acusados e testemunhas;
c) entre testemunhas;
d) entre ofendido e acusado.
Parágrafo Único – Os acareados serão reperguntados para que expliquem
os pontos de divergência, reduzindo-se a termo as suas declarações
que assinarão com o presidente.
Seção 6ª - Do Secretário
Art. 83 - Incumbe ao secretário do Concílio ou tribunal:
a) zelar pelos livros, papéis, processos que lhe forem confiados,
organizando a secretaria;
b) funcionar nos processos, cumprindo as determinações dos juizes e
atender às partes;
c) dar as certidões autorizadas pelo presidente, uma vez pagas pelo
interessado as despesas;
d) dar às partes ciência de prazo, de despachos e sentenças, fazer
citações, notificações e intimações, de tudo lavrando os termos e
certidões nos autos.
Seção 8ª - Da Intimação
Art. 92 - A intimação é a ciência dada a alguém de decisão proferida no processo
e que interessa ao intimando.
Parágrafo Único - A intimação será feita verbalmente pelo secretário ao
intimando, devendo ser certificada nos autos.
Art. 93 - A intimação deverá ser feita por ordem escrita que terá as características
do mandado de citação, feitas as indispensáveis modificações.
68
Parágrafo Único - Quando houver empate na votação o presidente votará.
Se acontecer que o presidente esteja impedido de votar, o empate
significará decisão favorável ao acusado.
Art. 106 - A decisão escrita, ou acórdão, deverá ser proclamada na mesma
audiência, dando-se ciência às partes.
Seção 2ª - Da Apelação
Art. 115 - A apelação é o recurso interposto de uma sentença para a instância
imediatamente superior.
Art. 116 - Caberá apelação da sentença que absolver ou condenar o acusado ou
anular o processo.
Parágrafo Único - A apelação não terá efeito suspensivo.
Art. 117 - Interposta a apelação no prazo de cinco dias da intimação da sentença,
o apelante e o apelado terão sucessivamente cinco dias para arrazoar. Findos os
69
prazos, com razões ou sem elas, os autos serão remetidos à superior instância
dentro de cinco dias por despacho do presidente.
Art. 118 - Recebidos os autos na instância superior, o seu presidente nomeará um
relator para, no prazo de cinco dias, examinar os autos fazendo um relatório escrito
nos autos.
Art. 119 - Voltando os autos ao presidente, este designará dia e hora para
audiência de julgamento, intimadas as partes ou seus procuradores por meio de
carta, com “ciente” das partes.
Art. 120 - Na audiência do julgamento, apregoadas as partes, o presidente dará a
palavra ao relator, que lerá o relatório. Se o apelante e o apelado, ou um deles,
estiverem presentes, ser-lheá dada a palavra sucessivamente e por dez minutos. A
seguir votarão o relator, e os demais juizes, obedecida a ordem de idade a
começar dos mais moços, podendo cada um justificar o seu voto ou limitar-se a
acompanhar o voto já dado por outro juiz.
Art. 121 - Quando somente o acusado tenha apelado, a pena não poderá ser
aumentada.
Art. 122 - Quando houver empate de votação, o presidente votará para
desempatar, conforme entender.
Parágrafo Único - No caso de empate, se o presidente for impedido de
votar, a decisão será favorável ao acusado.
Art. 123 - se o voto do relator for vencido, escreverá o acórdão um juiz com voto
vencedor, designado pelo presidente. Art. 124 - A decisão do tribunal poderá
confirmar ou reformar, no todo ou em parte, a sentença apelada.
Seção 3ª - Da Revisão
Art. 125 - Revisão é o recurso em que o vencido pede seja a sua causa submetida
a novo julgamento pelo tribunal que proferiu a sentença.
Parágrafo Único - Tem direito a requerer revisão do processo o vencido,
se, após o julgamento, apresentar novos elementos que possam
modificar a sentença.
Art. 126 - Admitida a revisão do processo, deve, o tribunal fazê-la dentro de trinta
dias; se não puder realizá-la nesse prazo, por motivos muito excepcionais,
apresentará as razões ao recorrente.
CAPÍTULO 8 - DA EXECUÇÃO
Art. 133 - As penas serão executadas pelo Concílio de acordo com os artigos 14 e
15.
§ 1º - A aplicação da pena a ministro e oficiais e a membros da Igreja, será
anotada na secretaria do Concílio respectivo.
§ 2º - No caso de deposição, esta será também comunicada aos Concílios
superiores e suas secretarias executivas.
CAPÍTULO 9 – RESTAURAÇÃO
Art. 134 - Todo faltoso terá direito à restauração mediante prova de
arrependimento, e nos seguintes termos:
a) no caso de lhes ter sido aplicada penalidade com prazo determinado,
o Concílio, ao termo deste, chamará o disciplinado e apreciará as
provas de seu arrependimento;
b) no caso de afastamento por tempo indefinido, ou de exclusão, cumpre
ao faltoso apresentar ao Concílio o seu pedido de restauração;
c) o presbítero ou diácono deposto só voltará ao cargo se for novamente
eleito;
d) a restauração de ministro será gradativa: admissão à Santa Ceia,
licença para pregar e, finalmente, reintegração no ministério.
Parágrafo Único - No caso de afastamento por tempo determinado, em
que o faltoso não tiver dado prova suficiente de arrependimento o
tribunal poderá reformar a sentença, aumentando a pena.
Art. 135 - Este Código de Disciplina é Lei Constitucional da Igreja Presbiteriana do
Brasil, só reformável nos mesmos trâmites da Constituição. E, assim, pela
autoridade com que fomos investidos, ordenamos que este Código de Disciplina
71
seja divulgado e fielmente cumprido em todo o território da Igreja Presbiteriana do
Brasil.
ÍNDICE REMISSIVO
As indicações referem-se a artigos, parágrafos e alíneas do “Código de
Disciplina”.
72
COMISSÃO EXECUTIVA: responsável pelos trabalhos de um Concílio inferior
disciplinado: 11.
COMPROMISSO: testemunha assume: 78.
CONCÍLIOS: faltas dos __: 7; penas dos __: 10; recurso do Conselho ou Presbitério
a um __ superior: 10 § 1º; as penas não atingem individualmente aos membros de
um __: 10 § 2º; os trabalhos de um __ disciplinado: 11; julgamento de um __: 12; __
funciona como tribunal: 18; queixa dos: 42 § 1º; dever dos __, antes de iniciar
processo: 43; procurador de: 65 e 67 b; passos de um __ citado: 67; secretário do:
83; __ são julgados em processo ordinário: 107 c; executam as penas: 133.
CONFISSÃO: de acusado, feita fora do interrogatório: 70; escrita: 70.
CONSELHO: recurso do __: 10 § 1º; competência do __: 19; tribunal do __ seu
quorum: 27 § 2º; pode apresentar queixas: 42 § 1º; acusação contra __: 45;
processo sumaríssimo perante o __; 97-102 (ver também CONCÍLIOS).
DEFENSOR: não comparecimento de __: 57 e 59; dispensa de autorização para __:
58 § único.
DEFESA: direito de __: 16; escrita: 60; __ de um tribunal: 66; prazo para a __
requerer diligências: 108; prazo para a __ apresentar alegações finais: 110.
DENÚNCIA: a um Concílio: 42 b; quem pode apresentar uma __: 42 § 1º; deve ser
feita por escrito a __: 42 § 2º; autuação da __: 48 a; cópia da com a citação __: 48 c;
rejeição de __: 54.
DEPOIMENTO: não pode ser escrito o __: 71; de testemunha argüida de suspeita
deve-se tomar o __: 77; uma testemunha não pode ouvir o __ de outra: 79 § 3º;
redução a termo e assinaturas do __: 80.
DEPOSIÇÃO: pena de __: 9b; comunicação aos Concílios superiores da __: 133 §
2º.
DILIGÊNCIAS: prazo para a acusação e a defesa requererem __: 108; decisão do
Tribunal sobre as __: 109.
DISCIPLINA: natureza e finalidade da __: 1º ss; é lei constitucional o Código de __:
135; reforma do Código de __: 135.
DISSOLUÇÃO: pena de __: 10 c.
EDITAL: citação por __: 90; conteúdo do __ de citação: 91.
EXCLUSÃO: pena de __: 9 c.
EXECUÇÃO: das penas __: 133.
FALTAS: definição de __: 4º e 5º; classificação das __: 6º; __ dos Concílios: 7º;
atenuantes e agravantes das __: 13; período para se instaurar processo por __: 17;
conhecimento das __ pelos Concílios: 42; procurar corrigir sem processo as __: 43.
INCOMPETÊNCIA: que é a __: 37; prazo para a alegação de __: 38 ss.
INTERDIÇÃO: pena de __: 10 b.
INTERROGATÓRIO: designação de __: 54; perguntas do __: 68; __ de mais de um
acusado: 68 § único; redução a termo das respostas do acusado no __: 69;
confissão feita fora do __: 70.
INTIMAÇÕES: secretário faz: 83 d; que são __: 92; como devem ser feitas as __: 92
§ único e 93; __ das partes para julgamento de apelação: 119.
JUIZES: suplentes dos __: 25; suspeição de __: 27; casos de suspeição de __: 28; __
que se declaram suspeitos: 30; reconhecimento ou rejeição de suspeição por __: 32
73
e 33; suplentes de __ para quorum: 36; gravidade das funções dos __: 52; registro
dos nomes dos __: 61 § 3º; sentença deve conter assinatura dos __: 94 § 1º.
JULGAMENTO: no processo ordinário: 112; da apelação: 119, 120; audiência de
__
de recurso extraordinário: 131.
LIVRO: de registro de sentenças: 62.
LIVRO DE ATAS: registro do processo no __: 61, 101.
MEMBROS: menores, responsáveis pelos __: 3º e 5º; afastamento de __: 9º b;
qualquer __ pode apresentar queixa ou denúncia: 42 § 1º.
MINISTRO: disciplina de __: 9º d; 14 § único; __ pode apresentar queixa: 42 § 1º;
__ é julgado em processo ordinário: 107 c.
OFENDIDO: acareação do acusado e: 82 d.
OFICIAIS: afastamento de __: 9º b; deposição de __: 9º d.
PENA: quando há __: 8º; não atinge individualmente os membros de um Concílio:
10 § 2º; como dar ciência da __: 14; como aplicar a __: 15; apelação somente do
acusado, não pode ser aumentada a __: 121; os Concílios executam a __: 113;
quando deve ser anotada na secretaria do Concílio a __: 133 § 1º.
PENALIDADES: especificações das __: 8º ss.
PRECATÓRIA: inquérito de testemunhas por: 81; enviada a um Tribunal para
citação de acusado: 87; atuação de um Tribunal que recebe: 88.
PRESBITÉRIO: recurso do __: 10 § 1º; competência do Tribunal do __: 20; __ pode
apresentar queixa: 42 § 1º.
PRESIDENTE: relator nomeado pelo: 51; __ pode nomear defensor ad-hoc: 57 e
59; autos rubricados pelo: 61; citação do Concílio ou Tribunal, na pessoa do: 66;
convocação de Concílio ou Tribunal citado pelo: 67; __ acompanha processo contra
Tribunal: 67 b e 67 § único; assinatura do __ no termo de declarações do acusado:
69; formula perguntas à testemunha: 76; mandado de citação assinado pelo __: 86;
edital de citação assinado pelo __: 91 e.
PROCESSO: período para se instaurar __: 17; revisão de __: 23; procurar solução
das falhas antes de instaurar __: 43; constituição de procurador no __: 44; quando
terá andamento o __: 46; responsabilidade de quem intentar __: 47; providências
para o andamento do __: 48; opinião do relator no __: 50; responsabilidade dos
juizes no __: 52; redação do __: 55; procuradores das partes no __: 56; adiamento do
__
: 57; registro do __: 61 § 1º; procurador de um Concílio no __: 65 e 67 b; __ contra
Concílio: 66.
PROCESSO SUMARÍSSIMO PERANTE O CONSELHO: 97-102; registro do __ no
livro de Atas: 101.
PROCESSO SUMÁRIO: 103-106; quando é __: 103; julgamento do __: 104.
PROCESSO ORDINÁRIO: quando é __: 107; andamento do __: 108 ss.
PROCURADORES: as partes podem ser representadas por __; 44 R 56; __ não
exclui comparecimento do acusado: 44 § único e 56 § único; não comparecimento
de __: 57; __ deve ter autorização escrita do seu constituinte: 58; __ de Concílios ou
Tribunais: 65 e 67 b; intimação de __ no julgamento da apelação: 119.
QUALIFICAÇÃO: deve constar no processo a __: 55; dados da __: 55 § único.
QUEIXA: a um Concílio: 42 a; deve ser feita por escrito a __: 42 § 2º; autuação da
__
: 48 a; cópia da __ com a citação: 48 c; recepção de __: 54.
74
RECURSO: de Conselho ou Presbitério: 10 § 1º; __ facultado a qualquer membro
de um Concílio: 10 § 3º; Tribunal de __ do Sínodo: 21 § único; Tribunal de __ do
Supremo Concílio: 22 § único; composição e quorum dos Tribunais de: 24; da
decisão de uma alegação de incompetência: 41 § 1º; natureza dos __: 113, 114;
espécies de __: 114.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: que é o 127; andamento do: 128 ss.;
comunicação da decisão de um: 132.
RELATOR: vista dos autos ao: 50; nomeação de __: 51; sentença é escrita pelo __:
94 § 1º; prazo para o __ apresentar relatório: 111;. nomeação de __ para autos de
apelação: 118; __ do recurso extraordinário: 129 - 130.
RELATÓRIO: prazo para o relator apresentar __ no processo: 111; prazo para se
apresentar __ nos autos de apelação: 118.
REPREENSÃO: pena de __: 10 a.
RESTAURAÇÃO: dos afastados com prazo definido: 13 a e 134 § único; __ dos
afastados por tempo indefinido ou excluídos: 1`34 b; oficiais não voltam ao cargo
pela __: 134 c; __ de ministro é gradativa: 134 d.
REVISÃO: de processo: 23; que é a __: 125; direito de __ e razões para o vencido
requerer: 125 § único; prazo para a __: 126.
RUBRICA: dos autos: 61; __ do termo de declarações do acusado: 69.
SECRETÁRIO: trabalho do __ nos autos: 50; incumbência do __: 83; mandado de
citação subscrito pelo __: 86; edital de citação, assinado pelo __: 91 e.
SENTENÇA: condição para ser proferida uma __: 16; registro da __: 61 § 2º; livro de
registro de __: 62; conteúdo da __: 94; relator escreve a __: 94 § 1º; caso em que o
juiz relator não lavra a __: 94 § 3º; publicação ou entrega ao secretário da __: 96; no
julgamento de apelação pode ser confirmada ou reformada a __: 124; reforma da __
com aumento de pena: 134 § único.
SÍNODO: competência do Tribunal do __: 21; Tribunal de recursos do __: 21 §
único; composição e quorum do Tribunal de recurso do __: 24; presidência do
Tribunal de recursos do __: 26; suspeição contra o Tribunal do __: 34 § único e 35;
__
pode apresentar queixa:42 § 1º.
SUPLENTES: dos juizes: 25 e 27 § 1º; __ julgam suspeição contra um Tribunal: 34
§ único e 35; __ completam quorum: 36.
SUPREMO CONCÍLIO: competência do __: 22; Tribunal de recursos do __: 22 §
único; composição e quorum dos Tribunais de recurso do __: 24; presidência do
Tribunal de recursos do __: 26; suspeição contra o Tribunal do __: 35 § único.
SUSPEIÇÃO: direito de __: 27; casos de __: 28; quando deve ser apresentada a __:
29; __ não reconhecida: 29 § único; __ espontaneamente declarada: 30; como ser
feita a __: 31; reconhecimento e rejeição de __: 32 § 1º; rejeição da __ pelo Tribunal:
32 § 2º; __ contra um Tribunal: 34 e 35; quorum atingido pela __: 36; __ de
testemunhas: 77.
TERMO: respostas do acusado, reduzidas a __: 69; assinaturas do __: 69 in - fine e
69 § 1º e 2º.
TESTEMUNHAS: quem pode ser: 71; número máximo de __: 71 § único; sobre o
comparecimento de __ membros de Igreja: 72; __ não membro de Igreja: 72 §;
único; __ que são obrigadas a depor: 73; obrigação de membro de Igreja intimado
como __: 74; as partes devem trazer as __: 75; intimação de __: 75; perguntas feitas
75
a __: 76; as partes podem contradizer ou argüir de suspeita a __: 77; compromisso
assumido pelas __: 78; inquirição das __: 79; redução a termo e assinatura do
depoimento das __: 80; inquirida por precatória: 81; acareação entre __ e outros: 82
b, c.
TRIBUNAIS: os Concílios funcionam como __: 18; competência dos __: 19 ss.; __ de
recurso:
TRIBUNAIS: do Presbitério: 20, II;
TRIBUNAIS: do Sínodo: 21 § único;
TRIBUNAIS: do Presbitério: 20, II; do Sínodo: 21, § único; do Supremo Concílio:
22, § único; composição e quorum dos __ de recurso: 24; suspeição contra __: 34 e
35; presidência de __ de recurso: 26; quorum do __ do Conselho: 27 § 2º; quorum
dos __: 36; incompetência dos __: 37 ss.; julgamento de __ por incompetência: 41;
convocação de __ para decisão sobre relatório dos autos: 50 § único; suplentes
completam o quorum dos __: 36; providências dos __ na instauração de processo:
48; procurador de: 65 e 67 b; citação de __: 66; passos de um __ citado: 66; são
julgados em processo ordinário: 107 c.
VOTAÇÃO: quando há empate na __: 105 e 122; __ no julgamento de apelação:
120.
VOTO: juiz com __ vencido: 94 § 1º, 2º e 3º.
76
Parte III
Princípios de Liturgia
77
PREÂMBULO
78
PARTE III - PRINCÍPIOS DE LITURGIA
CAPÍTULO II - O TEMPLO
Art. 5º - O templo é a Casa de Deus dedicada exclusivamente ao culto 188. É a Casa
de Oração para todas as gentes, segundo define Nosso Senhor Jesus Cristo.
prática de profecia que não corresponda ao ensino reformado; declarar que a profecia tem um caráter
permanente, que é o falar com autoridade na exposição das Escrituras, e transitório, quanto ao seu
caráter revelatório, e que não seja admitida a manifestação de “profecias” no seu caráter revelatório. SC-
98-121;
2) - Proibição de pastores e oficiais das Igrejas jurisdicionadas à IPB de participarem de cerimônias de
culto na companhia de sacerdotes católico-romanos. Caberá instauração de processo eclesiástico, com
afastamento preventivo do exercício ministerial, quem desacatar a resolução. Os concílios superiores
devem tomar as medidas disciplinares (CI art. 70-e), dissolvendo o inoperante nos caso do art. 11 do CD.
Se inoperante no cumprimento desta resolução for o Sínodo, compete a CE-SC declará-lo dissolvido,
colocando os presbitérios que o integram na jurisdição de outros Sínodos. SC-70-002;
3) - Púlpito só a pastores. O SC rejeita a proposta de que o púlpito seja reservado somente para
pastores, pois não há na Igreja Presbiteriana do Brasil sacerdotes com privilégios especiais quanto a
penetrar em lugares sagrados vedados aos leigos. Além disso, se os leigos podem pregar, o que é mais
importante, por que ao poderiam ocupar o púlpito? SC-54-145;
79
Parágrafo único - Importa que o Templo ou salão de cultos seja usado
exclusivamente para esse fim, salvo casos especiais, a juízo do
Conselho.
Art. 6º - A construção do Templo deve obedecer a estilo religioso, adaptado ao
culto evangélico, em que predominem linhas austeras e singelas
4) - Paramentos. a) – “O SC resolve dar plena liberdade às igrejas para uso de paramentação no culto,
dentro dos Princípios de Liturgia da IPB declarando, porém, que nenhuma igreja poderá impor ao Ministro
qualquer paramentação que fira sua liberdade”. SC-54-142; b) – “Determinar aos ministros que, para o
bem-estar da Igreja, se abstenham do uso de paramentos e cores litúrgicas, excetuando-se o uso da
toga”. CE-89-054; c) – “Quanto ao uso de estolas, togas e colarinho clerical, o SC resolve deixar a critério
do Ministro...”. SC-98-074.
189 Oração. Recomendar aos Presbitérios a necessidade de velarem para que os catecúmenos e novos
conversos formem o hábito de orar em público e em particular, e que nas reuniões de oração e no culto
doméstico os crentes exercitem o dom de orar. AG-1918-013;
190 Culto doméstico. “Recomenda a todos os pastores e missionários que façam a maior propaganda
possível em favor do estabelecimento do culto doméstico em todas as casas dos crentes”. AG-1907-041;
191 1) - A idade limite para batismo de menor fica a critério dos pastores. SC-62-033;
2) - Não há nas Escrituras, nem na Confissão de Fé e Catecismos limite de idade. Depende da criança, do
testemunho dos pais e juízo do Conselho. CE-2004-37;
3) – Batismo de menor em uma igreja presbiteriana, cujos pais são membros de outra igreja presbiteriana.
Não é regular. Excepcionalmente pode ser feito em entendimento prévio com os pastores, devendo o
menor ser arrolado na igreja dos pais. SC-54-116.
80
filhos a instrução que puderem e zelar pela sua boa formação
espiritual, bem como fazê-los conhecer a Bíblia e a doutrina
presbiteriana como está expressa nos Símbolos de Fé.
§ 2 - A criança será apresentada por meus pais ou por um deles, no
impedimento do outro, com a declaração formal de que desejam
consagrá-la a Deus pelo batismo.
§ 3 - Os menores poderão ser apresentados para o batismo por seus pais
adotivos, tutores, ou outras pessoas crentes, responsáveis por sua
criação.
§ 4 - Nenhuma outra pessoa poderá acompanhar os pais ou responsáveis
no ato do batismo das crianças a título de padrinho ou mesmo de
simples testemunha.
192 1) “A IPB reconhece como válido e cristão o batismo praticado por uma igreja batista”. SC-54-139;
2) – Pessoas oriundas do romanismo. Que a Igreja Católica não é evangélica, pelo que os Conselhos
devem cumprir o que estabelece o art. 12 dos PL. SC-90-150. A Res. 2004-38 reafirma essa posição;
3) – Batismo com o Espírito Santo. “A doutrina do batismo com o Espírito Santo, como uma “segunda
bênção”, distinta da conversão, não deve ser ensinada nem propagada pelos Pastores ou Membros nas
comunidades, por ser biblicamente equivocada. Todo ensino sobre línguas e profecias que entende estes
fenômenos como um sinal do batismo com o Espírito é contrário à Escritura, visto que a sua evidência é a
regeneração e a conversão”. SC-98-119;
4) – Batismo por outra denominação. Ver nota ao art. 20 CI.
81
Art. 16 - Poderão ser convidados a participar da Ceia do Senhor os membros, em
plena comunhão, de quaisquer igrejas evangélicas.
Art. 17 - Os elementos da Santa Ceia são pão e vinho, devendo o Conselho zelar
pela boa qualidade desses elementos.
193 Benção matrimonial. 1) - O ato será inteiramente gracioso. Os Conselhos poderão estabelecer
reposição de despesas pela Igreja quando se tratar de casais que não sejam membros da Igreja local.
CE-76-057; 2) – Bênção matrimonial a não-evangélicos. a) – Reafirmar a sua tradicional atitude
contrária ao casamento misto e recomendar que se intensifique a propaganda no sentido de evitar os
grandes perigos decorrentes dessas uniões. Todavia, tais casamentos, uma vez realizados no civil,
deverão ser atendidos por Ministros, de conformidade com o espírito de tolerância peculiar à Igreja Cristã
Presbiteriana do Brasil. SC-1942-031; b) – A Confissão de Fé e a CI silenciam sobre a questão. “O SC
resolve que o pastor pode impetrar a bênção matrimonial a nubentes evangélicos e não-evangélicos,
desde que eles creiam em Deus, na eterna Providência e se comprometam a obedecer a Deus e cumprir
os compromissos assumidos perante o oficiante”. SC-58-102; c) – Entendemos que Deus não limita a
bênção ao casamento entre crentes; ele não criou o casamento pra os membros da Igreja, mas para o
gênero humano, e conferiu bênçãos especiais ao matrimônio. “Respeitem-se os escrúpulos de
consciência de pastores, Conselhos e Congregações que consideram inaceitável a impetração da bênção
a casais mistos ou sobre não evangélicos”. CE-87-110; d) – “A cerimônia de casamento é um culto
intercessório e ao um sacramento; nada obsta a que se peça a bênção de Deus sobre os nubentes
legitimamente casados e que busquem essa bênção em nossa Igreja”. CE-85-028; 3) – Casamento de
grávidas. “... O erro de estabelecer relações sexuais antes do casamento não deve privar a pessoa
arrependida de que se ore por um matrimônio; o local da cerimônia será estabelecido por normas de bom
gosto e respeito...”. SC-94-119 in fine. Ver também a Res. CE—87-110; 4) – Membros não casados
civilmente. Reafirmar as decisões SC-86-026 e SC-98-092. Que o item 2 do inciso III aplica-se apenas a
casos excepcionais, quando a parte descrente não consinta na regularização civil. SC-2002-099.
(Observamos que a chamada “união estável”, criada pela CF/88, não é considerada casamento, visto que
sobre a questão, nela se lê “... devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” – Constituição
Federal de 1988, art. 226; 5) – Casamento religioso com efeito civil. (É uma das quatro funções
privativas do Ministro Presbiteriano – CI art. 31-c. A matéria está regulada pela Lei dos Registros Públicos,
nº 6.015/73 e pelo atual Código Civil, arts. 1511/1516 e 1525/1532).
82
CAPÍTULO X - FUNERAIS
Art. 22 - O corpo humano, mesmo após a morte, deve ser tratado com respeito e
decência.
Art. 23 - Chegada a hora marcada para o funeral, o corpo será levado com
decência para o cemitério e sepultado. Durante essas ocasiões solenes, todos os
presentes devem portar-se com gravidade. O oficiante deverá exortá-los a
considerar a fragilidade desta vida e a importância de estarem preparados para a
morte e para a eternidade.
85
CAPÍTULO XVII - DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 44 - Estes Princípios de Liturgia são Lei Constitucional da Igreja Presbiteriana
do Brasil, só reformável nos mesmos trâmites da Constituição.
E, assim, pela autoridade que recebemos, determinamos que estes
Princípios de Liturgia sejam divulgados e fielmente cumpridos em todo o território
da Igreja Presbiteriana do Brasil.
86
ÍNDICE REMISSIVO
AÇÕES DE GRAÇAS: ocasiões para __: 24; quem pode observar __: 25.
BATISMO: dever dos membros de apresentarem seus filhos para o __: 11;
responsabilidade que os pais assumem no ato do - 11 § 1.; quem apresenta a
criança para o __:11 § 2, 3. , 4º ; profissão de fé e __: 12.
BÊNÇÃO MATRIMONIAL: quando pode o ministro invocar a __: 18-19; quando
tem efeito civil a __: 20.
CANDIDATOS: ao santo ministério, licenciatura de __: 31.
CASAMENTO: 18-20, Vide Bênção Matrimonial.
CEIA DO SENHOR: Conselho ou ministro determina época para __: 13; dever dos
Conselhos quanto à participação dos membros na __: 14; distribuição dos
elementos da __: 15; membros de outras igrejas evangélicas que podem participar
da __: 16; elementos da __: 17.
COMISSÃO: de organização de ministros __: 32 § único; __ de organização de
Igreja: 39 § único.
COMUNHÃO: 13-17, ver Ceia do Senhor.
CONSELHO: dever do __ quanto à guarda do domingo: 4; __ marca ocasiões para a
Santa Ceia: 13; dever do __ quanto à participação dos membros na Santa Ceia: 14.
CULTO: INDIVIDUAL e DOMÉSTICO: 9º e 10; __ PÚBLICO: que é o __: 7º; de que
consta o __: 8º; "in memoriam": 8º único.
DIÁCONO: providências do Conselho para orientação e investidura de __: 26;
cerimônia de ordenação e instalação de __: 27ss.; compromisso assumido pelo __:
28-29; compromisso da Igreja na ordenação e investidura de __:30; quando o __ é
reeleito, 30 § 2º.
DIA DO SENHOR: preparo para a guarda do __: 1º uso do __: 2º; o crente e o __: 3º;
dever dos Conselhos e Pastores quanto à guarda do __: 4º .
DOMINGO: 1º - 4º , ver Dia do Senhor.
ELEMENTOS: da Santa Ceia __ ver: Santa Ceia.
ENFERMOS: visitação aos __: 21; quanto é obrigatória a visitação aos __: 21 §
único.
FUNERAIS: ofício religioso nos __: 22-23.
IGREJA: admissão à comunhão com a __: 12; compromisso da __ na ordenação e
investidura de oficiais: 30.
ORGANIZAÇÃO DE: Comunidade ou Presbitério toma iniciativa na __: 39;
Comissão de __: 39 § único; deveres da Comissão de __:40 ss; solenidade de __: 41;
eleição, ordenação e instalação de oficiais na __: 42; livro de atas e rol na __: 42;
posse do pastor na __: 42 § único.
INSTALAÇÃO: de oficiais, 26-30 - Vide Ordenação. - e posse de pastores, 37-38.
JEJUM: ocasiões para __: 24; quem pode observar __: 25.
LICENCIATURA: de candidatos ao Santo ministério __: 31.
87
LITURGIA: Princípios de __ são Lei Constitucional: 44.
MEMBROS: admissão de __ menores: 11; maiores: 12.
MENORES: 11, ver Batismo.
MINISTRO: na Congregação, o __ determina ocasiões para a Santa Ceia: 13;
providências do Presbitério para ordenação de __: 32; comissão especial para
ordenação de __: 32 § único; compromisso da ordenação de __: 33; cerimônia de
ordenação de 33 § único; declaração do presidente na ordenação de __: 34;
parênese a um novo __: 35; __ nomeado para organizar Igreja: 43.
OFÍCIO FÚNEBRE: realização de __: 22-23.
ORDENAÇÃO E INSTALAÇÃO DE OFICIAIS: providências do Conselho para __:
26; cerimônia de __: 27; compromisso na __: 28-29; compromisso da Igreja na __:
30; oficial reeleito, omite-se a ordenação: 30; § 2º;
__
DE MINISTRO: providências do Presbitério para __: 32; comissão especial
para __: 32 § único; compromisso de __: 33; cerimônia de __: 34; parênese na __: 35;
exortação à Igreja na __: 36.
PASTOR: dever do __ quanto à guarda do Dia do Senhor: 4º ; posse e instalação
de __: 37-38; instalação de __ efetivo: 37; renovação dos laços pastorais de __
reeleito: 38; __ recebe da Comissão a Igreja recém-organizada: 42 § único.
POSSE: e instalação de pastores: 37-38.
PRESBÍTEROS: auxiliam na distribuição dos elementos: 15; providências do
Conselho para ordenação e investidura de __: 26; cerimônia de ordenação e
instalação de __: 27 ss; compromisso assumido pelo __: 28, 29; compromisso da
Igreja na ordenação e instalação de __: 30; quando o __ é reeleito, 30 § 2º.
PROFISSÃO DE FÉ: exame para e como ser feita a __ : 12.
SANTA CEIA: 13-17. Ver Ceia do Senhor.
TEMPLO: uso do __ : 5º § único; construção do –: 6º.
VISITAÇÃO: aos enfermos, 21.
88
Parte IV
Estatutos da Igreja
Presbiteriana do Brasil
89
PARTE IV - ESTATUTOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO
BRASIL
CAPÍTULO II - ADMINISTRAÇÃO
Art.2º - A Igreja Presbiteriana do Brasil é representada civilmente por sua
Comissão Executiva, constituída de presidente, vice-presidente, secretário-
executivo e tesoureiro, eleitos pelo Supremo Concílio e dos presidentes dos
Sínodos eclesiásticos que deverão ser brasileiros196.
Parágrafo Único - A Igreja será representada ativa, passiva, judicial e
extrajudicialmente pelo presidente da Comissão Executiva ou por seu
substituto legal em exercício.
Art.3º - A Comissão Executiva do Supremo Concílio rege-se pelo seu regimento
interno e pelas demais leis e regulamentos da Igreja Presbiteriana do Brasil.
196 SC-54-100
90
Art. 5º - Ao vice-presidente que é, normalmente, o presidente da legislatura
anterior, e que tem mandato de quatro anos, compete: substituir o presidente na
falta ou impedimento deste.
Art. 6º - Ao secretário-executivo, eleito por dois quadriênios pelo Supremo
Concílio, compete:
a) Cumprir e fazer cumprir as deliberações do Supremo Concílio e de sua
Comissão Executiva;
b) Secretariar as reuniões da Comissão Executiva e transcrever suas
atas no livro competente;
c) Tratar da correspondência da Igreja197;
d) Substituir o vice-presidente.
Art. 7º - Ao tesoureiro, eleito quadrienalmente pelo Supremo Concílio, compete:
a) Arrecadar as verbas destinadas ao Supremo Concílio;
b) Fazer os pagamentos consignados no orçamento;
c) Manter em dia a escrita respectiva;
d) Prestar contas anualmente, de todo o movimento financeiro do
Supremo Concílio à Comissão Executiva;
e) Informar o Supremo Concílio nas reuniões ordinárias da situação geral
da Tesouraria.
Art. 8º - Os presidentes dos Sínodos Eclesiásticos serão substituídos na forma dos
regimentos sinodais.
CAPÍTULO IV - REUNIÕES
Art. 9º - O Supremo Concílio, referido no § 1º do art. 1º, reunir-se-á ordinariamente
de quatro em quatro anos, em qualquer parte do território nacional.
Parágrafo Único - Extraordinariamente poderá reunir-se em qualquer época,
sempre que for convocado nos termos da Constituição da Igreja.
Art. 10 - A Comissão Executiva reunir-se-á ordinariamente uma vez por ano.
Parágrafo Único - Extraordinariamente reunir-se-á sempre que necessário
e sob convocação do Presidente198.
CAPÍTULO V - BENS
Art. 11 - São bens da Igreja Presbiteriana do Brasil as ofertas, dízimos das Igrejas
filiadas, legados, doações, propriedades, juros e quaisquer rendas permitidas por
lei.
Parágrafo Único - Os rendimentos serão aplicados na manutenção dos
serviços e causas gerais da Igreja e em tudo o que se referir ao
cumprimento dos fins do art. 1º, § 2º. Art. 12 – Os membros da Igreja
Presbiteriana do Brasil respondem com os bens da mesma e não
individual ou subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
197 Idem.
198 SC-70-014 .
91
CAPÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13 - A Igreja Presbiteriana do Brasil poderá dissolver-se na forma da lei, por
voto de 4/5 do total dos membros do
supremo Concílio, reunidos em Assembléia Geral, especialmente convocada para
esse fim.
§ 1º - No caso de cisma ou cisão, os bens da Igreja Presbiteriana do Brasil,
ficam pertencendo à parte fiel a sua Constituição.
§ 2º - No caso de dissolução, os bens da Igreja, liquidado o passivo, serão
aplicados em obras de caridade cristã, segundo o critério da
assembléia que deliberar a dissolução.
Art.14 - Estes estatutos são reformáveis no tocante à administração, por voto de
2/3 dos membros presentes em assembléia do Supremo Concílio.
Art. 15 - São nulas, de pleno direito, quaisquer disposições e resoluções, que, no
todo ou em parte, implícita ou expressamente, contrariarem ou ferirem a
Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil.
92
PARTE V - REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO CONCÍLIO
199 SC-69E-011.
200 2 SC-54-109.
93
§ 1º - O vice-presidente, ressalvado o disposto no art. 67, § 3º, da CI/IPB
será eleito pelo Concílio, no caso de reeleição de Presidente ou
vacância da vice-presidência.
§ 2º - No caso de nenhum nome alcançar maioria absoluta após dois
escrutínios, o Concílio poderá terminar a escolha, limitando os novos
escrutínios aos mais votados.
Art.4 - Empossada a Mesa, o Concílio encerrará a sessão preparatória,
determinando o horário dos trabalhos e votando o primeiro relatório da Comissão
de Exercícios Devocionais (art. 35, alínea “a”).
Parágrafo Único - Da sessão preparatória, lavrar-se-á ata especial.
b) Sessões regulares
Art. 5º - As sessões regulares dividirão o seu trabalho em:
I - EXPEDIENTE
1) Somente serão submetidos à apreciação do concílio documentos
encaminhados pelo plenário dos Sínodos; Presbitérios; Comissões
Especiais; Comissões Permanentes; Secretários de Causas;
Autarquias; Fundações estabelecidas pela Igreja Presbiteriana do
Brasil; Comissão Executiva do Supremo Concílio; Presidente e
Secretário Executivo do Supremo Concílio, nos termos do art. 14 deste
Regimento; representantes do Supremo Concílio em outras entidades,
salvo em casos especiais a critério do plenário. As Comissões; as
Autarquias; as Fundações; os representantes em outras entidades, e
os secretários de causas, somente serão submetidos à apreciação do
Concílio documentos recebidos pelo Secretário Executivo até noventa
dias antes da data fixada para instalação do Concílio201.3
a) A CE-SC/IPB distribuirá esses documentos pelas respectivas
subcomissões, que apresentarão parecer ao SE-SC/IPB no prazo de
um mês;
b) integrarão essas subcomissões membros da CE-SC/IPB e outros por
ela nomeados;
c) O SE reunirá os pareceres e os encaminhará ao plenário do SC para
discussão final202;
2) Nomeação das Comissões de Expediente (art. 35).
3) Registro de comunicações, consultas, propostas e outros papéis. Será
dispensada a leitura destes documentos, devendo, entretanto, a Mesa
mandá-los à publicação no boletim diário, na íntegra ou, quando não
prejudicar a compreensão geral, em resumo.
4) Consideração do disposto no art. 10, letra “g”.
5) Apresentação dos relatórios:
a) Da Comissão Executiva;
201 SC-70-015.
202 SC-54-224/CE-58E-004/CE-59-075.
94
b) Da Tesouraria;
c) Da Secretaria Executiva;
d) Das Secretarias Gerais, autarquias e entidades paraeclesiásticas
(CI/IPB arts. 105 - 107);
e) Das Comissões Permanentes e Especiais, bem como de pessoas
designadas para encargos específicos (CI/IPB art. 99, item 2 e 3).
f) Dos Sínodos.
II - INTERREGNO para o trabalho das Comissões de Expediente.
III - ORDEM DO DIA
1) Discussão e votação dos relatórios das Comissões de Expediente.
2) Eleição:
a) Do Tesoureiro (CI/IPB art. 67 § 1º).
b) Do Secretário Executivo, quando for caso;
c) Dos Secretários Gerais;
d) Das Comissões Permanentes;
e) Dos representantes nas entidades paraeclesiásticas e, quando for
caso, nas autarquias (CI/IPB arts. 105 e 107);
f) Dos componentes do Tribunal do Concílio.
3) Determinação do tempo e lugar da reunião seguinte:
§ 1º - As sessões devem começar e terminar com exercício espiritual
(CI/IPB art. 72).
§ 2º - A ata, publicada no boletim diário, deve ser aprovada, sem leitura, na
sessão regular seguinte, exceto a última, que deve ser lida e aprovada
antes do exercício espiritual do encerramento da reunião.
c) Sessões privativas e interlocutórias.
Art. 6º - Os assuntos reservados tratar-se-ão em sessão privativa, com a presença
exclusiva dos membros do Concílio.
Art. 7º - O Concílio funcionará excepcionalmente em sessão interlocutória.
§ 1º - O Presidente poderá nomear um membro do Concílio para presidir a
sessão.
§ 2º - As deliberações da sessão interlocutória devem ser submetidas ao
plenário, em sessão regular.
a) PRESIDENTE
Art. 8º - Compete ao Presidente:
a) Manter a ordem e encaminhar todas as deliberações do Concílio a um
resultado rápido e conveniente;
b) Sugerir as medidas que lhe parecerem mais regulares e diretas para
levar qualquer matéria à solução final;
c) Anunciar os nomes dos membros a quem for concedida a palavra,
exigindo que se dirijam à Mesa;
95
d) Chamar à ordem o orador que se afastar do assunto;
e) Advertir os que perturbarem a ordem dos trabalhos;
f) Impedir que os membros se retirem da Sessão sem licença da Mesa;
g) Abreviar quanto possível os debates, encaminhando-os à votação;
h) Organizar a ordem do dia para cada sessão;
i) Falar com preferência sobre questões de ordem, decidindo-as ou
submetendo-as, quando julgar conveniente, à decisão do Concílio;
j) Nomear as comissões, salvo no caso de o Concílio preferir indicá-las;
l) Dar o seu voto nos casos de empate.
Parágrafo Único - Quando o presidente for presbítero, as funções
privativas do ministro serão exercidas pelo ministro que o presidente
escolher (CI/IPB art. 67, § 4º).
Art. 9º - A substituição do Presidente, na falta ou impedimento, será na seguinte
ordem:
1) Vice-Presidente;
2) Secretário-Executivo;
3) 1º Secretário;
4) 2º Secretário;
5) 3º Secretário;
6) 4º Secretário;
7) Tesoureiro.
b) SECRETÁRIO EXECUTIVO
Art. 10 - Ao Secretário Executivo compete:
a) Preparar, com antecedência, o rol dos Presbitérios, cujos
representantes serão arrolados no ato da verificação de poderes;
b) Receber dos secretários temporários todos os papéis do Concílio e
conservá-los em boa ordem;
c) Providenciar papéis e outros materiais destinados ao expediente da
reunião;
d) Coordenar os trabalhos dos Secretários Temporários;
e) Assinar com o Presidente, a correspondência que expedir, enquanto o
Concílio estiver reunido;
f) Fazer as anotações nas carteiras de ministro;
g) Apresentar ao Concílio o resumo das atas da última reunião;
h) Preparar modelos de fichas, timbres, certificados, cartas de
transferência e outros papéis, para serem usados uniformemente
pelas Igrejas, Concílios e Autarquias;
i) Estudar e propor à Comissão Executiva o aperfeiçoamento do material
referido na alínea anterior;
j) Encaminhar à Casa Editora Presbiteriana, para publicação e
distribuição, todo o material referido na alínea “a”;
l) Prestar relatório anualmente à Comissão Executiva e quadrienalmente
ao Supremo Concílio.
96
c) SECRETÁRIOS TEMPORÁRIOS
Art. 11 - Compete ao 1º Secretário:
a) Organizar o protocolo dos papéis que forem apresentados ao Concílio
e tê-los em ordem;
b) Entregar o protocolo e documentos ao Secretário Executivo
imediatamente após o encerramento da reunião do Concílio;
c) Lavrar nos respectivos livros os termos de aprovação das atas da sua
Comissão Executiva e dos Sínodos.
Art. 12 - Compete ao 2º Secretário:
a) Redigir as atas do Concílio entregando-as ao Secretário Executivo,
logo após o encerramento das respectivas reuniões;
b) Substituir o 1º Secretário em seus impedimentos.
Art. 13 - Ressalvado o direito de eleger outros secretários temporários (CI/IPB Art. 67), a
Mesa do Supremo Concílio terá ainda:
a) 3º Secretário, a quem compete fazer a inscrição de oradores e a
marcação do tempo. Substituirá o 2º Secretário em seus
impedimentos;
b) 4º Secretário, a quem compete atuar como elemento de ligação entre
a Mesa e as comissões de expediente, bem como dirigir a publicação
do boletim diário. Substituirá o 3º Secretário em seus impedimentos.
d) TESOUREIRO
Art. 14 - Compete ao Tesoureiro informar o Supremo Concílio, nas reuniões
ordinárias, da situação da Tesouraria.
e) SECRETÁRIOS GERAIS
Art. 15 - Compete ao Secretário Geral de Educação Religiosa203:
a) Dirigir os serviços a seu cargo, supervisionando os trabalhos das
escolas dominicais, escolas bíblicas de férias e outros relativos à
pedagogia religiosa;
b) Prestar relatório ao Supremo Concílio204.
Art. 16 - Compete ao Secretário Geral de Estatística:
a) Levantar a estatística completa com todos os dados referentes à obra
da Igreja, em todos os seus aspectos;
b) Organizar mapas minuciosos de Presbitérios, Sínodos e Supremo
Concílio e Campos missionários presbiterianos;
c) Corresponder-se com as autoridades federais de estatística;
d) Prestar relatório ao Supremo Concílio.
Art. 17 - Compete ao Secretário Geral da Mocidade:
a) Orientar, estimular e superintender o trabalho da Mocidade em todo o
campo conciliar;
b) Auxiliar a Confederação da Mocidade e supervisionar o seu jornal
“Mocidade”;
203 A SGER foi transformada em Junta de Educação Religiosa, e esta em Conselho de Educação Cristã e
Publicações (CECEP).
204 SC-94-023-SC-94-142.
97
c) Manter contato com os Secretários Sinodais e Presbiteriais da
Mocidade, a fim de coordenar suas atividades;
d) Servir de elemento de ligação entre o Supremo Concílio e a
Confederação da Mocidade Presbiteriana;
e) Realizar trabalhos que visem o desenvolvimento dos jovens nos
diversos setores de sua vida;
f) Promover a organização da mocidade onde ainda não houver;
g) Prestar relatório anualmente à Comissão Executiva e, quadrienalmente, ao
Supremo Concílio205.
Art. 18 - Competem ao Secretário Geral do Trabalho Feminino, “mutatis mutandis”,
as atribuições do Secretário Geral da Mocidade.
Art. 19 - Compete ao Secretário Geral das Atividades da Infância:
a) Estabelecer, dentro dos moldes e tradições presbiterianos, atividades
apropriadas ao cultivo espiritual da criança;
b) Promover a organização de ligas infantis para o desenvolvimento
social e religioso da criança;
c) Estimular as Igrejas e, por meio dos Conselhos, as organizações
domésticas, a cooperar para o maior proveito das ligas infantis;
d) Promover a publicação de folhetos pedagógicos, para orientação dos
pais, e material adequado de interesse das próprias crianças;
e) Promover cursos de líderes das atividades da infância;
f) Promover reunião de pais e professores de educação religiosa,
juntamente com líderes da educação integral da criança;
g) Prestar relatório anualmente à Comissão Executiva e,
quadrienalmente, ao Supremo Concílio.
Art. 20 - Compete ao Secretário Geral do Trabalho Masculino:
a) Organizar, orientar e estimular o trabalho cristão entre os homens, em
todo o campo conciliar;
b) Organizar sempre que oportuno e possível congressos regionais de
homens, para estudo e oração;
c) Apresentar ao Concílio relatório, dados e informações do trabalho.
Art. 21 - O Concílio poderá manter outros serviços especiais, determinando aos
respectivos secretários os deveres inerentes ao cargo.
CAPÍTULO IV - DO FUNCIONAMENTO
a) Propostas
Art. 23 - As propostas devem ser apresentadas em papel uniforme, fornecido pela
Secretaria Executiva, com a assinatura de pelo menos três deputados.
§ 1º - Toda proposta, original ou em parecer de comissão, deve ser redigida
em forma de resolução.
§ 2º - Recebida uma proposta, a Mesa apor-lhe-á imediatamente o número
de ordem e a remeterá à respectiva comissão,
sem leitura em plenário, à vista do que dispõe o art. 5, itens 1 e 2.
205 SC-58-187.
98
§3º - O autor da proposta terá sempre oportunidade de fundamentá-la
perante a comissão que tiver de dar parecer sobre a mesma.
Art. 24 - O autor da proposta terá a liberdade de retirá-la com o consentimento de
quem a apoiou; se, porém, tiver entrado em discussão só poderá retirá-la com o
consentimento do plenário.
b) Discussão
Art. 25 - As propostas para ficar sobre a mesa, incluir na ordem do dia, levantar a
sessão e votar não sofrem discussão.
§ 1º - Ninguém poderá falar mais de uma vez, nem mais de três minutos,
sobre uma questão de ordem, de adiamento ou de entrega de
qualquer matéria a uma comissão.
§ 2º - Sobre todas as mais questões cada orador pode falar:
a) Durante 5 minutos;
b) Durante 3 minutos, em réplica.
Art. 26 - Quando qualquer matéria estiver em discussão, não se poderá receber
nenhuma outra proposta, salvo para “levantar-se a sessão”, “adiar-se para a ordem
do dia da sessão seguinte”, “ficar sobre a mesa”, “emendar”, “substituir” por outra
proposta sobre o mesmo assunto, “adiar” para data determinada ou “remeter a
uma comissão”.
Art. 27 - Pedida a votação da matéria em debate, o Presidente consultará o
Concílio se está pronto para votar. Se dois terços do plenário responderem
afirmativamente, proceder-se-á à votação, sem mais demora.
Art. 28 - Qualquer matéria poderá ser discutida por partes, mediante proposta.
Art. 29 - As emendas, as subemendas e os substitutivos devem ser votados antes
da proposta original na ordem inversa da em que forem apresentados.
Art. 30 - Nenhuma questão será reconsiderada, na mesma reunião do Concílio,
salvo com o consentimento da maioria dos membros que tenham estado presentes
à sua decisão sob proposta de um que tenha votado com a maioria.
Art. 31 - Um assunto que tenha sido adiado indefinidamente não será apresentado
de novo na mesma reunião do Concílio, salvo com o consentimento de três quartas
partes dos membros que tenham estado presentes à sua decisão.
c) Votação
Art. 32 - A votação será:
a) Ordinariamente, simbólica;
b) Nominal, quando o Concílio assim o deliberar;
c) Por voto secreto nas eleições, na divisão ou fusão de Sínodos e em
casos de grave importância a juízo do Supremo Concílio.
Art. 33 - Têm direito a voto somente os deputados.
§ 1º - Os demais ministros e presbíteros, em encargos ou comissões
determinadas pelo Concílio, gozarão de todos os direitos, menos votar
(CI/IPB art. 66, alínea “b” ).
§ 2º - Quando o Presidente tiver começado a apuração dos votos, ninguém
mais poderá usar da palavra, salvo se tiver havido engano.
99
Art. 34 - A votação dos pareceres das comissões será feita simbolicamente, após
discussão por tempo razoável.
Parágrafo Único - Se a discussão de um parecer alongar-se de maneira a
impedir uma votação rápida, a mesa determinará a volta do papel à
respectiva comissão, com o consentimento do plenário.
d) Comissões e Outras Organizações (CI/IPB arts. 98 - 105, 107).
Art. 35 - Haverá as seguintes Comissões de Expediente (CI/IPB art. 99, alínea l):
a) Exercícios devocionais, composta de preferência do pastor e do
presbítero da Igreja em que se reunir o Concílio;
b) Exame dos livros de atas dos Sínodos e Comissão Executiva do
Supremo Concílio;
c) Exame dos relatórios sinodais;
d) Exame dos relatórios de Juntas e Comissões Permanentes;
e) Exame dos relatórios das Secretarias Gerais;
f) Exame dos relatórios das autarquias;
g) Estado religioso;
h) Legislação e Justiça;
i) Diplomacia;
j) Orientação econômica ou financeira;
l) Educação Teológica;
m) Consultas;
n) Indicações.
§ 1º - Pode o Concílio nomear outras comissões para o estudo de casos
especiais.
§ 2º - O primeiro nomeado de uma comissão será o seu presidente. A este
compete distribuir a matéria de sua comissão por diversos relatores.
Os pareceres que obtiverem maioria em uma Comissão, serão
assinados por todos os membros e assim enviados à publicação,
podendo os contrários acrescentar “vencido” à sua assinatura.
§ 3º - Caso o parecer de um relator não alcance maioria na respectiva
comissão, o Presidente designará outro relator para a matéria.
§ 4º - Para o fim de publicidade todos os presidentes de comissões deverão
entregar os respectivos pareceres à Mesa, a tempo de serem
publicados e no boletim do dia imediato.
Art. 36 - Além da Comissão Executiva, que se dirige por Regimento Interno
próprio, o Concílio mantém Comissões Permanentes, Secretarias Gerais,
Entidades, Autarquias e Conselhos.
Art. 37 - O Concílio elegerá, quando for o caso, representantes seus para as
autarquias e junto às entidades paraeclesiásticas.
Art. 38 - Nenhum membro ocupar-se-á em conversa particular enquanto o Concílio
estiver discutindo ou deliberando.
Art. 39 - Os membros do Concílio que desejarem discutir os pareceres deverão
inscrever-se previamente.
Art. 40 - Os membros do Supremo Concílio deverão falar de pé, dirigindo-se ao
Presidente e referir-se aos seus colegas com a máxima cortesia e respeito.
100
Art. 41 - Nenhum orador poderá ser interrompido, salvo se estiver fora de ordem
ou com o fim de corrigir-se qualquer engano.
Parágrafo Único - Os apartes, entretanto, serão permitidos com o consentimento
da Mesa e do orador.
Art. 42 - Nenhum membro poderá retirar-se das sessões, sem licença da Mesa.
Parágrafo Único - Caso tenha de retirar-se definitivamente, pedirá o
consentimento do Concílio.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 43 – A quebra do decoro conciliar por qualquer membro do concílio, poderá
resultar em sua exclusão do rol de membros do concílio, a juízo da mesa, pelo voto
unânime de seus integrantes.
Parágrafo Único – Na eventualidade de exclusão de membro do concílio
acima previsto, será convocado seu suplente, sem prejuízo de
processo eclesiástico que se possa instaurar tanto contra o delegado
excluído como contra o Presbitério, comissão ou Autarquia que o
enviou ao concílio206.
a) Casos omissos
Art. 44 - Os casos omissos devem ser resolvidos pelo Concílio, de acordo com as
regras e praxes presbiterianas.
b) Reforma
Art. 45 - Este regimento poderá ser reformado por voto de dois terços dos
membros presentes a uma reunião do Supremo Concílio.
206 SC-70-015.
101
PARTE VI - REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO EXECUTIVA
DO SUPREMO CONCÍLIO
207 CE-57-139.
208 SC-58-127.
104
for aplicável, ao Regimento Interno do Supremo Concílio.
Art. 12 - A mesa designará tantas subcomissões quantas forem necessárias para
o expediente da reunião.
§ 1º - Cada subcomissão se comporá de dois membros, no mínimo,
funcionando semelhantemente às Comissões de expediente dos
Concílios (CI/IPB art. 99, item 1).
§ 2º - Os assuntos referentes a contas, orçamento e finanças serão
remetidos exclusivamente à primeira subcomissão209.
§ 3º - Na ausência dos representantes sinodais, poderão ser convidados
pela mesa para funcionar nas subcomissões, sem direito a voto, os
secretários de trabalhos especiais, os presidentes e relatores de
comissões permanentes ou especiais, os representantes de autarquias
e entidades paraeclesiásticas e, na ausência destes, quaisquer
ministros ou presbíteros da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Art. 13 - A mesa poderá designar vogais para o protocolo e outros serviços.
Art. 14 - Os secretários de trabalhos especiais, os presidentes e relatores de
comissões permanentes ou especiais e os representantes de autarquias e
entidades paraeclesiásticas poderão discutir, nas reuniões da Comissão
Executiva, os assuntos dos respectivos serviços sem direito a voto.
Parágrafo Único - Os eleitos ou nomeados para as funções especificadas
neste artigo só poderão tomar assento nas reuniões da CE-SC/IPB
depois de apresentarem relatório de suas atividades relativas ao ano
anterior210.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18 - Os casos omissos devem ser resolvidos pela Comissão Executiva de
acordo com as regras e praxes presbiterianas.
Art. 19 - Este regimento poderá ser reformado por voto de dois terços dos
membros presentes a uma reunião do Supremo Concílio.
106
PARTE VII - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA OS
SÍNODOS
107
Art. 4º – A Presidência do Sínodo será preferentemente alternada, sucedendo um
Presbítero regente a um Ministro, e um Ministro ao Presbítero Regente. É permitida
reeleição até ao exercício de, no máximo três mandatos consecutivos 211.
Art. 5º - Empossada a Mesa, o Concílio encerrará a sessão preparatória,
determinando o horário dos trabalhos e votando o primeiro relatório da Comissão
de Exercícios Devocionais (art. 28, alínea “a”).
Parágrafo Único - Da sessão preparatória lavrar-se-á ata especial.
b) Sessões regulares
Art. 6º - As sessões dividirão o seu trabalho em:
I - EXPEDIENTE
1) Apresentação pelos Presbitérios dos motivos da ausência à reunião anterior. 2)
Nomeação das comissões de Expediente (art. 28).
3) Apresentação de comunicações, consultas, propostas e outros papéis. Será
dispensada a leitura destes documentos sempre que o Concílio dispuser de meios
de informação como boletins, cópias mimeografadas ou outras.
4) Consideração do disposto no art. 10, alínea “g”.
5) Leitura dos relatórios:
a) Da comissão Executiva;
b) Da Tesouraria;
c) Das Secretarias especiais (CI/IPB art. 106, § 1º);
d) De Comissões permanentes e especiais, bem como de pessoas
designadas para encargos específicos (CI/IPB art. 99, itens 2 e 3);
e) Dos Presbitérios.
II - INTERREGNO: para o trabalho das Comissões de Expediente.
III - ORDEM DO DIA
1) Discussão e votação dos relatórios das Comissões de Expediente.
2) Eleição:
a) Do Tesoureiro (CI/IPB art. 67 § 1º);
b) Dos Secretários de trabalhos especiais (CI/IPB art. 106);
c) De comissões permanentes e especiais, bem como de pessoas
designadas para encargos específicos (CI/IPB art. 99, itens 2 e 3);
d) Dos componentes do Tribunal do Concílio.
3) Determinação do tempo e lugar da reunião seguinte.
§ 1º - As sessões devem começar e terminar com exercício espiritual
(CI/IPB Art.72).
§ 2º - As atas de verificação de poderes e da sessão preparatória serão
lidas e aprovadas na primeira sessão regular; a de cada sessão
regular deve ser lida e aprovada antes do exercício espiritual do
encerramento da reunião.
c) Sessões Privativas e Interlocutórias
211 SC-74-004.
108
Art. 7º - Os assuntos reservados tratar-se-ão em sessão privativa, com a presença
exclusiva dos membros do Concílio.
Art.8º - O Concílio funcionará excepcionalmente em sessão interlocutória.
§ 1º - O Presidente poderá nomear um membro do Concílio para presidir a
sessão.
§ 2º - As deliberações da sessão interlocutória devem ser submetidas ao
plenário, em sessão regular.
b) Secretário Executivo
Art. 11 - Ao Secretário Executivo compete:
a) Preparar com antecedência, o rol dos Presbitérios jurisdicionados,
cujos representantes serão arrolados no ato da
verificação de poderes;
109
b) Arquivar todos os papéis do Concílio e conservá-los em boa ordem;
c) Transcrever em livros, conforme com o modelo oficial, as atas do
Concílio e de sua Comissão Executiva;
d) Fazer toda a correspondência oficial do Concílio, publicando com a
maior brevidade possível no órgão oficial o resumo das atas;
e) Assinar, com o Presidente, a correspondência do Concílio, durante a
reunião;
f) Fazer as anotações nas carteiras de ministro;
g) Apresentar ao Concílio o resumo das atas da última reunião do Sínodo
e Supremo Concílio;
h) Redigir, sob a orientação do Presidente, o relatório da Comissão
Executiva;
i) Informar a Comissão Executiva dos trabalhos que o plenário
determinou que fossem executados;
j) Executar as deliberações do plenário e da Comissão Executiva, exceto
as que forem especificamente atribuídas a uma
pessoa ou comissão.
c) Secretários Temporários
Art. 12 - Compete ao 1º Secretário:
a) Organizar o protocolo dos papéis que forem apresentados ao Concílio
e tê-los em ordem;
b) Entregar o protocolo e documentos ao Secretário Executivo
imediatamente após o encerramento da reunião do Concílio;
c) Lavrar nos respectivos livros os termos de aprovação das atas da
Comissão Executiva e dos Presbitérios;
d) Substituir o Secretário Executivo, em seu impedimento.
Art. 13 - Compete ao 2º Secretário:
a) Redigir e ler as atas do Concílio e sua Comissão Executiva,
entregando-as ao Secretário Executivo, logo após o encerramento das
respectivas reuniões;
b) Substituir o 1º Secretário, em seu impedimento.
Art. 14 - No caso de haver outros Secretários temporários, compete-lhes exercer
os encargos atribuídos pelo Concílio.
d) Tesoureiro
Art. 15 - Compete ao Tesoureiro:
a) Arrecadar as verbas orçadas pelo plenário e as ofertas destinadas ao
Concílio;
b) Fazer os pagamentos orçados pelo Concílio;
c) Manter em dia a escrita respectiva;
d) Apresentar periodicamente balancete à Comissão Executiva;
e) Prestar contas ao Concílio nas reuniões ordinárias;
f) Velar pela fiel execução do orçamento de receita.
e) Secretários de Trabalhos Especiais
110
Art. 16 - O Concílio poderá manter serviços especiais, determinando aos
respectivos secretários os deveres inerentes ao cargo.
CAPÍTULO IV - DO FUNCIONAMENTO
a) Propostas
Art. 17 - As propostas devem ser apresentadas por escrito, em papel uniforme,
fornecido pela Secretaria Executiva.
§ 1º - Toda proposta, original ou em parecer de Comissão, deve ser
redigida em forma de resolução.
§ 2º - Uma vez lida e apoiada, terá o proponente a palavra para
fundamentá-la.
Art. 18 - O autor da proposta terá a liberdade de retirá-la com o consentimento de
quem a apoiou; se, porém, tiver entrado em discussão, só poderá retirá-la com o
consentimento do plenário.
b) Discussão
Art. 19 - As propostas para ficar sobre a mesa, incluir na ordem do dia, levantar a
sessão e votar não sofrem discussão.
§ 1º - Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre uma questão de ordem,
de adiamento e de entrega de qualquer matéria a uma comissão.
§ 2º - Sobre todas as mais questões cada membro pode falar duas vezes e,
mais de duas, com o consentimento expresso do plenário.
Art. 20 - Quando qualquer matéria estiver em discussão, não se poderá receber
nenhuma outra proposta, salvo para “levantar-se a sessão”, “adiar-se para a ordem
do dia da sessão seguinte”, “ficar sobre a mesa”, “emendar”, “substituir” por outra
proposta sobre o mesmo assunto, “adiar” para data determinada ou “remeter” a
uma comissão.
Art. 21 - Pedida a votação da matéria em debate, o Presidente consultará o
Concílio se está pronto para votar. Se dois terços do plenário responderem
afirmativamente, proceder-se-á à votação, sem mais demora.
Art. 22 - Qualquer matéria poderá ser discutida por partes, mediante proposta.
Art. 23 - As emendas, as subemendas e os substitutivos devem ser votados antes
da proposta original na ordem inversa da em que forem apresentados.
Art. 24 - Nenhuma questão será reconsiderada na mesma reunião do Concílio,
salvo com o consentimento da maioria dos membros que tenham estado presentes
à sua decisão, sob proposta de um que tenha votado com a maioria.
Art. 25 - Um assunto que tenha sido adiado indefinidamente não será apresentado
de novo na mesma reunião do Concílio, salvo com o consentimento de três quartas
partes dos membros que tenham estado presentes à sua decisão.
c) Votação
Art. 26 - A votação será:
a) Ordinariamente simbólica;
111
b) Nominal, quando o Concílio assim o deliberar;
c) Por voto secreto nas eleições, divisão ou fusão de Presbitérios e, em
casos de grave importância, a juízo do Sínodo.
Art. 27 - Têm direito a voto todos os membros efetivos.
Parágrafo Único - Os demais ministros e presbíteros, em encargos ou
comissões determinadas pelo Concílio, gozarão de todos os direitos,
menos votar (CI/IPB art. 66, alínea “b”).
Art. 28 - Quando o Presidente tiver iniciado a apuração dos votos, ninguém mais
poderá usar da palavra, salvo se tiver havido engano.
Parágrafo Único - A mesma regra será observada na execução dos arts.
20 e 22.
DISPOSIÇÕES FINAIS
a) Casos omissos
Art. 35 - Os casos omissos devem ser resolvidos pelo Concílio, de acordo com as
regras e praxes presbiteriais.
b) Reuniões
Art. 36 - As reuniões ordinárias do Sínodo serão sempre na 1ª quinzena de julho
dos anos ímpares.
c) Reformar
Art. 37 - Este Regimento aprovado pelo Supremo Concílio, só pode ser reformado,
por proposta do Sínodo, submetida à aprovação do referido Concílio.
113
PARTE VIII - MODELO DE ESTATUTOS PARA O PRESBITÉRIO
114
Art. 12 - O Presidente será substituído na falta ou impedimento, pelos membros de
sua mesa, na seguinte ordem: vice-presidente, secretário-executivo, 1º secretário,
2º secretário e tesoureiro.
Art. 13 - Estes Estatutos são reformáveis no todo ou em parte, por proposta e voto
de 2/3 (dois terços) dos membros do Presbitério em reunião especialmente
convocada.
Art. 14 - São bens do Presbitério as ofertas, legados, doações, juros e o
patrimônio das organizações que lhes são subordinadas enquanto não se
constituírem em pessoas jurídicas.
Art. 15 - Os membros do Presbitério respondem com os bens deste e não
individual ou subsidiariamente pelas obrigações sociais.
Art. 16 - O Presbitério poderá extinguir-se na forma da legislação em vigor, por
determinação do Sínodo eclesiástico a que se subordina.
§ 1º - No caso de dissolução do Presbitério, liquidado o passivo, os bens
remanescentes passarão a pertencer à Igreja Presbiteriana do Brasil.
§ 2º - No caso de cisma ou cisão, os bens do Presbitério ficam pertencendo
à parte fiel à Igreja Presbiteriana do Brasil e sendo total o cisma
reverterão os bens à parte que ficar fiel à referida Igreja, desde que
esta permaneça fiel às Escrituras do Velho e Novo Testamentos e à
Confissão de Fé.
Art. 17 - O funcionamento do Presbitério e da Comissão Executiva e a execução
dos respectivos serviços serão regulados em Regimento Interno.
Art. 18 - São nulas de pleno direito quaisquer disposições que, no todo ou em
parte, implícita ou expressamente, contrariem a Constituição da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
115
PARTE IX - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA OS
PRESBITÉRIOS
a) Sessão Preparatória
Art. 2º - Havendo quorum, o Presidente declarará instalada a reunião e dará início
aos trabalhos com exercício espiritual (CI/PB art. 72).
Parágrafo Único -Se não houver quorum, o Presidente adiará a instalação até
haver número legal.
Art. 3º - Após o exercício espiritual, proceder-se-á por voto secreto, à eleição da
nova Mesa, de conformidade com a CI/IPB art. 67 e seus parágrafos.
§ 1º - O vice-presidente, ressalvado o disposto no art. 67 § 3º, da
Constituição, será eleito pelo Concílio, no caso de reeleição do
Presidente ou vacância da vice-presidência.
§ 2º - No caso de nenhum nome alcançar maioria absoluta após dois
escrutínios, o Concílio poderá terminar a escolha, limitando s novos
escrutínios aos mais votados.
116
Art. 4º - Empossada a Mesa, o Concílio encerrará a sessão preparatória,
determinando o horário dos trabalhos e votando o primeiro relatório da Comissão
de Exercícios Devocionais (art. 31, alínea “a”).
Parágrafo Único - Da sessão preparatória, lavrar-se-á ata especial.
b) Sessões Regulares
Art. 5º - As sessões regulares dividirão o seu trabalho em:
I - EXPEDIENTE:
1) Apresentação dos motivos de ausência durante a reunião anterior e aos
Concílios superiores.
2) Nomeação das comissões de Expediente (art. 31).
3) Apresentação de comunicações, consultas, propostas e outros papéis. Será
dispensada a leitura destes documentos sempre que o Concílio dispuser de meios
de informação como boletins, cópias mimeográficas ou outras.
4) Consideração do disposto no art. 10, alínea “g”.
5) Leitura dos relatórios:
a) Da Comissão Executiva;
b) Da Tesouraria;
c) Das Secretarias de Educação Religiosa, Trabalho Feminino, Trabalho
da Mocidade e outras (CI/IPB art. 106 § 1º);
d) De comissões permanentes e especiais, bem como de pessoas
designadas para encargos especiais;
e) Dos ministros. Estes relatórios conterão informes quanto ao número
de pregações, sacramentos ministrados, cerimônias presididas,
trabalhos em comissões e diretorias, comparecimentos a sociedades
domésticas e outras, entrevistas, visitas, correspondência e
colaboração literária:
f) Dos conselhos (CI/IPB art. 68).
II - INTERREGNO para o trabalho das Comissões de Expediente.
III - ORDEM DO DIA:
1) Discussão e votação dos relatórios das Comissões de Expediente.
2) Eleição:
a) do Tesoureiro (CI/IPB art. 67 § 1º);
b) dos Secretários de Educação Religiosa, Trabalho Feminino, Trabalho
da Mocidade e outros (CI/IPB art. 106);
c) De comissões permanentes e especiais, bem como de pessoas
designadas para encargos específicos (CI/IPB art. 99, itens 2 e 3);
d) Dos delegados e suplentes ao sínodo (CI/IPB art. 89);
e) Do representante e suplente na Diretoria do Seminário e dos
deputados e suplentes ao Supremo Concílio (CI/IPB art. 90).
3) Posse dos ministros em seus respectivos campos.
4) Determinação do tempo e do lugar da reunião seguinte.
§ 1º - As sessões devem começar e terminar com exercício espiritual
(CI/IPB Art.72).
§ 2º - As atas da verificação de poderes e da sessão preparatória serão
117
lidas e aprovadas na primeira sessão regular; a de cada sessão
regular deve ser lida e aprovada na sessão seguinte, exceto a última,
que deve ser lida e aprovada antes do exercício espiritual do
encerramento da reunião.
c) Secretários Temporários
Art. 11 - Compete ao 1º Secretário:
a) Organizar o protocolo dos papéis que forem apresentados ao Concílio
e tê-los em ordem;
b) Entregar o protocolo e os documentos ao Secretário Executivo
imediatamente após o encerramento da reunião do Concílio;
c) Lavrar nos respectivos livros os termos de aprovação das atas dos
Conselhos, dos registros das Congregações do Presbitério e da
Comissão Executiva;
d) Substituir o Secretário Executivo em seus impedimentos.
Art. 12 - Compete ao 2º Secretário:
a) Redigir e ler as atas do Concílio e sua Comissão Executiva,
entregando-as ao Secretário Executivo, logo após o encerramento das
respectivas reuniões;
b) Substituir o 1º Secretário em seus impedimentos.
Art. 13 - No caso de haver outros Secretários temporários, compete-lhes exercer
os encargos atribuídos pelo Concílio.
d) Tesoureiro
Art. 14 - Compete ao Tesoureiro:
119
a) Arrecadar as verbas orçadas pelo plenário e as ofertas destinadas ao
Concílio;
b) Fazer os pagamentos orçados pelo Concílio;
c) Manter em dia a escrita respectiva;
d) Apresentar periodicamente balancete à Comissão Executiva;
e) Prestar contas ao Concílio nas reuniões ordinárias;
f) Velar pela fiel execução da receita orçada.
CAPÍTULO IV - DO FUNCIONAMENTO
a) Propostas
Art. 19 - As propostas devem ser apresentadas por escrito, em papel uniforme,
fornecido pela Secretaria Executiva.
§ 1º - Toda proposta, original ou em parecer de Comissão, deve ser
redigida em forma de resolução.
§ 2º - Uma vez lida e apoiada, terá o proponente a palavra para
fundamentá-la.
Art.20 - O autor da proposta terá a liberdade de retirá-la com o consentimento de
quem a apoiou; se, porém, tiver entrado em discussão só poderá retirá-la com o
consentimento do plenário.
b) Discussão
Art. 21 - As propostas para ficar sobre a mesa, incluir na ordem do dia, levantar a
sessão e votar, não sofrem discussão.
§ 1º - Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre uma questão de ordem,
120
de adiamento e de entrega de qualquer matéria a uma comissão.
§ 2º - Sobre todas as de mais questões cada membro pode falar duas
vezes e, mais de duas, com o consentimento expresso do plenário.
Art. 22 - Quando qualquer matéria estiver em discussão, não se poderá receber
nenhuma outra proposta, salvo para “levantar-se a sessão”, “adiar-se para a ordem
do dia da sessão seguinte”, “ficar sobre a mesa”, “emendar”, “substituir por outra
proposta sobre o mesmo assunto”, “adiar” para data determinada ou “remeter a
uma comissão”.
Art. 23 - Pedida a votação da matéria em debate, o Presidente consultará o
Concílio se está pronto para votar. Se dois terços do plenário responderem
afirmativamente, proceder-se-á à votação, sem mais demora.
Art. 24 - Qualquer matéria poderá ser discutida por partes.
Art. 25 - As emendas, as subemendas e os substitutivos devem ser votados antes
da proposta original na ordem inversa daquela em que forem apresentados.
Art. 26 - Nenhuma questão será reconsiderada, na mesma reunião do Concílio,
salvo com o consentimento da maioria dos membros que tenham estado presentes
à sua decisão, sob proposta de um que tenha votado com a maioria.
Art. 27 - Um assunto que tenha sido adiado indefinidamente não será apresentado
de novo na mesma reunião do Concílio, salvo com o consentimento de três quartas
partes dos membros que tenham estado presentes à sua decisão.
c) Votação
Art. 28 - A votação será:
a) Ordinariamente simbólica:
b) Nominal, quando o Concílio assim o deliberar;
c) Por voto secreto, nas eleições, na admissão, licenciatura e ordenação
de candidatos ao ministério, na recepção de ministros e em casos de
grave importância, a juízo do Concílio.
Art. 29 - Têm direito a voto os ministros que estejam no exercício efetivo de ofício
ministerial (no pastorado e no funcionalismo da Igreja Presbiteriana do Brasil) e os
presbíteros representantes das Igrejas.
Parágrafo Único - Os ministros em licença para tratar de interesses
particulares, ou para entregar-se a obras estranhas à Igreja
Presbiteriana do Brasil, e os presbíteros em encargos ou comissões
determinados pelo Concílio, gozarão de todos os direitos, menos votar
(CI/IPB art. 66, alínea “b”).
Art. 30 - Quando o Presidente tiver começado a apuração dos votos ninguém mais
poderá usar da palavra, salvo se tiver havido engano.
Parágrafo Único - A mesma regra será observada na execução dos artigos
23 e 25.
e) Ordem parlamentar
Art. 33 - Nenhum membro se ocupará em conversa particular, enquanto o Concílio
estiver discutindo ou deliberando.
Art. 34 - Se mais de um membro pedir a palavra ao mesmo tempo, obtê-la-á
primeiro o que estiver mais distante da cadeira do Presidente.
Art. 35 - Os membros do Concílio deverão dirigir-se ao Presidente e referir-se aos
seus colegas com a máxima cortesia e respeito.
Art. 36 - Nenhum orador poderá ser interrompido, salvo se estiver fora de ordem,
ou com o fim de corrigir-se qualquer engano.
Parágrafo Único - Os apartes, entretanto, serão permitidos com o
consentimento da Mesa e do orador.
122
Art. 37 - Nenhum membro poderá retirar-se das sessões, sem licença da Mesa.
Parágrafo Único - Caso tenha de retirar-se definitivamente, pedirá o
consentimento do Concílio.
DISPOSIÇÕES FINAIS
a) Casos omissos
Art. 38 - Os casos omissos devem ser resolvidos pelo Concílio, de acordo com as
regras e praxes presbiterianas.
b) Reforma
Art. 39 - Este Regimento, aprovado pelo Sínodo, só pode ser reformado por
proposta do Presbitério, submetida à aprovação do respectivo Sínodo.
123
PARTE X - INFORMAÇÕES DO PRESBITÉRIO À SECRETARIA
EXECUTIVA DO SUPREMO CONCÍLIO
1 - GERAIS
a) Presbitério;
b) Sínodo;
c) As informações referem-se ao ano corrente de 19... e dadas após a
reunião do Presbitério e fornecidas pelo Secretário Executivo do
Presbitério.
2 - DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO
A) Campos de Atividades:
1) Igrejas e Congregações de Igrejas e respectivos endereços postais.
2) Congregações do Presbitério e respectivos endereços postais.
B) Ministro ou Evangelista leigo:
Nome, precedido de "Rev." ou "Evang. "e respectivos endereços postais.
3 - ALTERAÇÕES NO CAMPO
1) Novas Igrejas e Congregações.
2) Igrejas e Congregações dissolvidas.
125
11 - Lápis diversos.
12 - Pastas para os papéis das Comissões.
13 - Mata-borrão. Onde for possível, muito auxiliará uma máquina de
escrever. É uma necessidade ter tinteiro que não se entorne
facilmente, com base larga.
126
PARTE XI - MODELO DE ESTATUTOS PARA UMA IGREJA
LOCAL
CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E DURAÇÃO
Art. 1º - A Igreja Presbiteriana de ............ é uma sociedade religiosa constituída de
crentes em Nosso Senhor Jesus Cristo, com sede em................... e foro civil em
............, organizada de conformidade com a Constituição da Igreja Presbiteriana
do Brasil, tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e verdade, pregar o
Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e ensinar
os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras do Antigo e Novo
Testamentos, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos
princípios de fraternidade cristã e o crescimento de seus membros na graça e no
conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Parágrafo Único - A Igreja funciona por tempo indeterminado.
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO CIVIL E DA REPRESENTAÇÃO
Art. 2º - A administração civil da Igreja compete ao Conselho, que se compõe de
pastor, ou pastores, e dos presbíteros.
§ 1º - O Conselho, quando julgar conveniente, poderá consultar os
diáconos sobre questões administrativas, ou incluí-los pelo tempo que
julgar necessário, na administração civil.
§ 2º - A administração civil só poderá reunir-se e deliberar estando presente
a maioria dos seus membros e nesse número a maioria dos
presbíteros.
§ 3º - Será ilegal qualquer reunião do Conselho, sem convocação pública
ou individual de todos os membros, com tempo bastante para o
comparecimento.
§ 4º - O Conselho elegerá anualmente um vice-presidente, um ou mais
secretários e um tesoureiro, sendo este de preferência oficial da Igreja.
Art. 3º - A presidência do Conselho compete ao pastor; se a Igreja tiver mais de
um pastor, exercerão a presidência alternadamente, salvo outro entendimento.
Parágrafo Único - O presidente ou o seu substituto em exercício
representará a Igreja ativa, passiva, judicial e extra-judicialmente.
127
CAPÍTULO III
DA ASSEMBLÉIA
CAPÍTULO IV
DOS BENS E DOS RENDIMENTOS E SUA APLICAÇÃO
128
Art. 8º - São bens da Igreja ofertas, dízimos, doações, legados, bens móveis ou
imóveis, títulos, apólices, juros e quaisquer outras rendas permitidas por lei.
Parágrafo Único - Os rendimentos serão aplicados na manutenção dos
serviços religiosos e no que for necessário ao cumprimento dos fins da
Igreja.
Art. 9º - Os membros da Igreja respondem com os bens desta e não individual ou
subsidiariamente, pelas obrigações por ela contraídas.
Art. 10 - O tesoureiro da Igreja responde com seus bens, havidos e por haver,
pelas importâncias sob sua responsabilidade.
§ 1º - O tesoureiro depositará em casa bancária de escolha do Conselho as
importâncias sob sua guarda desde que estas sejam superiores a R$...
§ 2º - As contas bancárias serão movimentadas com a assinatura do
presidente e do tesoureiro.
CAPÍTULO V
DA COMISSÃO DE EXAME DE CONTAS
Art. 11 - O Conselho nomeará, anualmente, uma comissão de exame de contas da
tesouraria, composta de três pessoas.
§ 1º - A escolha poderá recair sobre quaisquer membros da Igreja.
§ 2º - O tesoureiro fornecerá a essa comissão, de três em três meses e
ainda no fim de cada exercício, um balancete da tesouraria,
acompanhada de todos os livros e comprovantes, inclusive contas
bancárias.
§ 3º - A comissão de exame de contas, por sua vez, prestará relatório ao
Conselho de três em três meses e ainda um relatório geral do
exercício findo, relatórios esses que devem vir acompanhados dos
balancetes da tesouraria.
CAPÍTULO VI
DO PATRIMÔNIO EM CASO DE CISMA OU DISSOLUÇÃO
Art. 12 - A Igreja poderá extinguir-se na forma de legislação em vigor, por
determinação do Presbitério a que se subordina.
§ 1º - No caso de dissolução da Igreja, liquidado o passivo, os bens
remanescentes passarão a pertencer ao Presbitério sob cuja jurisdição
estiver.
§ 2º - No caso de cisma ou cisão, os bens da Igreja passarão a pertencer à
parte fiel à Igreja Presbiteriana do Brasil; e sendo total o cisma,
reverterão os bens ao Presbitério a que estiver jurisdicionada.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 13 - Estes Estatutos são reformáveis mediante proposta estudada pelo
Conselho, aprovada em primeiro turno por uma assembléia geral convocada
especialmente para o fim, aprovada em segundo turno pelo Presbitério a que se
129
subordina esta Igreja e em terceiro turno, de sanção, por nova assembléia geral da
Igreja.
Art. 14 - São nulas de pleno direito quaisquer disposições, que, no todo ou em
parte, implícita ou expressamente, contrariarem ou ferirem a Constituição da Igreja
Presbiteriana do Brasil.
NOTAS
1) As Igrejas antigas deverão redigir assim o art.1º: art.1º - A Igreja Presbiteriana
de..., anteriormente denominada ..., é uma comunidade, etc, etc.
2) O quorum referido no art. 6º poderá ser fixado pela Igreja, de acordo com as
circunstâncias locais no momento da aprovação dos estatutos.
3) Relativamente à movimentação de contas bancárias é facultado às Igrejas
adaptar o § 2º do art. 10 às circunstâncias locais.
4) Incluir, onde convier: Artigos nas reuniões do Conselho, em que tomarem parte
os diáconos, só se tratará de matéria civil.
130
PARTE XII - MODELO DE REGIMENTO INTERNO PARA A JUNTA
DIACONAL
DEFINIÇÃO
Art. 1º - A Junta Diaconal constituída de todos os diáconos da Igreja (CI/IPB art.
83, alínea “g” ) coordena as funções estabelecidas na CI/IPB art. 53 e rege-se pelo
presente regimento (CI/IPB art. 58).
FINALIDADE
Art. 2º - Compete à Junta Diaconal coletivamente e aos diáconos individualmente:
a) Tomar conhecimento da existência de necessitados principalmente
entre os membros da Igreja, visitá-los, instruí-los e confortá-los
espiritualmente, bem como auxiliá-los nas suas necessidades dentro
das possibilidades da Igreja, examinando cautelosamente a fim de
verificar a real existência das necessidades alegadas;
b) Dispor para esses fins dos recursos votados pelo Conselho e das
ofertas especiais. Determinar no início de cada ano a quantia máxima
que o diácono poderá aplicar individualmente, por mês, no socorro
urgente do necessitado;
c) Examinar os casos de pretensões a lugares gratuitos em hospitais e
orfanatos recomendando ou não a assistência pretendida;
d) Tomar conhecimento da existência de enfermos, entre membros e
aderentes da Igreja, visitá-los e confortá-los em caso de necessidade;
e) Comunicar aos presbíteros e ao pastor a existência e as condições
dos enfermos;
f) Manter em dia com meticuloso cuidado a lista e os endereços das
pessoas que estão recebendo auxílio da Junta;
g) Recolher as ofertas dos membros e amigos da Igreja, contá-las e
encaminhá-las imediata e diretamente à tesouraria;
h) Dar todo o apoio coletivo e assegurar o apoio individual dos diáconos
aos planos econômicos ou financeiros adotados pelo Conselho da
Igreja de modo que sejam propagados com entusiasmo e realizados
com toda a eficiência;
i) Verificar se estão em ordem as cousas referentes ao culto como
também os objetos da Santa Ceia e do batismo e recolhimento das
ofertas;
j) Observar a ordem conveniente nos pátios e arredores do templo desde
a rua até as dependências internas;
l) Evitar, de modo absoluto, que haja reuniões em outras salas ou
palestras entre membros da Igreja ou simples assistentes, dentro do
templo ou nos pátios, durante as horas de culto.
131
MÉTODOS
Art. 3º - A Junta Diaconal executará as suas funções de acordo com os seguintes
princípios:
a) Reunir-se-á uma vez por mês ou, no mínimo, de três em três meses,
para ouvir a leitura da ata de reunião anterior e relatório dos diáconos,
estudar a situação da obra diaconal, consertar planos, etc;
b) A diretoria da Junta Diaconal compor-se-á de presidente, vice-
presidente e secretário, eleitos anualmente;
c) A Junta organizará escalas de diáconos para o recolhimento das
ofertas e para os demais serviços da sua competência;
d) Estudar e sugerir ao Conselho planos de movimentos especiais, para
reforço da receita anual;
e) Para os trabalhos fora do templo como visitas, investigações dos
necessitados, etc, devem os diáconos, de preferência, ser enviados de
dois a dois;
f) Sempre que o ambiente o permitir os diáconos, nas visitas, deverão
orar e ler trechos da Palavra de Deus, como também instruir os
crentes sobre o privilégio da contribuição;
g) Enviar trimestralmente ao Conselho relatório de suas visitas e outras
atividades;
h) Enviar anualmente o livro de atas e o relatório geral para apreciação e
aprovação do Conselho.
132
PARTE XIII - LIVRO DE ATAS DOS CONCÍLIOS
REGULAMENTO GERAL
I - Livro Apropriado
1º - No livro em que forem escritas as atas do Conselho da Igreja, após a
última ata lavrada, antes da reunião ordinária do Presbitério, far-se-á o
registro da estatística do movimento espiritual e do financeiro de cada
ano.
2º - Esse livro deverá ter os seguintes requisitos:
a) Ser de bom papel, bem encadernado, capa de papelão, coberto de
pano ou de outro material resistente;
b) Ser pautado, numerado tipograficamente em cada página ou folha e
marginado em ambos os lados com três centímetros;
c) Trazer sobre a capa o seguinte título: ATAS DO CONSELHO DA
IGREJA PRESBITERIANA DE... (nome da localidade, sede da Igreja);
d) Ser iniciado com o competente TERMO DE ABERTURA no início da
primeira página pautada, firmado pelo Presidente do Conselho,
devendo ser fechado, outorgam, com o indispensável TERMO DE
ENCERRAMENTO, no fim da última página pautada;
e) Ser rubricado em todas as folhas, pelo Presidente que abrir o livro.
3º - Mediante justa razão, que será consignada em ata, é lícito ao Conselho
trocar de livro, arquivando o existente.
II - Conteúdo das Atas
As atas devem conter:
1º - A hora, data e local da reunião do Conselho da Igreja. Nomes próprios
por extenso, quando referidos na ata pela primeira vez.
2º - Os nomes usuais dos membros presentes do Conselho, e dos ausentes
apontando-se quais dos presentes serviram respectivamente de
Presidente e de dirigente da oração inicial, o que é imprescindível.
3º - O registro da leitura da ata anterior, ou de seu adiamento, devendo-se
neste caso acrescentar o motivo determinante dessa anormalidade.
4º - O nome do candidato à profissão de fé e o registro de que o mesmo foi
examinado quanto à sua fé, conhecimento do Evangelho e a prática da
vida cristã e se foi aceito ou não.
5º - O relatório dos atos pastorais (se houver) dentre os principais ocorridos
e de todas as celebrações sacramentais havidas no interregno do
Conselho constando as mais das vezes esse relatório dos seguintes
itens:
a) O número de vezes em que foi celebrada a Santa Ceia, com as
133
respectivas datas, locais e nomes dos ministros celebrantes;
b) Comunicação de admissão de membros comungantes,
acompanhados dos seguintes dados: data e lugar de nascimento,
sexo, procedência religiosa, estado civil, profissão, se sabe ler e
escrever, se foi ou não batizado na infância; data, local e modo de
recepção (CI/IPB art. 16 e alíneas), nome do celebrante, tendo-se o
cuidado de anotar à margem externa da ata o número de ordem de
admissão;
c) Entrega dos dados relativos aos membros não-comungantes a serem
arrolados, constando do nome, lugar e data do nascimento e sexo,
nome dos pais e se ambos são professos ou qual deles o é; assim
como o nome do celebrante, data (dia, mês e ano) e local do batismo,
ou outras formas de recepção, tendo-se o cuidado de anotar à
margem interna o número de ordem de admissão;
d) Exposição sucinta dos principais fatos ocorridos na Igreja, como
falecimentos e celebrações de cerimônia fúnebre, invocação da
bênção matrimonial e casamento religioso (citando o número relativo
ao Registro feito em livro próprio, conforme o Art.31 da Constituição da
Igreja), mudanças de crentes e acontecimentos que demandem
providências.
6º - O registro de todas as resoluções tomadas pelo Conselho, não se
devendo referir meras sugestões e propostas não-aprovadas, exceto
se o proponente assim o requerer e isto lhe for concedido.
7º - A transcrição da Ata da Assembléia Eclesiástica da Igreja local,
referente à eleição de oficiais, ou de pastores, quando ocorrer esse
fato.
8º - A declaração da Ata da Assembléia Eclesiástica da Igreja local,
referente à eleição de oficiais, ou de pastores, quando ocorrer esse
fato.
9º - A declaração, finalmente, de que nada mais havendo que tratar, se
encerrou a reunião, devendo-se ter o cuidado de registrar a hora de
encerramento e o nome do dirigente da oração final, que nunca deve
ser omitida.
NOTA 1ª
À margem externa da página devem ser registrados os assuntos da matéria
contida no trecho da ata imediatamente ao lado e, na margem interna, e sempre
que possível com tinta diferente, o número da página em que esteja registrada
uma emenda ou correção, referente ao trecho imediatamente ao lado, correção
esta que se encontrará no final da mesma ata, ou em atas posteriores.
NOTA 2ª
Haverá ocasiões em que um caso específico e urgente, que precisa ser
tratado, exija o adiamento de diversos trabalhos ordinários do Conselho, como
relatórios, discussão de propostas, etc, o que será lícito fazer mediante a
134
consignação do motivo imperioso; nunca, porém, será lícito deixar de observar os
itens 1º, 2º e 8º acima exarados.
NOTA 3ª
Nunca se deve omitir a relação dos passos antecedentes ao ato de disciplina
de membros de Igreja, ou o registro da oração que deve ser feita após, a favor dos
irmãos disciplinados.
135
PARTE XIV - MANUAL PARA CONFECÇÃO DE ATAS
ELETRÔNICAS
ÍNDICE
1.OBJETIVO
2.REFERÊNCIAS
3.INSTRUÇÕES
3.1. TAMANHO DA FOLHA
3.2. TIPO DA FOLHA
3.3. COR DO PAPEL
3.4. MARGENS
3.5. DIREÇÃO DA IMPRESSÃO
3.6. BORDAS
3.7. FORMATAÇÃO
3.7.1. Fonte (tipo da letra)
3.7.2. Formatação do caracter
3.7.3. Espaçamento do caracter
3.7.4. Cor do caracter
3.8. FORMATAÇÃO DO PARÁGRAFO
3.8.1. Deslocamento da margem
3.8.2. Alinhamento
3.8.3. Colunamento
3.8.4. Fluxo do Texto
3.9. REDAÇÃO
3.9.1. Início da ata
3.9.2. Término da ata
3.9.3. Destaque de textos
9.4. Regras Gerais
4.RESUMO, ANOTAÇÕES E OBSERVAÇÕES
5. AS NOTAS DE RODAPÉ
6.DIVISÕES DO TEXTO DA ATA
7.TRANSCRIÇÕES
8.NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS
9.ASSINATURAS
10.INCLUSÃO DOS TERMOS DE ABERTURA, ENCERRAMENTO E
APROVAÇÃO DO LIVRO DE ATAS
10.1. TERMO DE ABERTURA
10.2. TERMO DE ENCERRAMENTO
10.3. TERMO DE APROVAÇÃO DO LIVRO DE ATAS
11.ARMAZENAMENTO DAS ATAS
METODOLOGIA
1. OBJETIVO
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
PROF. REV. SILAS DE CAMPOS
213 Tipo de fonte normalmente disponível em impressoras e processadores de texto sob sistema operacional DOS.
214 Tipo de fonte escalar (vetorial) padrão no ambiente Windows 3.1 e 95. Permite máxima similaridade de impressão em
relação ao formato apresentado na tela.
215 Tipo de fontes escalar (vetorial) desenvolvida pela Adobe, gerenciada pelo software Adobe Mananger. Permite
Art. Artigo
C.D. Código de Disciplina
CI/IPB Constituição da Igreja
diác. Diácono
139
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
PROF. REV. SILAS DE CAMPOS
5. AS NOTAS DE RODAPÉ
5.1 Deverão ser referenciadas no texto por números seqüenciais, iniciando e 1
em cada ata;
140
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
PROF. REV. SILAS DE CAMPOS
7. TRANSCRIÇÕES
216
Leitura e aprovação de ata anterior.
217 Descrição resumida das atividades e eventos da Igreja ocorridas desde a última reunião do Conselho.
218 Atos pastorais como Santa Ceias, Visitas, Funerais, Pregações
141
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
PROF. REV. SILAS DE CAMPOS
9. ASSINATURAS
Ao final de cada ata, imediatamente após o texto da ata, o secretário deverá
assinar a ata, com caneta preta ou azul.
Cada página da ata será devidamente rubricada pelo pastor titular da Igreja e
pelo Secretário, próximo ao número da página.
Os termos de encerramento e abertura serão também devidamente assinados
e rubricados, conforme CI/IPB.
TERMO DE ENCERRAMENTO
228 CE-IPB/98
080 - Doc. N° LXXX - Proposta da Comissão de Organização, sistemas, e métodos; Referente às normas para confecção
eletrônica de Atas Quanto ao Doc. N° 172– CE-SC Procedente da Comissão de Organização, Sistemas e Métodos –
CSM/IPB A CE-SC/IPB-98 Considerando: Que as alterações propostas visam o melhoramento da confecção eletrônica
de Atas, resolve: Aprovar nos seguintes termos: 2. que as folhas podem ser numeradas tanto na margem inferior direita
quanto na margem superior direita.
142
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
PROF. REV. SILAS DE CAMPOS
229 CE-IPB/98
080 - Doc. N° LXXX - Proposta da Comissão de Organização, sistemas, e métodos; Referente às normas para confecção
eletrônica de Atas Quanto ao Doc. n° 172– CE-SC Procedente da Comissão de Organização, Sistemas e Métodos –
CSM/IPB A CE-SC/IPB-98 Considerando: Que as alterações propostas visam o melhoramento da confecção eletrônica
de Atas, resolve: Aprovar nos seguintes termos: 3. que o livro poderá ter, no máximo, 100 (cem) folhas.
143
SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO SUL
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS À
CONSTITUIÇÃO DA IPB
E SEU CÓDIGO DE DISCIPLINA
SILAS DE CAMPOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................. 148
I. ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE ROMA NA REALEZA ........................................................ 150
1. A Estrutura Básica....................................................................................... 150
2. Os Comícios por Tribos e suas Atribuições ................................................ 154
3. O Poder Judiciário Romano ......................................................................... 155
4. O Censo ....................................................................................................... 155
5. Jogos Olímpicos .......................................................................................... 156
6. Deuses Gregos e Romanos ......................................................................... 157
7. O Casamento Romano................................................................................. 158
8. Divórcio ........................................................................................................ 161
9. Pequena Evolução histórica do Casamento até Nossos dias ..................... 162
10. Casamento Atual em Nossos Templos ...................................................... 163
II. CÓDIGOS ANTIGOS E ALGUMAS INSTITUIÇÕES ........................................................ 164
1. Código de Hamurabi – (Khamu-rabi) ........................................................... 164
2. Código de Manu ........................................................................................... 165
3. Código Deuteronômico - (Legislação Mosaica) ........................................... 165
4. O Corão – Alkoran....................................................................................... 166
5. A Magna Carta ............................................................................................ 167
6. O Parlamento Inglês..................................................................................... 169
7. A Declaração de Direitos ............................................................................ 170
8. Declaração Universal dos Direitos Humanos .............................................. 171
III. CONSTITUIÇÃO ..................................................................................................... 175
1. Definição ...................................................................................................... 175
2. Conteúdo Geral ............................................................................................ 175
3. Classificação ................................................................................................ 175
4. Origens Históricas da Constituição .............................................................. 176
5. As Constituições Brasileiras - Antecedentes ............................................... 177
6. As Constituições Brasileiras até Nossos Dias ............................................. 177
7. Pontos Destacados da Constituição Atual (1988)........................................ 179
IV. A IGREJA, O PASTOR E A LEI CRIMINAL ................................................................ 183
1- Código Penal................................................................................................ 183
2-Crimes Contra a Economia Popular ............................................................. 183
3. Código de Processo Penal ........................................................................... 184
V. AS IGREJAS COMO PESSOAS JURÍDICAS ................................................................ 185
1. Das Pessoas Jurídicas de Direito Privado ................................................... 185
2. Procedimentos para a Inscrição ................................................................... 186
3. Modelo de Requerimento para o Registro da Pessoa Jurídica Junto ao
Cartório ........................................................................................................ 187
VI. CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITO CIVIL .......................................................... 188
1. Disposições Legais ...................................................................................... 188
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INTRODUÇÃO
Silas de Campos
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I. ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE ROMA NA REALEZA
1. A ESTRUTURA BÁSICA
A Família
A família romana recebeu inflência estratura e organização da família grega.
Nesta verificava-se uma associação religiosa cuja integração se determinava pelo
culto dos deuses-lares. Em cada casa havia um altar alimentado pelo fogo sagrado,
ocorrendo o mesmo entre os romanos. Sacrifícios eram oferecidos com a crença de
que havia divindades para todas as situações da vida. Vivia-se num politeísmo
fetichista, tanto que os deuses do panteão romano eram os mesmos dos gregos,
com nomes diferentes.A família era formada pelo casamento e estava sob o poder
do chefe, o pai ou pater-famílias: (paterfamílias, pater famílias, ou pater familiae),
Era ele que mantinha a unidade da família, tendo poderes absolutos. Servia como
traço de união entre os antepassados e os seus descendentes. Era o único chefe, o
único proprietário de terras (heredium), juiz supremo das cerimônias religiosas
(culto doméstico). Era o único com plenitude de direitos ou sui-juris. Podia vender
os filhos e repudiar a esposa, pois os demais membros da família eram alieni-juris.
Sucedia-lhe o filho primogênito e caso não houvesse descendente varão, o pai ou
pater-famílias, escolhia seu descendente por adoção, para que este continuasse
mantendo o culto dos antepassados de seus famíliares. A mulher jamais
herdava. Assim como o pater-famílias podia ser um filho, ao qual a própria mãe
estaria juridicamente representada, também poderia sê-lo o avô, isto é, o chefe
mais velho que estivesse vivo, sucedendo-lhe sempre o filho mais velho.
Entretamto, a mulher romana, como a grega, apesar de propriedade do marido, não
deixava de ter importância no lar como companheira, responsável pela educação
dos filhos, conselheira e respeitada na vida social.
No Velho Testamento o filho primogênito herdava em dobro em relação aos
demais irmãos – (Dt 21.15,17). A mulher, à semelhança dos romanos, também não
herdava. Lembramos o caso de Abraão que, antes de gerar filhos, teria como
herdeiro o damasceno Eliezer (Gn. 15:23). Surgiu a exceção com as filhas de
Zelofeade: Maalá, Noa, Hogla, Milca e Tirza (Nm. 26:33). Foi-lhes permitido receber
a herança paterna desde que se casassem na mesma tribo (casamento
endogâmico). O texto de Números 27:1-11 combinado com 36:1-13 soluciona o
problema levantado por elas e estabelece a ordem de sucessão em Israel: a) ao
filho; b) à filha; c) aos irmãos do falecido; d) aos irmãos do pai do falecido (tio); e) ao
parente mais chegado (Nm 27.8-11).
Os francos, tribos que ocuparam territórios hoje compreendidos pela França,
Alemanha, Suiça, Bélgica e Holanda, dividiam-se em sálios e ripuários. Os sálios se
estabeleceram na região do rio Yssel, um braço norte do Reno nos Países Baixos e
o ripuários, mais ao sul, às margens do Reno, nas proximidades de Bonn, Colônia e
Neuess. Dos sálios é que se deriva a expressão lei sália ou sálica a qual proibia a
mulher de herdar e de suceder ao trono nas monarquias francesa e espanhola. Esta
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influência romana nós a citamos, porque é comum vermos sua menção entre
escritores e historiadores, sem maiores especificações.
Na lei brasileira (Código Civil) a ordem de sucessão, ou vocação hereditária,
é a seguinte: a) aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente,
se o casamento com o falecido não foi no regime da comunhão universal ou
separação obrigatória de bens; b) aos ascendentes , em concorrência com o
cônjuge; c) ao cônjuge sobrevivente; d) aos colaterais; e) ao município ou Distrito
Federal, se não ocorrerem nenhuma das situações antes enumeradas.
Altera-se a situação supra com a elaboração de testamento. Mas este jamais
poderá deserdar os descendentes ou ascendentes, quando houver, pelo que, neste
caso, o testador só poderá legar metade do que lhe pertence, chamada “parte
disponível”.
A gens
Era um agregado natural de famílias patriarcais; considerava-se
descendente do mesmo antepassado; usava seu nome e professava o seu culto:
possuía terras comuns e indivisas. Nessas terras, os cemitérios eram, também, em
comum, para o culto dos antepassados. A gens nunca deixava de ser uma só
família e família indivisa através dos anos, com o seu culto e seu nome.
Compreendia os clientes, isto é, aqueles que dependiam por qualquer título deste
agregado. A gens, por fim, acabou dividida em certo número de famílias. Havia
gens tão numerosas que chegaram a constituir verdadeiras tribos. Ex: Gens
Claudia (de Clasus), gens dos Júlios (de Júlio), gens dos Cecílios (de
Céculo).
A gens constituía num aglomerado de indivíduos na cúria tendo um
ascendente comum, embora morto. A família era aglomeração mais restrita que a
gens. Dentro da gens havia várias famílias, assim como dentro da cúria havia várias
gentes (plural de gens). E 30 cúrias formavam uma tribo.
A gens formava a célula do Estado Romano primitivo e o elemento essencial
das populações que habitavam a região de Roma, antes da invasão etrusca.
Os membros da gens eram descendentes dum atepassado comum e era
normalmente pelo nascimento que se pertencia a tal ou qual gens. O antepassado
comum dos gentiles, porém, era legendário, sendo impossível estabelecer o laço de
parentesco entre as diversas famílias que compunham a gens. Os gentiles usavam
o mesmo nome (nomen gentilicium). Distinguim-se os gentiles uns dos outros pelo
prenome e pelo sobrenome (nome jurídico). A gens tinha organização política e
religiosa autônoma, bem como um chefe: o pater ou princeps gentis, que exercia
sua autoridade sobre os clientes, dos quais era ao mesmo tempo protetor
(patronus). Presidia as assembléias e tomava decisões obrigatórias para os
gentiles, como também para os clientes. Os princeps gentis tinham seu culto e sua
cerimônia religiosa. Enfim, devia reinar entre os membros das gens um espírito de
solidariedade e de assistência mútua. A gens pode ser considerada como um tipo
primitivo de família patriarcal. Contudo, ao fim da República já se apresentava como
instituição em decadência e, após longo tempo, tendia a dissolver-se. Produzia-se
nela um trabalho de desagregação que teve como resultado dar passo à
agnação. Era natural que os gentiles procurassem se aproximar no próprio seio da
gens, daqueles que eram seus parentes próximos, isto é, daqueles que descendiam
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Observar que os primos têm o mesmo avô. Faz-se a contagem subindo até ele
e daí desce na outra linha até encontrar o primo. Cada um tem no pai o 1º grau, no
avô o 2º grau, no tio o 3º grau e no primo o 4º grau. Sim, os primos mais próximos
são parentes em 4º grau e a designação “primo em primeiro grau” é confusão
popular que se criou com a contagem oriunda do Direito Canônico,que nessa
graduação os considera.
A afinidade é parentesco estabelecido entre as pessoas de cada cônjuge.
Também tem duas linhas: a reta (ascendente e descendente) e a colateral. Na linha
reta ascendente estão os sogros, padrastos ou afins em 1º grau e na linha reta
descendente acham-se os genros, noras e enteados. Na linha colateral formam-se
duas linhas entre os cônjuges e os parentes destes, especificamente os cunhados.
Assim, há afinidade entre os cônjuges e seus parentes, mas estes não têm vínculo
entre si, pelo que concunhados não são afins.
A morte de um dos cônjuges não extingue a afinidade em linha reta (entre
sogros, padrastos, genros, noras, enteados), mas a extingue na linha colateral, pelo
que os cunhados deixam de assim ser considerados para com o sobrevivente.
Em época posterior na história de Roma, houve conflitos entre a agnação e a
cognação. Pelo senatus consultum Tertuliano (Adriano) e Orfitiano (Marco Aurélio)
estabeleceu-se que a mulher pelos laços de cognação (sangue) seria herdeira de
seus filhos. O conflito perdurou até Justiniano (sec. VI E.C.), quando a Novela 118
suprimiu a agnação. Explicação em classe.
A cúria
Da gens passa-se à cúria. Certo número de famílias, deixando a religião
particular, reúne-se para celebrações de cerimônias religiosas em honra a uma
divindade superior à doméstica. Levanta-se o altar, acende-se o fogo sagrado, com
culto especial sob a direção do chefe da cúria, o curião, que presidia os sacrifícios
rituais. A cúria era chamada pelos gregos de fratria e seu chefe fratriarca. Tinha a
cúria suas assembléias ou comícios e promulgava decretos. Era uma pequena
sociedade modelada na família.
A tribo
Nasceu da cúria. Várias cúrias (30) agruparam-se e formaram a tribo. A tribo
era uma organização social mais vasta que a cúria. Cada tribo tinha sua divindade
protetora que mantinha a unidade entre todos os membros. Tinha assembléias
próprias, como a cúria, preparava decretos, tinha tribunal especial e obedecia a seu
chefe, o tribuno entre os romanos e filobasileus entre os gregos. As tribos reuniam
habitantes de cada circunscrição geográfica. Seus membros, mesmo que
mudassem de domicílio, ficavam sempre pertencendo à circunscrisão de origem.
Tal sistema nos faz compreender a situação descrita em Lucas 2:3-4, quando o
imperador César Augusto convocou a população para recensear-se, indo cada um
alistar-se na própria cidade, o que exigiu de José, residente em Nazaré, descer a
Belém para atender a determinação imperial e nesta cidade ocorreu o natal de
Jesus.
A cidade
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4. O CENSO
O censo era realizado para atender aos sacrifícios expiatórios.
Quando se analisa a história antiga, tem-se de ter em mente a religiosidade do
povo. Consistia, a religião antiga, numa série de práticas e prescrições, a fim de
livrar o fiel da ira dos deuses. A religião seria mais para alimentar a superstição e o
terror do que para levar o fiel a uma comunhão com os outros e com seu deus.
Havia os sacrifícios expiatórios, cuja finalidade era expiar alguma falta, omissão ou
erro. Em Roma, os encarregados dos sacrifícios expiatórios eram os reis, depois os
cônsules e a seguir os censores. No dia marcado para a cerimônia, a qual ocorria
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5. JOGOS OLÍMPICOS
Sua origem perde-se no tempo, mencionando-se o ano 1453 a.C como início
da cerimônia de luto pelos mortos nos esportes. Os gregos observavam quatro tipos
de competições: píticas, ístmias, neméias e jogos olímpicos. As píticas ocorriam
de 4 em 4 anos na planície do Monte Parnaso, em honra a Apolo (Febo), o deus da
luz radiante, sol e saúde, com prêmio de uma coroa de louro. As ístmias eram em
honra a Poseidon (Netuno), deus do mar, e se passavam em Corinto a cada dois
anos; as neméias ocorriam nos anos ímpares no vale do rio Neméia, em honra a
Zeus, o “pai dos deuses”.
Os jogos olímpicos, celebrados de 4 em 4 anos, começaram em 776 a.C., com
a celebração da paz assinada entre Ifito, rei de Elide e Licurgo, rei de Esparta.
Inicialmente só participavam gregos de vinte cidades, comparecendo os mais aptos
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7. O CASAMENTO ROMANO
Na Roma antiga, a cerimonia de casamento, com suas tradições e costumes,
foi um legado grego,continuando a ser ato bastante sério , especialmente para a
moça, porque a religião exigia que a pessoa nascesse junto ao fogo sagrado
para ter o direito de oferecer sacrifícios. E para a jovem, em seu casamento, havia
muito mais do que mudança de casa de seus pais para a casa do esposo. Ao
acontecer isso, havia o abandono da religião paterna, por parte da mulher, para daí
em diante, invocar os deuses da casa do marido. Tratava-se de mudar de
religião, praticar outros ritos com outras orações. Para a época, isto significava
colocar-se sob o império de um deus desconhecido. Por aí vemos a importância
que o casamento tinha para aqueles antigos romanos; estes teriam de admitir em
seu culto particular, único, exclusivo, uma estranha, que até então não o
conhecera, uma pessoa que deixava a religião doméstica dos pais para adotar a do
marido. E justamente pela cerimônia do casamento é que se adotava a mulher
à nova religião. Por isso, a cerimônia não era realizada em templo, mas no lar,
presidida pelo deus doméstico. Só mais tarde é que se adotou o costume de ir
aos templos invocar os deuses e oferecer-lhes sacrifícios, os quais eram
reconhecidos como prelúdio do casamento, sacrifícios feitos pelo flamen dialis
(sacerdote de Júpiter). Todavia a parte principal e essencial da cerimônia
sempre devia realizar-se diante do lar doméstico.
De três atos constava o casamento romano: 1. traditio; 2. deductio in domum
e 3. confarreatio.
1) Estando a moça ligada à família pela mediação do pai, só este é que podia
livrá-la desse liame. E a tradição era a formalidade para desligar a moça do seu lar.
Isso era absolutamente imprescindível para o casamento, pois a jovem não poderia
ir adorar outros deuses no lar do esposo, se seu pai não a desligasse de seu lar,
com todos os vínculos da religião primitiva dos antepassados familiares. Logo, a
cerimônia de desligamento da jovem de seu lar é que se chamava traditio.
2. No dia do casamento penteavam a noiva apartando-lhe o cabelo com a
ponta de uma flecha, cujo significado era o de sujeição ao pátrio poder do marido,
mostrando que ela era alieni juris. Apartavam-lhe o cabelo em seis tranças, à
imitação das vestais.
Armavam-lhe a cabeça com grinalda e por cima um véu branco. Calçavam-lhe
coturno branco e branco também era o vestido, sem enfeites, com um cinto atado
em nó que depois o noivo o desatava, invocando a Juno. (4) Nos primeiros séculos
colocavam sobre a cabeça dos noivos enfeites com a forma de canga ou jugo de
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arado, indicando que eles estavam presos ao mesmo jugo. De com mais jugo vem o
têrmo cônjuge (conjugium). Figuravam arrebatar a noiva dos braços da mãe, em
memória ao rapto das sabinas.
Esta cerimônia era noturna, à luz de cinco archotes, a preceder o cortejo que
saíra da casa da noiva, onde se dera a traditio. Os pais conduziam (deductio) a
noiva pela mão. Conduziam à casa (deductio in domum) do noivo. Pelo caminho
cantavam o himeneu. (5) De tão importante que era o cântico, acabou dando nome
à toda a cerimônia.
A jovem não podia entrar por si mesma em sua nova morada. O noivo é que a
carregava simulando um rapto, gritando um pouco, sendo que as mulheres do
cortejo fingiam defender a noiva. Ao erguer a noiva nos braços, o noivo devia ter
todo o cuidado para que a soleira da porta não fôsse tocada pelos pés dela. No
interior da casa do noivo dar-se-á a terceira parte da cerimônia, a confarreatio.
3) - Chegada à casa do noivo, antes de ser carregada, apresentavam à noiva
a água e o fogo: água lustral, símbolo de que desposada, devia entrar pura e casta
para a casa do marido; o fogo, simbolizava os deuses, isto é, ao redor do fogo é
que as imagens dos antepassados se agrupavam. E tais antepassados é que, daí
por diante, seriam objeto de culto da noiva. Em seguida lhe perguntavam como se
chamava, ao que respondia: Caia (por ser proibido aos noivos dizerem seu
verdadeiro nome no dia das núpcias). O marido tomava sempre o nome de Caio, e
a esposa lhe dizia: se tu és Caio, eu sou Caia, o que significava: se és Senhor e
pai-de-família (paterfamílias), eu sou senhora e mãe-de-família. (O nome Caia era
tomado em memória da matrona Caia Cecília, esposa de Lúcio Tarquínio II, o
soberbo, o 7º e último rei de Roma 534-509 a.C.). Depois a esposa atava lã à porta
e as amigas ou o marido a levavam carregada para dentro da casa, conforme
descrito acima. Dentro de casa entregavam-lhe argola com chaves, símbolo de que
era dona de casa, e a seguir a convidavam a assentar-se sôbre o velo duma ovelha
para lhe advertir que era obrigada a tecer as vestes do marido e filhos. Seguia-se
lauto banquete, com música por flautistas e em meio a récita de preces, sob os
olhos das divindades da família, enquanto comiam um manjar de flor de farinha
(panis farreus – daí confarreatio). E isto é o que constituía a “união santa” do
esposo e da esposa. Daí em diante ambos estavam unidos no mesmo culto,
comendo o mesmo pão, tendo a mulher os mesmos deuses, os mesmos ritos, as
mesmas orações e as mesmas festas do marido. Observa-se que o bolo só podia
ser ofertado pelo noivo, e também significava o compromisso de o marido sustentar
a casa.
Acabada a ceia, matronas conduziam a noiva à câmara nupcial. O noivo, antes
de entrar, atirava nozes aos amigos e parentes, em sinal de que largava jogos da
infância, enquanto os jovens cantavam o epitalâmio. (6) Tanto no dia das núpcias,
como na véspera e no imediato, os noivos recebiam presentes. No último dia, o
esposo banqueteava-se com parentes e amigos, ao qual assistia a esposa reclinada
ao seu lado, seguindo-se sacrifícios ao deus do lar.
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Notas e explicações
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8. DIVÓRCIO
O casamento era considerado indissolúvel e o divórcio era muito difícil. O
direito permitia o divórcio do casamento por coemptio ou por usus, mas a
dissolução do casamento religioso (confarreatio) era quase impossível. Isto porque
se o casamento foi realizado como uma cerimônia, para dissolvê-lo, necessário se
fazia uma cerimônia também, isto é, a confarreatio se desfazia pela diffarreatio. Isto
era difícil porque uma família que se extinguia era um culto que morria. E a lei
romana cuidava da continuidade do culto doméstico. Visto que o grande interesse
no casamento era ter filhos, para a continuidade da descendência e do culto dos
antepassados, sendo a maior desgraça a extinção da extirpe, pelo que uma das
razões que justificavam o divórcio era a esterilidade.
Por outro lado, o nascimento de meninas não satisfazia o objetivo do
casamento. Isto porque a mulher ao crescer e casar-se, ia servir e adorar os
antepassados do marido. Logo não havia continuidade de culto por parte do lado
feminino. E por isso é que as mulheres na lei antiga não herdavam. Se numa casa
romana só houvesse meninas, a solução do problema da continuidade do nome da
família se resolvia pela adoção, esta também revestida de um cerimonialismo todo
especial, para trazer um estranho à casa, iniciá-lo e incorporá-lo a outro culto,
fazendo-o sucessor e representante do nome do paterfamília que o adotara.
Definições do Divórcio
1. Consensus nuptias facit, dissensus divortium facit. (O consentimento faz o
casamento, o dissentimento o divórcio).
2. Divortium est quod in diversas partes eunt qui discedunt. (É denominado
divórcio porque vão para partes diversas os que se separam).
3. Dirimitur matrimonium divortio, morte, captivitate vel alia contingente
servitute utrius eorum. (Dirime-se o matrimônio pelo divórcio, pela morte, pelo
cativeiro ou outra contingente escravidão de qualquer deles (cônjuges)
O divórcio romano ocorria:
a) - Pela diffarreatio, que era o desfazimento da confarreatio;
b) - Pela perda da libertas e civitas – o status civitatis;
c) - Pela esterilidade da mulher.
Na lei atual brasileira (Código Civil), o casamento se desfaz pela morte de
um dos cônjuges, pela nulidade ou anulação, pela separação judicial e pelo
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II. Códigos Antigos e algumas Instituições
2. CÓDIGO DE MANU
Alguém chamou Manu de “o Adão do paraíso indiano” e seu código faz parte
dos livros bramânicos (São eles: Mahabarata, Ramaiama, os Purunas e as Leis de
Manu), num total de 2.685 poemas que a ortodoxia bramanista aborda sobre leis,
política, costumes e religião. Foram escritos em sânscrito.
Manu não passava de pseudônimo da classe sacerdotal, compendiadora das
Leis.
Invocava a proteção do Criador para as leis e hoje quase todas as
constituições, no seu prêambulo, fazem isso. Até mesmo a Revolução Francesa,
não fugiu a essa regra.
Apresenta respeito a todas as formas de vida como a maior de todas as
virtudes.
Trata de questões jurídicas bem comuns às que temos hoje: testemunho,
empréstimos, sociedade comercial, furto e roubo, injúrias, ofensas físicas, situação
da mulher, herança, sucessão, propriedade.
Observemos que na antiguidade o sacerdote era quem ditava os costumes,
(moral), as leis, julgava e conduzia a religião. Era também médico.
Veja-se, como exemplo, o livro de Levítico.
4. O CORÃO – ALKORAN
1 – Composição - “O livro das coisas para serem lidas”, o Corão, (al em
árabe já é artigo, apesar de se admitir em português a forma o Alcorão), é sagrado
para os árabes, sendo considerado a própria palavra de Deus. Foi composto das
“revelações” feitas por Maomé durante a sua vida. É bastante fragmentário e sem
unidade. Foi ditado por Maomé (ele nunca aprendeu a ler e escrever) e seus
discípulos escreviam no que encontravam ao alcance da mão: pergaminhos,
omoplatas de camelos, folha de calendário, ou uma lisa pedra branca. Todas essas
anotações misturadas foram depois juntadas e vieram a formar o livro sem ordem
ou nexo. Daí ser uma obra bastante confusa, onde há poesia infame misturada com
assuntos religiosos, sendo para os árabes, tudo de Alá. É o Corão uma espécie de
mil e uma noites religiosas, com matéria jurídica.
2- Conteúdo - Contém 114 azoras, suratas ou suras (capítulos) que estão
divididos em aleias ou versículos.
Suna. Mais tarde se juntou um comentário ao seu texto com o nome de suna
(tradição), a qual é, podemos dizer, para o Corão o que o Talmude é para o Velho
Testamento.
3- Base Religiosa e Jurídica - Encontramos influência do judaísmo e do
cristianismo.
- Alá (Allah) é um só;
- Maomé é o último e o maior de seus profetas;
- Os anjos e demônios estão entre Deus e a Humanidade;
- Após a morte há vida extraterrena.
- Admite o fatalismo – maktub (estava escrito). A vida é um abandono cego e
ilimitado à vontade de Alá; tudo acontece em nossas vidas porque estava escrito.
O Islamismo não tem sacerdotes, mas possui seus oficiais ou guardas de
mesquita (templo). Admitem confrarias, como por exemplo, a dos derviches, os
quais vivem isolados.
Base Jurídica do Corão
- O Direito, é de Alá e dos homens.
- O Juiz é chamado de cádi (al Khadi – chefe) e daí o têrmo alcaide em
português e designativo dos prefeitos na Espanha.
- O juiz de última instância é o califa; o escrivão é o catib.
- No direito árabe, os filhos adotivos são iguais, ou com iguais direitos aos
legítimos.
- O Corão autoriza a escravidão, mas aconselha bondade para com os
escravos. Admite o divórcio e a poligamia, e considera o suicídio como o pior delito.
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Podemos dizer que é uma das religiões mais pujantes após o Cristianismo e
uma das quatro monoteístas do mundo (judaísmo, cristianismo e sikhismo – Índia).
O segredo de seu triunfo está no fato de Maomé a ter adaptado aos costumes e
temperamentos de seu povo.
Quando da fuga para Medina, duzentas milhas além de Meca, através das
montanhas, com os duros reveses, Maomé aprendera a odiar, não mais pregando a
doçura inicial, o amor ao semelhante. Transformou a guerra contra os inimigos
religiosos numa missão sagrada. Sua mulher morrera; sentira o abandono da
própria família, apesar de casar-se segunda vez. Não tardou a impor sua obra pela
espada na seguinte maneira: “Escolhei entre o Corão e a morte”. Seus últimos anos
foram de tirania, violência, traição e assassínios, tudo em nome de Alá. Segundo
Henry Thomas, foi um dos maiores desordeiros do mundo.
1. Quando os árabes tomaram Alexandria ali havia uma biblioteca de 700 mil
volumes (rolos). Perguntaram eles se aqueles livros estavam a favor ou contra o
Corão, usando o dilema: se estivessem a favor do Corão, eles não seriam
necessários porque já havia o próprio Corão. Os livros, portanto, tinham de ser
destruídos; mas se os livros estivessem contra o Corão, também deviam ser
destruídos. E assim destruíram uma das maiores bibliotecas da antigüidade.
2. Quando tomaram a Armênia, em determinada região, um grupo de mulheres
muçulmanas chorava incessantemente, após ter cometido os maiores assassínios
contra os cristãos daquele país. Quando elas foram interrogadas do por quê de seu
choro, responderam que choravam porque não encontravam mais cristãos para
matar, segundo o relato de Bichmaian.
Obrigação religiosa de todo muçulmano
1- Voltar a sua face para Meca e orar cinco vezes ao dia, fazendo abluções
com areia ou água;
2- Ir em peregrinação a Meca ao menos um vez na vida;
3- Jejuar durante o mês de Ramadã, do nascer ao por do sol;
4- Dar esmolas, descansar na 6ª feira e combater os infiéis;
5- Não usar bebidas alcóolicas e nem carne de porco (por questões higiênicas
e influências judaicas);
6- Pode ser polígamo, casando-se até com quatro mulheres, se tiver condições
financeiras, sob a justificativa de proteger a mulher;
7- No dia do juízo final, haverá prêmio de Alá para o bons e o conseqüente
castigo dos ímpios.
5. A MAGNA CARTA
1. Introdução - João sem terra, irmão de Ricardo Coração de Leão, nasceu
em 1167 e reinou de 1199 a 1216. Quando criança, o pai, Henrique II ou Henrique
de Anjou, dividiu todos os seus domínios entre os irmãos mais velhos de João e a
ele nada concedeu; daí o título dêste, João Sem Terra (John Lackland).
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6. O PARLAMENTO INGLÊS
1- Origem - O sucessor de João Sem Terra, seu filho Henrique III,
descontentava os barões por não cumprir a Magna Carta. Em 1258, foi obrigado a
aceitar os Estatutos ou Provisões de Oxford, destinado a limitar o poder real e
confirmar a Magna Carta.
Estatuía-se assim o Grande Conselho, chamado parlamento desde 1239, o
qual seria instrumento usado pelos barões e depois pela nação toda. Mas só em
1295 é que passou a ter deputados eleitos.
A origem do parlamento nós a vamos encontrar entre os soberanos
normandos, os quais tinham o seu grande conselho. O rei era o presidente dessa
assembléia e a presidia no dia em que vinha ler a “fala do trono”. Até o século XIV
(1305) O Conselho se compunha de 70 membros: 5 condes, 17 barões, sendo os
outros 48, funcionários eclesiásticos ou reais. O rei convocava os que precisava
consultar.
O rei começava pedindo que cada um do três estados (clero, nobreza e povo)
se taxasse a si próprio; posteriormente renuncia isso, por não ser uma realidade
inglesa, isto é, a divisão dos estados.
Em 1344, com o rei Eduardo III, o parlamento se desdobrou em duas câmaras:
Câmara Alta (House of Lords), composta de membros nomeados pelo rei, sendo o
cargo vitalício e hereditário; Câmara Baixa (House of Commons), composta de
cidadãos eleitos. Hodiernamente as democracias européias são parlamentaristas e
constitucionais. Varia o parlamentarismo ao sabor da legislação de cada país, mas
o sistema funciona com um gabinete ou conselho de ministros aprovado ou eleito
pelo poder legislativo. O chefe do gabinete, também chamado presidente, premier
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7. A DECLARAÇÃO DE DIREITOS
I- Introdução
Esta “Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão” como fôra chamada, foi
votada pela Assembléia Constituinte, em 20 de agosto de 1789 (Revolução
Francesa). Tinha por base as doutrinas dos filósofos e enciclopedistas do século
XVIII e era semelhante à dos norte-americanos quando se insurgiram contra o
domínio inglês em 1776.
II- Composição
A Declaração compunha-se de 17 artigos e resumiam o seguinte:
1. Todos os homens nascem livres e iguais em direitos;
2. Enumerava como direitos “naturais e imprescritíveis” a liberdade, a
propriedade e a resistência à opressão;
3. Afirmava que o fundamento de toda a soberania reside na nação;
4. Declarava que a lei “é a expressão da vontade geral” e que todos os
cidadãos concorrem pessoalmente, ou por meio de sua representação, para a sua
formação;
5. Proclamava a igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
6. Garantia a liberdade individual, a liberdade de opinião, de pensar, de
escrever e de imprimir;
7. Estabelecia a igualdade financeira;
8. Mantinha a separação dos poderes judicial e administrativo;
9. Declarava que a propriedade era um direito sagrado e inviolável.
III – Crítica à Declaração dos Direitos
É ela filha do idealismo teórico, com erros profundos, com exageros em certas
partes, omissões numas e grandes benefícios em outras.
1. Dava ao indivíduo direito de resistir à opressão, mas não emunerava que se
devia entender por opressão, o que era muito perigoso, como aliás, trouxe
tremendas conseqüências:
2. Defendia os direitos do cidadão, mas não enunerava seus deveres;
3. Atribuía à Constituinte funções que não podia ter, do ponto de vista da
colaboração geral da nação;
4. Com idéias de liberdade, abriu caminho para, em seu nome, cometer os
mais monstruosos crimes;
5. Do ponto de vista político transferia a soberania e os poderes públicos para
a nação;
6. Do ponto de vista social substituía a igualdade e a liberdade ao regime do
privilégio vigente.
A divisa da Revolução Francesa: Liberdade – Igualdade e Fraternidade
exerceu profundas influências em outras nações, como fruto de guerra contra os
regimes políticos existentes.
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Art. 8º. Todo homem tem direito a receber, dos tribunais nacionais
competentes, remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que
lhe sejam reconhecidos pela Constituição ou pela lei. (Pv. 29,2; At. 5,29; Rm. 13,3-
4).
Art. 9º. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. (Nm. 35,15; Is.
51,14 e 61,1).
Art. 10. Todo homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus
direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. (I
Tm. 5,21; Mt. 5,45; Rm. 10,12).
Art. 11. mTodo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser
presumido inocente, até que sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a
lei, em julgamento público, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
necessárias à sua defesa. Ninguém será condenado por atos ou omissões que, no
momento em que foram cometidos, não tinham sido delituosos segundo o direito
nacional ou internacional. Tampouco será imposta penalidade mais grave do que a
aplicável no momento em que foi cometido o delito. (Lv. 19,15-16; Sl. 82,3-4; At.
22,25).
Art. 12. Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua
família, no seu lar ou na sua correspondência nem a ataques a sua honra e
reputação. Todo homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques. (Jó 21,9; Ex. 20:16-17; II Ts. 2,1-3).
Art. 13. Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência, dentro
das fronteiras de cada Estado. Toda pessoa tem direito a sair de qualquer país,
inclusive do próprio, e a ele regressar. (Gn. 28,15; Hb. 11:8).
Art. 14. Todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e gozar
asilo em outros países. Este direito não poderá ser invocado contra uma ação
judicial realmente originada em delitos comuns ou em atos opostos aos propósitos e
princípios das Nações Unidas. (Mt. 2,13; Lv. 19,34; Nm. 35,11).
Art. 15. Todo homem tem direito a uma nacionalidade. Não se privará ninguém
arbitrariamente da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
(At. 17,24 e 26; 22,38).
Art. 16. Os homens e as mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de
raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma
família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e
dissolução. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento
dos nubentes. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito
à proteção da sociedade e do Estado. (Hb. 13,4; Pv. 18,22; Ef. 5,31).
Art. 17. Todo homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com
outros. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. (Gn. 34,10; Is.
5,8; At. 41,32/35).
Art. 18. Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e
religião. Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade
de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelas
observâncias, isolada ou coletivamente, em público ou particular. (At. 4,20: Mc.
5,19).
Art. 19. Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão. Esse
direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e
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174
III. Constituição
1. DEFINIÇÃO
O que é uma Constituição? De constitutio, constituere, organizar, formar,
constituir. A constituição é a lei fundamental da soberania de um povo e serve para
disciplinar sua organização política, social e jurídica, firmando os direitos e deveres
de cada cidadão. É chamada Lei Magna, Carta Magna, Magna Carta, Lei
Fundamental, Código Supremo, Estatuto Básico da Nação.
A Constituição é um mandamento jurídico do qual se emanam todas as demais
leis ou normas jurídicas. Estas têm de estar de acordo com a Constituição, do
contrário são declaradas inconstitucionais.
2. CONTEÚDO GERAL
Os capítulos principais de uma constituição abordam:
a) - A organização ou ordem nacional; a organização do Estado como nação;
os Estados e os Municípios;
b) - Os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, segundo a influência
de Montesquieu;
c) - O sistema tributário, de onde provém as rendas da nação e como
administrá-las, (o capítulo que mais mexe com o bolso dos cidadãos);
d) - A ordem política e social; as representações na vida política;
e) -O presidente da República; seus poderes e limitações, disciplinando as
atribuições dos “Ministros de Estado”;
f) - A segurança Nacional e as Forças Armadas;
g) - O funcionalismo público, competência, deveres e responsabilidades;
h) - O poder judiciário, os tribunais e o Supremo Tribunal Federal;
i) - As garantias e os direitos do cidadão; a nacionalidade e os estrangeiros
dentro das fronteiras do país;
j) - A família, a Educação e a Cultura;
k) - A ordem Econômica e Social; a propriedade e seus limites;
l) - Outras disposições gerais. Problema do trabalhador, da reforma agrária e
urbana.
Não cuida, a Constituição, de questiúnculas particulares e detalhes da
aplicação da Lei. A matéria fica a cargo da Lei comum (ordinária) que se subordina
à Constituição.
3. CLASSIFICAÇÃO
a) - Escrita ou positiva. É a comum e dominante em nosso mundo.
b) - Costumeira ou consuetudinária, e.g. a constituição inglesa.
A Constituição pode ser flexível, quando seu texto assim dispõe, permitindo
que ela seja alterada como a lei comum.
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Nossa primeira constituição republicana foi liberal e avançada para sua época.
Recebeu influência da Constituição Americana e teve em sua redação mentes
brilhantes como a de Ruy Barbosa, apesar de agasalhar interesses de muitos
fazendeiros dominantes. Separou a Igreja do Estado, reconheceu o casamento civil
(antes, com a Igreja Católica Romana como oficial, ela era a única autoridade para
celebrar o casamento). Mas, nessa Constituição, a mulher ainda não votava, nem
os membros de ordens religiosas, nem os praças e nem os menores de vinte e um
anos.
3. Nova Constituição Republicana - Foi promulgada pelo Congresso
Nacional em 16.07.1934 com o título de “Constituição da República dos Estados
Unidos do Brasil”e continha 187 artigos.
Manteve a separação entre a Igreja e o Estado, mas criou a “colaboração
recíproca” em prol do interesse coletivo. Criou o voto secreto e permitiu que a
mulher votasse.
4. Constituição do Estado Novo - Foi outorgada pelo chefe de Estado,
Getúlio Dornelles Vargas em 10/11/1937, com o mesmo nome da anterior e também
com 187 artigos. Vigorou durante oito anos, até a queda de Getúlio em 29/10/45.
Manteve a liberdade de culto e proibia subvenções religiosas. É a constituição que
menos fala em religião e, no entanto, foi o período em que Getúlio mais favoreceu a
Igreja Católica com concessões. Nesse período “o Estado sustentou a Igreja
Católica...”.
5. Nova Constituição Republicana. Também com o mesmo nome das
duas anteriores (Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil). Foi
promulgada pelo Congresso Nacional 18/9/1946 e continha 222 artigos. Vedava a
união Igreja Estado, mas manteve a “colaboração recíproca”. Vedou a tributação
aos templos (imunidade tributária). Apresentou grande elenco de direitos e
garantias individuais. Manteve a liberdade religiosa, o ensino religioso, o domingo, o
casamento religioso com efeito civil, os cemitérios seculares. Foi uma constituição
liberal.
6. Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Promulgada pelo Congresso
Nacional em 24/1/1967, para viger a partir de 15/3/1967. Continha 189 artigos. Com
a morte de Costa e Silva, as forças armadas não concordaram que o vice-
presidente, Pedro Aleixo, assumisse a presidência. Criaram o governo triunvirato,
sendo o poder exercido por três militares que impuseram uma Emenda à
Constituição (Emenda nº 1) em 17/10/1967). Esta passou a ser uma nova
Constituição, com 217 artigos. Foi uma constituição imposta pela Junta Militar da
República (Almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald, General Aurélio de
Lira Tavares e Brigadeiro Márcio de Souza Melo). A Emenda nº 1 foi muito ampla,
uma reforma, por muitos chamada de “colcha de retalhos”. A emenda passou a
chamar a nação de “República Federativa do Brasil”, mas a Constituição, em si,
entitulava-se pura e simplesmente “Constituição do Brasil” (1969).
A Constituição de 1967/1969, na questão religiosa, mantinha a separação da
Igreja e o Estado e preservava o direito de colaboração (art. 9º-II). Mantinha a
isenção ou imunidade tributária dos templos.
Considerando que o povo não fora ouvido na elaboração dessa Constituição,
seus representantes (deputados e senadores e outros líderes políticos) passaram a
questionar sua legitimidade, considerando-a fruto de um governo militar inautêntico.
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Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição; (v. art.226 § 5º).
IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado a anonimato;
VI –É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e suas liturgias;
VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
XVI – Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
XVII – É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
XXXVI – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada; (Igual a Lei de Introdução ao Cód. Civil, art. 6º)
(Ato jurídico perfeito é o acabado, ou consumado segundo a lei vigente ao
tempo em que se efetuou. Dircito adquirido – aquele cujo começo tenha termo
prefixado ou condição... Coisa julgada – decisão da qual não cabe mais recurso).
XLII – A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito
à pena de reclusão nos termos da lei;
XLV – Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;
LIV – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
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Da Organização Político-Administrativa
Art. 19 – É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhe o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
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182
IV. A Igreja, o Pastor e a Lei Criminal
1- CÓDIGO PENAL
Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos
184
V. As Igrejas como Pessoas Jurídicas
A matéria rege-se pelo Código Civil e Lei dos Registros Públicos. Seguem as
transcrições dos principais artigos dessa legislação.
186
3. MODELO DE REQUERIMENTO PARA O REGISTRO DA PESSOA
JURÍDICA JUNTO AO CARTÓRIO
Ilmo. Sr. Oficial do Cartório Privativo de Registro Civil das Pessoas jurídicas da
comarca de . . . . . . . . . . . .
(deixar espaço de 10 cm + ou - )
Campinas, . . . . de . . . . . . . . . . . . . . de . . . . . .
_____________________
José Livro
(Reconhecer firma)
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1. DISPOSIÇÕES LEGAIS
O casamento religioso era regulado pela Lei nº 1.110, de 23 de maio de
1950.
Com a edição da Lei nº 6.015, de 31.12.1973 (Lei dos Registros Públicos), a lei
acima ficou implicitamente revogada. O novo Código Civil procedeu alterações e
aqui se transcrevem os artigos 1511 a 1516 e 1525 a 1532:
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na
igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira
certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja
pobreza for declarada, sob as penas da lei.
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir
na comunhão de vida instituída pela família.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz
os declara casados.
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a
validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro
próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos
requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1.º O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de
noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício
competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido
homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido
prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
§ 2.º O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste
Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer
tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade
competente e observado o prazo do art. 1.532.
§ 3.º Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer
dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por
ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser
instruído com os seguintes documentos:
I – Certidão de nascimento ou documento equivalente;
II- Autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem,
ou ato judicial que a supra;
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1 – O livro pode ser do tipo usado para as atas de Igreja, naturalmente com
termos próprios de abertura e encerramento. Deve ser unicamente usado para os
termos de casamento religioso com efeitos civis.
2 – O ministro, recebendo dos noivos a certidão de que estão habilitados para
casar, expedida pelo Cartório de Registro Civil, lavrará no livro da Igreja, para o dia
do casamento, o termo deste.
3 – O termo poderá ser lavrado da seguinte maneira:
Às dezenove horas do dia quinze de março do ano dois mil e cinco, no templo
da Igreja Presbiteriana de ..............., sito na rua Prudente de Morais, número
quinhentos e três, nesta cidade de ........................., Estado do Paraná, o abaixo
assinado, Rev. José Alves Manjedoura, pastor evangélico, brasileiro, casado,
residente na rua ....................., nº .........., nesta cidade, de acordo com a certidão de
habilitação que lhe foi entregue e que fica arquivada, expedida pelo 1º Cartório de
Registro Civil de ................, celebrou o casamento religioso, segundo o rito da Igreja
Presbiteriana do Brasil, do Sr. Antônio da Silva (copiar os dados exatamente como
vierem na certidão de habilitação) e da Srta. Maria Gomes (copiar os dados
pessoais exatamente como vierem na certidão). Foram testemunhas: Joaquim
Marques, brasileiro, casado, maior, comerciante, residente na rua tal, nº 18, nesta
cidade; Ana Maria Marques, portuguesa, casada, maior, de prendas domésticas,
residente na rua tal, nº 18, nesta cidade: (poderá ainda incluir mais algumas
testemunhas). (Copiar agora o resto da certidão de habilitação, no que se refere aos
documentos apresentados, segundo o Código Civil, e ainda quanto ao regime de
bens no casamento e ao nome de casada, conforme o que a noiva declarou que vai
adotar). E para constar lavrei o presente termo que vai assinado por mim, pastor,
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VII. CASAIS SEPARADOS, DIVÓRCIO E SITUAÇÃO DE MEMBRO NA IPB
1 – DECISÕES DO SC
Antes da Lei do Divórcio no Brasil, houve casos de membros da IPB que se
mudavam, temporariamente, para o exterior e ali se divorciavam e a seguir
convolavam novas núpcias.
O SC-IPB pela resolução 58-21 declarou: “tais pessoas não devem ser
recebidas à comunhão da IPB”.
A resolução SC-78/81 reconheceu o casamento de pessoas divorciadas
realizado de acordo com a lei brasileira, “para fim de receberem a impetração da
bênção matrimonial e poderem ser admitidas à comunhão da Igreja...”. A referida
resolução reitera a nº 58-21 declarando que “o casamento de pessoas divorciadas,
realizado fora do Brasil” como não reconhecido para fins de membresia. Também
revogou, sem efeito retroativo, a resolução SC-66-86.
O Sínodo de Campinas (SCP) provocou nova discussão do assunto e pela
resolução SC-82-87, a matéria foi considerada complexa, sendo nomeada uma
comissão especial para tratar da questão.
A resolução SC-86-26, posição atual e vigente na IPB (a de 1966 com
atualizações), levou o Presbitério de Campinas a apresentar a seguinte resolução:
“recomendar aos pastores deste Concílio que não impetrem a bênção de Deus
sobre o casamento de divorciados sem que ao menos um deles tenha qualquer
vínculo com a Igreja”.
A resolução SC-90-173 reitera a sobredita SC-86-26, mas à luz das novas
disposições constitucionais, revogou o item 2 inciso III que excepcionalmente
admitia à comunhão da Igreja, a critério e juízo dos Conselhos, pessoas não
casadas civilmente.
O SC-98-165 restabeleceu o item 2 do inciso III do SC-86-26, admitindo à
comunhão da Igreja casais não casados.
Eis a resolução integral, inclusive com o citado parágrafo revogado, para fins
de conhecimento. A transcrição é do boletim do PCPN (Presbitério de Campinas),
com as observações que o citado Concílio fez:
193
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II – Reconhecer:
Que é bíblico e de toda a justiça o direito à reabilitação por parte daquele
que, culpado, venha a se arrepender e afastar-se do pecado, merecendo assim
uma nova oportunidade para reintegrar-se na Igreja;
2. A dificuldade e até mesmo a impossibilidade da apuração da culpa na
separação de casais desavindos, já que a separação consensual tem o propósito de
evitar tal apuração em benefício da formação moral dos filhos, como também para
evitar escândalos e, ainda, porque o processo de separação judicial transita em
“Segredo de Justiça”;
194
VIII. Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Da finalidade e competência
Art. 1º - A Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, subordinada ao
Ministro da Educação e Saúde, tem por finalidade inventariar, classificar, tombar e
conservar monumentos, obras, documentos e objetos de valor histórico e artístico
no país, competindo-lhe promover:
I – A catalogação sistemática e a proteção dos arquivos estaduais,
municipais, eclesiásticos e particulares, cujos acervos interessem a história nacional
e a história da arte no Brasil.
196
IX. Diretrizes e Bases da Educação Nacional
3. Na 3º Fase. No Presbitério:
3.1. Ao ser considerado candidato, receber um tutor designado pelo Presbitério
ao qual deve as seguintes satisfações:
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X. Código Eleitoral
Capítulo II
Da nacionalização do trabalho
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204
XIII. A Federação, o Poder e Autoridade da IPB
206
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207
XIV. Comisões Permanentes, Autarquias, Secretarias Gerais E
Entidades Paraeclesiásticas
COMISSÕES PERMANENTES
JMN – Junta de Missões Nacionais;
Representação junto à Assoc.de Catequese dos Indios (Missão Caiuá);
APMT – Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (Ex-JME);
JPEF – Junta Patrimonial Econômica e Financeira; organiza e administra o
patrimônio da IPB, fundos de edificações e residências pastorais;
CECEP – Conselho de Educação Cristã e Publicações; supervisiona o preparo
de material para as EDs e educação cristã em geral;
CC&M – Conselho de Comunicação e Marketing; cuida da divulgação, por
todos os meios, da obra presbiteriana;
FENEP – Federação Nacional de Escolas Presbiterianas;
Historiador da Igreja;
JET – Junta de Educação Teológica;
CRIE – Comissão de Relações Intereclesiásticas.
CAS – Conselho de Assistência Social;
CNE – Comissão Nacional de Evangelização;
CSM – Comissão de Sistemas e Métodos;
Comissão de Previdência, Saúde e Seguridade;
Comissão de Hinologia e Música;
TR-SC-IPB – Tribunal de Recursos do SC-IPB
Representantes da IPB junto as Autarquias.
AS AUTARQUIAS
Instituto Presbiteriano Gammon, Lavras, MG;
Instituto Presbiteriano Mackenzie, São Paulo, SP;
Escola Presbiteriana de Alta Floresta, MT;
Escola Presbiteriana de Juína, MT;
Escola Presbiteriana de Matupá, MT;
Escola Presbiteriana Erasmo Braga, Dourados, MS;
Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, Recife, PE;
Colégio Presbiteriano XV de Novembro, Garanhuns, PE;
Casa Editora Presbiteriana;
Associação Nacional de Escolas Presbiterianas – ANEP;
Instituto R. H. Camenish, Palmas, TO;
Rede Presbiteriana de Comunicações;
Instituto Samuel Graham, Jataí, GO;
Instituto Cristão de Castro, Castro, PR;
Associação Beneficente Douradense, Dourados, MS;
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ENTIDADES PARAECLESIÁSTICAS
Só temos a SAMMAAR – Sociedade de Amigos de Meninas e Meninos e
Adolescentes Aprendizes de Rubiataba,GO.
Há as entidades paraeclesiásticas com jurisdição compartilhada:
Missão Caiuá, em Dourados, MS;
Diaconia, Recife, PE;
APADD – Associação de Prevenção e Assistência aos Dependentes de
Drogas, Vila Velha, ES;
Associação Evangélica Brasileira;
AMENCAR.
SECRETARIAS GERAIS
Trabalho com a Infância; 2. Trab. Com a Adolescência; 3. Trab. Com a
Mocidade; 4. Trab. Feminino; 5. Trab. Masculino; 6. Trab. com a Terceira Idade; 7.
Apoio pastoral.
SEMINÁRIOS
SPS – Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, SP.
SPE – Seminário Presbiteriano do Norte, Recife, PE;
JMC - Seminário Teológico Presbiteriano José Manoel da Conceição, São
Paulo, SP;
Seminário Teológico Presbiteriano Rev.Denoel Nicodemos Eller, Belo
Horizonte, MG;
SPBC - Seminário Presbiteriano Brasil Central, Goiânia - GO, com extensão
em Ji-Paraná;
Seminário Presbiteriano do Rio de Janeiro, RJ;
Teológico Presbiteriano do Nordeste, Teresina, PI.
Seminário Presbiteriano de Brasília, Brasília.
Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, São Paulo
Fundações: 1. Educacional Presbiteriana; 2. Educacional Rev.José Manoel
da Conceição.
INSTITUTOS BÍBLICOS
1. I.B. do Norte, Garanhuns, PE; 2. I.B. Eduardo Lane, Patrocínio, MG; 3.
I.B.de Rondônia, Ji-Paraná, RO; 4. I.B. Augusto Araújo, Cuiabá, MT.
209
XV. Regimentos, Reuniões de Concílios e Atas
MODELOS DE ATAS
Conferir modelos de atas das reuniões sobreditas no livro: Interpretação e
Comentários sobre a Constituição da IPB, do Rev. Addy Félix de Carvalho, edição
do autor, 2002, cap. V, pp. 93/119.
Damos outro exemplo de uma ata de reunião de Conselho de Igreja:
Ata número cento e vinte e cinco. Aos trinta dias do mês de outubro do ano
dois mil e quatro, às vinte horas e trinta minutos, reúne-se o Conselho da Igreja
Presbiteriana do Seminário, em seu templo, este sito na Avenida Brasil, número um
mil e duzentos, Campinas, Estado de São Paulo. Preside a reunião, o pastor da
Igreja, Rev. Donato Deodato do Sacramento e acham-se presentes os seguintes
presbíteros: Benedicto de Oliveira, Clodoaldo Canto Júnior, Adriano Pombo Pereira,
Pedro João Sevalho e Rui Caetano dos Olivais; ausentes os presbíteros Marcos de
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Vila Verde e José Gervásio Canção. Ora o presbítero Pedro, seguindo-se, pelo
secretário que esta subscreve, a leitura da ata anterior, a qual é aprovada com a
observação de que na folha doze, verso, linha sete, onde se lê o nome de Adriano
Campos, leia-se Adriano Pombo Pereira. O pastor e presidente apresenta os
seguintes atos pastorais, ora registrados: a) Celebração do sacramento da Ceia do
Senhor, durante o culto vespertino do dia vinte e dois pretérito, aqui no templo; b)
batismo de não comungante: na mesma data e local, o pastor ministrou o
sacramento do batismo ao menor Joaquim Caetano Cândido, do sexo masculino,
brasileiro, filho de Antonio Cândido e Maria José Cândido, ambos membros da
Igreja, nascido na cidade de São Carlos, neste Estado, aos vinte de setembro do
corrente ano; c) profissão de fé: foi recebido por profissão de fé o irmão Cantídio
Araújo, do sexo masculino, brasileiro, casado, alfabetizado, professor, eleitor,
nascido em Fortaleza, Estado do Ceará, a 20 de agosto de 1978, filho de Pedro
Araújo e Margarida de Souza Araújo, tendo sido batizado na infância na primeira
igreja Presbiteriana da cidade onde nasceu, sendo ministrante o Rev. Otoniel
Carvalho de Freitas; é ele casado com Margarida Prata Araújo, não evangélica; d)
profissão de fé e batismo: na mesma ocasião, o pastor recebeu por profissão de fé
e batismo, a irmã Mariangela Correia do Horizonte, do sexo feminino, brasileira,
casada, alfabetizada, de lides domésticas, nascida em Belo Horizonte, Estado de
Minas Gerais, a 5 de janeiro de 1979, filha de Antonio Quintino Almeida e Tereza
Freixo Almeida, sendo proveniente do romanismo. É casada com João Correia do
Horizonte, membro desta Igreja. Observa-se que os irmãos aqui arrolados foram
previamente examinados em sua fé e experiência religiosa por este Conselho,
conforme ata anterior; e) prédica fora do campo: relata, ainda, o pastor e presidente,
que no dia treze de setembro passado pregou à Igreja Presbiteriana de Americana,
conforme culto especial de ação de graças pelo aniversário daquela comunidade; f)
(relatar outros atos pastorais ou visitas especiais; não há necessidade de relatar
visitação comum, ainda que alguns pastores o façam). Toma-se conhecimento das
eleições ocorridas nas sociedades internas da igreja e não havendo objeção contra
os eleitos, homologa-se cada uma delas, a saber: (registrar o nome de cada
sociedade e os eleitos).
Recebe-se carta firmada pela presidente da S.A.F. local, solicitando deste
Conselho autorização para promover na igreja uma campanha especial de
evangelização, dando-se ênfase nos convites à senhoras e famílias do bairro. Este
Conselho vê com louvável simpatia o interesse das senhoras, conforme sua
missiva, nada tendo a opor a tão grande interesse demonstrado e não só aprova o
pedido como se empenhará em colaborar com as irmãs da Igreja.
A Mocidade local, considerando que no dia oito de dezembro próximo futuro
será feriado no município de Campinas, solicita deste Conselho autorização para
promover um convescote na Fazenda Águas Mornas e, outrossim, pede uma ajuda
financeira de R$ 1.000,00 (mil reais) para poder pagar ônibus e atender outros
gastos. Resolve-se atender o pedido da UMP nos seus termos. Considerando que
o templo, pavilhão e demais construções adjacentes se acham com pintura velha,
necessitando de reparos, resolve-se contratar pessoal especializado para a pintura
das propriedades da Igreja, nomeando-se como comissão responsável para essa
finalidade, o presbítero Pedro João e os diáconos Joaquim Sonado e Paulo Lente,
ficando o tesoureiro autorizado a atender os gastos decorrentes desse ato. Recebe-
se da Comissão de Exame de Contas da Tesouraria da Igreja, relatório com parecer
211
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212
XVI. Organização de Igreja e Divisão e Desdobramento de
Presbitério
Em sua vida ministerial o pastor estará lutando para que seu trabalho cresça e
novas igrejas se organizem. O art. 5º da CI-IPB apresenta as três exigências
mínimas (nº de membros professos; recursos pecuniários e pessoas aptas para os
cargos eletivos) e o Manual do Culto é o orientador básico para se executar
esse mister, usado em paralelo com os PL, arts. 39/43. Os Presbitérios nomeiam
uma Comissão Especial Organizadora (PL 40 e 41) e, apesar de se prever duas
reuniões em ocasiões ou dias diferentes, os organizadores poderão tratar desse
trabalho num dia apenas. Sugerimos a reunião da Comissão Organizadora cerca de
duas ou três horas antes do culto, ao depois um intervalo, seguindo-se o culto de
organização com eleição, investidura e posse de oficiais.O pastor responsável pela
igreja organizanda já deve estar com toda documentação preparada, inclusive os
livros de atas do Conselho, da Assembléia e do Registro de Presença de
Membros. Segue uma proposta em forma de esboço: 1. Reunião da Comissão
Especial Organizadora às 16h; 2. Oração; 3. Nomeação de um secretário; 4.
Arrolamento dos membros comungantes e dos transferidos mediante carta e de
membros de outras denominações, mediante pedido escrito (CI.art. 16d c.c. art.20 e
PL 40 ); 5. exame dos candidatos à profissão de fé, se houver ; 6. Arrolamento dos
não-comungantes; 7. Deliberação de quantos presbíteros e diáconos serão eleitos,
com a sugestão de nomes; 8. Outras deliberações; 9. Encerramento ou suspensão
dos trabalhos da Comissão até o culto público. (O Secretário poderá encerrar a ata
e abrir outra para o culto, ou declarar suspensos os trabalhos com a declaração que
continuarão às ...horas, no templo (ou outro local).
1 . CULTO PÚBLICO
Prelúdio (nome da música, se possível); 2. Salmo....; 3. Oração por....4.
Cântico do hino.....; 5. Saudações à Igreja pelo Relator e informações gerais do que
foi feito previamente; 6. Leitura bíblica e prédica por....; 7. Profissão de fé (se
houver); 8. Apresentação ou leitura dos nomes que comporão o rol da novel igreja
(comungantes e não-comugantes), declarando-os fundadores; 9. Compromisso
como Igreja (modelo no Manual do Culto); 10. Declaração de organizada e fundada
a Igreja Presbiteriana ...; 11. Eleição de oficiais, preferentemente conforme nomes
sugeridos (verificar se não há objeção quanto aos eleitos conf. CI art. 113); 12.
Ordenação e investidura dos eleitos (pode-se fazer uma só orientação e
compromisso com presbíteros e diáconos à frente; à hora das perguntas
particularizá-las a presbíteros e depois aos diáconos e separadamente segue a
ordenação); 13. Exortação aos presbíteros por..... e aos diáconos por... ; 14.
Aprovação dos Estatutos conforme modelo trazido (se houver tempo e desde que o
culto não tenha se extendido por mais de duas horas); 15. Cântico do hino.... 15.
Encerramento com aprovação da ata ; Oração por... e Bênção Apostólica.
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XVII. Símbolos Cristãos e Presbiterianos
1 - CONFISSÕES E CREDOS
Confissões e Credos são símbolos da fé professada por um povo, reduzidos
à forma escrita.
A Constituição da IPB no parágrafo único do art. 119 exige que o candidato ao
ministério, egresso do seminário, no exame perante seu Presbitério, não será
dispensado das “opiniões teológicas e conhecimento dos símbolos de fé, exigindo a
aceitação integral dos últimos”. Em nosso caso esses símbolos são A Confissão
de Fé, o Catecismo Maior e o Breve Catecismo. Neles temos a condensação da
doutrina reformado - calvinista do sistema presbiteriano, observando que por muitos
anos a doutrinação do povo seguia o método de exposição contidos nos
catecismos, o maior para o doutrinador e o menor para o catecúmeno.
Desde os seus primórdios o cristianismo usou diversos símbolos, tanto para
representá-lo quanto para identificar seus seguidores durante o período das
perseguições. Muitos símbolos usados por eles eram siglas e monogramas que não
passavam da acrossemia de uma declaração de fé. Exemplo conhecido é o peixe,
cuja grafia grega transliterada para o latim é ichthys, constituía uma declaração de
fé formada com cada letra: Iesoús Christós Theoú Hyós Sotér (Jesus Cristo o Filho
de Deus é Salvador). Outras siglas e abreviaturas eram usadas, tais como XP (X
sobreposto P) para Cristo; IHS, para Jesus Hominum Salvator.
2 – SÍMBOLOS DIVERSOS
A cruz - A evolução da cruz remonta a um passado distante. Nos dias do V.T.
era costume pendurar o condenado em madeiro, estacas ou postes (Dt. 21:22-23;
Js. 10:26-27). Os assírios usavam como tortura o método da empalação pela
barriga ou ânus, deixando o moribundo exposto na estaca até à morte. Porém a
história registra que foram os persas que passaram a crucificar seus condenados,
tendo os fenícios aprendido com eles essa tortura, aplicando-a em seus domínios
na região do Mediterrâneo.
Roma adotou o uso da crucificação no tempo de seu rei Tarquinio o Soberbo
(V século a. C.), trazendo esse meio de tortura e morte de Cartago. Não se usava a
crucificação para cidadãos romanos e o político e orador Cícero escreveu que ela
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3 - SÍMBOLOS DA FÉ PRESBITERIANA
Os símbolos são: a cruz céltica, a sarça ardente, a pomba, a cruz e o orbe, a
Bíblia e a flecha, conforme resumo do Livro de Confissões da Igreja Presbiteriana
Unida dos EUA – 1969:
A Cruz Céltica é geralmente ligada aos cristãos celtas, cujas origens
remontam aos primeiros séculos da era cristã. Exemplos notáveis desse formato de
cruz encontram-se na Escócia, no País de Gales e na Irlanda. O desenho da cruz
no emblema põe em destaque a parte superior, a junção das duas peças, que está
dentro de um círculo. Este círculo é o detalhe mais singular da Cruz Céltica. Não se
conhece bem o seu significado real. Provavelmente, porém, deriva de um arranjo de
Constantino onde o monograma XP (chi, rho) era cercado por uma cruz dourada.
Neste sentido, o círculo é o emblema da vitória – vitória de Cristo sobre o pecado e
a morte.
A Sarça ardente figura no emblema da Igreja da Escócia e de outras várias
Igrejas Reformadas, inclusive a Igreja Presbiteriana do Brasil. Baseia-se em Êxodo
3:2: “Eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia”. Sugere a presença
de Deus, a chama divina que conserva acesa a luz da verdade, e a divina vocação.
Lembra também as chamas de perseguição que a Igreja tem sofrido. No Brasil foi
reestilizada e hoje é usada em toda a IPB, conforme decisão da reunião
extraordinária de seu SC em 1999. Nesta ficou determinado que as Igrejas adotem
a logomarca em toda sua documentação interna para sua identificação com a IPB.
Resolução 99E/XVIII.
A pomba é um dos símbolos mais antigos e mais belos usados para
representar o Espírito Santo. Em Mateus 3:16 lemos: “Batizado Jesus, saiu logo da
água, e eis que se abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como
pomba, vindo sobre ele”. No emblema, a cabeça da pomba está cercada por um
nimbo trirradical, usado exclusivamente para as pessoas da Santíssima Trindade.
A cruz aqui usada, com uma linha ondulada na cabeça da haste vertical, é
conhecida como “crisma”. É a identificação de Cristo com a cruz. Circunda-a o lema
grego: IHSOYS XPISTOS NIKA, com o nome de Cristo abreviado para IC e XC. O
lema significa: “Jesus Cristo vence”. Refere-se à vitória de Cristo sobre o mundo
através da cruz, mediante a sua morte e ressurreição. O orbe (círculo interior) está
dividido em três partes, com a base da cruz no centro representando Jerusalém.
Lembra as palavras de Cristo em Atos 1:8: “Sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.
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219
XVIII. Código De Disciplina
1. CONTEÚDO CONSTITUCIONAL
Natureza e finalidade – Arts. 1º/3º
Faltas – Arts. 4º/7º
Penalidades – Arts. 8º/17
Tribunais – Arts. 18/26
Da suspeição e da incompetência - Arts. 27/41
Processo
Seção 1ª - Disposições gerais - Arts. 42/47
Seção 2ª - Do andamento do processo - Arts. 48/64
Seção 3ª - Do processo em que o Concílio ou tribunal for parte - Arts.
65/67
Seção 4ª - Do interrogatório do acusado, da confissão e das perguntas ao
ofendido - Arts. 68/70
Seção 5ª - Das testemunhas e da acareação – Arts. 71/82
Seção 6ª - Do secretário - Art. 83
Seção 7ª - Das citações - Arts. 84/91
Seção 8ª - Da intimação - Arts. 92/93
Seção 9ª - Da sentença ou acórdão - Arts. 94/96
Seção 10ª - Do processo sumaríssimo perante o Conselho - Arts. 97/102
Seção 11ª - Do processo sumário - Arts. 103/106
Seção 12ª - Do processo ordinário - Arts. 107-112
5. Código de Processo
5.1. Início – Queixa, apresentada pelo ofendido;
Denúncia – Por qualquer outro (promotor). Ambas escritas.
5.2. Condições de procedibilidade.
5.2.1. Correção suasória da falta – art. 43.
5.2.2. Advertência ao malicioso ou leviano – art. 47.
5.3 Condições de seguimento do processo (art. 46).
5.3.1. Necessidade para a Igreja.
5.3.2. Esgotados os passos de Mt. 18:15/16.
5.3.3. Lisura da acusação.
5.4. Ritos - arts. 97-112.
221
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6. Código de Execuções
6.1. Faltas veladas (art. 14, a).
6.2. Faltas públicas (art. 14, b).
6.3. Cautelas (arts. 15 e 53).
7. Restauração
7.1. Pena determinada (art. 9º, b, 134, a).
7.2. Pena indeterminada (art. 9º, b, 134, b).
7.3. Oficiais (art. 134, c, d).
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13. Após a sentença ou acórdão, cabe recurso da parte vencida (se o desejar).
Prazo: 5 dias (arts. 113 a 117).
14. Para a execusão da pena, observar o disposto no art. 113 e para restauração
ver o que diz o art. 134.
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I. PRELIMINARES
1. O Tribunal deve ter seu presidente e um secretário (CD. 25; 50 e 83).
2. Recebido o recurso, o presidente mandará autuar o pedido e requisitar o
processo que lhe der lugar; verificará se o recurso está devidamente instruído e
convocará o Tribunal (art. 128).
3. Se o pedido não estiver instruído e a matéria não constituir assunto para
Recurso Extraordinário (RE), o presidente mandará arquivar o processo (art. 128,
p. único).
4. Reunido o Tribunal, este receberá o pedido e o processo e designará um
relator (art. 129).
O relator apresentará parecer escrito nos autos (art. 130); o presidente
designará local, dia e hora para o julgamento e convocará novamente o Tribunal.
Intimar também as partes (Art. 119)
1 - Oração
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9. NOÇÕES DE PRAZO
1 – Definições
Prazo é o período de tempo no qual os atos processuais são realizados. É a lei
que especifica os diferentes prazos e todos os envolvidos nele, inclusive juízes e
tribunais, obrigam-se a seu cumprimento. É, no caso, o chamado prazo legal. Este
torna-se peremptório ou fatal, uma vez esgotado, porque não mais admite a
prática de atos ou provas a produzir. É, ainda, peremptório porque não admite
prorrogação; em sua duração praticam-se os atos prescritos na lei ou perde-se esse
direito. Exemplo comum é o caso de a parte interessada ou vencida apresentar
recurso à instância superior.
O juiz ou o tribunal eclesiástico pode determinar às partes envolvidas no
processo a prática de certos atos dentro de determinado prazo. É o chamado prazo
judicial. Não observado ou não cumprido por motivo justificado e aceita a
justificativa pela autoridade judicante, esta assina novo prazo para que atenda o
que antes determinara. Se com ou sem prorrogação ou prazo não for cumprido,
ocorre a preclusão, isto é, o impedimento de observar ou praticar no processo atos
determinados e, conforme o caso previsto na lei, leva à extinção do direito da parte
interessada.
A inércia da pessoa por não utilizar dos meios legais para atender seus direitos
no tempo que a própria lei estabelece, chama-se prescrição. A prescrição é um
prazo peremptório ou fato e ocorre no art. 17 do CD. Interrompe-se ou suspende-sê
a ocorrência da prescrição iniciando-se o processo contra o faltoso, por meio da
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queixa ou denúncia (CD art. 42), dentro de um ano da ciência de sua falta. Em se
passando determinado tempo da prática da falta, que no caso do CD, art. 17,
parágrafo único, é de dois anos, sem que tenha havido queixa ou denúncia, o
direito a ser exercido contra o faltoso caduca e, processualmente falando, nada
mais pode ser feito contra ele. Chama-se esse decurso de prazo de decadência.
3 - Prazos no CD
Um dia ou 24 horas, como diz o texto, para o juiz responder que não aceita
sua suspeição (art. 32).
Três dias para a acusação, após ouvido o acusado e testemunhas, requerer
diligências que entender, cabendo à defesa o mesmo direito (art. 108).
Cinco dias:
a – Para o acusado apresentar defesa escrita e, depois, alegações finais,
prazo este também para a acusação (arts. 68-f e 110);
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pessoa em um processo sobre assunto que interessa ao intimando (CD art. 92). É
sempre por escrito. Art. 93.
Notificação – (notificare, dar a saber) É a ciência de uma decisão da
autoridade judiciária para que se faça ou providencie alguma coisa ou tome as
medidas legais cabíveis. A intimação é feita às partes no processo; a notificação é
uma comunicação no decurso do processo para fazer ou deixar de fazer algo (ver
CD art. 83, d).
Prescrição – É o perecimento da ação para defender o direito pelo não
exercício dele após certo tempo. É a omissão da ação. Com a prescrição o direito
se extingue. Ocorre em conseqüência do curso de um prazo ou do próprio curso do
prazo, conforme as condições estabelecidas em lei (CD art. 17). Ver decadência
Revelia, revel – A revelia ocorre quando alguém citado ou intimado deixa de
comparecer ao curso do processo para defender-se no prazo que lhe foi designado.
A pessoa torna-se revel, mas o processo tem o seu seguimento sem a presença do
revel ou contumaz. O comparecimento posterior extingue a revelia mas não anula a
validez dos atos já praticados no curso do processo (cf. CD 59, 84 in fine).
Decadência – É a queda ou perda de um direito pelo seu não exercício,
conforme a própria lei estabelece. Ocorre pela inércia da pessoa quanto ao
exercício da ação. A decadência impede que o direito assegurado se reafirme pela
falta de exercício. Tem analogia com a prescrição (ver CD parágrafo único do art.
17).
Competência – 1. Aptidão para exercitar ou fruir um direito; 2. Capacidade
legal para o exercício do poder. 3. Atribuição para deliberar ou decidir como
autoridade jurisdicional ou administrativa. É judiciária quando se funda no poder de
julgar; confere poder para decidir nos limites da investidura do cargo.
Jurisdição – É poder ou autoridade atribuídos a pessoa para solucionar
questões de ordem jurídica e administrativa. Inclui a área ou território no qual se
exerce este poder, pela pessoa ou por um tribunal, concilio ou diocese. Os juizes
têm jurisdição para resolver casos que lhe são entregues. É competência (atribuição
de poderes) a uma autoridade. No caso da CI-IPB o Conselho tem jurisdição sobre
os membros (arts. 16 e; 20, 22, 23 e. O Presbitério tem jurisdição sobre os pastores
e Conselhos (art. 23 § 3º, 27 § 2º) e a sua competência decorre da jurisdição. Ver
competência.
Sentença – É a decisão dada por uma autoridade à qual foi submetida uma
questão para julgamento. Pela sentença se julga uma questão em caráter definitivo,
ainda que possa ser reformada por autoridade superior mediante recurso próprio
(art. 115 e seguintes).
Trânsito em julgado da sentença – Também se diz “sentença passada em
julgado”, “coisa julgada”, “caso julgado”. É quando a sentença se tornou definitiva
ou irretratável por não comportar mais recurso. Em nosso CD o prazo para recurso
contra a sentença (acórdão) é de cinco dias da intimação (art. 117) e não ocorrendo
a apelação nesse prazo a sentença transita em julgado.
Acórdão – Derivado do presente do plural do verbo acordar, com o sentido de
concordar; entrar em acordo. É decisão ou resolução coletiva. São as decisões dos
tribunais. Os juízes nas sentenças individuais decidem; quando decidem
coletivamente em tribunal, eles acordam. O conjunto de acórdãos forma a
jurisprudência, quando uniforme. Já o nosso CD usa indistintamente os termos
sentença ou acórdão (art. 94 e seguintes).
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citações dos artigos, separando-os com incisos e alíneas, para que prevaleça a
síntese, o que nem sempre é possível. Quando o autor desta notas apresenta sua
opinião, esta vem entre parênteses. Não há uma uniformidade de linguagem nas
resoluções e nos últimos anos seus números passaram a ser representados em
algarismo romanos e aqui reduzidos em arábicos, para mais rápida identificação.
Há resoluções contraditórias e outras são óbvias, ociosas e tautológicas, limitando-
se a dizer ou repetir o que está no texto.
Antecipadamente agradecemos a todos os que se manifestaram apontando
falhas e omissões válidas, para o devido reparo.
1 – ABREVIAÇÕES USADAS
AG – Assembléia Geral
c.c – combinado com.
CD – Código de Disciplina da IPB.
CE – Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB.
CF/88 – Constituição Federal de 1998 (Constituição da República Federativa do
Brasil, 1988).
CI – Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Cons. - Conselho.
IPU – Igreja Presbiteriana Unida.
IURD – Igreja Universal do Reino de Deus.
MUSI – Manual Unificado das Sociedades Internas.
PL – Princípios de Liturgia da IPB.
Pres. – Presidente.
Res. – Resolução, resoluções.
RI – Regimento Interno.
RI-CE – Regimento Interno da Comissão Executiva do SC/IPB.
RI-SC – Regimento Interno do SC/IPB.
RI-Sin. – Regimento Interno para os Sínodos.
RI-Presb. – Regimento Interno para os Presbitérios.
SC = SC/IPB – Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Sin. – Sínodo.
un. – Parágrafo único.
v. - ver.
CAPÍTULO II
Art. 4º § 2º: “As congregações de Igreja devem ser administradas pelo Conselho em
todas as suas dimensões, bem como a Presbiterial pelo Presbitério”. SC-98-
090.
Art. 4º § 3º: Não compete às Juntas de Missões organizar Igrejas; devem elas
convidar um Presbitério mais próximo para a organização e arrolar a Igreja.
CE-96-111.
Art. 5º: v. PL 39/43.
Art. 6º: “O modelo de Estatutos para as Igrejas locais, como dos demais fornecidos
pelo SC, não são obrigatórios senão em matéria que faça parte da CI/IPB.
No caso em questão cada igreja tem liberdade para adotar a orientação que
parecer mais conveniente”. SC-54-106.
Art. 8º: v.75.
Art. 8º § 1º: (A inclusão é meramente facultativa em casos administrativos, pois o
Conselho é soberano para tratar de todos os assuntos da vida eclesial sem
a presença dos diáconos).
Art. 8º § 2º: v. 77 e nota s/ quorum.
Art. 9º: Ano civil. “O SC resolve estabelecer a contagem do ano financeiro de janeiro
a dezembro. SC-54-104. “Informar a todos os concílios da IPB que os
relatórios dos concílios devem respeitar o Ano Eclesiástico estabelecido pela
IPB”. CE-92-081.
Art. 9º § 1º-a-b: v. 3º § 1º -a-b, 56-e, 138.
Art. 9º § 1º -d: Trata-se de reunião ordinária; v. 83-m.
Art. 9º § 2º: v. 13 § 1º, 25 § 2º e 112.
Art. 10: v. 27 § 2º e 80 (Só preside a assembléia o pastor da igreja ou o auxiliar e na
ausência deles o vice-presidente do Conselho. Logo, não se convida pastor
de fora para presidir a assembléia. Porém, quanto à presidência do
Conselho, o pastor presidente pode convidar outro ministro para presidi-lo,
conforme art. 78 e §§).
CAPÍTULO III
Art. 13 § 1º: v. 9º § 2º, 25 § 2º e 112. Quanto à eleição nas sociedades internas,
estas têm o MUSI como normativo. CE-2004-39.
Art 13 § 2º: A data da permanência começa a ser contada no dia em que o membro
foi registrado no livro de atas do Conselho da Igreja. SC-62-030.
Art. 14: Sobre vícios sociais: a) – Declarar que tudo o que destrói o corpo, que é
templo do Espírito Santo, é pecado e deve ser evitado... devendo os
Conselhos esforçar-se por conseguir o melhoramento espiritual de maneira
amistosa e fraternal. AG. 1936/042; b) – Determinar aos Concílios que
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CAPÍTULO IV – OFICIAIS
Art. 25-a-b-c: “Que não sejam ordenados ministros, presbíteros ou diáconos
pessoas que fumem”. SC-51-015, 54-119.
Art. 25-c: “Uma senhora não pode ser eleita e ordenada diaconisa. Todavia é
constitucional a eleição, pelo Conselho, de senhora para cargos piedosos e
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Art. 34-a: v. 46, 83-e, 88-h. Não há um limite mínimo para o tempo de eleição
pastoral. CE-2001-137. A indicação de candidato e o tempo de duração do
mandato são resolvidos pelo Conselho, posteriormente julgados pelo
Presbitério. A conveniência de consulta à Assembléia sobre a permanência
do pastor poderá ou não ser feita pelo Conselho. CE-2001-137.
Art. 34-a-b: Não pode o pastor efetivo exercer funções extra-eclesiásticas, salvo
com permissão especial do seu Presbitério e também do Conselho da Igreja
que o elegeu.
Art. 35: O sustento do Pastor evangelista é responsabilidade do Presbitério a que
este está jurisdicionado, mesmo que esteja sem campo no concílio,
conforme art. 35 da CI/IPB. Quanto ao padrão mínimo para o sustento,
continua em vigor o valor de cinco salários mínimos e casa, estabelecido
pela res. SC-74-007, mantida pela CE-89-064. Informar que o concílio não
pode dispensar o obreiro que não tiver campo, que o Presbitério faça um
levantamento administrativo do exercício ministerial do obreiro para informar
as causas e tratar delas conforme o art. 88, alíneas “b”, “d”, “e”, “g” e “n” e
art. 36, alínea “c”. SC-99E-59. Tempo integral. Quando uma Igreja não provê
os necessários recursos para o condigno sustento de seu pastor, não é justo
exigir dele tempo integral. O assunto em apreço não é primária e
essencialmente de TEMPO INTEGRAL, mas de CONSAGRAÇÃO
INTEGRAL ao ministério evangélico na multiforme maneira de sua
realização. SC-66-073. 13º Salário. Que as Igrejas paguem a seus pastores
o 13º salário e o escriturem como gratificação pelo “Dia do Pastor
Presbiteriano”. CE-94-098. Imposto de Renda. “Nos termos da legislação
vigente, as igrejas locais estão obrigadas a reter o Imposto de Renda na
Fonte sobre as importâncias pagas a terceiros com ou sem vínculo
empregatícios, desde que atinjam o limite mínimo exigido”. CE-87-073.
Art. 36-c: “Recomendar aos ministros da IPB que não confundam nem misturem o
exercício pastoral com outras atividades profissionais, inclusive a
psicanálise”. SC-99E-020. v. nota ao art. 43.
Art. 37: v. analogia com o art. 43.
Art. 40: “As férias devem ser concedidas ao obreiro pelo campo onde serviu durante
o período em que adquiriu o direito”. SC-86-085. Estabelecer que, ao
assegurar o gozo de férias, a CI/IPB omite a possibilidade de acúmulo ou de
remuneração de férias em atraso. Determinar que os Presbitérios orientem,
fiscalizem e façam cumprir o art. 40 da CI. CE-89-062.
Art. 42: “Os ministros em licença não podem representar seus Presbitérios em
Concílios superiores, nem fazer parte da Comissão Executiva do
Presbitério”. SC-58-077. A licença não impede que o ministro, quando
convidado, ministre a Ceia, invoque a bênção matrimonial e batize. SC-58-
078.
Art. 42: v. 48-c, CD 9º-d. 1) – Licença e poder judiciário. Quanto às Res. SC-69E1-
004 e 94-108, as quais determinaram que os concílios colocassem na
categoria do art. 42 da CI todo ministro que intentasse perante a Justiça
secular causas contra a IPB, suas Autarquias, Juntas e outras organizações,
as referidas disposições foram revogadas com a determinação de que os
Concílios orientem seus membros a observarem o que preceitua 1Co 6.1-8,
esgotando todos os recursos na CI e CD. SC-2002-011.
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CAPÍTULO V
Art. 62: Declarar que a confecção de Regimento Interno de um Concílio é matéria
da competência do próprio concílio, cabendo ao SC fornecer modelos,
conforme art. 143, alínea “c”, CI/IPB. SC-54-111.
Art. 63: “Tanto a Constituição da Igreja, como no Regimento Interno, inexiste
comprovação ou afirmação de que os sínodos seja competentes para
encaminhamento de documentos de Presbitérios ao Supremo Concílio”. CE-
82-031. “Devolver ao Presb. de Casa Verde a consulta encaminhada a esta
comissão Executiva, a fim de que a Consulta seja primeiramente
encaminhada ao Sínodo de São Paulo, atendendo-se aos artigos 61, 70,
letra “j”, 94 letra “h” e 97 letra “c” da Constituição da Igreja. CE-82-050.
(Decisões conflitantes oriundas da mesma reunião).
Art. 63: v. art. 70-i, j; 94-c; RI-SC 5º. Um ministro só pode remeter documento a
outro Presbitério por intermédio do seu próprio concílio, exceto em caso de
recusa. O recorrente deverá exigir por escrito a negativa. CE-2003-008.
Documentos para conhecimento da CE e SC. “Determinar que os
documentos a serem analisados pela CE/IPB sejam enviados à Secretaria
Executiva com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data da reunião,
sendo este prazo indicado pela data de postagem no correio”. CE-2003-79.
Art. 64: Trata-se de recurso administrativo, mediante petição, acompanhada de
razões. No concílio superior o recurso será recebido e apreciado como
qualquer outro documento. SC-54-094.
Art. 66-a: “Não poderão ser reeleitos integrantes da Mesa não representantes,
exceto o presidente da legislatura anterior, até três mandatos, conforme art.
66-a”. SC-99E-89. v. nota ao art. 67 § 1º.
239
CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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Art. 66-b: “Resolveu-se firmar jurisprudência de que membro “ex-officio” pode ser
votado, embora não tenha direito a votar”. SC-54-098. “Os membros ex-
officio só poderão tomar assento mediante apresentação de relatório de
trabalho ou encargo que lhes foi confiado pelo SC, devendo também, os
ministros apresentarem sua carteira ministerial”. SC-54-109. Ver também
SC-58-116. Ex-officio e sessão privativa. “Das reuniões privativas dos
concílios, só participam os efetivos”. CE-96-107.
Art. 66-c: Os membros correspondentes devem apresentar a sua Carteira de
Ministro à Mesa, para o devido registro. SC-94-249.
Art. 67: Presidente do SC. Regras para Presbitérios proporem candidatos. SC-74-
008.
Art. 67: Considerar inconstitucional a formação de chapas para a eleição nos
concílios. CE-2001-096.
Art. 67 § 1º: Que o presidente, em caso de empate, deve dar seu voto de
desempate (RI-SC e outros, 8º e “I”), ficando revogada a resolução SC-90-
90 (a que considerava eleito, após três escrutíneos, o mais idoso). CE-2003-
006.
Art. 67 § 1º: Secretários temporários. Só os membros efetivos votam cf. art. 66 “a”.
Votam Secretário Executivo e Tesoureiro quando não representantes (CE-
82-029). Que os secretários temporais não têm direito de votar, mas podem
receber voto para Secretário Executivo e Tesoureiro, conforme art. 67 § 5º.
CE-89-056.
Art. 67 § 1º: O presbítero não sendo presidente do Presbitério e não reeleito
representante, não é membro efetivo, não tem direito a voto. CE-95-025. v.
também CE-96-117.
Art. 67 § 2º: SE-SC-IPB. 1) – O SC resolve eleger um Secretário Executivo que se
declare pronto a dedicar tempo integral ao exercício de seu cargo, desde
que lhe possa votar verba necessária ao seu sustento e representação. SC-
62-037; 2) – Seja mantida a decisão que determina a função de SE exercida
com tempo integral. SC-74-073.
Art. 67. § 3º: O vice-presidente quando assume a presidência em definitivo, não
assume a vice-presidência na legislatura seguinte, pois não foi o presidente
da ordinária anterior, a qual se encerrou naturalmente sob a direção do
presidente eleito. CE-84-059.
Art. 67 § 4º: v. art. 26, 36-g, 52.
Art. 67 § 5º: v. art. 49 § 5º. Não há analogia entre ministro jubilado e presbítero em
disponibilidade, sendo considerada inconstitucional a res. CE-76-045.
Art. 72: (A rigor, havendo apenas oração na abertura dos trabalhos, está realizado o
exercício espiritual, conf. RIs. Art. 2º).
Art. 72: Reunião pública do Conselho. Que os arts. 26, 27 e 28 PL se referem à
reunião pública da Igreja. CE-98-163. Ver, também, Res. SC-99E-LXXV.
(Observamos que as resoluções interpretam mal os textos invocados. A
reunião pública do Conselho, no caso, é para situação específica –
ordenação e investidura de oficiais – uma exceção à regra do art. 72 da
CI. Tanto isso é verdade, que a comissão que elaborou o Manual do Culto,
na forma para se observar a ordenação de oficiais, fala de “reunião do
Conselho em presença da Igreja”, e o SC aprovou isso e, realmente, é isso
que dizem os PL).
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CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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CAP IV
Art. 98: v. art. 27 § 1º.
Art. 99: À luz dos arts. 27 § 1º, 98, 99 item 3, § 1º da CI, as comissões deverão ser
constituídas de ministros e presbíteros. SC-54-109 e 58-116. (Observamos
que essas resoluções são ociosas, pois o art. 98 claramente diz isso).
Art. 99, item 2: As comissões Permanentes devem apresentar relatório à CE, para
cumprimento do art. 104, letra a da CI. CE-56-040.
Art. 99 § 3º: Eis as comissões permanentes da IPB: 1) – JMN – Junta de Missões
Nacionais; 2) – APMT (ex JME) – Agência Presbiteriana de Missões
Transculturais; 3) – JPEF – Junta Patrimonial, Econômica e Financeira; 4) –
CECEP – Conselho de Educação Cristã de Publicações; 5) – CC & M –
Conselho de Comunicação e Marketing; 6) – FENEP – Federação Nacional
de Escolas Presbiteriana; 7) – Historiador da Igreja; 8) – JET – Junta de
Educação Teológica; 9) – CRIE – Comissão de Relações Inter-Eclesiásticas;
10) – CAS – Conselho de Assistência Social; 11) – CNE – Comissão
Nacional de Evangelização; 12) – CSM – Comissão de Sistemas e Métodos;
13) – Comissão de Previdência, Saúde e Seguridade; 14) – Comissão de
Hinologia e Música; 15) – TR-SC – Tribunal de Recursos do SC-IPB.
Art. 102 § 2º: Ao longo da história, SC e CE sempre delegaram atribuições à Mesa
da CE com o objetivo de remir o tempo e supervisionar os diversos órgãos
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CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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da Igreja; que o RI-CE cita em vários artigos a existência de sua Mesa... CE-
200-155.
Art. 104: ver RI-CE, 3º.
Art. 104 único: Voto unânime. “Responder que deve haver, para o caso, o voto
unânime dos presentes”. SC-2002-13.
Art. 105: Autarquia da IPB: 1) – Instituto Presbiteriano Gammon, Lavras, MG; 2) -
Instituto Presbiteriano Mackenzie, SP; 3) – Escola Presbiteriana de Alta
Floresta, MT; 4) – Escola Presbiteriana de Juína, MT; 5) – Escola
Presbiteriana de Matupá, MT; 6) – Escola Presbiteriana Erasmo Braga,
Dourados, MS; 7) – Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, Recife, PE; 8) –
Colégio Presbiteriano XV de Novembro, Garanhuns, PE; 9) – Casa Editora
Presbiteriana; 10) – Associação Nacional de Escolas Presbiteriana ANEP;
11) – Instituto R. H. Camenish, Palmas, TO; 12) – Rede Presbiteriana de
Comunicação; 13) - Instituto Samuel Graham, Jataí, GO; 14) – Instituto
Cristão de Castro, PR; 15) – Associação Beneficente Douradense,
Dourados, MS; 16) – Hospital Evangélico de Rio Verde, GO; 17) – Luz para
o Caminho, Campinas, SP.
Art. 106: Sobre as nomeações de secretários, declarar que não há impedimento
legal para a eleição de membros de nossas igrejas, que não sejam oficiais.
CE-2000-125.
Art. 107: Única entidade conhecida: SAMMAAR – Sociedade Amigos de Meninas e
Meninos Adolescentes Aprendizes de Rubiataba, GO.
CAP VII
Art. 108: A vocação religiosa do Ministério Cristão não torna o vocacionado um
profissional de salário, pelo que não compete à organização religiosa que
ele serve estabelecer relação de emprego, para serviço cristão que o obreiro
presta à comunidade religiosa. CE-61-001.
Art. 109: v. art. 25 § 1º, 28-b; PL 26/30.
Art. 109 § 2º: v. art. 29.
Art. 110: ver art. 50/58; 83-e.
Art. 111: ver art. 83-d.
Art. 111 único: ver art. 54 § 1º, 55.
Art. 112 in fine: (Refere-se aos maiores de 18 anos; decurso de seis meses de
recepção e um ano para oficial, ressalvados os casos especiais).
Art. 113: ver PL 26/30.
Art. 115: Os Conselhos devem cumprir o que determina a Res. SC-90-163. É longa
e pode assim ser resumida: 1) – Ser membro da Igreja loca há mais de três
anos; 2) – Ser arrolados pelo Conselho como aspirante; 3) – Realizar
trabalho específico com relatório; 4) – Fazer leituras e estudos que
comprovem maturidade, desenvolvimento sócio-cultural e eclesial; 5) –
Facilidade para expor a Bíblia, dar aula na ED, pregar, dirigir reuniões; 6) –
Comprovar vocação pastoral nas atividades; 7) – Conclusão de ensino
médio; 8) – Encaminhar, oportunamente, o dossiê com o “curriculum vitae”
ao presbitério. “Declarar que o prazo referido na Res. 90-163, de três anos,
refere-se à Igreja local. Se o aspirante tenha que se transferir, poderá o
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CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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1) – A idade limite para batismo de menor fica a critério dos pastores. SC-62-
033;
2) – Não há nas Escrituras, nem na Confissão de Fé e Catecismos limite de
idade. Depende da criança, do testemunho dos pais e juízo do Conselho. CE-
2004-37;
3) – Batismo de menor em uma igreja presbiteriana, cujos pais são membros de
outra igreja presbiteriana. Não é regular. Excepcionalmente pode ser feito em
entendimento prévio com os pastores, devendo o menor ser arrolado na igreja
dos pais. SC-54-116.
1) – “A IPB reconhece como válido e cristão o batismo praticado por uma igreja
batista”. SC-54-139;
2) – Pessoas oriundas do romanismo. Que a Igreja Católica não é evangélica,
pelo que os Conselhos devem cumprir o que estabelece o art. 12 dos PL. SC-
90-150. A Res. 2004-38 reafirma essa posição;
3) – Batismo com o Espírito Santo. “A doutrina do batismo com o Espírito
Santo, como uma “segunda bênção”, distinta da conversão, não deve ser
ensinada nem propagada pelos Pastores ou Membros nas comunidades, por
ser biblicamente equivocada. Todo ensino sobre línguas e profecias que
entende estes fenômenos como um sinal do batismo com o Espírito é
contrário à Escritura, visto que a sua evidência é a regeneração e a
conversão”. SC-98-119;
4) – Batismo por outra denominação. Ver nota ao art. 20 CI.
Capítulo VIII
Capítulo XII
Capítulo XV
248
XX. PALAVRAS, LOCUÇÕES E FRASES LATINAS COMUMENTE CITADAS
NA LITERATURA JURIDICA E NO PROCESSO
Idem – O mesmo.
Id est – isto é
In absentia – Na ausência. Refere-se ao julgamento do réu ausente.
In albis – Em branco, sem providência
In dubio pro reo – Na dúvida, a favor do réu. Na incerteza do julgamento e
decisão, favorece-se o réu.
In extenso – Por extenso, na íntegra
In fine – No fim, usado nas citações, referindo à parte final.
In limine – No início. Ver ab initio.
In loco – No lugar; no próprio local. Mesmo que in situ.
In se ipsa – Em si mesma.
Intentio legis – A intenção ou finalidade da lei.
Intuitu personae – Em consideração à pessoa; em função da pessoa.
In verbis – Pelas mesmas palavras; textualmente. Igual a: verbis, ad litteram;
ipsis verbis; verbo ad verbum.
Ipis litteris – Textualmente.
Ipis verbis – Pelas mesmas palavras. Ver in verbis.
Ipso facto – Por este fato; por isso mesmo.
Juris et de jure – De direito e por direito. E’ presunção legal que não admite
prova em contrário.
Juris tantum – Pertence só ao direito e prevalece até prova em contrário.
Lapsus – linguae – Erro de língua ou involuntário no ato de falar ou dizer.
Lato sensu – Em sentido lato. Ver stricto sensu.
Loco citado – No local ou trecho citado.
Manu militari – Com mão ou força militar, coercitivamente.
Marginalis – Anotações marginais.
Mea culpa – Minha culpa; reconhecer o erro.
Mens legis – A mente ou espírito da lei.
Meta optata – Alvo desejado ou visado.
Minima de malis – Dos males o menor.
Miserere – Tem piedade.
Modus faciendi – Maneira de agir ou fazer.
Modus probandi – Modo de provar; forma de prova.
Mutatis mutandi – Mudado o que deve ser mudado; guardadas as devidas
proporções.
Nomen juris – Nome jurídico ou legal.
Nulla poena sine lege – Nula é a pena sem lei; não há pena sem lei.
Nulla poena sine judicio – Nula é a pena sem julgamento.
Opus – Obra.
Pari passu – A passo igual; passo a passo; simultaneamente.
Passim – Por aqui e ali. Usa-se após título de uma obra para dizer das
referências a vários trechos.
Per capta – Por cabeça; para cada pessoa;
Prima facie – À primeira vista, sem maiores exames.
Primus inter pares – Primeiro entre os pares, os colegas.
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CONSTITUIÇÃO E ORDEMA DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
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