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Aula 01 - Ecologia e ciências ambientais

Biologia p/ ENEM 2017 (Com videoaulas)


Professor: Daniel dos Reis Lopes

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Biologia para o ENEM
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AULA 01: Conceitos básicos de ecologia; cadeias


e teias alimentares; pirâmides ecológicas; ciclos
biogeoquímicos; dinâmica de populações;
relações ecológicas; sucessão ecológica.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conceitos básicos de ecologia 01
2. Cadeias e teias alimentares 04
3. Pirâmides ecológicas 10
4. Ciclos biogeoquímicos 12
5. Dinâmica de populações 17
6. Relações ecológicas 21
7. Sucessão ecológica 35
8. Questões comentadas 36
9. Bibliografia consultada 64

1. Conceitos básicos de ecologia

Muito bem jovens. Vamos começar a estudar o assunto que é, de longe,


o mais cobrado no ENEM: Ecologia. De fato, esse tema apareceu em mais
de 30% das questões de Biologia de todos os exames. Abaixo apresento
um gráfico com as subáreas da Ecologia cobradas nas questões do ENEM.

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Fig. 01: Quantidade de questões distribuídas nas subáreas da Ecologia.

Trabalharemos todos esses assuntos nessa e na próxima aula.

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A palavra Ecologia deriva do grego e é a junção de “oikos”, que significa


casa com “logos”, que significa estudo.

ECOLOGIA
Casa Estudo

Assim, podemos dizer que Ecologia é o estudo da casa, ou seja, o


estudo do ambiente e da maneira que os seres vivos interagem nele e
com ele.
Para entender melhor essas relações entre os seres vivos e o meio
ambiente, precisamos conhecer os níveis de organização da vida. Dá
uma olhada nessa “escadinha” que resume esses níveis:

Biosfera
Bioma
Ecossistema
Comunidade Objeto de Estudo da
Ecologia
População
Organismo
Sistema
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Órgão
Tecido
Célula
Os níveis que a Ecologia estuda vão de Organismo até Biosfera e são
esses que vamos ver mais detalhadamente a seguir. É importante lembrar
também que, para seres unicelulares, ou seja, aqueles que possuem apenas
uma célula (bactérias por exemplo), a própria célula equivale ao nível de
organismo. Vamos a algumas definições então.
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 ORGANISMO
Corresponde a um indivíduo de uma determinada espécie. Existem
vários conceitos de espécie, mas o mais utilizado é o conjunto de seres
muito semelhantes capazes de reproduzirem entre si e gerarem
descendentes férteis. O local onde um organismo vive é chamado de
habitat. O modo de vida de um organismo, a função que ele desempenha
em um ecossistema, incluindo seu habitat e todas as características que
envolvem as relações entre ele, os outros organismos e o ambiente é
chamado de nicho ecológico.

 POPULAÇÃO
É o conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam um
determinado local. Podemos dizer, por exemplo, que as bactérias da mesma
espécie que vivem dentro do seu intestino formam uma população. O
conjunto de tamanduás-bandeira que vivem no Jardim Botânico de Brasília
também forma uma população.

 COMUNIDADE
É o conjunto de populações que interagem entre si e que habitam um
determinado local. Se considerarmos todos os seres vivos que habitam um
lago, por exemplo, interagindo entre si, seja competindo por recursos ou
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servindo de alimento para o outro, teremos um exemplo de comunidade


biológica.

 ECOSSISTEMA
É o conjunto dos componentes bióticos do ambiente (comunidades)
mais os componentes abióticos. O conjunto de comunidades também é
chamado de biocenose. Os componentes abióticos são a parte não viva de
um ecossistema, porém representam as condições para a vida. São eles:
temperatura, umidade, salinidade, pH, luminosidade, rochas e solo. Assim,
podemos considerar um lago como um ecossistema, com todos os seus

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organismos interagindo entre si e também com os fatores abióticos. Por


outro lado, uma gota de água também pode ser considerada um
ecossistema, com todos os seus organismos microscópicos e suas
respectivas interações. (Isso é tão bonito que chega a ser poético, não é?)

 BIOMA
É o conjunto de ecossistemas com características em comum como a
fitofisionomia (o aspecto da vegetação), o macroclima, o solo, a altitude e,
por vezes, a existência ou não de fogo natural. O cerrado, por exemplo, é
um bioma, com toda a sua variedade de ecossistemas que refletem várias
características em comum. Falaremos do cerrado e dos demais biomas
brasileiros na aula 02.

 BIOSFERA
Significa esfera de vida e corresponde ao conjunto de todos os biomas
(contendo seus ecossistemas) do nosso planeta.

Com esses conceitos em mente, vai ficar mais fácil para que você
entenda o que vem a seguir. Bora lá?

2. Cadeias e teias alimentares


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“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ”

Essa célebre frase do químico francês Antoine Lavoisier, que resume o


princípio de conservação da energia tem tudo a ver com o que vamos
estudar agora. Afinal, quando falamos de relações tróficas (trófico =
alimentar) entre os seres vivos, estamos considerando o fluxo de energia
e matéria através dos ecossistemas. E, nesse caso, falaremos
inevitavelmente sobre formas de obtenção de energia pelos seres vivos, ou
seja, sobre alimentação, em um sentido mais restrito.

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Na natureza existem dois tipos básicos de seres vivos, em relação ao


seu tipo de obtenção de energia:
- Autotróficos: aqueles seres vivos que conseguem produzir seu
próprio “alimento” através de algum processo bioquímico, como a
fotossíntese e a quimiossíntese. Exemplo: plantas
- Heterotróficos: aqueles seres vivos que, por não conseguirem
produzir seu próprio alimento, devem recorrer às moléculas orgânicas
disponíveis no ambiente na forma de outros seres vivos. Exemplo: animais

Dessa forma, os heterotróficos dependem dos autotróficos, uma


vez que são esses últimos que iniciam o fluxo de matéria e energia nas
comunidades biológicas. Dá uma olhada no esquema abaixo.

Produtores Consumidores
SOL (Heterotróficos)
(Autotróficos)

Fig. 02: Fluxo de energia nos ecossistemas. As setas azuis representam a direção desse fluxo.

Se considerarmos que a grande maioria dos seres autotróficos realizam


a fotossíntese e, por isso, dependem da energia que vem do Sol, podemos
dizer então que a vida na Terra depende diretamente do Sol.
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Pelo fato de que os seres autotróficos produzem o seu próprio alimento,


eles são classificados como produtores dentro dos níveis tróficos. Já os
seres heterotróficos consomem a matéria orgânica já produzida
anteriormente e, por isso, ocupam os níveis tróficos de consumidores.
Nesse momento, faça uma pausa e pense no que você ingeriu no seu
último almoço. Eu também vou pensar aqui.

Pronto! Vamos lá. Eu comi uma salada com alface e tomate; um bife
bovino; arroz, feijão e batata frita para acompanhar. Vamos colocar isso
numa tabela.

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Alimento Tipo de nutrição Nível trófico


Alface Autotrófica Produtor
Tomate Autotrófica Produtor
Arroz Autotrófica Produtor
Feijão Autotrófica Produtor
Batata Autotrófica Produtor
Bife Heterotrófica Consumidor

Se você fizer uma tabela semelhante, vai ver como a nossa


alimentação depende dos seres produtores, pois mesmo o boi que você
come, é alimentado à base de vegetais e todos esses vegetais dependem
do Sol para realizar a fotossíntese.

Existe um outro nível trófico que engloba os seres responsáveis pela


reciclagem da matéria orgânica no planeta. Esse nível é o dos
decompositores (fungos e bactérias) e eles são importantíssimos para que
o ciclo da matéria seja reiniciado nos ecossistemas. Imagine se, ao morrer,
os seres vivos não fossem decompostos. Haveria um acúmulo de matéria
orgânica aprisionada nesses corpos que não poderia ser disponibilizado para
outros seres vivos utilizarem.

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CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES


Cadeias alimentares são uma forma de representar as relações tróficas
entre os seres vivos. Sempre são iniciadas com um organismo produtor e
suas setas indicam a direção do fluxo de matéria e energia entre os seres
vivos. Os consumidores que se alimentam dos produtores são chamados de
consumidores primários. Aqueles que se alimentam deles são chamados
de consumidores secundários e assim sucessivamente. Observe as duas
cadeias alimentares representadas na figura abaixo.

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Fig. 03: Exemplos de cadeias alimentares.


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Podemos extrair algumas informações sobre essas cadeias


alimentares, como por exemplo: a) a planta e o fitoplâncton estão na base
das suas respectivas cadeias (lembre-se que os produtores sempre ocupam
a base). b) o gavião e a orca estão no topo das suas respectivas cadeias,
uma vez que não possuem predadores naturais nesses exemplos.
Obs: Em cadeias alimentares onde há níveis acima de consumidores
quaternários, passamos a usar consumidor de quinta ordem, sexta ordem
e assim sucessivamente.

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Normalmente, os seres decompositores não são representados nas


cadeias ou teias alimentares porque eles deveriam estar ligados a todos os
seres vivos presentes, já que em algum dia todos eles morrerão e serão
decompostos. Isso prejudica a visualização das relações entre os seres
vivos e acaba sendo pouco didático, mas lembre-se que eles estão sempre
presentes nos ecossistemas.

Mas é claro que na natureza as relações tróficas não são tão lineares
como uma cadeia alimentar. Na verdade, os seres vivos se relacionam de
maneira muito mais complexa, pois cada um deles pode servir de alimento
para mais de uma espécie e também se alimentar de mais de uma espécie,
podendo por isso ocupar inclusive mais de um nível trófico. Uma tentativa
de representação dessas relações mais correta é a teia alimentar. Veja a
figura abaixo.

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Fig. 04: Exemplo de teia alimentar.

Repare que na teia alimentar da figura 04 existem vários animais


ocupando mais de um nível trófico. É o caso do krill, por exemplo que, ao
se alimentar de fitoplâncton é consumidor primário e, ao se alimentar de
copépodes é consumidor secundário. Uma ótima sugestão de exercício é
identificar os possíveis níveis tróficos de cada organismo presente nessa
teia alimentar. Faça isso e envie as dúvidas pra mim no nosso fórum, ok?

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PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA
Vimos que os seres produtores são capazes de obter suas moléculas
orgânicas a partir de algum processo bioquímico como por exemplo a
fotossíntese. Ao analisarmos um ecossistema, podemos quantificar essa
matéria orgânica produzida pelos produtores através da chamada
produtividade primária.
A produtividade primária bruta (PPB) é a quantidade de matéria
orgânica produzida pelos produtores de um ecossistema em certo intervalo
de tempo e por determinada área ou volume. Não podemos esquecer,
porém, que parte dessa matéria orgânica produzida vai ser utilizada pelos
produtores no processo de respiração celular. Assim, a produtividade
primária líquida (PPL) é obtida pela subtração da matéria orgânica gasta
na respiração (R) da PPB: PPB – R = PPL.

3. Pirâmides ecológicas

Pirâmides ecológicas são formas de se representar as cadeias


alimentares. Cada degrau de uma pirâmide equivale a um nível trófico de
uma cadeia alimentar. Como os decompositores não estão “acima” ou
“abaixo” dos demais níveis, eles não são representados.
A base de uma pirâmide ecológica sempre vai ser o nível trófico dos
produtores, e os degraus seguintes seguem a ordem dos demais níveis da
cadeia alimentar representada.
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PIRÂMIDES DE NÚMERO
Representam os números de indivíduos presentes em cada nível
trófico. Dependendo da cadeia alimentar representada, pode ser uma
pirâmide normal, com a base mais larga do que o topo, ou uma pirâmide
invertida. Pirâmides invertidas ocorrem, normalmente, quando incluímos
parasitas em uma cadeia alimentar, uma vez que, em muitos casos, eles
são mais numerosos do que seus hospedeiros. Em algumas situações,
podemos ter uma pirâmide começando invertida e depois adotando o
padrão normal, como a representada na figura 05.

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Fig. 05: Exemplo de pirâmide de números em que 2 árvores servem de alimento para mil insetos e
esses, por sua vez, servem de alimento para 10 pássaros.

PIRÂMIDES DE ENERGIA
Essas pirâmides representam a quantidade de matéria orgânica
presente no corpo dos seres vivos de determinado nível trófico, em
determinado momento (biomassa). Consequentemente, elas expressam
também a quantidade de energia química potencial disponível para o nível
trófico seguinte.
Como existem perdas de matéria e energia entre os níveis tróficos, as
pirâmides de energia apresentam a base mais larga e o topo mais estreito.

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Fig. 06: Representação da biomassa e da energia de três níveis tróficos em três ambientes
diferentes.

4. Ciclos biogeoquímicos

Podemos considerar que a Terra é um sistema fechado em termos de


matéria, uma vez que a quantidade de elementos recebidos através de
meteoritos não chega a ser significativa nos dias de hoje. Sendo assim, os
elementos químicos que compõem os seres vivos e também a matéria não-
viva precisam ser reciclados de alguma maneira para que possam ser
reaproveitados. Falamos então dos ciclos biogeoquímicos, que nos mostram
de que forma esses elementos circulam entre os seres vivos e os
reservatórios de matéria inorgânica.
Daremos mais ênfase aos três ciclos biogeoquímicos mais cobrados que
são o ciclo da água, o do carbono e o do nitrogênio.

CICLO DA ÁGUA

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Fig. 07: Ciclo da água

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A água é a molécula inorgânica mais importante e mais abundante dos


seres vivos. Além disso, contribui para o transporte de outras substâncias
importantes dentro dos ecossistemas. O seu estado físico em que
normalmente é utilizada pelos seres vivos é o líquido, mas algumas plantas
também a podem absorver no estado de vapor. O maior reservatório de
água líquida no planeta está nos oceanos (97%). Os outros 3%
correspondem à água no estado sólido das geleiras (2%) e 1% nos rios,
lagos e leitos subterrâneos. A água no estado líquido sofre evaporação e
passa para a atmosfera no estado gasoso. A água liberada na respiração e
na transpiração dos seres vivos também se junta a esse vapor na
atmosfera. O vapor então se condensa e precipita na forma de chuva sobre
a superfície do planeta podendo se infiltrar no solo e/ou reintegrar os
reservatórios na natureza. Além disso, os seres vivos a absorvem e a
utilizam nos seus mais variados processos metabólicos. Com isso o ciclo se
mantém.
Didaticamente falamos em dois tipos de ciclo da água: o ciclo curto e
o ciclo longo. No curto não consideramos a passagem da água através dos
seres vivos. Ou seja, ela está apenas transitando entre a atmosfera no
estado gasoso e entre os reservatórios de água líquida. Já no ciclo longo,
consideramos a passagem da água através dos processos metabólicos dos
seres vivos e a sua liberação através da respiração, transpiração, restos da
alimentação e produtos de excreção.
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É importante lembrar que, em vários processos, o ser humano torna a


água imprópria para consumo e isso afeta diretamente a manutenção do
ciclo da água e a disponibilidade desse recurso para os seres vivos.

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CICLO DO CARBONO

Fig. 08: Ciclo do Carbono

O carbono é o elemento químico fundamental na formação das


moléculas orgânicas e, por isso, de suma importância para os seres vivos.
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Ele é incorporado às cadeias alimentares através da fotossíntese, que utiliza


o carbono disponível no gás carbônico atmosférico (CO2) para formar (de
maneira geral) a glicose (C6H12O6). A partir daí o carbono é passado através
dos níveis tróficos pela alimentação e é devolvido à atmosfera pela
respiração. Os restos de alimentação, como as fezes, devolvem o carbono
para o solo, assim como a decomposição dos seres vivos.
O maior reservatório de carbono, no entanto, está nas rochas
sedimentares formadas há milhões de anos. As reservas de petróleo e gás
natural possuem grande quantidade de carbono aprisionado que o ser

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humano vem utilizando como combustível, fato que libera muito gás
carbônico na atmosfera, que acaba não sendo absorvido pelo ciclo. Grande
parte desse carbono acaba dissolvida nos oceanos. O CO2 que permanece
na atmosfera acaba contribuindo para o aumento do efeito estufa e isso
tem como consequência o aumento da temperatura média do nosso
planeta. O chamado aquecimento global pode ter consequências
desastrosas para o equilíbrio nos ecossistemas da Terra. Falaremos mais
sobre isso na próxima aula.

CICLO DO NITROGÊNIO

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Fig. 09: Ciclo do Nitrogênio

Sabemos que o gás nitrogênio (N2) é o gás mais abundante da nossa


atmosfera, representando cerca de 78% do ar circulante, e que o elemento
químico nitrogênio está presente em diversas moléculas importantes dos
seres vivos, como as proteínas, os ácidos nucleicos (DNA e RNA) e o ATP.
No entanto, os seres vivos não conseguem absorver esse nitrogênio através

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da respiração. Esse gás entra e sai na mesma quantidade dos nossos


pulmões. Dessa forma, existe um outro processo para que esse nitrogênio
seja disponibilizado para os seres vivos na natureza. Isso é o que define o
Ciclo do Nitrogênio.
Existem bactérias fixadoras de nitrogênio que podem estar livres
no solo ou associadas em raízes de leguminosas. Essas bactérias
conseguem utilizar o N2 atmosférico para produzir amônia (NH3). Outras
bactérias chamadas nitrificantes, transformam essa amônia em íons
nitrito (NO2-) e em íons nitrato (NO3-). Esses últimos podem ser facilmente
assimilados pelas plantas para a produção de suas moléculas orgânicas
nitrogenadas.
Existem ainda outras bactérias chamadas desnitrificantes que fazem
o processo inverso e devolvem o nitrogênio para a atmosfera fechando o
ciclo.

OUTROS CICLOS BIOGEOQUÍMICOS


Outros ciclos biogeoquímicos de menor expressão incluem o Ciclo do
Enxofre, o Ciclo do Fósforo e os de elementos presentes em pequenas
quantidades nos seres vivos, como o ferro, o iodo, o cobalto e o selênio.
O enxofre é liberado na atmosfera na forma de dióxido de enxofre e
gás sulfídrico por fumarolas e vulcões. Algumas algas o liberam na forma
de dimetil sulfeto. Nos seres vivos ele é importante componente das
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proteínas. As ações do ser humano podem aumentar a liberação de enxofre


na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis gerando ácido
sulfúrico. Esse ácido, juntamente com o ácido nítrico, é um dos causadores
da chuva ácida, fenômeno que comentaremos na próxima aula.
O fósforo é componente dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) e do ATP.
Por isso, é de vital importância para todos os seres vivos do planeta. A
maior parte do seu ciclo acontece entre os seres vivos, já que os processos
que envolvem a formação de rochas sedimentares que atuam como seu
reservatório demoram milhões de anos para se completarem. Devido à essa
relativa dificuldade na sua reciclagem na natureza, ele é considerado um

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nutriente limitante nos ecossistemas e é, frequentemente usado como


adubo em plantações. No entanto, o seu excesso pode levar à eutrofização
dos ambientes, processo que também vamos explorar na próxima aula.

5. Dinâmica de populações

Como já vimos, uma população biológica é um conjunto de indivíduos


de uma mesma espécie em um determinado local. As populações, como era
de se esperar, não se mantêm estáticas ao longo do tempo. Na verdade, há
todo um dinamismo que pode ser configurado em situações de equilíbrio,
crescimento ou diminuição no número de indivíduos que fazem parte delas.
Essas situações são refletidas nas medidas de densidade populacional,
que é definida como o número de indivíduos por unidade de área (para
espécies terrestres) ou por unidade de volume (para espécies aquáticas).

D = N/S ou D = N/V

(D: Densidade, N: número de indivíduos, S: área, V: volume)

Existem quatro fatores que influenciam na densidade de uma


população, como mostra a figura abaixo.

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Fig. 10: Fatores que influenciam a densidade populacional.

Dessa forma, quando nascimentos e imigrações superam mortes e


emigrações, a população cresce. Quando ocorre o contrário, a população
diminui.
Teoricamente, qualquer população em condições ambientais ideais,
tem o potencial de aumentar indefinidamente. Por exemplo, se
considerarmos que todos os descendentes de uma única bactéria fossem
capazes de crescer e reproduzir em um ambiente com recursos ilimitados,
em um mês essa colônia pesaria mais do que todo o universo visível! Isso
é o que chamamos de crescimento exponencial e ele representa a
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capacidade de uma população crescer em condições ideais, ou seja, o seu


potencial biótico (ou reprodutivo). Veja abaixo um gráfico que representa
o crescimento exponencial de uma população de elefantes marinhos.

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Fig. 11: Crescimento exponencial em uma população de elefantes marinhos com recursos
ambientais ilimitados.

No exemplo do gráfico acima, essa população estava em uma situação


ideal, com recursos ilimitados. No entanto, essas situações não duram
muito tempo devido à resistência ambiental. A resistência ambiental é a
diferença entre o máximo que uma população pode crescer (potencial
biótico) e o crescimento real da população.
É normal, portanto, que uma população cresça exponencialmente num
primeiro momento e, a partir de certo ponto, diminua sua velocidade de
crescimento até atingir uma situação em que seu número de indivíduos
permaneça constante. Essa diminuição na velocidade de crescimento ocorre
devido à resistência ambiental, seja ela pela limitação de alimentos ou
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espaço ou ainda pela ação de predadores, parasitas e competidores. O


gráfico que representa esse tipo de crescimento é uma curva em S ou curva
logística.

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Fig. 12: Crescimento populacional logístico.

Quando uma população, em crescimento logístico, atinge o equilíbrio e


seu número de indivíduos torna-se constante, dizemos que ela atingiu a
capacidade de suporte do ambiente, que nada mais é do que a
densidade populacional máxima permitida pela resistência ambiental.
Existe uma relação de controle mútuo muito forte entre populações de
predadores e de presas. Observe o gráfico abaixo que mostra as oscilações
de uma população de lebres (presa) e linces (predadores). É visível que as
variações de uma população acompanham as da outra. O que acontece é
que em momentos de escassez de alimentos para as lebres devido a
condições ambientais que diminuem a quantidade das plantas que elas
comem, muitos desses indivíduos acabam morrendo, o que diminui também
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a disponibilidade de alimentos para os linces (que comem as lebres). Com


a diminuição no número de predadores e com a recuperação das populações
de plantas, o número de lebres volta a aumentar, possibilitando também o
aumento no número de linces e reiniciando o ciclo.

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Fig. 13: Flutuação do número de linces e lebres ao longo do tempo.

É por isso que uma das estratégias para reduzir o número de indivíduos
de alguma população (pragas, por exemplo), envolve a introdução de um
predador para essa espécie. Esse controle biológico, contudo, deve ser
feito de maneira muito cuidadosa para que o predador introduzido não
cause desequilíbrio em outras espécies também e o “tiro saia pela culatra”,
fazendo com que essa espécie se torne também uma praga.

6. Relações Ecológicas

Muito bem, queridos alunos e alunas. Vimos no capítulo anterior de


que maneira as populações biológicas sofrem variações no seu número de
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indivíduos. No entanto, não podemos esquecer que essas populações estão


em constante interação com aquelas de outras espécies. Ou seja, numa
comunidade biológica vamos encontrar diversas relações ecológicas, que
podem ocorrer entre indivíduos de espécies diferentes (relações
interespecíficas) ou entre indivíduos da mesma espécie (relações
intraespecíficas).
É muito comum também dividirmos as relações ecológicas de acordo
com os efeitos nos seres envolvidos. Assim, se pelo menos um deles estiver
sendo prejudicado, diz-se que a relação é desarmônica. Já se nenhum dos

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envolvidos sofrer algum malefício, diz-se que a relação é harmônica. No


entanto, essa é uma definição um pouco polêmica, uma vez que mesmo as
relações desarmônicas têm um papel importante sobre as populações dos
seres prejudicados, uma vez que podem eliminar indivíduos doentes ou
idosos, efetuando um controle vantajoso sobre esses grupos, por exemplo.
De qualquer maneira, usaremos os sinais +, - e 0 para representar
benefício, malefício e neutralidade, respectivamente, para os seres
envolvidos nas relações ecológicas a ser estudadas. Vamos a elas então!

COLÔNIA (+/+)
A colônia é uma relação harmônica intraespecífica em que todos os
indivíduos se beneficiam. Nessa relação, os participantes estão todos
fisicamente unidos. Pode haver maior ou menor divisão de trabalho
entre os seus membros, assim como variações nas formas desses
indivíduos, de acordo com a sua função dentro da colônia. Por exemplo,
existem colônias de bactérias em que os indivíduos são muito semelhantes
e não há divisão aparente de trabalho. Por outro lado, existem colônias de
cianobactérias com três tipos diferentes de células, como a da figura abaixo.

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Fig. 14: Anabaena sp. Colônia de cianobactérias com divisão de trabalho entre seus integrantes.
Repare que cada célula corresponde a um indivíduo, mas todas estão fisicamente unidas.

Uma caravela portuguesa (um cnidário), também apresenta grande


diferença entre os seus integrantes e grande especialização na divisão de
funções por parte dos mesmos. Isso também acontece com os corais em

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que indivíduos com funções específicas unem-se para produzir as estruturas


calcárias características dessas colônias.

Fig. 15: Coral cérebro – um cnidário colonial.

As colônias podem, portanto, ser divididas em 2 tipos:


 Isomórficas: indivíduos não apresentam diferenças morfológicas nem
divisão de trabalho.
 Heteromórficas: os indivíduos diferem entre si de acordo com suas
funções na colônia.

SOCIEDADE (+/+)
A sociedade é outra relação intraespecífica em que todos os envolvidos
se beneficiam. A sociedade também apresenta divisão de trabalho entre
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seus participantes e é comum a confusão entre ela e a colônia, mas existe


uma diferença marcante entre as duas. Na sociedade, os indivíduos são
fisicamente independentes, o que não acontece numa colônia.
Essa relação pode ocorrer de forma temporária, quando indivíduos se
reúnem em um local para reproduzir, por exemplo; ou de forma
permanente, como o que acontece com várias espécies de insetos, incluindo
formigas, cupins, abelhas e vespas. Seja temporariamente ou
permanentemente, esses agrupamentos conferem proteção aos seus
integrantes e vantagens na hora de se alimentar, bem como facilitam sua

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reprodução. Nos chamados insetos sociais, além de grande divisão de


trabalho entre os indivíduos, há também diferenças morfológicas entre eles,
refletindo o grau de complexidade dessas relações.

Fig. 16: As abelhas são insetos sociais com diferenças morfológicas entre seus integrantes.

Os seres humanos também vivem em sociedade e desfrutam de todos


os benefícios que essa relação pode oferecer.

COMPETIÇÃO (-/-)
A competição é uma relação desarmônica onde todos os envolvidos
são prejudicados, uma vez que consome tempo e energia dos mesmos, que
poderiam ter sido usados na sua sobrevivência e reprodução. Ela pode
ocorrer entre indivíduos da mesma espécie (competição intraespecífica) ou
entre indivíduos de espécies diferentes (competição interespecífica).

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Fig. 17: Competição por territórios ou fêmeas em machos de antílopes e raposas.

Os recursos pelos quais as espécies competem são muito variados e


vão desde o acesso à luz do sol, água e nutrientes do solo até a ocupação
de territórios e o consumo de presas. A competição intraespecífica inclui
também a luta por parceiros reprodutivos. Além disso, ela ajuda a controlar
as densidades populacionais, como vimos anteriormente nessa aula.
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A competição interespecífica acontece quando há sobreposição dos


nichos ecológicos das espécies envolvidas. (Se não lembra o que é nicho,
volta lá na página 03) Essa sobreposição implica na diminuição dos habitats
que cada espécie ocuparia caso não houvesse a competição. Esse é outro
motivo pelo qual essa é uma relação -/-. Veja o exemplo abaixo.

Fig. 18: Distribuição de duas espécies de cracas na região entremarés. Se não houvesse competição
entre elas, suas áreas de ocupação seriam potencialmente maiores, como indicam as barras
coloridas.

MUTUALISMO (+/+)
Essa relação é vantajosa para ambas as espécies envolvidas, ou seja,
fica todo mundo feliz! É, portanto, uma relação harmônica interespecífica.
O mutualismo é uma relação obrigatória para pelo menos um dos seres que
a realizam, pois se estiverem separados, não conseguem sobreviver. Nele,
há uma troca de benefícios entre as duas espécies. Vamos ver alguns
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exemplos clássicos dessa relação.

 Líquen: esse é, provavelmente, o exemplo mais famoso de


mutualismo. Consiste na associação de uma alga (ou cianobactéria)
com um fungo. A alga, por realizar fotossíntese, fornece ao fungo a
matéria orgânica produzida por ela. Já o fungo oferece em troca
proteção, umidade e sais minerais. A separação das duas espécies
leva à morte de ambos o que caracteriza a obrigatoriedade da relação.
Essa relação é tão bem-sucedida que os líquens são capazes de

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colonizar uma variedade incrível de ambientes, sendo considerados


inclusive organismos pioneiros durante uma sucessão ecológica
(falaremos disso mais à frente).

Fig. 19: Líquen. Mutualismo entre uma alga e um fungo.

 Bacteriorriza: Lembra lá do ciclo do nitrogênio, onde bactérias


presentes nas raízes de leguminosas têm a capacidade de fixar o
nitrogênio do ar? Pois então, essas bactérias fornecem nitrogênio para
as plantas, em troca de nutrientes e de substâncias essenciais para o
processo de fixação do nitrogênio.
 Micorriza: Certos fungos também podem estar associados a raízes de
algumas plantas. Nesse caso o vegetal oferece ao fungo moléculas
orgânicas provenientes da fotossíntese e o fungo auxilia na absorção
de sais minerais do solo. 04178253905

 Cupins e protozoários: Os cupins, apesar de alimentarem-se de


madeira e papel, não são capazes de digerir a celulose encontrada
nesses materiais. Para isso dependem de protozoários que vivem em
seu intestino e possuem a enzima adequada para quebrar a celulose
liberando glicose, que é usada pelos próprios protozoários para
obtenção de energia. Como subproduto desse processo, os
protozoários liberam ácido acético que é, enfim, usado pelos cupins
para obter energia. Algo semelhante também acontece entre

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ruminantes e bactérias que fazem a digestão da celulose para os


animais.

PROTOCOOPERAÇÃO (+/+)
A diferença entre a protocooperação e o mutualismo é que nela não há
obrigatoriedade para a sobrevivência dos seres envolvidos. Ou seja, é uma
relação facultativa e, caso ocorra, será benéfica para ambas as espécies. É,
portanto, harmônica e interespecífica. Vejamos alguns exemplos.
 Formigas e acácias: Algumas acácias sul-americanas abrigam
formigas que se alimentam de seu néctar. Em troca as formigas
defendem as árvores de herbívoros, fungos, e destroem vegetais
competidores ao seu redor.
 Peixe-palhaço e anêmona: Ambas espécies fornecem proteção à outra
contra predadores. Além disso, a anêmona se alimenta de restos
deixados pelo peixe.

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Fig. 20: Peixe-palhaço e anêmona: O exemplo mais famoso de protocooperação, eternizado nas
telas do cinema.

 Paguro e anêmona: O paguro ou caranguejo ermitão vive dentro de


conchas abandonadas de moluscos. É comum, no entanto, que ele
coloque algumas anêmonas sobre essa concha, o que lhe confere
proteção contra predadores devido aos tentáculos urticantes das
mesmas. As anêmonas, por sua vez, se beneficiam pois ganham
mobilidade e aumentam sua área de alimentação.
 Anu-preto e capivara: É comum ver algumas aves vivendo sobre o
corpo de grandes mamíferos como bois e rinocerontes e até sobre

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répteis como os jacarés e crocodilos. Nesses casos, os benefícios são


semelhantes aos que ocorrem entre o anu-preto e a capivara. O anu
se alimenta de carrapatos que atacam o mamífero, assim como o
pássaro palito retira parasitas da boca de crocodilos.

COMENSALISMO (+/0)
Nessa relação harmônica e interespecífica, uma espécie é beneficiada
com os restos da alimentação de outra sem prejudicá-la ou beneficiá-la.
Podemos citar como exemplos a rêmora que se prende ao tubarão e
aproveita os restos deixados por ele, e o urubu que se beneficia dos restos
de alimentos deixados pelo ser humano.

INQUILINISMO (+/0)
O inquilinismo é uma relação que envolve o abrigo de uma espécie
dentro de outra sem que o hospedeiro seja beneficiado ou prejudicado. Um
exemplo é o peixe agulha que, quando em perigo, se refugia no interior do
pepino do mar.

EPIFITISMO (+/0) e EPIZOISMO (+/0)


Nessas duas relações, uma espécie vive sobre a outra sem causar
prejuízo à mesma. Quando se tratam de vegetais, chamamos a planta que
se instala sobre outra de epífita. Ex: bromélias, samambaias e orquídeas.
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A epífita se beneficia por ter maior acesso à luz do sol do que se estivesse
no nível do solo.
Como exemplo de espécies epizoicas temos as cracas, crustáceos que
podem viver sobre o corpo de baleias ou conchas de ostras.

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Fig. 21: Bromélias sobre árvores da Mata Atlântica. Exemplo de epifitismo.

FORÉSIA (+/0)
Na forésia, um ser “pega carona” no corpo de outro. Quando um
carrapicho fica preso nos pelos de um mamífero e é transportado por ele,
temos um exemplo dessa relação. Podemos considerar também que a
relação entre o mosquito Aedes aegypti e o vírus da dengue é uma forésia,
já que há benefício para o vírus e não há nem benefício e nem malefício
para o mosquito.

PARASITISMO (+/-)
Nessa relação desarmônica interespecífica, a espécie parasita se
alimenta às custas do seu hospedeiro e, para isso, pode se instalar externa
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ou internamente no corpo dele. Caso o parasita seja externo ao corpo do


hospedeiro, ele é chamado ectoparasita. É o caso dos piolhos e carrapatos.
Caso o parasita viva dentro do corpo do hospedeiro, ele é chamado de
endoparasita, como por exemplo os vírus, a lombriga, o esquistossomo, a
solitária e algumas bactérias.
Existem ainda parasitas do Reino Vegetal, como o cipó-chumbo, que
através de suas raízes sugadoras chamadas haustórios, extrai a seiva
elaborada das plantas hospedeiras.
É importante lembrar que o objetivo do parasita não é matar o
hospedeiro, já que, caso isso aconteça, ele também morrerá ou será
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obrigado a procurar outro. Dessa forma, o que se observa é que há um


histórico de coevolução entre os participantes dessa relação no sentido de
que adaptações de ambos os lados surjam para que os prejuízos causados
ao hospedeiro não sejam muito grandes e ainda assim o parasita se
beneficie.

Fig. 22: Nematódeo (endoparasita) em intestino de porco.

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Fig. 23: Carrapatos (ectoparasitas) alimentando-se do sangue de um pássaro.

PREDAÇÃO (+/-)
Na predação há uma espécie predadora que mata e se alimenta de
outra espécie chamada de presa. Essa relação é, obviamente, prejudicial
para o indivíduo predado. No entanto, como vimos no capítulo sobre
Dinâmica de Populações, a predação é fundamental para controlar a
densidade populacional das presas e, consequentemente, dos predadores.
Além disso, os indivíduos mais sujeitos à predação são aqueles que já estão

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idosos ou doentes e, sob esse aspecto, sua remoção da população impede


que os mesmos transmitam doenças aos indivíduos saudáveis.
A relação predador-presa é responsável pelo surgimento de diversas
adaptações de ambas as partes para melhorar suas estratégias de ataque
ou defesa, respectivamente. Predadores normalmente apresentam sentidos
aguçados como visão, olfato e audição para melhor localizar as presas.
Podem apresentar ainda dentes e garras afiados, venenos e ferrões. Contra
isso, as presas podem apresentar um conjunto incrível de armas de defesa.
Vamos ver algumas delas.
 Camuflagem ou coloração críptica: o portador torna-se difícil de
localizar devido à sua aparência que simula o ambiente ao seu redor.
Um exemplo muito simples disso é que a maioria das espécies que
vivem no Ártico apresentam coloração branca, que favorece a sua
camuflagem na neve.

Fig. 24: Sapo camuflado no ambiente

 Coloração aposemática: É uma coloração de advertência que algumas


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espécies portadoras de toxinas apresentam. Isso sinaliza aos


predadores que é perigoso comer aquele indivíduo. Muitos sapos
apresentam esse tipo de coloração.

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Fig. 25: Sapo-flecha aposemático.

 Mimetismo Batesiano: Ocorre quando uma espécie não-tóxica simula


a aparência de uma outra espécie que porta uma toxina nociva ao
predador. Assim ela é menos predada porque é associada com a
espécie nociva.

Fig. 26: A cobra coral falsa (à esquerda), mimetiza a coral verdadeira (à direita).

 Mimetismo Mulleriano: Duas espécies não-palatáveis para o predador


podem convergir evolutivamente para desenvolver aparências
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semelhantes. Isso aumenta o número de indivíduos com aquela


característica e faz com que os predadores “aprendam” mais
rapidamente que aquela aparência está associada à falta de
palatabilidade.

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Fig. 27: Tanto a abelha (à esquerda) quanto a vespa (à direita) são espécies nocivas que
convergiram para uma aparência semelhante.

HERBIVORIA (+/-)
A herbivoria ocorre quando um vegetal serve de alimento para outro
ser vivo. Nesse caso, a planta não necessariamente morrerá, pois nem
todas as partes dela serão consumidas. Essa relação é de grande
importância para as cadeias alimentares, uma vez que é a partir dela que a
matéria e a energia passam dos produtores para os consumidores.
As plantas também podem apresentar defesas contra os herbívoros
como espinhos, substâncias não-palatáveis ou tóxicas e ainda estratégias
para rápida recuperação após a herbivoria.

CANIBALISMO (+/-)
Espécies canibais matam e se alimentam de indivíduos da mesma
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espécie. Essa relação é prejudicial para o indivíduo que está servindo de


alimento, mas também pode representar uma vantagem reprodutiva para
ele. Por exemplo, após a cópula, algumas fêmeas de artrópodes como o
louva-a-deus podem matar o macho e alimentar-se dele. Essa atitude
canibal pode representar uma carga energética fundamental para o
desenvolvimento dos ovos e, consequentemente, aumentar o sucesso
reprodutivo de ambos.

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Para terminar esse assunto, vamos analisar um gráfico que mostra o


conjunto de relações ecológicas presentes em uma comunidade biológica.

Fig. 28: Exemplo de como uma pequena comunidade biológica pode apresentar várias relações
ecológicas.

Na figura acima temos os rinocerontes e insetos envolvidos numa


relação de amensalismo (0/-) pois os mamíferos, ao pisotear a vegetação
desalojam os insetos nela presentes, deixando-os expostos à predação por
parte das garças. Assim, os
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rinocerontes beneficiam as garças
indiretamente numa relação de comensalismo (+/0). Os carrapatos
parasitam (+/-) os rinocerontes e são predados (+/-) pelas búfagas (aves)
que, por isso, realizam protocooperação (+/+) com os rinocerontes ao
remover os carrapatos do corpo desse mamífero.

É nesses momentos, meus amigos, que eu me emociono com a beleza


da natureza e fico feliz por poder passar esses conhecimentos a vocês!

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7. Sucessão Ecológica

Imagine agora uma situação em que, após uma erupção vulcânica


submarina, uma ilha se forme no meio do mar. Essa ilha recém-formada
não possui seres vivos, mas é bem provável que, em alguns anos, já exista
uma comunidade biológica bem estabelecida nela. Esse estabelecimento de
comunidades e a substituição das mesmas por outras de maior
complexidade é o que chamamos de sucessão ecológica.
Em um ambiente completamente desabitado, as condições abióticas
impedem que muitas espécies se estabeleçam e é nesse contexto que
aparecem as chamadas espécies pioneiras. Os líquens são organismos
com grande potencial para colonizar novos ambientes e dar início a
sucessões ecológicas. Eles conseguem se estabelecer nas rochas nuas e,
através da liberação do ácido liquênico, ajudam a criar fendas nessas
rochas, onde há acúmulo de matéria orgânica e água. Com o tempo,
começa a se formar um solo que propicia o desenvolvimento de plantas
como as briófitas, que por sua vez atraem animais e assim vai havendo
uma substituição dos seres que compõem essa comunidade.
A sucessão vai gerar comunidades que dependem das condições
climáticas locais. Por exemplo, em regiões de clima úmido e quente, é
provável que uma floresta se forme. Quando uma comunidade atinge o
auge de seu desenvolvimento, dizemos que ela é uma comunidade
clímax. Numa comunidade clímax é normal que a relação entre
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produtividade e respiração seja menor do que em uma comunidade jovem.


Quando uma comunidade surge num local totalmente desabitado,
dizemos que se trata de uma sucessão primária. É o caso da ilha vulcânica
recém-formada. Se uma comunidade sofre algum tipo de perturbação,
como uma queimada, um desmatamento (natural ou provocado pelo ser
humano), uma inundação ou qualquer outro processo que altere
significativamente sua composição, isso desencadeia uma sucessão
secundária. Esse tipo de sucessão será, normalmente, mais rápido do que
a sucessão primária, já que o ambiente já oferece algumas condições para
o estabelecimento dos organismos formadores da comunidade.
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Terminamos assim mais uma aula! É bastante conteúdo então


leiam com calma e não deixem de resolver as questões propostas.
Até a próxima e bom estudo!

8. QUESTÕES COMENTADAS

1. (ENEM – 2002 Amarela Q14)

Na charge, a arrogância do gato com relação ao comportamento alimentar


da minhoca, do ponto de vista biológico,
a) não se justifica, porque ambos, como consumidores, devem cavar
diariamente o seu próprio alimento.
b) é justificável, visto que o felino possui função superior à da minhoca
numa teia alimentar.
c) não se justifica, porque ambos são consumidores primários em uma teia
alimentar.
d) é justificável, porque as minhocas, por se alimentarem de detritos, não
participam das cadeias alimentares.
e) é justificável, porque os vertebrados ocupam o topo das teias
alimentares.
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2. (ENEM – 2011 Azul Q47) Os personagens da figura estão


representando uma situação hipotética de cadeia alimentar.

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Suponha que, em cena anterior à apresentada, o homem tenha se


alimentado de frutas e grãos que conseguiu coletar. Na hipótese de, nas
próximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de
alimento aos abutres, tigres e abutres ocuparão, respectivamente, os
níveis tróficos de
a) Produtor e consumidor primário.
b) Consumidor primário e consumidor secundário.
c) Consumidor secundário e consumidor terciário.
d) Consumidor terciário e produtor.
e) Consumidor secundário e consumidor primário.

3. (ENEM – 2013 Branca Q86) Estudos de fluxo de energia em


ecossistemas demonstram que a alta produtividade nos manguezais está
diretamente relacionada às taxas de produção primária líquida e à rápida
reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de seres vivos encontrados nesse
ambiente, temos: aves, caranguejos, insetos, peixes e algas. Dos grupos
de seres vivos citados, os que contribuem diretamente para a manutenção
dessa produtividade no referido ecossistema são
a) aves.
b) algas.
c) peixes.
d) insetos.
e) caranguejos.

4. (ENEM – 2014 Azul Q81) Os parasitoides (misto de parasitas e


predadores) são insetos diminutos que têm hábitos muito peculiares: suas
larvas podem se desenvolver dentro do corpo de outros organismos, como
mostra a figura. A forma adulta se alimenta de pólen e açúcares. Em geral,
cada parasitoide ataca hospedeiros de determinada espécie e, por isso,
esses organismos vêm sendo amplamente usados para o controle biológico
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de pragas agrícolas.

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A forma larval do parasitoide assume qual papel nessa cadeia


alimentar?
a) Consumidor primário, pois ataca diretamente uma espécie herbívora.
b) Consumidor secundário, pois se alimenta diretamente dos tecidos da
lagarta.
c) Organismo heterótrofo de primeira ordem, pois se alimenta de pólen na
fase adulta.
d) Organismo heterótrofo de segunda ordem, pois apresenta o maior nível
energético na cadeia.
e) Decompositor, pois se alimenta de tecidos do interior do corpo da lagarta
e a leva à morte.

5. (ENEM – 2015 Azul Q61) O nitrogênio é essencial para a vida e o maior


reservatório global desse elemento, na forma de N2, é a atmosfera. Os
principais responsáveis por sua incorporação na matéria orgânica são
microrganismos fixadores de N2, que ocorrem de forma livre ou simbiontes
com plantas.
ADUAN, R. E. et al. Os grandes ciclos biogeoquímicos do planeta. Planaltina: Embrapa, 2004
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(adaptado).

Animais garantem suas necessidades metabólicas desse elemento pela


a) absorção do gás nitrogênio pela respiração.
b) ingestão de moléculas de carboidratos vegetais.
c) incorporação de nitritos dissolvidos na água consumida.
d) transferência da matéria orgânica pelas cadeias tróficas
e) protocooperação com microrganismos fixadores de nitrogênio.

6. (ENEM – 2012 Branco Q87) Paleontólogos estudam fósseis e


esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses
animais. Esses estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos
há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente é a de que

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um asteroide colidiu com a Terra, formando uma densa nuvem de poeira


na atmosfera.
De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de modificações
no planeta que
a) desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando alterações no
código genético.
b) reduziram a penetração da luz solar até a superfície da Terra, interferindo
no fluxo energético das teias tróficas.
c) causaram uma série de intoxicações nos animais, provocando a
bioacumulação de partículas de poeira nos organismos.
d) resultaram na sedimentação das partículas de poeira levantada com o
impacto do meteoro, provocando o desaparecimento de rios e lagos.
e) evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra, causando uma
grande seca que impediu a retroalimentação do ciclo hidrológico.

7. (ENEM – 1998 Amarela Q06) O sol participa do ciclo da água, pois


além de aquecer a superfície da Terra dando origem aos ventos, provoca a
evaporação da água dos rios, lagos e mares. O vapor da água, ao se resfriar,
condensa em minúsculas gotinhas, que se agrupam formando as nuvens,
neblinas ou névoas úmidas. As nuvens podem ser levadas pelos ventos de
uma região para outra. Com a condensação e, em seguida, a chuva, a água
volta à superfície da Terra, caindo sobre o solo, rios, lagos e mares. Parte
dessa água evapora retornando à atmosfera, outra parte escoa
superficialmente ou infiltra-se no solo, indo alimentar rios e lagos. Esse
processo é chamado de ciclo da água.
Considere, então, as seguintes afirmativas:
I. a evaporação é maior nos continentes, uma vez que o aquecimento ali é
maior do que nos oceanos.
II. a vegetação participa do ciclo hidrológico por meio da transpiração.
III. o ciclo hidrológico condiciona processos que ocorrem na litosfera, na
atmosfera e na biosfera.
IV. a energia gravitacional movimenta a água dentro do seu ciclo.
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V. o ciclo hidrológico é passível de sofrer interferência humana, podendo


apresentar desequilíbrios.

a) somente a afirmativa III está correta.


b) somente as afirmativas III e IV estão corretas
c) somente as afirmativas I, II e V estão corretas.
d) somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.
e) todas as afirmativas estão corretas.

8. (ENEM – 2003 Amarela Q29) A falta de água doce no Planeta será,


possivelmente, um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se que,
nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada

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habitante será drasticamente reduzida. Por meio de seus diferentes usos e


consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando
a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no Planeta.
b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das
populações.
c) a qualidade da água disponível, apenas no sub-solo terrestre.
d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos.
e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no Planeta.

9. (ENEM – 2003 Amarela Q32) Considerando os custos e a importância


da preservação dos recursos hídricos, uma indústria decidiu purificar parte
da água que consome para reutilizá-la no processo industrial. De uma
perspectiva econômica e ambiental, a iniciativa é importante porque esse
processo
a) permite que toda água seja devolvida limpa aos mananciais.
b) diminui a quantidade de água adquirida e comprometida pelo uso
industrial.
c) reduz o prejuízo ambiental, aumentando o consumo de água.
d) torna menor a evaporação da água e mantém o ciclo hidrológico
inalterado.
e) recupera o rio onde são lançadas as águas utilizadas.

10. (ENEM – 2004 Amarela Q36) Por que o nível dos mares não sobe,
mesmo recebendo continuamente as águas dos rios? Essa questão já foi
formulada por sábios da Grécia antiga. Hoje responderíamos que
a) a evaporação da água dos oceanos e o deslocamento do vapor e das
nuvens compensam as águas dos rios que deságuam no mar.
b) a formação de geleiras com água dos oceanos, nos polos, contrabalança
as águas dos rios que deságuam no mar.
c) as águas dos rios provocam as marés, que as transferem para outras
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regiões mais rasas, durante a vazante.


d) o volume de água dos rios é insignificante para os oceanos e a água doce
diminui de volume ao receber sal marinho.
e) as águas dos rios afundam no mar devido a sua maior densidade, onde
são comprimidas pela enorme pressão resultante da coluna de água.

11. (ENEM – 2008 Amarela Q06) Os ingredientes que compõem uma


gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de condensação de
nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula
partícula em suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma
gotícula microscópica, que, devido a uma série de processos físicos, cresce
até precipitar-se como chuva. Na floresta Amazônica, a principal fonte
natural de NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na
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estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à superfície, praticamente


no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são
carregadas por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de
quilômetros de seu local de origem, exportando as partículas contidas no
interior das gotas de chuva. Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma
das mais altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é
altamente eficiente. Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos
à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está
sendo alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas,
na época da seca, modificam as características físicas e químicas da
atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do
perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais
difícil a formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano
1, n.º 11, abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).

Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente


a) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.
b) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam
como NCNs.
c) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais
crescem até se precipitarem como chuva.
d) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs
produzidos a centenas de quilômetros de seu local de origem.
e) da intervenção humana, mediante ações que modificam as
características físicas e químicas da atmosfera da região.

12. (ENEM – 2008 Amarela Q23) O diagrama abaixo representa, de


forma esquemática e simplificada, a distribuição da energia proveniente do
Sol sobre a atmosfera e a superfície terrestre. Na área delimitada pela linha
tracejada, são destacados alguns processos envolvidos no fluxo de energia
na atmosfera.
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A chuva é o fenômeno natural responsável pela manutenção dos níveis


adequados de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Esse
fenômeno, assim como todo o ciclo hidrológico, depende muito da energia
solar. Dos processos numerados no diagrama, aquele que se relaciona mais
diretamente com o nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas é o de
número
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.

13. (ENEM – 2009 Azul Q06) O ciclo biogeoquímico do carbono


compreende diversos compartimentos, entre os quais a Terra, a atmosfera
e os oceanos, e diversos processos que permitem a transferência de
compostos entre esses reservatórios. Os estoques de carbono armazenados
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na forma de recursos não renováveis, por exemplo, o petróleo, são


limitados, sendo de grande relevância que se perceba a importância da
substituição de combustíveis fósseis por combustíveis de fontes renováveis.
A utilização de combustíveis fósseis interfere no ciclo do carbono, pois
provoca
a) aumento da porcentagem de carbono contido na Terra.
b) redução na taxa de fotossíntese dos vegetais superiores.
c) aumento da produção de carboidratos de origem vegetal.
d) aumento na quantidade de carbono presente na atmosfera.
e) redução da quantidade global de carbono armazenado nos oceanos.

14. (ENEM – 2010 Azul Q51) O texto “O voo das Folhas” traz uma visão
dos índios Ticunas para um fenômeno usualmente observado na natureza:
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O voo das Folhas


Com o vento
as folhas se movimentam.
E quando caem no chão
ficam paradas em silêncio.
Assim se forma o ngaura. O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a
terra e alimenta as árvores.]
As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das folhas novas.]
Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpiões, centopeias,
minhocas, cogumelos e vários tipos de outros seres muito pequenos.]
As folhas também caem nos lagos, nos igarapés e igapós.
A natureza segundo os Ticunas/Livro das Árvores
Organização geral dos Professores Bilíngues Ticunas, 2000.

Na visão dos índios Ticunas, a descrição sobre o ngaura permite classifica-


lo como um produto diretamente relacionado ao ciclo
a) da água.
b) do oxigênio.
c) do fósforo.
d) do carbono.
e) do nitrogênio.

15. (ENEM – 2010 Azul Q53) O fósforo, geralmente representado pelo


íon de fosfato (PO4-3), é um ingrediente insubstituível da vida, já que é parte
constituinte das membranas celulares e das moléculas do DNA e do
trifosfato de adenosina (ATP), principal forma de armazenamento de
energia das células. O fósforo utilizado nos fertilizantes agrícolas é extraído
de minas, cujas reservas estão cada vez mais escassas. Certas práticas
agrícolas aceleram a erosão do solo, provocando o transporte de fósforo
para sistemas aquáticos, que fica imobilizado nas rochas. Ainda, a colheita
das lavouras e o transporte dos restos alimentares para os lixões diminuem
a disponibilidade dos íons no solo. Tais fatores têm ameaçado a
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sustentabilidade desse íon.


Uma medida que amenizaria esse problema seria:
a) Incentivar a reciclagem de resíduos biológicos, utilizando dejetos animais
e restos de culturas para produção de adubo.
b) Repor o estoque retirado das minas com um íon sintético de fósforo para
garantir o abastecimento da indústria de fertilizantes.
c) Aumentar a importação de íons fosfato dos países ricos para suprir as
exigências das indústrias nacionais de fertilizantes.
d) Substituir o fósforo dos fertilizantes por outro elemento com a mesma
função para suprir as necessidades do uso de seus íons.
e) Proibir, por meio de lei federal, o uso de fertilizantes com fósforo pelos
agricultores, para diminuir sua extração das reservas naturais.

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16. (ENEM – 2010 Azul Q87) De 15% a 20% da área de um canavial


precisa ser renovada anualmente. Entre o período de corte e o de plantação
de novas canas, os produtores estão optando por plantar leguminosas, pois
elas fixam nitrogênio no solo, um adubo natural para a cana. Essa opção de
rotação é agronomicamente favorável, de forma que municípios canavieiros
são hoje grandes produtores de soja, amendoim e feijão.
As encruzilhadas da fome. Planeta. São Paulo, ano 36, nº. 430, jul. 2008 (adaptado).

A rotação de culturas citada no texto pode beneficiar economicamente os


produtores de cana porque
a) a decomposição da cobertura morta dessas culturas resulta em economia
na aquisição de adubos industrializados.
b) o plantio de cana-de-açúcar propicia um solo mais adequado para o
cultivo posterior da soja, do amendoim e do feijão.
c) as leguminosas absorvem do solo elementos químicos diferentes dos
absorvidos pela cana, restabelecendo o equilíbrio do solo.
d) a queima dos restos vegetais do cultivo da cana-de-açúcar transforma-
se em cinzas, sendo reincorporadas ao solo, o que gera economia na
aquisição de adubo.
e) a soja, o amendoim e o feijão, além de possibilitarem a incorporação ao
solo de determinadas moléculas disponíveis na atmosfera, são grãos
comercializados no mercado produtivo.

17. (ENEM – 2014 Azul Q63) A aplicação excessiva de fertilizantes


nitrogenados na agricultura pode acarretar alterações no solo e na água
pelo acúmulo de compostos nitrogenados, principalmente a forma mais
oxidada, favorecendo a proliferação de algas e plantas aquáticas e alterando
o ciclo do nitrogênio, representado no esquema. A espécie nitrogenada mais
oxidada tem sua quantidade controlada por ação de microrganismos que
promovem a reação de redução dessa espécie, no processo denominado
desnitrificação.
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O processo citado está representado na etapa:


a) I
b) II
c) III
d) IV
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e) V

18. (ENEM – 2011 Azul Q88) Certas espécies de algas são capazes de
absorver rapidamente compostos inorgânicos presentes na água,
acumulando-os durante seu crescimento. Essa capacidade fez com que se
pensasse em usá-las como biofiltros para a limpeza de ambiente aquáticos
contaminados, removendo, por exemplo, nitrogênio e fósforo de resíduos
orgânicos e metais pesados provenientes de rejeitos industriais lançados
nas águas. Na técnica do cultivo integrado, animais e algas crescem de
forma associada, promovendo um maior equilíbrio ecológico.
SORIANO, E. M. Filtros vivos para limpar a água. Revista Ciência Hoje. V. 37, n° 219, 2005
(adaptado).

A utilização da técnica do cultivo integrado de animais e algas representa


uma proposta favorável a um ecossistema mais equilibrado porque
a) os animais eliminam metais pesados, que são usados pelas algas para a
síntese de biomassa.
b) os animais fornecem excretas orgânicos nitrogenados, que são
transformados em gás carbônico pelas algas.
c) as algas usam os resíduos nitrogenados liberados pelos animais e
eliminam gás carbônico na fotossíntese, usado na respiração aeróbica.
d) as algas usam os resíduos nitrogenados provenientes do metabolismo
dos animais e, durante a síntese de compostos orgânicos, liberam oxigênio
para o ambiente.
e) as algas aproveitam os resíduos do metabolismo dos animais e, durante
a quimiossíntese de compostos orgânicos, liberam oxigênio para o
ambiente.

19. (ENEM – 2001 Amarela Q22) O esquema representa o ciclo do


enxofre na natureza, sem considerar a intervenção humana.

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O ciclo representado mostra que a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera e a


biosfera, naturalmente,
I. são poluídas por compostos de enxofre.
II. são destinos de compostos de enxofre.
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III. transportam compostos de enxofre.


IV. são fontes de compostos de enxofre.

Dessas afirmações, estão corretas, apenas,


a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

20. (ENEM – 2003 Amarela Q43) Os gases liberados pelo esterco e por
alimentos em decomposição podem conter sulfeto de hidrogênio (H2S), gás
com cheiro de ovo podre, que é tóxico para muitos seres vivos. Com base
em tal fato, foram feitas as seguintes afirmações:
I. Gases tóxicos podem ser produzidos em processos naturais;
II. Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque polui o ar das zonas
rurais;
III. Esterco e alimentos em decomposição podem fazer parte no ciclo
natural do enxofre (S).
Está correto, apenas, o que se afirma em
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e III

21. (ENEM – 1999 Amarela Q56) O crescimento da população de uma


praga agrícola está representado em função do tempo, no gráfico ao lado,
onde a densidade populacional superior a P causa prejuízo à lavoura. No
momento apontado pela seta 1, um agricultor introduziu uma espécie de
inseto que é inimigo natural da praga, na tentativa de controlá-la
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biologicamente. No momento indicado pela seta 2, o agricultor aplicou


grande quantidade de inseticida, na tentativa de eliminar totalmente a
praga. A análise do gráfico permite concluir que

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a) se o inseticida tivesse sido usado no momento marcado pela seta 1, a


praga teria sido controlada definitivamente, sem necessidade de um
tratamento posterior.
b) se não tivesse sido usado o inseticida no momento marcado pela seta 2,
a população de praga continuaria aumentando rapidamente e causaria
grandes danos à lavoura.
c) o uso do inseticida tornou-se necessário, uma vez que o controle
biológico aplicado no momento 1 não resultou na diminuição da densidade
da população da praga.
d) o inseticida atacou tanto as pragas quanto os seus predadores;
entretanto, a população de pragas recuperou-se mais rápido voltando a
causar dano à lavoura.
e) o controle de pragas por meio do uso de inseticidas é muito mais eficaz
que o controle biológico, pois os seus efeitos são muito mais rápidos e têm
maior durabilidade.

22. (ENEM – 2010 Azul Q76) Investigadores das Universidades de Oxford


e da Califórnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti
geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução
na transmissão do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as
fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do
músculo das asas. A modificação genética introduzida é um gene dominante
condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma
cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas.
FU, G. et al. Female-specific flightless phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554,
2010.
Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore
ainda anos para ser implementada, pois há demanda de muitos estudos
com relação ao impacto ambiental. A liberação de machos de Aedes aegypti
dessa variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de
dengue em uma determinada região porque
a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos.
b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito.
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c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença.


d) tornaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença.
e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente
modificados.

23. (ENEM – 2011 Azul Q57) O controle biológico, técnica empregada no


combate a espécies que causam danos e prejuízos aos seres humanos, é
utilizado no combate à lagarta que se alimenta de folhas de algodoeiro.
Algumas espécies de borboleta depositam seus ovos nessa cultura. A
microvespa Trichogramma sp. introduz seus ovos nos ovos de outros
insetos, incluindo os das borboletas em questão. Os embriões da vespa se
alimentam do conteúdo desses ovos e impedem que as larvas de borboleta

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se desenvolvam. Assim, é possível reduzir a densidade populacional das


borboletas até níveis que não prejudiquem a cultura.
A técnica de controle biológico realizado pela microvespa Trichogramma sp.
consiste na
a) introdução de um parasita no ambiente da espécie que se deseja
combater.
b) introdução de um gene letal nas borboletas, a fim de diminuir o número
de indivíduos.
c) competição entre a borboleta e a microvespa para a obtenção de
recursos.
d) modificação do ambiente para selecionar indivíduos melhor adaptados.
e) aplicação de inseticidas a fim de diminuir o número de indivíduos que se
deseja combater.

24. (ENEM – 2009 Azul Q34) O lixo orgânico de casa – constituído de


restos de verduras, frutas, legumes, cascas de ovo, aparas de grama, entre
outros –, se for depositado nos lixões, pode contribuir para o aparecimento
de animais e de odores indesejáveis. Entretanto, sua reciclagem gera um
excelente adubo orgânico, que pode ser usado no cultivo de hortaliças,
frutíferas e plantas ornamentais. A produção do adubo ou composto
orgânico se dá por meio da compostagem, um processo simples que requer
alguns cuidados especiais. O material que é acumulado diariamente em
recipientes próprios deve ser revirado com auxílio de ferramentas
adequadas, semanalmente, de forma a homogeneizá-lo. É preciso também
umedecê-lo periodicamente. O material de restos de capina pode ser
intercalado entre uma camada e outra de lixo da cozinha. Por meio desse
método, o adubo orgânico estará pronto em aproximadamente dois a três
meses.
Como usar o lixo orgânico em casa? Ciência Hoje, v. 42, jun. 2008 (adaptado).

Suponha que uma pessoa, desejosa de fazer seu próprio adubo orgânico,
tenha seguido o procedimento descrito no texto, exceto no que se refere ao
umedecimento periódico do composto. Nessa situação,
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a) o processo de compostagem iria produzir intenso mau cheiro.


b) o adubo formado seria pobre em matéria orgânica que não foi
transformada em composto.
c) a falta de água no composto vai impedir que microrganismos
decomponham a matéria orgânica.
d) a falta de água no composto iria elevar a temperatura da mistura, o que
resultaria na perda de nutrientes essenciais.
e) apenas microrganismos que independem de oxigênio poderiam agir
sobre a matéria orgânica e transformá-la em adubo.

25. (ENEM – 1998 Amarela Q57) No início deste século, com a finalidade
de possibilitar o crescimento da população de veados no planalto de Kaibab,
no Arizona (EUA), moveu-se uma caçada impiedosa aos seus predadores –
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pumas, coiotes e lobos. No gráfico abaixo, a linha cheia indica o crescimento


real da população de veados, no período de 1905 a 1940; a linha pontilhada
indica a expectativa quanto ao crescimento da população de veados, nesse
mesmo período, caso o homem não tivesse interferido em Kaibab.

Para explicar o fenômeno que ocorreu com a população de veados após a


interferência do homem, o mesmo estudante elaborou as seguintes
hipóteses e/ou conclusões:
I. lobos, pumas e coiotes não eram, certamente, os únicos e mais vorazes
predadores dos veados; quando estes predadores, até então
desapercebidos, foram favorecidos pela eliminação de seus competidores,
aumentaram numericamente e quase dizimaram a população de veados.
II. a falta de alimentos representou para os veados um mal menor que a
predação.
III. ainda que a atuação dos predadores pudesse representar a morte para
muitos veados, a predação demonstrou-se um fator positivo para o
equilíbrio dinâmico e sobrevivência da população como um todo.
IV. a morte dos predadores acabou por permitir um crescimento exagerado
da população de veados, isto levou à degradação excessiva das pastagens,
tanto pelo consumo excessivo como pelo seu pisoteamento.
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O estudante, desta vez, acertou se indicou as alternativas:


a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

26. (ENEM – 2001 Amarela Q28) Um produtor de larvas aquáticas para


alimentação de peixes ornamentais usou veneno para combater parasitas,
mas suspendeu o uso do produto quando os custos se revelaram
antieconômicos. O gráfico registra a evolução das populações de larvas e
parasitas.

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O aspecto biológico, ressaltado a partir da leitura do gráfico, que pode ser


considerado o melhor argumento para que o produtor não retome o uso do
veneno é:
a) A densidade populacional das larvas e dos parasitas não é afetada pelo
uso do veneno.
b) A população de larvas não consegue se estabilizar durante o uso do
veneno.
c) As populações mudam o tipo de interação estabelecida ao longo do
tempo.
d) As populações associadas mantêm um comportamento estável durante
todo o período.
e) Os efeitos das interações negativas diminuem ao longo do tempo,
estabilizando as populações.

27. (ENEM – 1999 Amarela Q54) Apesar da riqueza das florestas


tropicais, elas estão geralmente baseadas em solos inférteis e improdutivos.
Grande parte dos nutrientes é armazenada nas folhas que caem sobre o
solo, não no solo propriamente dito. Quando esse ambiente é intensamente
modificado pelo ser humano, a vegetação desaparece, o ciclo dos nutrientes
é alterado e a terra se torna rapidamente infértil.
(CORSON, Walter H. Manual Global de Ecologia,1993)
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No texto acima, pode parecer uma contradição a existência de florestas


tropicais exuberantes sobre solos pobres. No entanto, este fato é explicado
pela
a) profundidade do solo, pois, embora pobre, sua espessura garante a
disponibilidade de nutrientes para a sustentação dos vegetais da região.
b) boa iluminação das regiões tropicais, uma vez que a duração regular do
dia e da noite garante os ciclos dos nutrientes nas folhas dos vegetais da
região.
c) existência de grande diversidade animal, com número expressivo de
populações que, com seus dejetos, fertilizam o solo.
d) capacidade de produção abundante de oxigênio pelas plantas das
florestas tropicais, consideradas os “pulmões” do mundo.
e) rápida reciclagem dos nutrientes, potencializada pelo calor e umidade
das florestas tropicais, o que favorece a vida dos decompositores.

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28. (ENEM – 2008 Amarela Q10) Um estudo recente feito no Pantanal


dá uma boa idéia de como o equilíbrio entre as espécies, na natureza, é um
verdadeiro quebra-cabeça. As peças do quebra-cabeça são o tucano-toco,
a arara-azul e o manduvi. O tucano-toco é o único pássaro que consegue
abrir o fruto e engolir a semente do manduvi, sendo, assim, o principal
dispersor de suas sementes. O manduvi, por sua vez, é uma das poucas
árvores onde as araras-azuis fazem seus ninhos.
Até aqui, tudo parece bem encaixado, mas... é justamente o tucano-toco o
maior predador de ovos de arara-azul — mais da metade dos ovos das
araras são predados pelos tucanos. Então, ficamos na seguinte
encruzilhada: se não há tucanos-toco, os manduvis se extinguem, pois não
há dispersão de suas sementes e não surgem novos manduvinhos, e isso
afeta as araras-azuis, que não têm onde fazer seus ninhos. Se, por outro
lado, há muitos tucanos-toco, eles dispersam as sementes dos manduvis, e
as araras-azuis têm muito lugar para fazer seus ninhos, mas seus ovos são
muito predados.
Internet: <http://oglobo.globo.com> (com adaptações).

De acordo com a situação descrita,


a) o manduvi depende diretamente tanto do tucano-toco como da arara-
azul para sua sobrevivência.
b) o tucano-toco, depois de engolir sementes de manduvi, digere-as e
torna-as inviáveis.
c) a conservação da arara-azul exige a redução da população de manduvis
e o aumento da população de tucanos-toco.
d) a conservação das araras-azuis depende também da conservação dos
tucanos-toco, apesar de estes serem predadores daquelas.
e) a derrubada de manduvis em decorrência do desmatamento diminui a
disponibilidade de locais para os tucanos fazerem seus ninhos.

29. (ENEM – 2008 Amarela Q57) Um grupo de ecólogos esperava


encontrar aumento de tamanho das acácias, árvores preferidas de grandes
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mamíferos herbívoros africanos, como girafas e elefantes, já que a área


estudada era cercada para evitar a entrada desses herbívoros. Para espanto
dos cientistas, as acácias pareciam menos viçosas, o que os levou a
compará-las com outras de duas áreas de savana: uma área na qual os
herbívoros circulam livremente e fazem podas regulares nas acácias, e
outra de onde eles foram retirados há 15 anos. O esquema a seguir mostra
os resultados observados nessas duas áreas.

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De acordo com as informações acima,


a) a presença de populações de grandes mamíferos herbívoros provoca o
declínio das acácias.
b) os hábitos de alimentação constituem um padrão de comportamento que
os herbívoros aprendem pelo uso, mas que esquecem pelo desuso.
c) as formigas da espécie 1 e as acácias mantêm uma relação benéfica para
ambas.
d) os besouros e as formigas da espécie 2 contribuem para a sobrevivência
das acácias.
e) a relação entre os animais herbívoros, as formigas e as acácias é a
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mesma que ocorre entre qualquer predador e sua presa.

30. (ENEM – 2012 Branca Q63) O menor tamanduá do mundo é solitário


e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um
emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma
bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente e emite som
semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote. A cria é
deixada em uma árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha
idade para procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e
o território de um macho inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele
tem sempre diversas pretendentes à disposição para namorar!
Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado).

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Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu


a) hábitat.
b) biótopo.
c) nível trófico.
d) nicho ecológico.
e) potencial biótico.

31. (ENEM – 2013 Branca Q51) As fêmeas de algumas espécies de


aranhas, escorpiões e de outros invertebrados predam os machos após a
cópula e inseminação. Como exemplo, fêmeas canibais do inseto conhecido
como louva-a-deus, Tenodera aridofolia, possuem até 63% da sua dieta
composta por machos parceiros. Para as fêmeas, o canibalismo sexual pode
assegurar a obtenção de nutrientes importantes na reprodução. Com esse
incremento na dieta, elas geralmente produzem maior quantidade de ovos.
BORGES, J. C. Jogo mortal. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 1 mar. 2012
(adaptado).
Apesar de ser um comportamento aparentemente desvantajoso para os
machos, o canibalismo sexual evoluiu nesses táxons animais porque
a) promove a maior ocupação de diferentes nichos ecológicos pela espécie.
b) favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais.
c) impossibilita a transmissão de genes do macho para a prole.
d) impede a sobrevivência e reprodução futura do macho.
e) reduz a variabilidade genética da população.

32. (ENEM – 2000 Amarela Q36) O esquema abaixo representa os


diversos meios em que se alimentam aves, de diferentes espécies, que
fazem ninho na mesma região.

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Com base no esquema, uma classe de alunos procurou identificar a possível


existência de competição alimentar entre essas aves e concluiu que:
a) não há competição entre os quatro tipos de aves porque nem todas elas
se alimentam nos mesmos locais.
b) não há competição apenas entre as aves dos tipos 1, 2 e 4 porque retiram
alimentos de locais exclusivos.
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c) há competição porque a ave do tipo 3 se alimenta em todos os lugares


e, portanto, compete com todas as demais.
d) há competição apenas entre as aves 2 e 4 porque retiram grande
quantidade de alimentos de um mesmo local.
e) não se pode afirmar se há competição entre as aves que se alimentam
em uma mesma região sem conhecer os tipos de alimento que consomem.

33. (ENEM – 2005 Amarela Q43) A atividade pesqueira é antes de tudo


extrativista, o que causa impactos ambientais. Muitas espécies já
apresentam sério comprometimento em seus estoques e, para diminuir
esse impacto, várias espécies vêm sendo cultivadas. No Brasil, o cultivo de
algas, mexilhões, ostras, peixes e camarões, vem sendo realizado há alguns
anos, com grande sucesso, graças ao estudo minucioso da biologia dessas
espécies. Os crustáceos decápodes, por exemplo, apresentam durante seu
desenvolvimento larvário, várias etapas com mudança radical de sua forma.

Algumas das fases larvárias de crustáceos

Não só a sua forma muda, mas também a sua alimentação e habitat. Isso
faz com que os criadores estejam atentos a essas mudanças, porque a
alimentação ministrada tem de mudar a cada fase. Se para o criador, essas
mudanças são um problema para a espécie em questão, essa metamorfose
apresenta uma vantagem importante para sua sobrevivência, pois
a) aumenta a predação entre os indivíduos.
b) aumenta o ritmo de crescimento.
c) diminui a competição entre os indivíduos da mesma espécie.
d) diminui a quantidade de nichos ecológicos ocupados pela espécie.
e) mantém a uniformidade da espécie. 04178253905

34. (ENEM – 2013 Branca Q70) No Brasil, cerca de 80% da energia


elétrica advém de hidrelétricas, cuja construção implica o represamento de
rios. A formação de um reservatório para esse fim, por sua vez, pode
modificar a ictiofauna local. Um exemplo é o represamento do Rio Paraná,
onde se observou o desaparecimento de peixes cascudos quase que
simultaneamente ao aumento do número de peixes de espécies exóticas
introduzidas, como o mapará e a corvina, as três espécies com nichos
ecológicos semelhantes.
PETESSE, M. L.; PETRERE JR., M. Ciência Hoje, São Paulo, n. 293, v. 49, jun. 2012 (adaptado).

Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos é


explicado pelo

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a) A redução do fluxo gênico da espécie nativa.


b) diminuição da competição intraespecífica.
c) aumento da competição interespecífica.
d) isolamento geográfico dos peixes.
e) extinção de nichos ecológicos.

35. (ENEM – 2014 Branca Q60) Existem bactérias que inibem o


crescimento de um fungo causador de doenças no tomateiro, por
consumirem o ferro disponível no meio. As bactérias também fazem fixação
do nitrogênio, disponibilizam cálcio e produzem auxinas, substâncias que
estimulam diretamente o crescimento do tomateiro.
PELZER, G. Q. et al. Mecanismos de controle da murcha-de-esclerócio e promoção de crescimento
em tomateiro mediados por rizobactérias. Tropical Plant Pathology, v. 36, n. 2, mar.-abr. 2011
(adaptado).

Qual dos processos biológicos mencionados indica uma relação ecológica de


competição?
a) Fixação de nitrogênio para o tomateiro.
b) Disponibilização de cálcio para o tomateiro.
c) Diminuição da quantidade de ferro disponível para o fungo.
d) Liberação de substâncias que inibem o crescimento do fungo.
e) Liberação de auxinas que estimulam o crescimento do tomateiro.

36. (ENEM – 2011 Azul Q82) Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem


sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece
a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém,
existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os
machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser desse gênero. Quando o
macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é
atacado e devorado por ela.
BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura da vida, a aventura da
tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado).
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A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do


gênero Photinus, é um exemplo de
a) comensalismo.
b) inquilinismo.
c) cooperação.
d) predatismo.
e) mutualismo.

37. (ENEM – 1999 Azul Q50) Um agricultor, que possui uma plantação
de milho e uma criação de galinhas, passou a ter sérios problemas com os
cachorros-do-mato que atacavam sua criação. O agricultor, ajudado pelos
vizinhos, exterminou os cachorros-do-mato da região. Passado pouco
tempo, houve um grande aumento no número de pássaros e roedores que
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passaram a atacar as lavouras. Nova campanha de extermínio e, logo


depois da destruição dos pássaros e roedores, uma grande praga de
gafanhotos, destruiu totalmente a plantação de milho e as galinhas ficaram
sem alimento.
Analisando o caso acima, podemos perceber que houve desequilíbrio na teia
alimentar representada por:

38. (ENEM – 2015 – 2ª Aplicação - Azul Q79) O caramujo gigante


africano, Achatina fulica, é uma espécie exótica que tem despertado o
interesse das autoridades brasileiras, uma vez que tem causado danos
ambientais e prejuízos econômicos à agricultura. A introdução da espécie
no Brasil ocorreu clandestinamente, com o objetivo de ser utilizada na
alimentação humana. Porém, o molusco teve pouca aceitação no comércio
de alimentos, o que resultou em abandono e liberação intencional das
criações por vários produtores. Por ser uma espécie herbívora generalista
(alimenta-se de mais de 500 espécies diferentes de vegetais), com grande
capacidade reprodutiva, tornou-se uma praga agrícola de difícil erradicação.
Associada a isto, a ausência de predadores naturais fez com que ocorresse
um crescimento descontrolado da população. O desequilíbrio da cadeia
alimentar observado foi causado pelo aumento da densidade populacional
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de
a) consumidores terciários, em função da elevada disponibilidade de
consumidores secundários.
b) consumidores primários, em função da ausência de consumidores
secundários.
c) consumidores secundários, em função da ausência de consumidores
primários.
d) consumidores terciários, em função da elevada disponibilidade de
produtores.
e) consumidores primários, em função do aumento de produtores.

39. (ENEM – 2015 – 2ª Aplicação - Azul Q87) Na natureza a matéria é


constantemente transformada por meio dos ciclos biogeoquímicos. Além do
ciclo da água, existem os ciclos do carbono, do enxofre, do fósforo, do

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nitrogênio e do oxigênio. O elemento que está presente em todos os ciclos


nomeados é o
a) fósforo.
b) enxofre.
c) carbono.
d) oxigênio.
e) nitrogênio.

40. (ENEM – 2015 – 2ª Aplicação - Azul Q88) Bioindicador ou indicador


biológico é uma espécie ou grupo de espécies que reflete o estado biótico
ou abiótico de um meio ambiente, o impacto produzido sobre um hábitat,
comunidade ou ecossistema, entre outras funções. A posição trófica do
organismo bioindicador é uma das características mais relevantes quanto
ao seu grau de importância para essa função: quanto mais baixo o nível
trófico do organismo, maior é a sua utilidade, pois pressupõe-se que toda
a cadeia trófica é contaminada a partir dele.
ANDRÉA, M. M. Bioindicadores ecotoxicológicos de agrotóxicos. Disponível em:
www.biologico.sp.gov.br. Acesso em: 11 mar. 2013 (adaptado).
O grupo de organismos mais adequado para essa condição, do ponto de
vista da sua posição na cadeia trófica, é constituído por
a) algas.
b) peixes.
c) baleias.
d) camarões.
e) anêmonas.

41. (ENEM – 2016 Azul Q61) Um pesquisador investigou o papel da


predação por peixes na densidade e tamanho das presas, como possível
controle de populações de espécies exóticas em costões rochosos. No
experimento colocou uma tela sobre uma área da comunidade, impedindo
o acesso dos peixes ao alimento, e comparou o resultado com uma área
adjacente na qual os peixes tinham acesso livre. O quadro apresenta os
resultados encontrados após 15 dias de experimento.
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O pesquisador concluiu corretamente que os peixes controlam a densidade


dos(as)
a) Algas, estimulando seu crescimento.
b) Cracas, predando especialmente animais pequenos.
c) Mexilhões, predando especialmente animais pequenos.
d) Quatro espécies testadas, predando indivíduos pequenos.
e) Ascídias, apesar de não representarem os menores organismos.

42. (ENEM – 2016 Azul Q69) Recentemente um estudo feito em campos


de trigo mostrou que níveis elevados de dióxido de carbono na atmosfera
prejudicam a absorção de nitrato pelas plantas. Consequentemente, a
qualidade nutricional desses alimentos pode diminuir à medida que os níveis
de dióxido de carbono na atmosfera atingirem as estimativas para as
próximas décadas.
BLOOM, A.J. et al. Nitrate assimilation is inhibited by elevated CO2 in field-grown wheat.
Nature Climate Change, n. 4, abr. 2014 (adaptado).

Nesse contexto, a qualidade nutricional do grão de trigo será modificada


primariamente pela redução de
a) Amido.
b) Frutose.
c) Lipídeos.
d) Celulose.
e) Proteínas.

43. (ENEM – 2016 2ª Aplicação Branca Q47) Os seres vivos mantêm


constantes trocas de matéria com o ambiente mediante processos
conhecidos como ciclos biogeoquímicos. O esquema representa um dos
ciclos que ocorrem nos ecossistemas.

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O esquema apresentado corresponde ao ciclo biogeoquímico do(a)


a) água.
b) fósforo.
c) enxofre.
d) carbono.
e) nitrogênio.

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44. (ENEM – 2016 2ª Aplicação Branca Q71) A modernização da


agricultura, também conhecida como Revolução Verde, ficou marcada pela
expansão da agricultura nacional. No entanto, trouxe consequências como
o empobrecimento do solo, o aumento da erosão e dos custos de produção,
entre outras. Atualmente, a preocupação com a agricultura sustentável tem
suscitado práticas como a adubação verde, que consiste na incorporação ao
solo de fitomassa de espécies vegetais distintas, sendo as mais difundidas
as leguminosas.
ANUNCIAÇÃO, G. C. F. Disponível em: www.muz.ifsuldeminas.edu.br
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado)
A utilização de leguminosas nessa prática de cultivo visa reduzir a
a) utilização de agrotóxicos.
b) atividade biológica do solo.
c) necessidade do uso de fertilizantes.
d) decomposição da matéria orgânica.
e) capacidade de armazenamento de água no solo.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

1. Vamos analisar cada alternativa nessa questão sobre cadeias e teias


alimentares. Na alternativa b), afirma-se que o felino tem função superior
do que a minhoca numa teia alimentar. Vimos, no entanto, que todos os
seres possuem igual importância dentro das comunidades biológicas. Na
alternativa c), afirma-se que gatos e minhocas são consumidores primários.
No entanto, os gatos são carnívoros, assim como todos os felinos e, por
isso, não podem ser consumidores primários, já que estes são seres
herbívoros. Na alternativa d) as minhocas são excluídas das cadeias
alimentares por se alimentarem de detritos, o que não faz sentido, já que
os detritos são provenientes de atividade biológica, seja vegetal ou animal,
e isso coloca as minhocas em níveis tróficos variados. Na alternativa e),
afirma-se que os vertebrados ocupam o topo das teias alimentares, mas
isso não é uma obrigatoriedade, afinal existem diversos vertebrados que
são consumidores primários. Resta então a alternativa a) que é verdadeira,
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pois ao afirmar que o gato e a minhoca devem “cavar” o seu alimento


diariamente, ela faz uma alusão à busca deles por alimento, caracterizada
por serem heterotróficos. Alternativa A.

2. Para responder essa questão, bastaria que o aluno esquematizasse a


cadeia alimentar citada. Vamos ver como ela ficaria:

Frutas e
 homem  tigre  abutres
grãos

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CONSUMIDOR CONSUMIDOR CONSUMIDOR


PRODUTOR
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO

Assim, tigres seriam consumidores secundários e os abutres seriam


consumidores terciários. Alternativa C.

3. Dentre os seres vivos citados no enunciado, somente as algas são


autotróficas e, por isso, ocupam o nível trófico de produtores. Mesmo que
o aluno não soubesse que as algas são autotróficas, ele poderia, por
eliminação, verificar que nem aves, nem caranguejos, nem insetos e nem
peixes poderiam ser produtores. Alternativa B.

4. A larva do parasitoide se alimenta da lagarta, que é herbívora e por isso,


consumidora primária. Sendo assim, a larva só pode ser consumidora
secundária. Alternativa B.

5. Como vimos no ciclo do nitrogênio, a fixação desse elemento através das


bactérias fixadoras e a nitrificação realizada pelas bactérias nitrificantes,
disponibilizam o nitrogênio para ser assimilado pelas plantas. Elas utilizarão
os íons nitrato para formar suas moléculas orgânicas nitrogenadas, como
proteínas. Essas proteínas passarão pelas cadeias tróficas para os animais.
É preciso lembrar que carboidratos não possuem nitrogênio, o que elimina
a alternativa B. A alternativa correta é a letra D.

6. Com a formação de uma densa nuvem de poeira na atmosfera, a luz do


sol passou a ter mais dificuldade para atingir a superfície. Sabemos que a
luz é fundamental para a realização da fotossíntese. Processo esse que é
responsável pela produtividade dos ecossistemas. Sem fotossíntese, os
vegetais morrem e, consequentemente, todos os seres da cadeia trófica
também morrerão por não ter o que comer. Sendo assim, fica interrompido
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o fluxo energético das teias tróficas. Alternativa B.

7. Afirmativa I – incorreta. Nos oceanos, a evaporação é maior do que nos


continentes
Afirmativa II – correta. Parte da água utilizada pelos vegetais, é liberada de
volta à atmosfera através da transpiração desses seres vivos.
Afirmativa III – correta. A água circula pelo solo (litosfera), pela atmosfera,
com o vapor formando nuvens e posteriormente precipitando na forma de
chuva, e na biosfera pois passa pelos organismos, uma vez que é
fundamental para a manutenção dos seres vivos.
Afirmativa IV – correta. A gravidade faz com que a chuva e a neve
precipitem sobre a superfície do planeta e também contribui para a
infiltração da água no solo.
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Afirmativa V – correta. O ser humano pode afetar a qualidade da água


disponível no planeta, diminuindo a quantidade de água potável disponível
para os seres vivos.
Alternativa D.

8. A quantidade total de água no nosso planeta não pode ser afetada pela
ação do ser humano. No entanto, ao poluir parte da água disponível, é
possível afetar a qualidade da mesma, tornando-a imprópria para consumo,
diminuindo portanto a quantidade de água potável. Alternativa B.

9. Se uma indústria consome uma quantidade x de água e passa a purificar


parte dessa água consumida para reutilizá-la, há uma diminuição no
consumo total dela. Sendo assim, a indústria diminui a quantidade de água
adquirida e comprometida pelo uso industrial. Alternativa B.

10. No ciclo da água, essa substância está o tempo inteiro transitando entre
seus reservatórios: superfície do planeta, atmosfera e seres vivos. Assim,
a água que abastece os mares, é compensada pela água perdida na
evaporação, fazendo com que os mares não sofram aumento no seu nível.
Alternativa A.

11. O enunciado da questão já dá a dica para a alternativa correta. Ele diz


que a nuvem precisa de vapor de água e de um NCN. A seguir, afirma que
a principal fonte natura de NCN é a vegetação. Além disso, sabemos que a
vegetação libera vapor de água na sua transpiração e que, além disso, a
evaporação da água na superfície também tem papel importante no ciclo
da água. Assim, a única alternativa que aborda esses aspectos é a letra B.

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12. Apesar dessa questão ser de 2008, o assunto está muito em voga por
conta da crise hídrica vivida no nosso país pela falta de chuvas
principalmente na região Sudeste, que levou os reservatórios a operarem
no volume morto, fato que encareceu também a produção de energia
elétrica nas usinas hidrelétricas. Ao analisarmos o gráfico, o mais natural é
que procuremos uma seta pra baixo carregando água na forma de chuva.
No entanto, esse gráfico representa o fluxo de energia, e a única seta para
baixo corresponde à radiação solar incidente no planeta. Sabemos, por
outro lado, que a chuva depende da formação de nuvens, que, por sua vez,
depende da evaporação da água superficial. Assim, temos a seta de número
V carregando energia para cima na formação de vapor de água, que vai
contribuir para a formação das nuvens e sua posterior precipitação na forma
de chuva. Alternativa E.

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13. A queima de combustíveis fósseis como o petróleo libera grande


quantidade de gás carbônico na atmosfera, fazendo com que a quantidade
de carbono aumente significativamente nesse reservatório. Não haveria
redução na taxa de fotossíntese de vegetais, uma vez que o aumento de
gás carbônico aumentaria a disponibilidade desse gás. No entanto, também
não haveria um aumento da fotossíntese e consequente produção de
carboidratos de origem vegetal, uma vez que a quantidade de gás carbônico
na atmosfera não é um fator limitante para a taxa de fotossíntese.
Alternativa D.

14. O ngaura citado no texto nada mais é do que a cobertura de folhas que
reveste a superfície de uma floresta. Essas folhas, ao serem decompostas,
liberam suas moléculas orgânicas ricas em carbono, que serão utilizadas
por outros seres vivos em sua constituição. Assim, o ciclo envolvido é o do
carbono. Alternativa D.

15. Nessa questão, o aluno precisa pensar de forma sustentável. Temos um


problema que é a exploração do fósforo e a sua baixa reposição depois de
utilizado. Criar um íon sintético não é uma alternativa viável
tecnologicamente; importar íons fosfato de países ricos seria uma
alternativa cara e não contribuiria no sentido da reciclagem do nutriente,
causando mais acúmulo do mesmo em locais onde ele não poderia ser
reutilizado. Não há como substituir o fósforo por outro elemento já que ele
é constituinte fundamental do DNA e do ATP. A proibição do uso de
fertilizantes com fósforo prejudicaria muito a produção agrícola, não sendo
também uma alternativa sustentável. Sento assim, o ideal seria incentivar
a reciclagem de resíduos biológicos, contribuindo para a manutenção do
ciclo do fósforo e diminuindo, assim, a necessidade de extrair mais esse
elemento de suas reservas. Alternativa A.

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16. A questão busca a alternativa que apresente maior retorno econômico


para os produtores de cana. Assim, sabemos que as leguminosas, em
associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, conseguem retirar esse
elemento da atmosfera e incorporá-lo ao solo na forma de íons nitrato.
Esses íons ficam disponíveis para outros vegetais que forem plantados após
a colheita das leguminosas. Além disso, soja, amendoim e feijão, podem
ser comercializados fazendo com que o produtor também tenha lucro em
cima deles. Assim, a alternância do plantio de cana com o plantio de
leguminosas, aumenta a produtividade da área, uma vez que as
leguminosas ajudam a manter o nível de compostos nitrogenados no solo.
Alternativa E.

17. I – fixação do nitrogênio; II – amonificação; III e IV – nitrificação; V –


desnitrificação. Alternativa E.
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18. Todas as alternativas dessa questão possuem erros conceituais, menos


1. A letra A diz que vegetais usam metais pesados para síntese de
biomassa, o que não ocorre, pois metais pesados como chumbo e mercúrio
não entram nesse processo. A letra B diz que as algas usam excretas
nitrogenados para produzir gás carbônico, sendo que esse gás é produzido
na respiração celular que não tem relação com excretas nitrogenados. A
letra C diz que as algas liberam gás carbônico na fotossíntese, quando na
verdade elas absorvem esse gás nesse processo. A letra E diz que as algas
realizam quimiossíntese, quando na verdade elas fazem fotossíntese. A
letra D é a única correta, pois as algas utilizam os resíduos nitrogenados
dos animais para produzir suas moléculas nitrogenadas e, durante a
fotossíntese, produzem compostos orgânicos liberando oxigênio no
ambiente. Alternativa D.

19. Afirmativa I – seria verdadeira, caso os vulcões sejam considerados


uma forma de poluição. No entanto, a questão aparentemente só considera
a poluição causada por humanos. ERRADA
Afirmativa II – Os quatro reservatórios (atmosfera, litosfera, hidrosfera e
biosfera) recebem setas com compostos de enxofre. CORRETA
Afirmativa III - Os quatro reservatórios (atmosfera, litosfera, hidrosfera e
biosfera) transportam compostos de enxofre. CORRETA
Afirmativa IV - Dos quatro reservatórios (atmosfera, litosfera, hidrosfera e
biosfera) saem setas com compostos de enxofre. CORRETA
Alternativa E.

20. I - A decomposição é um processo natural que ocorre


independentemente da ação do ser humano. CORRETA
II – Mesmo liberando substâncias tóxicas, o esterco é o adubo menos
poluente que se pode usar, pois reaproveita os nutrientes que já estavam
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disponíveis naquela comunidade biológica. ERRADA


III – Já que o enxofre circula através do esterco, pela ação de
decompositores, é claro que esse processo faz parte do ciclo desse
elemento. CORRETA
Alternativa D.

21. A introdução de uma espécie para controlar a população de pragas, foi


eficiente pois a manteve abaixo da densidade P. No entanto, ao aplicar um
inseticida, a praga voltou a se reproduzir com grande velocidade,
ultrapassando facilmente a densidade P. Isso ocorreu porque a espécie
introduzida também foi afetada pelo inseticida, mas a praga se recuperou
mais rapidamente, ficando novamente sem predadores no ambiente e
voltando a causar dano à lavoura. Melhor seria se o agricultor não tivesse
aplicado o inseticida. Alternativa D.
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22. Esse assunto também está muito popular devido à recente epidemia de
zika no país que, além da dengue e da chikungunya, também é transmitida
pelo mosquito Aedes aegypti. Assim, vamos analisar cada alternativa.
Alternativa A – como exposto no enunciado, a modificação genética só afeta
fêmeas e, portanto, não poderia diminuir o sucesso reprodutivo dos machos
(ERRADA). Alternativa B – a liberação de machos geneticamente
modificados não restringiria a área do mosquito, uma vez que só as fêmeas
são afetadas e isso só aconteceria depois que os machos se reproduzissem
(ERRADA). Alternativa D – a alteração genética atua no desenvolvimento
dos músculos das asas dos mosquitos, não tendo relação com a sua
resistência ao causador da doença (ERRADA). Alternativa E – Mais uma vez
os machos não são afetados pela alteração genética (ERRADA). Alternativa
C – Com a reprodução dos machos geneticamente modificados e o
nascimento de fêmeas incapazes de voar, os mosquitos, que são o vetor da
doença, teriam dificuldade para se reproduzir (sua cópula acontece durante
o voo) e dificuldade para se contaminar e contaminar as pessoas, uma vez
que para isso a fêmea precisaria voar. (CORRETA) Alternativa C.

23. Os embriões da vespa, ao se desenvolverem no interior dos ovos das


borboletas, se alimentam às custas daqueles ovos, o que caracteriza uma
relação de parasitismo em que a vespa é a parasita e os ovos das borboletas
são os hospedeiros. Alternativa A.

24. Se não houver umidade adequada no composto, os microrganismos


responsáveis pela decomposição da matéria orgânica não conseguirão
realizar esse processo. Alternativa C.

25. Com a eliminação dos predadores dos veados, seu número aumentou
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muito rapidamente, ultrapassando a capacidade de suporte do meio. Com


isso, o consumo de pastagens pelos veados passou a ser maior do que a
capacidade de reposição desses vegetais no ambiente. Isso levou à
escassez de alimentos para os indivíduos e a sua consequente diminuição
populacional. Isso foi tão drástico que provocou uma queda maior do que
se os predadores tivessem sido mantidos no ambiente. Afinal, a relação
presa-predador tem papel importante na manutenção do equilíbrio nas
comunidades biológicas. Sendo assim, apenas as afirmativas III e IV estão
corretas. Alternativa E.

26. Analisando o gráfico, é possível tirar algumas conclusões. 1 – após o


aparecimento do parasita, há um período em que o número de larvas torna-
se menor do que o número de parasitas. 2 – com a introdução do veneno,
o número de parasitas cai drasticamente quase chegando a zero e as larvas
não são afetadas. 3 – ao retirar o veneno, o parasita recupera-se
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rapidamente, causando uma forte diminuição no número de larvas. 4 – após


algum tempo, a relação se equilibra e o número de larvas e parasitas
permanece constante. Essa última conclusão é a que mais justifica a
interrupção do uso do veneno e a alternativa que relaciona esse fato é a
letra E.

27. Em florestas tropicais, a temperatura e a umidade favorecem a ação de


organismos decompositores no solo. Assim, a matéria orgânica presente
em organismos que morreram é rapidamente disponibilizada para a
utilização por outros organismos. Dessa forma, a reciclagem dos nutrientes
é rápida, o que favorece o crescimento vegetal. Quando o ser humano
destrói a floresta, interfere nesse ciclo pois reduz a disponibilidade de
matéria orgânica no solo, fazendo com que ocorra a desertificação desses
ambientes. Alternativa E.

28. O que vemos aqui é um exemplo de comunidade biológica em equilíbrio


com a interdependência das espécies, mesmo que uma seja predada pela
outra. O manduvi depende do tucano-toco para a dispersão de suas
sementes. O tucano depende do manduvi e da arara para sua alimentação.
A arara depende do manduvi para colocar seus ninhos. Assim, para
conservar qualquer uma dessas espécies, é necessário conservar também
as outras duas. Alternativa D.

29. Com a ação dos herbívoros podando as acácias, essas árvores são
estimuladas a produzir mais néctar, que favorece o domínio de formigas da
espécie 1. Estas formigas, por sua vez, apresentam uma relação de
protocooperação com as acácias, pois afastam outros insetos que
prejudicam os vegetais. Assim, as árvores se mantêm e os herbívoros
continuam tendo alimento. Ou seja, a ausência de herbivoria favorece o
ataque de besouros, causando o declínio das acácias. Alternativa C.
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30. Essa descrição do tamanduá fala sobre o seu modo de vida, a maneira
como ele se locomove, se comunica, se reproduz, se alimenta e como ocupa
seu território. Essas características compõem o nicho ecológico de um ser
vivo. Alternativa D.

31. O maior objetivo na reprodução dos seres vivos é fazer passar os seus
genes para os seus descendentes. Isso representa o sucesso reprodutivo.
Assim, os nutrientes obtidos pela fêmea ao canibalizar o macho, são
fundamentais para o desenvolvimento dos ovos de ambos e seu
consequente sucesso reprodutivo. Alternativa B.

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32. Essa questão tenta induzir o aluno ao erro, pois pode levar à confusão
entre habitat e nicho ecológico. O que o gráfico mostra é apenas a
sobreposição de habitats, mas em nenhum momento é falado qual o tipo
de alimento que cada espécie consome. Dessa forma, não podemos dizer
que há sobreposição de nichos e, por isso, não podemos dizer que há
competição entre as espécies. Alternativa E.

33. O enunciado informa que para diferentes formas de larvas de um


mesmo crustáceo, há mudanças na sua alimentação e habitat. Ou seja, há
mudanças nos nichos ecológicos que cada fase ocupa e, por isso, há
diminuição da competição intraespecífica. Alternativa C.

34. Com a introdução de espécies exóticas de nichos ecológicos


semelhantes à espécie nativa, há o aumento da competição interespecífica.
Alternativa C.

35. a), b) e e) Mutualismo bactérias x tomateiro; c) Competição


bactérias x fungo; d) Amensalismo bactérias x fungo.

36. A relação em que um indivíduo de uma espécie mata e se alimenta de


outro indivíduo de outra espécie é a predação ou predatismo. Alternativa
D.

37. Logo de cara, o aluno poderia eliminar as alternativas C, D e E por não


terem o milho posicionado na base das teias alimentares, restando apenas
as alternativas A e B. Dentre as duas, fica bem nítido que a alternativa B é
a correta, uma vez que na alternativa A, as galinhas aparecem se
alimentando dos pássaros e os roedores aparecem se alimentando das
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galinhas. Alternativa B.

38. Conforme informado no enunciado da questão, os caramujos são


herbívoros, logo, são consumidores primários. Com isso, só nos restam as
alternativas B e E. O enunciado fala também da falta de predadores naturais
desse caramujo, que ocupariam o nível trófico de consumidores
secundários. Logo, a única alternativa correta é a letra B.

39. O oxigênio pode aparecer ligado a todos os outros elementos e


participando assim, dos seus ciclos. Liga-se ao fósforo formando fosfatos
que são componentes dos ácidos nucleicos, por exemplo; ligam-se ao
enxofre formando o dióxido de enxofre, um gás poluente; ligam-se ao
carbono formando o gás carbônico; e ligam-se ao nitrogênio formando por
exemplo os nitratos, absorvidos pelas plantas para que elas possam
sintetizar seus aminoácidos. Alternativa D.
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Biologia para o ENEM
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40. Dentre as alternativas temos algas (produtores) e todos os outros


(consumidores). Se os melhores bioindicadores são aqueles de nível trófico
mais baixo, então só podemos optar pelas algas. Alternativa A.

41. Ao analisar o quadro fornecido na questão, percebemos que duas


espécies tiveram sua densidade populacional reduzida: craca e mexilhão.
Além disso, percebemos também que ocorre uma redução do tamanho
médio das cracas na área sem tela (pois os peixes se alimentam dos
indivíduos maiores); e um aumento do tamanho médio dos mexilhões, pois
os peixes se alimentam dos indivíduos menores. Alternativa C.

42. Os nitratos são peça importante do ciclo do nitrogênio, pois são


absorvidos pelas plantas e usados por elas na síntese de seus aminoácidos
e, consequentemente, de suas proteínas. Alternativa E.

43. Podemos ver, no esquema, o trajeto do carbono pelas cadeias


alimentares, integrando as moléculas orgânicas dos seres vivos, sendo
liberado pela decomposição desses organismos, e ainda sendo liberado na
atmosfera na forma de gás carbônico pelas reações de combustão de
compostos orgânicos. Alternativa D.

44. Muitas leguminosas apresentam nódulos em suas raízes onde bactérias


fazem a fixação de nitrogênio. Esse elemento é normalmente utilizado em
fertilizantes para suprir a sua falta no solo. Alternativa C.

9. Bibliografia consultada

 AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.3. 04178253905

 CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

 LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo:


Editora Ática, 2014, Vol. 3.

 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.

 STARR, C.; EVERS, C.; STARR, L. Biology: Concepts and


Applications Without Physiology, Ninth Edition. Cengage
Learning, 2013.

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