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Ministério das Finanças e da

Administração Pública

Orçamento do Estado
para 2011
Relatório

Outubro • 2010

Proposta do OE2011 | Relatório


RELATÓRIO OE2011
Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada
275

Quadro V.13.4. MS - Despesa por Medidas dos Programas


(milhões de euros)
Orçamento
Estrutura
Estado e SFA Ajustado de
2011 (%)
2011
SAÚDE
Serviços Gerais da Adm inistração Pública
Administração Geral 0,1 0,0
SAÚDE
Administração e Regulamentação 4 835,6 28,8
Investigação 36,8 0,2
Hospitais e clínicas 8 876,4 52,9
Serviços individuais de saúde 3 031,7 18,1
COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
Serviços Gerais da Adm inistração Pública
Cooperação Económica Externa 0,4 0,0
DESPESA TOTAL NÃO CONSOLIDADA 16 781,0 100,0
DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 8 563,0

As despesas do Ministério da Saúde estão enquadradas no Programa 017 – Saúde e desagregam-se por
seis medidas, evidenciando maior volume orçamental os de Hospitais e Clínicas, de Administração e
Regulamentação e Serviços Individuais de Saúde, as quais absorvem a quase totalidade do orçamento
do Ministério, cerca de 99,8%.

Quadro V.13.5. MS - Projectos de Investimento do PIDDAC a)


(milhões de euros)
Orçamento
Estado e SFA Ajustado
de 2011

Construção do Centro de Reabilitação do Norte 29,1

Relativamente aos projectos de investimento do PIDDAC para 2011, com montante superior a 5 milhões
de euros, na área da Saúde destaca-se o projecto da Administração Regional de Saúde do Norte, que
visa a construção do Centro de Reabilitação do Norte.

V.14. Ministério da Educação

V.14.1. Políticas

A política educativa do Governo estabelece como prioridades elevar as competências básicas e os níveis
de formação e qualificação dos portugueses. Neste sentido, definiram-se cinco grandes objectivos: (i)
concretizar a universalização da frequência da educação pré-escolar e do ensino básico e secundário
para todos; (ii) alargar as oportunidades de qualificação certificada para jovens e adultos; (iii) promover a
melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos e valorizar a escola pública (iv) reforçar as
condições de funcionamento, os recursos e a autonomia das escolas; (v) valorizar o trabalho e a
profissão docente.

A melhoria das competências básicas e dos níveis de formação decorrem de medidas destinadas a
assegurar a eficácia do sistema educativo que devem, progressivamente, traduzir-se em melhores
resultados de aprendizagem e no cumprimento efectivo da escolaridade obrigatória de 12 anos.
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Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada

O Programa Educação 2015, lançado no ano lectivo de 2010-2011, pretende aprofundar o envolvimento
das escolas e das comunidades educativas na concretização de compromissos nacionais e internacionais
em matéria de política educativa.

Num contexto de renovados desafios à gestão de recursos públicos e de ênfase na consolidação


orçamental, as políticas educativas têm também de assegurar uma adequada optimização de recursos,
sem prejuízo da qualidade das aprendizagens e do ensino.

Concretizar a Universalização da Frequência da Educação Pré-Escolar e do Ensino


Básico e Secundário

Após a universalização da oferta da educação pré-escolar às crianças de 5 anos de idade, importa agora
desenvolver esforços no sentido do seu alargamento às crianças a partir dos 3 anos de idade, de forma a
promover a igualdade de oportunidades e melhorar a aprendizagem nos níveis de ensino subsequentes.

É ainda objectivo da política educativa assegurar que todos os alunos que ingressem no sistema
educativo e formativo permaneçam no mesmo até à obtenção de uma certificação correspondente aos 12
anos de escolaridade. Para a consecução destes objectivos, prosseguem as medidas que visam a
requalificação e o apetrechamento das instalações escolares de modo a garantir as condições e o
equipamento necessários à promoção da igualdade de oportunidades e à melhoria das aprendizagens.

Neste âmbito, é de destacar o reordenamento em curso da rede escolar que, de acordo com a Resolução
do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho, visa três objectivos: (i) adaptar a rede escolar ao
objectivo de uma escolaridade de 12 anos para todos os alunos; (ii) adequar a dimensão e as condições
das escolas à promoção do sucesso escolar e ao combate ao abandono; (iii) promover a racionalização
dos agrupamentos de escolas, de modo a favorecer o desenvolvimento de um projecto educativo comum,
articulando níveis e ciclos de ensino distintos.

O reordenamento que tem vindo a ser desenvolvido na rede escolar deve ser continuado tendo em vista
a disponibilização de um ensino de qualidade que assegure as condições de aprendizagem, recursos
educativos, desportivos, artísticos, a adequada sociabilização dos alunos e correspondente a patamares
de aprendizagem assentes no princípio da equidade. No contexto de reordenamento da rede, o ensino
particular tem uma dimensão supletiva e de complementaridade em relação à rede pública, sendo os
apoios a disponibilizar pelo Estado equacionados nesse quadro de referência.

No domínio da Acção Social Escolar (ASE), assegura-se a continuidade do apoio social e financeiro
tendo em conta a aplicação das novas regras de acesso às prestações sociais não contributivas
(condição de recursos), no quadro de princípios de rigor e equidade quanto à utilização dos dinheiros
públicos. Deste modo, procura-se responder com maior acuidade às necessidades das famílias
carenciadas no que diz respeito ao acesso à ASE, garantindo os recursos necessários ao sucesso
educativo e à frequência universal da escola.

Neste contexto, será ainda lançado um programa de empréstimo de manuais escolares, cuja gestão será
assegurada por cada agrupamento de escolas, procurando-se, desta forma, optimizar a utilização de
recursos já disponibilizados ao sistema.
RELATÓRIO OE2011
Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada
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Alargar as Oportunidades de Qualificação Certificada para Jovens e Adultos

A Iniciativa Novas Oportunidades, da responsabilidade conjunta do Ministério da Educação e do


Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, assume-se como uma prioridade para consecução do
aumento dos níveis de qualificação dos Portugueses, um dos objectivos de referência em matéria
educativa do Governo. Esta iniciativa, ao permitir alargar o leque de ofertas educativas nas escolas,
abriu-a a novos públicos e criou condições de integração de mais jovens no ensino secundário, trazendo
ao sistema de ensino e formação jovens e adultos que o tinham abandonado precocemente.

No segundo ciclo da Iniciativa Novas Oportunidades (2010-2013), convergente com as metas


estabelecidas no ciclo anterior no que respeita ao número de indivíduos certificados, a aposta consiste na
optimização da capacidade instalada no que concerne à rede e à adequabilidade da oferta com a
perspectiva de conferir maior eficiência e eficácia ao sistema. A diversificação da oferta, como resposta
às necessidades do mercado de trabalho na perspectiva de aprofundamento da relação entre a oferta, a
região e o País, concretiza-se de forma sustentada e potenciadora dos recursos disponíveis.

É neste contexto que se pretende aumentar, em mais dois anos e meio, o nível médio de qualificação dos
portugueses em idade activa, garantir a escolaridade a todos os jovens pelo menos até aos 18 anos e
reduzir a saída precoce do sistema educativo e formativo, bem como, aumentar a formação nas áreas
profissionais emergentes da economia e aferir os impactos das qualificações, medidos em
empregabilidade e em progresso na carreira profissional dos jovens e adultos.

Importa potenciar os instrumentos de regulação como o Catálogo de Qualificações que mercê da sua
flexibilidade disponibiliza referenciais de qualificação de qualidade, ajustados às necessidades
económicas emergentes, bem como consolidar os mecanismos de monitorização, acompanhamento e de
avaliação do Programa de qualificação de jovens e adultos.

De modo a atingir em 2015 a média europeia, aprofundam-se medidas de política que visem a
participação de adultos em actividades de aprendizagem ao longo da vida.

Promover a Melhoria da Qualidade das Aprendizagens dos Alunos

O Programa Educação 2015 visa melhorar as competências básicas dos alunos portugueses, assegurar
a permanência no sistema de todos os jovens até aos 18 anos e garantir o cumprimento da escolaridade
obrigatória de 12 anos, estabelecendo, para o efeito, como indicadores da qualidade educativa, os
resultados nas provas nacionais (provas de aferição e exames nacionais de Língua Portuguesa e
Matemática), taxas de repetência nos vários anos de escolaridade e taxas de desistência escolar.

No âmbito da Estratégia para o Desenvolvimento do Currículo Nacional, foram estabelecidas metas de


aprendizagem (instrumentos de apoio ao currículo), para cada disciplina ou área disciplinar de todos os
anos do ensino básico, a implementar em 2010, sujeita a monitorização e avaliação externa. Em 2011,
são estabelecidas as metas de aprendizagem no ensino secundário para um conjunto de 12 áreas
curriculares, consideradas nucleares.

O ensino artístico e a educação especial também são alvo de intervenção, de forma a melhorar a
utilização de recursos, garantindo aos alunos uma maior adequabilidade do sistema educativo. Deve
aprofundar-se a inclusão ao nível da educação especial, em função das necessidades já apuradas,
potenciando o número de unidades já existentes, em escolas dos 2.º e 3.º ciclos, dando continuidade a
uma monitorização que assegure a identificação dos ajustamentos necessários.
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Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada

A continuidade dos projectos e programas que se revelam prioritários para a melhoria da qualidade das
aprendizagens e de o combate ao abandono e insucesso escolares deve enfatizar a optimização dos
recursos, procurando sinergias agregadoras capazes de gerar ganhos de eficácia e eficiência do sistema
educativo.

Reforçar as Condições de Funcionamento, os Recursos e a Autonomia das Escolas

Importa prosseguir o reordenamento da rede escolar e de acolhimento de alunos em centros escolares,


de modo a adaptar a rede ao objectivo de uma escolaridade obrigatória de 12 anos, para todos os alunos.
Este processo promove práticas de gestão e administração escolar que visam a optimização dos
recursos existentes nos agrupamentos de escolas, de modo a favorecer o desenvolvimento de um
projecto educativo comum, que garanta uma adequada articulação e sequencialidade entre os diferentes
ciclos, conferindo assim uma maior autonomia e identidade à comunidade educativa.

O Plano Tecnológico da Educação (PTE) continuará a desenvolver projectos e actividades nas escolas
preparando as novas gerações para os desafios da sociedade do conhecimento.

Inicia-se agora uma 2.ª fase do PTE que, em linha com a Agenda Digital, promoverá a rentabilização dos
recursos e das capacidades instaladas, oferecendo, através do Portal das Escolas, serviços de apoio ao
processo de ensino-aprendizagem e à gestão escolar.

Será reforçado o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com as autarquias, tendo em vista a
utilização ajustada dos recursos existentes a nível local em benefício da comunidade educativa de forma
consequente e sustentada.

Será igualmente aprofundada a articulação entre a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de
Leitura, de modo a prestar um serviço a toda a rede de escolas públicas, disponibilizando recursos
diversificados e potenciando a consecução dos objectivos estabelecidos nos respectivos projectos.

Optimização dos Recursos Educativos

Está em curso um conjunto de medidas no sistema educativo, que visam optimizar os recursos e se
regem por princípios de selectividade e eficiência, sem colocar em causa a qualidade do sistema público
de educação. Recentemente, foi criado um grupo de trabalho conjunto entre o Ministério da Educação e o
Ministério das Finanças e da Administração Pública, para o acompanhamento destas reformas e
discussão de outras medidas de optimização.

Neste âmbito, dá-se destaque para o encerramento de 701 escolas do 1.º ciclo do ensino básico com
menos de 21 alunos e para a reorganização dos agrupamentos escolares.

O processo de encerramento de escolas vem no seguimento da reforma que se iniciou nos anos lectivos
de 2006/07 e 2007/08, e que levou ao encerramento de cerca de 2200 escolas isoladas e sem condições
para assegurar o sucesso educativo dos alunos. É de realçar que a definição do critério mínimo de alunos
atende, desde logo, à necessidade de garantir melhores condições de aprendizagem, de ensino e de
socialização dos alunos, sendo que a transferência para escolas de maior dimensão permite o acesso de
alunos e docentes a uma massa crítica de recursos educativos (bibliotecas, cantinas, TIC, entre outras
infra-estruturas). O encerramento das escolas, resultando numa redução de custos na gestão da rede
escolar, promove assim a melhoria das aprendizagens e do ensino.
RELATÓRIO OE2011
Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada
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A reorganização dos agrupamentos escolares, através da fusão de 103 unidades orgânicas em 86


agrupamentos, visa uma melhor utilização dos núcleos administrativos e uma maior eficácia na
administração e na gestão das escolas, com a integração de todos os níveis de ensino, desde o pré-
escolar até ao secundário. A reorganização dos agrupamentos escolares, e a concentração de recursos
educativos que lhe está inerente, contribui também para a melhoria da oferta formativa, permitindo uma
gestão mais equilibrada e um melhor planeamento dessa oferta, e, por conseguinte, uma redução da
despesa.

Em 2011, serão promovidas outras medidas de optimização que envolvem o reajuste do plano curricular
e da respectiva carga horária, a reafectação do financiamento ou a adequação dos recursos humanos às
necessidades educativas, conforme descrito no Capítulo I.

V.14.2. Orçamento

A despesa consolidada do Ministério da Educação atinge o montante de 6.391,1 milhões de euros.

Face à estimativa de despesa do ano de 2010, o orçamento do Ministério representa um decréscimo de


11,2% que se verifica sobretudo no Subsector do Estado e também nos Serviços e Fundos Autónomos.

Quadro V.14.1. ME – Despesa Total Consolidada


(milhões de euros)
2010 2011
Variação Estrutura
Orçamento (%) 2011 (%)
Estimativa
Ajustado
Estado 7.174,9 6.376,7 -11,1 97,5
1. Funcionamento 6.969,5 6.270,2 -10,0 95,9
1.1. Com cobertura em receitas gerais 6.705,5 5.929,1 -11,6 90,7
Funcionamento em sentido estrito 5.801,3 5.146,1 -11,3 78,0
Dotações Específicas 904,2 783,0 -13,4 12,7
Transferências do Ensino Particular e Cooperativo 358,1 285,2 -20,4 5,1
Educação Pré Escolar 546,1 497,8 -8,8 7,6
1.2. Com cobertura em receitas consignadas 264,0 341,1 29,2 5,2
2. Investimentos do Plano 205,4 106,5 -48,1 1,6
2.1.Financiamento nacional 144,9 62,7 -56,7 1,0
2.2.Financiamento comunitária 60,5 43,8 -27,6 0,7
Serviços e Fundos Autónom os 212,5 162,2 -23,7 2,5
DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 7.194,3 6.391,1 -11,2 -
Consolidação entre subsectores 193,1 147,8
Nota: Orçamento ajustado = orçamento líquido de cativos

A diminuição verificada no subsector do Estado resulta do efeito conjugado da aplicação das medidas
generalizadas de redução de despesa, da poupança que se pretende atingir pela aplicação das
cativações previstas na lei, bem como das medidas de política sectorial implementadas e a implementar.

Quadro V.14.2. ME – Despesa dos SFA por Fontes de Financiamento


(milhões de euros)
2010 Orçamento Ajustado de 2011
Financia- Variação
Receitas Receitas Transferências Outras (%)
Estimativa mento Total
Gerais Próprias das AP Fontes
Comunitário
Gabinete de Gestão Financeira 185,7 135,3 0,0 135,3 -27,1
Agência Nacional para a Qualificação, I. P. 17,1 7,1 2,4 7,1 16,6 -2,9
Editorial do ME 5,2 4,3 4,3 -17,3
Escola Portuguesa de Moçambique 3,8 2,4 1,8 4,2 10,5
Escola Portuguesa de Dili 0,7 1,4 0,4 1,8 157,1
Sub-Total 212,5 146,2 6,5 2,4 7,1 0 162,2 -23,7
Transferências intra-SFA 0 0
DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 212,5 146,2 6,5 2,4 7,1 0,0 162,2 -23,7
280 RELATÓRIO OE2011
Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada

No subsector dos serviços e fundos autónomos, do total de 162,2 milhões de euros, a que corresponde
um decréscimo de 23,7% relativamente à estimativa de execução de 2010, destaca-se a redução
registada no Gabinete de Gestão Financeira devido ao facto de para 2011 não estarem orçamentadas
verbas para o Parque Escolar, E.P.E. e o acréscimo verificado nos orçamentos das Escolas Portuguesas
de Moçambique e Díli.

A despesa do Ministério da Educação por agrupamentos económicos, evidencia ao nível dos serviços
integrados o peso das despesas com o pessoal na ordem de 76,5% e com as transferências correntes de
14,9%, destinadas sobretudo ao ensino pré-escolar e ao ensino particular e cooperativo. Ao nível dos
serviços e fundos autónomos realçam-se as transferências correntes para a componente social do ensino
pré-escolar.

Quadro V.14.3. ME – Despesa por Classificação Económica


Orçamento Ajustado de 2011
Estrutura
Total
Estado SFA 2011 (%)
Consolidado
Despesa Corrente 6 247,1 153,7 6 261,5 98,0
Despesas com Pessoal 4 776,9 10,1 4 787,0 74,9
Aquisição de Bens e Serviços 91,5 14,5 106,0 1,7
Juros e Outros Encargos 0,0
Transferências Correntes 933,5 127,9 922,1 14,4
das quais: intra-instituições do ministério 139,3
para as restantes Adm. Públicas 1,0 1,0 0,0
Subsídios 0,0
Outras Despesas Correntes 445,2 1,2 446,4 7,0
Despesa Capital 129,6 8,5 129,6 2,0
Aquisição de Bens de Capital 83,7 2,0 85,7 1,3
Transferências de Capital 29,6 5,8 26,9 0,4
das quais: intra-instituições do ministério 8,5
para as restantes Adm. Públicas 0,0 0,0
Outras Despesas Capital 16,3 0,7 17,0 0,3
DESPESA TOTAL 6 376,7 162,2 6 391,1 100,0
DESP.TOTAL EXCLUINDO TRANSF PARA ADM.PÚBL. 6 375,7 162,2 6 390,1 -

Consolidação entre subsectores (SI e SFA) 147,8

Do programa do Ministério salienta-se a medida referente aos estabelecimentos de ensino não superior
que absorve praticamente a totalidade dos recursos orçamentais afectos ao Ministério (cerca de 95,7%).

Quadro V.14.4. ME – Despesa por Medidas dos Programas


(milhões de euros)
Orçamento
Estrutura
Estado e SFA Ajustado de
2011(%)
2011
EDUCAÇÃO
Cooperação para o Desenvolvim ento 11,1 0,2
Serviços Gerais da Administração Pública
- Cooperação Económica Externa 11,1 0,2
Educação 6.527,8 99,8
- Administração e regulamentação 127,5 1,9
- Estabelecimentos de ensino não superior 6.257,4
- Serviços auxiliares de ensino 142,9 2,2
DESPESA TOTAL NÃO CONSOLIDADA 6.538,9 100,0
DESPESA TOTAL CONSOLIDADA 6.391,1

Do conjunto de projectos de investimento do Ministério de montante mais significativo é de realçar os


projectos relacionados com o Plano Tecnológico da Educação, num total de 51,2 milhões de euros.
RELATÓRIO OE2011
Políticas Sectoriais para 2011 e Despesa Consolidada
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Quadro V.14.5. ME – Projectos de Investimento do PIDDAC a)


(Milhões de Euros)
Orçamento
Estado e SFA Ajustado de
2011
Instalações para os Ensinos Básicos e Secundário da Região Lisboa e V. T. 6,9
PTE - Escola em Rede / Norte 13,4
PTE - Escola em Rede / Centro 11,3
Outras Intervenções para os Ensinos Básico e Secundário 5,8
PTE - Computadores 1º Ciclo 26,5

V.15. Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

V.15.1. Políticas

O cumprimento e acompanhamento do Contrato de Confiança firmado, no início de 2010, entre o


Governo e o sistema de ensino superior público, serão prioridades da política de ensino superior em
2011, na sequência da elaboração dos programas de desenvolvimento da responsabilidade de cada uma
das instituições, cuja execução já se iniciou. O Contrato de Confiança para o ensino superior aponta,
especialmente, para a expansão dos níveis de qualificação superiores da população, nele
desempenhando papel fundamental a atracção de activos para formações superiores.

O reforço e consolidação da dinâmica de crescimento da Ciência e Tecnologia (C&T) em Portugal,


visando assegurar sustentabilidade ao desenvolvimento das capacidades científicas e tecnológicas
nacionais e da sociedade da informação, promovendo a cooperação entre instituições, públicas e
privadas, à escala nacional e internacional, e o trabalho em rede, constituem eixos prioritários da política
científica e tecnológica.

As metas da estratégia europeia EU2020 nestas duas áreas (ensino superior e Investigação e
Desenvolvimento - I&D) constituem referenciais da estratégia nacional que adopta para Portugal, no
horizonte 2020, níveis de despesa em I&D (pública e privada) entre 2,7 e 3,1% do PIB, e o valor de 40%
de diplomados do ensino superior na coorte de idades entre 30 e 34 anos. Estas metas nacionais para o
final da década situam Portugal, no que respeita aos indicadores europeus escolhidos, pelo menos ao
nível das metas globais europeias para 2020 e decorrem da análise realista da evolução recente assim
como da análise do impacto dos programas em curso. A proposta de Orçamento de Estado para 2011
consagra estas prioridades políticas.

Um Contrato de Confiança com o Ensino Superior traduzido em Programas específicos


de Desenvolvimento de cada instituição

O Governo firmou com o sistema de ensino superior um Contrato de Confiança, instrumento que garante
o desenvolvimento do sistema binário do ensino superior em Portugal e o reforço de todas as suas
instituições, assegurando a diversidade das áreas de formação, a qualificação crescente do seu corpo
docente, o sucesso escolar, e a rápida expansão dos níveis de qualificação superiores da população. Em
particular, visa-se a formação de mais cem mil activos nos próximos quatro anos e um processo exigente
de definição de indicadores e objectivos por cada instituição, e de avaliação anual dos resultados
atingidos.

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