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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Centro de Tecnologia e Recursos Naturais – CTRN


Unidade Acadêmica de Engenharia Civil – UAEC
Barragens de Terra
Campus Bodocongó – CEP: 58109-970
Bacharelado em Engenharia Civil

Projeto Barragens de Terra – Itaipu Binacional (Barragem de Enrocamento)

Relatório apresentado à disciplina Barragens


de Terra da Unidade Acadêmica de
Engenharia Civil do CTRN da UFCG como
um dos requisitos para aprovação na
disciplina supracitada.

Autor: Emanuel Pedro Cavalcante Sousa


Fabrício José Neves Correia
Felipe Almeida Soares
Tiago Vaz
Ygho Rufino de Lucena

Campina Grande – PB, 07 de dezembro de 2018


1. Descrição da Barragem – Itaipu Binacional

A hidrelétrica de Itaipu é mundialmente reconhecida por suas peculiaridades.


Usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o
Paraguai. Construída pelos dois países entre 1975 e 1982. Entre elas, as dimensões físicas
extraordinárias, a capacidade de gerar energia suficiente para abastecer o consumo
mundial por dois dias e o fato de ser uma empresa binacional e unir, diariamente, na sua
gestão, dois povos com culturas tão diferentes. Além de produzir energia limpa e
renovável, com padrões de excelência, Itaipu atua em busca da sustentabilidade. A maior
geradora de hidroeletricidade do mundo, com uma produção anual que em 2008 bateu
todos os recordes mundiais, chegando a 94.685 GWh, também é reconhecida pela sua
atuação comprometida com a promoção do desenvolvimento sustentável.

1.1.Breve Histórico

Na década de 60 foram realizados estudos para avaliar o potencial energético das


Sete Quedas. (ITAIPU, 2015). A localização escolhida para a construção foi um ponto do
rio conhecido como Itaipu". A formalização do empreendimento se deu com a assinatura
do tratado de 1973, que estabeleceu os pontos para o financiamento da obra e a operação
da empresa, num modelo de sociedade binacional, pertencente às duas nações em partes
iguais.
As dimensões do projeto estavam traçadas desde o início: a área da hidrelétrica
vai de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del'Este, no sul do Paraguai, até Guaíra e Salto
del Guairá, no norte deste país. (IPEA, 2010).
A obra também ajudou a dinamizar vários setores da economia brasileira. No
início da década de 1980, o transporte de materiais para a Itaipu Binacional mobilizou
20.113 caminhões e 6.648 vagões ferroviários, enquanto a demanda por mão de obra
provocava filas imensas nos centros de triagem dos consórcios. A roda da primeira
turbina, com 300 toneladas, saiu de São Paulo em 4 de dezembro de 1981 e chegou ao
canteiro de obras em 3 de março de 1982. (IPEA, 2010). As obras da barragem chegaram
ao fim em outubro de 1982. O primeiro giro mecânico de Itaipu ocorreu em dezembro de
1983, como teste. Em 5 de maio de 1984 a gigante entrou em operação com uma unidade
geradora de energia, de um total de 20 previstas no projeto. As duas últimas turbinas
foram inauguradas em 2007, 33 anos depois do início da construção. (IPEA, 2010).
Atualmente, a capacidade de geração da usina é de 14 GW por ano, sendo que
cada uma das 20 unidades geradoras fornece 700 MW/ ano. O recorde de produção foi
atingido em 2000, quando a Itaipu Binacional gerou 93,4 bilhões kWh. Em 2004, quando
completou 20 anos de atividade, a usina já havia gerado energia suficiente para abastecer
o mundo durante 36 dias. Do lado brasileiro do rio Paraná, 20% da energia elétrica
consumida no país vem de Itaipu. (IPEA, 2010) O Paraguai utiliza apenas cerca de 5% da
energia gerada em Itaipu, o suficiente para abastecer 95% de sua demanda por
eletricidade. O restante é vendido ao Brasil, mas como o governo brasileiro cobriu
praticamente sozinho os custos da obra da usina, Assunção tem uma dívida com Brasília,
que acabará apenas em 2023. Até lá, a energia vendida pelo lado paraguaio continuará
sofrendo abatimento. O valor da construção da hidrelétrica foi, à época, de
aproximadamente US$ 1 mil por quilowatt instalado, ou cerca de US$ 14 bilhões, o
Paraguai entrou no empreendimento com apenas US$ 50 milhões, financiados pelo Banco
do Brasil. (IPEA, 2010).

1.2. Critérios e características gerais para o estudo

A barragem principal da Itaipu é de concreto, do tipo gravidade aliviada. Durante


a concepção do projeto, foram estudadas opções: de gravidade maciça, de gravidade
aliviada, de enrocamento e em arco. Após avaliação técnica e geológica, optou-se pela
barragem de concreto do tipo "gravidade aliviada" para a barragem principal. Os outros
tipos de barragem construídas na Itaipu, barragens auxiliares como as de enrocamento e
de terra utilizaram rochas e substrato (terra) da própria escavação local.

Pela dimensão apresentada no empreendimento na barragem de Itaipu Binacional,


o estudo realizado será baseado apenas com relação a barragem de enrocamento. A figura
01 apresenta o esquema característico dessa barragem.
Figura 1: Barragem de Enrocamento.

Fonte: Itaipu, 2018

Consequentemente, a Tabela 01 a seguir apresenta os dados necessário para a


realização dos cálculos da análise de fluxo e estabilidade dos taludes.

Tabela 1: Características Gerais da Barragem

Comprimento da Crista 1.984 m


Altura Máxima 70 m
Volume total 12,8 x 106 m³
Fonte: Itaipu, 2018

1.3. Condições de carregamento das barragens


Durante e após a construção de uma barragem, e durante e após o primeiro
enchimento do reservatório, ema barragem, de terra é submetida a um conjunto de
solicitações que variam com o tempo, sendo portanto necessário verificar, se os fatores
de segurança correspondentes à ruptura por cisalhamento são compatíveis com os valores
prefixados. Em linhas gerais, as situações críticas a considerar são as seguintes.
1.3.1. Fim da construção:
Durante a construção de uma barragem de terra, à medida que as camadas vão
sendo colocadas e compactadas, a pressão total num determinado nível vai aumentando,
sendo que este aumento provoca simultaneamente pressões intersticiais, devido à
compressibilidade do maciço e ao seu baixo coeficiente de permeabilidade. Assim os
esforços solicitantes provém, para uma determinada declividade do talude, do peso das
terras e das consequentes pressões neutras induzidas, as quais são uma função do tipo de
solo, do teor de umidade dos solos colocados e do ritmo construtivo.
1.3.2. Fluxo em regime permanente com o reservatório cheio:
Durante o primeiro enchimento com o reservatório, são estabelecidos fluxos de
percolação, constituindo-se progressivamente uma rede de fluxo permanente. Uma vez
que a água percola de montante para jusante, a pressão de percolação é favorável à
estabilidade do talude de montante e desfavorável à do talude de jusante. Esta condição
de solicitações é também denominada “a longo prazo”.
1.3.3. Esvaziamento rápido do reservatório:
Corresponde a um rebaixamento rápido do nível do reservatório, corresponde uma
situação crítica para o maciço de montante da barragem.

1.4. Métodos utilizados para a análise da estabilidade dos taludes

Para a verificação da estabilidade dos taludes da barragem em estudo, foram


utilizados três diferentes métodos: Bishop, Spencer e Morgenstern-Price.
O método simplificado de Bishop, criado em 1955, considera que a superfície de
ruptura possui formato circular e que a resultante das forças entre as fatias em que é
dividido o maciço, apresenta apenas componente horizontal. Neste método, o fator de
segurança é obtido através de iterações na seguinte equação:

É arbitrado um valor para FS na segunda equação e faz-se a substituição do


i

resultado na primeira equação. O processo é repetido até que o valor FS se iguale ao valor i

de FS.
O método de Spencer, assim como o método de Bishop, surgiu inicialmente
considerando que a superfície de ruptura é circular. Posteriormente teve sua adaptação
para superfícies irregulares. Trata-se de um método mais rigoroso que o anterior, uma vez
que considera o equilíbrio de forças e momentos.
Ele indica que as resultantes das forças atuantes entre as fatias do maciço possuem
inclinações constantes.

Forças atuantes na base da fatia pelo método de Spencer. Fonte: PUC-Rio.


Por fim, o método de Morgenstern-Price pode ser aplicado a quaisquer
superfícies de ruptura. O equilíbrio de forças e momentos é satisfeito pelas condições de
estabilidade do método.
É considerado como um dos métodos mais rigorosos, sendo necessário o auxílio
de um computador para realização dos cálculos.

Forças atuantes em uma fatia pelo método de Morgenstern-Price. Fonte: PUC-Rio.

2. Resultados
Foi possível verificar a análise de fluxo e análise da estabilidade dos taludes da
Barragem de Enrocamento de Itaipu. Através do SEEP (GeoStudio), analisou-se o fluxo
com a obtenção da linha piezométrica com análise da consistência dos resultados. Por
meio do SLOPE (GeoStudio), viu-se também a análise das estabilidades dos taludes à
montante e à jusante para a situação de final de construção, com o reservatório cheio e
para o seu esvaziamento rápido para os métodos de Bishop, Spencer e Morgenstern-Price.
A barragem original apresenta um material de enrocamento com modelo
saturado, tendo um coeficiente de permeabilidade 1,1x10-3 m/s, um peso específico de
19,5 KN/m3 e ângulo de atrito de 30º. Já o núcleo da barragem apresentou coeficiente de
permeabilidade igual a 3,4x10-9 m/s, peso específico igual a 20 KN/m3 e ângulo de atrito
igual a 27,275º. O seu filtro apresenta um coeficiente de permeabilidade de 3x10-3 m/s,
seu peso específico é de 22 KN/m3 e com ângulo de atrito de 40º. A barragem se encontra
sobre a rocha que é um material impermeável. Além disso, nos materiais permeáveis,
nesse caso o enrocamento e o núcleo, foram utilizados uma coesão de 19 KPa e 55,518
KPa, respectivamente.
Para os valores pré-definidos temos que o núcleo argiloso apresenta coesão de 50
KPa, peso específico de 20 KN/m2, ângulo de atrito de 30°, coeficiente de permeabilidade
de 10-9 m/s. Já o enrocamento não tem coesão, tem ângulo de atrito de 20°, coeficiente de
permeabilidade de 1,0x10-1 m/s e peso específico de 16 KN/m2.
2.1. Análise do fluxo
Figura 2: Análise do fluxo e da linha piezométrica.

Fonte: Autoral.

Para que se possa calcular a vazão de projeto de uma barragem é necessário a


verificação do fluxo bidimensional, utilizando a equação:
𝑁𝐹
𝑄 = 𝐾. ℎ .
𝑁𝐷
Onde K é o coeficiente de permeabilidade, h a carga hidráulica, NF é a quantidade
de linhas de fluxo (canais que apresentam a mesma vazão) e ND é a quantidade de linhas
equipotenciais (faixas de igual perda de carga).
Na figura 3, estão representadas as linhas de fluxo e as linhas equipotenciais, e
podemos calcular a vazão, sabendo que a carga hidráulica é de 70 metros e utilizando o
coeficiente de permeabilidade do núcleo, já que é o que mais influencia na permeabilidade
da barragem, de 3,4x10-9 m/s.

Figura 3: Análise do fluxo e da linha piezométrica com as linhas de fluxo e equipotenciais .

NF = 8 e ND = 14;
8
𝑄 = 3,4 . 10−9 . 70 . = 1,36 . 10−7 𝑚3 /𝑠
14
Assim, podemos chegar ao valor da vazão, de 1,36x10-7 m3/s.
2.2. Análises feitas inicialmente com os parâmetros pré-definidos:

 Análise da estabilidade do talude à montante para a situação final da


construção (Valores testados):
 Bishop:
Figura 4: Estabilidade do talude à montante ao final da construção por Bishop.

Fonte: Autoral.
FS = 0,631

 Spencer:
Figura 5: Estabilidade do talude à montante ao final da construção por Spencer.

Fonte: Autoral.
FS = 0,631
 Morgenstern-Price:

Figura 6: Estabilidade do talude à montante ao final da construção por Morgenstern-Price.

Fonte: Autoral.

FS = 0,631

 Análise da estabilidade do talude à jusante para a situação final da


construção (valores testados):
 Bishop
Figura 7: Estabilidade do talude à jusante ao final da construção por Bishop.

Fonte: Autoral.
FS = 0,685
 Spencer
Figura 8: Estabilidade do talude à jusante ao final da construção por Spencer.

Fonte: Autoral.
FS = 0,684

 Morgenstern-Price:

Figura 9: Estabilidade do talude à jusante ao final da construção por Morgenstern-Price.

Fonte: Autoral.
FS = 0,685
 Análise da estabilidade do talude à jusante para o reservatório cheio (valores
testados):
 Bishop
Figura 10: Estabilidade do talude à jusante para o reservatório cheio por Bishop.

Fonte: Autoral.
FS = 0,685

 Spencer
Figura 11: Estabilidade do talude à jusante para o reservatório cheio por Spencer.

Fonte: Autoral.
FS = 0,684
 Morgestern-Price
Figura 12: Estabilidade do talude à jusante para o reservatório cheio por Morgenstern-Price.

Fonte: Autoral.
FS = 0,685

 Análise da estabilidade do talude à montante para o esvaziamento rápido


(valores testados):
 Bishop
Figura 13: Estabilidade do talude à montante para o esvaziamento rápido por Bishop.

Fonte: Autoral.
FS = 0,141
 Spencer
Figura 14: Estabilidade do talude à jusante para esvaziamento rápido por Spencer.

Fonte: Autoral.

FS = 0,190

 Morgenstern-Price
Figura 15: Estabilidade do talude à jusante para o esvaziamento rápido por Morgenstern-
Price.

Fonte: Autoral.
FS = 0,188
2.3. Análises realizadas com os parâmetros originais da barragem:
 Análise da estabilidade do talude à montante para a situação final da
construção (valores originais):
 Bishop

Fonte: Autoral.

Fs = 1,214
 Spencer

Fonte: Autoral.
Fs = 1,212
 Morgenstern-Price

Fonte: Autoral.
Fs = 1,213

 Análise da estabilidade do talude à jusante para a situação final da


construção (valores originais):
 Bishop

Fonte: Autoral.
Fs = 1,319
 Spencer

Fonte: Autoral.
Fs = 1,317

 Morgenstern-Price:

Fonte: Autoral.
Fs = 1,317
 Análise da estabilidade do talude à jusante para o reservatório cheio (valores
originais):
 Bishop

Fonte: Autoral.
Fs = 1,282

 Spencer

Fonte: Autoral.
Fs = 1,280
 Morgenstern-Price

Fonte: Autoral.
Fs = 1,281

 Análise da estabilidade do talude á montante para o esvaziamento rápido


(valores originais):
 Bishop

Fonte: Autoral.
Fs = 0,419
 Spencer

Fonte: Autoral.
Fs = 0,47

 Morgestern-Price

Fonte: Autoral.
Fs = 0,468

Observação: Essa linha amarela representa a linha freática determinada pelo seep, mas
não foi possível traça-la no slop dessa forma, então foi decidido substituí-la por uma reta
como mostrado nos casos de esvaziamento rápido e reservatório cheio.
2.4. Comparação dos resultados:
Após serem realizados os testes para verificação de estabilidade dos taludes da
barragem com os valores pré-definidos na primeira parte do projeto, através do Slope,
pelos métodos de Bishop, Spencer e Morgenstern-Price, podemos comparar todos os
resultados dos fatores de segurança, que estão apresentados na tabela 2.

Tabela 2: Fatores de Segurança para a Barragem nos 3 estágios para os 3 métodos para os valores pré-definidos.

Final da Construção Reservatório Cheio Esvaziamento Rápido


Montante Jusante Jusante Montante
Bishop 0,631 0,685 0,685 0,141
Spencer 0,631 0,684 0,684 0,190
Morgenstern-Price 0,631 0,685 0,685 0,188
Fonte: Autoral.

Como é possível verificar, todos fatores de segurança estão abaixo de 1, valor


mínimo determinado pela literatura para classificar um talude seguro, mas que na prática
não necessariamente é determinado seguro.
Na tabela 3 está representada os fatores de seguranças com os parâmetros originais
da barragem de enrocamento de Itaipú.

Tabela 3: Fatores de Segurança para a Barragem nos 3 estágios para os 3 métodos para os valores originais da barragem.

Final da Construção Reservatório Cheio Esvaziamento Rápido


Montante Jusante Jusante Montante
Bishop 1,214 1,319 1,282 0,419
Spencer 1,212 1,317 1,280 0,470
Morgenstern-Price 1,213 1,317 1,281 0,468
Fonte: Autoral.

Em relação aos parâmetros originais podemos perceber que no final da construção


e com o reservatório cheio os taludes da barragem se comporta de forma satisfatória, pois
seu fator de segurança é maior que 1. Mas do ponto de vista da análise com o
esvaziamento rápido percebesse que o talude de montante vai sofrer rompimento.
3. Conclusões

Assim, podemos concluir que, de acordo com os testes, utilizando esses


parâmetros, a barragem com parâmetros pré-definidos não é considerada segura.
Vale ressaltar também que os valores analisados nos três modelos utilizados
ficaram em média muito próximos, constatando assim que esses modelos não apresentam
diferenças muito significativas nos resultados.
Comparando a barragem dimensionada com os parâmetros pré-definidos e os reais
percebe-se que o a diferença está muita ligada ao peso específico do material utilizado no
enrocamento, ou seja, se tratando de uma barragem de enrocamento, é necessário a
utilização de um peso específico elevado, para melhorar a sua segurança e a compactação
é um dos fatores que podem determinar esse parâmetro, aumentando com uma maior
compactação.

4. Referências Bibliográficas

 IPEA, Disponível em:


<http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2
328:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 24 de outubro de 2018.
 ITAIPU, Disponível em: <https://www.itaipu.gov.br/energia/caracteristicas-da-
barragem>. Acesso em: 24 de outubro de 2018.

 Análises Determinísticas de Estabilidade, Disponível em:


<https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/8888/8888_3.PDF>. Acesso em:
06/12/2018.

 MAFIOLETI, Tereza Rachel et al. Estudo da Estabilidade da Barragem de Terra


da Margem Esquerda de Itaipu pela Seção Transversal da Estaca 122+ 00 por
Método de Confiabilidade Estrutural.

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